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Ano 19 Março – Abril / 2011 nº162 DARLENE: DEZ MESES NA ALEMANHA PORTAS ABERTAS: ENTRE, CANTE, OUÇA E ORE! O ciclo pascal, que compreende a Quaresma, Sema- na Santa, período da Páscoa e Pentecostes, inicia-se, este ano, no dia 13 de março e se prolonga até 5 de junho. Na Quaresma, ou seja, durante os 40 dias que antecedem a Semana Santa, o maior período litúrgico, a Catedral Metodista de Piracicaba manterá as suas “Portas Abertas”, das 7 às 8 horas, às quintas-feiras (dias 17, 24, 31 de mar- ço e 7, 14 e 21 de abril, para momentos de adoração, con- trição, edificação e oração. O pastor Paulo Dias Nogueira liderará, juntamente com os membros do Ministério da Liturgia, estas reuniões tão importantes no calendário li- túrgico cristão. Compareçam a este encontro que abre o calendário da Igreja. CAMPANHA DOS TALENTOS VERSÃO 2011 A primeira fase da Campanha dos Talentos tem início no dia 19 de março, sob a responsabilidade das seguintes sócias: Ana Tereza Ribeiro G. Fernabdes e Ivone Oliveira Tavernard. A devocional enfatizará os dons, com foco no tema “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”. O lançamento ocorrerá no contexto da reunião mensal da SMM. Participe ativamente desta campanha e ajude a SMM levar adiante a concretização de seus objetivos. VEM AÍ O CHÁ DE OUTONO A SMM promove, no dia 16 de abril, um Chá Bene- ficente para angariar fundos visando à concretização do Bazar de Natal. Essa arrecadação será empregada na com- pra de peças idealizadas e confeccionadas pelas mulheres talentosas da SMM, sob a liderança de Inayá Ometto, Rachel Munhoz dos Santos Diehl, Zenaide Pereira Rebe- que, Maria José Martins e equipe da cozinha comandadas por Zenaide Rebeque. Participe dando sua colaboração a essa importante atividade. 10 DE ABRIL: DIA DO PASTOR A Igreja tem celebrado com muita alegria o “Dia do Pastor”, agendado, no corrente ano, para o dia 10 de abril. Nessa oportunidade, durante os cultos matutinos e vespertinos, reserva-se um espaço para manifestações de carinho e gratidão pela vida e obra do pastor titular Rev. Paulo Dias Nogueira, dos coadjutores Rev. Luís de Souza Cardoso e Rev. Jesus Tavernard Júnior, bem como dos demais pastores aposentados que a frequentam, princi- palmente, aqueles que estiveram na liderança da mesma no passado. Nossa irmã e colaboradora da Gaivota Darlene está de viagem marcada para a Alemanha, onde ficará durante 10 me- ses estudando e acompanhando parte de sua família. Felizmente a tecnologia da comunicação não nos deixará distantes. Ao contrário, vamos todas ganhar com suas experiências. Boa viagem, que Deus a abençoe. Sua falta será sentida.

Gaivota 162 março e abril de 2011

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Ano 19 Março – Abril / 2011 nº162

DARLENE: DEZ MESES NA ALEMANHA

PORTAS ABERTAS: ENTRE, CANTE, OUÇA E ORE!

O ciclo pascal, que compreende a Quaresma, Sema-na Santa, período da Páscoa e Pentecostes, inicia-se, este ano, no dia 13 de março e se prolonga até 5 de junho. Na Quaresma, ou seja, durante os 40 dias que antecedem a Semana Santa, o maior período litúrgico, a Catedral Metodista de Piracicaba manterá as suas “Portas Abertas”, das 7 às 8 horas, às quintas-feiras (dias 17, 24, 31 de mar-ço e 7, 14 e 21 de abril, para momentos de adoração, con-trição, edificação e oração. O pastor Paulo Dias Nogueira liderará, juntamente com os membros do Ministério da Liturgia, estas reuniões tão importantes no calendário li-túrgico cristão. Compareçam a este encontro que abre o calendário da Igreja.

CAMPANHA DOS TALENTOS VERSÃO 2011

A primeira fase da Campanha dos Talentos tem início no dia 19 de março, sob a responsabilidade das seguintes sócias: Ana Tereza Ribeiro G. Fernabdes e Ivone Oliveira Tavernard. A devocional enfatizará os dons, com foco no tema “Relacionamentos marcados pelo amor fraternal”. O lançamento ocorrerá no contexto da reunião mensal da SMM. Participe ativamente desta campanha e ajude a SMM levar adiante a concretização de seus objetivos.

