futurologia aponta as mudanças para o mundo do trabalhofecomercio-rs.org.br/wp-content/uploads/2018/09/bs-161-1.pdf · tablets e computadores, preocupa principais autoridades ambientais

futurologia aponta as mudanças para o mundo do trabalho

SERVIÇOSBENS

Setembro-2018 / número 161

Revista da Federação do Comércio de Bens e de

Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

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sumário

Revista Bens & Serviços / 161 / Setembro-2018

Especial tendências O que é a futurologia e o que ela aponta sobre os próximos anos do trabalho e das empresas

Entrevista camilla junqueiraa diretora-geral da endeavor Brasil fala sobre como melhorar o ambiente de negócios no país

saúde setemBrO amarelO no mês da prevenção ao suicídio, veja como empresas podem ajudar no problema

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18 10

[ 12 ] NegóciosrecOrrência / com receita sustentável, modelos de negócios recorrentes atraem

cada vez mais empreendedores, aponta estudo

[ 14 ] sesc recOnhecimentO / mais uma vez entre as melhores empresas para trabalhar no

Brasil, sesc-rs celebra prêmios entregues pela Great Place to Work

[ 21 ] info+PreOcuPaçãO crescente / descarte irregular de lixo eletrônico, como celulares,

tablets e computadores, preocupa principais autoridades ambientais pelo mundo

[ 22 ] senac9ª ediçãO / Feira de Projetos e mostra de inovação apresentou soluções inovadoras

para as empresas do comércio de bens, serviços e turismo no Barrashoppingsul

[ 36 ] sindicatodeFensOres da saúde Ocular / sindióptica atua na formulação de leis que

regem e protegem tanto o consumidor quanto o varejo comprometido com a saúde

PRODUÇÃO E EXECUÇÃO: temática Publicações

EDiÇÃO: Fernanda reche (mtb 9474)

ChEfE DE REPORtagEm: laura schenkel

REPORtagEm: cláudia Boff, diego castro, laís albuquerque, laura schenkel, ludmila cafarate e micheli aguiar

COlabORaÇÃO: diego rodrigues, Flávio Obino Filho, nathália lemes e rafael Pandolfo

EDiÇÃO DE aRtE: eduardo mello

REvisÃO: Flávio dotti cesa

imagEm DE CaPa: ©istock.com/Xijian

Publicação mensal do sistema Fecomércio-rs Federação do comércio de Bens e de serviços do estado do rio Grande do sul

avenida alberto Bins, 665 – 11º andar – centro – Porto alegre /rs – Brasil / ceP 90030-142Fone: (51) 3284-2184 – Fax: (51) 3286-5677

www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

assEssORia DE COmUniCaÇÃO: aline Guterres, camila Barth, caroline santos, catiúcia ruas, Fagner alves, Fernanda romagnoli, liziane de castro, luana Penteado e simone Barañano

COORDEnaÇÃO EDitORial: simone Barañano

[ 05 ] Palavra do Presidente [ 06 ] Notícias & Negócios

[ 17 ] Especialista responde

[ 25 ] Pelo mundo

[ 30 ] #Pausa

[ 31 ] Visão Trabalhista [ 32 ] Em Trâmite [ 33 ] Visão Tributária [ 34 ] saiba mais [ 38 ] Dicas do mês

PALAVRA DO PRESIDENTE

Luiz Carlos Bohn

Presidente do Sistema

Fecomércio-RS/Sesc/Senac

5Revista Bens & Serviços / 161 / Setembro-2018

Há alguns anos, a palavra futurologia era usada de forma negativa, como algo que não podia ser calculado ainda, um palpite sem fundamento. Entretanto, existe uma ciência com esse nome e profissionais voltados a estudar e antecipar as transformações pelas quais passaremos nos próximos 5, 10 ou 50 anos.

A tecnologia é um dos principais motores dessas mudanças, e muitos trabalhos serão re-alizados por máquinas. Nos próximos dez anos haverá uma redução de quase dois terços nos quadros de funcionários em indústrias, e a situação se estenderá aos demais setores econômicos. Na reportagem especial, leia mais previsões para as empresas e do mercado de trabalho a partir das inovações tecnológicas.

Por falar em futuro, as eleições, que def inirão os próximos anos do Estado e do país, têm o primeiro turno no próximo mês. Neste ano, o Giro pelo Rio Grande circula pelo Estado com o ciclo de debates intitulado A importância do seu voto. O pleito eleitoral é o centro das conversas, para levantar os principais assuntos que dizem respeito à qualidade de vida da sociedade gaúcha e que merecem atenção e cobrança de posicionamento por parte dos eleitores em relação aos candidatos.

É inegável que o sucesso das empresas depende de um melhor ambiente de negócios. Na entrevista desta edição, a diretora-geral da Endeavor Brasil, Camilla Junqueira, fala sobre as mudanças necessárias no poder público para tornar o empreendedor brasileiro mais com-petitivo, facilitando os processos de abertura, regularização e fechamento das empresas e a simplif icação tributária, entre outros.

HFutuRO A CuRtO, mÉdiO E lONGO PRAzOs

JuliANA mOsCOFiAN/FECOmÉRCiO-Rs

NOTÍCIAS E NEGÓCIOS


TRÊS PERGUNTAS

Mirian Goldenberg é antropó-loga, pesquisadora e professo-ra titular na Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem mais de 10 livros publica-dos sobre velhice, felicidade e sexualidade, entre outros.

Por que a pressão social para ser feliz gera infelicidade?A felicidade é uma construção, uma satisfação com a nossa vida e com as coisas que constru-ímos. Quando olhamos para o que falta, não vemos o que temos. Percebo nas minhas pes-quisas que a felicidade está nas coisas simples do cotidiano: um sorriso, um abraço e um ca-rinho. Não é dinheiro ou fama – aliás, as pes-soas famosas costumam ser muito infelizes.

Como ser mais feliz ao envelhecer?O mais importante é saber que são poucas as coisas, as qualidades e as pessoas com as quais nos sentimos realmente felizes. Devemos nos cercar do que nos alegra. Simplicidade, felici-dade e liberdade são a tríade da alegria.

Os homens envelhecem melhor? As pessoas valorizam no homem o que ele conquista – prestígio, sucesso, poder e dinhei-ro. Ninguém fala das rugas, do corpo ou dos cabelos brancos deles como falam de uma mu-lher. É mito que o homem envelhece melhor. Não é isso que encontro nas minhas pesquisas. Eles morrem mais cedo, têm mais problemas de saúde, se cuidam menos e adquirem vícios como a bebida quando envelhecem.

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novas lojas devem ser abertas no país neste ano. De acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o

saldo entre aberturas e fechamentos de comércios com vínculo empregatício teve incremento de 2.252 pontos de venda entre janeiro e junho. São Paulo e Santa Catarina se destacam regionalmente, com pre-visão de 2.468 e 852 novas lojas em 2018, enquanto

o Rio Grande terá 50 novos empreendimentos.

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5NOvAS REGRAS GERAm imPASSES NAS NEGOCiAçõES COlETivAS

Devido a mudanças na Consolidação das leis do Trabalho (ClT), temas como redução do intervalo intrajornada, o local de homologação da rescisão e cláusulas relacio-nadas ao custeio sindical se mostraram recorrentes nas negociações coletivas 2018 após o fim da contribuição obrigatória. isso é o que indica o levantamento realizado pelo Departamento intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Sistema Me-diador do Ministério do Trabalho. Os impasses gerados em torno da Reforma Trabalhista provocaram queda de 39,6% nos acordos coletivos do primeiro semestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior.

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ENERGiA dEvE fiCAR mAiS CARA ATé NOvEmbRO

Embora tenha chovido mais em agosto, o volume de água armazenado nas hidrelé-tricas está abaixo do esperado desde fe-vereiro. isso desfavorece o desempenho para a geração de energia. Conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essa condição pode determinar a manutenção da bandeira vermelha na ta-rifa de energia até novembro. Dependerá da quantidade de chuva para que o órgão estabeleça se o valor desembolsado pe-los consumidores permanecerá em alta. A definição da bandeira segue a metodologia elaborada em uma norma, a partir da ava-liação mensal dos reservatórios, seguida de análise da Aneel. Em situações de baixa reserva, a ONS precisa acionar as usinas térmicas para garantir o abastecimento. Na região Sul, pode-se chegar ao limite in-ferior de 15% ou 16% de participação das térmicas no sistema.

