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Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Av. da República, 23 • 1050-185 Lisboa • Tel. (351) 211 129 290 • Fax (351) 211 129 299 Capital Social 1 000 000 Euros • NIPC: 502 124 695 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RELATÓRIOS E CONTAS 2011

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO · 2020. 8. 3. · Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Av. da República, 23 • 1050-185

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  • Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Av. da República, 23 • 1050-185 Lisboa • Tel. (351) 211 129 290 • Fax (351) 211 129 299

    Capital Social 1 000 000 Euros • NIPC: 502 124 695

    FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

    RELATÓRIOS E CONTAS 2011

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 2

    ÍNDICE ENTIDADE GESTORA ............................................................................................................ 3

    ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS ................................................................................................ 3

    FUNDOS SOB GESTÃO.......................................................................................................... 4

    MERCADOS.......................................................................................................................... 5

    CONJUNTURA MACRO-ECONÓMICA ............................................................................. 5

    MERCADOS FINANCEIROS............................................................................................ 12

    RELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOS FUNDOS SOB GESTÃO.................................................. 20

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ TESOURARIA (Reg. CMVM nº 28)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ POUPANÇA ACÇÕES (Reg. CMVM nº 263)

    FUNDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ CONSERVADOR (Reg. CMVM nº 622)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO RAIZ VALOR ACUMULADO (Reg. CMVM nº 1012)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA EURIBOR II (Reg. CMVM nº 1179)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA SAÚDE VALORIZAÇÃO (Reg. CMVM nº 1207)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO CRESCENTE (Reg. CMVM nº 1238)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO (Reg. CMVM nº 1266)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO II (Reg. CMVM nº 1316)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO III (Reg. CMVM nº 1332)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO IV (Reg. CMVM nº 1358)

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2010 3

    ENTIDADE GESTORA Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

    Nº de Registo na CMVM: 188

    Data de Início de Actividade: 29/07/1991

    Sede Social: Av. da República, 23 - 1050-185 Lisboa

    Capital Social: 1 000 000 Euros

    Nº Único de Pessoa Colectiva: 502 124 695

    ÓRGÃOS E CORPOS SOCIAIS MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

    Presidente Avelino Meira do Poço Secretário João Manuel Pires Lopes

    CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

    Presidente Mário Dúlio de Oliveira Negrão Vogal Sérgio Manuel Arsénio Alves Contreiras Vogal Eduardo Augusto Pombo Martins Vogal Sérgio Manuel Raposo Frade Vogal João Gante Gonçalves Vogal João Manuel Aleixo Barata Lima

    CONSELHO FISCAL

    Presidente José Daniel Pereira Rito Alves Vogal José Júlio Faria da Costa

    Revisor Oficial de Contas Salgueiro, Castanheira & Associado, S.R.O.C., representado por Natércia Pires Fernandes Castanheira (ROC nº 837)

    Suplente Fernando da Silva Salgueiro (ROC nº 774) COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

    Nuno Bartolomeu Nunes Alves Cordeiro Manuel Valentim Correia Stichaner Lacasta Jesus João Paulo Viana Gonçalves Pedro

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 4

    FUNDOS SOB GESTÃO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ TESOURARIA (Reg. CMVM nº 28)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

    FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ POUPANÇA ACÇÕES (Reg. CMVM nº 263)

    FUNDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RAIZ CONSERVADOR (Reg. CMVM nº 622)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO RAIZ VALOR ACUMULADO (Reg. CMVM nº 1012)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA EURIBOR II (Reg. CMVM nº 1179)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA SAÚDE VALORIZAÇÃO (Reg. CMVM nº 1207)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO CRESCENTE (REG. CMVM Nº 1238)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO (REG. CMVM Nº 1266)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO II (REG. CMVM Nº 1316)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO III (REG. CMVM Nº 1332)

    FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CA RENDIMENTO FIXO IV (REG. CMVM Nº 1338)

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 5

    MERCADOS

    1. Conjuntura Macro-Económica

    1.1. Economia Mundial

    A intensificação da crise das dívidas soberanas na Zona Euro e o arrefecimento da actividade económica a nível global, presenciado nomeadamente na segunda metade do ano de 2011, ditaram uma redução material do apetite pelo risco e um despertar de receios quanto a um novo período recessivo nas principais economias industrializadas. As tensões de natureza geopolítica presenciadas no Norte de África e Médio Oriente (Tunísia, Egipto, Líbia, Argélia e Bahrein) e o grave terramoto e consequente crise nuclear em Fukushima, no Japão, foram também responsáveis por uma redução progressiva das expectativas dos agentes económicos e por um declínio dos níveis de confiança das famílias e das empresas. A perspectiva de um arrefecimento mais acentuado do crescimento económico no bloco emergente pressionou as autoridades monetárias locais a recuarem nas políticas contraccionistas postas em prática desde o último trimestre de 2010. Na Europa, Portugal tornou-se no terceiro membro da Zona Euro a formalizar o pedido de auxílio financeiro internacional. Durante o ano, realizaram-se múltiplas cimeiras com o objectivo de promover uma estabilização dos mercados financeiros mas a inexistência de um consenso político no seio da Zona Euro viria a comprometer a credibilidade das medidas e instrumentos entretanto anunciadas. A discussão em torno de um segundo plano de auxílio financeiro à Grécia (EUR 130 mil mn) e a divergência entre o bloco “core” europeu e os países da periferia sobre uma eventual reestruturação da dívida pública helénica justificaram um aumento dos níveis de aversão ao risco no segundo semestre do ano. O contágio estendeu-se às economias italiana e espanhola obrigando o BCE a aceitar um papel mais interventivo no mercado secundário de dívida pública. Os Estados Unidos perderam pela primeira vez na sua história o rating “AAA” junto da S&P, na sequência das negociações difíceis entre democratas e republicanos na elevação do tecto da dívida pública. A finalização do segundo programa de “quantitative easing” por parte do FED e a interrupção de diversas cadeias fornecimento no Japão contribuíram para a desaceleração da actividade económica presenciada em meados do ano de 2011. A Reserva Federal prometeu manter a sua taxa de juro directora no intervalo entre 0% e 0,25% até finais de 2013 e anunciou a “operação twist”, com o objectivo de reduzir os custos de financiamento da economia norte americana. No quarto trimestre, surgiram os primeiros sinais de estabilização dos principais indicadores de actividade económica (ISM), dos níveis de confiança dos consumidores e uma inesperada melhoria das condições do mercado de trabalho.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 6

    Economia Mundial, Previsões FMIProduto Interno Bruto(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

    2012 2013Estimativa Projecção

    Economia Mundial 5,2 3,8 3,3 3,9

    Países Desenvolvidos 3,2 1,6 1,2 1,9

    Estados Unidos 3,0 1,8 1,8 2,2Zona Euro 1,9 1,6 -0,5 0,8Japão 4,4 -0,9 1,7 1,6

    Países em vias de Desenvolvimento 7,3 6,2 5,4 5,9

    Brasil 7,5 2,9 3,0 4,0Rússia 4,0 4,1 3,3 3,5Índia 9,9 7,4 7,0 7,3China 10,4 9,2 8,2 8,8

    (1) FMI: World Economic Outlook, Update Janeiro de 2012.

    Indicadores (1) 2010 2011

    Nas economias emergentes verificou-se uma moderação do ritmo de crescimento económico e um arrefecimento progressivo das pressões inflacionistas, que atingiram um pico em meados do ano. Esta alteração da envolvente macroeconómica potenciou uma inversão no ciclo de subida de taxas de juro que se havia iniciado no final de 2010 – China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul. A agudização da crise financeira na Europa e a fragilidade evidenciada pelo sistema financeiro do velho continente, com necessidades de recapitalização estimadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) na ordem dos 106 mil mn, conduziram igualmente a uma redução dos fluxos de capital para o bloco emergente. De acordo com as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global terá crescido a uma taxa de 3,8% em 2011, arrefecendo face aos 5,2% verificados no ano de 2010. Neste particular, as economias em vias de desenvolvimento permaneceram os principais motores do crescimento da economia mundial (+6,2%), isto apesar do abrandamento presenciado no segundo semestre do ano - Brasil (+2,9%), Rússia (+4,1%), Índia (+7,4%) e China (+9,2%). As economias industrializadas deverão ter crescido a uma taxa anual de 1,6%, cerca de metade dos 3,2% registados em 2010 - Estados Unidos (+1,8%), Zona Euro (+1,6%) e Japão (-0,9%) – num cenário de baixas pressões inflacionistas e de expectativas limitadas quanto à subida das taxas de juro. Na Zona Euro, a intensificação da crise financeira e o efeito contágio junto das economias do designado bloco periférico (Portugal, Espanha e Itália) continuaram a dominar as atenções dos agentes económicos, exigindo um papel mais interventivo por parte do BCE e a introdução de novos instrumentos de combate à crise. Em Fevereiro, são conhecidos os primeiros contornos do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, a vigorar a partir de 2013 e com EUR 500 mil mn de capacidade de financiamento efectiva, cerca do dobro da capacidade efectiva do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), criado em 2010 para socorrer os estados membros que requeressem apoio financeiro internacional. Em Abril, Portugal formaliza o pedido de auxílio financeiro internacional num programa orçado em EUR 78 mil mn, sendo negociado com a “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI) um memorando de entendimento com vista à introdução de medidas de austeridade e de controlo orçamental. Em Maio, a aparente ineficácia na execução do plano de austeridade helénico desencadeou as primeiras conversações em