VEM AÍ O CHÁ DE OUTONOA SMM promove, no dia 16 de abril, um Chá Bene-

ficente para angariar fundos visando à concretização do Bazar de Natal. Essa arrecadação será empregada na com-pra de peças idealizadas e confeccionadas pelas mulheres talentosas da SMM, sob a liderança de Inayá Ometto, Rachel Munhoz dos Santos Diehl, Zenaide Pereira Rebe-que, Maria José Martins e equipe da cozinha comandadas por Zenaide Rebeque. Participe dando sua colaboração a essa importante atividade.

10 DE ABRIL: DIA DO PASTORA Igreja tem celebrado com muita alegria o “Dia do

Pastor”, agendado, no corrente ano, para o dia 10 de abril. Nessa oportunidade, durante os cultos matutinos e vespertinos, reserva-se um espaço para manifestações de carinho e gratidão pela vida e obra do pastor titular Rev. Paulo Dias Nogueira, dos coadjutores Rev. Luís de Souza Cardoso e Rev. Jesus Tavernard Júnior, bem como dos demais pastores aposentados que a frequentam, princi-palmente, aqueles que estiveram na liderança da mesma no passado.

Nossa irmã e colaboradora da Gaivota Darlene está de viagem marcada para a Alemanha, onde ficará durante 10 me-ses estudando e acompanhando parte de sua família. Felizmente a tecnologia da comunicação não nos deixará distantes. Ao contrário, vamos todas ganhar com suas experiências. Boa viagem, que Deus a abençoe. Sua falta será sentida.

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Presidente:Vera Baggio Alvim

Vices:Inayá T. Veiga Ometto

Priscila Barroso SegabinazziSecretária de ata:

Clóris AlessiSec. Correpondentes:

Rosália T. Veiga OmettoWilma Baggio Câmara da Silva

Tesoureira:Sílvia Novaes Rolim

Agente da Voz Missionária:Cinira Cirillo Cesar

ExpedienteGAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.

Redatora:Vera Baggio AlvimCorpo Editorial:Clóris AlessiDarlene Barbosa SchützerInayá OmettoWilma Baggio Câmara da SilvaSecretária:Wilma Baggio Câmara da [email protected]ção e Impressão:Printfit Soluções - www.printfit.com.brMarcel Yamauti - DiagramaçãoFotos:Rev. Paulo Dias NogueiraDistribuição:Sílvia Novaes Rolim

Jornalista Responsável:Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP

Diretoria da SMM

Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer

Corpo Editorial

Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera

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“Quantos pães temos à mão?”

O Dia Mun-dial de Oração foi comemorado na tarde de 4 de mar-ço, no templo da Catedral, com a presença de apro-ximadamente 60 pessoas de várias igrejas e denomi-nações de nossa cidade, e também por milhares de outras ao redor do

mundo.O programa des-

te ano foi elaborado pelas mulheres do Chile sob o tema: “Quantos pães temos?”

Depois da apresentação das igrejas presentes, entoamos cânticos, oramos e soubemos um pouco da história dos chilenos. A mensagem ficou a cargo do pastor Rev. Paulo Dias Nogueira, baseada no texto de Iº Reis 17:1-6, que fala da visita de Elias à viúva de Sarepta. O profeta chega e pede o que co-mer. A mulher tem somente um pouco de farinha e azeite, mas faz o pão, o último pedaço, para Elias, mesmo sabendo que iria faltar para ela e o filho no dia seguinte. Com este gesto um milagre acontece – houve fartura para sempre naquela casa.

E nós? Qual lógica vamos seguir? Quantos pães temos à mão? O que eu vou fazer com eles? Comer sozinho?

Terminado o momento do culto confraterni-zamo-nos com um chá quentinho diante de uma mesa repleta de pães.

Deus esteve presente ali naquela tarde.

Inayá Ometto

Leonor Gorlart e Revda Romilde San’Anna

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Encontros do Cristo ressurretoLucas 24.13-35

Eu gosto da forma como os evangelhos apresentam os encontros do Cristo ressurreto com os seus discípulos. Estes encontros acontecem em meio à desesperança, tris-teza, vazio e falta de sentido dos discípulos. Quando Je-sus aparece aos seus discípulos encontra as situações mais variadas: a ausência de Tomé, os discípulos voltando à atividade de pesca, as mulheres chorando e procurando seu corpo. O episódio dos discípulos de no caminho de Emaús reforça esta visão.

