Upload
rafael-douglas
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
1/228
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
FUNDAMENTOSDE SAÚDE E
SEGURANÇA DO
TRABALHOVOLUME 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
2/228
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
3/228
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
FUNDAMENTOSDE SAÚDE E
SEGURANÇA DO
TRABALHOVOLUME 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
4/228
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
5/228
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
FUNDAMENTOSDE SAÚDE E
SEGURANÇA DO
TRABALHOVOLUME 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
6/228
SENAI
Serviço Nacional deAprendizagem IndustrialDepartamento Nacional
Sede
Setor Bancrio Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício RobertoSimonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, porescrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI deSanta Catarina, com a coordenaço do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada portodos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento NacionalUnidade de Educaço Prossional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Núcleo de Educaço – NED
FICHA CATALOGRÁFICA
__________________________________________________________________
S491f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos de saúde e segurança do trabalho, volume 2 / ServiçoNacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacionalde Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília :
SENAI/DN, 2012.
222 p. : il. ; (Série Segurança do Trabalho).
ISBN 978-85-7519-501-7
1. Segurança do trabalho. 2. Segurança do trabalho - Legislação. 3. Higienedo trabalho. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento
Regional de Santa Catarina II. Título III. Série.
CDU: 614.8
_____________________________________________________________________________
224
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
7/228
Lista de ilustrações
Figura 1 - Mineraço .........................................................................................................................................................44
Figura 2 - Direitos dos trabalhadores .........................................................................................................................46Figura 3 - Código de trânsito brasileiro .....................................................................................................................49
Figura 4 - Requisitos de um condutor ........................................................................................................................52
Figura 5 - Avaliação quantitativa e qualitativa ........................................................................................................71
Figura 6 - Tipos de ferramentas ....................................................................................................................................76
Figura 7 - Ferramentas manuais ...................................................................................................................................77
Figura 8 - Ferramentas portáteis .................................................................................................................................78
Figura 9 - Prensa.................................................................................................................................................................81
Figura 10 - Caldeiras .........................................................................................................................................................84
Figura 11 - Vaso de presso esférico ...........................................................................................................................87Figura 12 - Correntes de baixa e alta intensidade .................................................................................................96
Figura 13 - Choque esttico ...........................................................................................................................................97
Figura 14 - Efeito de choques elétricos .....................................................................................................................99
Figura 16 - Quadro da linha de força do campo e das superfícies equipotenciais em torno de umaesfera carregada de eletricidade ..............................................................................................................................106
Figura 17 - Trabalho em altura ...................................................................................................................................109
Figura 18 - Descargas atmosféricas .........................................................................................................................113
Figura 19 - Descarga atmosférica direta e indireta ............................................................................................114
Figura 20 - Detalhe de aterramento ........................................................................................................................115
Figura 21 - Princípios de proteço contra choques elétricos .........................................................................118Figura 22 - Seccionamento .........................................................................................................................................120
Figura 23 - Seccionamento abertura .......................................................................................................................120
Figura 24 - Seccionamento da rede elétrica .........................................................................................................121
Figura 25 - Constataço da ausência de tenso ..................................................................................................121
Figura 26 - Aterramento temporrio .......................................................................................................................122
Figura 27 - Sinalizaço de impedimento de energizaço ...................... ........................ ........................ .......... 123
Figura 28 - Exemplo de proteço parcial por ‘colocaço fora de alcance’ em uma subestaço ......... 124
Figura 29 - Distâncias mínimas ..................................................................................................................................124
Figura 30 - Peça placa-me .........................................................................................................................................130Figura 31 - Exemplo de bloqueio e etiquetagem ...............................................................................................145
Figura 32 - Trabalho em alta-tenso ........................................................................................................................148
Figura 33 - Exemplo de sinalizaço de segurança ..............................................................................................153
Figura 34 - Diferenças: ventilaço comercial e industrial .................................................................................165
Figura 35 - Finalidades da ventilaço ......................................................................................................................166
Figura 36 - Legenda .......................................................................................................................................................181
Figura 37 - Dimenso da caligraa ...........................................................................................................................182
Figura 38 - Projeço de linhas coincidentes .........................................................................................................183
Figura 39 - Prioridade de linhas.................................................................................................................................184
Figura 40 - Tipos de Linhas ..........................................................................................................................................184
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
8/228
Figura 41 - Aplicaço das linhas ................................................................................................................................185
Figura 42 - Posicionamento do observador, peça e plano de projeço ...................... ....................... ........ 186
Figura 43 - Representaço das vistas superior (a) e da lateral (b) .................................................................186
Figura 44 - Rebatimento ..............................................................................................................................................187
Figura 45 - Projeço .......................................................................................................................................................187Figura 46 - Vistas ortogrcas (seis vistas) .............................................................................................................188
Figura 47 - Vistas ortogrcas (três vistas padro) .............................................................................................188
Figura 48 - Perspectiva .................................................................................................................................................189
Figura 49 - Distância das vistas ..................................................................................................................................190
Figura 50 - Distância das margens ...........................................................................................................................190
Figura 51 - Disposiço das vistas na folha A4 .......................................................................................................191
Figura 52 - Perspectiva na representação geométrica .....................................................................................193
Figura 53 - Escalas ..........................................................................................................................................................195
Figura 54 - Escalas .........................................................................................................................................................195Figura 55 - Cortes e seções..........................................................................................................................................196
Figura 56 - Tipos de hachuras ....................................................................................................................................197
Figura 57 - Corte total longitudinal .........................................................................................................................199
Figura 58 - Corte total transversal ............................................................................................................................199
Figura 59 - Corte horizontal e representaço .......................................................................................................200
Figura 60 - Meio corte ...................................................................................................................................................201
Figura 61 - Corte em desvio ........................................................................................................................................201
Figura 62 - Corte parcial 1 ...........................................................................................................................................202
Figura 63 - Corte parcial 2 ...........................................................................................................................................202
Figura 64 - Detalhamento por cotas ........................................................................................................................203
Figura 65 - Detalhamento por anotações ..............................................................................................................203
Figura 66 - Regras na cotagem ..................................................................................................................................204
Figura 67 - Cota em contornos visíveis ...................................................................................................................205
Figura 68 - Cotagem 1 ..................................................................................................................................................205
Figura 69 - Cotagem 2 ..................................................................................................................................................206
Figura 70 - Exemplo de planta baixa 1 ....................................................................................................................207
Figura 71 - Exemplo de planta em 3D .....................................................................................................................208
Figura 72 - Exemplo de planta baixa 2 ....................................................................................................................208
Figura 73 - Intersecço de arcos ................................................................................................................................209Figura 74 - Bissetriz ........................................................................................................................................................210
Figura 75 - Hexgono ....................................................................................................................................................210
Figura 76 - Pentgono ..................................................................................................................................................211
Figura 77 - Circunferência inscrita em um quadrado ........................................................................................211
Quadro 1 - Simbologia das Cores ........................... ........................ ........................ ........................ ........................ ...72
Quadro 2 - Classicaço dos Riscos Ambientais ....................................................................................................73
Quadro 3 - resumo dos riscos elétricos e adicionais com suas principais medidas de controle ....... 128
Quadro 4 - resumo dos riscos elétricos e adicionais com suas principais medidas de controle ....... 132
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
9/228
Tabela 1 - Inspeço em vasos de presso ................................................................................................................89
Tabela 2 - Inspeção em vasos de pressão para empresas que possuam serviços próprios ...................89
Tabela 3 - Efeitos dos choques elétricos dependentes da intensidade de corrente. ........................ ........98
Tabela 4 - Espaçamento para instalações internas ........................ ........................ ........................ ..................... 125
Tabela 5 - Espaçamento para instalações externas ....................... ........................ ........................ ..................... 126Tabela 6 - Distanciamento de segurança ...............................................................................................................127
Tabela 7 - Formato da folha ........................................................................................................................................175
Tabela 8 - Dimensão das margens ...........................................................................................................................177
Tabela 9 - Dimenso da Folha Padro A .................................................................................................................178
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
10/228
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
11/228
V O L U M E 1
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................12
2 Princípios de Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho ....................... ........................ ....................17
2.1 Histórico e desenvolvimento industrial ..............................................................................................18
2.2 Responsabilidade socioambiental ........................................................................................................21
2.3 Qualidade de vida .......................................................................................................................................23
3 Terminologia Técnica ....................................................................................................................................................35
3.1 Desvio ..............................................................................................................................................................36
3.2 Incidente .........................................................................................................................................................37
4 Acidentes de Trabalho..................................................................................................................................................434.1 Deniço ........................................................................................................................................................44
