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fundasinum informa FUNDASINUM apresenta o método ADI/TIP na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia A Segunda Mostra Nacional de Práticas em Psicologia foi um grande evento na história da profissão que buscou resgatar todo o percurso desde a sua regulamentação em 1962. A FUNDASINUM esteve presente neste grande evento para apresentar o método ADI/ TIP, que foi criado 12 anos após a regulamentação da Psicologia como profissão no Brasil. Portanto, o próprio método em si e sua criadora Renate Jost de Moraes experimentaram as angústias, dores e conquistas da Psicologia ao longo deste período. A partir de um vídeo com cinco minutos de duração, a pesquisadora Gerlaine Rosa, juntamente com a estagiária Ana Cláudia Fontes apresentaram a proposta da terapia de Integração Pessoal aplicada por meio da Abordagem Direta do Inconsciente. Na plateia esteve presente parte da equipe da TIP Clínica de São Paulo: a preceptora Cristina Mello, a visiotronista Sônia Calixto e a recepcionista Michelle Ruiz. Na visão de Cristina Mello “a participação da ADI neste evento vem reforçar a importância da divulgação do método, para as outras áreas da Psicologia. Vejo o fato deste trabalho ter sido selecionado, dentre os milhares apresentados, como um passo fundamental no reconhecimento e validação do método. Estava sentada perto da representante do CRP, responsável pela moderação dos vídeos, e me senti muito feliz ao ver seu olhar e sorriso de aprovação quando viu o nosso trabalho”. Diante da grandiosidade do evento, a visiotronista Sônia Calixto comenta: “Nossa permanência na Mostra foi curta, mas deu para perceber a abrangência e a importância deste evento dentro do mundo da Psicologia e entendo que a participação do Método ADI /TIP é muito importante para que todos da área possam não só ter conhecimento, como também serem futuros profissionais do método, difundindo e ampliando nossa área de atuação”. Cerca de 25.000 psicólogos (as) e estudantes de Psicologia estiveram presentes no espaço do Parque Anhembi, em São Paulo, para prestigiar os 50 anos de regulamentação da profissão no Brasil. Foram três dias de evento, de 20 a 22 de setembro, tempo necessário para que se pudesse minimamente conhecer as ações e discussões assumidas pela Psicologia nos dias de hoje. Após 12 anos de sua primeira edição, ocorrida em 2000, também no Parque Anhembi, este evento evidenciou o compromisso de psicólogas e psicólogos do país em resgatar a construção do bem comum em sua prática profissional. Com este intervalo de mais de uma década, é notável o avanço e a amplitude evidenciados pela profissão. Em termos numéricos, a segunda edição contou com mais do que o dobro de trabalhos e participantes da primeira mostra, esta teve como tema “Psicologia e Compromisso Social“. Já na segunda edição, a partir do tema “Psicologia 50 anos: muito a comemorar. Muito mais a fazer.“ O Conselho Federal (CFP) junto aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP's) comemoram os 50 anos de conquistas da profissão e também abriram a discussão sobre o que ainda é necessário fazer na busca do crescimento da Psicologia enquanto ciência e profissão. Foram oferecidas mais de 150 atividades distintas, incluindo mesas temáticas, oficinas, tendas, conferências, assembleias e stands. Houve também dois espaços destinados aos psicólogos e estudantes que desejassem apresentar sua prática profissional por meio da exposição de pôsteres ou vídeos. Estes dois últimos refletiam a diversidade de práticas psicológicas realizadas em todo o Brasil, em países da América Latina e também nos países de língua portuguesa. A amplitude de tais práticas encontra-se presente no número de trabalhos inscritos: foram mais de 4.000 apresentações divididas em pôsteres e vídeos apresentados nas Praças e Ocas do Anhembi. “ADI sem fronteiras - método é apresentado na Turquia com sucesso” | p.3 Entrevista com a diretora técnica da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) | p.4 Possibilidades e atualidades do uso da ADI no contexto da medicina | p.6 Gerlaine Rosa e Ana Cláudia Fontes representam a FUNDASINUM em São Paulo

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Publicação da Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUMANO 12 | nº 46 | Setembro a Dezembro de 2012

fundasinuminformaFUNDASINUM apresenta o método

ADI/TIP na II Mostra Nacional de Práticas em PsicologiaA Segunda Mostra Nacional de

Práticas em Psicologia foi um grande evento na história da profi ssão que buscou resgatar todo o percurso desde a sua regulamentação em 1962. A FUNDASINUM esteve presente neste grande evento para apresentar o método ADI/TIP, que foi criado 12 anos após a regulamentação da Psicologia como profi ssão no Brasil. Portanto, o próprio método em si e sua criadora Renate Jost de Moraes experimentaram as angústias, dores e conquistas da Psicologia ao longo deste período. A partir de um vídeo com cinco minutos de duração, a pesquisadora Gerlaine Rosa, juntamente com a estagiária Ana Cláudia Fontes apresentaram a proposta da terapia de Integração Pessoal aplicada por meio da Abordagem Direta do Inconsciente. Na plateia esteve presente parte da equipe da TIP Clínica de São Paulo: a preceptora Cristina Mello, a visiotronista Sônia Calixto e a recepcionista Michelle Ruiz. Na visão de Cristina Mello “a participação da ADI neste evento vem reforçar a importância da divulgação do método, para as outras áreas da Psicologia. Vejo o fato deste trabalho ter sido selecionado, dentre os milhares apresentados, como um passo fundamental no reconhecimento e validação do método. Estava sentada perto da representante do CRP, responsável pela moderação dos vídeos, e me senti muito feliz ao ver seu olhar e sorriso de aprovação quando viu o nosso trabalho”.

Diante da grandiosidade do evento, a visiotronista Sônia Calixto comenta: “Nossa permanência na Mostra foi curta, mas deu para perceber a abrangência e a importância deste evento dentro do mundo da Psicologia e entendo que a participação do Método ADI /TIP é muito importante para que todos da área possam não só ter conhecimento, como também serem futuros profi ssionais do método, difundindo e ampliando nossa área de atuação”.

Cerca de 25.000 psicólogos (as) e estudantes de Psicologia estiveram presentes no espaço do Parque Anhembi, em São Paulo, para prestigiar os 50 anos de regulamentação da profi ssão no Brasil. Foram três dias de evento, de 20 a 22 de setembro, tempo necessário para que se pudesse minimamente conhecer as ações e discussões assumidas pela Psicologia nos dias de hoje.

