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1 Prof.ª Cintia Lobo Fundamentos de Enfermagem

Fundamentos de Enfermagem - enfconcursos.com · a) a extensão da cabeça do paciente reduz a probabilidade da sonda penetrar na traqueia. b) a medida adequada do comprimento da sonda

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Prof.ª Cintia Lobo

Fundamentos de Enfermagem

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CATETERISMO ENTÉRICO

Indica‐se nutrição enteral para pacientes que apresentam trato gastrointestinalfuncionante e não podem ingerir, por via oral, nutrientes suficientes que atinjam suasnecessidades proteicas e calóricas por não conseguirem ou não desejarem se alimentar.A nutrição enteral, comparada à nutrição parenteral, tem as seguintes vantagens:

•Melhor preservação da estrutura e função do trato gastrointestinal.

•Menor custo.

•Provavelmente menos complicações, em particular infecções.

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Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH

1. A administração parenteral de fluidos, eletrólitos, carboidratos, aminoácidos,lípides, vitaminas e minerais está indicada nos pacientes em que a nutrição oral livre,por gavagem ou enteral for impedida, insuficiente, perigosa ou contraindicada. ANutrição Parenteral (NP) envolve risco de complicações. Assinale a alternativa queapresenta um desses riscos.

a) Hiperglicemia por aporte insuficiente de glicose ou suspensão abrupta de infusão com alta concentração de glicose.b) Hipoglicemia por aporte excessivo de glicose ou resistência periférica à insulina.c) Disfunção hepática devido ao uso de soluções de lípides abaixo da capacidade de metabolização sendo irreversível após adequação ou suspensão da solução.d) Posicionamento inadequado do cateter otimizando a infusão da solução em via apropriada (derme, pericárdio, pulmão). e) Infecções relacionadas, sendo a sepse uma das complicações mais temível.

As indicações específicas para nutrição enteral incluem:

•Anorexia prolongada.

•Desnutrição proteico‐energética grave.

•Coma ou sensório deprimido.

•Falência hepática.

•Inabilidade de alimentação oral decorrente de traumas na cabeça e no pescoço ou de distúrbios neurológicos.

•Doenças críticas (p. ex., queimaduras) que causam estresse metabólico.

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Outras indicações incluem preparo para cirurgia intestinal em pacientes críticos ousubnutridos, correção de fístulas enterocu‐ tâneas e adaptação do intestino delgado apóscirurgias de ressecção intestinal ou em alterações que podem causar má absorção (p. ex.,doença de Crohn).

Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF‐BA

2. A nutrição enteral tem por objetivo fornecer alimento em forma líquida aos pacientes incapazes de deglutir. Sobre este procedimento, assinale a alternativa correta. 

a) A medição do volume residual gástrico não é necessária em adultos.b) As dietas em frascos devem ser administradas à temperatura ambiente. c) O paciente deve permanecer deitado sem elevação da cabeceira. d) Em caso de diarreia, a dieta deve ser suspensa imediatamentee) Por tratar‐se de atividade de rotina, não é necessário registro detalhado, apenas checagem do horário. 

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Ano: 2016 Banca: Serctam Órgão: Prefeitura de Quixadá – CEP

3. A evolução da Terapia Nutricional trouxe vários benefícios para a recuperação emanutenção da saúde do homem, principalmente naqueles impossibilitados de sealimentar por vias normais, quer devido a alguma deficiência orgânico‐funcional, querdevido a distúrbio psicoemocional. A respeito da infusão da nutrição enteral, assinale aafirmativa incorreta.

a) Lavar as mãos antes de manipular as dietas; elevar o decúbito do paciente a 60º senão houver contraindicação.

b) Conferir na prescrição médica a via de administração e o volume prescrito; avaliar ovolume residual gástrico (VRG).

c) Conferir a localização da sonda e sua permeabilidade, antes de iniciar aadministração.

d) Administrar a dieta em temperatura resfriada e ao término da dieta infundir 200 mlde água com seringa.

e) Confirmar com o médico responsável a ausência de contraindicação para a SNE porvia nasal (fratura de base de crânio entre outras). Nestes caos a sonda poderá serintroduzida por via oral.

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Se a sonda enteral for necessária por até 4 a 6 semanas, usam‐se sondas gástricas ou nasoentéricas moles e de pequeno calibre (p. ex., nasoduodenais) de silicone ou poliuretano. Se houver lesões ou deformidades nasais, a localização nasal pode ser prejudicada e, nesses casos, é possível utilizar uma sonda orogástrica ou oroentérica.

Se a sonda enteral for necessária por mais de 4 a 6 semanas, pode‐se indicar gastro ou jejunostomia. Essas técnicas em geral se aplicam por via cirúrgica. 