4.2 Aspectos sociais e ambientais ................................................................................................................49
4.3 Consequências .............................................................................................................................................50
4.4 Anlise de acidentes...................................................................................................................................54
4.5 Reabilitaço prossional ...........................................................................................................................58
4.6 Estatísticas – estadual e nacional ..................... ........................ ........................ ........................ ............63
4.7 Custos ..............................................................................................................................................................83
4.8 Comunicaço de acidentes do trabalho .............................................................................................87
4.9 Relatórios ........................................................................................................................................................97
5 A Prevenção de Acidentes de Trabalho ..............................................................................................................105
5.1 Princípios Prevencionistas .....................................................................................................................106
6 Teoria de Frank Bird, “Pirâmide” .............................................................................................................................113
6.1 Conhecendo a teoria de Frank Bird, “Pirâmide” ...................... ........................ ....................... ........ 114
7 Estudos de J. Reason “Queijo Suíço” .....................................................................................................................121
7.1 Erro humano no ambiente de trabalho ...........................................................................................122
Referências........................................................................................................................................................................129
Minicurrículo dos Autores ...........................................................................................................................................137
Índice ..................................................................................................................................................................................139
8 Legislação e Normas .................................................................................................................................................157
8.1 OIT ..................................................................................................................................................................158
8.1.1 História .......................................................................................................................................158
8.1.2 Fundamentos ..........................................................................................................................160
8.1.3 Estrutura ....................................................................................................................................161
8.2 Constituiço Federal................................................................................................................................164 V O L U M E 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
12/228
8.3 Hierarquia das Leis ...................................................................................................................................168
8.3.1 Deniço ...................................................................................................................................169
1 Normas Regulamentadoras ....................................................................................................................................177
9.1 Principais Normas Regulamentadoras .............................................................................................1789.2 Segurança do Trabalho............................... ........................ ........................ ........................ ................... 184
9.2.1 Rural ............................................................................................................................................184
9.2.2 Mineraço .................................................................................................................................188
9.2.3 Trânsito ......................................................................................................................................192
9.2.4 Construço Civil .....................................................................................................................197
9.2.5 Laboratórios ............................................................................................................................205
9.2.6 No lar .........................................................................................................................................207
2 Avaliaço e Controle de Riscos Ambientais ......................................................................................................213
10.1 Riscos ambientais ..................................................................................................................................21410.1.1 O Mapa de Risco .................................................................................................................215
10.1.2 Fazendo o Mapa de Riscos ..............................................................................................216
10.2 Ferramentas manuais e portteis ....................................................................................................219
10.2.1 Classicaço de Ferramentas .........................................................................................219
10.2.2 Medidas Preventivas .........................................................................................................220
10.2.3 Ferramentas manuais ...................... ........................ ........................ ........................ ......... 221
10.2.4 .Ferramentas Portteis .......................................................................................................222
10.3 Proteço de mquinas e equipamentos .......................................................................................223
10.3.1 Proteço de Equipamentos..............................................................................................223
10.3.2 Dispositivos de Segurança ..............................................................................................22410.4 Equipamentos sob presso ................................................................................................................227
10.4.1 Operadores ............................................................................................................................229
10.4.2 Vasos de presso ..................................................................................................................230
3 Segurança em Eletricidade .....................................................................................................................................235
11.1 Riscos ..........................................................................................................................................................236
11.1.1 Choque elétrico ....................................................................................................................237
11.1.2 Proteço contra efeitos térmicos ...................................................................................244
11.1.3 Proteço contra queimaduras ........................................................................................244
11.1.4 Arco elétrico ..........................................................................................................................244
11.1.5 Campos eletromagnéticos ...............................................................................................248
11.1.6 Riscos adicionais – Classicaço ........................ ........................ ........................ ........... 250
11.1.7 Acidentes de origem elétrica ..........................................................................................257
11.2 Métodos de controle ............................................................................................................................259
11.2.1 Proteço contra choques elétricos ................................................................................259
11.2.2 Desenergizaço ....................................................................................................................261
11.2.3 Instalaço da sinalizaço de impedimento de energizaço ..................... ........... 265
11.2.4 Proteço por separaço elétrica .....................................................................................270
11.3 Eletricidade esttica ..............................................................................................................................271
V
O L U M E 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
13/228
11.4 NR-10 Instalaço e serviços de eletricidade .................................................................................273
11.4.1 Medidas de proteço coletiva e individual ................................................................279
11.4.2 Principais equipamentos de proteço coletiva ....................... ........................ ......... 281
11.4.3 Principais Equipamentos de Proteço Individual ....................... ........................ ..... 283
11.4.4 Segurança nas instalações elétricas..............................................................................28411.4.5 Alta-tenso .............................................................................................................................289
11.4.6 Sinalizaço obrigatória de segurança ..........................................................................294
11.4.7 Procedimentos ....................................................................................................................295
11.4.8 Situações de emergência .................................................................................................296
4 Cores de Segurança e Ventilaço ..........................................................................................................................301
12.1 Cores e sinalizaço.................................................................................................................................302
12.2 Ventilaço ................................................................................................................................................306
12.2.1 Industrial .................................................................................................................................307
5 Desenho Técnico .........................................................................................................................................................315
13.3 Normas .....................................................................................................................................................316
13.3.1 NBR 10068 – Folha de desenho layout e dimensões ..............................................317
13.3.2 NBR 10647– Desenho Técnico – Norma Geral...........................................................317
13.3.3 NBR 13142– Desenho Técnico – Dobramento de cópias ..................... ................. 317
13.3.4 NBR 8402 – Execuço de caracteres para escrita em desenhos técnicos ........ 318
13.3.5 NBR 8993 – Representaço convencional de partes roscadas em desenhotécnico ..................................................................................................................................................318
13.4 Formatos do papel ...................... ........................ ........................ ....................... ......................... ......... 319
13.4.1 NBR 10582 – Apresentaço da folha para desenho técnico ....................... ......... 31913.4.2 Margens ..................................................................................................................................319
13.4.3 Espaço para texto ................................................................................................................320
13.5 13.3 Legenda e tipos de linha............................................................................................................322
13.5.1 Legenda .................................................................................................................................322
13.5.2 Caligraa técnica ................................................................................................................322
13.5.3 Tipos de linha ........................................................................................................................323
13.6 Desenho Geométrico ...........................................................................................................................326
13.6.1 Projeções Ortogonais .........................................................................................................326
13.7 Perspectiva ...............................................................................................................................................333
13.7.1 Perspectiva Isométrica .......................................................................................................33413.8 Escalas ........................................................................................................................................................335
13.9 Seções projetadas sobre a vista e fora da vista ...........................................................................336
13.9.1 Cortes e seções .....................................................................................................................337
13.9.2 Hachuras (NBR 12.298) ......................................................................................................338
13.9.3 Corte Total (DIN-6) ....................... ........................ ........................ ........................ ............... 339
13.9.4 Meio corte ..............................................................................................................................340
13.9.5 Cortes com desvio ...............................................................................................................341
13.9.6 Corte parcial ..........................................................................................................................342
13.10 Desenhos de detalhes .......................................................................................................................342
V
O L U M E 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
14/228
13.10.1 Norma - NBR-5984/80......................................................................................................343
13.11 Plantas e leiautes .................................................................................................................................346
13.11.1 Planta Baixa .........................................................................................................................346
13.12 Geraço de elementos geométricos ............................................................................................348
13.12.1 Arcos que se interseccionaro no centro desejado .............................................34913.12.2 Diviso de uma reta em duas partes iguais .............................................................349
13.12.3 Hexgono ............................................................................................................................350
13.12.4 Pentgono ...........................................................................................................................350
13.12.5 Inscrever uma circunferência em um quadrado ...................... ........................ ...... 350
Referências........................................................................................................................................................................353
Minicurrículo dos Autores ...........................................................................................................................................361
Índice ..................................................................................................................................................................................363
V O L U M E 2
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
15/228
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
16/228
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
17/228
8
Legislação e Normas
Neste capítulo, você vai aprender a hierarquia das leis. Compreender que as leis inferiores
dependem das superiores, e todas juntas formam o Direito. Ver ainda, que as leis trabalhistas
normalmente favorecem o trabalhador, mas no excluem os direitos bsicos dos empregado-
res.