Após 12 anos de sua primeira edição, ocorrida em 2000, também no Parque Anhembi, este evento evidenciou o compromisso de psicólogas e psicólogos do país em resgatar a construção do bem comum em sua prática profi ssional. Com este intervalo de mais de uma década, é notável o avanço e a amplitude evidenciados pela profi ssão. Em termos numéricos, a segunda edição contou com mais do que o dobro de trabalhos e participantes da primeira mostra, esta teve como tema “Psicologia e Compromisso Social“. Já na segunda edição, a partir do tema “Psicologia 50 anos: muito a comemorar. Muito mais a fazer.“ O Conselho Federal (CFP) junto aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP's) comemoram os 50 anos de conquistas da profi ssão e também abriram a discussão sobre o que ainda é necessário fazer na busca do crescimento da Psicologia enquanto ciência e profi ssão.

Foram oferecidas mais de 150 atividades distintas, incluindo mesas temáticas, ofi cinas, tendas, conferências, assembleias e stands. Houve também dois espaços destinados aos psicólogos e estudantes que desejassem apresentar sua prática profi ssional por meio da exposição de pôsteres ou vídeos. Estes dois últimos refl etiam a diversidade de práticas psicológicas realizadas em todo o Brasil, em países da América Latina e também nos países de língua portuguesa. A amplitude de tais práticas encontra-se presente no número de trabalhos inscritos: foram mais de 4.000 apresentações divididas em pôsteres e vídeos apresentados nas Praças e Ocas do Anhembi.

“ADI sem fronteiras - método é apresentado na Turquia com sucesso” | p.3

Entrevista com a diretora técnica da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) | p.4

Possibilidades e atualidades do uso da ADI no contexto da medicina | p.6

Gerlaine Rosa e Ana CláudiaFontes representam aFUNDASINUM em São Paulo

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EditorialPrezado Leitor,Estamos fechando o ano de 2012, o que nos leva ao desejo de fazer um retrospecto de nossa caminhada ao longo do período. Nos últimos anos de FUNDASINUM, nos vimos forçados a promover reformulações necessárias e estruturais, com um rearranjo que nos prepara para um segundo momento. Reduzimos estrategicamente nossa equipe e estrutura de custos e despesas e fi zemos reformas visando a nossa maior estabilidade legal. Felizmente, no ano que se passou pudemos retomar atividades e refazer vínculos, o que muito nos alegra. Neste ano, em nossa clínica, garantimos 4543 atendimentos gratuitos, benefi ciando um total de 251 pessoas. O atendimento infantil no Centro de Acolhida Betânia, da Comunidade Missionária de Villaregia foi retomado com 50 atendimentos individuais a crianças entre 6 e 14 anos de idade. Nossos alunos do curso de especialização fi zeram 235 atendimentos na Fazenda de Caná, sendo benefi ciadas 47 pessoas na instituição. Atuando ainda por meio de palestras de orientação, pudemos ajudar outras 431 pessoas. No âmbito da pesquisa, demos prosseguimento a um relato de caso médico e ao estudo de casos de pacientes portadores de transtorno depressivo, estudos ainda em andamento. Evoluímos para a implantação de um sistema online de pesquisa de satisfação, disponível para todas as unidades do País, adquirindo dados em tempo real. Apresentamos o vídeo “O método ADI/TIP: caminho de ressignifi cação e reconstrução do vivido“ na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia em setembro e também o painel “Fenomenologia da vida de relações: as contribuições do método ADI/TIP” na 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia e VII Congresso Iberoamericano de Psicologia da Federação Iberoamericana de Associações de Psicologia, em outubro. Finalmente, dando continuidade à nossa produção científi ca publicamos o artigo “A música para indução de relaxamento na Terapia de Integração Pessoal pela Abordagem Direta do Inconsciente - ADI/TIP“, na revista Contextos Clínicos. Como atividade relacionada ao nosso objetivo estatutário de ensino, iniciamos a formação de novos profi ssionais em modalidade de curso intensivo, com programação de nove meses de duração. Paralelamente, demos seguimento à formatação do curso regular para aprovação junto ao MEC: contratamos consultores que têm nos ajudado no processo. Estamos caminhando seguramente rumo à nossa perpetuação enquanto ciência e solidifi cação enquanto instituição sustentável, capaz de exercer suas funções de maneira permanente e continuada. Tudo isso é fruto do trabalho de todos os colaboradores e profi ssionais dedicados à obra FUNDASINUM. A todos vocês, meu muito obrigado.

Núcleo SocialO caráter social da FUNDASINUM tem sido mantido e os números

ajudam a revelar o trabalho que a fundação realiza. No ano de 2012, a FUNDASINUM garantiu 4543 atendimentos totalmente gratuitos, sendo benefi ciadas 251 pessoas. Esses números apontam o trabalho e os benefícios que a fundação proporciona a pessoas com menor poder aquisitivo e que desejam ser atendidas pelo método ADI. Além do atendimento a clientes de baixa renda, o núcleo social atua também junto a gestantes, crianças, jovens e adultos, ajudando-os a compreender e lidar com os problemas existenciais próprios de cada fase de seu desenvolvimento. Se você deseja contribuir com a continuidade deste trabalho, pode doar seu tempo e suas habilidades nas áreas de Comunicação e Pesquisa. Ou ainda, pode fazer uma doação em espécie equivalente ao atendimento de uma terapia integral ou parcialmente. Informe-se pelo telefone: (31) 3071-0106 ou pelo e-mail: [email protected]

PesquisaAs parcerias entre a FUNDASINUM e as universidades de

Belo Horizonte têm trazido experiências exitosas para o grupo de pesquisa da fundação. Ao fi nal do ano de 2012, o departamento de pesquisa conta com a colaboração de cinco estagiários, um voluntário, três consultores de pesquisa e uma coordenadora que se empenham para o fechamento do ano e início das atividades em 2013. Segundo a estagiária Jéssica Antunes, “trabalhar no Departamento de Pesquisa da FUNDASINUM vai muito além de estudar as normas do Conselho e o método, fazer transcrições e entrevistas, trabalhar com questionários para avaliar os serviços prestados pela clínica, divulgar trabalhos acadêmicos para reconhecimento do método. Ao meu ver, é fazer parte de um bem comum a partir de uma preocupação humanitária, valorizando o ser na sua interioridade e na sua singularidade“. Ana Carolina Duarte também integra a nova equipe de estagiários. Ela iniciou os trabalhos na fundação em abril. “Trabalhar na FUNDASINUM é aprender a valorizar e acreditar no ser humano, é me sentir como parte da história da instituição que busca benefi ciar as pessoas com a assistência psicoterápica. Além disso, o prazer de ver a reumani-

zação da pessoa e o encontro de um outro sent ido para v ida, d i fe rente daque le sentido negativo que tinha anteriormente à te rap ia , me faz acreditar cada vez ma i s no mé todo ADI/TIP“, conta a estagiária.