A jejunostomia é útil para pacientes com contraindicações para gastrostomia (p. ex., gastrectomia, obstrução proximal do jejuno). 

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Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH

4. A sondagem gastrointestinal (GI) é a inserção de uma sonda no estômago, duodeno ou intestino. Sobre as funções da sondagem GI, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.

I. Somente a remoção de líquido na cavidade GI.II. Lavar o estômago e remover as substâncias tóxicas ingeridas.III. Diagnosticar a motilidade GI e outras disfunções.IV. Administrar medicamentos e alimentos.

Estão corretas as afirmativas: a) II, III e IV, apenasb) I, II, III e IVc) I, II e IV, apenasd) IV apenase) II e IV, apenas

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Administração

Pacientes devem estar na posição de 30 a 45° durante a administração da dieta e 1 a 2 h após para minimizar a incidência de pneumonia por aspiração, bem como para permitir que a gravidade ajude a propulsionar o alimento. 

Dietas enterais são oferecidas em bolos, várias vezes ao dia, ou por infusão contínua. Infusão em bolos é mais fisiológica e pode ser preferida para pacientes com diabetes. Infusão contínua é necessária caso a infusão em bolo provoque náuseas.

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Para a infusão em bolo, o volume diário é oferecido 4 a 6 vezes/dia, infundido por seringa ou por gravidade. Após a infusão, a sonda deve ser lavada com água para prevenir obstrução.

Nutrição nasogástrica ou nasoduodenal frequentemente ocasiona diarreia no início da terapia. Deve‐se iniciá‐la com pequeno volume de preparações diluídas e aumentar gradativamente de acordo com a tolerância. 

Fórmulas com alta concentração calórica (menos água por caloria) podem causar diminuição do esvaziamento gástrico, o que pode ocasionar mais resíduos do que quando fórmulas mais diluídas com a mesma quantidade calórica são utilizadas. 

Quantidade extra de água pode ser oferecida por bolo pela sonda nasoenteral. Após alguns dias, a taxa ou a concentração podem ser aumentadas para atingir as necessidades calóricas e hídricas.

Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: CASAN

5. Sobre o procedimento de sondagem nasogástrica, é correto afirmar que

a) a extensão da cabeça do paciente reduz a probabilidade da sonda penetrar natraqueia.b) a medida adequada do comprimento da sonda a ser introduzido é da ponta do narizao apêndice xifoide.c) a sonda deve ser lubrificada com solução hidrossolúvel antes de sua introdução nanarina.d) deve‐se introduzir a sonda sempre fechada para evitar a saída de conteúdo gástricoou ar.e) a localização da Sonda deve ser testada por meio da ausculta de ruído em regiãoepigástrica concomitantemente à introdução de 20 ml de água pela sonda.

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Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: SEJUDH – MT6. A sondagem gastrintestinal é um procedimento bastante realizado nas unidadeshospitalares podendo ter várias finalidades. A respeito desse procedimento analise asafirmativas a seguir.

I. A determinação do comprimento da sonda nasoentérica é feita medindo a distância daponta do nariz até o lobo da orelha e do lobo da orelha até a extrem idade do processoxifoide, acrescentando de 20 a 25 cm.

II. A sonda de Levin é uma sonda nasogástrica que mede 120cm de comprimento,radiopaca, com luz dupla, empregada para descomprimir o estômago e mantê‐lo vazio.

III. A sonda de Salem é uma sonda de borracha, com luz única, muito usada nasemergências e ambientes de cuidados intensivos para tratar varizes esofágicashemorrágicas.

Intercorrências:

Uma das intercorrências da nutrição enteral é a contaminação das fórmulas,podendo estar associada a complicações infecciosas, sendo a diarreia a mais frequente. Aadministração de fórmulas eventualmente contaminadas pode não somente causardistúrbios gastrintestinais, mas contribuir para infecções mais graves, especialmente empacientes imunodeprimidos.

A realização da Sondagem Gástrica também pode ter como objetivo a drenagem desecreções estomacais e/ou duodenais, neste caso o paciente é sondado e poderápermanecer um período sem a administração de dietas por sondas.

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Algumas das patologias que podem exigir o uso de sondas por alimentação em casasão os cânceres do trato gastro intestinal, disfagias por doenças neurológicas como oAcidente Vascular Cerebral e tumores de cabeça ou pescoço.

Fazer os 3 testes:1 – colocar a SNG em um copo com água, se borbulhar, retirar a sonda;2 – aspirar observando aspecto e volume do conteúdo drenado;3 – auscultar para verificar presença de ar procedente da sonda (Injetar ar com uma seringade 10 ml na extremidade do cateter e auscultar com o estetoscópio sobre o epigástrio,abaixo do apêndice xifóide, a entrada de ar na câmara gástrica) .