CRiAdA A CâmARA dE CONCiliAçãOPara resolver conflitos de forma pacífica, a Comissão de Com-bate à informalidade da Fecomércio-RS fechou parceria com a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE-RS). O acordo possibilitou a criação da Câmara de Conciliação, que atua extrajudicialmente para buscar entendimentos entre a popu-lação. Entre os temas trabalhados estão pendências por conta da vizinhança, acidentes de trânsito, danos morais, dívidas e outros problemas legais. O objetivo é encontrar soluções mais rápidas em questões que judicialmente poderiam levar anos para se resolver, sem gastos com burocracias. A ação conta com mediação, acom-panhada por um defensor público habilitado. Os acordos podem conter parcelamentos, abatimentos, descontos, prazos, carências e trocas, entre outras soluções. As partes recebem um documento com força de sentença e assinatura do profissional responsável.

de brasileiros estão desempregados. Conforme o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE), a taxa de subutilização da força do

trabalho estava em 24,6% em junho deste ano. O número de gaúchos

sem trabalho corresponde a 8,3% do total do país no

segundo trimestre.

27,6milhões

©iSTOCk.COM/kATARzyNA BiAlASiEwiCz

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CONSUlTA PúbliCA SObRE ACESSO A miCROCRédiTO

O Banco Central (BC) promove, até 14 de setembro, consulta pública para simplificar os requisitos técnicos para concessão de microcrédito e ampliar o uso de tecnolo-gias de informação e comunicação no Pro-grama Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). As propostas pre-veem atualização da renda bruta anual do público-alvo, de R$ 120 mil para R$ 200 mil; aumento do valor máximo da operação, de R$ 15 mil para R$ 21 mil, e atualização do limite para o saldo devedor do cliente, de R$ 40 mil para R$ 90 mil. Outras sugestões são a exclusão das operações de microcré-dito voltadas para financiamento do con-sumo; flexibilização da metodologia, com acompanhamento presencial do tomador; inclusão de f intechs e agentes de crédito jurídicos e possibilidade de recepção e de encaminhamento de proposta de cartão pré-pago por entidades subcontratadas por instituições financeiras. A consulta está dis-ponível no site do BC.

CRESCEm COmPRAS COm bOlETOS NO e-commerce

A emissão de boletos pela internet está democratizando o acesso de mais consumidores ao meio digital. De acor-do com o Comitê de Facilitadores da Associação de Ges-tão de Pagamentos Eletrônicos (Pagos), a nova forma de pagamento é uma maneira de possibilitar que quem não tem cartão de crédito ou contas bancárias possa pagar por suas compras. Pelo menos 75% dos sites de compras brasileiros já oferecem a opção, informa o Sebrae. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indicam ainda que mais de 10 milhões de boletos são pagos por dia, ou 3,7 bilhões por ano. Por outro lado, o documento não se adaptou ainda à tela dos smarthphones, que são responsáveis por 41% da comercialização online.

©iSTOCk.COM/ChAGiN

. da energia elétrica gerada no Brasil em junho (160.381 megawatts) corresponde a fontes renováveis. O Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico, divulgado recentemente pelo Ministério de Minas e

Energia, também indica que essa capacidade alcançada representa 81,9% da produção total verif icada no país.

87,8%

https://www3.bcb.gov.br/audpub/DetalharAudienciaPage?2

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TENdÊNCiASESTôNiA CONSTRói UmA SOCiEdAdE diGiTAl EfiCiENTElocalizada à beira do Mar Báltico, no nor-deste da Europa, a Estônia tem se des-tacado pela forma como administra seus serviços públicos. Com 1,3 milhão de ha-bitantes, o pequeno país possui apenas três serviços que exigem a presença física de um cidadão em uma instituição do go-verno: casamento, divórcio e transferên-cia de imóvel. Os demais podem ser fei-tos com o uso de uma assinatura digital. A maioria da população (98,2%) possui RG digital, com um chip que lhes garante acesso a mais 500 de serviços do governo. Entre 2006 e 2016, segundo o presidente na época, Toomas hendrik ilves, a digitalização dos serviços públicos reduziu a burocracia e deixou os cidadãos mais felizes. O governo poupou 2% do Produto interno Bruto (PiB) do país. Atualmente, 88% dos estonianos possuem acesso à rede mundial de computadores e um terço da população vota online. Além disso, é possível abrir uma empresa em 15 minutos.

dE OlhO NOS jUROS

O Monitor de Juros Mensal divulga as

taxas de juros de seis modalidades de crédito

à pessoa jurídica, coletadas pelo Banco

Central junto às maiores instituições financeiras do Brasil. Clique aqui para acessar os dados

de agosto.

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CNPJs estão inadimplentes no Rio Grande do Sul. Conforme pesquisa do Serasa

Experian, em junho havia 12,2 mil pequenos empresários a mais do que em dezembro de 2017. O país contabilizou 5,1 milhões de empreendedores com dívidas nos estados

brasileiros (5,9% delas no RS).

306mil

http://fecomercio-rs.org.br/wp-content/uploads/2018/01/08-29-Monitor-de-Juros-Mensal-Fecom%C3%A9rcio-RS-AGO-2018.pdf

SAÚDE


S etembro Amarelo é uma campanha que almeja conscientizar e alertar a população a respeito do suicídio e suas formas de prevenção – no dia 10, se promove o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Envolto por uma silenciosa dor, o suicídio é ainda considerado tabu, motivo de vergonha ou condenação, preconceito e estigma; um assunto proibido entre a maioria das pessoas. Por conta disso, não é tratado e prevenido de maneira eficaz.

Essa característica, no entanto, parece estar em transformação, como observa Karen Scavacini, coordenadora do Insti

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SuIcíDIo: tAbu A SEr quEbrADo

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SAÚDE


tuto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio: “Aos poucos, vemos que o estigma de falar sobre o assunto tem diminuído. nunca o tema foi tratado tão abertamente. As pessoas estão começando a entender a gravidade da situação e que precisamos fazer algo para mudar isso. Sem dúvida, o Setembro Amarelo ajudou no aumento da consciência pública e, consequentemente, as pessoas falarem mais”. Ela avalia que a série 13 Reasons Why (13 porquês, em tradução livre), que abordou o tema, e recentes notícias sobre suicídios de jovens propiciaram reflexões e contribuíram para que o assunto fosse mais debatido. “Existe um medo em tocar no assunto, mas não falar sobre o problema não faz com que ele desapareça”, reitera.

Isso ocorre porque o suicídio ainda é muito relacionado a covardia, falta de fé, e isso faz com que as pessoas julguem e não ofereçam ajuda. A depressão também não é compreendida. “A partir do momento em que entendermos que o suicídio vem de uma dor existencial profunda e é visto como a única saída por muitas pessoas, podemos começar a mudar essa mentalidade. o estigma influencia na oferta e na procura por ajuda”, explica Karen.

As empresas podem focar em promoção de saúde mental e incluir a prevenção do suicídio como um dos itens. “o Setembro Amarelo é uma forma interessante e ef icaz para falar do assunto. Palestras, campanhas, workshops, conversas, cartazes e capacitações são algumas das ações possíveis”, sugere a psicóloga e psicoterapeuta. “É importante falar sobre o assunto e entender que a prevenção do suicídio é um problema de todos.”

o suicídio é multifatorial e nunca ocorre por causa única ou por culpa de alguém. Estresse, pressão, aposentadoria e ambiente ruim no

no trAbAlho

cuidados que as empresas e as lideranças podem ter para prevenir o suicídio:

As empresas podem focar em promoção de saúde mental e incluir a prevenção do suicídio como um dos itens

É preciso entender como o suicídio ocorre e trabalhar seus próprios preconceitos e julgamentos

É necessário desenvolver uma atitude empática para o outro e não ter medo de perguntar sobre suicídio e oferecer ajuda

A empresa deve apoiar ações como essa e se preparar para encaminhar funcionários que precisem de uma avaliação ou intervenção mais direta

Fonte: Karen Scavacini, coordenadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio

trabalho são alguns fatores que podem influenciar esse ato. “Existem alguns sinais que podemos aprender, mas o mais importante é que na dúvida devemos agir e oferecer ajuda para aquele que precisa”, enfatiza.

InformaçõeS relevanteS

Estimase que o suicídio pode ser evitado em mais de 90% dos casos. Segundo dados da oMS, cerca de 805 mil pessoas cometem suicídio por ano. É também a principal causa de morte entre jovens de 25 a 34 anos. o tema passou a ser tratado como problema de saúde pública em 1990.

Em número de casos a cada 100 mil habitantes, o brasil ocupa a 113ª posição no ranking mundial. uma ocorrência é registrada a cada 45 minutos no país, e o rio grande do Sul é o estado com mais casos por habitantes.

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negócios


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O mercado dos negócios de recorrência promete transformar vários setores da economia, incluindo o varejo. É o modelo adotado por gigantes como Adobe, microsoft e Spotify. As empresas passam a cobrar taxas de clientes cativos para que eles tenham acesso a um bem, serviço ou experiência. Fornece-dores de software, por exemplo, se responsabilizam por toda a estrutura necessária à disponibilização do sistema, e o usuário utiliza o software via internet, pagando um valor por isso. No caso dos clubes de assinatura, deixa-se de lado a venda tradicional de produtos em troca da entrega continuada de kits conforme o gosto do freguês.

