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Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010 Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons Minicurso: Estudos de Caso em Sistemas de Informação Prof. Dr. João P. de Albuquerque Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo (EACH/USP) Potenciais, Procedimentos, Critérios e Limitações

Fundamentos de Sistema de Informaçãowiki.stoa.usp.br/images/3/32/Minicurso_Estudos_de_Caso-SBSI2010-JP... · independência entre o pesquisador e o objeto Interpretativismo: realidade

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Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Minicurso: Estudos de Caso em Sistemas de

Informação

Prof. Dr. João

P. de Albuquerque

Escola de Artes, Ciências e HumanidadesUniversidade de São Paulo

(EACH/USP)

Potenciais, Procedimentos, Critérios e Limitações

2Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Contexto

da Pesquisa

Empírica

em

SISI no Brasil está fortemente ligado à Computação

Diferente de (Management) Information SystemsFoco da Computação: criação de novos sistemas, modelos, algoritmos, ferramentas etc.

Avaliação empírica?Tichy e colaboradores (1998) examinaram aspublicações em Computação:

5 tipos usados: teoria formal, design e modelagem, trabalho empírico, teste de hipótese, outrosResultados: 70% design e modelagem40% dos papers que propuseram sistemas novos nãotinham nenhum tipo de avaliação

3Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Contexto

da Pesquisa

Empírica

em

SI

Tendência recente: mais avaliação e estudosempíricos em computaçãoNo entanto:

Wainer et al. (2009) repetiram o teste de Tichy et al.em 2008: 70% design e modelagem; 33% destes nãotem avaliação nenhumaSøberg et al. (2005) encontraram 103 experimentosem 5.453 artigos

Além disso:Foco principal em pesquisa experimental e abordagensquantitativas

Abordagens qualitativas vêm ganhando espaçonos últimos anos

4Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Estudos

de Caso

em

SI/Computação

Trabalhos com o nome EC aparecem com algumafreqüência em SI/Computação

Compreensão muito heterogênea e muitas vezes faltade rigor metodológicoDesconfiança e Problemas com EC podem sersolucionadas com uso de metodologia adequadaDiversas referências existem nas ciências sociais, masestas devem ser adaptadas

Objetivos do Minicurso:Como utilizar Estudos de Caso como estratégia de pesquisa em SI?Como avaliar EC no campo de SI?

5Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Em

suma: Como

contar

um causo...

...em

Sistemas

de Informação?

6Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Programa

do minicursoParte I:

IntroduçãoContexto da pesquisa empírica em SI e Computação

O que são Estudos de Caso?EC e outras metodologias de pesquisaCaracterísticas e Paradigmas de Metodologias de Pesquisa

Estudos de Caso em Sistemas de InformaçãoPor que EC em SI?Contribuições de EC em SIPrincipais Temas e Exemplos

7Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Programa do minicurso (2)Parte II:

O Processo de Pesquisa de ECDefinindo um desenho de pesquisa

O Protocolo de Pesquisa

Coleta de Dados

Análise de Dados

Relatando o Caso

Considerações FinaisAvaliando Estudos de Caso

8Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Apresentação

Formação?

Experiência com Estudos de Caso?

Interesse / uso de Estudos de Caso?

9Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

O que é um Estudo de Caso?Um Estudo de Caso é umainvestigação empírica que:

investiga um fenômenocontemporâneo dentro de seucontexto na vida real; especialmente quando:os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramentedefinidos

(Yin, 2005)

10Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Características

do Estudo

de CasoEnfrenta uma situação tecnicamente única (Yin, 2005)Baseia-se na triangulação de múltiplas fontes de evidências (entrevistas, documentos) (Yin, 2005)

Uma ou poucas entidades são examinadas (Benbasat et al., 1987)Orienta-se por um conjunto de proposições prévias e perguntas de pesquisa bem definidas (Yin, 2005)Ausência de controle experimental sobre fenômenos (Benbasat et al., 1987)Os resultados derivados dependem fortemente da capacidade integrativa do investigador (Benbasat et al., 1987)

11Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Outras

estratégias

de pesquisaEmpíricas:

Levantamentos tipo surveyPesquisas experimentaisPesquisa-ação

Não-empíricas:Pesquisa bibliográfica/revisãoModelagem e SimulaçãoDesenvolvimento teórico-conceitualConstrução de artefatos (design research)

12Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Tipos de Perguntas

de PesquisaExploratória

Descobre do que acontece, buscando novos insights e gerando ideiais e hipóteses para novas pesquisas

DescritivaRetrata uma situação ou fenômeno

ExplanatóriaBusca uma explanação para uma situação ouproblema, na maioria das vezes na forma de umarelação causal

Aprimoramentobusca aprimorar determinado aspecto do fenômenoestudado

(Robson, 2002)

13Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Tipos de Perguntas

de Pesquisa

e EC

Estudos de Caso favorecem perguntas do tipo “como” e “por que”

Podem ser utilizados para todos os tipos de perguntas, mas são considerados especialmente adequados para estudos exploratórios (“o que”) e descritivos (“como”)Em certos casos, a comparação de dois casos pode consistir em um teste de uma teoria estudo explanatório (“por que”)EC em software podem ser usados em processos de aprimoramento (aproximando-se da pesquisa-ação)

Perguntas do tipo “quem”, “onde”, “quantos”favorecem outras estratégias

Como levantamentos tipo survey

14Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Abordagens

Epistemológicas

As ciências sociais possuemdiferentes perspectivasepistemológicas (Klein & Myers, 1999):

Positivismo: modelo das ciências naturais, independência entre o pesquisador e o objetoInterpretativismo: realidade e conhecimento sãoconstruções sociaisTeoria Crítica: avaliação crítica e transformação da realidade social

Em áreas técnicas, a predominância é de estudospositivistas

No entanto, o interpretativismo está crescendo(Walsham, 2006)

15Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Outras

classificações

de abordagens

de pesquisa

Tipos de dados coletados:Quantitativos: números, classes

Analisados por estatísticasQualitativos: palavras, descrições, figuras, diagramasetc.

Analisados por ordenação e categorizaçãoPredominantes em Estudos de Caso

Processo de pesquisaFixo: todos os parâmetros são definidos a priori, no começo do estudoFlexível: parâmetros-chave podem ser alterados aolongo do estudo

16Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Quadro

comparativo

das abordagens

de pesquisa

empírica

Metodologia Objetivo principal Dados primários

Survey Descritivo Quantitativo

Estudo

de Caso Exploratório Qualitativo

Experimento Explanatório Quantitativo

Pesquisa-ação Aprimoramento Qualitativo

17Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

O que

não

é

um Estudo

de Caso

Caso para ensinoMinicasoRelato de ExperiênciaExemplo/Caso de Uso/Pós-teste

Aplicações “toy” (Runeson & Höst, 2009)

18Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

O que

é

um Estudo

de Caso

em Sistemas de Informação?

Um Estudo de Caso que tem como objeto organizações(públicas ou privadas) desenvolvendo (Runeson & Höst, 2009) ou utilizando sistemas de informaçãoO EC é feito em ambientes de desenvolvimento naturais, capturando conhecimento tácito de desenvolvedores e problemas locais (Benbasat et al., 1987)Muitos EC enfocam questões gerenciais, organizacionais, sociais e humanos de SI (Benbasat et al., 1987)Muitos estudos experimentais em software esbarram na dificuldade de replicação (Runeson & Höst, 2009)

EC não separam fenômeno e contexto e podem ser melhoradequados para capturar a interação entre eles

19Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Por

que

EC em

SI/Computação?

Understanding

the

underlying

mechanisms

in play as people tackle

software engineering tasks

mechanisms

rooted

in human cognition, social practices, and culture

is

critical

to the

progress

of 

our

field

[software engineering]. (Herbsleb, 2005)

Computer science

involves

people solving

problems, so  computer

scientists

must

perform

empirical

studies

that

involve

developers

and users

alike. They

must understand

products, processes, and the

relationships

among

them.(Basili

and Zelkowitz, 2007)

20Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Por

que

EC em

SI/Computação?Grandes Desafios da Pesquisa emComputação no Brasil (2006 – 2016)Acesso participativo e universal do cidadão brasileiro ao conhecimento