Nossas Ações

Márcio Albeny GalloDiretor-Presidente

Escola de FormaçãoEm agosto de 2012 teve início o curso de Formação no Método

ADI/TIP. Trata-se de um curso livre estruturado nas bases de um curso de especialização, destinado a psicólogos e médicos que queiram se aprofundar no aprendizado e na aplicação da metodologia ADI/TIP no atendimento psicoterápico.

Esse projeto piloto conta com os preceptores da TIP-Clínica como professores. O curso base foi ministrado pela Dra. Renate Jost de Morais. São 10 alunas inscritas que fazem aulas de forma intensiva (diariamente), com o objetivo de proporcionar maior imersão no universo do inconsciente humano, para maior assimilação do método.

Ana Carolina trabalha com análise de dadosna Fundação no setor de pesquisa

Crianças do Centro de Acolhida acompanhadas de pais, terapeutas e colaboradores

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Fundasinum Informa página 3

ADI na Turquia desperta interesse social e acadêmico

Em novembro de 2012, a Fundasinum atravessou as fronteiras da cultura e da religião, ao realizar uma palestra sobre o método ADI/TIP, na Universidade Suleyman Sah, em Istambul, na Turquia para psicólogos e psicopedagogos. A palestra foi organizada pelo CCTB – Centro Cultural Brasil Turquia, e foi realizada pela Preceptora do método, Eunides Almeida, acompanhada pela Tipterapeuta, Mathilde Freitas. As psicólogas foram recebidas pelo reitor da universidade Suleyman Sah, Prof. Dr. Huseyin Ekiz, que apresentou a universidade às convidadas e explicou como funciona o sistema de ensino da Turquia, interessando-se também em conhecer um pouco sobre o funcionamento da Fundasinum, principalmente no que toca à formação de novos profi ssionais.

A preceptora Eunides conseguiu explicitar os pontos principais da ADI, como a ênfase na interioridade humana e o fato de o método ter sido elaborado a partir das respostas obtidas no questionamento direto ao inconsciente, feito no processo terapêutico e não fruto de uma teoria lançada a priori. Ela explicou, de forma sucinta, clara e em uma linguagem acadêmica, como acontece o processo terapêutico ADI/TIP e ainda expôs alguns exemplos de casos que ajudavam na compreensão. A palestra durou cerca de duas horas e teve uma hora e meia para perguntas e respostas. Os presentes mostraram-se muito curiosos sobre como seria possível abordar o inconsciente de forma consciente, sobre a diferença em relação à hipnose, e se seria possível, crianças que sofreram abuso sexual, serem ajudadas através da ADI e de que maneira isso poderia ser feito.

O interesse gerado pela palestra, e sua repercussão foram imediatos. Fatih Ozorpak, coordenador de atividades acadêmicas e um dos principais organizadores do evento, recebeu uma ligação do ministro das famílias, da Turquia, interessado na ADI enquanto uma tecnologia social que poderia contribuir no trabalho com as famílias no país. Além disso, a professora Reyhan Daglar, de Fatih Universidade, mostrou-se interessada em vir para o Brasil para fazer a formação no método ADI/TIP.

Todo esse trabalho é fruto das sementes lançadas pela Dra. Renate em 1999, quando, através de um contato próximo, ela concedeu uma entrevista ao Jornal Zaman. Dez anos mais tarde houve um reencontro, desta vez no Brasil. Em um jantar informal com a Dra. Renate, viram na ADI uma possível ponte entre cristãos e muçulmanos.

A experiência de lançar um olhar sobre a espiritualidade

Istambul é uma cidade extremamente moderna, mas que mantém suas tradições bem preservadas. Apesar do curto tempo de viagem, foi o sufi ciente para as psicólogas participarem e vivenciarem um pouco da cultura, religiosidade e espiritualidade deste povo predominantemente muçulmano. Como salientadopela própria Eunides: “Ficamos encantadas com tudo o que conse-guimos apreender da cultura da Turquia, mas especifi camente, pelo calor humano e o respeito à diferença, que também faz parte de nossos objetivos na FUNDASINUM e, portanto, de nossa maneira de ser”. Embora a visitação do público às mesquitas durante as orações não seja permitida, as duas palestrantes foram autorizadas a entrar na Mesquita Azul, a maior e mais bela mesquita de Istambul, no momento de uma das orações do dia.

“Ao entrar na mesquita, já era possível sentir o clima diferente, que nos inundava de paz e convidava à oração. Sentimos uma maravilhosa experiência de Deus, que transcende raça, cultura e religião, e se faz presente diante daqueles que o amam e o invocam de coração sincero. Não havia outra palavra em nossos lábios a não ser: Deus está aqui! Em outra mesquita, já na área reservada às mulheres, as muçulmanas nos convidaram a nos colocar ao lado delas, em fi la, para fazermos juntas a oração. Realizamos com elas os gestos rituais durante a oração, vivenciando mais uma vez, uma profunda experiência de Deus. O amor que emanava daquelas pessoas nos levou a um estado de graça e alegria, pois foi uma experiência de unidade, que confi rmou em nossos corações o que já sabíamos: somos todos fi lhos amados de um mesmo e único Deus”, relatou Mathilde. Eunides também descreve sua experiência: “Tocou-nos, em especial, o momento em que entramos para rezar na mesquita, o que era de nossa vontade, um desejo sincero de nosso coração. Seguimos o ritual da oração com a alegria de quem faz parte de uma mesma família - apesar de sermos estrangeiras - ou seja, a família de Deus.O mesmo Deus de amor e o mesmo ser humano, em que tudo o que importa é a atitude de amar. Foi um momento profundo de respeito e amor à diferença e de identifi cação com o que nos liga em comum: a busca de Deus e da nossa própria humanização”.

Esta experiência de ambas fora compartilhada com a Dra. Renate, que muito se alegrou com os relatos e salientou a importância de percebermos a realidade que unifi ca as diversas religiões, os diversos povos, os diversos pensamentos. E como a ADI realmente pode ser esta ponte não só entre cristão e muçulmanos, mas entre as pessoas como um todo, pois ela possibilita a compreensão profunda de si e do outro, nos abrindo assim à verdadeira dimensão do amor. E este é o nosso chamado, levar esta ferramenta de amor para o mundo, para resgatar a humanidade que sofre e abrir às pessoas um novo horizonte de vida mais livre e plena.

Método ADI é apresentado na Universidade Suleyman Sahe estimula discussão teórica entre os participantes

Mesquita em Istambul - localque proporcionou experiênciasde fé e acolhida

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Maria Imaculada Cardoso Sampaio concedeu uma entrevista ao Jornal FUNDASINUM na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia. Em uma conversa agradável, a diretora técnica da Biblioteca Virtual fala sobre os avanços da Psicologia, pensa a profissão no futuro e argumenta sobre a importância de se pesquisar em fontes seguras, como exemplo a base de dados da Biblioteca Virtual (BVS-Psi).

