Fundamentos Do Escoamento Multifásico

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    5Fundamentos do Escoamento Multifsico

    5.1.Definies Bsicas

    Tradicionalmente quando nos referimos ao escoamento de leo, gua e gs,

    chamado de fluxo multifsico, porm na verdade trata-se de um escoamento

    bifsico, onde uma das fases gasosa e a outra lquida.

    Na produo de petrleo, o escoamento bifsico freqentemente

    encontrado na coluna de produo dos poos e nos dutos de produo. O fluxo

    bifsico pode ocorrer em trechos verticais, inclinados ou horizontais, e alguns

    mtodos tiveram que ser desenvolvidos a fim de permitir a determinao da queda

    de presso ao longo da tubulao, com qualquer ngulo de inclinao.

    A produo no mar faz com que gs e fases lquidas sejam transportados

    por longas distncias antes de serem separados. Alm do dimensionamento dos

    dutos de produo com base na perda de carga, importante que possamos

    determinar a composio do fluido no oleoduto, em diversas condies de fluxo, a

    fim de possibilitar o projeto adequado do sistema de separao na planta de

    processo da plataforma.

    A figura abaixo ilustra os diferentes padres de fluxo que podem ser

    observados em oleodutos horizontais. O padro de fluxo depende principalmente

    das velocidades do gs e do lquido, e da relao gs/liquido. Para velocidades

    muito altas do lquido e baixas relaes gs/liquido, pode ser observado o fluxo de

    bolhas dispersas (regime 1). Para baixas velocidades de lquido e gs, um fluxo

    estratificado liso ou estratificado ondulado (regimes 2 e 3) esperado. Para

    velocidades intermedirias do lquido, so formadas ondas rolantes de lquidos

    (regime 4). Com o aumento da velocidade, as ondas rolantes crescem at o ponto

    de formarem um fluxo com tampes (regime 5) ou um fluxo de golfadas (regimes

    6 e 7). Para velocidades de gs muito altas, o fluxo anular (regime 8) observado.

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    Figura 23- Padres de fluxo observados em oleodutos horizontais, fonte: [6]

    Para que possamos calcular o gradiente de presso do escoamento, o

    holdup da fase lquida e os padres de fluxo que ocorrem durante o escoamento

    simultneo de gs e lquido ao longo da tubulao, necessrio que conheamos

    algumas condies do escoamento em questo, tais como:

    a) propriedades dos fluidos: densidade, viscosidade, tenso superficial, etc.

    b) varveis operacionais: BSW, vazo, velocidade, temperatura.

    c) varveis geomtricas: profundidade, afastamento, dimetro, inclinao,

    isolamento.

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    5.2.Procedimento de Clculo de Perda de Carga no Escoamento Bifsico

    Para o escoamento monofsico compressvel ou para o escoamento

    multifsico, o gradiente de perda de carga no constante, forando ao clculo daperda de presso total em etapas, segmento a segmento.

    Este clculo pode ser feito de duas formas: iterao no comprimento ou

    interao na presso.

    No primeiro, conhecendo-se Pn e Tn, fixa-se P e estima-se L. No

    segundo, fixa-se L e estima-se P. Neste trabalho abordaremos o segundo

    mtodo, uma vez que este o mais utilizado no programas de simulao.

    Mtodo de iterao na presso

    1. Partindo-se de um ponto no sistema, Ln, onde a presso conhecida,

    Pn, define-se um incremento na distncia, L.

    2. Estima-se um incremento de presso, P, correspondente ao

    incremento na distncia, L.

    3. Calcula-se a presso mdia (Pmed) e, nos casos no isotrmicos,calcula-se a temperatura mdia (Tmed), no novo ponto Ln+1, aps a

    aplicao do incremento L.

    4. A partir de dados de laboratrio ou correlaes empricas, so

    determinadas todas as propriedades do fluido no escoamento, numa

    condio de Pmede Tmed.

    5. Utilizando-se a correlao escolhida, calcula-se dp/dl no incremento,

    numa condio de Pmed, Tmede inclinao mdia.6. Calcula-se o incremento de presso correspondente ao incremento na

    distncia fixado, P calculado = L * dp/dl.

    7. Compara-se P estimado e P calculado nos passos 2 e 6. Caso os

    valores no sejam, estima-se um novo incremento de presso e

    retorna-se ao passo 3. Repete-se os passos de 3 a 7 at que os valores

    estimados e calculados estejam suficientemente prximos.