A Organizaço Internacional do Trabalho (OIT) foi criada com objetivo de amparar os povos
promovendo a justiça federal. Nesse sentido, é importante que você conheça essa organizaço
para compreender os direitos trabalhistas, e a partir daí, entender as bases de como foram fun-
damentadas nossas leis trabalhistas.
Você ainda ir conhecer a Carta Magna brasileira, pois é dela que emanam todas as leis e
a Constituiço, que d aos trabalhadores direitos e deveres na funço exercida, que deve sercumprida na íntegra, tanto pelos trabalhadores, como pelos empregadores. Partindo destes
conhecimentos, ao nal do capítulo você ter subsídios para:
a) saber quais são as leis que favorecem os trabalhadores;
b) entender quais são os direitos básicos dos empregadores;
c) conhecer a Carta Magna brasileira que emana todas as leis;
d) identificar os tipos de leis e a sua hierarquia;
e) interpretar linguagem jurídica aplicada à saúde e segurança do trabalho;
f) interpretar procedimentos, documentos, normas e legislação de saúde, segurança e meio
ambiente.
Portanto, inicie com dedicação e atenção, fazendo do seu estudo uma oportunidade de re-
etir sobre suas prticas dirias.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
18/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2158
8.1 OIT
Você sabe qual é a organizaço que promove os princípios fundamentais edireitos no trabalho?
Essa organizaço é a Organizaço Internacional do Trabalho (OIT) que tem
como objetivo: promover melhores oportunidades de emprego/renda para mu-
lheres e homens em condições de livre escolha; evitar a discriminação e incentivar
a dignidade; aumentar a abrangência e a eccia da proteço social e fortalecer o
tripartismo e o dilogo social.
SAIBAMAIS
Para saber mais sobre a OIT, acesse: .
O r g a n i z a ç ã o I n t e r n a c i o n a l d o T r a b a l h o ( 2 0 - - ? )
8.1.1 HISTÓRIA
Fundada no ano de 1919, a Organizaço Internacional do Trabalho foi criada
para promover junto à populaço a justiça social, isso porque o mundo convivia
com o término da primeira guerra mundial. Nesse sentido, a Conferência de Paz,
com o intuito de proteger os direitos dos trabalhadores criou a OIT – Organizaço
Internacional do Trabalho. A sua constituiço foi elaborada na Parte XIII do Trata-
do de Versalhes, trazendo maior tranqüilidade à populaço.
TRIPARTISMO:
Cooperaço entreorganizações deempregadores, detrabalhadores e dosgovernos para a promoçãoda justiça social..
EQUIDADE:
Reconhecimento de queos direitos são iguais paratodos. (AULETE, 2008).
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
19/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 159
Com a grande depresso, que chegou em 1944, efeito da segunda guerra
mundial, a OIT esteve ativa e colocou um anexo dentro da sua constituiço, a
chamada “Declaraço da Filadéla”.
FIQUEALERTA
Esta declaraço teve forte influência na Carta das NaçõesUnidas e na Declaraço dos Direitos Humanos.
SAIBAMAIS
Para você saber mais sobre a Declaraço da Filadélfia, reco-mendamos a seguinte obra:
SÜSSEKIND, Arnaldo. Convenções da OIT. [S.l.], LTR, 1998.
Em sua vigésima sexta sesso a Declaraço da Filadélfia ado-ta, aos 10 de maio de 1944, a declaraço de seus propósitosquanto aos itens e objetivos da Organização Internacionaldo Trabalho e aos princípios que devem inspirar a políticados seus membros.
VOCÊSABIA?
Você sabia que após completar 50 anos, a OrganizaçoInternacional do Trabalho recebeu o Prêmio Nobel daPaz? .
Além disso, a Declaraço da OIT, em 1998, falando sobre os Direitos e Prin-
cípios Fundamentais no Trabalho e, consequentemente, seu seguimento, foi
considerada universalmente um acordo para respeitar e realizar os princípios das
Convecções fundamentalistas da OIT. E mesmo que os Estados membros no as
tivessem raticado, deveriam acatar estes princípios.
Perceba que após essa data, o trabalho da OIT visa à consciência do processo
de globalizaço, por meio de objetivos equilibrados e à eccia econômica, am -
bos atrelados à equidade social.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
20/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2160
M i c r o s o f t O c e ( 2 0 - - ? )
8.1.2 FUNDAMENTOS
Os principais fundamentos da Organizaço Internacional do Trabalho so:
a) paz universal e permanente, baseada na justiça social;b) a sociedade industrial é caracterizada por fortes conquistas sociais;
c) a OIT tem como base uma estrutura internacional, que busca a melhoria
contínua do trabalho no mundo.
Os objetivos estratégicos esto norteados em:
a) supervisionar, por meio de um sistema e de aplicação de algumas normas,
os princípios fundamentais e norteadores do direito no trabalho;
b) melhorar os níveis de empregos, para homens e mulheres, criando oportu-
nidade de livre escolha, dignidade, sem discriminação;
c) promover a eciência e eccia na proteço social;
d) engrandecer a confiabilidade entre governo, empregadores e trabalhado-
res e, consequentemente, o dilogo social.
Conforme a Constituiço da OIT “se alguma naço no adotar condições hu-
manas de trabalho, esta omissão constitui um obstáculo aos esforços de outras
nações que desejem melhorar as condições dos trabalhadores em seus próprios
países.” (SÜSSEKIND, 1998, p. 550).
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
21/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 161
P h o t o d i s c ( 2 0 - - ? )
8.1.3 ESTRUTURA
VOCÊSABIA?