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 7

    torno de uma possível reestruturação da dívida pública grega (“roll over” voluntário), lançando a génese de um segundo programa de auxílio financeiro (EUR 130 mil mn). Em Junho e Julho, a partilha de perdas do sector privado (PSI) e a necessidade de acautelar um eventual “trigger” no mercado de Credit Default Swaps (CDS) permaneceram temas centrais nas diversas cimeiras realizadas no período. Em Agosto e Setembro, os níveis de aversão ao risco atingem máximos do ano e o contágio intensifica-se a Espanha e Itália, materializando as profundas divergências identificadas no seio da União Europeia. O bloco “core” (Alemanha, França, Áustria e Holanda), permanecia defensor da austeridade e de um maior compromisso dos estados membros, contrariamente às economias da periferia europeia, que defendiam um alargamento da capacidade efectiva dos vários mecanismos europeus e a introdução das “eurobonds” como forma de financiar os estados membros com maiores desequilíbrios orçamentais. O papel interventivo do Banco Central Europeu no mercado secundário de obrigações permaneceu igualmente um tema fracturante. Na cimeira de 23-26 de Outubro fica acordado um “haircut” de 50% da dívida pública grega e a alavancagem do FEEF para uma capacidade de EUR 1.000 mil mn. O processo de alavancagem seria concretizado através da prestação de garantias à emissão de dívida pública por parte dos estados membros e, paralelamente, pela criação de um fundo de capital público e privado que centralizaria investimentos de terceiros. Igualmente em Outubro, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) estima necessidades de recapitalização da banca na ordem dos EUR 106 mil mn e define um “target” de core tier I de 9% a ser atingido até Junho de 2012. No Conselho Europeu de 8 e 9 de Dezembro foi antecipada a introdução do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira para Julho de 2012 e é negociado um novo acordo intergovernamental visando uma maior consolidação fiscal entre os diferentes estados membros da União Europeia. Ficou igualmente prevista a introdução de limites legais/constitucionais obrigando a uma maior disciplina orçamental e penalizações automáticas numa situação de derrapagem do défice. Em termos de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) subiu a sua taxa de juro de referência de 1% para 1,50% entre Abril e Julho, atendendo à intensificação de pressões inflacionistas, nomeadamente decorrentes da subida das “commodities” nos mercados internacionais. Em Setembro, o BCE, em coordenação com os principais bancos centrais mundiais, providencia crédito em dólares junto de diversas instituições financeiras europeias, após rumores quanto a restrições de financiamento por parte, nomeadamente, de bancos franceses. Entre Novembro e Dezembro, já após a saída de Jean Claude Trichet da presidência do Banco Central Europeu, Mário Draghi recolocou a taxa de juro de referência em 1% (duas descidas de 25 bps) num período marcado por fortes restrições de liquidez no sistema financeiro europeu. De forma a evitar um segundo “credit crunch”, o BCE renovou ainda um conjunto de facilidades de liquidez junto da banca europeia e retomou o programa de aquisição de dívida colateralizada (“covered bonds”). Em Dezembro, o BCE anuncia o lançamento de duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO a 36 meses) destinadas a colmatar as dificuldades de liquidez do sistema financeiro europeu. O primeiro leilão, realizado a 21 de Dezembro, registou uma procura agregada de EUR 489 mil mn. Dada a impossibilidade estatutária de financiar estados soberanos na Zona Euro, a injecção de liquidez providenciada pelo BCE assemelhou-se em termos de resultados imediatos a um programa de “quantitative easing”, assistindo-se desde então a sinais tranquilizadores de alguma estabilização no mercado de taxa fixa europeu. A antecipação da entrada em vigor do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) para Julho de 2012 e comentários quanto à possível flexibilização das exigências de capital avançadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) esteve na origem do forte apetite pelo risco evidenciado nos primeiros meses de 2012.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 8

    Nos Estados Unidos, o arrefecimento económico presenciado no segundo e terceiro trimestres ditou um crescimento anual modesto de 1,8%. No mercado imobiliário, a construção de novas casas e a venda de casas existentes assistiram a uma aparente estabilização, muito embora permanecendo a mínimos históricos do pós-crise financeira de 2008. A criação de postos de trabalho e os pedidos semanais de subsídio de desemprego apresentaram sinais progressivos de recuperação, o que permitiu que a taxa de desemprego recuasse para 8,7% no último trimestre de 2011, ainda assim distante dos níveis de pleno emprego (5%) verificados antes da crise. Em Junho, finaliza o segundo programa de “quantitative easing” implementado pelo FED e em Agosto, a entidade monetária norte americana compromete-se a manter a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 0% e 0,25% até meados de 2013. Em Setembro, o FED apresenta ainda a “operação twist”, um programa orçado em USD 400 mil mn através do qual a Reserva Federal se propõe a comprar dívida pública com maturidades mais longas (6-10 anos) pela venda de dívida pública de maturidades mais curtas (até 3 anos). Segundo as estimativas de crescimento económico do FMI para 2012, a economia global deverá arrefecer para 3,3%, reflectindo uma desaceleração de ambos os blocos emergente (+5,4%) e industrializado (+1,2%). Entre países desenvolvidos, os Estados Unidos deverão crescer 1,8%, enquanto que a Zona Euro (+1,5%) deverá regressar a território recessivo, penalizada pelas medidas de austeridade introduzidas na periferia e pela incerteza induzida pela crise europeia. O Japão deverá avançar 1,7% e o Reino Unido deverá apresentar um crescimento ligeiro de 0,6%. A China deverá crescer 8,2% em 2012, seguida pela Índia (+7,0%), Rússia (+3,3%) e Brasil (+3,0%). A actividade económica deverá continuar crescer de forma moderada em 2012, na medida em que os agregados consumo privado e investimento público continuarão fortemente condicionados pela necessidade de recomposição de poupanças das famílias e de correcção dos défices orçamentais excessivos. O ciclo de “deleverage” financeiro e de reequilíbrio dos balanços dos agentes económicos nas economias ocidentais demorará anos a concluir e provocará fortes constrangimentos ao crescimento económico das principais economias mundiais. Segundo o FMI, a escalada de riscos financeiros e a redução das perspectivas dos agentes económicos é consistente com uma desaceleração do crescimento económico global mas não com um cenário de colapso. Este cenário base assume, no entanto, que os legisladores e políticos europeus endereçarão os esforços necessários para estancar o agravamento da crise financeira europeia de forma a garantir uma estabilização dos custos de financiamento (“yields”) em 2012 e uma normalização progressiva a partir de 2013. O FMI alerta que apesar do desempenho acima do esperado por parte do consumidor norte-americano na recta final do ano, a recente redução da taxa de poupança poderá não ser sustentável, pondo em risco a resiliência apresentada nos indicadores mais recentes de procura interna. Na Europa, os riscos de “downside” intensificaram-se nos últimos meses reflexo da agudização da crise financeira e do efeito contágio junto do sistema financeiro. O aumento de tensões de natureza geopolítica (como o movimento “Primavera Árabe” no inicio de 2011), a saída de fluxos dos mercados emergentes, a menor procura externa e a depreciação moedas dos países em vias de desenvolvimento face ao dólar, conforme se assistiu no segundo semestre de 2011, poderão potenciar um cenário de “hard landing” das economias emergentes. O FMI antecipa ainda um arrefecimento das pressões inflacionistas à escala global e uma estabilização ou redução do preço das “commodities” nos mercados internacionais.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 9

    1.2. Economia Portuguesa

    Num cenário de agudização da crise da dívida soberana na Zona Euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o inevitável processo de ajustamento aos profundos desequilíbrios macroeconómicos, substancialmente agravados ao longo da última década. Estes desequilíbrios, responsáveis por necessidades de financiamento externo persistentes, vinham pondo em causa a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas e, mais recentemente, a capacidade de financiamento da República nos mercados financeiros internacionais. Em Abril, o Estado português solicitou assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia (EUR 78 mil mn), a que se seguiu a formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF). O Governo português comprometeu-se por esta via a adoptar medidas de ajustamento e de rigor orçamental, medidas estas com um impacto marcadamente recessivo no curto prazo.

    A economia portuguesa terá recuado 1,6% em 2011, de acordo com as estimativas mais recentes do Banco de Portugal publicadas no seu Boletim Económico de Inverno. Este fraco desempenho ter-se-á ficado a dever à evolução negativa da Procura Interna (-5,2%), reflexo da significativa desalavancagem das famílias, das empresas e do sector público, na sequência das medidas impostas pelo actual Programa de Assistência Económica e Financeira, um ajustamento determinante para garantir o restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos básicos, a redução das necessidades crónicas de financiamento externo e a abertura dos mercados financeiros internacionais. Atendendo ao elevado nível de endividamento externo, a redução da procura interna necessária para assegurar as condições de solvabilidade da economia portuguesa assume uma dimensão sem precedentes.

    Neste sentido, o Banco de Portugal estima que o consumo privado tenha recuado 3,6% em 2011, em particular decorrente da quebra do consumo de bens duradouros, depois de um período prolongado de crescimento acima do registado pelo PIB. De forma idêntica, o Consumo Público (-3,2%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (-11,2%) apresentaram quedas substantivas ao longo do ano de 2011, não se antecipando uma alteração material desta tendência ao longo dos anos de 2012 e 2013. A evolução favorável da procura externa (Exportações +7,3% e Importações -4,3%) voltou mitigar a queda agregada do produto interno bruto. A procura externa permanecerá, no entanto, dependente da evolução macroeconómica dos principais parceiros europeus e de novos desenvolvimentos em torno da crise financeira da Zona Euro. Portugal, Previsões Banco de PortugalAgregados Macroeconómicos, Indicadores Económicos e Financeiros(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

    2012 2013

    PIB 1,3 -1,6 -3,1 0,3

    Consumo Privado 1,8 -3,6 -6,0 -1,8Consumo Público 3,2 -3,2 -2,9 -1,4FBCF -5,0 -11,2 -12,8 -1,8Procura interna 0,5 -5,2 -6,5 -1,5Exportações de Bens e Serviços 9,0 7,3 4,1 5,8Importações de Bens e Serviços 5,0 -4,3 -6,3 0,7

    Conta Corrente em % do PIB -8,8 -6,8 -1,6 0,8

    Indíce de Preços no Consumidor (IHPC) 1,4 3,6 3,2 1,0

    (1) Banco de Portugal: Boletim Económico, Inverno de 2011.