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    Este mtodo sempre iterativo, uma vez que as propriedades dos fluidos so

    funes da presso a ser calculada para o incremento L.

    5.3.Propriedades dos Fluidos no Escoamento Bifsico

    As propriedades de um fluido podem ser definidas por trs mtodos bsicos:

    a) Medio direta: o mtodo mais preciso, porm um mtodo caro.

    b) Determinao por Correlaes: como a Black oil, proporciona um

    nvel de preciso bastante razovel, para leos normais e pesados.

    c) Modelo Composicional: adequado para leos leves e gs

    5.3.1.Correlaes Black Oil

    A abordagem black-oil largamente utilizada na prtica e a grande

    maioria dos estudos de reservatrio adota esta modelagem. Assume-se para o leo

    uma massa especfica () constante. O fluido resultante vai se tornando mais

    pesado na medida em que o gs vai saindo de soluo.As correlaes black-oil foram desenvolvidas especificamente para

    sistemas de leo cru / gs / gua e so assim muito teis para prever o

    comportamento das fases no fluxo de um poo de petrleo. Quando usadas em

    conjunto com as opes de calibrao, as correlaes black-oil podem produzir

    dados de comportamento de fases precisos, a partir de um mnimo de dados de

    entrada. Elas so particularmente convenientes em estudos de gs lift, onde os

    efeitos da variao do RGO e corte de gua esto sob investigao. Porm, se

    importante uma previso precisa do comportamento das fases em sistemas com

    hidrocarbonetos leves, recomendada a aplicao de modelos composicionais.

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    Propriedade Nom. Correlao de

    Razo de solubilidade RS Lasater / Standing

    Fator volume de formao BO Standing

    Densidade relativa do gs dissolvido dGd Katz

    Viscosidade do leo saturadoOS Chew & Connally

    Viscosidade do gsG Carr / Lee

    Presso e temperatura pseudo-crticas PPC,TPC Brown

    Fator de Compressibilidade Z Satanding & Katz

    Tenso superficialo Baker & Swerdloff

    Tabela 1- Propriedades e correlaes black oil, fonte: [2]

    Os tpicos seguintes abordam algumas das correlaes black-oil mais

    utilizadas para a avaliao do comportamento de uma mistura lquida de

    hidrocarbonetos, numa certa condio de presso e temperatura, quando trazidos

    s condies de superfcie.

    5.3.1.1.

    Razo de Solubilidade (RS)

    Neste trabalho abordaremos duas correlaes para o clculo da Razo de

    Solubilidade, j definida no captulo anterior:

    Correlao de Lasater[6]

    Esta correlao foi desenvolvida em 1958 a partir de 158 dados

    experimentais, abrangendo as seguintes faixas:

    Pb(presso do ponto de bolha): 48 a 5.780 psia

    TR(temperatura de reservatrio): 82 a 272 F

    API(densidade API): 17,9 a 51,1 API

    dgcs(densidade do gs nas condies standard): 0,574 a 1,223

    Rsb(gs em soluo presso do ponto de bolha): 3 a 2,905 scf/STB

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    Gs em Soluo:

    ( )gogo

    syM

    ydR

    =

    1

    *3,379**350 ( 9 )

    Para API 40: Mo= 630 - 10API

    Para API > 40: Mo= 73,110(API)-1.562

    Onde:

    Mo= peso molecular do leo nas condies standard

    Frao molar do gs (yg):

    o

    osb

    sb

    g

    M

    dR

    R

    y350

    3,379

    3,379

    += ( 10 )

    Onde:

    do= densidade do leo

    Fator da presso de saturao do leo (Pbdg/TR):

    Para yg 0,6: ( ) 323,0786,2exp679,0 = gR

    gby

    T

    dP ( 11 )

    Para yg > 0,6: 95,126,856,3 += g

    R

    gby

    T

    dP ( 12 )

    Presso do Ponto de Bolha:

    =

    gR

    gbb

    dT

    TdPP * ( 13 )

    Correlao de Standing [6]

    A correlao usada por Standing para desenvolver uma equao para

    estimar presses de ponto de bolha maiores que 1.000 psia, baseou-se em 105

    presses de ponto de bolha determinadas experimentalmente a partir de amostras

    de petrleo de reservatrios na rea da Califrnia.

