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GEAEL – Escola de Aprendizes do Evangelho - Aliança Espírita Evangélica 1 Visite nosso site: geael.wordpress.com e baixe os números anteriores Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira Conhecendo a Doutrina Espírita – 23 Estudos doutrinários do GEAEL GEAEL Identidade dos espíritos 255. A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do espiritismo; acontece que, na verdade, os Espíritos não nos apresentam uma prova de notoriedade, e sabe-se com que facilidade al- guns deles tomam nomes emprestados; assim, depois da ob- sessão, esta é uma das maiores dificuldades do espiritismo prático. Em muitos casos, aliás, a identidade absoluta é uma questão secundária e sem importância real. A mais difícil de constatar, sendo freqüentemente até impossível fazê-lo, é a identidade do Espírito de personalida- des antigas, ficando-se limitado a uma apreciação puramente moral. Julgam-se os Espíritos, como os homens, pela sua lin- guagem; se um Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades, ou puerilidades, com toda a certeza não pode ser ele; se, porém, diz só coisas dignas do ca- ráter de Fénelon, e que este não desaprovaria, há, se não uma prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que deve ser ele. É num caso assim, principalmente, que a iden- tidade real é uma questão secundária. A partir do momento que o Espírito só diz boas coisas, pouco importa o nome que adote para dizê-las. Objetar-se-á, sem dúvida, que o Espírito que adota um nome suposto, embora para dizer somente coisas justas, mesmo assim estaria cometendo uma fraude, não podendo, portanto, ser um Espírito bom. Há, aqui, delicadas nuances, difíceis de captar, e que vamos tentar explicar. 256. À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, as características distintivas da sua personali- dade desaparecem, de certa forma, na unidade da perfeição, e, contudo, não deixam de manter sua individualidade; é o que acontece com os Espíritos superiores e com os Espíritos puros. Nessa posição, o nome que tinham na Terra, numa das mil existências corporais efêmeras pelas quais passaram, é algo totalmente insignificante. Observemos, também, que

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GEAEL – Escola de Aprendizes do Evangelho - Aliança Espírita Evangélica 1

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Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de LimeiraConhecendo a Doutrina Espírita – 23

Estudos doutrinários do GEAELGEAEL

• Identidade dos espíritos

255. A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do espiritismo; acontece que, na verdade, os Espíritos não nos apresentam uma prova de notoriedade, e sabe-se com que facilidade al-guns deles tomam nomes emprestados; assim, depois da ob-sessão, esta é uma das maiores dificuldades do espiritismo prático. Em muitos casos, aliás, a identidade absoluta é uma questão secundária e sem importância real.

A mais difícil de constatar, sendo freqüentemente até impossível fazê-lo, é a identidade do Espírito de personalida-des antigas, ficando-se limitado a uma apreciação puramente moral. Julgam-se os Espíritos, como os homens, pela sua lin-guagem; se um Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades, ou puerilidades, com toda a certeza não pode ser ele; se, porém, diz só coisas dignas do ca-ráter de Fénelon, e que este não desaprovaria, há, se não uma prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que

deve ser ele. É num caso assim, principalmente, que a iden-tidade real é uma questão secundária. A partir do momento que o Espírito só diz boas coisas, pouco importa o nome que adote para dizê-las.

Objetar-se-á, sem dúvida, que o Espírito que adota um nome suposto, embora para dizer somente coisas justas, mesmo assim estaria cometendo uma fraude, não podendo, portanto, ser um Espírito bom. Há, aqui, delicadas nuances, difíceis de captar, e que vamos tentar explicar.

256. À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, as características distintivas da sua personali-dade desaparecem, de certa forma, na unidade da perfeição, e, contudo, não deixam de manter sua individualidade; é o que acontece com os Espíritos superiores e com os Espíritos puros. Nessa posição, o nome que tinham na Terra, numa das mil existências corporais efêmeras pelas quais passaram, é algo totalmente insignificante. Observemos, também, que

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2 Conhecendo a Doutrina Espírita

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os Espíritos se atraem mutuamente pela semelhança das suas qualidades, e que formam, assim, por afinidade, grupos ou famílias. Por outro lado, se considerarmos a imensa quanti-dade de Espíritos que, desde a origem dos tempos, devem ter alcançado as primeiras posições, e se os compararmos com o limitado número de homens que deixaram um grande nome na Terra, compreenderemos que, entre os Espíritos superio-res que podem comunicar-se, a maioria deles não deve ter nomes que conheçamos. Porém, como precisamos de nomes para fixar nossas idéias, eles podem tomar o de uma perso-nalidade conhecida, cuja natureza se identifique mais com a deles. É por isso que nossos anjos guardiães geralmente se dão a conhecer pelo nome de um dos santos que veneramos, e quase sempre pelo daquele por quem nos sentimos mais inclinados. Conclui-se, daí, que se o anjo guardião de uma pessoa se apresenta como São Pedro, por exemplo, não há qualquer prova material de que se trate exatamente do após-tolo conhecido por esse nome; tanto pode ser ele, como um Espírito completamente desconhecido, pertencente à família de Espíritos da qual São Pedro faz parte. Segue-se daí, tam-bém, que seja qual for o nome sob o qual invoquemos nosso anjo de guarda, ele atenderá ao chamado, porque é atraído pelo pensamento; o nome lhe é indiferente.