Maria Imaculada Sampaio é doutoranda em Psicologia Experimental no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, possui mestrado em Ciência da Informação e Documentação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Diretora da Biblioteca do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Coordena a Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi) e a Biblioteca Virtual da União Latino Americana de Entidades de Psicologia (BVS ULAPSI). Docente do Curso de Especialização em Gerência de Sistemas e Serviços de Informação, da FESP. Possui experiência em Gerenciamento de Serviços de Informação; Avaliação da qualidade em Serviços de Informação, Bibliotecas Virtuais e Gestão da informação. Acompanhe os detalhes da entrevista.

FUNDASINUM: Hoje nós estamos fechando esse grande evento que é a Mostra Nacional de Práticas em Psicologia. Gostaríamos de saber que avaliação você faz deste acontecimento?

Imaculada: A mostra é uma verdadeira festa da Psicologia brasileira, nós temos o Brasil todo integrado para conhecer o que a Psicologia fez e traçar os rumos do que a Psicologia precisa fazer nos próximos anos. Já fizemos muito, precisamos fazer muito mais!

FUNDASINUM: Estamos aqui nesse stand belíssimo da BVS-PSI, onde podemos conhecer um pouco mais sobre a base de dados tão vasta que existe na Psicologia. Que perspectiva nós temos com relação às publicações da Psicologia na atualidade?

Imaculada: A Psicologia brasileira, ganhou uma qualidade de publicação nos últimos anos que é notável, então nos últimos quatorze anos a Psicologia revolucionou a sua forma de apresentar os seus resultados em publicações. A área de Psicologia tem atualmente revistas indexadas nas principais bases de dados, isso é o reconhecimento da produção nacional publicado em revistas, sendo que até quatro anos atrás nós não tínhamos revistas nas bases de dados que mostram o conhecimento mundial, como por exemplo, a Web of Science. Hoje nós temos revistas brasileiras visíveis nessas bases de dados. Então, o conhecimento científico gerado no Brasil é modelo atualmente para a América Latina e hoje nessa Mostra nós estamos expandindo nossos horizontes para a África, tanto em relação à biblioteca virtual quanto às suas publicações, o seu jeito de funcionar. O Conselho Federal vai orientando os países da América Latina e agora da África na construção de uma Psicologia validada, certificada e reconhecida.

FUNDASINUM: Como você imagina que nós podemos trabalhar nesses próximos anos para contribuir com essa Psicologia validada e certificada?

Imaculada: Conhecendo o que a Psicologia brasileira já fez! Então, para isso a biblioteca virtual é importantíssima, porque ela registra o que a Psicologia brasileira fez nos últimos cinquenta anos, ou até mais. E também estando presente nos eventos, nas atividades que o Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB) promove, que as sociedades de Psicologia e o Conselho Federal promovem, ou seja, estando perto, estando integrado, estando acompanhando a evolução da Psicologia. A Psicologia brasileira dentro da área de bibliotecas virtuais é a área temática mais reconhecida e isso se dá porque a Psicologia brasileira se uniu, se integrou e se fortaleceu, ela caminha junto. Então, quem quer estar presente na Psicologia dos próximos anos tem que estar junto com esse movimento forte da Psicologia brasileira.

FUNDASINUM: E seria essa então a perspectiva também para as novas práticas? Se nós pensarmos em cinquenta anos de práticas de Psicologia temos muitas práticas emergentes e novas propostas terapêuticas também. Qual é sua visão com relação a essas outras atividades da Psicologia?

Imaculada: As práticas psicológicas vão se ampliando, elas vão inovando, mas elas precisam ser feitas baseadas em evidências. Então, não se faz prática profissional sem ter um olhar para o que se está fazendo no mundo, em relação a essas práticas. É importante para todo gestor de política pública, para toda pessoa que vai iniciar uma nova prática conhecer fontes de informação, biblioteca virtual para o Brasil e as bases de dados internacionais para aprender com o que se faz lá

fora, tirar o que for melhor e aplicar nas práticas psicológicas. A Psicologia precisa se apoderar de uma ferramenta chamada Psicologia Baseada em Evidências e se apoderar das melhores evidências, ou seja, os melhores artigos científicos e usar na sua prática profissional. O que não é permitido é que um psicólogo atue na sua prática profissional com o conhecimento que ele obteve na faculdade há dez anos, isso não é mais permitido! Então o psicólogo que está na clínica, que está na prática profissional tem que se apoderar do conhecimento validado, certificado e atualizado.

FUNDASINUM: Você pode nos falar um pouco mais sobre Psicologia Baseada em Evidências, que é um assunto que tem sido dis-cutido mais intensamente nos últimos anos?

Imaculada: A Psicologia Baseada em Evidências está utilizando os conceitos, as guias, as normativas

da Medicina Baseada em Evidência para aplicar na Psicologia as práticas profissionais das políticas públicas. Mas o que são boas evidências? São bons resultados de pesquisas publicados em boas revistas. Então, a Psicologia Baseada em Evidências vai olhar para o conhecimento científico de qualidade para aplicar tanto na sua prática clínica quanto na gestão de novas políticas para a área, ela utiliza o conhecimento validado e certificado para avançar na área. Certamente nós ouviremos muito nos próximos anos falar de revisão sistemática, de metanálise, de Psicologia Baseada em Evidências.

FUNDASINUM: Por fim, que mensagem você deixa para os pesquisadores psicólogos?

Imaculada: Bons pesquisadores são bons usuários de fontes de informação. Os pesquisadores, os psicólogos precisam conhecer as fontes de informação e por isso precisam buscar bibliotecas, porque é o bibliotecário que tem as ferramentas e pode apresentar. Então busquem ajuda das bibliotecas pessoalmente ou então virtualmente, muitas bibliotecas já promovem o atendimento online sem restrição, o usuário pode entrar e perguntar. Aproximem-se desse conhecimento científico! Pesquisador que não conhece fonte de informação é pesquisador pela metade!

Equipe da FUNDASINUM entrevista diretora técnica da Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi)Armazenamento de dados, caminhos da Psicologia no Brasil e novas práticas terapêuticas foram temas do bate-papo com a diretora da BVS

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Dra. Helenice Muniz iniciou sua exposição no XI Congresso Nacional da ADI explicando aos participantes que é comum os pacientes procurarem os profissionais da área médica trazendo suas sintomatologias e sofrimentos em especial na área física, mental, comportamental, com vistas a tentar entender “por que estou doente” ou “como que é o mecanismo dessa doença“. Contudo, a experiência clínica vem demonstrando que a pessoa quer, no fundo, muito mais do que uma simples explicação do processo psicopatológico ou fisiopatológico que a medicina, com muita propriedade, se propõe a disponibilizar. E, nesse sentido, é que se consegue enxergar uma contribuição especial e complementar da ADI, que não só tem recursos para essas respostas, mas ajuda as pessoas a trazer essa resposta de dentro de si e, ainda, permite que essas respostas ajudem-no a “reorganizar” o que estava “desorganizado”.