    ProjecçõesIndicadores (1) 2010 2011

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 10

    Neste contexto, o Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 3,1% em 2012 e que registe um crescimento marginal de 0,3% em 2013. No que diz respeito à Procura Interna, a sua evolução em 2012 e 2013, -6,5% e -1,5% respectivamente, deverá continuar condicionada pela deterioração das condições no mercado de trabalho (taxa de desemprego deverá avançar dos actuais 14%), pela redução do rendimento disponível das famílias e pela implementação de medidas contraccionistas impostas pelo Memorando de Entendimento celebrado com a “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional). De acordo com as projecções avançadas no Boletim de Inverno do Banco de Portugal, o Consumo Privado deverá recuar 6% em 2012 e 1,8% em 2013. Da mesma forma, o Consumo Público (-2,9% em 2012 e -1,4% em 2013) e a Formação Bruta do Capital Fixo (Investimento com quedas de -12,8% e -1,8%) deverão continuar a registar quedas expressivas. Em termos de Procura Externa, o Banco de Portugal estima que as Exportações continuem a evoluir de forma favorável (+4,1% em 2012 e +5,8% em 2013) enquanto que as Importações deverão voltar a recuar em 2012 (-6,3%) e praticamente estagnar ao longo de 2013 (+0,7%). Estes registos permitirão que as necessidades de financiamento da economia portuguesa, representadas pelo saldo das balanças corrente e de capital, recuem de -6,8% em percentagem do PIB em 2011 para +0,8% em percentagem do PIB em 2013. No que diz respeito à Inflação, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor terá subido 3,6% em 2011 (1,4% em 2010), traduzindo fundamentalmente o impacto dos aumentos do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), dos preços de alguns bens e serviços sujeitos a regulação, bem como, à própria subida do preço do petróleo e dos principais produtos energéticos. De acordo com o Banco de Portugal, o aumento da inflação em 2011 deverá ter assumido um carácter temporário, podendo registar-se já em 2012 uma descida para próximo dos 3,2%, reflexo da acentuada quebra expectável em termos de Consumo Privado e na Procura Interna em geral. No que toca à evolução das Finanças Públicas, o défice orçamental em 2011 ter-se-á situado nos 4% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo dos 5,4% inicialmente previstos. No entanto, sem a transferência de parte dos fundos de pensões do sector bancário para a Segurança Social, o défice teria ficado nos 7,5% do PIB. O défice orçamental previsto para 2012, de acordo com o Orçamento de Estado 2012, é de 4,5% (EUR 7.645 mn), um objectivo que deverá ser atingido pela implementação de um conjunto de medidas de contenção orçamental, assentes primeiramente no alargamento da base tributável dos diversos impostos, no reforço significativo do combate à fraude e evasão fiscais, no incremento do recurso às novas tecnologias de informação no procedimento tributário e, finalmente, na consolidação de um quadro fiscal propício à competitividade e ao investimento. No conjunto de medidas do lado da Receita com impacto em 2012, é de salientar a passagem de um conjunto de bens e serviços que estavam sujeitos a taxa reduzida ou intermédia para a taxa normal do IVA, incluindo o efeito remanescente do aumento do IVA sobre a electricidade e o gás a partir de 1 de Outubro de 2011, a que acresce a introdução de portagens nas SCUTs e o aumento das taxas moderadoras na saúde. O OE2012 contempla ainda um aumento da tributação directa sobre as famílias e as empresas, nomeadamente através da redução ou eliminação de benefícios fiscais e o agravamento da tributação dos rendimentos empresariais. Do lado da Despesa, é de realçar o efeito expressivo do corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos, trabalhadores do sector empresarial do Estado e pensionistas.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 11

    Refira-se que nos últimos meses, em linha com orientações da “troika”, o Governo português privatizou o capital detido na EDP e na REN, estando igualmente previstas para 2012 as privatizações das posições detidas na Galp, TAP, ANA, CP Carga e CTT. O Governo tem por meta um encaixe total estimado de EUR 5,5 mil mn até 2014, sendo que 60% dos quais terão sido já garantidos pelas vendas entretanto consumadas. Em termos de Dívida Pública, a Dívida do Estado terá, de acordo com o Banco de Portugal, encerrado o ano de 2011 nos 107,2% do PIB, o que compara com os 93,4% registados em 2010.

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    2. Mercados Financeiros Em 2011, os mercados financeiros internacionais apresentaram-se de forma geral voláteis, condicionados pela incerteza em torno da crise das dívidas soberanas na Europa e, posteriormente, pelo arrefecimento económico presenciado à escala global. Os “spreads” de crédito voltaram a alargar e os prémios de risco da dívida pública das economias periféricas da Zona Euro avançaram para máximos históricos, reflectindo a fuga dos investidores rumo a activos de refúgio como a dívida pública das economias “core” (Alemanha, Holanda, Suécia, Suíça, Estados Unidos), os metais preciosos e o dólar norte-americano. As principais divisas dos mercados emergentes sofreram o pior “drawdown” desde o início do “rally” em Março de 2009. Os primeiros seis meses do ano foram positivos para a generalidade dos mercados bolsistas, isto apesar de dois períodos de marcada aversão ao risco, primeiramente no mês de Março, aquando do terramoto de Fukushima no Japão, e, posteriormente, nos meses de Maio e Junho, atendendo à degradação dos indicadores macroeconómicos no bloco industrializado e receios diversos quanto a um “hard landing” do bloco emergente. O arranque de ano havia sido igualmente pautado por um período de forte turbulência no bloco em vias de desenvolvimento. Os movimentos da “Primavera Árabe”, no Norte de África e Médio Oriente, coincidiram com um repatriamento significativo de fluxos financeiros investidos nos mercados emergentes. O corte de diversas cadeias de fornecimento provenientes do Japão resultou de igual forma numa redução das expectativas de crescimento económico a nível global. O PIB nos Estados Unidos avançou uns ténues 0,4% no primeiro trimestre do ano e 1,3% no segundo trimestre. No segundo semestre, dúvidas quanto à sustentabilidade da recuperação económica, nomeadamente no bloco industrializado, pressionaram as “yields” das economias “core” da Zona Euro e dos Estados Unidos para níveis mínimos desde o deflagrar da crise. Os Estados Unidos perderam o rating de crédito “AAA” junto da S&P e a possível materialização de um cenário de “double dip” foi amplificada pela indefinição em torno da situação grega e pelo contágio da crise financeira europeia a outras geografias (Espanha, Itália). Na recta final do ano de 2011, assistiram-se a tranquilizadores sinais de estabilização nos principais indicadores macroeconómicos norte americanos. A criação de postos de trabalho superou sucessivamente as expectativas dos agentes económicos, os indicadores de confiança dos consumidores regressaram a máximos do ano e as empresas permaneciam com níveis recorde de “cash” nos seus balanços e margens operacionais a máximos do actual ciclo económico. Os indicadores de actividade económica (ISM) avançaram igualmente para território de expansão e o PIB relativo ao 4º trimestre do ano cresceu a uma taxa anualizada de 2,8%, ao ritmo mais elevado do ano. Na Zona Euro, o PIB relativo ao quarto trimestre do ano revelou uma contracção em cadeia de 0,3%, revelador de uma desaceleração significativa no sector industrial e nos serviços, onde a solidez do sistema financeiro permanecia intimamente ligada com os desenvolvimentos em torno da crise europeia.

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    2.1. Mercado Cambial No mercado cambial, depois de um início de ano positivo, o Euro depreciou-se face às principais divisas penalizado pela intensificação da crise financeira europeia em meados do ano e por sinais de desconfiança quanto à sobrevivência do projecto da moeda única. A forte apreciação do CHF face ao EUR obrigou mesmo em Setembro à intervenção do Banco da Suíça, que fixou um “floor” nos 1,20 CHF por EUR, depois de testada a paridade em meados de Agosto. As vendas massivas de activos denominados em euros e o posterior contágio a outras geografias (Espanha, Itália, Bélgica) obrigaram o Banco Central Europeu a aceitar um papel mais interventivo no sentido de estabilizar os preços e travar a escalada dos custos de financiamento de Estados e empresas. As linhas de crédito reatadas por parte do BCE, conjuntamente com as duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO) entretanto anunciadas, contribuíram na recta final de Dezembro para os primeiros sinais de alguma estabilização no mercado de taxa fixa. No último ano, o Euro perdeu 3,2% face ao Dólar norte-americano, encerrando o cotar nos USD 1,2961, e depreciou cerca de 8,1% para o Iene japonês, encerrando a transaccionar nos JPY 99,66. Face à libra esterlina, o Euro perdeu 2,8% fechando a última sessão de Dezembro a cotar nos GBP 0,833. As «commodity currencies» – coroa norueguesa, dólar canadiano, dólar australiano – penalizadas por um arrefecimento dos preços das matérias-primas – apresentaram perdas anuais face ao Dólar norte-americano – Dólar canadiano (-2,3%), Dólar australiano (-0,2%), Dólar neo-zelandês (-0,4%).

