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1 O CONSELHO DE SEGURANÇA COMO CONCILIADOR, MEDIADOR OU JUIZ ? Luana Castelo Branco Prado 1 RESUMO Esse artigo tem como finalidade investigar o desempenho das funções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas - ONU, à luz dos artigos 37 (2) e 38 do capítulo VI e do artigo 39 do capítulo VII da Carta da ONU, observando suas condições requisitos, conteúdos e efeitos. A partir dessa análise, tem-se o fim de esclarecer se o Conselho de Segurança agirá como conciliador, mediador ou juiz? A investigação se insere como uma pesquisa qualitativa, com base em estudo bibliográfico, além de análise da legislação sobre o assunto (Carta das Nações Unidas) e das resoluções do Conselho de Segurança. Assim, conclui-se que à luz dos artigos 37 (2) e 38 da Carta das Nações Unidas - CNU, o Conselho de Segurança CS age como conciliador e mediador e com fulcro no artigo 39, suas ações possuem cunho jurídico, mas não substituem as decisões do Tribunal Internacional de Justiça. Palavras-chave: Conselho de Segurança, Conciliador, Mediador, Juiz. This article aims to investigate the performance of the functions of the UN Security Council, under Articles 37 (2) and 38 of Chapter VI and Article 39 of Chapter VII of the UN Charter, noting their condition requirements, content and effects. From this analysis, we have to clarify whether the Security Council will act as a conciliator, mediator or judge? The research is part of as a qualitative research study based on literature, and analysis of legislation on the subject (UN Charter) and the resolutions of the Security Council. Thus, we conclude that the light of Articles 37 (2) and 38 of the UN Charter, the Security Council acts as a conciliator and mediator, with the fulcrum in 1 Advogada, mestranda em Ciências Jurídico Internacionais na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Garantida a permanência de termelétrica no Acre - eln.gov.br · diz respeito à escrituração fiscal digital, prevista para ser enca- ... Sesc/Senac, Famato, Facmat, UFMT, Unirondon,

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11 de agosto de 2009 ano 12 nº 244

Feira do Empreendedor: Eletronorte auxilia pequenas empresas

Rondônia: Empresa participa do projeto Rio Limpo

O diretor-presidente da Eletronorte, Jor-ge Palmeira, garan-

tiu que as máquinas da Usina Termelétrica Rio Acre perma-necerão no estado. “Ninguém falou que vai tirar essa usina do Acre. As máquinas vão conti-nuar em Rio Branco”, afirmou Palmeira em audiência com o secretário de Planejamento do Governo do Estado do Acre, Gilberto Siqueira (foto ao lado, à direita), que contou também com as participações do dire-tor de Produção e Comercia-lização da Eletronorte, Wady Charone, e da chefe do Es-critório de Representação do Governo do Estado do Acre em Brasília, Magaly Medeiros.

“Esse é um tremendo mal-entendido. Isso teve repercus-são a partir de uma paralisação dos empregados. Agora, que fique claro que essas máquinas não vão sair de lá”, declarou Jorge Palmeira, ao fazer uma apresentação ao Secretário so-bre o fornecimento de energia elétrica ao Estado do Acre.

Na audiência foi esclare-cida ainda a nova situação do

Garantida a permanência de termelétrica no Acre

Acre, assim como de Ron-dônia, que passarão a fazer parte do Sistema Interligado Nacional – SIN nos próxi-mos meses. “A partir daí, o Acre receberá energia elétri-ca não só de Rondônia, mas também de todo o parque gerador brasileiro, o que significará mais segurança e qualidade no abastecimen-to”, acrescentou Palmeira.

Ao final do encontro, Gil-berto Siqueira ratificou a posi-ção apresentada pela Eletro-norte: “Nós já resolvemos essa questão. São máquinas obsole-tas, mas que vão ficar no estado para gerar energia se houver algum problema emergencial”.