1. Jerusalém e Emaús (contraste entre fé e deses-perança). Jerusalém foi o lugar do testemunho de Jesus (morte). De lá, animados pelo Espírito os discípulos sai-rão para o testemunho. Sair de Jerusalém sem crer que lá é o lugar da vitória do Senhor é caminhar sem rumo e sem sentido. Emaús é sinônimo da cegueira, da não compreensão do evento da Páscoa. Ir a Emaús não é so-mente ir para casa, mas abandonar o projeto de Deus. Estes dois discípulos retornam aos seus afazeres comuns, depois da decepção com a morte de Jesus. Iam conver-sando sobre os acontecimentos recentes da morte de Je-sus, mas os dois caminhantes preferiram caminhar sozi-nhos e abandonaram a comunidade. Diante dos dramas da vida, muitos abandonam a comunidade e recusam as respostas que procedem da fé, que podem dar um sen-tido à vida.

O desespero e a tristeza impede o reconhecimento de Jesus. Enquanto eles caminham, Jesus se aproxima deles e conversa com eles. Jesus pergunta qual o moti-vo do desânimo, que assunto traz tanta tristeza aos seus semblantes. Os dois discípulos estão tristes: viram cair por terra todos os seus planos. Aguardavam um Messias glorioso, um rei poderoso, um vencedor e se encontra-ram diante de um derrotado. Os rabinos ensinavam que o Messias deveria viver mil anos, Porém, Jesus morreu e todas as esperanças desmoronaram. Eles conversam, mas não reconhecem Jesus. O sofrimento não deixa re-conhecer o Mestre. Lucas menciona o nome de um dos discípulos, Cleopas, mas deixa de mencionar o nome do outro discípulo, talvez, ele queira que interpretemos como um espaço vazio, no qual cada um é chamado a inserir seu próprio nome.

3. Conhecimento não gera vida - Eles sabem tudo sobre Jesus, fazem um resumo perfeito dos acon-tecimentos, criticam o forasteiro que manifesta falta de conhecimento do que ocorrera em Jerusalém. Po-rém, se detêm na morte. Demonstram conhecimento exterior: o elemento histórico, mas não atingem a fé porque não acreditam na sua ressurreição. O resulta-do deste conhecimento incompleto é a tristeza. Sem a fé na ressurreição as derrotas permanecem derrotas, a vida termina com a morte e esta é somente uma tra-gédia sem sentido. Será que caminhamos com olhos e ouvidos fechados aos fatos? A desesperança nos impe-de de captar a ação de Deus nos acontecimentos re-centes. Percebemos os fatos, mas não os discernimos.

Elementos que suscitam a fé

Palavra - o primeiro elemento que suscita fé na ressurreição é a Bíblia. Jesus lhes explica as Escritu-ras. É a palavra de Deus que desvenda o mistério. Pela Palavra, Jesus entra em nossa caminhada e com sua Palavra vai nos mostrando o sentido e o rumo dos acontecimentos.

Comunhão - cativados pela Palavra, os discípulos convidam Jesus para que seja hóspede deles: “Fica co-nosco, pois já é tarde e a noite vem chegando”. Este é o apelo da comunidade cristã. Quem Este deve ser o nosso convite constante, independente da noite ou do dia: Fica conosco, Senhor!

Partir do pão - a Palavra esquenta nosso coração, mas só vemos e reconhecemos Jesus quando partimos o pão. O pão partido e repartido é o sinal mais claro da entrega da vida, fonte de partilha, de justiça e de fraternidade. Este é o momento decisivo porque os olhos dos discípulos se abrem e eles reconhecem Jesus.

A Palavra de Deus, a comunhão e a partilha mu-daram a orientação de vida daqueles dois discípulos. Eles voltam a Jerusalém para compartilhar o encontro com o Senhor. Eles mudaram de rumo, a ressurreição provocou mudança e transformação. Que o Cristo vivo e ressurreto nos encontre em nosso caminhar e que sua presença provoque mudança e fé.

Pra. Amélia TavaresRedatora da Voz Missionária

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O Senhor não me faltaráSalmo 23, 1

O Senhor é o meu pastor, nada me faltará

Já me deparei e ainda me deparo com mui-tas colheitas infrutíferas, infelizes. Pessoas que tinham tudo e de repente, numa fra-ção de segundo, tudo virou poeira, cinzas,

fumaça. Ponho-me a escutar mais atentamente a poética do

salmista. O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. O que tem ela a me dizer? O que é que não falta quando tudo promete faltar? O que é que me preenche e me sustenta quando vivencio a experiência do horror e da ausência?

“Nada está no seu lugar”, é o refrão de Maistre no século 19. O espírito humano, ao levantar-se, se depara com a desordem, com a injustiça e com a confusão no mundo. O que era para estar no seu devido lugar - a or-dem, a bem-aventurança, a harmonia - não está mais. Os

moradores da região serrana fluminense sabem muito bem disso. De um minuto para outro tudo se desfez, desmoronou-se. Não só a geografia do lugar, mas a vida mesma alterou seu formato e curso original.