    EVOLUÇÃO DO EUROBase100=31.12.2010

    75,00

    80,00

    85,00

    90,00

    95,00

    100,00

    105,00

    110,00

    115,00

    120,00

    Dez-

    10

    Fev-

    11

    Abr

    -11

    Jun-

    11

    Ago

    -11

    Out-1

    1

    Dez

    -11

    USD GBP CHF JPY

    A expectativa quanto a um arrefecimento das economias emergentes ao longo do segundo semestre de 2011 condicionou o desempenho da generalidade das divisas locais. O real brasileiro, o peso chileno e o peso mexicano registaram desvalorizações face ao Dólar de, respectivamente 11%, 9,9% e 11,5%. O renminbi chinês foi das poucas moedas emergentes a registar valorizações face ao dólar em 2011, apreciando cerca de 4,8% para 6,30 CNY por USD.

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    2.2. Mercado de «Commodities»

    O mercado de “commodities” apresentou um desempenho negativo ao longo do ano de 2011 com o índice TR Jefferies CRB a desvalorizar 8,3%. O arrefecimento das economias emergentes e as piores perspectivas de crescimento económico global penalizaram o sentimento junto dos diversos segmentos do mercado de “mercadorias”, isto apesar da heterogeneidade apresentada ao nível dos diferentes constituintes. A redução das expectativas dos agentes económicos quanto à evolução da inflação, que terá atingido um pico no decorrer dos meses de Verão, conferiu igualmente uma envolvente desfavorável para o desempenho da classe. O ouro, com uma valorização de 10,2%, e o crude, com ganhos de 8,2% em Nova Iorque e de 12,2% em Londres, constituíram as principais excepções à regra. Nos metais preciosos, uma referência para as perdas registadas pela prata (-9,8%) e platina (-21%), enquanto que entre os metais de base (industriais) uma nota para as quedas significativas apresentadas pelo alumínio (-18,2%), cobre (-20,8%) e níquel (-24,4%). À imagem dos demais activos de risco, as “commodities” apresentaram um desempenho muito correlacionado com a evolução do mercado accionista. No segmento de “commodities” agrícolas, uma referência para as fortes desvalorizações registadas pelo cacau (-31,6%), pelo açúcar (-27,5%), pelo trigo (-17,8%) e pela soja (-14%%). O milho destacou-se pela positiva valorizando 2,8% no ano. A dimensão das quedas presenciadas nas “commodities” agrícolas surge indelevelmente associada ao arrefecimento de pressões inflacionistas no mundo emergente, na medida em que os bens alimentares assumem nestas geografias uma proporção relativamente elevada do cabaz do consumidor.

    2.3. Mercado Obrigacionista

    No mercado obrigacionista, o contágio da crise financeira europeia a novas geografias, nomeadamente com a escalada das “yields” espanholas e italianas presenciadas em meados do ano de 2011, teve por consequência um agravamento material dos prémios de risco, forçando a uma maior intervenção do Banco Central Europeu no sentido de estabilizar os mercados secundários de taxa fixa. Desta forma, o balanço do Banco Central Europeu expandiu-se em EUR 800 mil mn no decorrer dos últimos seis meses do ano, atingindo os EUR 2,73 tn (USD 3,55 tn) e superando o balanço da Reserva Federal norte americana (USD 2,9 tn). O papel mais intervencionista do Banco Central Europeu e a possível alteração de mandato, atendendo à agudização da crise financeira europeia, foi ao longo do ano tema fracturante entre as economias “core” e as economias da periferia europeia. Em 2011, o Banco Central Europeu providenciou liquidez ao sector financeiro quer por via da reintrodução de instrumentos e linhas de financiamento de curto prazo, quer pelo alargamento do leque de colaterais utilizáveis para desconto junto da instituição monetária, quer mesmo, já na recta final de Dezembro, pelo lançamento do primeiro de dois leilões a 36 meses (LTRO) com o objectivo claro de estabilização do mercado de taxa fixa e de cobertura das necessidades de refinanciamento do sistema financeiro europeu que se avolumavam nos primeiros meses do novo ano de 2012. As economias do bloco “core” europeu (Alemanha, França, Holanda, Suécia, Finlândia) continuaram a beneficiar de custos de financiamento historicamente baixos, reflectindo a crescente procura por activos de refúgio, em particular no período de maior aversão ao risco iniciado em finais de Julho.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 15

    YIELD CURVE EUROPEIA

    0,000%

    0,500%

    1,000%

    1,500%

    2,000%

    2,500%

    3,000%

    3,500%

    4,000%

    4,500%

    5,000%

    3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos

    31-Dez-11

    31-Dez-10

    Em termos de política monetária, o BCE subiu a sua taxa de juro de referência de 1% para 1,50% entre Abril e Julho, atendendo à intensificação de pressões inflacionistas, nomeadamente decorrentes da subida das “commodities” nos mercados internacionais. Este movimento de “tightening” monetário viria no entanto a ser invertido em Novembro e Dezembro, já após a saída de Jean Claude Trichet da presidência do Banco Central Europeu. Mário Draghi recolocou a taxa de juro de referência em 1% (duas descidas de 25 bps) num período marcado por fortes restrições de liquidez no sistema financeiro europeu. O mercado de dívida pública norte-americana seguiu igualmente suportado pela manutenção da taxa de referência da Reserva Federal no intervalo entre 0% e 0,25% e do compromisso de Ben Bernanke em manter a sua política monetária ultra-acomodatícia até meados de 2013. A ausência de medidas de longo prazo promovendo uma sustentabilidade das finanças públicas norte americanas e a difícil gestão de interesses entre republicanos e democratas na negociação do tecto da dívida pública estiveram na origem de diversos comentários negativos por parte das principais agências de “rating”. O arrefecimento económico presenciado no segundo semestre do ano manteve as “yields” dos “Treasuries” (10 anos) abaixo dos 2%, mesmo atendendo à perda histórica do rating “AAA” junto da Standard & Poor’s em Agosto de 2011. Na Zona Euro, a taxas do mercado interbancário apresentaram dois períodos distintos, um primeiro de subida, interrompido em finais de Outubro, e outro de forte descida, iniciado em Novembro, coincidindo com a redução de taxas por parte do Banco Central Europeu e com a apresentação de diversas medidas de injecção de liquidez no mercado. As Euribor a 3, a 6 e a 12 meses encerraram, respectivamente, em 1,356%, em 1,617% e em 1,947%. Nos Estados Unidos, as Libor a 3, 6 e 12 meses avançaram marginalmente de mínimos do pós-crise financeira, encerrando o ano a cotar nos 0,58%, 0,81% e 1,13% respectivamente.

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    YIELD CURVE NORTE-AMERICANA

    0,000%

    0,500%

    1,000%

    1,500%

    2,000%

    2,500%

    3,000%

    3,500%

    4,000%

    4,500%

    5,000%

    3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos

    31-Dez-10

    31-Dez-11

    Nos Estados Unidos, a manutenção da taxa de juro de referência do FED no intervalo entre 0% e 0,25%, assim como a expectativa quanto à manutenção de uma política monetária acomodatícia até meados de 2013, favoreceu a estabilidade evidenciada nas maturidades mais curtas. Na segunda metade de 2011, assistiu-se a uma descida acentuada das “yields” intermédias e longas, atendendo à redução de apetite pelo risco evidenciada no período e à forte procura por activos denominados em dólares. Ao longo do ano transacto, o índice de preços no consumidor na Zona Euro evoluiu a uma taxa média de 2,7%, acima do “target” dos 2% do BCE. Esta taxa média reflecte, no entanto, algum arrefecimento no último trimestre de 2011, isto depois da taxa homóloga ter chegado a superar os 3% em meados do ano. Em 2012, não está prevista nenhuma alteração material da política monetária do Banco Central Europeu, uma vez que as pressões inflacionistas deverão continuar contidas pelo arrefecimento económico presenciado à escala global. Em 2011, os “spreads” de crédito, quer nos EUA, quer na Europa, registaram um alargamento importante com epicentro no sector financeiro europeu. As necessidades de recapitalização detectadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), as restrições de liquidez e dificuldades de “funding” num período de agudização de riscos soberanos e o espectro de nova recessão económica na Zona Euro foram factores determinantes na maior percepção de risco incorporada nos mercados financeiros, em particular a partir de meados de Agosto.

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    2.4. Mercado Accionista

    Em 2011, os principais mercados accionistas internacionais apresentaram um desempenho negativo, excepção feita às praças norte americanas que beneficiaram da maior resiliência económica dos EUA e do movimento de “flight to safety” em favor do dólar presenciado nos últimos meses do ano. As revoluções no Norte de África e Médio Oriente (Egipto, Tunísia, Líbia), a crise nuclear em Fukushima no Japão, o pedido de ajuda financeira internacional de Portugal, a perda do rating “AAA” por parte dos EUA e o contágio da crise do Euro para lá do bloco periférico – Espanha, Itália, Bélgica, Áustria – foram alguns dos temas marcantes do ano e que contribuíram para a manutenção de níveis de volatilidade acima de médias históricas. No segundo semestre, as piores perspectivas de crescimento económico global, a agudização da crise financeira europeia e a indefinição em torno do segundo programa de auxilio financeiro à Grécia (EUR 130 mil mn) contribuíram para um renovado período de aversão ao risco que contribuiu decisivamente para as perdas de 7,6% do MSCI World e de 20,4% do MSCI Emerging Markets. Os mercados emergentes foram ainda penalizados pela depreciação das moedas locais face ao dólar norte-americano num período dominado por receios de “hard landing” nas principais economias em vias de desenvolvimento. Na Europa, o abrandamento e posterior queda do PIB registada por algumas das principais economias europeias no último trimestre de 2011 – Alemanha, Itália e Espanha -, reacendia o espectro de recessão económica no velho continente pondo em risco as projecções de resultados descontadas pela comunidade de analistas para o meio empresarial. Com margens operacionais próximas de máximos do actual ciclo económico e níveis de “cash” historicamente elevados em balanço, as empresas europeias continuaram a transaccionar a desconto face às congéneres norte-americanas. Nos Estados Unidos, depois do arrefecimento pronunciado em meados do ano surgiram os primeiros sinais de estabilização dos indicadores de actividade económica, impulsionados pelo efeito de formação de “stocks” e pelo melhor desempenho do que era antecipado por parte do consumidor norte americano, explicado principalmente pela redução da taxa de poupança. No mercado de trabalho, a taxa de desemprego recuou abaixo dos 9% e a criação de postos de trabalho superou sucessivamente as expectativas, contribuindo para a subida pronunciada dos indicadores de confiança dos consumidores. O índice DJ STOXX 600 registou uma desvalorização de 11,3% em 2011. O índice FTSE 100 recuou 5,6% enquanto que o índice DJ Euro STOXX 50 regrediu pelo segundo ano consecutivo, desta feita 17,1% para os 2.316,55 pontos. As principais bolsas asiáticas conheceram desvalorizações superiores às dos mercados industrializados, com destaque para o índice NIKKEI 225 que perdeu 17,3%.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 18