A ADI, portanto, explicou Dra. Helenice, com seus recursos para atingir o nível humanístico, demonstra que as pessoas, em função de sofrimentos, constroem decisões que adoecem o seu ser, “de dentro para fora”. O físico é a última instância de manifestação dessa “desorganização” interna. Os recursos da ADI permitem a compreensão do processo no nível de ser da pessoa permitindo que ela seja capaz de “estabilizar” processos de desenvolvimento de suas doenças a partir da mudança de suas decisões. Assim, trabalhar além do psicofísico implica trabalhar no nível dessa interioridade do ser humano, ou seja, como nos ensina a Dra. Renate, através de seu “Eu-pessoal“. Não adianta, portanto, simplesmente, realizar uma terapia sobre o psicofísico, porque ali está apenas “fato sofrido”, e não “a decisão” a partir da qual a pessoa é capaz de encontrar um sentido de vida e conquistar motivações para “mudar” as decisões para o “adoecer”. Nesse sentido não se fala em “cura”, mas em “remissão dos sintomas” das decisões que estavam adoecendo essa pessoa.

A escola médica tradicional forma-nos dentro de uma cultura que estabelece o processo de adoecimento como sendo de “fora para dentro“. Ela é “atacada” de fora. Assim, todo tratamento precisa também vir de fora. Hoje, a gente sabe que não é bem assim. Mas nem por isso, desconsideram-se aqui os recursos de tratamento “de fora para dentro” que a medicina, de forma meritória e indispensável, vem desenvolvendo ao longo dos séculos. Isso seria um absurdo. O que apresenta-se aqui é um conhecimento complementar. Apenas para exemplificar essa complementaridade, explica Dra. Helenice, basta lembrar o exemplo, dentro de nosso trabalho, de uma pessoa que quer se submeter ao processo de intervenção terapêutica da ADI e, no entanto, chega aos nossos consultórios em estado de depressão grave. Nada é possível ser feito até que seja medicado com um recurso bioquímico que vai atuar “de fora para dentro” para estabilizá-lo, e permitir, depois, que possa interagir com o profissional que vai tentar ajudá-lo.

Estima-se que apenas 80% das doenças que a medicina consegue diagnosticar são psicossomáticas. Ou seja, não se encontra uma explicação física para a sua gênese, como seria, por exemplo, uma “lesão de uma célula”.

Essas constituem doenças que elevam os gastos públicos com a saúde, pois disparam uma coletânea de exames que, normalmente, não vão nos ajudar a identificar uma “lesão da célula”, ou uma “lesão anatômica”, e a pessoa que veio para o tratamento tende a continuar doente. Em algum momento o paciente faz um câncer. Assim eu pergunto, diz Dra. Helenice: “como fica a medicina? Reduzida aos 20%? Isso demanda uma resposta, pois esse paciente tende a continuar adoecido, e a medicina tende a só tratá-lo sintomaticamente, ou seja, administrando um analgésico, um antidepressivo, ou outra solução de cunho paliativo”.

Dra. Helenice resgatou o que costuma dizer a Dra. Renate, ou seja, que a ADI é um instrumento de humanização das pessoas. O que acontece após o processo de humanização, pode ser uma surpresa até para os próprios terapeutas. Assim, quando há cura, ela é uma resposta do processo de humanização que a própria pessoa conquistou através de sua terapia.

Assim, reforça que, enquanto o homem não entender que a humanização se faz com recursos de sua capacidade de amar e que esse é o segredo do equilíbrio e do bem-estar físico, psíquico e humanístico,

ele vai continuar tentando vencer as doenças com medicamentos, deve colher poucos frutos, porque a pessoa precisa ser atendida em todo o seu ser, de forma integral. Helenice explica que “a medicina se preocupa muito com a doença, mas esquece do doente”. É preciso dar atenção diferenciada a esse aspecto. Aí vale o acolhimento, o amor que se compromete com a pessoa que nos procura, que vê a dor do outro, que experimenta essa dor, que quer o bem do outro, que toca o paciente, que o escuta com paciência, sem preconceitos, sem pré-julgamentos, que age com amor, com coração e que se reproduz esse espírito com gestos.

“Nesse ponto me perguntei”, disse Dra. Helenice, “aos meus colegas médicos: por que não buscar, então, dentro

do próprio mecanismo o que produziu o mal funcionamento, encontrando no próprio indivíduo, um meio de reverter esse processo para que volte a funcionar nos moldes fisiológicos, como era pra ser?“ Esse é o papel do médico que trabalha junto para acompanhar o processo de adoecimento TIP-terapeuta: estar lá vendo qual foi o processo de adoecimento, sobre o ponto de vista físico, tentando contribuir, à luz da medicina, não só para verificar o que aconteceu, mas, principalmente para ver se existe ali naquele físico um meio de reverter esse processo. Através da terapia ADI o paciente consegue fazer mudanças, tomar novas atitudes e decisões, e conquistar a remissão de seus sintomas. Contudo, sem a atuação médica, não se vai saber qual processo aconteceu ali. Pergunta aos participantes, Dra. Helenice: “ah, mas pra quê se precisa saber?“. Ela mesma responde: “por uma postura responsável, esse é um conhecimento que precisa estar registrado, nem que seja para ser daqui a cinquenta ou cem anos, pois não há dúvida que vamos ter essa conversa com a ciência amanhã. A gente não tem nem noção do grau de contribuição que esses conhecimentos irão representar para a ciência, para a medicina e, em especial, para a medicina preventiva.“

Veja-se que o paciente quer se curar. Ninguém quer ficar com um câncer. As pessoas não fazem opção por adoecer. Mas fazem escolhas que adoecem. São essas as escolhas que precisam ser mudadas. Quem é que pensou que determinada escolha estaria desenvolvendo um câncer, um déficit de atenção ou uma leucemia mais tarde?