De igual maneira nossa religiosidade. A fé oscila en-tre a esperança e o medo. Entre a espera e a agonia. Entre a presença e a ausência. Entre o céu e o infer-no. Entre o paraíso e paisagens devastadas. Toda perda, ainda que temporária, nos deixa sem chão, sem pátria, vincando nosso corpo com cicatrizes.

Retorno ao cais de onde partiu a inspiração do po-eta. O sofrimento, a privação e a morte. E surpreen-do-me com sua afirmação: ...nada me faltará. Para ser sincero soa estranhamente aos meus ouvidos. Passa a sensação de completude. Transmite a ideia de uma vida supramundana, sem males e infortúnios. Basta lançar os olhos para fora do texto bíblico e dar de cara com a presença do vazio e do absurdo. Sempre nos faltará alguma coisa ou alguém, porque a vivência humana é território em que se dá a experiência da carência, da insatisfação, da incompletude.

Deus, ao contrário, não sofre nem padece nenhuma privação. Nada falta em Deus e para Deus. A carência não condiz com o atributo da perfeição. Ele não conhe-ce o sabor amargo do fracasso, dos sonhos partidos, dos amores rompidos, da irrealização. Nada lhe falta porque Deus tem tudo, Ele pode tudo. E nós não podemos, nunca teremos, porque a carência é atestado probatório de nossa limitação. Se pudéssemos tudo, se tivéssemos tudo, se nada nos faltasse seríamos Deus. E não o somos.

Eis porque o sentimento de estranhamento àquela versão. A experiência nos ensina a desconfiar sempre. Não temos pele de rinoceronte. Não somos invencíveis. Não possuímos blindagem que nos proteja contra as ra-jadas disparadas pelos inimigos. Os apetrechos com os

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quais lutamos nossa batalha cotidiana são mais singelos. Nossa armadura é nossa humanidade. É pueril, sem re-vestimento de aço, é capa plástica que se esfacela sutil-mente.

Por isso sofremos. E perdemos. Há sempre um dor sendo gestada no útero do mundo. Há sempre alguém sofrendo quando escrevo essas palavras. A vida veio acrescida com certa dose de sofrimento da qual não po-demos escapar. Uns sofrem mais; outros menos, mas a verdade é que todos sofrem. O humano é ser que viven-cia na pele a falta, a lacuna, a frustração. Sempre faltará plenitude em nossa vida, embora deva ser buscada como meta final. Isso não é prognóstico. É diagnóstico. As per-das, as faltas, nos ameaçam de frente e nos fazem sofrer.

Perder é exercício do-loroso de desprender-se. Por isso que perder é algo difícil e terrível. Porque ninguém quer perder nunca, somente multipli-car os ganhos e as posses. Com a perda, sempre fica para trás aquilo que mais amamos, o que mais nos apegamos. Estar de luto, escreveu Comte-Spon-ville, “é estar sofrendo. E que sofrimento maior que a dor da perda de um ente querido?” Nunca esque-cerei o sofrimento de minha tia Irene ao saber da morte do seu filho. Uma dor cortante, feito navalha afiada, que rasga a carne tão profundamente que nenhum cirurgião é capaz de estancar o sangramento. Desde então seu co-ração parou de bater. Ela perdeu o brilho, o entusiasmo, a vontade de viver. Ela também morreu com a morte de seu filho. Ainda com Comte-Sponville, “há luto cada vez que há perda, recusa, frustração. Portanto, há luto sempre.” Porque a cada dia lidamos com debilidades e decepções.

Embarco mais uma vez no vagão do salmista. O que é que não nos falta quando tudo – ou quase tudo – ame-aça nos faltar? O Deus-Pastor das Escrituras. Adonai é

meu pastor, não me faltará. É o sentido mais exato e fiel ao texto hebraico, a que pôde chegar minha parca tra-dução. Muda-se, com isso, o horizonte da narrativa. É o Pastor na poesia hebraica, que promete não nos faltar.

O texto não indica a ausência de conflitos, de pertur-bações, de privações; pois a vida, como constata o sal-mista, poderá atravessar o vale das lágrimas e da morte. Os gemidos e soluços estão todos aí, esparramados em cada canto do mundo. Ninguém está imune a eles. No mundo passaremos por dificuldades e aflições. Com âni-mo, fé e disposição haveremos de suplantá-los. O texto também não aponta para uma vida nababesca, próspera, isenta de males econômicos e sociais.