Até 2020, segundo estudo da consultoria Gartner, 80% das em-presas de tecnologia estarão operando sob essa lógica. A plata-

OA SeGurANçA doS clieNteS cAtivoS

leiA em 2 miNutoS

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negócios


em vídeo, coNFirA A pAlAvrA

de empreSA do Setor

forma de pagamento online vindi lançou recen-temente o estudo Recorrência: a economia que transformou empresas como Netflix, Slack, Smartfit e Sem Parar, mostrando por que cada vez mais empreendedores se lançam no ramo. As van-tagens são atraentes: é um modelo de receita sustentável, não é preciso ter ponto de venda (trabalha com delivery), há retenção maior de clientela e menos risco de sofrer com as crises. o importante é ter o foco centrado em produto ou serviço de consumo frequente.

“o primeiro motivo no qual investidores olham com mais tranquilidade o investimento em star-tups desse tipo é que elas, na sua maioria, con-seguem se dedicar para crescimento mais rapi-damente e algumas reinvestem agressivamente o acúmulo de receita adquirida. o que faz desse tipo de negócio uma alavanca para aumentar re-ceitas”, constata o ceo da vindi, rodrigo dan-tas. o fundamental para um empresa de caráter recorrente ser atrativa para investidores e em-preendedores é exatamente ter maior previsibili-dade do negócio em si. Além disso, reduz o custo de aquisição: conquistar um cliente novo custa cinco vezes mais do que manter um atual.

o desafio primário é manter a base adquirida. As principais métricas a serem analisadas são o cus-to de aquisição do cliente, o valor do tempo de vida do cliente, a taxa de cancelamento, a taxa de crescimento anual e os faturamentos recorrentes mensal e anual. os clubes de assinatura, por exem-plo, ainda não chegaram a um ponto de maturi-dade. “os primeiros foram bem, comercializando lâminas de barbear, cervejas e vinhos, mas isso ge-rou uma onda e muitos não sobreviveram. você precisa também ter estratégia muito bem monta-da de preço e distribuição”, lembra dantas.

o mais Quitanda é um clube de assinatura de porto Alegre que entrega aos seus assinantes cai-

xas com produtos orgânicos e integrais. os fun-dadores, Alexandre christimann e maira petrini, trabalham com a ajuda de duas cooperativas de pequenos agricultores defensores de um estilo de vida saudável. com dois anos de existência, a bre-ve história da empresa mostra que, em virtude da recorrência, a relação com os assinantes é bem próxima. “os consumidores são mais exigentes e engajados”, conta maira. o negócio, todavia, ainda luta para chegar ao ponto de equilíbrio nas contas. A principal ferramenta de atração de clientes, se-gundo os donos, ainda é o boca a boca.

SAibA mAiS

confira algumas regras e princípios da economia da recorrência:

Simplicidade na adesão e no cancelamento

precif icação baseada em consumo, tabelas ou ranges

Serviços transparentes (sem “contratos leoninos”)

Serviços e produtos as a ser vice (direitos de acesso e não propriedade)

conveniência, comodidade e utilidade

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ais uma vez, o sesc-rs está entre as Melhores empre-sas para Trabalhar no Brasil. a instituição obteve a 31ª colocação no ranking da categoria Grande Porte do prêmio entregue pelo Great Place To Work e pela Época Negócios. o resultado mostrou crescimento de quatro posições em relação ao ano passado. os 150 vencedores (80 grandes, 35 médias nacionais e 35 médias internacionais) foram reconhecidos em13 de agosto, em celebração para 1,5 mil pessoas ocorrida no espaço das américas, em são Paulo.

a 22ª edição do prêmio GPTW Brasil avaliou o índice de confiança dos funcionários com o ambiente de trabalho e as melhores práticas

luGar de felicidadeleia eM 2 MiNuTosmm

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de gestão de pessoas. segundo o diretor regional do sesc-rs, luiz Tadeu Piva, é motivo de imenso orgulho a 31ª colocação no ranking das empresas de grande porte. “o engajamento e o envolvimento de todos são o que nos fez alcançar o resultado, e estamos muito felizes”, comentou o dirigente.

Para a gerente de recursos Humanos do sesc-rs, elizabeth ercolani de carvalho, a sintonia de pro-pósitos entre a instituição e o colaborador é um dos principais fatores de promoção da felicidade no trabalho. “isso é traduzido pelo orgulho que cada colaborador manifesta em trabalhar no sesc e pela maneira com que contribuímos para cons-truir uma sociedade melhor”, diz. além disso, a oportunidade de crescer e se desenvolver como profissional e como pessoa, de contribuir com seu talento para a consecução dos objetivos, o am-biente de camaradagem e respeito são fatores pri-mordiais para a satisfação interna.

como o sesc-rs entrega seus serviços ao cliente por meio de pessoas, a concepção é que não há como prestar um serviço diferenciado se não se investir em equipes diferenciadas. “anualmente realizamos uma pesquisa de satisfação interna, de-senvolvida pelo GPTW. Todos os colaboradores e estagiários são convidados a dar sua opinião de forma espontânea e sigilosa”, relata. os resultados são comparados com as melhores empresas para trabalhar do Brasil e compartilhados com as equi-pes. além disso, a instituição faz reuniões sistemáti-

cas para avaliação de desempenho e realização de planos individuais de desenvolvimento.

o bom ambiente de trabalho se reflete em ín-dices baixos de rotatividade. No segmento de serviços, estudos do Ministério do Trabalho e emprego informam que a média de turnover gira em 40% ao ano. No sesc-rs, em 2017 foi re-gistrado o menor índice de evasão dos últimos dez anos (16%). “o resultado é muito favorável e mostra a assertividade das nossas práticas”, afirma elizabeth. outra forma de desenvolver a parceria e colaboração no ambiente de trabalho dentro da instituição ocorre por intermédio das capacitações. “investimos mais de 42 horas de qualif icação por colaborador em 2017, desenvol-vendo competências técnicas e comportamen-tais”, declara. um dos exemplos dessa iniciativa é o programa sesc atende, que anualmente re-força posturas positivas no trabalho.

a noite de 13 de agosto também trouxe outras premiações para o sesc-rs, que esteve entre os destaques do Prêmio Qualidade rs 2018. confira as distinções conquistadas: Troféu ouro (sesc ca-razinho), Troféu Prata (sesc Bagé, sesc frederico Westphalen, sesc Novo Hamburgo, sesc santa cruz do sul e sesc venâncio aires), Troféu Bron-ze (sesc alegrete, sesc são Borja e sesc são luiz Gonzaga) e Placa exemplaridade do PGQP (sesc camaquã). a entrega oficial do PQrs ocorreu no Teatro do sesi, em Porto alegre.

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Novos aluNos para educação iNfaNtilNa data, as 19 escolas sesc de educação infantil abrem inscrições para ingresso 2019 de novos alunos. os sesquinhos possuem a certi-ficação de Qualidade NBr iso 9001:2008. o edital permanente e o regulamento podem ser acessados aqui.

aldeia sesc Novo Hamburgoa programação inclui teatro, música, cinema, oficinas e até uma feira temá-tica, com entrada franca. as atrações estarão na Praça 20 de setembro (rua eng. ignácio christiano Plangg).

coNsultas oftalmológicasa unidade sesc de saúde Preventiva que atende no sesc Protásio alves (av. Protásio alves, 6.220), na capital, tem consultas oftalmológicas disponíveis. agendamentos em qualquer unidade sesc de Por-to alegre, cachoeirinha, viamão e Gravataí.

circuito sesc de corridasPelotas, Gramado e Torres recebem em setembro etapas do circuito sesc de cor-ridas 2018 nas datas acima, respectivamente. a prova é dividida nas categorias infantil, com distâncias de 1km e 2km, e adulto (a partir dos 16 anos), sendo as distâncias de 3km, 5km e 10km. inscreva-se.

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App do sesc-rs

está no ar o aplicativo do sesc-rs para facilitar o acesso de seus clien-tes aos serviços oferecidos. o sescapp tem como principal funciona-lidade o acesso ao cartão virtual, que pode substituir o cartão sesc/ senac físico. os clientes cadastrados podem conferir notícias, onde ficam as unidades e entrar em contato pelo canal de atendimento fale conosco. o download do sescapp pode ser feito nas lojas de aplicativos para android e ios. Mais informações podem ser obtidas no site.

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https://www.sesc-rs.com.br/educacao/educacao-infantil/

http://www.sesc-rs.com.br/circuitodecorridas

http://www.sesc-rs.com.br/cartaovirtual

Cris Kerr

CEO da CKZ

Consultoria em

Diversidade

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ESPECIALISTA RESPONDE


Como a meritoCraCia impaCta as Corporações?