Você sabia que a estrutura da OIT continua a ser a únicatripartite da ONU?
Isso porque consegue igualdade entre os três maiores interessados, que so:
os governos, os trabalhadores e os representantes das empresas, nas atividades
dos órgos da organizaço.
O conselho administrativo da organização se reúne na cidade de Genebra na
Suíça, em média três vezes ao ano. O conselho formula e controla as políticas eprogramas, elege o Diretor Geral da organização e também elabora a proposta do
orçamento e programa bienal. Em junho, ocorre a Conferência Internacional do
Trabalho, em Genebra, que tem como intuito:
a) discutir qualquer tema relevante sobre o trabalho mundial;
b) rever normas de trabalho internacional;
c) discutir as políticas da organizaço, o orçamento, que normalmente é nan-
ciado pelos Estados-membros.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
22/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2162
A g ê n c i a d e N o t í c i a s M P T ( 2 0 - - ? )
Em Genebra também está situado o escritório central da organização, onde
todas as decisões so tomadas, por meio das comissões e comitês formados. Sua
estrutura é formada por cinco escritórios regionais, um deles no Brasil, além disso,
doze equipes técnicas dão suporte nas decisões, ajudados por onze correspon-
dentes nacionais.
FIQUEALERTA
A OIT, no Brasil, está inserida na promoção do tema Traba-lho Decente, dando suporte técnico aos programas comcausa prioritria. Entre alguns programas desenvolvidospela OIT brasileira esto: o Plano Nacional que quer erradi-car o trabalho escravo; o Fome Zero; entre outros. Inclusi-ve alguns deles no so governamentais, tais como: Traba-lho Infantil; Exploraço Sexual de Menores; DiscriminaçoRacial e vrios outros programas sociais.
C a m p a n h a p e l o T r a b a l h o D e c e n t e ( 2 0 - - ? )
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
23/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 163
Saiba que alguns projetos desenvolvidos pela OIT brasileira contribuíram para
melhorar a vida dos brasileiros, porque foram discutidos diretamente com os re-
presentantes governamentais. Veja, a seguir, alguns desses projetos.
a) Projeto Monitorando e Avaliando o Progresso no Trabalho Decente (MAP).
b) HIV/AIDS e o Mundo do Trabalho.
c) Projeto Nacional de Trabalho Escravo.
d) IPEC - Programa Internacional para Eliminaço de Trabalho Infantil.
e) Projeto Bahia Livre de Trabalho Infantil.
f) Projeto Regional de Cooperaço Horizontal Brasil, Equador e Paraguai.
g) Projeto Segurança Alimentar e Crianças Indígenas.
h) Projeto de Cooperaço Sul-Sul.
i) Projeto de Inspeço do Trabalho.
j) Programa de Promoço da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Traba-
lho e Prevenço e enfrentamento ao Trco de Pessoas.
k) Projeto de Seguridade Social.
l) Projeto de Inspeço do Trabalho.
CASOS E RELATOS
Falta de cumprimento das leis
João trabalhou em uma indústria de calçados, na seção de costura, por
quase cinco anos. Sua atividade era sempre a mesma: fazer a costura do
calçado com uso de máquina, entretanto, ele sentia muitas dores durante
este trabalho. Sua empresa nunca esteve preocupada com a questo de
segurança, nem com leis trabalhistas e, muito menos, em oferecer ginás-
tica laboral para seus funcionrios.
Porém, certo dia, com a produção em alta e muita cobrança, João es-
quece seu dedo embaixo da mquina de costura e uma agulha muito
grossa perfura o dedo indicador da mão esquerda dele, ocasionando um
acidente muito grave.
Diante do ocorrido, João teve que esperar até o bombeiro da cidade che-
gar, pois a empresa não tinha pessoas capacitadas e treinadas para atu-arem em situações emergenciais e, por isso, teve agravamento da lesão,
pois a agulha estava presa em seu dedo.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
24/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2164
Quando o bombeiro chegou, Joo foi encaminhado ao hospital, porém,
no foi feito nem mesmo a CAT (Comunicaço de Acidente Trabalho) do
ocorrido, nem o seguro acidente criado pela Lei 8212/91 foi acionado, enem outros recursos da empresa.
Partindo deste relato é importante lembrar que as leis trabalhistas existem
e devem ser cumpridas, tanto pelo empregador, como pelos empregados, e na
grande maioria das situações, elas favorecem os trabalhadores, ainda mais em
uma situaço como esta.
Por isso, diante de acidentes ou situações mais graves é fundamental seguirtodos os procedimentos conforme a lei determina, bem como, os procedimentos
internos de segurança voltados à prevenço, sempre buscando o bem-estar e a
melhoria do ambiente de trabalho.
Aqui, você naliza essa primeira etapa de estudos. Abuse da autonomia e en-
tusiasmo para que a construço do conhecimento seja signicativa e prazerosa.
Vamos l!
8.2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Você sabe o que so os ‘Direitos Trabalhistas’ ou o ‘direito laboral’?
É um conjunto de normas jurídicas que tem o objetivo de reger as relações
existentes entre trabalhadores e empregadores, inclusive os direitos da condiço
jurídica dos trabalhadores.
S e u P i m e n t a ( 2 0 - - ? )
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
25/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 165
Este conjunto de leis est agrupado na Consolidaço das Leis do Trabalho
(CLT), amparada pela Constituiço Federal, e vrias outras leis espalhadas no Di-
reito Trabalhista. Perceba que estas leis aparecem para autenticar a expresso doser humano, e so uma ferramenta na renovaço da sociedade trabalhista.
Veja que a intervenço jurídica entre os empregados e empregadores, tem
como objetivo melhorar os relacionamentos entre os trabalhadores e aqueles
que tiram proveito desse trabalho. Formando assim, uma plataforma de direitos
e deveres bsicos.
FIQUEALERTA
O Direito do Trabalho pode ser conceituado como um con- junto de leis e princípios que regulamenta as atividadesentre trabalhadores e empregadores.
A constituiço de 1988 estabelece direitos aos trabalhadores para as condi-
ções de trabalho em qualquer empresa no território nacional, e não pode ser
modicada por Clusula Pétrea, isto é, no pode receber emenda. Acompanhe, a
seguir, o que estabelece a Constituiço Federal de 1988, em seu art. 7.
So direitos dos trabalhadores, entre outros:
XXII – reduço dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII – adicional de remuneraço para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do em -
pregador, sem excluir o direito de indenizaço a que est
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. (BRASIL, 1988).
Perceba que, de acordo com essas especificações, os empregadores terão que
oferecer condições seguras a seus trabalhadores.
Um local de trabalho seguro seria um ambiente no qual a empresa tomou to-das as providências para deix-lo livre de qualquer risco, e as atividades podem
ser desenvolvidas seguramente.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
26/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2166
No art. 7 ainda so preservadas quaisquer condições inseguras por excesso de
horas trabalhadas, sendo assim, não podendo reduzir salário, salvo acordo coleti-
vo, pois limita o horrio de trabalho dirio em 8 horas ou 6 horas ininterruptas ea jornada semanal de quarenta quatro horas para todo trabalhador em exercício
legal de sua prosso. Ainda conforme o art. 7, so direitos dos trabalhadores:
VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em convenço
ou acordo coletivo.
XIII - duraço do trabalho normal no superior a oito horas
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compen-
sação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou
convenção co letiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
trabalho. (BRASIL, 1988).
VOCÊSABIA?