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    Os dados abrangem as seguintes faixas:

    Pb(presso do ponto de bolha): 130 a 7.000 psia

    TR(temperatura de reservatrio): 100 a 258 F

    API(densidade API): 16,5 a 63,8 API

    dgcs(densidade do gs nas condies standard): 0,59 a 0,95

    Rsb(gs em soluo presso do ponto de bolha): 20 a 1,425 scf/STB

    Gs em Soluo:

    ( )

    ( )

    83,0

    1

    T*00091,0

    API*0125,0

    csgs 10

    10

    18

    PdR

    = ( 14 )

    Onde:

    P = presso expressa empsia

    T = temperatura expressa em F

    5.3.1.2.Fator Volume de Formao (BO) Correlao de Standing [6]

    Bo- sistemas saturados (bbl/STB)

    Bo = 0,972 + 0,000147 * F1,175 ( 15 )

    Onde o fator de correlao (F):

    Td

    dRF

    o

    gcs

    s *25,1

    5,0

    +

    = ( 16 )

    dgcs = densidade relativa de todo gs produzido na condio standard

    P = presso expressa empsia

    T = temperatura expressa em F

    5.3.1.3.Densidade Relativa do Gs Dissolvido (dGd) Correlao de Katz

    A equao para o calculo da densidade relativa do gs dissolvido foi

    definida por Katz [6], como sendo:

    ( ) sgd RAPIAPId **586,36874,0*10*02,025,06 ++= ( 17 )

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    5.3.1.4.Viscosidade do leo Saturado (OS) Correlao de Beggs &Robinson

    A equao para o clculo da viscosidade do leo vivo foi definida por Beggs

    & Robinson [6], como sendo:

    B

    ODO A *= ( 18 )

    Onde:

    515,0)100(715,10 += SRA ( 19 )

    338,0)150(44,5 += SRB ( 20 )

    5.3.1.5.Viscosidade do Gs (G)

    A viscosidade do gs, segundo a correlao de Lee et al [6], pode ser

    determinada utilizando-se as equaes abaixo:

    y

    gg XK exp104= ( 21 )

    Onde:

    ( )TM

    TMK

    +++

    =19209

    02,04,9 5,1 ( 22 )

    MT

    X 01,0986

    5,3 ++= ( 23 )

    Xy 2,04,2 = ( 24 )

    Sendo, T = oR, g = cp, M = peso molecular e g= g/cm3.

    ZT

    Pdglg 0433,0= ( 25 )

    Onde:

    dgl = densidade do gs livre na condio standard

    P = presso expressa empsia

    T = temperatura expressa em F

    Z = fator de compressibilidade do gas

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    5.3.1.6.Presso e Temperatura Pseudo-crtica (Ppc, Tpc)

    O procedimento mais empregado para a determinao do fator de

    compressibilidade (Z), baseado no teorema dos estados correspondentes [6], quebasicamente estabelece que as misturas de gases reais exibiro o mesmo fator Z

    para os mesmos valores de presso e temperaturas pseudo-reduzidas, onde:

    pc

    prP

    PP = ( 26 )

    pc

    prT

    TT = ( 27 )

    Para a determinao das propriedades pseudo-crticas dos gases naturais, a

    correlao de Brown et al [6], frequentemente utilizada, utilizando como ponto

    de tartida valores de densidade do gs livre. Esta correlao representada pelas

    equaes:

    livreGpc dP 5,5775,708 = ( 28 )

    livreGpc dT 314169 += ( 29 )

    5.3.1.7.Fator de Compressibilidade (Z)

    O fator de compressibilidade dos gases, corrige o desvio de comportamento

    do gs real com o modelo de gs ideal:

    Volume real = Volume ideal * Z

    Para presses e temperaturas baixas o fator Z tende a 1, ou seja o

    comportamento do gs real aproxima-se do gs ideal para baixas densidades.

    Os fatores de compressibilidade (Z) foram correlacionados por Brown [6],

    como funo dos valores de presso e temperaturas pseudo-reduzidas. Sua

    correlao cobriu valores de Ppr at 8. Entretanto, investigaes feitas por

    Standing & Katz [6] concluiram que para valores de Ppr superiores a 5, os

    resultados eram bastante imprecisos. Como resultado deste trabalho, Standing &

    Katz extenderam a correlao de Brown para valores de presso pseudo-reduzida

    de 15. Estes resultados deram origem ao baco da Figura 24.