Coletiva A diretoria da Empresa

também reuniu-se com a

imprensa acreana por meio de videoconferência, para esclarecer alguns pontos le-vantados acerca da situação no estado. Wady Charone salientou que não haverá demissões e que a “Em-presa está empenhada em fazer essa transição de for-ma tranquila e segura para a população e para os em-pregados”.

Transformação: mudança no portalformação, deverão utilizar o login eletronortetransformacao e a senha eletronorte (tudo em caixa baixa, sem acento ou ce-dilha). A iniciativa visa a garantir maior segurança para os dados disponíveis no Portal.

Os colaboradores do Sistema Eletrobrás que quiserem consul-tar o andamento dos projetos do Plano de Transformação deverão utilizar login e senha para aces-sar o Portal da Transformação. Para todas as empresas, valerá

a seguinte regra: o login será o nome da empresa + “transfor-macao” e a senha será o nome da respectiva empresa. Assim, quando os colaboradores da Eletronorte, por exemplo, qui-serem acessar o Portal da Trans-

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O diretor-presidente da Eletronorte, Jorge Palmeira, recebeu o

ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin (foto menor, à direita), em audiência no últi-mo dia 23 de julho, para tratar da cessão de uso de águas da União nos reservatórios de usi-nas hidrelétricas na Amazônia. Ainda em 2007, a Eletronorte entregou os estudos para deli-mitação do Parque Aquícola de Tucuruí. “Hoje, nós estamos com os editais para habilitação de 325 famílias que poderão produzir no reservatório de Tucuruí. Até 2011, o nosso ob-jetivo é demarcar áreas em 40 reservatórios no País”, explicou o ministro. Gregolin anunciou a publicação de editais para que pequenos produtores possam instalar tanques-rede nos reservatórios de Tucuruí, no Pará, e de Três Marias e Furnas, em Minas Gerais.

O Ministro manifestou ainda o interesse em ampliar os projetos na área e o Presi-dente da Eletronorte afirmou que alguns estudos já existen-tes podem ser aprofundados. Palmeira convidou Gregolin a conhecer a experiência da Em-presa com os tanques-rede no Rio Candeias, em Rondônia.

Para Gregolin é importan-te destacar a dimensão social

Ministério lança editais para famíliasinstalarem tanques-rede em Tucuruí

desses projetos. “Na região de Tucuruí, há três parques aquí-colas que somam 926 lotes e o potencial produtivo é muito grande. A política é sempre procurar incluir as famílias ri-beirinhas e dos atingidos por barragens”, disse.

ProduçãoA produção brasileira de

pescados, segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, poderá crescer até 222 mil toneladas por ano, com a oferta de no-vos lotes para que pequenos produtores instalem tanques-rede nos reservatórios de

Três Marias e Furnas, em Minas Gerais, e de Tucuruí, no Pará.

Segundo o Ministro, os editais com as regras para a cessão gratuita de águas da União preveem a participação de famílias que morem nas imediações dessas áreas há pelo menos três anos, tenham renda mensal até cinco salários mínimos e não sejam funcio-nários públicos.Serão oferta-dos 4.260 lotes de mil metros quadrados.

O Ministério enviará equipes para essas áreas, a

Enquanto boa parte das grandes empresas brasileiras precisou recorrer a caríssimos serviços de consultoria para a implantação do Sped Contá-bil, a Eletronorte resolveu a questão com a sua compe-tência interna. Com muita determinação e competência as equipes das superinten-dências de Contabilidade e

Sped contábil é implantado com recursos internosde Tecnologia da Informação conseguiram vencer duas etapas importantes do Siste-ma Público de Escrituração Digital - Sped, que são a nota fiscal eletrônica e a escritura-ção contábil digital

“Precisamos manter latente essa sinergia, pois ganhamos apenas duas batalhas. Para vencer a guerra, em definitivo,

ainda nos resta concluir uma última etapa desse importantís-simo processo, que está sendo implantado em nosso País, e diz respeito à escrituração fiscal digital, prevista para ser enca-minha à Receita Federal do Brasil no próximo mês de se-tembro”, afirma o superinten-dente de Contabilidade, Jésus Alves da Costa (foto).

fim de inscrever os candi-datos, cuja classificação, não eliminatória, deverá priorizar agricultores vinculados a pro-gramas sociais do governo, como o Bolsa Família, regis-trados como agricultores ou pescadores. Quem tiver co-nhecimento da atividade, for assentado da reforma agrá-ria, tinha sido atingido pela construção de barragens e pertencer a associações de classe rurais ganhará pontos no processo.