Você sabia que 5% a 7% dos acidentes de trabalho socausados por condição insegura?
No entanto, se o ambiente tiver higiene e forem cumpridas legalmente as ho-ras trabalhadas expressas na Constituiço Federal, j sero evitados o sofrimento
humano e os gastos excessivos às empresas e ao país.
Contudo, no Brasil, ainda temos empresas que burlam essas leis e expõe seus
trabalhadores a acidentes que seriam evitados se as empresas tivessem seguido
a constituição e incorporado ao ambiente de trabalho as ações de segurança e
saúde. Assim, vrias famílias no estariam dependendo da Previdência Pública.
Quando a Constituiço foi promulgada, em 1988, o trabalhador ganhou o di-
reito da Carta Magna, de proteço à sua integridade física e moral, nas suas ativi-
dades. O próprio Art. 7 contempla o trabalhador com seguro contra acidentes de
trabalho, sem excluir o direito à indenizaço, quando a causa do acidente for por
culpa direta ou indireta do trabalhador.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
27/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 167
Portanto, as empresas passam a ter responsabilidade civil e todos os seus em-
pregados podem, perante a lei, exigir seus direitos por meio de indenizações pe-
las lesões sofridas.
O Seguro Contra Acidente de Trabalho (SAT), criado pela Lei 8.212/91, obriga
as empresas a recolher, por meio da Guia da Previdência Social (GRPS), todos os
direitos que o trabalhador tem: se exerce sua atividade em ambiente de muito
risco e, se existe a determinaço do grau de risco exposto.
A Constituiço Federal em seu art. 157, II arma que, “o empregador deve ins-
truir seus trabalhadores no sentido de observar normas de segurança, utilização
de equipamentos de segurança e precauções para evitar acidentes.” (BRASIL,
1988).
FIQUEALERTA
É de responsabilidade da empresa educar seus trabalha-dores sobre a utilização de equipamentos de segurança eoferecer esses equipamentos gratuitamente e de boa qua-lidade, cobrando o seu uso nas atividades.
M i c r o s o f t O c e ( 2 0 - - ? )
O Estado precisa ser fundamentado para a sua manutenção, e os conflitos de
interesse dos grupos sociais deverão ser pacificados, para formar uma sociedade
justa. É necessrio que os indivíduos entrem em acordo e se entendam, pois so
os responsveis pelo princípio da paz e do dilogo.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
28/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2168
A Constituiço Federal de 1988 faz menço ainda à negociaço coletiva em
diversos dispositivos, como:
Art. 8º. VI - É obrigatória a participaço dos sindicatos nas ne -
gociações coletivas de trabalho.
Art. 114 §1º Frustrada a negociaço coletiva, as partes podero
eleger rbitros.
§2º Recusando-se qualquer das partes a negociaço ou a arbi-
tragem, é facultado aos respectivos sindicatos ajuizar dissídio
coletivo, podendo a Justiça do Trabalho estabelecer normas e
condições, respeitadas as disposições convencionais e legais
mínimas de proteço ao trabalho. (BRASIL, 1988).
Dessa forma, o Direito Constitucional deve ser reconhecido para evitar discus-
sões entre as normas existentes e o próprio direito.
A Constituiço ou Carta Magna no pode ser interpretada isoladamente, massim, com todos os preceitos juntos que compõe o sistema das leis e normas e
princípios legais.
Assim sendo, perceba que a Constituiço defende a igualdade digna, sem hie-
rarquia no seu conteúdo. Por isso, no existe uma regra inconstitucional em face
de outra, no existindo antinomias entre elas, e o texto constitucional deve ser
levado com harmonia e ponderaço.
Aqui você pôde conhecer um pouco sobre os direitos trabalhistas abordados
na Constituiço. Ento, gostou desse assunto? A construço do conhecimento
no para por aqui. A seguir, você ter a oportunidade de conhecer sobre a hierar-quia das Leis. Vamos l!
8.3 HIERARQUIA DAS LEIS
Você sabe o que é hierarquia? E hierarquia das Leis, você j ouviu falar?
ANTINOMIA:
Um conflito entre duasideias, proposições,atitudes, leis ou normas.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
29/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 169
8.3.1 DEFINIÇÃO
Para Carvalho e Nascimento (1997, p. 229), “a palavra hierarquia signica or-dem, graduaço, organizaço segundo uma preferência. Hierarquizar quer dizer
pôr em ordem, de acordo com um critério.”
i S t o c k p h o t o
( 2 0 - - ? )
Figura 1 - Hierarquias
Se formos ordenar a parte jurídica de um Estado, deveremos ter um único sis-
tema de normas que se harmonizam entre elas, formando um conjunto coerente.
Ento, a teoria elaborada por Kelsen (2000) do escalonamento das normas, nos
d a certeza de que o núcleo da unidade de uma ordem jurídica no est todo no
nível do mesmo plano.
J Bobbio (1999, p. 49), após conhecer os ensinamentos de Kelsen, conceitua
que:
H normas superiores e normas inferiores. As inferiores depen-
dem das superiores. Subindo das normas inferiores àquelas
que se encontram mais acima, chega-se a uma norma supre-
ma, que não depende de nenhuma outra norma superior, e
sobre a qual repousa a unidade do ordenamento. Essa norma
suprema é a norma fundamental.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
30/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2170
O mesmo autor arma também que, a hierarquia das normas jurídicas, pode
ser escalonada em forma de uma pirâmide, em que na parte de cima encontra-se
a norma fundamental, onde todas as normas existentes dependem dela e a usampara sua eccia, seus ensinamentos e validade.
Perceba, ento, que a norma fundamental é superior às outras normas, escalo-
nando de cima para baixo até a norma inferior. Ou seja, da norma fundamental da
legitimidade e comando (da qual suas ordens imperativas causam dependência)
ao ordenamento jurídico.
L u i z M e n e g h e l ( 2 0 1 1 )
Figura 2 - Ordenamento
Observe que, a norma principal nem sempre é a Constituiço do Estado, mas
sim, uma norma superior que lhe d respaldo e validade.
Para Kelsen (2000, p. 221), a norma fundamental pressuposta é, na verdade,
uma norma formada por hipótese, pois no tem um código especíco, no é uma
norma posta, e sim pressuposta e só é aceita quando as autoridades ditam seus
comandos, sendo reconhecida por todos como fato.
Dessa forma, entende-se que a validade da norma pressuposta, se dá não so-
mente por que as autoridades determinam que devam ser obedecidas em umdeterminado lugar, em um período de tempo, mas sim, por que devem ser obe-
decidas sem questionamentos.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
31/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 171
Recorrendo-se ainda aos ensinamentos ditados por Bobbio (1999, p. 58), “dado
o poder constituinte como poder último, devemos pressupor, portanto, uma nor-
ma que atribua ao poder constituinte à faculdade de produzir normas jurídicas:essa norma é a norma fundamental.”
J Ro (1999, p. 305) arma que:
Leis se classificam, hierarquicamente, segundo a maior ou
menor extenso de sua eccia e sua maior ou menor intensi-
dade criadora do direito. Sob o primeiro aspecto, nos regimes
políticos baseados na federaço, as leis se distinguem em fed-
erais, estaduais e municipais. Sob o segundo aspecto, a classi-
ficação hierárquica se baseia na conformidade das normas in-
feriores às de categoria superior e esta conformidade se traduz
em dois princípios: o da constitucionalidade e o da legalidade.
Sendo assim, se temos um ordenamento jurídico, ento existe um sistema se-
guindo uma hierarquia, logo, as normas inferiores estão em conformidade com
as superiores.