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    Figura 24- Fator de compressibilidade para gases naturais, fonte: [13]

    5.3.1.8.Tenso Superficial - lquido e gs (o)

    A influncia deste parmetro no clculo da perda de carga, do regime de

    escoamento e do holdup pequena.A tenso superficial entre hidrocarbonetos,lquido e gasosos, para baixas presses e densidades, normalmente varia de 35

    dynas/cm at 0 dynas/cm.

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    5.3.2.Velocidades e Relaes do Escoamento Bifsico

    Esta seo tem por objetivo a abordagem de algumas propriedades

    importantes que devem ser entendidas antes de se adaptar a equao de gradientede presso para condies de fluxo bifsico.

    Holdup do Lquido

    O holdup do lquido definido como a relao do volume de um

    segmento de tubo ocupado por lquido e o volume total desse segmento de tubo

    [2]. Isso :

    tutulaodesegmentodovolume

    lquidopeloocupadovolumeHL =

    O holdup do lquido uma frao que varia de zero (fluxo de gs

    somente) a um (fluxo lquido somente). O mtodo mais comum de medir o

    holdup do lquido isolar um segmento do fluxo entre vlvulas de fechamento

    rpido e medir o lquido fisicamente capturado. O restante do segmento de tubo

    ocupado por gs, sendo chamado de holdup do gs.

    Hg= 1 - HL ( 30 )

    Holdup do Lquido Sem Escorregamento

    O holdup do lquido sem escorregamento, definido como a relao do

    volume de lquido em um segmento de tubo [2], dividido pelo volume do

    segmento de tubo que existiria, se o gs e o lquido flussem mesma velocidade

    (sem escorregamento). O clculo pode ser feito diretamente, usando as vazes

    conhecidas do gs e do lquido, onde qLe qgso as vazes de lquido e gs in-situ,

    respectivamente.

    gL

    LL

    qq

    q

    += ( 31 )

    O holdup do gs sem escorregamento definido como:

    gL

    g

    Lgqq

    q

    +== 1 ( 32 )

    Velocidade

    Muitas correlaes de fluxo bifsico esto baseadas em uma varivel

    chamada de velocidade superficial. A velocidade superficial de uma fase fluida

    definida como a velocidade na qual essa fase estaria sujeita se flusse s pela

    seo transversal total do tubo.

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    Gs

    A velocidade superficial do gs calculada por:

    A

    qv

    g

    sg= ( 33 )

    A velocidade real do gs calculada por:

    g

    g

    gHA

    qv

    = ( 34 )

    Onde A a rea da seo transversal do tubo.

    Lquido

    A velocidade superficial do lquido calculada por:

    A

    q

    v L

    sL = ( 35 )

    A velocidade real do lquido calculada por:

    L

    LL

    HA

    qv

    = ( 36 )

    Onde A a rea da seo transversal do tubo.

    Bifsico

    Velocidade da mistura a soma das velocidades superficiais das fases:

    sgsLm vvv += ( 37 )

    Velocidade de Escorregamento

    A velocidade de escorregamento definida como a diferena entre as

    velocidades reais da fase gasosa e lquida [2].

    L

    sL

    g

    sg

    LgsH

    v

    H

    vvvv =+= ( 38 )

    Usando as definies anteriores para velocidade, o holdup semescorregamento, pode tambm ser calculado como:

    m

    sLL

    v

    v= ( 39 )

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    5.3.3.Mtodos de Determinao das Propriedades da Mistura Lquida

    Quando a mistura lquida contm leo e gua, a maneira mais usual de se

    ponderar o efeito dessas fases usando-se o fator de proporcionalidade definidocomo:

    ( )woo

    oqq

    qf

    += ( 40 )

    ow ff = 1 ( 41 )

    Assim, para qualquer propriedade da mistura lquida, temos:

    ( )owooL foprPfropPropP += 1 ( 42 )

    5.3.4.Escoamento Vertical Multifsico

    Com exceo de condies de velocidade alta, a maioria da queda de

    presso em fluxo vertical causada pelo componente de mudana de elevao. A

    queda de presso causada por acelerao dos fluidos normalmente considerada

    desprezvel, sendo calculada somente para os casos onde a velocidades do fluxo

    muito alta.