    EVOLUÇÃO DO MERCADO AMERICANO - ÍNDICE DOW JONES INDUSTRIAL

    10.500,00

    10.800,00

    11.100,00

    11.400,00

    11.700,00

    12.000,00

    12.300,00

    12.600,00

    12.900,00D

    ez-1

    0

    Fev-

    11

    Abr

    -11

    Jun-

    11

    Ago

    -11

    Out

    -11

    Dez

    -11

    Na Europa, os sectores financeiro (-32,5%), recursos básicos (-30,1%) e automóvel (-24,1%) lideraram as perdas no Eurostoxx 600, com os investidores apreensivos quanto à evolução dos segmentos mais cíclicos num cenário de deterioração da envolvente macroeconómica. A exposição aos emergentes, contrariamente ao que havia sucedido em 2010, foi igualmente penalizada, atendendo aos receios quanto a um arrefecimento brusco da procura dirigida a estas economias. De forma inversa, os sectores mais defensivos contrariaram a tendência de depreciação das bolsas europeias, em particular os sectores farmacêutico (+11,9%) e de bebidas e alimentação (+5,4%). O sector petrolífero seguiu pouco alterado apurando uma valorização de 1,4% ao longo de 2011. No caso dos Estados Unidos, depois de um período de forte redução de custos, as empresas continuaram a apresentar resultados robustos ao longo do ano de 2011, muito embora evidenciando uma desaceleração progressiva em termos homólogos. Para o total das empresas que compõem o S&P 500, os lucros anuais terão crescido 12,7% em 2011, sendo projectado novo crescimento de 7% ao longo do exercício de 2012. Relativamente às vendas, depois de um crescimento de 9% para 2011 é estimado um avanço de 3% em 2012, o que reflecte uma tendência de algum arrefecimento, numa fase do ciclo económico onde as margens operacionais das empresas não financeiras seguem em muitos casos a máximos históricos. As valorizações relativas das acções estão em conformidade com médias históricas. Em 2011, a resiliência apresentada a nível dos resultados das empresas será escrutinada de perto pelos investidores, numa envolvente macroeconómica desafiante e onde se perspectiva um abrandamento significativo da actividade económica à escala global. Face à ausência de munições por parte dos Bancos Centrais a nível da política monetária, a expectativa dos mercados continuará centrada na apresentação de medidas não convencionais – “quantitative easing” III por parte do FED ou novos programas de refinanciamento de longo prazo (LTRO) por parte do BCE. Referência também para a realização de eleições na Grécia, França, Alemanha e Estados Unidos.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 19

    EVOLUÇÃO DO MERCADO EUROPEU - ÍNDICE DJ STOXX 50

    2.000,00

    2.100,00

    2.200,00

    2.300,00

    2.400,00

    2.500,00

    2.600,00

    2.700,00

    2.800,00

    2.900,00

    Dez

    -10

    Jan-

    11

    Fev-

    11

    Mar

    -11

    Abr

    -11

    Mai

    -11

    Jun-

    11

    Jul-1

    1

    Ago

    -11

    Set-1

    1

    Out

    -11

    Nov

    -11

    Dez

    -11

    EVOLUÇÃO DO MERCADO PORTUGUÊS - ÍNDICE PSI 20

    4.500,00

    4.900,00

    5.300,00

    5.700,00

    6.100,00

    6.500,00

    6.900,00

    7.300,00

    7.700,00

    8.100,00

    8.500,00

    Dez

    -10

    Jan-

    11

    Fev-

    11

    Mar

    -11

    Abr

    -11

    Mai

    -11

    Jun-

    11

    Jul-

    11

    Ago

    -11

    Set-1

    1

    Out

    -11

    Nov

    -11

    Dez

    -11

    O primeiro semestre de 2011 foi caracterizado por baixos níveis de volatilidade, excepção feita à queda sincronizada das principais bolsas mundiais em Março, aquando do terramoto e crise nuclear no Japão. A partir de Julho, o agravamento da crise da dívida soberana no espaço europeu e, no período de Verão, os receios generalizados quanto a um arrefecimento da actividade económica no bloco industrializado, conduziram a um aumento substantivo dos níveis de aversão ao risco por parte dos investidores. O índice VIX (que mede a volatilidade implícita às opções transaccionadas na Chicago Board Options Exchange) avançou em Agosto para 48% tendo-se mantido particularmente elevado até início de Outubro. Desde aí até final do ano, os níveis de aversão ao risco normalizaram, e o VIX recuou para próximo dos 20%.

  • CA Gest • Fundos sob Gestão • RELATÓRIOS E CONTAS 2011 20

    Num ano marcado pela formalização do pedido de auxilio financeiro internacional ao FEEF, o índice PSI 20 encerrou o ano com uma desvalorização de 27,6% condicionado pela maior aversão ao risco Portugal e pela escalada dos custos de financiamento da República nos mercados internacionais. A introdução de medidas de austeridade e de consolidação das finanças públicas penalizaram as já débeis expectativas de crescimento económico em Portugal. Neste particular, o sector financeiro liderou as perdas – BCP (-74,8%), BPI (-61,8%) e BES (-53,1%) – encerrando o ano a cotar a mínimos históricos.

  • CA GEST Fundos de Investimento Mobiliário • RELATÓRIO E CONTAS 2011 21

    RELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOS FUNDOS SOB GESTÃO

  • Fundo Especial de Investimento

    CA RENDIMENTO FIXO IV Registado na CMVM sob o nº 1338

  • RELATÓRIO DE ACTIVIDADE

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido, com subscrições e resgates com periodicidade mensal, tem uma duração aproximada de dois anos a contar da data da respectiva constituição e liquidará no dia 25.Julho.2013, data em que será apurado o valor de liquidação, sendo o correspondente valor da Unidade de Participação divulgado no dia útil seguinte. O fundo procederá ao pagamento aos participantes no dia 29.Julho.2013. A constituição do Fundo foi autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 15.Julho.2011 e o iniciou a sua actividade em 25.Julho.2011.

    EVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO O Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV” registava no final de 2011 um activo líquido de € 16 milhões. A variação do activo líquido, face à data de lançamento resulta unicamente da das alterações no valor de mercado dos activos que constituem a carteira deste fundo fechado de capital garantido.

    Milhões de Euros

    16, 0

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    Dez 11

    POLÍTICA DE INVESTIMENTOS O Fundo adopta uma política de investimentos que:

    a) Garante, na data de liquidação do Fundo um valor de reembolso de €10 (dez) por cada Unidade de Participação, apenas exigível naquela data;

    b) Proporciona rendimentos periódicos líquidos correspondentes à aplicação ao valor base

    da Unidade de Participação (€10) da taxa anual fixada na data de constituição do Fundo e divulgada no dia útil seguinte em todos os locais de comercialização do Fundo e no site da CMVM.

    c) Proporciona um rendimento adicional na data de liquidação do Fundo, correspondente à

    aplicação ao valor base da Unidade de Participação (€10) da taxa fixada na data de constituição do Fundo e divulgada no dia útil seguinte em todos os locais de comercialização do Fundo e no site da CMVM.