Para Ro (1999, p. 306) existem dois princípios de hierarquia:
a) princípio da constitucionalidade e;
b) princípio da legalidade.
Perceba que, conforme os autores anteriormente citados, existe uma hierar-
quia entre as normas por escalonamento. E esto divididas na seguinte ordem,
acompanhe.
a) Norma Fundamental.
b) Constituiço Federal.
c) Lei.
d) Complementar.
e) Ordinria.
f) Delegada.
g) Medida Provisória.
h) Decreto Legislativo.
i) Resoluço.
j) Decretos Regulamentados pelo Poder Executivo.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
32/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2172
k) Alguns diplomas sem grande expresso de eccia, e de leve força norma-
tiva.
O DIREITO DO TRABALHO E SUA HIERARQUIA
Embora os critérios de escalonamentos das leis e normas que formam o Di-
reito sejam rígidos, a hierarquia das Leis no é seguida, por mais que exista essa
pirâmide no Direito Trabalhista. Maranho (1984, p. 158) cita que:
As fontes formais do Direito do Trabalho so: a Constituiço, a
Lei, o Regulamento, a Sentença Normativa da Justiça do Tra-balho, a Convenço Coletiva de Trabalho e o Costume.
Podemos ento acrescentar: os Contratos de Trabalho; as Convenções interna-
cionais; os Tratados e os Acordos Coletivos.
Perceba que, levando em consideração o direito do trabalho, e visando a pro-
teço da economia relacionada ao emprego, temos uma hierarquia exível, nas
normas desse direito.
Alguns princípios norteiam o Direito do Trabalho e constituem o fundamentoda ordem jurídica. Acompanhe a seguir.
a) Princípio da no-renúncia do Direito – Qualquer renúncia ao direito traba-
lhista é legalmente invlida.
b) Princípio da continuidade da relaço de emprego – O contrato de trabalho
dever ser o mais duradouro possível, dando sustento à instabilidade do em-
prego.
c) Princípio da razo – Na relaço entre empregado e empregador, deve sem-
pre prevalecer a razão, não devemos cobrar do empregado o que é humana-
mente impossível realizar.
d) Princípio da boa-fé – Os fatos devero ser, quando houver divergência so -
bre eles, documentados, tanto nos autos, como nos acordos. O que foi acor-
dado entre as partes dever ser cumprido na íntegra e no poder ser usado
de m-fé ou de artifícios escusos prejudiciais à outra parte.
e) Princípio Protetor – Divide-se em três regras bsicas:
a) regra da interpretaço da norma – em caso de dúvida na interpretaço
da norma, esta deverá beneficiar o trabalhador;
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
33/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 173
b) regra do benefício da condiço – o trabalhador deve exercer suas fun-
ções nas condições concretas acordadas pelo empregador, respeitando-
-se o Status anterior;
c) regra da continuidade da norma que mais favorece o trabalhador.
Escolhe-se aquela norma, entre todas, que mais atende os princípios bsicos
do trabalhador. Entende-se ento, que as normas brasileiras sempre sero mais
favorveis aos empregados.
Carvalho e Nascimento (1997, p. 238) armam que:
Na pirâmide normativa da hierarquia das normas jurídicas tra-
balhistas, o vértice aponta para a norma que assegurar a me-
lhor condição para o trabalhador, segundo uma dinâmica que
não coincide com a distribuição estática de leis em graus de
hierarquia, do direito comum.
De acordo com as vantagens das normas, o que você acha que deve ser feito?
Devem-se colher as vantagens de todas, ou seguir a mais vantajosa?
Existem duas teorias nesse sentido. Veja.
a) Teoria da Acumulação – Tiramos de cada norma as disposições que maisvantagem o empregado pode vir a ter. Assim, no temos o conjunto das
normas, mas sim, parte de cada uma delas.
b) Teoria do Conglobamento – Nessa teoria, o conjunto de normas será consi-
derado, no havendo diviso do texto legal.
Os juristas afirmam que não haverá a separação da norma e os estatutos dife-
rentes sero aplicados simultaneamente.
Nesse sentido, vrias so as discussões jurídicas no Brasil, mas no entendimen-
to da maioria, a norma favorável está levando vantagem nas decisões judiciais,
colocando-se a teoria do conglobamento em segundo plano. As decisões basea-
das na norma favorável, normalmente favorecem a categoria da função do traba-
lhador, e no apenas ele.
Delgado (2003, p.239) arma que:
O parâmetro para se proceder à comparaço da norma mais
favorvel no ser o indivíduo, tomado isoladamente, mas a
coletividade interessada ou o trabalhador objetivamente con-
siderado como membro de uma categoria ou segmento, inse-rido em um quadro de natureza global.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
34/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2174
Aqui você naliza esta etapa de estudo, onde você pôde conhecer sobre a Or-
ganizaço Internacional do Trabalho; estudou a Constituiço Federal e os direitos
trabalhistas e também as hierarquias das Leis. Ainda tem muita coisa interessanteaguardando por você. Portanto, organize bem suas atividades e garanta o suces-
so!
RECAPITULANDO
No decorrer dos seus estudos você pôde perceber que, com a moder-
nidade e a industrialização, a produção e o lucro passam a ter papel im-
portante na vida do empreendedor. Nesse contexto, surge a pressa, o
cansaço e consequentemente a falta de atenção dos trabalhadores, que
se submetem às horas interminveis de trabalho, gerando o erro e mui -
tos acidentes.
Você viu também que a desregulamentaço no pode e nem deve ser
confundida com exibilizaço. Por isso, foi necessrio garantir direitos
mínimos à dignidade do trabalhador, direitos esses, inicialmente fun-
damentados pela Carta Magna. Dessa forma, o processo humanista edemocrático, não pode ser complacente com as disparidades e contra a
legislaço pertinente.
Continue atento para aprender mais a cada etapa cumprida. Na sequên-
cia, o convite ser para aprender sobre normas regulamentadoras. Va-
mos em frente!
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
35/228
8 LEGISLAÇÃO E NORMAS 175
Anotações:
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
36/228
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
37/228
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
38/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2178
9.1 PRINCIPAIS NORMAS REGULAMENTADORAS
As Normas Regulamentadoras disciplinam os artigos de 154 a 201 da CLT eservem de referência e de parâmetro técnico, tanto para empresas, quanto para
as pessoas, de forma que elas atendam os ditames legais.
Atualmente existem 34 NRs e todas elas esto inter-relacionadas visando à
prevenço de acidentes.
NR - 1. Disposições Gerais: Estabelece a aplicaço de todas as normas volta-
das à medicina e segurança do trabalho.
É dirigida à observância de todas as empresas privadas e públicas e, pelos ór-
gãos dos Poderes Legislativo e Judiciário direta e indiretamente, que tem seus
trabalhadores regidos pela Consolidaço das Leis do Trabalho (CLT). Tem seu em-
basamento legal na Constituiço Federal, nos artigos 154 a 159.
FIQUEALERTA
Todas as NR devem ser lidas para proporcionar um conhe-cimento mais amplo sobre os direitos e deveres dos traba-lhadores.
NR - 2. Inspeção Prévia: Qualquer estabelecimento novo ao iniciar suas ativi-
dades, ter que ter suas instalações aprovadas pelo Ministério do Trabalho.