    Muitas correlaes foram desenvolvidas para determinar os gradientes de

    presso no fluxo bifsico. Alguns pesquisadores optaram por assumir que o gs e

    fases lquidas deslocavam-se mesma velocidade (sem escorregamento entre

    fases), para avaliar a densidade de mistura e avaliar empiricamente somente um

    fator de frico. Outros desenvolveram mtodos por calcular ambos, o holdup

    dolquido e o fator de frico e, alguns escolheram dividir as condies de fluxoem padres ou regimes e desenvolver correlaes separadas para cada regime defluxo. As correlaes do fluxo vertical multifsico (F.V.M.) discutidas a seguir,

    so classificadas segundo sua complexidade.

    5.3.4.1.Correlaes do F.V.M

    Existem trs tipos na indstria do petrleo, so baseadas em observao,

    experimentao laboratorial e dados de campo.

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    Tipo I

    As correlaes que se enquadram nesta categoria, no utilizam mapas de

    padro de escoamento nem consideram o escorregamento entre as fases, L. A

    nica correlao requerida para fator de frico das duas fases.

    Exemplos:

    Poetmann & Carpenter [2], (49 poos surgentes e GL);

    Baxendell & Thomas [2], (extenso de P&C)

    Fancher & Brown [2], (consideram variao com a RGL)

    dg

    uf

    g

    g

    dL

    dp

    c

    mns

    c

    ns2

    2 += ( 43 )

    O fator de frico f determinado pelo grfico de cada correlao com

    umd, e no o Re. A justificativa que como grande a turbulncia no

    escoamento multifsico a viscosidade no teria grande influncia.

    Tipo II

    As correlaes que se enquadram nesta categoria, no utilizam mapas de

    padro de escoamento, porem consideram o escorregamento entre as fases, HL.

    Mtodos nesta categoria apresentam correlao para o clculo do holdup e

    correlao para o fator de frico das duas fases.

    Exemplo:

    Hagedorn & Brown [2], (poo experimental de 1500 ft). Nesta correlao o

    holdup no medido e sim correlacionado.

    Tipo III

    As correlaes que se enquadram nesta categoria, utilizam mapas de padro

    de escoamento e consideram o escorregamento entre as fases, HL. Para cada

    padro de escoamento apresentada uma correlao diferente para o clculo do

    holdup e para o fator de frico das duas fases.

    Exemplo:

    Duns & Ros [2]

    Orkiszewski [2]

    Aziz, Grovier & Fogarasi [2]

    Beggs & Brill [2]

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    5.3.4.2.Padres de Escoamento

    Na Figura 25 so apresentados os padres de fluxo ou regimes

    freqentemente encontrados em escoamento vertical bifsico. A maioria dospesquisadores, que consideram regimes de fluxo em sua metodologia, divide em

    quatro grupos os regimes possveis de acontecer em um tubo vertical.

    Figura 25- Padres de fluxo encontrados em escoamento vertical bifsico, fonte: [6]

    A seguir, apresentada uma breve descrio da maneira como os fluidos se

    comportam no interior da tubulao, para cada um dos regimes de fluxo.

    Padro de Bolha

    O tubo preenchido quase completamente de lquido e a fase de gs livre

    est presente na forma de pequenas bolhas. As bolhas movem-se com velocidades

    diferentes. Exceto pela densidade, pouca a influncia do gs gradiente de

    presso. A parede do tubo esta sempre em contato com a fase lquida.

    Padro de Golfadas

    A fase de gasosa mais pronunciada. Embora, a fase lquida ainda seja

    contnua, as bolhas de gs fundem-se e formam bolhas com formato de projteis

    ou golfadas, que quase preenchem a seo transversal do tubo. A velocidade das

    bolhas de gs maior que a do lquido. O lquido no filme ao redor da bolha pode

    mover-se para baixo a baixas velocidades. Tanto o gs quanto o lquido tm

    influncia significativa no gradiente de presso.

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    16/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 66

    Padro de Transio ou Catico

    Ambas as fases so descontinuas, no existindo formas caractersticas.

    Ambas as fases tm influncia no gradiente de presso.

    Padro Anular

    O gs passa a ser a fase contnua e o lquido flui na forma de gotas dispersas

    no ncleo central gs. A parede do tubo coberta com um filme lquido, mas a

    fase de gs tem influncia predominante no gradiente de presso.