O mesmo acontece sempre que um Espírito superior se comunica espontaneamente sob o nome de uma personalidade conhecida; nada prova que seja exatamente o Espírito dessa personalidade; mas, se ele nada disser que conteste a elevação de caráter desse Espírito, há presunção de que seja ele, e, de qualquer forma, pode-se dizer que, se não é ele, deve ser um Es-pírito do mesmo nível, e talvez até mesmo um Espírito enviado por ele. Em resumo, a questão do nome é secundária, podendo--se considerá-lo como mera indicação da posição que o Espírito ocupa na escala espírita.

A situação é bem diferente quando um Espírito de uma ordem inferior se disfarça sob um nome respeitável para dar crédito às suas palavras, e este caso é tão freqüente, que não seria demais manter-se em guarda contra essa espécie de substituições. É graças a esses nomes falsos, e principalmente com o auxílio da fascinação, que alguns Espíritos sistemáti-cos, mais orgulhosos do que sábios, procuram dar credibili-dade às mais ridículas idéias.

Como já dissemos, portanto, a questão da identidade é quase indiferente quando se trata de instruções gerais, uma vez que os melhores Espíritos podem substituir-se reciproca-mente, sem que isso tenha qualquer importância. Os Espíritos superiores formam, por assim dizer, um todo coletivo, cujas individualidades nos são, com raras exceções, completamente desconhecidas. Não é a pessoa deles que nos interessa, e sim seus ensinamentos; ora, desde que seus ensinamentos sejam bons, pouco importa se quem os dá se chama Pedro, ou Pau-lo; julgamo-lo pela sua qualidade e não pelas suas insígnias. Se um vinho for mau, não será a etiqueta que o tornará me-lhor. Quanto às comunicações íntimas, a questão é diferen-te, porque então é o indivíduo, sua pessoa em si, o que nos interessa, e é com razão que, nessa circunstância, queiramos

certificar-nos de que o Espírito que atende ao nosso chamado é realmente aquele que desejamos.

257. É bem mais fácil constatar a identidade quando se trata de Espíritos contemporâneos, cujo caráter e cujos hábi-tos conhecemos, porque são exatamente esses hábitos, de que ainda não tiveram tempo de despojar-se, que nos permitem reconhecê-los, e desde já dizemos que isso constitui também uma das indicações mais evidentes de identidade. Sem dúvi-da, atendendo a um pedido que lhe façam, o Espírito pode dar provas de identidade, mas só o faz se lhe convier, e ge-ralmente esse pedido o magoa, por isso deve ser evitado. Ao deixar seu corpo, o Espírito não abriu mão da sua suscetibi-lidade; ofende-se diante de qualquer pergunta cuja finalidade seja pô-lo à prova. Há perguntas que não ousaríamos fazer--lhe se se apresentasse vivo, com receio de faltar ao decoro; por que, então, lhe dispensaríamos menos consideração após sua morte? Se um homem se apresenta num salão declinando seu nome, alguém irá pedir-lhe à queima-roupa, sob o pre-texto de que existem impostores, que exiba seus documentos, provando que é quem diz ser? Certamente, esse homem teria o direito de lembrar ao interpelador as regras de civilidade. É o que fazem os Espíritos, não respondendo ou retirando-se. Exemplifiquemos com uma comparação. Suponhamos que o astrônomo Arago, quando vivo, se tivesse apresentado numa casa onde não era conhecido e que o tivessem interpelado as-sim: — Dizeis que sois Arago, porém, como não vos conhece-mos, dignai-vos prová-lo, respondendo às nossas perguntas. Resolvei tal problema de Astronomia; dizei-nos vosso sobre-nome, nome, os de vossos filhos, que fazíeis em tal dia, a tal hora etc. Que teria ele respondido? Pois bem, como Espírito, fará o que faria em vida, e o mesmo fazem os outros Espíritos.

258. Embora os Espíritos se recusem a responder às per-guntas pueris e absurdas que, quando vivos, se teria o cuida-do de evitar dirigir-lhes, eles muitas vezes dão, espontanea-mente, provas irrecusáveis da sua identidade, por seu caráter, que se revela na sua linguagem, pelo emprego de palavras que lhes eram familiares, pela citação de certos fatos, de particu-laridades da sua vida, às vezes desconhecidas dos assistentes, e cuja exatidão se pode verificar. As provas de identidade ressaltam, além disso, de uma infinidade de circunstâncias imprevistas, que nem sempre se mostram de imediato, mas na continuação das comunicações. Convém, pois, esperar por elas, sem provocá-las, observando cuidadosamente todas as que possam provir da natureza das comunicações. (Ver o fato narrado no nº 70.)