NR - 3. Embargo e Interdição: A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) ou
Delegacia do Trabalho Marítimo (DTM), depois de laudo técnico do serviço que
comprove grave risco iminente para os trabalhadores poderá, a qualquer mo-
mento, interditar a empresa; embargar a obra; o setor de serviço; e as máquinas
e equipamentos.
NR - 4. Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do
Trabalho: Toda empresa que possuir trabalhadores regidos pela CLT, tero emseus quadros os serviços voltados à Engenharia de Segurança e Medicina do Tra-
balho, para proteger a saúde do trabalhador, e os riscos iminentes do local de
trabalho.
FIQUEALERTA
Estes serviços estarão ligados ao risco iminente da produ-ção da atividade principal e o número de trabalhadores daempresa.
DITAME
Preceito ditado pela razão,lei ou consciência.
IMINENTE
Que ameaça cair sobre algo,está pendente ou está emvia de efetivação imediata,muito próxima
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
39/228
9 NORMAS REGULAMENTADORAS 179
NR – 5. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: Todas as empresas,
privadas, públicas e órgos governamentais que so regidos pela CLT, tero que
manter ativa, e organizada por setor, a Comisso Interna de Prevenço de Aciden-tes (CIPA).
NR - 6. Equipamentos de Proteção Individual: Os empregadores tero que
oferecer gratuitamente a seus empregados o Equipamento de Proteção Individu-
al (EPI), para proteger seus trabalhadores dos riscos inerentes à saúde e integri-
dade física.
Para ressaltar a importância da utilização dos equipamentos de proteção indi-
vidual, acompanhe o Casos e Relatos a seguir.
CASOS E RELATOS
Importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Pedro trabalha em uma indústria, na parte de obras civis. Sua empresa
nunca esteve preocupada com a questão de segurança, e nem forne-
cia todos os EPIs adequados ou aprovados conforme Certicado de
Aprovaço (CA).
Um dia, enquanto estava trabalhando, percebeu os riscos a que estava
exposto, ento foi em uma distribuidora de EPIs e fez a compra de um
cinto de segurança. Porém, ninguém havia lhe informado que este deve-
ria ter alguma aprovação e, infelizmente, o que lhe foi vendido não pos-
suía Certicado de Aprovaço, ou seja, no havia passado por nenhum
teste.
No dia seguinte, em seu trabalho, foi preciso subir em um andaime à
cerca de 4 metros de altura. Pedro colocou o cinto que havia compradoe foi realizar sua atividade, conforme solicitado. Fixou bem o andaime,
colocou as sapatas, travas, tbuas e guarda–corpo e vericou também,
o melhor ponto de ancoragem acima de sua cabeça. Quando iniciou o
trabalho, uma tábua de madeira veio a quebrar, apesar de o ponto de
ancoragem resistir à queda, o cinto de segurança rompeu, no resistindo
ao impacto, e levando Pedro a cair e sofrer vrias fraturas.
Em seguida, foi acionado o resgate da cidade e feita a devida investigação
do acidente, no qual foram constatadas vrias irregularidades, como: EPIs
sem aprovação, a espessura da tábua não era adequada e continha váriastrincas, além da falta de treinamento para o trabalhador.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
40/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2180
Diante de toda esta situação e da gravidade do acidente, a empresa con-
tratou uma consultoria para fazer um levantamento em todos os seus
pontos de riscos, bem como, relacionar os EPIs adequados para cadaatividade. Pedro se recuperava muito bem e logo voltaria a trabalho e,
provavelmente, ficaria satisfeito ao observar todas as mudanças, voltadas
à prevenço, que a empresa estava fazendo.
NR - 7. Programas de Controle médico de Saúde Ocupacional: As empresas
e instituições serão obrigadas a implementar, a todos os seus trabalhadores, o
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), para preservar asaúde dos mesmos.
NR - 8. Edificações: Toda empresa que tem trabalhadores em edificações de-
verá obedecer a critérios técnicos, que garantam o conforto e a segurança dos
envolvidos nesse tipo de trabalho.
NR - 9. Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Os empregadores
que tenham empregados expostos a riscos ambientais tero que implementar
o Programa de Riscos Ambientais, após avaliação, reconhecimento e prevenção
dos riscos inerentes ao ambiente.
NR - 10. Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: As ativida-
des nas quais o risco elétrico faz parte, incluindo os projetos, execuço, manu-
tenço e a operaço, tero garantias mínimas aos trabalhadores ou terceiros, que
armem a sua integridade física.
NR - 11. Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Mate-
riais: A movimentação para operação de guindaste, elevadores, equipamentos
transportadores e máquinas transportadoras terá que obedecer a requisitos de
segurança, para cada material.
NR - 12. Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos: Os proce-dimentos obrigatórios serão estabelecidos por esta NR, para locais onde transi-
tam os equipamentos e mquinas, e sua proteço, manutenço e operaço. Esto
inclusos: as reas, os pisos de circulaço, e os dispositivos para parada e partida.
NR - 13. Caldeiras e Vasos Sob Pressão: As caldeiras e os vasos de presso
devero ter critérios seguros nos locais escolhidos para se situarem, inclusive:
projetos, operação e manutenção, e deverão ter inspeção e supervisão, conforme
regulamento vigente no Brasil.
NR - 14. Fornos: Os procedimentos estabelecidos por esta NR visam à cons-
trução de fornos sólidos e revestidos com material refratário, para que o calor seja
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
41/228
9 NORMAS REGULAMENTADORAS 181
suportado no ambiente externo, deixando-o seguro e agradvel aos trabalhado-
res.
NR - 15. Atividades e Operações Insalubres: Estabelece critérios para os lo-
cais onde existem agentes agressivos, tais como: ruído; calor; radiaço; pressões;
frio; umidade; agentes químicos e outros. Por exemplo, se estiverem acima do
nível tolerado estabelecido por Legislaço, devero ser atestados pelos laudos de
inspeço do ambiente de trabalho.
VOCÊ
SABIA?
Que as atividades ou operações Insalubres são aquelas
em que o local de trabalho possui agentes agressivos?
NR - 16. Atividades e Operações Perigosas: As atividades com produtos quí -
micos como: manuseio e transporte de explosivos; gases; líquidos inamveis; só-
lidos inamveis; oxidantes; tóxicos; infectantes; radioativos; corrosivos ou outras
substâncias químicas que exponham o trabalhador a risco, devero ter seus pro-
cedimentos vistoriados e supervisionados, obedecendo a regulamentos jurídicos,
pagando ao trabalhador a insalubridade de 30% sobre o salrio vigente.
NR - 17. Ergonomia: As características psicosiológicas dos trabalhadores no
ambiente de trabalho deverão ser adaptadas para proporcionar conforto, desem-
penho eciente e muita segurança. Esta norma possui dois anexos que apresen-
tam detalhes para as seguintes atividades:
a) anexo I - Operadores de Checkouts;
b) anexo II – Trabalhadores em Teleatendimento e Telemarketing.
NR - 18. Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Constru-
ção: Os operrios que tem, no ambiente de trabalho, riscos inerentes à constru-
ção, demolição e reparos, deverão ter medidas de controle e estudos preventivosdos riscos e da condiço do ambiente.
NR - 19. Explosivos: Estabelece procedimentos rígidos para manusear, arma-
zenar e transportar explosivos, onde a quantidade expõe os trabalhadores a ris-
cos desnecessrios.
NR - 20. Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Dene como armazenar,
transportar e manusear os líquidos inamveis, os combustíveis e o Gs Liquefei-
to de Petróleo, (GLP), sem riscos a sua saúde.