Em meio às tragédias diárias, o Senhor não abando-nará nossa causa a pró-pria sorte. É disso de que trata a poesia. O pastor de nossas almas não per-mitirá que nosso barco navegue à deriva. O Se-nhor não se ausentará de suas ovelhas em meio aos escombros e desmorona-mentos. A poesia é tanto mais humana e recon-fortante quanto menos triunfalista e hedonista ela é. Nossa força proce-

de do alto (do Deus-Pastor); de baixo (dos irmãos e da igreja); de todos os lados (dos amigos e parentes). É isso que esperamos que nunca nos falte quando as fraturas da alma estiverem expostas.

Uma coisa é certa na poesia. O Senhor não me faltará quando tudo ficar escasso. O pastor apascentará sempre seu rebanho. Com Ele ao nosso lado, poderemos fazer a travessia do vale sombrio a pastos verdejantes. Quan-do cessar a privação, teremos comida e bebida fartas. E aprenderemos a sorrir novamente. A arte de sorrir, cada vez que a vida nos priva de algo, cada vez que o mundo nos diz Não.

Rev. Tavernard JuniorPastor coadjutor da Catedral

“SEMPRE NOS FALTARÁ AL-

GUMA COISA OU ALGUÉM,

PORQUE A VIVÊNCIA HUMA-

NA É TERRITÓRIO EM QUE SE

DÁ A EXPERIÊNCIA DA CA-

RÊNCIA, DA INSATISFAÇÃO,

DA INCOMPLETUDE.”

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PLANO DE AÇÃO/2011 COM NOVA METODOLOGIA

Clóris Alessi

Acolhedora como sempre, a Chácara de Inayá Ometto foi, mais uma vez, o local escolhido para a reunião de planeja-mento das atividades da SMM para corrente ano. A novidade foi o emprego de nova metodologia, orientada pelo Rev. Pau-lo Dias Nogueira, que tem sido usada também para a elabora-ção dos planos dos demais Ministérios da Catedral, conforme orientação aprovada nas reuniões preparatórias da CLAM.

Anteriormente, pelo menos por dez anos, trabalhou-se na elaboração de um ca-lendário de atividades, que, agora, num salto de quali-dade, foi t r a n s f o r -mado num plano de ação, cujas p r e m i s -sas serão o “crescimen-to qualita-tivo, quan-titativo e orgânico” de nossa Igreja.

O caminho para se chegar a esse nível de entendimento foi per-corrido com atenção, disposição, interesse e muita coragem. Um excelente resultado foi alcançado, graças à orientação segura do Rev. Paulo. Conversa-mos, discutimos, às ve-zes discordamos, mas, com muita alegria com a graça de Deus, acha-mos que já havíamos atingido o objetivo. Respiramos fundo e pensamos: missão cumprida! Ledo engano. O trabalho ainda não estava finali-

zado!Restava-nos buscar a sustentação teológica para as ativida-

des da SMM, que foi pesquisada no livro de Christian Schar-sz – fundador e presidente do Instituto de Desenvolvimento Natural da Igreja –, onde foi encontrada a fundamentação para cada item do Plano de Ação da SMM, aproximadamente vinte e cinco atividades!

De acordo com o pastor, citando Scharsz, no “Mensageiro nº. 369 (bo-letim sema-nal da Igreja), esse autor afirma que, após realizar pesquisa em mais de 100 mil Igrejas de 32 países d i f e r e n t e s , nos cinco continentes, na busca das causas do crescimento das igrejas no mundo, che-

gou-se a oito marcas de qua-lidade das igrejas que crescem. Segundo ele, se essas marcas forem colocadas em prática na caminhada da Igre-ja, redundarão em cres-cimento quantitativo e qualitativo. Conheçam essas marcas: 1. lide-rança capacitadora; 2. ministérios orientados pelos dons; 3. espiritu-alidade contagiante; 4. estruturas funcionais; 5. culto inspirador; 6.

evangelização orientada para as necessidades; 7. grupos fami-liares; 8. relacionamentos marcados pelo amor fraternal.

Pastor fazendo sua mensagem

Katia, Presidente da Federação

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Foi possível chegarmos à sustentação teológica referida, ao colocarmos em cada atividade a fundamentação cabível e que se fazia necessária. Por exemplo: no item “Lar Betel – visita e culto, a se realizar no dia 5 de maio, acompanhado sempre de presentes aos internos/as, escolhemos os seguintes temas: espiritualidade contagiante; relacionamentos marcados pelo amor fraternal; evangelização orientada para as necessidades.

Depois do almoço, retornou-se à reunião, com os relató-rios falados e escritos das atividades desenvolvidas no ano an-terior pelas suas responsáveis, que serviram para informação e avaliação.