Mas antes de introduzir a sonda...

Medir com o próprio cateter, utilizando como critérios:

VIA NASAL: a distância do lobo inferior da orelha até a ponta do nariz ao apêndice xifóide,acrescentando de 20 a 30 cm.

VIA ORAL: do lobo inferior da orelha ao centro da boca até o apêndice xifóide,acrescentando de 20 a 30 cm;

Para confirmação do posicionamento pós‐pilórico, indica‐se que o RX de abdome sejarealizado após 6 horas da inserção do cateter aguardando a migração do cateter.

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Indicações gerais

‐ Gastroparesia; ‐ Vômitos incoercíveis; ‐ Refluxo gastroesofágico; ‐ Pancreatite aguda; ‐ Intervenções cirúrgicas gastroesofágica; ‐ Malformações do trato digestivo alto ( inserção exclusiva por via endoscópica ou cirúrgica); ‐ Alterações neurológicas, musculares e do trato digestivo alto. 

Contra indicações 

‐ nasal e oral:  esofagite, sinusite, pacientes com varizes ou lesões esofagianas, obstrução esofágica e/ou gástrica, fraturas de mandíbula e de maxilar e fixações cirúrgicas de mandíbula. 

‐ nasal: pacientes com fratura de base de crânio e desvio de septo nasal, trauma de face.

‐ oral: grandes lesões de cavidade oral 

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NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL

A nutrição parenteral é, por definição, administrada por via intravenosa.

A nutrição parenteral parcial fornece somente parte das necessidades nutricionais diárias, suplementando a ingestão oral. Muitos pacientes hospitalizados recebem glicose ou soluções de aminoácidos por esse método.

A nutrição parenteral total (NPT) supre todas as necessidades nutricionais diárias. Pode ser utilizada tanto em hospitais como em domicílio. Como as soluções de NPT são concentradas, pode ocorrer trombose das veias periféricas, sendo necessário cateter venoso central.

A nutrição parenteral não deve ser utilizada rotineiramente em pacientes com trato gastrointestinal intacto. Comparada com a nutrição enteral, causa mais complicações, não preserva a estrutura e função gastrointestinais. 

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Indicações

A NPT só deve ser indicada para pacientes com trato gastrointestinal não funcionanteou que apresentam distúrbios que requerem repouso intestinal, como:

•Alguns estágios da doença de Crohn ou colite ulcerativa.

•Obstrução intestinal.

•Determinados distúrbios gastrointestinais pediátricos (p. ex., anomalias congênitas, diarreia prolongada, sejam quais forem suas causas).

•Síndrome do intestino curto decorrente de cirurgia.

Soluções básicas de NPT são preparadas com técnicas estéreis, em geral em lotes de litros de acordo com fórmulas padronizadas. 

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A maior parte das calorias é suprida por carboidratos. Tipicamente, administram‐se 4 a5 mg/kg/dia de glicose. Soluções padrão contêm aproximadamente 25% de glicose, mas aquantidade e a concentração dependem de outros fatores, como necessidades metabólicas eproporção das necessidades calóricas supridas pelos lipídios.

Emulsões lipídicas disponíveis no mercado costumam ser adicionadas para fornecerácidos graxos essenciais e triglicerídios; 20 a 30% do total de calorias é, em geral, fornecidocomo lipídios.

Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFSBA7. Considerando a nutrição enteral, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para asfalsas.

( ) A alimentação intermitente por sonda deve ser iniciada com um volume de 2,5 mL/kg a5 mL/kg, de 5 a 8 vezes por dia.( ) Apesar de o exame radiográfico ser altamente confiável para a verificação da colocaçãoda sonda de alimentação, este pode ser substituído pela medição do pH de secreçõesretiradas da sonda.( ) A alimentação contínua por sonda deve ser iniciada com 10 mL a 40 mL por hora eaumentar lentamente até atingir a taxa alvo, se tolerado pelo paciente.( ) É indicada a realização da medida do volume gástrico residual (VGR) do paciente emalimentação enteral e quando restar volume superior a 100 mL, deve‐se suspender aadministração da dieta.