NR - 21. Trabalho a Céu Aberto: Os critérios estabelecidos por essa NR, di-zem respeito a trabalhadores que exercem suas funções a céu aberto, no qual, a
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
42/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2182
legislaço exige abrigos (mesmo rústicos), para a proteço dos empregados das
intempéries.
NR - 22. Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração : Esta NR prescreve
a Segurança e Medicina nos locais subterrâneos, como minas, para proporcionar
aos trabalhadores o conforto satisfatório, a segurança da saúde e a diminuição
dos riscos físicos.
NR - 23. Proteção Contra Incêndios: As empresas devem possuir proteço
contra incêndios, saída de emergência e treinamento para o uso correto de equi-
pamentos, em número suficiente para o combate do fogo, preservando a vida
dos trabalhadores.
NR - 24. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Esta-belece as normas para os aparelhos e gabinetes sanitários, banheiros separados
por sexo, alojamentos, refeitórios, cozinhas e vestirios.
NR - 25. Resíduos Industriais: Mostra os critérios usados para eliminar os resí -
duos industriais do ambiente de trabalho, por equipamentos e métodos adequa-
dos, para evitar os riscos à segurança e saúde dos empregados.
NR - 26. Sinalização de Segurança: O objetivo desta NR é xar cores para a
prevenção dos trabalhadores em locais de risco, advertindo e delimitando espa-
ço de possíveis riscos iminentes.
NR - 27. Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no
MTB: Os critérios do exercício da prosso de Técnico de Segurança do Trabalho
so estabelecidos por esta NR, e dependem do registro no Ministério do Traba -
lho, com aval do Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho (SSST) ou de uma
Delegacia Regional do Trabalho (DRT).
NR - 28. Fiscalização e Penalidades: A scalizaço, embargo ou penalidades
provenientes de denúncias sobre a segurança e saúde dos empregados, só serão
efetuadas, se obedecerem aos Decretos Leis.
NR - 29. Segurança e Saúde no Trabalho Portuário : Regulariza o ambien-te portuário, impondo a proteção adequada aos trabalhadores em segurança e
saúde, enquanto exerçam suas atividades nas instalações, dentro do porto orga-
nizado.
NR - 30. Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: A regulamentaço
desta norma aplica o que est disposto na Convenço da OIT número 147 – Nor-
mas Mínimas para Marinha Mercante, para proteço de seus trabalhadores em
embarcações de bandeira nacional ou estrangeira, que fazem transporte de car-
gas ou passageiros ou prestam serviços, seja na navegação de cabotagem ou de
longo curso, plataformas marítimas e uviais ou nos deslocamentos terra-mar ouvice-versa.
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
43/228
9 NORMAS REGULAMENTADORAS 183
NR - 31. Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicul-
tura, Exploração Florestal e Aquicultura: Norma regulamentadora para esta-
belecer todos os preceitos para a organização, planejamento nas atividades deagricultura, pecuria, silvicultura, exploraço orestal e aquicultura, visando à se-
gurança e à saúde dos trabalhadores.
NR - 32. Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde :
Os trabalhadores e envolvidos na área de saúde devem ter seu ambiente de tra-
balho protegidos por planejamentos e medidas de segurança para a sua saúde.
NR - 33. Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados : Os em-
pregadores deverão identificar os espaços confinados no ambiente de trabalho,
através de reconhecimento e avaliaço. Desta forma, devem monitorando e con-
trolando os riscos para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores que,
direta ou indiretamente, esto expostos a tais riscos.
NR - 34. Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Cons-
trução e Reparação Naval: A proposta de um texto para dar segurança ao meio
ambiente de trabalho na indústria naval, estaleiros e similares e criar uma norma
regulamentadora, est tramitando. Para consulta pública pela Portaria SIT núme-
ro 182 de 30 de abril de 2010, em conformidade com a Portaria GM número 1.127,
de 02 de outubro de 2003.
SAIBAMAIS
Para conhecer os textos na íntegra de cada NR, faça umabusca no Portal do Ministério do Trabalho e Emprego. Dispo -nível em:. Acesse o menu ‘Legis-laço’ e, após, ‘Normas Regulamentadoras’.
Como você pôde perceber, é fundamental conhecer as NRs para nortear as
ações de prevenção, de forma a melhorar as condições de trabalho, baseando-se
nos princípios legislativos.
Aqui nalizamos mais uma etapa, na qual você pôde conhecer algumas das
principais Normas Regulamentadoras. Agora você est convidado a conhecer
alguns princípios da segurança no trabalho nos ambientes: rural; de mineraço;
trânsito; construço civil e no lar. Vamos l!
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
44/228
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - VOLUME 2184
9.2 SEGURANÇA DO TRABALHO
9.2.1 RURAL
Tanto na agricultura como na pecuria, os trabalhadores rurais so expostos
a muitos riscos, por isso, você ir aprender a identicar e prevenir os acidentes
decorrentes dessas funções.
MEDIDAS PREVENTIVAS
O trabalhador rural, como todos os trabalhadores, deverá receber orientações
de um prossional habilitado sobre as boas prticas agrícolas e, dentro de uma
agricultura sustentvel. Deve valer-se de técnicas como o Manejo Integrado de
Pragas (MIP), ou seja, produzir alimentos agrícolas de boa qualidade sem com-
prometer o futuro das outras gerações.
FIQUEALERTA
Os produtos químicos a serem usados, devero ser contro-lados e, um profissional habilitado prescreverá a quantida-de e utilidade do produto.
Também deverá colocar na receita agronômica os EPIs que os trabalhadores
devero usar. A necessidade ou no do produto, normalmente, é feita por meio
de anlise do solo, ambiente e o que vai ser plantado.
A falta de cuidado com as embalagens desses produtos também é um agra-
vante para a saúde dos manipuladores além de causar a poluiço química do
solo. Os trabalhadores devero receber treinamento sobre primeiros socorrospara que saibam como socorrer aqueles que se acidentarem e, o que fazer com
as sobras, para no comprometer o meio ambiente.
A NR – 31 sob a competência da Secretaria de Inspeço do Trabalho (SIT), por
meio do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST) têm a funço
de coordenar, denir e implementar a política nacional de segurança no trabalho
rural, principalmente, a identificação de problemas, a melhoria das condições de
trabalho do setor rural, a prevenção de acidentes e suas medidas, levando em
consideraço os avanços tecnológicos. (BRASIL, 2011).
Também tem a função de avaliar, periodicamente, os riscos e atos inseguros,
aplicar e implementar as recomendações técnicas do setor, definir máquinas e
8/16/2019 fundamentosdesadeeseguranadotrabalho-140314120434-phpapp01
45/228
9 NORMAS REGULAMENTADORAS 185
equipamentos nos quais o uso traz riscos ao trabalhador e, treinar por meio de
instituição credenciada a órgão competente, o transporte de produtos perigosos
regido por legislaço pertinente, como o Decreto 96.044/88 e resoluço do De-natran 420/04.
O veículo dever ter kit de emergência; EPI adequado ao tipo de carga; dever
portar painéis de segurança; e rótulos de risco, axados nas laterais, frente e atrs.
ARMAZENAMENTO
Conforme a NR- 31, a construço deve obedecer algumas regras impostas por
legislaço.
31.21.8 As edicações rurais devem:
Proporcionar proteção contra a umidade; ser projetadas
e construídas de modo a evitar insolaço excessiva ou
falta de iluminação e; possuir ventilação e iluminação
adequadas às atividades laborais a que se destinam.
Também devem ser submetidas a processo constante
de l