Houve, então, oportunidade, para destacar a presença de Kátia Regina S. R. Torres – presidente da Federação das

SSMMMM, da 5º Região –, que esteve o tempo todo conos-co. Ela trouxe uma reflexão, baseada no Evangelho de Lucas, capítulo 5, versículo 19; foram momentos que nos proporcio-naram muita espiritualidade. Foi um grande prazer ouvi-la e revê-la.

Então, missão cumprida, um café delicioso estava à espera, no qual se destacavam as sobremesas, especialmente ofereci-das pela Inayá, que encheu os olhos de todos.

Só restou agradecer a presença das participantes, que de-dicaram um dia inteiro a essa atividade, o carinho e atenção dispensados pela anfitriã. De lá já saímos com saudades, mas renovadas na disposição de servir na missão.

Pastor Presidente da Federação, Diretoria e Assessores

Grupo almoçando Na sobremesa

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Já tive oportunidade de escrever nesse espaço sobre as atividades da Sociedade de Jovens da hoje Catedral, na década dos anos 50. Neste artigo, voltarei no tempo para contar detalhes dessa associação, cuja possibilida-de de existência hoje está prevista nos Cânones, porém com base em estatuto daquela época e ajuda da minha memória. Seus fins eram e continuam sendo o cultivo de experiências cristãs nos domínios da piedade, da fra-ternidade e do evangelismo, e em trabalhos sociais, lite-rários e recreativos.

O lema da S.M.J. era e é, até hoje, “Tudo por Cris-to”; seu símbolo: a violeta; as cores: branco e ouro; e o distintivo a “Cruz de Malta”. O versículo ou mote, desde então, permanece o mesmo: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Salmo 90:12).

Em Piracicaba, a sociedade era composta por um gru-po de jovens muito ativos, que chegou a superar o nú-mero de 150 associados, a maioria assídua e participante.

Além da diretoria administrativa, havia os superin-tendentes de departamentos. As atividades eram diver-sificadas e intensas, realizadas pelos seus departamentos de Cultivo Espiritual; Literatura; Missões e Evangeliza-ção; Recreação e Desportos. Os sócios ativos (de 17 a 30 anos) — havia também os auxiliares — eram distribuí-dos pelos departamentos.

Ao Departamento de Cultivo Espiritual competia: “estimular atividades religiosas tais como cursos de efici-ência espiritual, estudos bíblicos e doutrinários, retiros e reuniões de oração”.

Ao Departamento de Literatura cabia “promover a difusão da revista “Cruz de Malta”, estudos dos Cânones da Igreja, preleções, reuniões literárias e artísticas, bem como a circulação dos livros e publicações da Igreja”.

O Departamento de Ação Social se responsabilizava por “visitar os enfermos, dar assistência aos necessitados,

combater os vícios, manter cursos de alfabetização, bem como promover estudos sobre os movimentos sociais hodiernos”.

O Departamento de Missões e Evangelização tinha como fins: “despertar interesse dos sócios no trabalho missionário, organizar classes de estudos sobre missões, promover campanhas de evangelização e visitação, bem como realizar cultos de pregação ao ar livre e onde mais conviesse’.

Ao Departamento de Recreação Desportos competia “promover reuniões sociais, convescotes, excursões, fes-tas, jogos de salão e representações teatrais, bem como a prática do desporto”.

A S. M. J., da então Igreja Metodista Central de Pi-racicaba, realizava diversas atividades: devocionais domi-nicais (cada domingo um departamento era incumbido de fazê-lo), antes dos cultos vespertinos. Nas tardes do domingo, semeava escolas dominicais em bairros (as igrejas da Paulista e da Betânia são frutos desse traba-lho). Fazia campanhas para atender os necessitados, en-fermos e enlutados Aos sábados, promovia sociais, com teatro, esquetes, shows, brincadeiras de salão. As equipes de voleibol, basquetebol, futebol de salão e de campo, pingue-pongue, disputavam, sem fazer feio, os campeo-natos e torneios da cidade. Duas vezes ao ano, ocorriam os acampamentos na praia de Bertioga. Mensalmen-te, circulava o famoso jornalzinho “O Avante”. Havia presença marcante dos jovens nos congressos regionais e gerais. Na verdade, a igreja era tudo para aquela ju-ventude. O grupo de jovens estava sempre reunido nos templos, nas quadras, nas casas, nas ruas e nos jardins. Ia me esquecendo: havia algo também muito agradável: as confraternizações com outras Sociedades Metodistas de Jovens de cidades vizinhas ou longínquas levadas a efeito com certa freqüência, mas, sobre isso vou escrever no próximo número da Gaivota.