    5.4.Equao do Gradiente de Presso para Fluxo Bifsico

    A equao de gradiente de presso que aplicvel a qualquer fluido

    escoando em um tubo inclinado em um ngulo com a horizontal expressa

    como:

    acfel dL

    dp

    dL

    dp

    dL

    dp

    dL

    dp

    +

    +

    = ( 44 )

    Onde:

    el- termo referente mudana de elevao elevao

    f - termo referente frico

    ac- termo referente acelerao

    A Equao (44) normalmente adaptada para fluxo bifsico, assumindo que

    a mistura gs-lquido pode ser considerada homognea para um volume finito da

    tubulao.

    Para um fluxo bifsico o componente referente mudana de elevao passa

    a ser:

    seng

    g

    dL

    dps

    cel

    =

    ( 45 )

    Onde,s a densidade da mistura gs-lquido num segmento da tubulao.

    Considerando um segmento da tubulao que contm lquido e gs, a

    densidade da mistura pode ser calculada por:

    ggLLs HH += ( 46 )

    Onde,HL a frao (holdup) do lquido.

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    17/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 67

    O componente de perda de carga por frico pode ser escrito como:

    dg

    vf

    dL

    dp

    c

    mftp

    f 2

    2=

    ( 47 )

    Onde,ftpe fso definidos de forma diferente por diferentes pesquisadores.

    O termo ( )f

    dLdp no analiticamente previsvel, com exceo do caso de

    fluxo monofsico laminar. Assim, deve ser determinado atravs de meios

    experimentais ou por analogias com o fluxo nomofsico.

    O mtodo mais empregado sem dvida o que utiliza fatores de frico para

    duas de fase. As definies mais comuns so:

    dg

    vf

    dL

    dp

    c

    sLLL

    f 2

    2=

    ( 48 )

    dg

    vf

    dL

    dp

    c

    sggg

    f 2

    2=

    ( 49 )

    dg

    vf

    dL

    dp

    c

    mftp

    f 2

    2=

    ( 50 )

    Sendo que em geral, para padro de fluxo de nvoa utilizada a Equao

    (49), baseada no gs. Quando considerado um regime de fluxo de bolha a Equao

    (48), baseada em lquido, mais apropriada. J a definio de f pode diferir

    amplamente, dependendo do pesquisador.

    A maioria das correlaes busca relacionar fatores de frico com alguma

    forma de um nmero de Reynolds. Para o escoamento monofsico, o nmero de

    Reynolds definido como:

    vd=Re ( 51 )

    Onde, um conjunto consistente de unidades deve ser usado para calcular Re,

    e:

    = densidade do fluido

    v = velocidade do fluido

    = viscosidade dinmica do fluido

    d = dimetro interno da tubulao

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    18/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 68

    5.4.1.Equaes para Determinao do Fator de Frico

    I. Laminar (Re< 2300)

    Re64=f ( 52 )

    II. Turbulento (Re> 4000)

    a) Tubos Lisos

    Blasius [2] (Re< 105)

    ( ) 25,0Re3164,0 =f ( 53 )

    Drew, Koo & MacAdams (1930) [2] - (3000 < Re< 10

    6

    )( ) 32,0Re5,00056,0 +=f ( 54 )

    b) Tubos Rugosos (Completamente desenvolvido)

    Nikuradse (1933) [2]

    =df

    2log274,1

    1 ( 55 )

    c) Tubos Rugosos (Zona de transio)

    Colebrook & White (1938) [2]

    +=

    fdf

    1

    Re

    7,182log274,1

    1 ( 56 )

    Jain [2] - (3000 < Re< 106) - 26 1010

  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    19/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 69

    4

    L

    LsLLv

    gvN

    = Nmero de velocidade do lquido ( 58 )

    4

    L

    Lsggv

    gvN

    = Nmero de velocidade do gs ( 59 )

    L

    Ld

    ddN

    = Nmero de dimetro do tubo ( 60 )

    43

    LL

    LL

    gN

    = Nmero de viscosidade do lquido ( 61 )

    Para a determinao do holdup, foi realizada uma anlise adimensional

    resultando nos seguintes grupamentos adimensionais:

    14,2

    380,0

    d

    Lgv

    N

    NN ( 62 )

    d

    L

    atmgv

    Lv

    N

    CN

    P

    P

    N

    N1,0

    575,0

    ( 63 )

    Correlaes para determinao do holdup segundo Hagedorn&Brown:

    A partir do grfico apresentado na Figura 26, entrando com o grupamento

    adimencional (62), obtm-se o fator para correo do holdup.