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Rondônia: Empresa participa do projeto Rio Limpo

Foi realizada no final de julho passado em Jaci Paraná, distrito de Porto

Velho (RO), a 5ª edição do projeto Rio Limpo, coorde-nado pela Associação dos Pes-cadores Amadores de Rondô-nia – Sopescar, e que contou com a parceria e apoio logís-tico da Eletronorte. O evento teve como principal objetivo a conscientização de mora-dores, ribeirinhos e turistas sobre a preservação do meio ambiente e também em rela-ção ao lixo jogado às margens do Rio Jaci, um importante afluente do Rio Madeira.

Após quatro horas de traba-lho foram retiradas quase duas toneladas de resíduos sólidos de alto impacto na qualidade da água, sendo a maioria sacos plásticos e sucatas metálicas contaminadas. De acordo com Sílvio Tonelli, vice-presidente da Sopescar, o local foi escolhi-do por concentrar vários pon-tos turísticos. “Jaci Paraná tem recebido muitos turistas, prin-cipalmente por ser o berço da construção de uma das usinas do Complexo do Madeira e a

preservação de nossos rios e lagos evitará um futuro desas-troso para todos nós”, disse.

Desde 2005, a Eletronor-te é uma das parceiras do Rio Limpo. “A Empresa participa do projeto desde a primeira edição, que propõe a cons-cientização das comunidades sobre a importância da manu-tenção da qualidade das águas e também da preservação das matas ciliares. Além disso, o distrito está localizado junto ao sistema de transmissão da Eletronorte”, explica o coor-denador de Meio Ambiente da Regional, Fernando Bastos.

Parceiros

Cerca de 60 pessoas par-ticiparam do evento, entre voluntários, profissionais das empresas e órgãos do mu-nicípio e do estado, como Sedam, Setur, Fimca, Ibama, Marinha, Sesc, Sema, Fiero, Semas. O projeto Rio Limpo foi realizado em parceria com o projeto Verão Limpo, atual-mente coordenado pelo Cor-po de Bombeiros do Estado de Rondônia.

“Sistema de gestão da qua-lidade bem estruturado e man-tido em conformidade com a norma NBR ISO 9001:2008”. Foi com essas palavras que a auditora da BSI, Maria do Car-mo Santana comunicou a ma-nutenção da certificação ISO 9001:2008 para os processos aquisição e financeiro da Re-gional de Transmissão de Mato Grosso.

Com a correção de uma não conformidade, o ajuste de seis oportunidades de melhoria e a prática dos outros procedi-mentos no padrão atual, o re-sultado da auditoria constatou zero não conformidades e zero oportunidades de melhoria,

Regional de Mato Grosso mantém certificação dos processos aquisição e financeiro

o funcionário perceba qual é a importância do seu traba-lho para a empresa como um todo, visando à redução de custos, intensificando o foco na satisfação do cliente e o com-prometimento com a melhoria contínua”, destaca.

confirmando o esforço realiza-do pelas equipes desde a última auditoria interna, realizada em maio deste ano. “A auditoria é uma forma de a Empresa ajus-tar procedimentos e manter padrões de qualidade em seus processos e, consequentemen-te, conseguir a certificação. Es-tamos com um verdadeiro sen-timento de trabalho cumprido”, destaca Maria Celeste Souza Tavares, assessora de Gestão da Qualidade.

No relatório, a auditora da BSI salientou o comprometi-mento da alta direção no pro-cesso. A boa vontade foi um dos pontos fortes destacados no trabalho das equipes, que,

“além de muito capacitadas, re-ceberam a auditora com dispo-sição e alto astral”.