MEMÓRIAS

S. M. J. - SOCIEDADE METODISTA DE JOVENS Gustavo Jacques Dias Alvim

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Perguntas sobre as dores deste mundoDarlene Barbosa Schützer

Toda gente se emocionou com as cenas da tragédia.Como conformar-se com as perdas, o choro, o olhar perdido?

Toda gente soube dos motivos e das providências.Como condescender com a ganância, a falta de planejamento,

o desvio de recursos?Toda gente contribuiu.

Como garantir que a ajuda chegue a quem precisa?Toda gente vai se esquecendo.

Como transformar a comoção e solidariedade imediatas em mobilização permanente que exija ações eficazes e responsáveis na ocupação do solo?

Governos do mundo inteiro assinaram no Rio de Janeiro, em 1992, a Carta da Terra, indicando a necessidade de conciliar o desenvolvimento

sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.Há mais de duas décadas o Conselho Mundial de Igrejas lançou o

programa “Justiça, Paz e Integridade da Criação”. E você? E eu? E a Catedral Metodista de Piracicaba? E a Igreja Metodista

no Brasil? E os cristãos e cristãs ao redor do mundo?Foi no início de 2006 que ouvi pela primeira vez o cântico “Pelas dores

deste mundo”, de Rodolfo Gaede Neto, e desde então ele me acompanha nesses momentos de lamento e clamor.

Que seja nossa oração! Que nos inspire à ação!!!

Pelas dores deste mundo, ó Senhorimploramos piedade.

A um só corpo geme a criação.Teus ouvidos se inclinem ao clamor

desta gente oprimida.Apressa-te com tua salvação!

A tua paz, bendita e irmanada co’a justiçaabrace o mundo inteiro. Tem compaixão!

O teu poder sustente o testemunho do teu povo!Teu reino venha a nós, Kyrie eleison!

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Somos Todos PastoresLucas 2.8 João 21.15-17

PASTORES, GUARDEM SEUS REBANHOS DURANTE A NOITE, PARA QUE NADA ACONTEÇA A ELES!

No salmo 23 Davi exclama que Deus é o pastor que cuida das suas ovelhas.

É interessante notar que Lucas é o único evangelista que relata o pastoreio no episódio do nascimento de Je-sus Cristo. Os pastores guardavam (vigiavam) seus reba-nhos durante a noite, com certeza para que nada aconte-cesse com as ovelhas. Podemos encontrar nos evangelhos outras referências sobre como cuidar do rebanho, uma delas está em João 21, em que é mostrado o cuidado que se deve ter com as ovelhas, e outra na A Parábola do samaritano (Lucas 10.30-37) .

O pastor Israel Belo, ao fazer uma reflexão sobre esse assunto, indagou o seguinte: “E nós, o que guardamos?” E ele mesmo respon-deu: “Precisamos guardar a Palavra de Deus dentro do nosso coração, para que dele saiam sen-timentos, pensa-mentos e gestos que ‘denunciem’ que a Palavra de Deus está ali. Quando guardamos a Palavra, recebemos orientação segura para a nossa vida. Guardar a Palavra de Deus é nos guardar de uma vida superficial, de uma vida sem projeto, de uma vida movida a even-tos.”

É importante sabermos de quem somos pastores. O que nos pede o Senhor? Certamente, o mesmo que pe-diu aos discípulos: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Geralmente pensamos que pastores são somente aqueles que estudaram numa faculdade de teologia ou num seminário, entretanto o pastoreio não pode ser privativo daqueles que se prepararam numa instituição voltada para esse objetivo. Cada um de nós é pastor ou

pastora daqueles que estão ao nosso redor. Como disse Israel Belo, precisamos guardar as pessoas que Deus co-loca em nosso caminho e que precisam de nós, ou seja, nossos filhos, nossos pais, nosso cônjuge, nossos amigos e todos aqueles que de nós aproximam. Assim como so-mos guardados, guardemos. Vigiemos nossos amigos e parentes, ficando ao lado deles nos momentos de festa e alegria, mas também nos da depressão.

Vigiar é orar para que Deus cuide dele(s), é valorizar suas diferenças em relação a nós, é er-guer o outro quando ele cair, enfim é pas-torear. E essa não é uma tarefa somente para pastores, todos nós podemos sê-lo se ouvirmos a Pala-vra de Deus, que nos pede para guardar as pessoas.

O salmo 23 é um belo exemplo de pastoreio: “O Se-

nhor é meu pastor e nada me faltará.” Será que temos essa confiança, em especial nos momentos de tribulação? Se não a temos é porque somos humanos, então pode-mos pedir a Deus que nos dê essa confiança. Que Deus nos ajude no pastoreio dos nossos irmãos e de todos que precisam de nós.