Após diversos exemplos práticos colhidos em sua vasta experiência clínica, Dra. Helenice concluiu explicando que nosso corpo precisa evoluir e crescer. Explicou que nosso “Eu-pessoal“, no entanto, apesar de já estar completo, acaba sendo bloqueado por diversos motivos. Portanto, precisa-se devolver à pessoa aquilo que ela era originalmente, como pessoa. Talvez essa seja uma de nossas missões com a ADI, seja na medicina, ou em qualquer outro segmento de aplicação do método: ajudar todas as pessoas a desempenharem seus dons na totalidade de seu potencial e, assim, realizarem, o que têm de melhor a realizar, em favor da humanidade. Sem dúvidas, estaremos dando nossa contribuição para a melhoria da qualidade de vida de muita gente, além de reduzir os gastos públicos com a saúde, a educação e segurança pública.

Possibilidades positivas do uso da ADI no contexto da MedicinaDando sequência ao registro das palestras proferidas no XI Congresso Nacional da ADI, resumimos abaixo as principais ideias apresentadas pela Dra. Helenice Muniz. Helenice é ex- professora da Escola de Medicina da Universidade Federal de Vitória e mestre em Psicologia Social, que relata sua experiência na utilização dos recursos da ADI na prática da Medicina

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Ariadna Patrícia Pinto, especializanda no método ADI/TIPQuando a ADI entrou em minha história, eu era ainda uma adolescente curiosa acerca dos processos inconscientes humanos, sonhos, paranormalidade, entre outras coisas. Em 2011, após uma virada em minha vida, já casada e mãe de duas filhas, por um desses entrelaçamentos de Deus, tive um reencontro com o método ADI/TIP e pude constatar sua evolução nesses anos. Foi um resgate para mim. Cheguei esgotada e entristecida, decepcionada comigo, com as escolhas que fiz em algumas áreas, tudo em mim parecia funcionar apenas no limite da sobrevivência, estava desistindo até de acreditar. O que me mantinha eram meu marido, minhas filhas, meu trabalho e a oração. Por causa deles, eu disse sim à oportunidade que se apresentava e decidi iniciar a terapia para então fazer a formação no método. Tudo foi muito diferente da primeira vez. Através da terapia eu descobri e vivi na alma coisas das quais eu vinha fugindo toda uma vida e, pior, acreditando que já estivessem bem mais resolvidas ou desviando-me delas como se não tivessem solução e fossem literalmente me assombrar a vida inteira. Onde achei que tinha encontrado uma saída, constatei apenas um acordo entre partes e ainda convivia com angústia, insegurança, ansiedade e dúvidas sempre presentes num constante desgaste das minhas forças para conseguir fazer aquilo que me sentia impulsionada a fazer, apesar da falta de paz. Eu ignorava meus sentimentos e seguia em frente, o trabalho e as missões davam certo, graças a Deus, mas eu não me sentia e nem me percebia inteira e parecia que lutava sozinha. Eu disfarçava bem minhas dores e algumas eu não conseguia encarar porque pareciam maiores do que eu.

Durante a terapia, resgatei o sentido de mim mesma e de cada uma de minhas escolhas, mas o principal foi experimentar com o coração, bem diferente de simplesmente saber que muitas coisas que se apresentavam para mim como impossíveis de superar ou tarde demais pra tentar não são assim, fui eu quem as coloquei dessa forma e posso rever e decidir diferente. Perceber ao vivo a constante presença da Luz, sempre esperando que eu olhasse para ela me apontado o caminho foi como ressuscitar. Fico me lembrando da história da bela adormecida que, ao acordar, tudo estava lá esperando por ela e apesar do sono de 100 anos, ela continuou a ser o que sempre foi, a ser o que foi chamada a ser verdadeiramente e, uma vez consciente, podia viver na alegria de ser o que se é em constante transformação e descoberta, vivendo integralmente, sendo gente. Ainda tenho uma caminhada a fazer e espero que seja longa e fecunda, aliás após a terapia consegui engravidar novamente depois de várias tentativas e graças a Deus estou em formação no curso e na vida com mais certeza de ser fruto da vontade de Deus e do amor, então tenho mais força para vencer o que ainda preciso. Que Deus nos abençoe e que nos deixemos conduzir pela luz e não pelos nossos enganos. É uma premissa que nenhum ser humano sobrevive sem amor, então se estamos vivos ele existe em nossa história mesmo quando não o percebemos. O amor é em nós, e tomar consciência dele nos torna capazes de encarar os medos que temos. A terapia é um bom caminho para acessar construtivamente essa verdade, mudar e deixar essa mudança se refletir aos poucos a nossa volta. Como diz a música de Osvaldo Montenegro, “que a força do medo que tenho não me impeça de viver o que anseio”.

Testemunho Maria Amélia Garcia Vera - atendida por Lia DivanMi nombre es María Amelia García Vera, soy de Perú y tengo 45 años. En el año 2001, fui diagnosticada con Diabetes Tipo II, teniendo que cambiar mi dieta por completo, iniciar una rutina de ejercicios, medicarme esporádicamente para bajar la glucosa y controlarme todos los días con un glucómetro. Luego, en el año 2005, me sufrí un ataque isquémico transitorio, a raíz del cual me hicieron una serie de análisis y éstos arrojaron que presentaba Síndrome Antifosfolipídico, Deficiencia de Antitrombina y Déficit de Proteína S, por lo cual me diagnosticaron con Trombofilia.

Por éste último cuadro, mi vida cambió mucho más pues aparte de la medicación que tomaba, tuve una dieta aún más estricta, siempre me sentía cansada, pues presentaba cuadros constantes de anemia, teniendo que tener transfusiones esporádicas de Fierro, controlarme todas las semanas, tener ingresos constantes a la clínica por hemorragias e infecciones, etc. Todo esto con un pronóstico de desarrollar Lupus con el tiempo.

Luego, de un tiempo caí en cuenta de que estas dos enfermedades eran congénitas, una del lado de mi familia paterna y otra del lado de mi familia materna. El Padre Angelo Costa, me pidió que hiciera un árbol genealógico y que haría oración de sanación, pero en forma paralela me habló de la Doctora Lía, una psicóloga brasilera que tenía un método para sanar las heridas que arrastramos en el inconsciente.

Así, pues, en el año 2009 decidí hacer la Terapia de Integración Personal. En dicha terapia fueron saliendo heridas que tenía desde el vientre de mi madre, y otras que arrastraba mi familia por generaciones, descubrí los dones que Dios me había dado y cada vez me sentía más reconfortada a nivel emocional y espiritual.

Al terminar la terapia, yo estaba segura que me sanaría y Lía me indicó que esta sanación se daría, pero que era como un árbol que estaba enfermo y cuyas raíces habían sanado, pero que está sanación se daría paulatinamente hasta llegar a las ramas y hojas del mismo. Y así sucedió fui mostrando mejoría de a pocos, hasta que me retiraron la medicación en el año 2010, me hice varios tipos de pruebas, de sangre, tomografías, etc. y el médico me dijo que no sabía qué había pasado, pues se suponía no había cura, pero que ya no aparecía ninguna de las deficiencias o síndromes en la sangre. Asimismo, me hice una prueba de Tolerancia a la Glucosa, y la diabetes también había desaparecido.