Maria Celeste explica ainda que a ISO 9001 trata a gestão por processos e não somente por setores. “Ela amplia a visão de trabalho, fazendo com que

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Feira do Empreendedor: Eletronorte auxilia pequenas empresas

A Eletronorte está au-xiliando as micro e pequenas empresas

na Feira do Empreendedor 2009, realizada em Cuiabá (MT). Em uma mesa de ne-gócios, os empreendedores podem obter importantes in-formações sobre licitações e como se cadastrar como pes-soa jurídica no site da Empre-sa,. “Estamos ajudando vários segmentos, dizendo quem somos, como trabalhamos na área de compras, divulgando licitações etc.”, cita Aparecida Alves do setor de Aquisição da Regional de Transmissão de Mato Grosso.

“No ano passado fizemos o mesmo em Brasília e neste ano o Sebrae nos convidou novamente aqui em Cuiabá. É uma oportunidade de ajudar e esclarecer as dúvidas das micro e pequenas empresas, além de ser uma troca de experiências e de conhecimentos”, destaca.

A Feira do Empreendedor 2009 aconteceu no Centro de Eventos do Pantanal e a mesa de negócios da Eletronorte es-teve montada no Auditório dos Pássaros. O evento é realizado pelo Sebrae em oito capitais, com o objetivo de orientar e capacitar pessoas interessadas em montar seus próprios ne-

gócios. Em 2008, o circuito da Feira recebeu mais de 200 mil visitantes, em sua maioria can-didatos a empresários.

A Feira de Cuiabá teve como tema: ter seu próprio negócio é demais de bom – expressão tipicamente cuiabana para de-signar coisas realmente boas.

Dentre as instituições parceiras estão a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Si-cme), Governo de Mato Gros-so, Senai, Sesc/Senac, Famato, Facmat, UFMT, Unirondon, Banco do Brasil, Caixa Econô-mica, Banco da Amazônia, M T Fomento e Sicredi.

Na última quinta-feira, 6 de agosto, o auditório da Ele-tronorte em Brasília recebeu a palestra “Proteção do Co-nhecimento Sensível”, com José Renato de Oliveira, ofi-cial de Inteligência da Agên-cia Brasileira de Inteligência – Abin. A palestra faz parte de ações de treinamento aos empregados cujo objetivo é ajudar na implementação do Programa Nacional de Prote-ção ao Conhecimento Sensí-vel – PNPC na Eletronorte, fruto da criação do Comitê de Monitoramento de In-formações Institucionais na Empresa que tem como uma das funções evitar ameaças às informações estratégicas.

Representando o diretor-presidente, o superintenden-te de Relações Institucionais, Mário Miranda (foto ao lado), falou da importância da segu-rança de informações nas em-presas: “A presença de vocês demonstra o interesse para algo que devemos praticar

Palestra de Proteção do Conhecimento Sensível inicia ações de prevenção de informações estratégicas

Em seguida, José Renato (foto acima) falou sobre o pa-pel da Abin, tipos de conheci-mento, problemas que podem acarretar em vazamento de informações e maneiras pos-síveis de se evitar vazamentos. “Temos a competência legal de planejar e executar o pla-nejamento de conhecimentos sensíveis. A Eletronorte tem conhecimentos extremamente importantes não apenas para a Empresa, mas também para o Brasil, e é função da Abin apoiar esses conhecimentos que geram potencial competi-tivo e que são relevantes de al-guma forma para a defesa dos interesses nacionais”.

cada vez mais na Eletronorte que é o tratamento de infor-mações. Essa palestra cumpre o programa de cooperação técnica entre Eletronorte e a Abin, que tem o dever le-gal de planejar e executar a proteção de conhecimento nos órgãos de administração direta, que não inclui a Eletro-norte, sendo nossa Empresa pioneira tanto no Setor Elé-trico quanto da administração indireta a assinar esse acordo com a Agência”.