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • Para garantir estes objectivos o Fundo investirá em duas Obrigações do Tesouro emitidas pelo Estado Português, em duas emissões obrigacionistas emitidas pelo Estado Espanhol e em uma emissão obrigacionista emitida pelo Estado Italiano. Estas emissões de dívida, exclusivamente Soberana, constituirão a carteira do Fundo:

    Aplicações M onetárias (1)

    1, 2%

    ObrigaçõesDiversas98, 8%

    Cotados98, 8%

    Aplicações M onetárias (1)

    1, 2%

    ISIN Nome País MaturidadePTOTEGOE0009 OT 5.45% Set/2013 Portugal 23-09-2013PTOTE1OE0019 OT 4.375% Jun/2014 Portugal 16-06-2014ES00000123D5 Bono Y Oblig del Estado 3.40% Abr/2014 Espanha 30-04-2014ES0000012866 Bono Y Oblig del Estado 4.20% Jul/2013 Espanha 30-07-2013IT0004505076 Buoni Polienalli del Tesoro 3.50% Jun/2014 Itália 01-06-2014

    No dia útil anterior à data de liquidação do Fundo, os títulos serão vendidos pelo seu valor nominal à Caixa Central - Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo , CRL que se compromete a adquiri-los por esse valor ao Fundo CA Rendimento Fixo IV. Assim, pela natureza dos compromissos formais assumidos entre o Fundo Especial de Investimento Aberto de Capital Garantido CA Rendimento Fixo IV e a Caixa Central – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL para a recompra dos títulos que perfazem a totalidade da carteira, o capital inicial do Fundo que corresponde ao valor de €10 por Unidade de participação é garantido aos participantes na data de liquidação. O Fundo poderá deter Depósitos a Prazo. ESTRUTURA DA CARTEIRA EM 31.Dez.2011 Classes de Activos Mercados

    (1) Aplicações monetárias deduzidas das operações a regularizar

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • RENTABILIDADE LÍQUIDA EFECTIVA EM 31.Dez.2011 Em virtude de o fundo ter sido constituído em 25.Julho.2011 não são apresentadas rentabilidades anualizadas. As rendibilidades líquidas efectivas abaixo indicadas foram calculadas com base no valor da Unidade de Participação apurada no último dia do ano. Desde o

    Lançamento

    Rentabilidade 6,72%

    Risco (1)

    Classe de Risco

    Escalão de Risco(1) Desvio padrão das rentabilidades semanais

    As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das Unidades de Participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco

    mínimo) e 6 (risco máximo). O valor da Unidade de Participação pode variar em função do valor dos activos que compõem a carteira do fundo. As taxas de rentabilidade apresentadas não incluem eventuais comissões de subscrição ou

    de resgate. O prospecto simplificado, o prospecto completo e os relatórios e contas anuais e semestrais encontram-se disponíveis na

    sede da sociedade gestora, em todos os balcões das entidades colocadoras e dos seus agentes e serão enviados aos participantes que o solicitem, sem quaisquer encargos.

    Lisboa, 8 de Março de 2012 O Conselho de Administração Mário Dúlio de Oliveira Negrão Sérgio Manuel Arsénio Alves Contreiras Eduardo Augusto Pombo Martins Sérgio Manuel Raposo Frade João Gante Gonçalves João Manuel Aleixo Barata Lima

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • Unidade: Euros

    ACTIVO PASSIVO

    CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010

    BRUTO Mv. mv/P Líquido Líquido

    CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO FUNDO

    61 Unidades de Participação 15.000.000 -

    21 Obrigações 14.783.596 848.396 (7.172) 15.624.820 - 62 Variações Patrimoniais - -

    64 Resultados Transitados - -

    65 Resultados Distribuídos - -

    66 Resultados Líquidos do Exercício 1.007.946 -

    TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS 14.783.596 848.396 (7.172) 15.624.820 - TOTAL DO CAPITAL DO FUNDO 16.007.946 -

    TERCEIROS PROVISÕES ACUMULADAS

    413+…+418 Contas de Devedores 19.972 - - 19.972 - 481 Provisões para Riscos e Encargos - -

    TOTAL DOS VALORES A RECEBER 19.972 - - 19.972 - TOTAL PROVISÕES ACUMULADAS - -

    DISPONIBILIDADES TERCEIROS

    12 Depósitos à Ordem 1.504 - - 1.504 - 421 Resgates a pagar a Participantes - -

    13 Depósitos a Prazo e com Pré-aviso 217.000 - - 217.000 - 423 Comissões a Pagar 53.083 -

    424+…+429 Outras Contas de Credores - -

    TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 218.504 - - 218.504 - TOTAL DOS VALORES A PAGAR 53.083 -

    ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

    51 Acréscimos de Proveitos 197.733 - - 197.733 - 55 Acréscimos de Custos - -

    52 Despesas com Custo Diferido - - - - - 56 Receitas com Proveito Diferido - -

    58 Outros Acréscimos e Diferimentos - - - - - 58 Outros Acréscimos e Diferimentos - -

    59 Contas Transitórias Activas - - - - - 59 Contas Transitórias Passivas - -

    TOTAL DE ACRESC. E DIFERIM. ACTIVOS 197.733 - - 197.733 - TOTAL DE ACRESC. E DIFERIM. PASSIVOS - -

    TOTAL DO ACTIVO 15.219.805 848.396 (7.172) 16.061.029 - TOTAL DO CAPITAL E PASSIVO 16.061.029 -

    1.500.000 - 10,6720 -

    Abreviaturas: Mv - Mais valias / mv - menos valias / P - Provisões

    Lisboa, 8 de Março de 2012

    BALANÇO

    Número total de Unidades de Participação em circulação Valor Unitário da Unidade de Participação

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido - CA Rendimento Fixo IV

  • Unidade: Euros

    CUSTOS E PERDAS PERÍODO PROVEITOS E GANHOS PERÍODO

    CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2011 31-12-2010

    CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES

    JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS:

    712 Da carteira de Títulos - - 812+813 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 276.639 -

    811+814+817+818 Outros, de Operações Correntes 535 -

    COMISSÕES

    722+723 Da carteira de Títulos e Outros Activos - - RENDIMENTO DE TÍTULOS

    724+...+728 Outras, de operações Correntes 53.083 - 822+...+824/5 Da Carteira de Títulos e Outros Activos - -

    729 De oprações extrapatrimoniais - - 828 De Outras Operações Correntes - -

    829 De Operações Extrapatrimoniais - -

    PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

    732+733 Da carteira de Títulos e Outros Activos 7.172 - GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

    731+738 Outras, de operações Correntes - - 832+833 Na Carteira de Títulos e Outros Activos 848.396 -

    739 Em operações Extrapatrimoniais - - 831+838 Outros, em Operações Correntes - -

    839 Em Operações Extrapatrimoniais - -

    IMPOSTOS

    7411+7421 Impostos sobre o Rendimento 57.369 -

    7412+7422 Impostos Indirectos - - REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES

    851 Provisões para Encargos - -

    PROVISÕES DO EXERCÍCIO

    751 Provisões para Encargos - - OUTROS PROV. E GANHOS CORRENTES - -

    77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES - - TOTAL DOS GANHOS E PROVEITOS CORRENTES (B) 1.125.570 -

    TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 117.624 -

    PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS

    CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS 883 Ganhos imputáveis a Exercícios Anteriores - -

    782 Perdas Extraordinárias - - 888 Outros Proveitos e Ganhos Eventuais - -

    783 Perdas Imputáveis a Exercicíos Anteriores - -

    788 Outros Custos e Perdas Eventuais - -

    TOTAL DE CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) - -

    TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) - -

    66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 1.007.946 -

    TOTAL 1.125.570 - TOTAL 1.125.570 -

    8x2/3/4/5-7x2/3 Resultados da Carteira de Títulos e Outros Activos 1.117.863 - D-C Resultados Eventuais - -

    8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais - - B+D-A-C+74 Resultados Antes de Imposto s/ o Rendimento 1.065.315 -

    B-A Resultados Correntes 1.007.946 - B+D-A-C Resultados Líquidos do Período 1.007.946 -

    Lisboa, 8 de Março de 2012

    DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido - CA Rendimento Fixo IV

  • DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXAUnidade: Euros

    DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 31-12-2011 31-12-2010

    OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO

    RECEBIMENTOS:Subscrição de unidades de participação 15.000.000 15.000.000 - -

    PAGAMENTOS:Resgates de Unidades de Participação - -

    Rendimentos pagos aos participantes - - - -

    Fluxo das operações sobre as unidades do fundo 15.000.000 -

    OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS

    RECEBIMENTOS:Venda de Títulos - -Reembolso de Títulos - -Resgates de unidades de participação - -Rendimento de Títulos - -Juros e proveitos similares recebidos 217.398 -Outros recebimentos relacionados com a carteira - 217.398 - -

    PAGAMENTOS:Compra de Títulos 14.783.596 -Subscrições de unidades de participação - -Juros e custos similares pagos 215.590 -Taxas de bolsa suportadas - -Taxas de corretagem - -Outras taxas e comissões - -Outros pagamentos relacionados com a carteira - 14.999.186 - -

    Fluxo das operações da carteira de títulos (14.781.788) -

    OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS

    RECEBIMENTOS:Juros e proveitos similares recebidos - -Recebimentos em operações sobre cotações - -Margem inicial em contratos de futuros - -Outros recebimentos op. a prazo e de divisas - - - -

    PAGAMENTOS:Juros e proveitos similares pagos - -Pagamentos em operações sobre cotações - -Margem inicial em contratos de futuros - -Comissões em contratos de futuros - -Outros recebimentos op. a prazo e de divisas - - - -

    Fluxo das operações a prazo e de divisas - -

    OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE

    RECEBIMENTOS:Juros de depósitos bancários 297 -Juros de certificados de depósito - -Outros recebimentos correntes - 297 - -

    PAGAMENTOS:Comissão de gestão - -Comissão de depósito - -Impostos e taxas - -Outros pagamentos correntes 5 5 - -

    Fluxo das operações da gestão corrente 292 -

    OPERAÇÕES EVENTUAIS

    RECEBIMENTOS:Ganhos extraordinários - -Ganhos imputáveis a exercícios anteriores - -Outros recebimentos de operações eventuais - - - -

    PAGAMENTOS:Perdas extraordinários - -Perdass imputáveis a exercícios anteriores - -Outros pagamentos de operações eventuais - - - -

    Fluxo das operações eventuais - -

    Saldo dos fluxos monetários do período...(A) 218.504 -Efeitos das diferenças de Câmbio...........(B) - -Disponibilidades no início do período.......(C) - -Disponibilidades no fim do período..........(D)=(C)+(B)+(A) 218.504 -