Hoy siento que Dios muchas veces quiere actuar en nosotros, pero que somos nosotros quien nos aferramos a las heridas internas a las que estamos tan acostumbrados y a las que las traemos genéticamente, que las asumimos como parte de nosotros y las manifestamos en nuestro organismo. Creo que la Terapia me dio la posibilidad de perdonarme y perdonar, a fin de sanar las heridas, rompiendo la cadenas, no sólo para mí si no para las generaciones que vendrán después.

Depoimentos presentes na Avaliação de Qualidade, em 2012:

1) Confesso ter sido a experiência mais profunda e maravilhosa que já senti.Sensação de completo bem estar físico e emocional. Sinto-me mais confiante, bonita e com a sensação de que sou amada e sou capaz de amar. Hoje sou capaz de indicar a terapia a todas as pessoas que amo e quero bem. 2) Só tenho a agradecer por ter conhecido a clínica. Antes de chegar estava um “caco“. A TIP seria um instrumento do qual eu poderia beneficiar-me ou não, dependia de mim. Escolhi acreditar no instrumento (método ADI/TIP) e nas pessoas. Continuem servindo como fazem, fé sem obras é inexistente e vocês começaram porque acreditaram que daria certo.

Depoimentos

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Calendário de eventos da FUNDASINUM para o ano de 2013

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MAIO

ABRILMARÇOFEVEREIRO

•Dia do Trabalho

•Data final para entrega do caso digitado e gravado

•Fortaleza/CE•8º CONPSI (08 a 11/05)•Gerlaine Rosa

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Maria Clara

•Reunião Técnica Mensal

•Corpus Christi

•Acomp. de Atend. dos preceptores ou de mais um video caso da Dra. Renate (03 a 12/04)

•Atend. de 4 pac. s/ supervisão (gravação de caso para avaliação) (15 a 26/04)

•Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP•Prc. Eunides Almeida

•Tiradentes

•Reunião Técnica Mensal

•Tempo p/ digitação do caso a serentregue no dia 03/05 (29/04 a 02/05)

•Acompanhamento dos Atendimentos dos Preceptores (04 a 15/03)

•Prática de Atendimento de 4 pac. e sup. na 3ª,6ª,9ª ses. (18/03 a 02/04)

•Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP•Prc. Célia Marra

•Reunião Técnica Mensal

•Paixão

•Semana do Carnaval (9 a 12/02)

•Prática de Atendimento e Supervisão de 4 pacientes e Individual(18/02 a 01/03)

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Célia Marra

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JANEIRO

•Confraternização Universal

•Recesso (2 a 11/01)

•Acompanhamento de Atendimento dos Preceptores (14 a 25/01)

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Eunides Almeida

•Prática de Atendimento e Supervisão Individual 7ª Etapa (28/01 a 08/02)

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JULHO

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIPCancelada

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AgOSTO

NOVEMBROOUTUBROSETEMBRO DEzEMBRO

•Independência do Brasil

•Belo Horizonte/MG•Prc. Eunides Almeida

•Belo Horizonte/MG•Prc. Eunides Almeida e Helenice Muniz

•Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP•Prc. Célia Marra

•Reunião Técnica Mensal

•Feriado Municipal-BHN.S. Imaculada Conceição

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Célia Marra

•Natal

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Maria Clara

•Reunião Técnica Mensal

•Palestra no Rio de Janeiro/RJ“O relacionamento na Família”•Palestra Maria Clara JostLocal: Ed. João Paulo II, Rua Benjamin Constant, 23, 2ºandar, Glória, 19:30h

•Finados

•Belo Horizonte/MG•Oficina ADI para Famílias (02 e 03/11)

•Proclamação da República

•Belo Horizonte/MG•Curso ADI na Família (16 e 17/11) •Prc. Eunides e Helenice

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Maria Clara

•Reunião Técnica Mensal

•N.S. Aparecida/Padroeira do Brasil

•Belo Horizonte/MG •Palestra ADI/TIP•Prc. Eunides Almeida

•Belo Horizonte/MG•Curso de Base (18 e 19/10)•Curso de ADI-O (20/10)•Curso de ADI-P (21 a 25/10)•Preceptores Assistentes

•Aracaju/SE •43ª SBP (23 a 26/10)•Gerlaine Rosa

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JUNHO

•Reunião do Cons. Curadorda FUNDASINUM

•Belo Horizonte/MG•Palestra ADI/TIP•Prc. Célia Marra

•Reunião Técnica Mensal

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A Terapia:A fase terapêutica (Terapia de Integração Pessoal) é realizada normal-

mente em dez sessões. Perpassam-se, numa média de 10 a 15 sessões, os diversos períodos vitais: a concepção, a fase do útero materno, a infância e a adolescência, procurando-se identifi car os registros negativos e buscando-se a elaboração do processo de decodifi cação dos mesmos.

O cliente pode optar em realizar a terapia em diferentes modalidades. A implantação dessa diferenciação decorre para aumentar a acessibilidade de um maior número de pessoas ao tratamento.

É necessário enfatizar que independentemente da modalidade escolhida é o próprio cliente quem realiza sua terapia. O terapeuta não interfere no tratamento, apenas objetiva os fatos através do questionamento tecnicamente orientado, não analisando ou interpretando. Através do tratamento em nível intuitivo é possível trabalhar os registros negativos de base relacionados à percepção de problemas afetivos, principalmente aqueles ligados aos modelos parentais, pais esses que muitas vezes já estão sofrendo a infl uência de modelos familiares dos seus próprios pais, criando-se assim uma cadeia transgeracional, ou seja, que tende a se repetir paras as próximas gerações, mas que também pode ser trabalhada pela terapêutica em questão, ampliando-se assim, os benefícios do processo.

Realiza-se, logo após, e também sempre que for necessária, a terapia de reforço onde, pelo próprio questionamento, reforça-se, checa-se e poten-cializa-se todas as etapas anteriores. É previsto no procedimento o retorno ao médico garantindo-se, assim, a qualidade do atendimento realizado.

INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Importante: antes de se submeter-se à terapia, verifi que na página da FUNDASINUM se a clínica e o profi ssional com o qual você deseja realizar sua terapia estão certificados pela FUNDASINUM para este atendimento. O nome dos profi ssionais e clínicas credenciadas estão na página da internet: http://www.fundasinum.org.br no link “credenciadas”.