Mário destaca ainda que a competitividade no Setor Elé-trico demanda ações como essa: “Muitas vezes está na nossa mentalidade que o fato

de sermos uma empresa pú-blica e de concessão de servi-ço público que as nossas infor-mações e conhecimentos são também públicos, o que não é bem assim. Com ambiente eminentemente competiti-vo, quem tem informações e quem faz tratamento des-sas informações é quem vai ganhar os leilões de energia. Esse seminário serve como estímulo de sensibilização de todos os colegas para que fa-çamos sobretudo a reflexão do nosso trabalho, para que a Eletronorte não seja agredida ou ameaçada externamente no conhecimento”.

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Oficina de Concertação discute implementação de políticas integradas para as mulheres de Tucuruí e Jacundá

Para promover o diálogo e formatar parceria de for-ma a garantir a integração

e o fortalecimento de políticas públicas para as mulheres que vivem nos municípios do entor-no da Usina Hidrelétrica Tucu-ruí, a Eletronorte realizou a 1ª Oficina de Concertação Social para implementação de Políticas Públicas Integradas para Mulhe-res nos Municípios de Tucuruí e Jacundá. Por meio da Assesso-ria de Ações de Responsabilida-de Social, e do Núcleo de Res-ponsabilidade Social da Regional de Produção de Tucuruí, repre-sentantes da Coordenadoria de Promoção dos Direitos da Mu-lher, do Conselho Municipal das Mulheres de Tucuruí e Jacundá discutiram a elaboração de pro-gramas e projetos voltados para o enfrentamento da violência contra as mulheres.

A integração Eletronorte, Governo do Estado, prefeitu-ras municipais e entidades re-presentativas das organizações de mulheres deve viabilizar o projeto Casa Maria do Pará nos dois municípios. Participa-ram das discussões represen-tantes da Eletrobrás, Sub-Se-cretaria de Monitoramento de Programas e Ações Temáticas da Secretaria Especial de Polí-ticas para as Mulheres, Coor-denadoria de Promoção dos Direitos da Mulher, secretarias municipais de Promoção dos Direitos da Mulher , Comitê de Gênero da Itaipu Binacio-nal, conselhos municipais de Tucuruí e Jacundá e Secreta-ria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Na-cional dos Trabalhadores Ru-rais – Contag.

Para Maria Nunes Valente, a Fezinha, do Movimento de Mulheres do Campo e Cidade

de Tucuruí e Região, as dis-cussões são importantes para definir as estratégias a serem adotadas no enfrentamento a discriminação, assédio e agres-são que vitimam centenas de mulheres nos municípios da região. A implantação do Cen-tro de Referência Maria do Pará em Tucuruí é uma demanda antiga dos grupos femininos organizados da região e será crucial para amenizar as vítimas dos maus tratos domésticos e todos os tipos de violência contra as mulheres.

“Essa conquista é motivo de comemoração sim, mas ainda há muito que fazer”, avalia Fezinha. Segundo ela, há anos os movimentos de mulheres encampam uma luta para garantir, junto ao gover-no estadual e órgãos federais, ações específicas que ameni-zem os problemas que afligem as mulheres. “Em Tucuruí, essa realidade já está mudando e muito já foi conseguido. Temos uma delegacia especializada, promotoria e entidades atuan-tes”, observa.

Contudo, essa realidade nos municípios da região é aversa a de Tucuruí. Em Jacundá, se uma mulher tenta denunciar abusos e maus tratos do par-ceiro corre o risco de ser ridi-cularizada na própria delegacia,

conforme denuncia Maria Ene Lisboa, presidente da Associa-ção de Mulheres de Jacundá (Ademuj) e vice do Conselho Municipal da Condição Femi-nina, órgão ligado à Secretaria Especial de Estado de Políticas Públicas para Mulheres.

Em Jacundá, por exemplo, toda e qualquer ação ligada a condição feminina esbarra na burocracia e na falta de estru-tura. “Falta tudo. Da delegacia ao Ministério Público. O que queremos é mudar essa qua-dro urgentemente”.

Quando implantados, os Centros de Referência nos dois municípios devem atender aos sete municípios do entorno do lago da UHE Tucuruí.