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Assinale a sequência correta.a) V, F, F, Vb) F, V, V, Fc) F, V, F, Vd) V, F, V, F

Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF‐PA

8. Uma paciente que esteja recebendo nutrição parenteral total (NPT) pergunta aotécnico de enfermagem por que sua glicose está sendo mensurada, já que ele não temdiabetes. Qual a melhor reposta do técnico de enfermagem?

a) A alta concentração de dextrose na NPT pode levar ao desenvolvimento de diabetes;assim, você precisa ser monitorada atentamente.b) Monitorar seu nível de glicose sanguínea ajuda a determinar a dose de insulina quevocê precisa para absorver a NPT.c) A NPT pode causar hiperglicemia e é importante manter o seu nível de glicosesanguínea dentro da normalidade.d) Verificar o nível de glicose sanguínea regularmente ajuda a determinar se a NPT estásendo eficaz como intervenção.e) Está prescrito e tenho que furar seu dedo.

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Soluções

As soluções podem variar de acordo com o distúrbio e a idade do paciente:

•Para pacientes com insuficiência renal e que não estejam em diálise ou em tratamento para insuficiência hepática: Soluções com quantidade reduzida de proteínas e alta porcentagem de aminoácidos essenciais.

•Para pacientes com insuficiência cardíaca ou renal: Ingestão de líquidos limitada

•Para pacientes com insuficiência respiratória: Emulsão lipídica que forneça a maioria das calorias não proteicas para minimizar a produção de CO2 promovida pelo metabolismo de carboidratos.

•Para neonatos: Concentrações mais baixas de glicose (17 a 18%).

Início da administração da NPT

Considerando‐se que o cateter venoso central permanece instalado por um longoperíodo, técnicas estritamente estéreis devem ser utilizadas durante sua inserção emanutenção. A via da NPT não deve ser utilizada para outro propósito. Os frascos externosdevem ser trocados a cada 24 h. Curativos devem ser mantidos estéreis e trocados a cada 48h.Pacientes que recebem NPT fora do hospital devem ser orientados a reconhecer sintomas deinfecção, devendo‐se providenciar serviço de enfermagem domiciliar qualificado.

A quantidade de insulina regular oferecida (adicionada diretamente à solução de NPT)depende do nível de glicose sanguínea; se o nível for normal e a solução final contiver 25% deconcentração de glicose, a dose inicial é de 5 a 10 unidades de insulina regular para cada litrode NPT.

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Cateter de Dieta Parenteral

‐ Via de acesso exclusiva (não usar torneirinhas);

‐Manipulação asséptica;

‐ Troca do equipo a cada 24h;

‐ Soluções exclusivas de emulsão lipídicas : correr em 6h e no 

máximo a cada 12h;

‐ Apresenta risco para infecção considerável, devido à alta 

concentração de carboidratos e proteínas .

Cuidados com cateteres específicos

NPT

Monitoramento

Peso, hemograma completo, eletrólitos e nitrogênio ureico sanguíneo devem sermonitorados com frequência (p. ex., diariamente para pacientes internados). Glicosesanguínea deve ser monitorada a cada 6 h até a estabilização. A ingestão e a eliminação defluidos devem ser monitoradas de modo contínuo. Quando o paciente se tornar estável,testes sanguíneos podem ser feitos com menos frequência.

Testes de função hepática devem ser realizados. Proteínas plasmáticas (albumina).

Avaliação nutricional completa (incluindo cálculo de IMC e medidas antropométricas– Visão geral de subnutrição : Exame físico e Obesidade : Análise da composição corporal)deve ser repetida em intervalos de duas semanas.

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Complicações

5 a 10% dos pacientes apresentam complicação relacionada ao acesso venoso central.

Sepse relacionada ao cateter ocorre em mais de 50% dos pacientes. Anormalidadesrelacionadas à glicose (hiper ou hipoglicemia) ou disfunção hepática ocorrem em mais de90% dos pacientes.

Anormalidades relacionadas à glicose são comuns. A hiperglicemia pode ser evitadapor meio de frequente monitoramento da glicemia, ajustando‐se a dose de insulina dasolução da NPT e administrando‐se insulina por via subcutânea, se necessário. Hipoglicemiapode decorrer da súbita interrupção da infusão contínua de glicose.

O tratamento depende do grau de hipoglicemia. Hipoglicemia recente pode serrevertida por glicose a 50% por via intravenosa; hipoglicemia mais prolongada poderequerer infusão de glicose a 5 a 10% por 24 h antes de retomar a NPT via cateter venosocentral.

Anormalidades de minerais e eletrólitos séricos devem ser corrigidas pela modificação das infusões ou, se necessária uma correção urgente, pela infusão apropriada pelas vias periféricas. Deficiências de vitaminas e minerais são raras se as soluções forem oferecidas do modo correto. 

Sobrecarga de volume (ganho de peso de mais de 1 kg/dia) pode ocorrer quando altas necessidades de energia exigirem grandes volumes de fluidos.

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