Divulgação/CKZ

ParticiPe você tem alguma dúvida específica sobre uma área da sua empresa, uma tecnologia que gostaria de

implementar ou quer saber como proceder em uma determinada situação? mande a sua pergunta para esta seção pelo e-mail [email protected] com “especialista responde” no assunto.

Cris Kerr o modelo de hierarquização da meritocracia impacta diretamente nas corpo-rações e seus colaboradores de forma injusta. isso porque as pessoas não têm as mesmas oportunidades em sua trajetória e ainda são avaliadas com os vieses inconscientes.

esses vieses ou preconceitos inconscientes são crenças que acumulamos ao longo da vida baseadas na nossa experiência e cultu-ra, que f icam escondidas no inconsciente e influenciam nossas ações e julgamentos. por isso, temos uma forte tendência a preferir pessoas que são parecidas conosco, e afas-

tar outras que são diferentes. ou seja, não podemos falar de meritocracia se o nosso cérebro atua com as lentes dos preconceitos inconscientes, porém é possível reverter esse processo nas empresas.

o primeiro passo é que todos os líderes façam um treinamento de viés inconsciente para mi-nimizar os impactos dessas crenças. além disso, os profissionais também devem ser avaliados pelo percurso e não apenas pelo resultado fi-nal. Desta forma, podemos migrar para uma cultura mais inclusiva em que a colaboração e as relações humanas sejam valorizadas.

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entrevista [ Camilla Junqueira ]

18revista Bens & serviços / 161 / setembro-2018

FOTOS: DivulgaçãO/EnDEavOr BraSil

Qual é o principal desafio da Endeavor Brasil?

Como uma organização que serve à sociedade, nossos de-saf ios são muito relacionados aos do ecossistema empreen-dedor. E eles vão mudando, conforme o ecossistema muda. antes tinha muito a ver com colocar o empreendedorismo de alto impacto em pauta, mostrar a importância de crescer, de ter um negócio inovador, de sonhar em ser uma referência global. Entendemos que isso tudo já foi cumprido de alguma

COmO aprimOrar O amBiEnTE DE nEgóCiOS

lEia Em 5 minuTOS

Camilla Junqueira assumiu em fevereiro deste ano a direção-geral da Endeavor Brasil, organização global de fomento ao empreendedorismo de alto impacto, presente em 26 países e há 17 anos no Brasil. além de apoiar empresários em seus negócios, a instituição sem fins lucrativos também mobiliza o poder público para reduzir as barreiras que impedem o crescimento dos empreendedores. a profissional é formada em Comunicação Social pela ESpm, trabalhou em agências de publicidade e morou por um ano e meio na Índia, onde aprofundou seu conhecimento no Terceiro Setor e em negócios sociais.

EntrEvistada por: laura SChEnkEl

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revista Bens & serviços / 161 / setembro-2018

forma. O empreendedor brasileiro já surge com essa vontade de fazer um negócio relevante e impactante. agora, o próximo desaf io é que essas empresas possam gerar cada vez mais impacto, sair de uma intenção de fazer algo muito relevante e se tornar relevantes de fato. Ou seja, passar pela fase inicial, conseguir construir uma solução importante para muitas pessoas e lidar com as dif iculdades da escala, do crescimento, que são distintas. nesta etapa, precisamos ajudá-los a atingir patamares cada vez maiores.

Como essa mudança de cenário influencia o foco da organização?

Com a maturidade dos empreendedores e da Endeavor no país, a questão das amarras criadas pelo governo começa a se tornar cada vez mais relevante. para o empresário brasileiro se tornar relevante e referência internacional, precisamos tirar a desvantagem que ele tem de saída: um ambiente de negócios dos mais burocráticos e complexos do mundo. O Brasil está em último lugar em tempo gasto para conseguir lidar com toda a burocracia e conseguir f icar em dia com as suas obrigações: são quase 2 mil horas. O penúltimo lugar é a Bolívia, com 1.025 mil horas, quase a metade do tempo. É uma discrepância absurda. para entrar com mais intensidade nessa pauta, criamos a , com os principais desafios em termos de burocracia. vamos concentrar nossos esforços para atacar esse problema na esfera pública, no intuito de aprimorar políticas para melhorar a vida do empreendedor. não dá para não fazer.

É o único jeito de tirar essa desvantagem que se tem de empreender no Brasil em relação a fazê-lo em qualquer outro país.

o que é necessário para aprimorar o ambiente de negócios no Brasil?

na agenda, apresentamos quatro principais pon-tos necessários para que o empreendedor consiga ser de alto crescimento. um deles é a simplif ica-ção de processos para a abertura, a regularização e o fechamento de empresas. isso é imprescindí-vel. além disso, não podemos deixar de falar em simplif icação tributária. Temos uma alta carga de impostos, mas o maior problema é a complexida-de e a falta de transparência do sistema tributário brasileiro. O empresário não sabe como nave-gar para conseguir f icar em dia com os impostos. a simplif icação dos processos públicos deve con-templar também o acesso a capital, pois o em-presário tem dif iculdade em obter empréstimo e de ter clareza para saber qual é o melhor veículo para acessar. Tudo passa por uma alta burocra-

20revista Bens & serviços / 161 / setembro-2018


cia, alta complexidade e baixa transparência do ecossistema. a questão da propriedade intelec-tual, sobre o tempo de concessão de patentes, completa o emaranhado de problemas que o empreendedor enfrenta para conseguir manter um negócio no Brasil.

aponte comportamentos indispensáveis para quem quer empreender hoje.

Temos um estudo muito interessante que des-taca cinco características de todo empreen-dedor de alto crescimento, inovador, que está resolvendo um problema relevante e tem ca-pacidade de execução para que esse negócio consiga crescer. Ele precisa ser um otimista – se você não é, ainda mais em um país como o Brasil, nem sai de casa. Todo empreendedor para ter a coragem de começar um negócio no Brasil precisa de otimismo. Outra característica é o apetite a riscos. Em negócios de alto cresci-mento, o empresário vai assumir riscos cada vez maiores, pode pegar um empréstimo do valor

da sua casa, de seu carro e de todos os seus bens. a pesquisa apontou também o desejo de protagonismo. Esse empreendedor tem que querer deixar um legado e fazer a diferença no ecossistema em que está inserido. além disso, tem que ter resiliência e saber que não vai dar certo sem ter tropeços e que passará pelas situações mais difíceis.

Quais são os caminhos para termos mais brasileiras na direção de negócios de alto impacto?

não temos nenhum estudo que nos dê respostas para isso, mas há teorias. Se você pega as cinco características, falamos sobre o apetite a riscos. a mulher tem menos essa marca, talvez pela formação ou por questões culturais e estímulos que recebe desde a infância. podemos pensar no assunto por outro prisma, em como estimulamos nossos empreendedores a ter mais mulheres na liderança. Como estimulamos elas a se arriscarem, a serem mais autocon-f iantes. no livro Lean In (Faça acontecer, no título em português), a Sheryl Sandberg, COO do Facebook, diz que para uma mulher se destacar no ambiente de negócios de alto impacto ela precisa ter um parceiro que seja um verdadeiro parceiro. isto é, para conseguir se dedicar mais à vida profissional, ela vai precisa de um companheiro que consegue dividir de forma igualitária as tarefas da casa. não dá para ele trabalhar e ela trabalhar, cuidar dos f ilhos e cuidar da casa. a Sheryl fala muito do papel da educação em casa, de ambos os sexos, para que as mulheres consigam ter mais tempo para o trabalho.

info+ [ lixo eletrônico ]


resíduos que só crescemUm problema ambiental e de saúde pública, o lixo eletrônico já preocupa as principais autoridades

ambientais ao redor do mundo. Há uma falta de conscientização da população sobre o descarte regular – muitos encaram a tarefa como uma ação moral e não como uma responsabilidade social e ambiental

contaminação

Sem a destinação correta, televisores, rádios,

computadores, celulares e diversos outros aparelhos

se transformam em vetores de contaminação do solo.