Maria do Pará Discutir melhorias na qua-

lidade de vida das mulheres é mais que adoção de políticas públicas, é também mudança de cultura. Para tanto, a Ele-tronorte promove discussões internas para corrigir as falhas históricas contra as mulheres. Para que a concertação social se realize e produza bons re-sultados também é necessário que os interlocutores sociais sejam parceiros e estejam le-gitimamente representados. A 1ª Oficina de Concertação Social traduz o esforço que

vem sendo empregado pela Eletronorte para incorporar os princípios da equidade e da igualdade em todas as dimen-sões no processo do desen-volvimento e na consolidação da democracia.

O primeiro Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violên-cia - “Maria do Pará”, foi inau-gurado em Belém em março de 2008, durante as comemo-rações pelo Dia Internacional da Mulher. Até hoje, mais de 400 mulheres vítimas de vio-lência doméstica foram acolhi-das pelo Centro, que funciona com uma equipe multidiscipli-nar para atendimento integral. Profissionais como psicólogos, assistentes sociais, arte tera-peutas, pedagogos, enfermei-ros e massoterapeutas inte-gram o projeto.

O Centro já é realidade no município de Abaetetuba – o segundo centro a funcionar no estado. Outros estão em fase de conclusão nos municí-pios de Capanema, Santarém, Parauapebas e Curionópolis. Visando à superação de trau-mas emocionais, recuperação da auto-estima e da autonomia pessoal, o Centro promove oficinas que contribuem com a geração de emprego e renda para as mulheres, como a pro-dução de objetos com jornais.

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Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes

Continentais do Instituto Chi-co Mendes estiveram no canal de fuga da Usina Hidrelétrica Tucuruí para desenvolver uma pesquisa com a piraíba, espé-cie de peixe também conheci-da como filhote.

Em estudos anteriores, na região do Tocantins-Araguaia, a montante da Usina, os analistas ambientais detecta-ram um fenômeno com esta espécie. Eles encontraram apenas exemplares adultos, acima de dois metros. A falta de peixes menores, segundo os analistas, pode ser indício de desequilíbrio ambiental. Os pesquisadores foram a ju-sante verificar se lá ocorria o contrário, se as espécies eram menores e ainda não tinham atingido a idade adulta.

A preservação da piraíba em TucuruíEm dois dias de pesquisas,

o maior peixe encontrado a jusante foi uma fêmea de 1,60 metros, capturada pelos ribeirinhos, comprovando as suspeitas dos pesquisadores: as espécies de jusante são menores do que as de mon-tante.

De acordo com o analista ambiental, José Oswaldo Jun-queira Mendonça, essa divisão pode representar um risco de extinção da piraíba. “Se a água aquecer um grau, com o aquecimento global, as chan-ces de essa espécie sobrevi-ver, se estiver separada assim, é bem menor, isso porque a variedade genética diminui”, explica.

Por isso a Eletronorte en-trou como parceira nos estu-dos e pesquisas bioecológicas e reprodutivas do filhote, para

que possa ser estudada uma forma de minimizar o impacto sobre a espécie. Quatro téc-nicos do laboratório de pesca de Tucuruí acompanharam os pesquisadores, ajudando na captura dos animais. Os pes-cadores ribeirinhos também colaboraram com o trabalho, possibilitando aos analistas medirem e retirarem uma amostra da cauda dos peixes para análise do DNA.

Fauna parasitáriaOs pesquisadores tam-

bém estão estudando os pa-rasitas que se hospedam no filhote. Segundo os analistas, a presença de parasitas pode indicar o equilíbrio da biodi-versidade. Quanto maior o número de parasitas é sinal de que o ecossistema está em perfeitas condições, como

explica Paulo Sérgio Cecca-relli: “Um parasita passa por até 11 hospedeiros, como aves, caramujos, capivaras, jacarés. O peixe come as fe-zes desses animais e adquiri o parasita. Então, se são en-contrados muitos parasitas no peixe, significa que esses ani-mais ainda vivem na fauna ao redor do Rio Tocantins.”