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    20/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 70

    Figura 26- Fator para correo do holdup - Hagedorn&Brown, fonte: [2]

    No passo seguinte, entrando com o valor deNL(Equao 61), no grfico da

    Figura 27, obtm-se o valor do coeficiente CNL para aplicao no grupamento

    adimencional (63).

    Figura 27- Coeficiente C para correo do NL- Hagedorn&Brown, fonte: [2]

    1,00

    1,20

    1,40

    1,60

    1,80

    2,00

    0,000 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,100

    .

    PSI

    ( ) 14,2380,0 / dLgv NNN

    0,0010

    0,0100

    0,1000

    0,001 0,01 0,1 1

    NL

    CNL

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    21/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 71

    Com o valor o do grupamento adimencional (63) sendo aplicado no grfico

    da Figura 28, obtm-se a relao entre o holdup e o fator .

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,0E-06 1,0E-05 1,0E-04 1,0E-03 1,0E-02

    .

    H

    oldup

    Factor/PSI

    d

    L

    aGV

    LV

    N

    CN

    P

    P

    N

    N1,0

    575,0

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,0E-06 1,0E-05 1,0E-04 1,0E-03 1,0E-02

    .

    H

    oldup

    Factor/PSI

    d

    L

    aGV

    LV

    N

    CN

    P

    P

    N

    N1,0

    575,0

    Figura 28- Correlao para determinao do Holdup - Hagedorn&Brown

    Com os dados obtidos anteriormente, tem-se:

    = LLH

    H ( 64 )

    5.4.3.Correlao tipo III Beggs & Brill

    Esta correlao foi desenvolvida por Beggs & Brill [6], utilizando um

    aparato experimental de 90 ft, dotado de dispositivo para inclinao do tubo,

    variando de -90 a +90. A vazo de lquido (gua) variava de 0 a 1000 bpd e a

    vazo de gs (ar) variava de 0 a 300 M scf/d.

    O holdup medido com vlvulas de fechamento rpido, encontrava-se na

    faixa de 0 a 0,870.

    O regime de escoamento determinado como se a tubulao estivesse na

    horizontal:

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    22/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 72

    gd

    vN mFr

    2

    = ( 65 )

    Onde:

    NFr= Nmero de Froude

    vm = velocidade da mistura

    g = acelerao da gravidade

    d = dimetro do tubo

    No considerando o escorregamento entre as fases, o holdup dado por

    (Equao 39).

    Figura 29- Regimes de escoamento

    Para definio do regime de escoamento, tem-se:

    302,0

    1 316 LL =

    4684,2

    2 0009252,0 = LL

    4516,1

    3 10,0 = LL

    738,6

    4 5,0 = LL

    a) Regime Segregado:

    L< 0,01 e NFr< L1

    L0,01 e NFr< L2

    Bolha

    Nevoa

    Estratificado

    Ondulado

    Anular

    Golfada

    Plugue

    Distribuido

    Intermitente

    Segregado

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    23/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 73

    b) Regime Intermitente:

    0,01 L < 0,4 e L3< NFrL1

    L0,4 e L3< NFrL4

    c) Regime Distribuido:L< 0,4 e NFrL1

    L0,4 e NFr> L4

    Figura 30- Mapa de regime de escoamento segundo Beggs & Brill, fonte: [6]

    Para a determinao do holdup, tem-se:

    ( ) ( ) = 0LL HH ( 66 )

    Onde:

    HL() =HL(0), para a horizontal

    ( )c

    Fr

    b

    Lb

    LL

    N

    aaH =0 ( 67 )

    Sendo HL(0) L

    As constantes para aplicao na Equao (67) so obtidas da Tabela 2,

    conforme o regime de escoamento definido.

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    24/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 74

    Regime a b c

    Segregado 0,980 0,4846 0,0868

    Intermitente 0,845 0,5351 0,0173

    Distribudo 1,065 0,5824 0,0609

    Tabela 2- Constantes para determinao de holdup

    O fator , responsvel pela correo do holdup devido inclinao real

    da tubulao, obtido pela equao:

    ( ) ( ) += 8,1333,08,11 3sensenC ( 68 )

    Onde:

    ( ) ( )gFrfLveLL NNdC 'ln1 = ( 69 )

    Sendo C 0

    As constantes para aplicao na Equao (69) so obtidas da Tabela 3,

    conforme a inclinao e o regime de escoamento, definidos:

    Inclinao Regime d e f g

    Segregado 0,011 -3,7680 3,5390 -1,6140

    Intermitente 2,960 0,305 -0,4473 0,0978

    >0

    Distribuido Sem correo, C=0 e =1

  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    25/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 75

    Figura 31- Holdup versus inclinao do tubo, fonte: [6]

    O fator de frico dado pela equao:

    s

    nstp eff = ( 70 )

    Onde:

    2

    8215,3Relog5223,4Relog2

    1

    =nsf ( 71 )

    Sendo:

    ns

    mns dv

    =Re ( 72 )

    ( )LgLLns += 1 ( 73 )

    ( ) ( )42 ln01853,0ln8725,0ln182,30523,0ln

    yyyys

    ++= ( 74 )

    ( )( )2

    L

    L

    Hy= ( 75 )

    Se pertence ao intervalo 1 < y < 1,2

    2,12,2

    ln

    =

    y

    ys ( 76 )

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    26/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 76

    Figura 32- Fator de frico, fonte: [6]

    5.5.

    Transferncia de Calor no Escoamento de Petrleo

    Antes de definirmos um projeto de riser, conveniente que avaliemos os

    componentes fundamentais do balano de energia. Especialmente em guas ultra-

    profundas, pode ser o caso que uma poro significante da perda de temperatura

    no possa ser evitada, independentemente do tipo de isolamento empregado, em

    particular, quanto da queda de temperatura do fluido devido a perda de calor

    para o ambiente e quanto devido ao efeito Joule-Thomson (queda de

    temperatura devido a variao da presso entalpia constante) e perdas de energia

    potenciais no riser.

    A perda de calor para o ambiente pode ser minimizada tipicamente com a

    aplicao de isolamento. Porm, os dois componentes posteriores (resfriamento

    por expanso e energia potencial) so efeitos oriundos das propriedades do fluido

    e profundidade de gua, no sofrendo impacto do isolamento.

    Tipicamente, para desenvolvimentos de guas rasas, a perda de energia

    potencial (mudanas na energia interna devido variao da elevao) pode ser

    ignorada, j que a distncia vertical que o fluido deve se deslocar relativamente

    pequena. Porm, em guas profundas, a mudana de elevao significativa e seu

    efeito na queda da temperatura do fluido, no pode ser desprezado. Considere o

    balano de energia em regime permanente, dado pela Equao (77):

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    27/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 77

    ( ) ( ) WQzgvPVUm +=

    +++ 22

    1 ( 77 )

    Onde:

    m= taxa de fluxo de massa

    U= energia interna

    P= presso

    V = volume

    v= velocidade

    g= acelerao da gravidade

    z= variao da elevao

    Q = energia transferida entre o ambiente e o fluido

    W = trabalho fornecido ao fluido por bombas, compressores etc.

    O balano de energia na Equao (77) pode ser usado para determinar a

    mudana de energia global e a mudana de temperatura global num sistema. O

    termo m(PV)representa trabalho usado para mover o fluido entre a entrada e a

    sada do tubo. Normalmente, este termo combinado com mUpara dar mH, a

    mudana na entalpia. O termo m(v2)representa a mudana na energia cintica

    que desprezvel. O termo mgzrepresenta a mudana em energia potencial que

    desprezvel para profundidades de guas rasas. Assim, o balano de energia para

    um riserde guas rasas reduz-se a:

    ( )( ) QPVUm =+ ( 78 )

    Para avaliar o resfriamento pelo efeito de Joule-Thomson, assumido que o

    sistema adiabtico (nenhuma perda de calor, Q = 0), sendo a equao simplifica

    para:

    ( )( ) 0==+ HPVUm ( 79 )

    Normalmente, as variaes na temperatura do fluido so devidas perda de

    calor para o ambientes ou ao resfria pela expanso do fluido (efeito Joule-

    Thomson). Porm, em guas ultra-profundas, uma mudana de grande alterao

    na elevao requer a re-incluso do termo de energia potencial na equao de

    balao de energia:

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  • 7/23/2019 Fundamentos Do Escoamento Multifsico

    28/28

    Fundamentos do Escoamento Multifsico 78

    ( )( ) QzgPVUm =++ ( 80 )

    A Equao (80) permite que a perda de temperatura no sistema possa ser

    calculada para vrios valores de coeficiente global de transferncia de calor (U).

    Alm disso, tambm podem ser identificados os componentes individuais

    responsveis pela perda de temperatura.

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