“O tratamento deste desafio exige competências multidisciplinares (...). Acresça-se esta dificuldade à de viabilizar uma interlocução com outras áreas de conhecimento, como as Ciências Humanas e Sociais, cuja prática e discurso científicos diferem dos da Ciência da Computação. Esta cooperação deve permitir que qualquer cidadão brasileiro possa ter participação e decisão na cadeia de produção de conhecimento e cultura do país.”“Questões afetivas, sociais e culturais em computação são novas áreas que precisam também ser envolvidas nesta tarefa”

21Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Por

que

EC em

SI/Computação

no Brasil?

Necessidade de compreender a criação e apropriação de SI no Brasil (Cukierman et al., 2006)Oportunidade de entender e proporcionar intercâmbio de experiências sobre problemas locaisUso didático de experiências relatadasCom a globalização, desenvolvimento distribuído e intercâmbio técnico-econômico, torna-se cada vez mais importante compreender aspectos culturais no desenvolvimento de software em diferentes países

22Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Contribuições

de EC para

a área

de SI/Computação

no Brasil

Avanço no sentido de duas propostas apontadas nos Grandes Desafios:

Multi- e interdisciplinaridade: “estabelecimento de vocabulário comum e entendimento de diferenças metodológicas na pesquisa em cada campo”Integração com a indústria: “aproximação com a indústria para efeitos do desenvolvimento tecnológico de qualidade”

23Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Exemplos

de EC em

SIa)

RAMOS JR., M. P. ; OLIVEIRA, B. T. ; de ALBUQUERQUE, J. P.; COELHO, F. S. . Impactos de uma alternativa de sistema integrado para o contexto da pequena empresa. In: Anais do Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação (SBSI 2009). Porto Alegre : Sociedade Brasileira de Computação, 2009. p. 145-156.

b)

de ALBUQUERQUE, J. P.; CHRIST, M. . Examinando a Relação entre Formalização e Flexibilidade em Modelos de Processos de Negócio: O Caso de uma Empresa de Manutenção de Aeronaves. In: XXXIII Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação

em Administração (EnANPAD

2009),

2009, São Paulo. São Paulo : ANPAD, 2009. p. 1-16. c)

SALLES, G. B. M. ; de ALBUQUERQUE, J. P. . Gestão

estratégica

da Tecnologia

da Informação: um estudo

de caso

em

uma

organização

financeira

de grande

porte

originada

a partir

de uma

fusão. In: Proceedings

of the

7th CONTECSI International Conference

on Information Systems and Technology

Management. São Paulo : FEA-USP, 2010. p. 1-24.

24Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Exemplos de Perguntas de Pesquisa dos EC

a) Quais os benefícios e problemas encontrados na adoção de ERPs no modelo SaaS pela pequena empresa brasileira e como eles ocorrem?

Descritivo

b) Qual a relação entre formalização e flexibilidade na modelagem de processos de negócio?

Exploratório

25Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Parte II: O Processo

de Pesquisa de um Estudo

de Caso

26Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

O Processo de Pesquisa de um Estudo de Caso

Rubinson & Höst (2009) propõem cincofases:

1. Desenho do estudo de caso2.

Preparação

para

a coleta

de dados

3.

Coleta

de evidências4.

Análise

dos dados

coletados

5.

Elaboração

do relatório

de pesquisa

27Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Desenho do Estudo de Caso

Também chamado de planejamentoDeve estabelecer (Robson, 2002):

Objetivo – o que deverá ser obtido?O caso – o que será estudado?Teoria – o marco de referênciaQuestões de pesquisa – o que se quer saber?Métodos – Como serão coletados os dados?Estratégia de Seleção – Onde buscar dados?

28Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Planejamento: Protocolo

de Pesquisa

Um instrumento chave para a confiabilidade de EC é o protocolo de pesquisa (Yin, 2005)Descreve as decisões de planejamento do EC, bem com os procedimentos de campo a seremexecutados (Runeson & Höst, 2009)Além de nortear a pesquisa como um todo, é um excelente instrumento para guiar o processo de coleta de dados

Porém: protocolo não é roteiro de entrevista!Principal diferença: protocolo é para o pesquisador, roteiro é para o entrevistado

29Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Estrutura

de um Protocolo

de PesquisaPreâmbulo

propósito do protocolo, diretrizes para armazenamento de documentos e publicação

Procedimentos GeraisVisão geral do projeto e método de pesquisa

ProcedimentosDescrição detalhada dos procedimentos, incluindo contatos e datas

Instrumentos de Pesquisaroteiros de entrevista, questionários etc.

Diretrizes para análise dos dadosdescrição detalhada dos procedimentos de análise, incluindo esquemas e códigos definidos a priori

ApêndicesModelo de carta de convite para participantes

(Pervan

& Maimbo, 2005 apud

Runeson

& Höst, 2009)

30Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Objetivo de PesquisaDefinir o objetivo é o passo mais importante da pesquisaDuas partes principais da pergunta:

Substância: sobre o que é o meu estudo? → Objeto de estudoForma: estou fazendo uma pergunta do tipo “quem”, “o que”, “por que” ou “como”? → Tipo da pergunta de pesquisa

Um objetivo geral pode ser desdobrado em objetivos específicos/perguntas de pesquisa

Ex.: Benefícios, dificuldades, barreiras sociais, valor estratégico, causas de sucesso/fracasso Processo iterativo e gradual ao longo da investigação

31Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Definindo o CasoDefinição de uma ou maisunidades de análise (Yin, 2005)O que é o „caso“?

Um projeto de implantação de SIUm SI em uma organizaçãoUma mudança introduzida em um SIO processo de desenvolvimento de SIUma mudança nos processos organizacionaisdecorrente de um SIetc.

32Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Estudo de caso único x múltiplo

Estudo de caso pode estudar uma únicaentidade (único) ou várias (múltiplo)Estudos de casos múltiplos têmpotencialmente maior poder de generalização (validade externa)Estudos de caso único podem ser maisaprofundados

33Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Quando

usar

um caso

único?Caso decisivo

apropriado para testar o conjuntode proposições da teoria de maneira completa

Caso raro ou extremosituação incomum

Caso representativo ou típicosituação lugar-comum, organização típica

Caso reveladorsituação pouco acessível até o momento e pouco estudada

34Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Afunilando...Quanto ao recorte temporal:

Retrospectivo (transversal): investiga uma situação ouestado passado, coletando dados históricosLongitudinal: acompanha a evolução do caso no presente, durante um período de tempo

Quanto à unidade de análiseHolístico: estudo do caso como um todoCom Unidade incorporada: múltiplas unidades de análise em um mesmo caso (e.g. um projeto, aspessoas envolvidas, departamentos, diferentesorganizações)

A unidade de análise deve ser semelhante a de estudos anteriores → referencial teórico

35Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Referencial Teórico

Direciona a atenção paraelementos do objeto de estudoDeve provir da revisão bibliográfica Em estudos descritivos abrangem:

O propósito do trabalho descritivoTópicos essenciais e que devem constar da

descrição completa: indicados pelas teorias existentes → referencial teórico

36Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Teoria

em

estudos

exploratóriosMuitas áreas de SI não possuemteorias madurasNo entanto, todo exploradordeve saber:

O que será exploradoPropósito da exploraçãoOs critérios pelos quais julgará a exploração como bem-sucedida

Mesmo sem saber exatamente o que vai encontrar, é preciso base de comparação com o que existe

referencial teórico

37Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Coleta

de Evidências

Fontes:Análise Documental: software, documentação,

apresentações da empresa, manuais, notíciasda imprensaEntrevistas: estruturadas, não-estruturadas e

semi-estruturadasObservação direta / participante: ideal para

quem está atuando no contextoMétricas: dados quantitativos

38Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Planejando

a coleta

de evidênciasUm dos pontos fortes de EC é a triangulação de diversas fontesA triangulação pode ser de:

(Fonte de) Dados (mais de umafonte ou ponto no tempo)Observador (diferentespesquisadores)Método (e.g. quantitativo e qualitativo)Teoria (diversas teorias ou pontos de vista)

39Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Análise de DadosOs resultados devem seranalisados em contraste como referencial teórico e com ospressupostos (hipóteses) Tipos de análise:

Quantitativa: estatística descritiva, análise de correlação, desenvolvimento de modelos preditivos, teste de hipótesesQualitativa: estabelecer uma cadeia lógica de decorrência dos resultados a partir das evidências

40Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Análise QualitativaPassos típicos na análise qualitativa:

Registro dos dados coletados(e.g. transcrição das entrevistas)Criação de uma base de dados abrangendo as diversas fontes de informaçãoDesenvolvimento de um vocabulário estruturado para indexação e estabelecimento de relacionamentos (codificação)Análise e interpretação dos múltiplos casos em contraste com o referencial teórico (formulação de hipóteses ou categorização)

Existem softwares especializados para auxiliar nestaetapa (Nvivo, Atlas)Depende de uma boa dose de criatividade e inovação

41Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Relatando um CasoUm estudo empírico e seu relatório são indistinguíveis(Runeson & Höst, 2009)

O relatório comunica as descobertas do estudo, mas também é a principal fonte para julgar a sua qualidade

Segundo Yin (2005), relatórios podem ter audiências diversas (e.g. comunidade científica, financiador)Características do relatório: (Robson, 2002)

contar sobre o que trata o estudocomunicar um sentido claro para o caso estudadooferecer uma “história da investigação” (o que foi feito, por quem e como)oferecer dados básicos de maneira focada (base de julgamento)articular as conclusões do pesquisador e colocá-las em contexto

42Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Considerações

Finais: Avaliando

Estudos

de Caso

em

SI

A qualidade do estudo tem que ser julgada pelaqualidade da escrita do seu relatório

Por empregar predominantemente métodos qualitativos, relatoscostumam ser mais longos

Avaliações devem julgar a qualidade dos raciocíniosdesenvolvidos e a conexão entre observação e conclusões

Significância estatística e qualidade da técnica não são critériosQualidade dos resultados está relacionada a sua capacidade de enriquecer a prática ou à contribuição dada ao conhecimento e impulsionamento de novas pesquisas

Considerações deste minicurso podem ajudar a guiar a avaliação de Estudos de Caso em SI

43Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Avaliando

EC: ChecklistChecklist para o leitor de ECs (Runeson & Höst, 2009):

1.

Os objetivos, perguntas

de pesquisa

e hipóteses

(se aplicável) estão

claramente

definidas

e são

relevantes?2.

O caso

e suas

unidades

de análise

estão

bem

definidos?3.

A adequação

do caso

para

tratar

as

questões

de pesquisa

foi

bem

motivada?4.

O estudo

de caso

é

baseado

em

teorias

ou

ligado

à

literatura

existente?5.

Os procedimentos

de coleta

de dados

são

suficientes

para

os

propósitos

do estudo

(fontes

de dados, coleta, validação)?6.

Dados

brutos

são

suficientemente

apresentados

para

permitir

entendimento

do caso

e de sua

análise?7.

Os procedimentos

de análise

são

suficientes

para

o caso

(repetíveis, transparentes)?8.

uma

clara

cadeia

de evidências

que

liga

as

observações

às

conclusões?9.

As ameaças

à

validade

das análises

foram

contrabalançadas

com

medidas

para

reduzi-

las?

10.

A triangulação

(mútiplos

métodos

de coleta

e análise, autores, teorias) foi

empregada?11.

Questões

éticas

foram

tratadas

corretamente?12.

As conclusões, implicações

para

a prática

e para

futuras

pesquisas

foram

relatadas

de maneira

adequada

à

audiência?

44Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Minicurso: Estudos de Caso em Sistemas de

Informação

Prof. Dr. João

Porto de Albuquerque

[email protected] de Artes, Ciências e HumanidadesUniversidade de São Paulo

(EACH/USP)

46Minicurso apresentado no VI Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação – Marabá/PA – Junho/2010Licença Creative Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil Commons

Publicações

de Estudos

de Caso

do autorRAMOS JR., M. P. ; OLIVEIRA, B. T. ; PORTO DE ALBUQUERQUE, J. ; COELHO, F. S. . Impactos de

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