O III Encontro Regional para Fortalecimento da Equi-dade de Gênero no Mundo do Trabalho aconteceu sob coordenação do Serviço Fe-deral de Processamento de Dados - Serpro no último dia 31 de julho, em Curitiba (PR), reunindo membros de diversas empresas públicas estaduais e federais, representantes de prefeituras paranaenses, do governo estadual, empresas privadas e sociedade civil. Em-presas parceiras como a Eletro-norte, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Embrapa e Petrobrás apresentaram as melhores práticas e resultados relacionados ao programa Pró-Equidade de Gênero.

A Eletronorte, como Em-presa organizadora do evento, participou por meio do seu Comitê de Gênero e Respon-sabilidade Social, e além de contribuir com os debates so-

Encontro de equidade de gênero discutea discriminação racial no mundo trabalho

bre discriminação no trabalho, apresentou alguns resultados do programa Pró-Equidade de Gênero em âmbito inter-no. “Participar desse evento foi uma grande oportunidade para conhecermos as práticas das demais empresas pre-sentes bem como os debates que estão ocorrendo sobre a questão em órgãos internacio-nais e do Governo Federal. Foi possível constatar que estamos no caminho certo, pois o con-

teúdo dos debates e palestras trataram de ações que corres-pondem às nossas propostas no plano de ação da Eletronor-te, nos fazendo acreditar que as mesmas estão respaldadas e alinhadas às orientações desses organismos”, afirma a coorde-nadora do programa Pró-Equi-dade de Gênero e Diversidade da Eletronorte, Gleide Almeida Brito.

Com cinco edições previs-tas, uma para cada região do

País, o ciclo de encontros re-gionais vai aprofundar um tema específico em cada encontro. Antes de Curitiba, o ciclo pas-sou por Recife, onde abordou a violência contra a mulher. Em Belém foram tratadas as con-quistas e desafios da mulher no universo do trabalho. Os encontros constituem num es-paço para a construção, deba-te e implementação de ações governamentais efetivas nessa área.

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A chegada dos novos esta-giários à Eletronorte terá uma recepção diferente neste ano. Com objetivo de atuarem com um olhar de educador, orien-tador e facilitador do processo de ensino e aprendizagem, cerca de 80 empregados pas-saram por treinamento para supervisionar os estudantes, em conformidade com a nova Lei de Estágio (11.788/08). O curso, fruto da parceria da Superintendência de Gestão de Pessoas com a Superinten-dência de Desenvolvimento e Educação, já formou três tur-

Supervisores de estagiários passam por treinamentomas, tendo mais duas progra-madas ainda em agosto.

De acordo com Ana Ce-lina Fernandes (foto ao lado), analista de Recursos Humanos da Universidade Corporativa da Eletronorte - Ucel e co-ordenadora do programa de treinamento de supervisores, “houve a necessidade de um curso tanto na Sede como nas unidades regionais para melhor capacitar os supervisores – tan-to em relação à nova Lei como em relação a outros assuntos, tais como papel de educador do supervisor, assédio moral e

sexual, direitos e deveres dos estagiários na Empresa”.

Os supervisores também participaram de atividades para sentirem as necessidades dos estagiários. “O curso é pré-requisito para que o empre-gado possa atuar como super-visor de estágio, visto que o não cumprimento dos novos procedimentos exigidos pela Lei poderia acarretar prejuízos para toda a Empresa”, alerta Celina.

Segundo ela, “o estágio na Eletronorte já é muito bem respeitado, reconhecido e

desejado. Queremos fazer com que os empregados se sintam mais seguros, motiva-dos e empenhados para atu-arem como supervisores e busquem melhorias contínuas nesse processo”.

Foi apresentado em reu-nião do Conselho Supe-rior do Sistema Eletrobrás - Consise o desenvolvimen-to do projeto Sarbanes-Oxley (SOX) nas empresas que compõem a holding e o acompanhamento dos planos de ação. “Desde a reunião do Consise, as empresas apre-sentaram forte evolução dos indicadores a partir de ações internas e atualização dos inventários de gaps”, decla-ra Rogério Palmeirão (foto),

SOX: Eletronorte possui 487 controles identificadosgerente de Controle Inter-no da Auditoria Interna e de Projeto de Processos de Negócio da SOX.