Que nunca cheguemos à situação de Caim quando disse: “Por ventura sou guardador de meu irmão?” Ele não assumiu seu papel de guardador de Abel, entretanto nós podemos ser o de nossos irmãos. Que Deus nos aju-de nessa tarefa, a qual nada mais é do que o exercício do amor que Cristo nos ensinou.

Rinalva C. Silva

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Inayá Ometto

Quem também pres-tigiou com sua

presença, foi a Presidente da Federação Kátia Torres, que nos trouxe palavras de incen-tivo para o trabalho que será realizado neste ano.

Wilma Robert, missionária americana, tra-balhou no Rio Grande do Sul e depois foi

Secretária Executiva do Conselho Geral da Igreja Me-todista, em São Paulo. Foi também, Secretária Geral da Junta de Ministérios Globais, em Nova York por 7 anos. Esteve em visita ao Centro Cultural “Marta Wat-ts” e a Universidade Metodista de Piracicaba. A sócia Clóris Alessi representou a S.M. M junto na comissão de recepção. Na ocasião, entregou-lhe sugestivo cartão de boas vindas em nome da Sociedade de Mulheres da Catedral.

O nosso editor, Gusta-vo Alvim, assumiu

a vice-reitoria da Unimep por indicação do reitor Dr. Clovis Pinto de Castro. A posse solene e pública ocorre no dia 16 de março, às 19 horas, no Teatro da universidade. Desejamos ao Gustavo uma excelente gestão e que Deus o acompanhe e guar-

de nessa caminhada.

A campanha do sorvete, idealizada e promovida pelo Ministério da Administração, foi coroada

de êxito. Sob a coordenação de Ana Maria O. Rossi, tudo transcorreu como o previsto. Cumprimentamos essa irmã por sua dedicação, empenho e competência.

Com a licença saúde da Paula, nossa secretária, quem esta a frente dos trabalhos é a multiface-

tada Priscila Segabinazzi, que com dedicação, doação e competência tem dado conta da função com louvor. Parabéns Priscila! Que Deus a abençoe sempre!

A revitalização dos ministérios locais está no ca-minho certo. Todos têm se empenhado com

dedicação às tarefas propostas. Destacamos, nesta oportunidade, o ministério da liturgia, que semanal-mente se reúne para elaborar com amor e carinho o programa dos cultos. A todos os dedicados compo-nentes nosso reconhecimento pelo primoroso trabalho que tem sido realizado.

Nosso querido pastor Paulo sempre nos brin-da com inspiradores sermões, entretanto, no

culto vespertino do dia 27 de fevereiro ele se superou. Baseado no texto de Isaías 49:14-15, discorreu sobre o cuidado que Deus tem por nós, sem nunca nos desam-parar. Ao final, oramos em pequenos grupos, entoan-do, a seguir, o hino “Deus cuidará de ti”. Tocante!Que Deus o abençoe, amado pastor!

Um dos destaques na reunião do planejamento anual foi a presença de duas queridas assesso-

ras: Mirce Lavoura e Sarah D.T. Veiga, as “decanas” da SMM da Catedral. Estas baluartes de nossa sociedade dão exemplos de vida e nos incentivam a seguir sempre em frente.

Umas e OutrasGAIVOTA • Março/Abril • 2011 11

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E você, o que diz da Páscoa?Montagem de Darlene Schutzer

Passagem da indiferença para o amorTempo de crer, compreender, solidarizar-se, escutar, olhar com amor, estender a mão, caminhar juntos, com esperança.

Por isso, se alguém bater na sua porta, abra seu coração!

Jorge Rioja

Agora o que mais importaé renascer na esperança.É renascer,é renascer na esperança.

Jaci Maraschin

O que começa em cinzas termina em ressurreição e esperanças, sonhos novos de plenitude e abundância.

Páscoa é a certeza de que a morte está ven-cida, a solidariedade vence o lucro, a doçura vence o amargor, a alegria vence a tristeza, o amor vence a solidão, o descanso vence a correria.

Penso no sol que morre diariamentejorrando luzembora tenha a noite pela frente...

Pedro Casaldáliga

Noites que se transformam em manhãs,Invernos que se tornam primaveras,Velhices que retornam às infâncias,Lagartas que viram borboletas,Sementes que explodem grão,Trigais que se revestem de beleza,Fontes que brotam do árido chão,Vida que vence a morte:Ressurreição!

Inês França Bento

Ovos da Páscoa

O ovo não cabe em si,túrgido de promessa,a natureza morta palpitante,branco tão frágil guarda um sol ocluso,o que vai viver,espera

Adélia Prado

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