Esses equipamentos podem liberar materiais

como mercúrio, cádmio, cobre e cromo.

políticas nacionais

Com 53,6% dos domicílios globais com acesso à internet, as legislações e políticas de cada país referentes a lixo eletrônico têm importante pa-

pel em governar as ações dos atores envolvidos no tema. Atualmente, 66% da população mundial está

coberta por leis nacionais de gestão do lixo eletrônico.

dados preocupantes

O relatório Global E-Waste Monitor 2017, lançado pela União Internacional de Telecomuni-cações (UIT), Universidade da ONU e Associação Internacional de Resíduos Sólidos, enfatiza os crescentes volumes de lixo eletrô-nico e seu descarte e tratamento impróprios por meio de queima-das ou lançamento em lixões.

vida curta

A maioria do lixo eletrônico registrado pela ONU é composta por celulares e tablets. Com ciclos de vida cada vez menores, os aparelhos móveis são substituídos, em média, a cada dois anos, com os modelos antigos e seus acessórios sendo jogados fora após a compra de novos.

só 20% é reciclado

Em 2016, foram gerados 44,7 milhões de toneladas

métricas de resíduos eletrônicos, um aumento

de 8% na comparação com 2014. Apenas 20% de todo

o lixo eletrônico foram reciclados. Especialistas

preveem um crescimento de mais 17% até 2021.

materiais recuperáveis

Em 2016, foi estimado que o lixo eletrônico continha depósitos

de ouro, prata, cobre, paládio e outros materiais recuperáveis, cujo valor total era estimado

em US$ 55 bilhões. Desse total, US$ 9 bilhões em componentes

são oriundos apenas de celulares e tablets.

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O desejo de fazer a diferença na sociedade, propondo iniciativas que facilitem a vida, melhorem produtos e serviços ou aprimorem um nicho, moveu estudan-tes das 40 escolas, duas faculdades e 23 unidades do Senac-RS. Os 90 trabalhos elaborados por alunos e colaboradores da instituição sobre Gestão, Comér-cio, Tecnologia da Informação, Design, Gastronomia, Hospitalidade, Lazer, Saúde, Moda, Beleza, Qualidade e Inovação, entre outras áreas, fizeram parte da 9ª edição da Feira de Projetos e Mostra de Inovação. O evento ocorreu no Centro de Eventos do Barra-Shopping Sul, na Capital, de 29 a 31 de agosto.

Promovida pelo Senac-RS, a Feira busca apresentar soluções inova-doras para as empresas do comércio de bens, serviços e turismo. “Nosso compromisso é contribuir de forma efetiva com a qualidade da educação, preparando pessoas para o mercado de trabalho e para a vida profissional. Este evento complementa o nosso trabalho, ao estimular a elaboração de projetos inovadores”, afirma o diretor re-gional do Senac-RS, José Paulo da Rosa. A participação do Sebrae-RS no evento, segundo ele, possibilita que o vencedor do Destaque

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FEIRA TRAz SOLuçõES INOvADORAS

LEIA EM 2 MINuTOS

JOãO ALvES/SENAC-RS

vENCEDORES DA 9ª FEIRA

DE PROJETOS E MOSTRA DE

INOvAçãO

23

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DESTAQuES DO EvENTO

Confira alguns vencedores desta edição:

1º lugar do Ensino SuperiorSanplify – Plataforma de gestão e integração para empresas de saneamento básico, por Marcos Silva, Patrick Porto e Yuri Nunes Bento, dos cursos superiores de Tecnologia em Redes de Computadores e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Faculdade de Tecnologia (Senac Pelotas). Docente: Ângelo Luz

1º lugar dos Cursos Técnicos

Projeto de carrinho sustentável para banho de leito em um hospital da cidade de São Borja, por Stefani Mendonça Rodrigues, Ta-gyeli Aguirre Silva e Willian Daniel Teles Sosa, do Curso Técnico em Enfermagem (Senac São Borja). Docente: Olmir Chaves

1º lugar dos Cursos Livres Inkludo: Programa de treinamento e acolhi-mento, por Abner de Moura Porto Rodri-gues, Naiara Cristina Marques Paim e Raia-na Brenda G. Trindade, da Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços Admi-nistrativos (Senac Comunidade). Docente: Amanda Leppa

Destaque Projeto Especial Sebrae 2018Empregando a Inclusão, por Júlia Faria, Na-taly Witte e Tamires Mendes, da Aprendi-zagem Profissional e Comercial em Serviços de Supermercados (Senac Rio Grande). Docente: Ariadne Jorge

Prêmio POPReader Car: Carrinho de Supermercado com Leitor QR Code, por Graciele Rodrigues e Kahuã Minhos, da Aprendizagem Profissional e Comercial em Serviços de vendas (Senac São Borja). Docente: Loreni Bernardes

Sebrae receba uma mentoria para colocar futura-mente o projeto em prática.

O padrinho desta edição da Feira de Projetos é o CEO e cofundador da empresa Triider, Juliano Murlick. Com uma trajetória iniciada em progra-mas e concursos voltados ao empreendedorismo, ele espera passar parte da sua experiência para os estudantes. “vi propostas muito legais aqui. Com pequenas contribuições, é possível acelerar muito o desenvolvimento dos projetos para tirá-los do papel e vislumbrar o sucesso.” Paralelamente, os visitantes acompanharam a Mostra de Inovação, que contou com propostas desenvolvidas pelos colaboradores do Senac-RS, selecionadas por meio de edital. Eli Sandro Aze-vedo Torres, docente do curso técnico em In-formática do Senac Montenegro, destaca que muitos trabalhos estão focados em facilitar a vida por meio da conectividade: “É uma grande opor-tunidade, pois faz com que os alunos saiam de sua zona de conforto e mostrem seus trabalhos a um público maior”.

Neste ano, os expositores tiveram o desafio de “vender” os seus projetos ao público presente no evento. A apresentação, em formato pitch, fez com que os representantes das equipes explicas-sem como funciona o seu trabalho em até 3 mi-nutos. A novidade fez parte da avaliação dos pro-jetos, feita por uma comissão técnica, em formato de bancas compostas por docentes do Senac-RS e de diferentes instituições. O Prêmio Pop instituiu o voto popular na escolha dos melhores trabalhos pela internet. “O modelo de 2018 permite que os alunos sejam desafiados a virarem empreendedo-res. Nosso grande desafio é tirar esses projetos do papel ao final da Feira”, pontua o diretor regional. O evento teve apoio do Sebrae, Gang, Decathlon, Orquídea Alimentos, Peccin com Frutomila e Ba-rão Erva Mate e Chás.


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Workshop EnSina TéCniCaS DE bELEzaTécnicas de maquiagem, design de sobrance-lhas, cortes de cabelo e penteados serão abor-dados na prática pela docente Lais Dapieve e alunos do Senac. O 1º Workshop da Beleza

ocorre às 19h, na unidade de São Luiz Gonzaga (R. Treze de Maio, 1297). Ins-crições gratuitas pelo site. Telefone para contato: (55) 3352-7398

auLa abOrDa mEDiCina nuCLEarInteressados em se especializar em medicina nuclear podem participar da aula experimental do curso oferecido no Senac Saúde, de Porto Alegre (Av. Assis Brasil, 1481). A atividade é gratuita e ocorre das 10h às 11h30. Saiba mais pelo site ou entre em contato pelo telefone (51) 3341-0444.

DivErSaS ExPEriênCiaS nO TriLhaTéCOficinas e workshops sobre tecnologia, criatividade e inovação, entre outros temas, além de jogos e diversão, fazem parte do TrilhaTéc. O evento será no Senac Gestão & Negócios, em Porto Alegre (Av. Cristóvão Colombo, 545), das 14h às 24h. O ingresso é solidário com doação de produtos de higiene pessoal para o Instituto do Câncer. Inscrições online ou pelo telefone (51) 3286-4008.

baTE-PaPO SObrE COmuniCaçãO E markETingA Faculdade Senac de Pelotas promove a Conversa sobre comunicação e marketing – do relacionamento às novas possibilidades estratégica. O evento tem entrada franca no auditório (R. Gonçalves Chaves, 602), às 19h, e contará com profissionais do mercado, como Ana Amelia Brauner e Laila Palazzo. Clique aqui para se inscrever.

aTiviDaDES DE SaúDE E mODa A 2ª Semana de Beleza terá palestras, workshops e demonstrações envolvendo as áreas de saúde e moda. As atividades gratuitas serão realizadas das 10h às 17h no Senac Centro Histórico (R. Pinto Bandeira, 292), conduzidas por profissionais renomados. Confira a programação e inscreva-se pelo site. Telefone: (51) 3226-2883.

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25 a 28SETEmbrO SETEmbrO

FOrmaTura DO JOvEm aPrEnDizAprendizes das escolas do Senac Canoas, Comunidade, Guaíba, Alvorada e viamão estarão se formando em cursos de Aprendizagem Comercial. A cerimônia acontece às 17h, no Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80), na capital gaúcha. Mais informações no site ou no telefone (51) 4002-6030.