    Lisboa, 8 de Março de 2012

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido - CA Rendimento Fixo IV

  • ANEXO O Fundo denomina-se Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido CA Rendimento Fixo IV (o Fundo), e constitui-se de harmonia com o Decreto-lei 252/2003, de 17. Outubro.2003, e Regulamento CMVM nº 15/2003, com as alterações introduzidas pelo Regulamento CMVM nº 7/2007. O Fundo constitui-se como Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido. O Fundo CA Rendimento Fixo IV é um instrumento financeiro complexo. O Fundo tem uma duração aproximada de dois anos a contar da data da respectiva constituição e liquidará no dia 25.Julho.2013, data em que será apurado o valor de liquidação, sendo o correspondente valor da unidade de participação divulgado no dia útil seguinte. O fundo procederá ao pagamento aos participantes no dia 29.Julho.2013. A constituição do Fundo foi autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 15.de Julho.2011 com o número 1338 e o Fundo iniciou a sua actividade em 25.Julho.2011. A contabilidade do Fundo obedece ao Plano Contabilístico dos Organismos de Investimento Colectivo, em conformidade com o Regulamento da CMVM n.º 16/2003 e as notas que se seguem encontram-se organizadas obedecem à referenciação apresentada em anexo àquele Regulamento. Os números omissos dizem respeito a notas não aplicáveis. Salvo menção em contrário, os valores encontram-se expressos em Euros. 1. VALOR DA UP E DO FUNDO NOS ÚLTIMOS 6 MESES EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 Durante o exercício de 2011, os movimentos nas rubricas do capital do Fundo apresentaram o seguinte detalhe:

    Descrição No Início Subscrições Resgates Distribuição Resultados

    Outros Resultado do

    Período No Fim

    Valor base - 15.000.000 - - - - 15.000.000

    Dif. para Valor base - - - - - - -

    Resultados transitados - - - - - - -

    Resultados distribuídos - - - - - - -

    Resultados do período - - - - - 1.007.946 1.007.946

    SOMA - 15.000.000 - - - 1.007.946 16.007.946

    N.º de U.P. - 1.500.000 - - - 1.500.000

    Valor da U.P: - 10,0000 - - - 10,6720

    NÚMERO DE PARTICIPANTES POR ESCALÃO EM 31.DEZEMBRO.2011 Em 31.Dezembro.2011 o número de participantes no Fundo apresentava o seguinte detalhe por escalão de unidades de participação em carteira:

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • Escalões N.º de Participantes

    UPs ≥25% - 10% ≤ UPs < 25% - 5% ≤ UPs < 10% - 2% ≤ UPs < 5% 2 0.5% ≤ UPs < 2% 32 UPs < 0.5% 577

    Total de Participantes 611

    EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO NOS ÚLTIMOS TRÊS EXERCÍCIOS

    Anos VLGF Valor da UP Nº UP’s em Circulação

    2011

    Setembro 15.740.113 10,4934 1.500.000

    Dezembro 16.007.946 10,6720 1.500.000

    2 . VOLUME DE TRANSACÇÕES DO EXERCÍCIO TRANSACÇÕES DE VALORES MOBILIÁRIOS EM 2011 Durante o exercício de 2011, foram efectuadas transacções de valores mobiliários e que apresentaram o seguinte detalhe:

    Compras (1) Vendas (2) Total (1) + (2)

    Bolsa Fora de Bolsa (*) Bolsa Fora de Bolsa Bolsa Fora de Bolsa

    Títulos de Divída Pública - 14.783.596 - - - 14.783.596

    SUBSCRIÇÕES E RESGATES

    Movimentos Valor Comissões Cobradas

    Subscrições 15.000.000 105.000

    Resgates - -

    3 . INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS O inventário da carteira de títulos do Fundo em 30.Dezembro.2011 apresentava o seguinte detalhe:

    DESIGNAÇÃO DOS TÍTULOS VALOR

    NOMINAL DIVISA

    VALOR DE AQUISIÇÃO

    COTAÇÃO MAIS

    VALIAS MENOS VALIAS

    JUROS CORRIDOS

    VALOR TOTAL

    1. Valores Mobiliários Cotados

    1.3. Mercado de Cotações Oficiais de Bolsa de Valores Portuguesa

    1.1.1. Títulos de Divída Pública 4.446.710 667.011 - 100.359 5.214.079

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • OT 4.375% 16/06/14. 4.050.000 EUR 2.774.291 80,4000 481.910 - 75.247 3.331.447

    OT 5.45% 23/09/13. 2.170.000 EUR 1.672.419 85,6000 185.101 - 25.112 1.882.632

    1.3. Mercado de Cotações Oficiais de Estado Membro da U.E.

    1.3.1. Títulos de Divída Pública 10.336.886 181.386 (7.172) 97.247 10.608.347

    BTPS 2.25% 01/11/13 2.980.000 EUR 2.827.722 95,4700 17.284 - 8.793 2.853.799

    BTPS 3.50% 01/06/14 3.114.000 EUR 3.004.428 96,2510 - (7.172) 7.147 3.004.403

    SPGB 3.4% 30/04/14 3.790.000 EUR 3.640.295 99,8900 145.536 - 69.007 3.854.838

    SPGB 4.2% 30/07/13. 870.000 EUR 864.441 101,4950 18.566 - 12.300 895.306

    BTPS 2.25% 01/11/13 2.980.000 EUR 2.827.722 95,4700 17.284 - 8.793 2.853.799

    TOTAL 14.783.596 848.396 (7.172) 197.606 15.822.425

    Durante o exercício de 2011, a liquidez do Fundo apresentou o seguinte movimento:

    Contas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

    Depósitos à Ordem - 15.667.697 (15.666.193) 1.504

    Depósitos a Prazo e c/ Pré-aviso - 667.000 (450.000) 217.000

    4 . CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA Não é estabelecida nenhuma referência de mercado para o desempenho do Fundo, tendo em conta a natureza da sua política de investimentos. Os activos integrantes da carteira do Fundo foram valorizados com base nos critérios nas normas legais em vigor e no prospecto do Fundo, designadamente: Regras de Valorimetria e Cálculo do Valor da UP O Valor da Unidade de Participação é calculado, mensalmente, com referência às 17 horas do último dia de cada mês e determina-se pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação que o integrarem. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram o montante de comissões e encargos suportados até ao momento da valorização da carteira; Estes valores serão divulgados no dia útil seguinte à data de cálculo aos balcões do Crédito Agrícola e no Sistema de Difusão de Informação da CMVM. Na valorização mensal dos activos que integram o património do Fundo, tendo em vista o cálculo do valor da Unidade de Participação a divulgar no dia útil seguinte, os preços aplicáveis e composição da carteira serão determinados às 17 horas do dia a que a valorização respeita. A valorização dos activos que compõem a carteira do Fundo obedece a regras específicas em função da composição estabelecida para o património do Fundo. Contam para efeitos de valorização da unidade de participação as operações sobre valores mobiliários para o Fundo e confirmadas até ao momento de referência dessa data. As subscrições e os resgates serão contabilizados nos dias a que se referem.

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • A valorização dos valores mobiliários admitidos à cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base na última cotação conhecida no momento de referência no Euro MTS (Mercato dei Titoli di Stato). Caso os preços acima referidos se tenham formado há mais de 15 dias ou não sejam considerados representativos, os títulos serão avaliados pelos respectivos valores de compra do Bloomberg Generic (BGN) divulgado até ao momento de referência do dia de valorização ou do dia útil anterior, se a data de valorização corresponder a um dia não útil. Quando a última cotação nos mercados referidos na alínea c) tenha ocorrido há mais de 15 dias e não sejam divulgados valores de compra do Bloomberg Generic (BGN) válidos para a data de valorização , os valores mobiliários são avaliados:

    a) Pelas ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade de obtenção, pelo valor das ofertas de compra difundidas através de entidades especializadas, que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a Entidade Gestora, nos termos dos artigos 20º e 21º do Código de Valores Mobiliários.

    b) Modelos teóricos de avaliação que a Entidade Gestora considere mais apropriados atendendo às características do activo ou instrumento derivado. A avaliação pode ser efectuada por entidade subcontratada.

    Os depósitos bancários serão avaliados com base no reconhecimento diário do juro inerente. 5 . COMPONENTES DO RESULTADO DO FUNDO Estas rubricas têm a seguinte composição:

    PROVEITOS GANHOS DE CAPITAL GANHOS COM CARÁCTER DE

    JURO

    Natureza Mais Valias Potenciais

    Mais Valias Efectivas

    Soma Juros

    Vencidos Juros

    Decorridos

    RENDIMENTO DE TÍTULOS

    Soma

    OPERAÇÕES "À VISTA" Obrigações 848.396 - 848.396 27.235 249.404 - 276.639 Depósitos - - - 372 163 - 535

    CUSTOS PERDAS DE CAPITAL JUROS E COMISSÕES SUPORTADAS

    Natureza Menos Valias

    Potenciais Menos Valias

    Efectivas Soma

    Juros Vencidos e Comissões

    Juros decorridos

    Soma

    OPERAÇÕES "À VISTA" Obrigações 7.172 - 7.172 - - -

    COMISSÕES

    De Gestão - - - 46.027 - 46.027 De Depósito - - - 6.575 - 6.575

    9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO Em 31.Dezembro.2011, os impostos suportados pelo Fundo apresentam a seguinte composição:

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • Outros

    Imposto Sobre

    Rendimento

    Imposto Sobre

    Mais Valias

    Imposto Sobre Juros

    Vencidos

    Imposto Sobre Juros

    Não Vencidos Total

    Imposto S/Rendimento

    Obrigações - - - 5.455 51.799 57.254 Depósitos - - - 80 35 115

    TOTAL - - - 5.535 51.834 57.369

    11 . EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL O Fundo apresentava em 31.Dezembro.2011 activos e passivos expressos em Euros ou em moedas com paridade fixa irrevogável face ao Euro, exclusivamente. 12. EXPOSIÇÃO AO RISCO DE TAXA DE JURO O Fundo não efectuou quaisquer operações de cobertura de taxa de juro durante o exercício de 2011. O Fundo apresenta a seguinte exposição a risco de taxa de juro fixa, em 31.Dezembro.2011:

    Montante Extra-Patrimoniais (B) Saldo

    Maturidades Em Carteira (A+B)

    (A) FRA Swaps (IRS) Futuros Opções

    De 1 a 3 anos 15.822.425 - - - - 15.822.425

    15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO Durante o exercício de 2011, os custos imputados ao Fundo apresentavam os seguintes valores:

    Custos Imputados Valor % VLGF (*)

    Comissão de Gestão 46.027 0,67% Comissão de Depósito 6.575 0,10% Custos de Transacção - 0,00% Taxa de Supervisão 480 0,01% Custos de Auditoria - 0,00%

    TOTAL 53.083 0,77%

    TAXA GLOBAL DE CUSTOS (TGC) 53.083 0,77%

    (*) % sobre a média do VLGF em 2011 (taxa anualizada correspondente à média apurada com base nos valores globais líquidos de 25 de Julho de 2011 a 31 de Dezembro de 2011)

    A Comissão de Gestão processada corresponde a 0,7% do valor do património inicial do Fundo. No final de vida do Fundo será processada um valor adicional até ao limite de 1,4% ( para perfazer um total de 2,1%) , após cálculo para pagamento aos participantes do valor do reembolso do capital de 10 Eur por Unidade de Participação , bem como dos rendimentos anuais e Rendimento adicional da data de liquidação do Fundo garantidos, assim como de todos os encargos do Fundo.

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • O Fundo terá como Depositário a Caixa Central, que auferirá uma comissão de 0,10% ao ano, calculada nas datas de valorização sobre a seguinte base de incidência: Eur 10 X Número de Unidades de Participação em circulação do Fundo A Comissão de Depositário será cobrada nas datas de distribuição de rendimentos.

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido “CA Rendimento Fixo IV”

  • RREELLAATTÓÓRRIIOO DDEE AAUUDDIITTOORRIIAA Introdução 1. Nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 8º do Código dos Valores

    Mobiliários (CVM) e do nº 1 do artigo 43º e do nº 2 do artigo 67º do Decreto-Lei 252/03, de 17 de Outubro, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, do Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido CA RENDIMENTO FIXO IV, gerido pela entidade gestora “Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.”, incluída no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 16.061.029 euros e um total de capital do fundo de 16.007.946 euros, incluindo um resultado líquido de 1.007.946 euros), na Demonstração dos Resultados e na Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e nos correspondentes Anexos.

    Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da entidade gestora “Crédito

    Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.”:

    a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Fundo, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

    b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

    c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados, atentas as especificidades dos Fundos de Investimento Mobiliário;

    d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

    e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.

    3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

    documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

    Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as

    Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu:

    - a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua

  • preparação;

    - a verificação do adequado cumprimento do Regulamento de Gestão do fundo;

    - a verificação da adequada avaliação dos valores do fundo (em especial no que se refere a valores não cotados em mercado regulamentado e a derivados negociados fora de mercado regulamentado);

    - a verificação do cumprimento dos critérios de avaliação definidos nos documentos constitutivos;

    - a verificação da realização das operações sobre valores cotados, mas realizadas fora de mercado nos termos e condições previstos na lei e respectiva regulamentação;

    - a verificação do registo e controlo dos movimentos de subscrição e resgate das unidades de participação do fundo;

    - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

    - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e

    - a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

    5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação

    financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

    6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão

    da nossa opinião.

    Opinião 7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima

    apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido CA Rendimento Fixo IV, gerido pela entidade gestora “Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.”, em 31 de Dezembro de 2011, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para os fundos de investimento mobiliário, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

    8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

    Porto, 15 de Março de 2012

    Carlos Teixeira, Noé Gomes & Associado, SROC, Lda. (inscrita na CMVM sob o n.º 4681)

    Representada por Noé Gonçalves Gomes (ROC n.º 498)

    Fundo Especial de Investimento Fechado de Capital Garantido CA RENDIMENTO FIXO IV – Relatório de Auditoria – Exercício 2011 Pág. 2

    RelrtDEZ11.pdf Classes de Activos Taxas de Juro RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO

    RelrrDEZ11.pdfClasses de Activos Taxa de Juro Emitentes Mercados RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO

    RelreDEZ11.pdfRELATÓRIO DE ACTIVIDADE Classes de Activos Emitentes Mercados Moedas RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RelrgDEZ11.pdfRELATÓRIO DE ACTIVIDADE EVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO SALDO LÍQUIDO DAS SUBSCRIÇÕES E RESGATES RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 1 . VALOR DA UP E DO FUNDO EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 11. EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL 12 . EXPOSIÇÃO AO RISCO DE TAXA DE JURO 13 . EXPOSIÇÃO AO RISCO DE COTAÇÕES 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RELRConsDEZ11.pdf RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 1 . VALOR DA UP E DO FUNDO EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 11 . EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL 13 . EXPOSIÇÃO AO RISCO DE COTAÇÕES 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RelrpaDEZ11.pdfEVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO SALDO LÍQUIDO DAS SUBSCRIÇÕES E RESGATES Classes de Activos RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 1 . VALOR DA UP E DO FUNDO EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 13 . EXPOSIÇÃO AO RISCO DE COTAÇÕES 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RELEURIIDEZ11.pdfEVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 RESULTADOS DISTRIBUÍDOS ATÉ 31.12.2011 EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 Contam para efeitos de valorização da unidade de participação as operações sobre valores mobiliários e instrumentos derivados transaccionadas para o Fundo e confirmadas até ao momento de referência dessa data. As subscrições e os resgates serão contabilizados nas respectivas datas. A valorização dos valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados admitidos à cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base na última cotação conhecida no momento de referência. Não havendo cotação do dia em que se esteja a proceder à valorização, ou não podendo a mesma ser utilizada, designadamente por ser considerada não representativa, tomar-se-á em conta a última cotação de fecho conhecida, desde que a mesma se tenha verificado nos 15 dias anteriores ao dia em que se esteja a proceder à valorização. Tratando-se de valores representativos de dívida admitidos à negociação num mercado regulamentado, caso os preços praticados em mercado não sejam considerados representativos, podem ser consideradas para efeito de avaliação, as oferta de compra firmes ou, na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda, com base na informação difundida através de entidades especializadas, que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a Entidade Gestora, nos termos dos artigos 20º e 21º do Código de Valores Mobiliários. Quando a última cotação tenha ocorrido há mais de 15 dias, os valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados são considerados como não cotados para efeitos de valorização. A valorização de valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados não admitidos à cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base nos seguintes critérios: 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RELCASVDEZ11.pdfEVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RELCARCDEZ11.pdfEVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO RENTABILIDADE LÍQUIDA ANUALIZADA EM 31.Dez.2011 RESULTADOS DISTRIBUÍDOS ATÉ 31.12.2011 EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 Contam para efeitos de valorização da unidade de participação as operações sobre valores mobiliários e instrumentos derivados transaccionadas para o Fundo e confirmadas até ao momento de referência dessa data. As subscrições e os resgates serão contabilizados nos dias a que se referem; A valorização dos valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados admitidos à cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base na última cotação conhecida no momento de referência; não havendo cotação do dia em que se esteja a proceder à valorização, ou não podendo a mesma ser utilizada, designadamente por ser considerada não representativa, tomar-se-á em conta a última cotação de fecho conhecida, desde que a mesma se tenha verificado nos 15 dias anteriores ao dia em que se esteja a proceder à valorização; Tratando-se de valores representativos de dívida admitidos à negociação num mercado regulamentado, caso os preços praticados em mercado não sejam considerados representativos, poder ser consideradas para efeito de avaliação, as oferta de compra firmes ou, na impossibilidade de obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda, com base na informação difundida através de entidades especializadas, que não se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a Entidade Gestora, nos termos dos artigos 20º e 21º do Código de Valores Mobiliários; Quando a última cotação tenha ocorrido há mais de 15 dias, os valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados são considerados como não cotados para efeitos de valorização e sua valorização será feita com base nos seguintes critérios: 9 . IMPOSTOS SUPORTADOS PELO FUNDO 15 . CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO

    RELCARFDEZ11.pdfEVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO RESULTADOS DISTRIBUÍDOS ATÉ 31.12.2011 EVOLUÇÃO DO VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO EM 2011 Contam para efeitos de valorização da unidade de participação as operações sobre valores mobiliários e instrumentos derivados transaccionadas para o Fundo e confirmadas até ao momento de referência dessa data. As subscrições e os resgates serão contabilizados nos dias a que se referem; Contam para efeitos de valorização da unidade de participação as operações sobre valores mobiliários para o Fundo e confirmadas até ao momento de referência dessa data. As subscrições e os resgates serão contabilizados nos dias a que se referem; A valorização dos valores mobiliários admitidos à cotação ou negociação em mercados regulamentados será feita com base na última cotação conhecida no momento de referência no Euro MTS (Mercato dei Titoli di Stato); Caso os preços acima referidos se tenham formado há mais de 15 dias ou não sejam considerados representativos, os títulos serão avaliados pelos respectivos valores de compra do Bloomberg Generic (BGN) divulgado até ao momento de referência do dia de valorização ou do dia útil anterior, se a data de valorização corresponder a um dia não útil; Quando a última cotação nos mercados referidos na alínea c) tenha ocorrido há mais de 15 dias e não sejam divulgados valores de compra do Bloom