A OBRA FUNDASINUM

A FUNDASINUM, Fundação de Saúde Integral Humanística, foi instituída em 1986 pela autora do método ADI/TIP, com o objetivo de disponibilizar, através desse processo, a assistência psicoterapêutica prioritariamente a pessoas em situação de vulnerabilidade social.A FUNDASINUM tem como objetivo, ainda, desenvolver, pesquisar, divulgar, formar agentes multiplicadores e tutelar a aplicação do método, o qual visa, fundamentalmente, à reestruturação física, psíquica e humanística do ser humano em orientação para o seu sentido existencial. Com esse objetivo a obra mantém vários serviços: a escola de especialização teórica e prática de profi ssionais que oferecem trabalhos voluntários junto a pessoas necessitadas de TIP; a ampla atuação junto do núcleo social no atendimento a crianças, jovens e adultos em situação de risco social, através de parcerias com órgãos públicos; cursos que incluem a “ADI para casais,” com a utilização de exercícios sobre o nível inconsciente, de revisão do relacionamento conjugal e vivência do amor.

PUBLICAÇÕES: Leia os livros já publicados por Renate Jost de Moraes sobre o Método de Abordagem Direta do Inconsciente:

“As Chaves do Inconsciente” (Ed. Vozes, 26ª Edição) de Renate Jost de Moraes. Descreve a autora, o nascimento e a evolução do processo empírico que gerou o Método ADI/TIP, ricamente ilustrado com casos clínicos, desde as primeiras experiências, em 1975 até o lançamento do livro, em 1985.

“O Inconsciente Sem Fronteiras” (Ed. Ideias e Letras, 12ª Edição) de Renate Jost de Moraes. A autora aprofunda os temas do livro anterior, descreve os casos de acordo com detalhes da sequência metodológica e acrescenta temas novos, como as “instâncias humanísticas” reveladas pelo inconsciente e a “ADI como paradigma científi co complementar”. Nesse livro a autora busca responder sobre os mais angustiantes problemas existenciais do homem moderno, a partir das respostas dadas pelo inconsciente pesquisado.

O que é o Método ADI/TIP?O MÉTODO ADI/TIP

A Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUM - credencia unidades de atendimentos identifi cadas como “TIP Clínicas” para a aplicação do método Abordagem Direta do Inconsciente por meio da Terapia de Integração Pessoal (ADI/TIP), utilizada nesse processo como recurso complementar à Psicoterapia Fenomenológico-Existencial. A proposta desse processo é de uma vivência terapêutica que possibilita a descoberta das conclusões pessoais (códigos existenciais), elaboradas pela pessoa, no nível inconsciente, sobre as situações, sobre os outros e sobre si mesma, a partir de determinadas experiências vividas. Da mesma maneira, pela possibilidade de acesso aos fatos psíquicos geradores do sofrimento e de conclusões negativas, esses registros são passíveis de serem decodifi cados, também pela própria pessoa, no momento da terapia.

A ADI/TIP é a aplicação clínica do método Abordagem Direta do Inconsciente (ADI) que se dá pelo processo de intervenção terapêutica denominado Terapia de Integração Pessoal (TIP). A TIP é um processo terapêutico e de pesquisa, que torna possível, por meio de uma técnica especial de “questionamento”, dirigido à vasta ramifi cação de sintomas de ordem psíquica, física e existencial. Com a ajuda da mesma técnica, realiza-se a decodifi cação das causas primeiras do sofrimento, também na interioridade humana, o que, por sua vez, conduzirá à remissão das manifestações externas, de problemas “psiconoossomáticos”.

Em outras palavras, a ADI caracteriza-se pela pesquisa direta, consciente e questionadora do inconsciente e hoje abre para várias outras aplicações de ordem prática. Resumidamente distingue-se o processo pelos seguintes aspectos: pela abrangência terapêutica integral do ser humano; pelo “questionamento” sobre a interioridade humana ou sobre o inconsciente “noológico”; pela identifi cação de núcleos sintetizadores chamados “frases registro”; pela possibilidade de ação terapêutica sobre esses núcleos e dos efeitos sobre as ramifi cações; pela possibilidade de auto-reformulação a partir do cliente; pela ação indireta sobre pessoas relacionadas ao cliente; pela ação sobre as crianças, desde o útero materno; pelo efeito preventivo dos males psicofísicos; pela prevenção de males sociais, como a utilização de drogas e a violência.

O método ADI/TIP, é um processo que tem por meta não apenas tratar dos problemas sofridos mas levar a pessoa em terapia à mudança de atitudes, para a reumanização de si próprio, dos outros e da humanidade.

A orientação fenomenológica existencial aplicada à psicologia clínica compreende o ser humano como sendo um ser biopsicossocial e espiritual. Ou seja, o sujeito humano é sempre integral e precisa ser cuidado em todas as suas dimensões. Nesse contexto, a proposta desse processo é de uma vivência terapêutica que possibilita a descoberta das conclusões pessoais (códigos existenciais), elaboradas pelo sujeito, de forma pré-refl exiva, no nível do inconsciente humanístico, sobre o mundo, sobre os outros e sobre si mesmo, a partir de determinadas experiências vividas. Assim, não são os “fatos em si” que se transformam em problemas, mas o que quem viveu o fato concluiu dele para si mesmo. Isto signifi ca que a pessoa humana “fenomenologiza” os fatos vividos por ela.

O PROCESSO TIP NA PRÁTICA

Consulta médica inicial:Todos os candidatos à terapia passam inicialmente por uma consulta

médica, com o objetivo de se conhecer o histórico clínico, prestar orientação médica e oferecer informações em relação ao tratamento pelo método ADI.

A fase preparatória:Constitui-se de dois momentos específi cos com os objetivos de:

a)liberar as tensões físicas e psicológicas que são potencializadas em situações de stress e sofrimento e b)treinar a pessoa para o processo terapêutico ensinando-lhe a “visualizar” a área intuitiva ou inconsciente de sua mente e descrever os momentos que devem ser tratados ou reforçados. Faz parte dessa fase preparatória a realização de certos exercícios importantes como: inversão intra-psíquica: o auto distanciamento do sintoma; e a atitude de “para-quê” se curar. Ao chegar à sessão de terapia, o cliente deve saber “atingir conscientemente seu inconsciente”.

Expediente Jornal FUNDASINUM - Publicação da Fundação de Saúde Integral Humanística - FUNDASINUM - Diretor presidente: Márcio Albeny GalloRua Musas, 166 - Santa Lúcia - 30360-660 - Belo Horizonte - MG - Tel. (31)3071-0101 - Site: www.fundasinum.org.br - E-mail: [email protected]

Projeto Gráfi co: Helô Costa - Diagramação: birodecriacao.com.br Fotos: Wagner Diló e arquivos da família Dirigido a seus profi ssionais, funcionários, clientes e colaboradores.