©ISTOCK.COM/PEOPLEIMAGES

©ISTOCK.COM/BOWDENIMAGES

https://portal.senacrs.com.br/unidades.asp?Unidade=76

https://portal.senacrs.com.br/areas.asp?area=11

https://www.senacrs.com.br/unidades.asp?unidade=84

https://portal.senacrs.com.br/unidades.asp?unidade=78

https://portal.senacrs.com.br/unidades_agenda.asp?Unidade=83&idAgenda=46388

https://www.senacrs.com.br/

PELO mUNDO


RepRodução Facebook/donnons des elles au vélo J-1

Extração dE pEsticidas com sustEntabilidadE

pesquisadores da universidade Federal de Minas Gerais (uFMG) produziram espuma capaz de ab-sorver agrotóxicos presentes em alimentos e na água, sem comprometer nutrientes. a partir da mis-tura entre plásticos – apontados como prejudiciais ao meio ambiente – e componentes naturais, como o óleo de mamona, foi criado o produto de poliu-retano. de acordo com Marys lene braga, enge-nheira química da uFMG, o custo para a confecção da espuma é menor que o do tratamento de água com carvão vegetal. o produto pode ser reutiliza-do, graças aos testes de reciclagem feitos durante os dois anos de estudo.

pEdaladas por igualdadEpara protestar pela ausência de mulheres no Tour de France, famosa competição de ciclismo, 13 mulheres pe-dalaram os 3,3 mil quilômetros do evento durante 23 dias. essas ciclistas cobram desde 2014 a inclusão de mu-lheres no evento. a prova, originada em 1903, é disputa-da somente por atletas homens. as manifestações contra as regras da competição datam dos anos 1980, quando a organização criou o Tour Feminino – interrompido em 2009 pela falta de patrocinadores e audiência.

prEsErvando uma tradição italiana

o projeto pasta Grannies, criado pela britânica vi-cky bennison, registra mulheres idosas por toda a Itália e suas antigas receitas de massas. o objetivo da iniciativa, que inclui um canal homônimo no YouTube com mais de 100 vídeos, é de resgatar os pratos tradicionais e evitar que as fórmulas se percam. Toda quinta-feira é divulgado um vídeo com diferentes tipos de massa, pães e sopas de diversas regiões, além de conversas com pessoas da indústria alimentícia e aficionados por comida. vicky quer transformar o conteúdo em um livro, para que mais pessoas possam fazer as receitas – todas à mão – em casa, assim como as “vovós”.

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especial [ TENDÊNCIAS ]

26Revista Bens & serviços / 161 / setembro-2018

texto:

LUDMILA CAFARATE

C onhecer o futuro é um desejo que acompanha os seres humanos ao longo da História. Desde o im-pério romano, profetas disseminavam suas previ-sões do que iria acontecer na sociedade. A partir do Renascimento, tais projeções começaram a ser baseadas nas ciências, como astronomia e matemá-tica. Atualmente, com tantas possibilidades de um futuro cada vez mais robotizado, também existe uma ciência para estudar as consequências disso na vida das pessoas: é a futurologia.

A área de pesquisa analisa o presente e busca antecipar possíveis cenários do futuro. Como não há dúvidas de que os próximos anos serão marcados pela evolução tecnológica, é importante se preparar para uma nova realidade. Os trabalhos operacionais repe-titivos passarão a ser realizados por máquinas, sobretudo no setor

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O FUTURO JÁ COMEÇOU

LEIA EM 6 MInUTOs

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EM ÁUDIO,

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ínTEgRA DA

MATéRIA



“Uma onda de demissões não

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Camila Ghattas

cofundadora da

empresa Diip

agrícola, que deve ser um dos primeiros impacta-dos com a indústria 4.0. Espalhar fertilizantes ou sementes nas plantações, por exemplo, será res-ponsabilidade de maquinários automáticos. Além disso, carros autônomos, impressoras 3D e robôs ganharão mais espaço no dia a dia das pessoas.

A digitalização dos processos, que marca a era da automação, vem crescendo progressiva-mente há alguns anos. Para os futurólogos, o que mais chama a atenção é o avanço da inte-ligência artif icial. no futuro, robôs terão habili-dades até então exclusivas dos seres humanos, como a capacidade de ter empatia – qualif i-cando-os para serviços de atendimento – e de tomar decisões de negócios com mais rapidez e precisão, já que os cálculos de risco serão feitos pela máquina. Os especialistas chamam esse contexto de era da cognição.

Com tantas inovações, o cenário corporativo passará por significativas mudanças. Cofundadora da empresa de futurologia Diip, Camila ghattas explica que os gestores precisam investir nos seus colaboradores: “Estima-se que nos próximos dez anos haverá uma redução de dois terços do qua-

dro de funcionários nas indústrias, e a situação se estenderá para os demais setores. Com isso, os líderes precisam desde já qualificar as suas equi-pes. Uma onda de demissões não é boa para ninguém, pois com mais desempregados, há me-nos renda em circulação, reduzindo o consumo e o lucro das empresas. O processo de inovação exige equilíbrio e responsabilidade”.

sócio da AAA Plataforma de Inovação, Arthur Igreja afirma que os profissionais devem estar atentos ao que as máquinas não fazem, a fim de evitar competir com elas, e utilizá-las ao seu favor na simplificação do trabalho. “O poder de mudar o mundo seguirá sendo das pessoas. Os robôs podem calcular métricas, mas quem cria soluções inovadoras a partir dos dados são os humanos. é preciso apostar no valor do trabalho criativo e na diversidade de ideias das equipes. Isso porque as experiências de vida que formam nossas percep-ções de mundo não podem ser substituídas por máquinas, e o debate de opiniões é fundamental para a elaboração de qualquer estratégia empre-sarial”, ressalta o consultor.

NoVoS DeSAFIoS, NoVAS GeStÕeS

se as tecnologias exigem uma atualização das competências dos profissionais, o mesmo



“ocorre com os conceitos de gestão corporati-va. Pedro Englert, CEO da startse, uma plata-forma digital para conectar startups brasileiras, acredita que as empresas necessitam mudar a sua cultura para não perder espaço em um mercado cada vez mais competitivo. O empre-endedor explica que com as novas ferramentas de comunicação, um negócio não precisa ter escritórios físicos ou fazer grandes investimen-tos f inanceiros para expandir as vendas. Com isso, aumenta o número de concorrentes em todos os setores.

Para Englert, a principal mudança de gestão nas organizações deve ser incentivar os colabora-dores a errar: “Estamos em um momento em que é preciso arriscar para competir em um mercado tão dinâmico. E não existem acertos sem erros. Com líderes que garantam seguran-ça para as mentes inovadoras, ideias brilhantes surgirão. nenhum profissional pode ter medo de perder o emprego por cometer erros ao tentar melhorar o negócio”.

Além disso, com a rapidez das transformações, planos a longo prazo não fazem mais sentido. “não adianta f icar no escritório pensando em estratégias para um futuro distante. O ideal é

colocar os projetos na rua o mais breve possí-vel. O processo consiste em criar uma hipóte-se, verif icar se ela é válida no atual cenário por meio de estudos e pesquisas, aplicar no negó-cio e produzir em escala comercial. O segredo é testar até dar certo”, detalha Englert.

As experiências de vida que formam nossas percepções de mundo não podem ser substituídas por máquinas,

e o debate de opiniões é fundamental para a

elaboração de qualquer estratégia empresarial.

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Arthur Igreja

sócio da aaa plataforma de

inovação

ORIEnTAÇõEs

O futuro tecnológico desafia os gestores das empresas a inovar, a f im de criar pro-dutos e serviços que apresentam valor e al-gum diferencial no mercado. Pedro Englert, CEO da startse, aponta alguns pilares da gestão moderna:

Respeito à diversidade: um ambiente com pessoas de diferentes idades, etnias, gêneros e origens possibilita o surgimento de ideias mais plurais – o que contribui para o desen-volvimento de projetos inovadores.

Alinhamento de interesses: tanto gestores como colaboradores precisam ter seus in-teresses representados. Com isso, toda a equipe deve participar dos lucros dos seus projetos, mas também arcar com os prejuí-zos de possíveis fracassos.

Validações curtas: a velocidade das mudan-ças não permite planos para um futuro dis-tante. Os problemas e recursos de hoje po-dem não ser os mesmos do ano que vem.



EM VíDEO, PEDRO EngLERT FALA sObRE O FUTURO DO TRAbALHO E DAs EMPREsAs

nizada, garantindo um crescimento econômico sustentável. As políticas públicas de educação e proteção do emprego são essenciais neste mo-mento, se pretendemos competir no cenário in-ternacional”, destaca o sócio da consultoria EY Luciano Albertini.

Esses movimentos podem contribuir para um pro-gresso mais eficiente – algo que precisa ser urgen-temente promovido. O CEO da startse lembra que a concorrência é global, pois os aplicativos estrangeiros estão prejudicando as indústrias e os serviços locais. E exemplos não faltam: apps de streaming de música impactaram a produção de CDs; os de streaming de vídeo atingem as emis-soras de TV; os de transporte privado reduzem a procura por táxis e transportes públicos. “Estamos enviando dinheiro para fora, enfraquecendo a eco-nomia nacional. Precisamos criar políticas públicas e parcerias com universidades, a fim de formar e aproveitar todos os talentos possíveis, assim como outros países já fazem há muito tempo. O futuro já começou, e se não mudarmos nossa cultura, fi-caremos para trás”, finaliza Englert.