A Eletronorte teve 31 subprocessos mapeados, dos quais 27 são processos de negócio e quatro da área de Tecnologia da Informa-ção. Nesses processos foram identificados 487 controles internos, sendo 401 proces-sos de negócio e 86 da área de TI. Atualmente estão sen-do feitos os testes dos con-troles, iniciados em junho passado, que prosseguem até setembro. Os controles que tiveram as falhas identi-ficadas serão testados após a implantação dos planos de ação para correção.

E para que servem es-ses controles internos? A Lei

Sarbanes-Oxley se baseia na definição de que controle in-terno é um processo desen-volvido para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os objetivos da empresa em três categorias: eficácia e eficiência das ope-rações; confiabilidade nos registros contábeis/ financei-ros; e cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.

O planejamento das ativi-dades para a certificação dos controles internos do Siste-ma Eletrobrás, que deverá ocorrer no final deste ano, está sendo finalizado pela empresa de auditoria inde-pendente PriceWaterhouse-Coopers. A previsão é de que a apresentação formal do planejamento ocorra ain-da neste mês.

“Todos os gerentes e empregados precisam estar conscientes da importância desse trabalho, porque os controles internos são fun-damentais para que as ati-vidades, as transações e as operações da Empresa se-jam realizadas corretamen-te, dentro da normalidade, e para que não haja erros”, acrescenta Palmeirão.

5 de5agosto de 2008 ano 12 nº 22611 de agosto de 2009 ano 12 nº 244

A Eletronorte acaba de instalar quatro “gavi-ões” na Subestação

Guamá/Utinga em Belém (PA). O objetivo é afastar os bandos de andorinhas, pás-saros cujas fezes são respon-sáveis por prejuízos e danos nos sistemas de transmissão da Empresa. O “espantalho-gavião” é uma das bem suce-didas experiências desenvol-vidas pelo programa de P&D da Eletronorte, invento do técnico em manutenção civil da Subestação Tartarugalzi-nho (AP), Edson Ferreira de Barros (foto ao lado).

O problema é que as fe-zes das andorinhas contêm alta acidez e quando deposi-tadas nos equipamentos das subestações, principalmente no período de chuvas, preju-dicam a cadeia de isoladores, chegando a causar curtos-circuitos. Equipamentos já chegaram a ficar indisponí-veis por mais de seis horas devido às andorinhas.

O trabalho para espan-tar as andorinhas teve início com o uso de rojões, mas passados alguns dias elas re-tornavam. Edson, que é quí-mico por formação, reparou que os gaviões espantavam as andorinhas e começou a pensar no projeto. Quan-do houve um desligamento programado para manuten-ção de equipamentos o pro-jeto do “espantalho-gavião” foi implantado. A idéia é sim-ples - um boneco de isopor, com estrutura metálica -,

Eletronorte instala “gaviões” em subestações

mas tem funcionado muito bem em diversas instalações da Eletronorte. O pedido de registro de patente do inven-to já foi feito junto ao Inpi e o resultado tem sido uma eco-nomia com manutenção da ordem de R$ 276 mil/ano, sem falar no ganho ambien-tal, pois as andorinhas são aves migratórias que contam com proteção internacional.

Pará- Os técnicos Djalma Alves e Lourival Torres foram os responsáveis por instalar os “gaviões” na Subestação Gua-má/Utinga. Segundo Djalma, “as andorinhas deixam, além dos ninhos, uma grande quan-tidade de resíduos e de três em três meses tínhamos que realizar o serviço de limpeza

nas linhas, o que represen-ta um custo muito elevado”. A equipe da Eletronorte no Pará acredita que até o final do mês de agosto sejam ins-

talados gaviões em todas as subestações. “Serão instala-dos dois protótipos em Santa Maria e mais três no Guamá”, confirma Djalma.