B&S

DIGItALIZAÇÃo HUMANIZADA

Desenvolver alternativas para um avanço susten-tável das novas tecnologias do futuro é o princi-pal objetivo do Pacto Empresarial brasileiro pela Digitalização Humanizada do Trabalho. A iniciati-va lançada em novembro do ano passado pelas empresas EDP, EY, Fiap e korn Ferry reúne lide-ranças empresariais do país e pretende mapear o perfil dos novos postos de trabalho por meio de pesquisas. O objetivo é conhecer as habilidades necessárias para os negócios e poder capacitar os seus colaboradores.

Da união entre o Pacto e o Manifesto nação Digital, liderado pela IT Mídia e Fundação Dom Cabral, surgiu o Movimento brasil Digital. A par-tir de quatro pilares básicos (empreendedorismo, educação, infraestrutura e governo), o plano é incentivar parcerias entre setores públicos e pri-vados, trazendo a tecnologia para o centro das decisões do país. “Queremos preparar a socieda-de para as profissões do futuro de forma huma-

MOVIMEnTO bRAsIL DIgITAL DIsCUTE POLíTICAs

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Precisamos decidir como podemos ser valiosos, em vez de pensar em quão valiosos somos.F. Scott Fitzgerald, escritor norte-americano

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visão trabalhista

Flávio Obino Filho

Consultor trabalhista

sindical da Fecomércio-RS


A s contribuições negociais, também chamadas de assistenciais, constituem a principal fon-te de custeio das entidades sindicais laborais e empresariais. Mesmo antes da Reforma Trabalhista muito se discutiu a respeito do seu alcance. Sempre nos posicionamos no sentido da universalidade das contribuições, atingindo todos os abrangidos pela negocia-ção, associados ou não da entidade sindical. O mesmo entendimento prevalecia no TRT do Rio Grande do Sul. O TST, a seu turno, limitava a contribuição aos associados.

Com a Reforma, foi incluído na CLT o artigo 611-B, que em seu inciso XXVI considera ilícita regra de ajuste coletivo que não garanta ao empregado o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, desconto salarial para pagamento de contribuição. Em relação à taxa empresarial, nada foi alterado. Na mesa de negociações, contudo, os sindicatos operários insistem na manutenção de cláusulas com redação histórica prevendo o desconto salarial de todos os empregados com direito de oposição. A não aceitação da cláusula, evidentemente ilícita (o direito de oposição pressupõe a desnecessidade da expressa e previa anuência prevista em lei), criou impasses nas negociações. Neste cenário, nos últimos meses, assistimos à inclusão de cláusulas flagrantemente ilícitas nos acordos, com o beneplácito de sindicatos patronais, Ministério Público e magistrados “conciliadores”, transferindo para o empresário a responsabilidade por desconto salarial não autorizado.

No âmbito do Sistema Fecomércio-RS, conseguimos construir com as entidades de comerciários regra que respeita o novo mandamento legal fazendo referência ao art. 611-B. Assim, o desconto somente será feito com prévia e expressa autorização do empregado. Os sindicatos de trabalhadores permanecerão sustentando que a autorização pode ser coletiva e registraram na cláusula que seguirão aceitando oposições. A solução não termina com eventuais conflitos, mas tem o mérito de respeitar a lei e afastar da mesa de negociações discussão que vinha inviabilizando os ajustes coletivos.

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NEGOCIAçõES COLETIVAS E IMPASSE dAS CONTRIBuIçõES

LúCIA SIMON

em trâmite


App auxilia acompanhamento de processosA Receita Federal disponibiliza o aplicativo e-Processo, que possibilita o acesso a informações básicas e movimentações de processos que tramitam na própria instituição, no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Basta que usuários de smartphone ou de tablet façam consultas baseadas no número do processo ou no CPF/CNPJ, além de receber aler-tas em tempo real do fluxo das pesquisas. Desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o app é compatível com os sistemas operacionais Android (Google) e iOS (Apple) e pode ser encontrado nas lojas virtuais PlayStore e App Store gratuitamente.

adesão ao compensa-rs se estende até 28 de setembro

O governo estadual prorrogou até 28 de setembro o prazo para adesão ao Programa Compensa-RS. Por meio da iniciativa, contribuintes e empresas podem compensar débitos tributários e outros, inscritos em dívida ativa, ajuizados ou não, com valores vencidos na esfera pública gaúcha, suas autarquias ou fundações. O decreto 54.179/2018 também altera o parágrafo 1º do artigo 5º do decreto 53.974/2018, admitindo a utili-zação de precatório próprio ou adquirido por cessão formalizada em escritura pública, comprovadas via cer-tidão atualizada a titularidade e exigibilidade do crédito. No caso de ICMS declarado e não pago, o desconto varia de 20% a 30% sobre os juros, conforme a condi-ção de pagamento escolhida. Os procedimentos estão disponíveis no site da secretaria da Fazenda do RS.

analisada exclusão do icms do pis e da cofins

A Corte Especial do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região decidiu fa-zer valer a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a exclusão do ICMS do cálculo do PIS e da Cofins no Sul do país. Dessa forma, a tentativa da Fa-zenda Nacional de limitar a retirada do imposto, para que valesse apenas até 1º de janeiro de 2015, não foi aceita pelos desembargadores. Em 2008, o STF anali-sou o conceito de receita bruta baseado na Constituição. Porém, em 2014, a lei 12.973 passou a determinar que nesse montante fossem inclusos os tributos sobre ela incidentes e os números do ajuste a valor presente. Por mais de um ano, vários processos sobre o tema f i-caram parados no RS, no PR e em SC. Especialistas acreditam que a discussão deve se arrastar mais um pouco até a def inição f inal do cálculo do ICMS.

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http://www.fazenda.rs.gov.br

visão tributária

rafael Pandolfo

Consultor Tributário

da Fecomércio-Rs


A s eleições estão chegando e os debates eleitorais se iniciaram. Apesar de cansativos é preciso assisti-los. Fora dos monólogos que são os programas eleitorais, ainda não há melhor instrumento para a análise do desempenho dos candidatos. O sistema tributário tem recebido alguma atenção nos debates. Além dos mantras já conhe-cidos (tributação dos bancos, revogação de isenções e cobrança dos devedores), outras propostas vêm conquistando a simpatia de diferentes candidatos. Entre elas está a tributação dos dividendos, proposta que revela uma tendência de avanço da matriz tributária brasileira sobre a renda e o patrimônio.

Embora seja um modelo adotado em alguns países desenvolvidos, os prováveis efeitos da sua aplicação nos países em desenvolvimento, como o Brasil, merecem atenção. Podemos destacar: o aumento da informalidade devido à oneração dos dividendos distribuídos pelas pequenas e médias empresas, optantes pelo Simples ou pelo lucro presumido; a queda imediata da arreca-dação como corolário da informalidade; a incompatibilidade da proposta frente às limitações à dedutibilidade das despesas suportadas pelos contribuintes (IRPF); e os efeitos sobre o mercado acionário brasileiro, em virtude da diminuição do retorno recebido pelo investidor no credita-mento dos dividendos pagos por ações.

O Brasil arrecada pouco não em virtude do nosso sistema tributário, mas em decorrência da estagnação da nossa economia. Crescendo o PIB, crescerá a própria arrecadação. Para isso, o país precisa de mais investimentos. A tributação sobre os dividendos pagos a partir de um lu-cro já onerado em 34% (sem contar o IPI, o ICMS, o PIS/Cofins e as intermináveis contribuições) não parece ser a melhor medida para esse desiderato.

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ElEIçõES E tRIButAçãO dOS dIvIdEndOS

dIvulgAçãO/StudIO COnCI

saiba mais

34Revista bens & serviços / 161 / setembro-2018

do orçamento de turistas brasileiros é utilizado para

o transporte. Pesquisa realizada pelas empresas ID Rock,

Pesquisas.com.br e Opinion Box apontou orçamento

médio entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil para as viagens feitas pelos brasileiros nas férias, e que 55%

das pessoas preferem quitar esses gastos à vista.

39%

Peso da carga tributária no brasilA multinacional britânica de softwares de gestão Sage divulgou um relatório que revela maior taxa-ção sobre microempresas no Brasil em comparação a companhias de grande porte. O estudo, que contempla mais de 3 mil organizações em 11 mercados – Inglaterra, África do Sul, França, Irlanda,

Austrália, Brasil, Canadá, Singapura, Espanha, Estados Unidos e Alemanha –, aponta que negócios de até 5 funcionários desembolsam aproximadamente 65% do lucro em impostos. Já empresas pequenas (de 5 a 19 empregados) gastam 42% e as médias (de 20 a199) pagam cerca de 30%. A pesquisa também observou o tempo gasto em contabilidade: pequenas empresas gastam 14,5 dias por ano em contabilidade, enquanto as médias despendem 20 dias de trabalho, uma dife-rença proporcional de 750%. O Brasil lidera a lista de países mais onerados, com média de 10 pontos per-centuais superior à Espanha, segunda colocada.

gestão de risco ainda em baixa no País

A KPMG, rede internacional de consultoria e audi-toria, realizou um levantamento que mostra a ade-são ainda recente do gerenciamento de riscos nas empresas brasileiras. O estudo Pesquisa da Maturi-dade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil, em sua primeira edição, reuniu informações de mais de 200 organizações em diversos setores da economia. De acordo com a pesquisa, 44% dos entrevistados têm processo estabelecido há menos de três anos e 20% há menos de um ano. 62% dos participantes declararam ter pouco ou nenhum entendimento sobre gestão de riscos, enquanto 56% disseram que o processo não é considerado na avaliação de desempenho dos executivos e gestores.

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saiba mais

Revista bens & serviços / 161 / setembro-2018

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a cada hora, por conta de erros, falhas assistenciais/processuais ou infecções,

entre outros fatores, poderiam ser evitadas

no Brasil. O 2° Anuário da Segurança Assistencial

hospitalar no Brasil, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar e pelo

Instituto de Pesquisa Feluma, da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, registrou 144

óbitos diários em hospitais públicos e privados do país.

desconfiança econômica

Estudo pela América Latina nas áreas de alimentação, automotiva, farmacêutica, de finanças, varejo e telecomunicações mostra que o consumidor não exibe forte confiança em qualquer setor de atividade econômica na região. A pesquisa, realizada pela multi-nacional de consultoria Llorente & Cuenca, consultou 4 mil pessoas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru e República Dominicana. no Brasil, quase todos os mercados analisados têm confiança avaliada como ‘boa’ e ‘moderada’ por parte dos consumidores. O setor farma-cêutico é o que gera mais convicção entre os brasileiros, enquanto telecomunicações é a área de menor segurança.

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Profissionais mais requisitados no rio grande do sul

Análise da empresa de consultoria em recrutamento Mi-chael Page levantou os cargos mais procurados no mer-cado de trabalho gaúcho. A pesquisa, focada no primeiro semestre de 2018, apontou as posições de gerência em Inovação, Controladoria, vendas e Recursos humanos, além das funções de analista de Sistemas e Sênior de Rh, como as mais desejadas no Estado. A tendência, segundo a companhia, é que aumente a procura por profissionais ambientados às transformações digitais e com foco em vendas e ações estratégicas.

SINDICATO


O Sindicato do Comércio Varejista de Material Ópti-co, Fotográfico e Cinematográfico do RS (Sindióp-tica) foi fundado no final de 1985 por um grupo de empresários interessados em promover o desen-volvimento do comércio setorial por meio de ações integradas. Com sede própria, sala de reuniões e miniauditório, a entidade hoje congrega mais de 780 empresas no Estado e oferece uma gama de benefícios que vão desde o plano de saúde à asses-soria jurídica nas áreas trabalhista e cível.

Um dos principais desafios da entidade nos últimos anos tem sido o combate à pirataria, em parceria com as autoridades competen-tes. Várias campanhas já foram realizadas com esse intuito, como a que está nas ruas no momento, chamada Saúde dos Olhos. “Nosso

ODEFENSoRES Da SaúDE oCUlaR

lEia EM 2 MiNUtoS

FotoS: DiVUlgação/SiNDiÓptiCa

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SINDICATO


segmento trabalha com um produto relacionado à saúde, tanto nos óculos de correção quanto nas versões de proteção solar ou lentes de contato. Como sua estética também transita entre moda e comportamento, é um dos artigos mais pirateados do planeta”, explica o presidente andré Roncatto.

a fiscalização dos comércios ilegais e a conscien-tização do consumidor são algumas das ações le-vadas a cabo para reduzir os prejuízos. “os danos à visão causados por produtos sem garantia são cumulativos e irreversíveis. o comprador não pode se deixar levar apenas pelo preço, até por-que o lojista arca com uma elevada carga tributá-ria para entregar qualidade”, diz. Como resultado de dez anos de campanhas no litoral, há uma gra-dual mudança de mentalidade. Conforme o sindi-calista, se antes muitos veranistas rechaçavam os fiscais por considerar que o ambulante ilegal era só um trabalhador, agora muitos percebem que a pirataria financia o crime organizado.

“Somos reconhecidos porque atuamos na for-mulação de leis que regem e protegem tanto o consumidor quanto o varejo comprometido com a saúde, como a exigência de profissional

técnico nos pontos de venda”, explica. o presi-dente, aliás, coordena a Câmara Brasileira de Ótica na Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ele ressalta a importância da defesa da correção ocular como ferramenta de desenvolvimento so-cial e profissional: estudo do Conselho Brasileiro de oftalmologia mostra que o Brasil perde US$ 9 bilhões por não corrigir problemas na infância, deixando alunos desmotivados a ir à escola.

a entidade negocia mais de 150 acordos coletivos por ano e oferece o plano de saúde da Unimed aos seus associados e dependentes. Há orienta-ção de regularização das óticas com as Secreta-rias de Saúde (alvará inicial e renovação) e oferta de capacitação aos empresários e funcionários, com cursos, simpósios e encontros regionais. Em setembro, o Sindióptica apoia e participa da 29ª ajorsul Fair e Mercoóptica, grande feira de reló-gios, joias e óculos. em gramado.

CoNFiRa aS VaNtagENS

Conheça alguns dos benefícios oferecidos para quem se associa ao Sindióptica-RS:

orientação de regularização das ópticas junto à Secretária de Saúde (alvará inicial, rubrica em livros, troca de endereços e/ou óptico responsável e renovação de alvará)

Departamento jurídico que negocia mais de 150 dissídios/ano, com atuação em re-clamatórias trabalhistas

plano de saúde da Unimed (Unimax)

Cadastro com fornecedores de artigos, produtos, serviços e maquinários ópticos

Encontro Regional de Estudos Ópticos, além de simpósios

Espaço para reuniões e cursos

Campanhas institucionais

CaMpaNHaS No litoRal alERtaM SoBRE

RiSCoS à SaúDE pElo USo DE ÓCUloS piRataS

DICAS DO mÊs


Site | Aprendendo A deSconfiArProcurando instruir as pessoas sobre as fake news, o site Vaza, Falsiane é a plataforma para um curso online voltado ao enten-dimento – e combate – sobre todo tipo de desinformação. Os materiais, feitos com influência da cultura ultrapop, falam sobre definição do termo fake news, mercados que lucram com no-tícias falsas, como identificar erros propositais e até testes de conhecimento acerca do tema. Além de textos, o site também conta com vídeos apresentados por Iberê Thenório, criador e youtuber do Manual do Mundo.

filme | JornAdA noS negócioS – Burt’S BuzzCaso a reportagem especial sobre reposicionamento de marcas, da edi-ção anterior, tenha interessado a você, o documentário Burt’s Buzz pode ser uma boa indicação de filme. Lançada em 2013, a obra mostra a história de Burt Shavitz e sua marca de cosméti-cos, a Burt’s Bees. Durante a narrativa é possível entender os esforços do empreendedor, que atua de diferentes

formas, inclusive tendo contato direto com clien-tes para fazer da sua empresa uma marca renomada.

título: Burt’s Buzz gênero: Documentáriodireção: Jody Shapiro

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FIChA TéCnICAtítulo: Pesquisa de Marketing – Guia práticoeditora: Mackenzie, São Paulo, 2018Autores: Vanessa Franco Molina & Fred Izumi utsunomiyapáginas: 164Ano: 2018

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livro | emBASAmento pArA trABAlhAr com SABedoriACompreender o que é necessário para ter sucesso nos negócios, com respostas concre-tas, é o objetivo de toda pesquisa voltada ao mercado. e essa é também a finalidade da pu-blicação Pesquisa de Marketing, lançada duran-te a 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo neste ano. A obra, dos professores da universidade Presbiteriana Mackenzie (uPM) Vanessa Molina e Fred utsunomiya, tem dez capítulos que elencam todas as fases do pro-cesso de elaboração de uma pesquisa na área. O livro recapitula lições durante toda a leitura e usa desenhos e fluxogramas para ilustrar sis-temas e teorias pertinentes ao tópico.

Documents

futurologia aponta as mudanças para o mundo do trabalhofecomercio-rs.org.br/wp-content/uploads/2018/09/bs-161-1.pdf · tablets e computadores, preocupa principais autoridades ambientais