259. Quando o Espírito que se comunica é suspeito, um meio que se emprega às vezes, com sucesso, para certificar-se da sua identidade, consiste em fazê-lo afirmar, em nome de Deus todo-poderoso, que é realmente quem diz ser. Freqüen-temente acontece que o que adotou um nome usurpado recua diante do sacrilégio, e tendo começado a escrever: Afirmo em nome de..., pára e, com raiva, traça riscos sem sentido,

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ou quebra o lápis; se for mais hipócrita, ele se esquiva da questão e, como se tivesse uma restrição mental, escreve, por exemplo: Eu vos garanto que estou dizendo a verdade; ou então: Atesto, em nome de Deus, que sou mesmo eu quem vos fala etc. Há, porém, alguns que não são tão escrupulosos, e que juram tudo o que se quiser. Um deles se comunicou a um médium dizendo ser Deus, e o médium, honrado com tão insigne distinção, não hesitou em acreditar nele. Evocado por nós, não ousou sustentar sua impostura, e disse: Não sou Deus, mas sou seu filho. – Então és Jesus? Não é provável, porque Jesus está numa posição elevada demais para usar um subterfúgio. Ousas, contudo, afirmar, em nome de Deus, que és o Cristo? – Não disse que sou Jesus; disse que sou filho de Deus, porque sou uma de suas criaturas.

Deve-se concluir daí que a recusa por parte do Espírito a confirmar sua identidade em nome de Deus é sempre uma prova de que o nome que ele adotou é uma impostura, mas, caso a confirme, trata-se apenas de uma suposição e não de uma prova cabal da sua identidade.

260. Podem-se alinhar entre as provas de identidade a semelhança da caligrafia e a assinatura, mas, além de não ser dado a todos os médiuns obter esse resultado, isso nem sempre é garantia suficiente; como neste, também no mundo dos Espíritos há falsários; existe, portanto, apenas uma pre-sunção de identidade, que só pode ser validada pelas circuns-tâncias que a acompanham. O mesmo acontece com todos os sinais materiais que alguns consideram talismãs inimitáveis por Espíritos mentirosos. Nenhum sinal material pode opor obstáculo maior aos que ousem jurar falso em nome de Deus,

ou falsificar uma assinatura. A melhor de todas as provas de identidade está na linguagem e nas circunstâncias fortuitas.

261. Dir-se-á, sem dúvida, que se um Espírito consegue imitar uma assinatura, ele pode perfeitamente imitar também a linguagem. Isto é verdade; já vimos alguns que, descarada-mente, adotavam o nome de Cristo, e, para melhor enganar, simulavam o estilo evangélico e esbanjavam a torto e a direito estas bem conhecidas palavras: Em verdade, em verdade vos digo. Quando, porém, se examinava o conjunto de detalhes sem prevenção; quando se investigava o fundo dos pensa-mentos, o alcance das expressões; quando, a par de belas má-ximas de caridade, viam-se recomendações pueris e ridículas, seria preciso estar fascinado para equivocar-se. Sim, certos aspectos da forma material da linguagem podem ser imita-dos, mas não o pensamento; a ignorância jamais imitará o verdadeiro saber, e jamais o vício imitará a verdadeira virtu-de; as verdadeiras intenções sempre virão à tona num ponto qualquer. É então que o médium, assim como o evocador, precisam de toda sua perspicácia e de todo seu discernimen-to para distinguir a verdade da mentira. Devem persuadir-se de que os Espíritos perversos são capazes de todos os ardis, e, quanto mais elevado for o nome sob o qual o Espírito se apresente, mais desconfiança deve inspirar. Quantos médiuns receberam comunicações apócrifas assinadas por Jesus, Ma-ria, ou um santo venerado!

O Livro dos MédiunsAllan Kardec

Editora do ConhECimEnto

Os espíritos de Hannemann e Jean Reynaud numa reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas com Allan Kardec

Washington [email protected]

Há doze anos temos recolhido informações existentes na Revista Espírita ao tempo de Allan Kardec (1804-1869) acer-ca do mobiliário da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE). Também procuramos referências sobre decoração de interiores parisienses no século XIX. Em 2004 convidamos o amigo ilustrador espírita, Ismael Tosta Garcia, a tornar-se um Gustav Doré (1832-1883) do Espiritismo, criando cenas históricas de situações e pessoas espíritas. Doré e muitos ou-tros artistas fizeram e o fazem com cenas da Bíblia e outras obras. Feitos vários ensaios, finalmente conseguimos chegar a um resultado e então passamos a criar muitas cenas de re-uniões na SPEE, em diferentes ângulos e considerando seus diferentes endereços. Neste Sesquicentenário do Espiritismo em 2007, apresentamos aos amigos leitores ineditamente uma ilustração de uma reunião na SPEE, ocasião em que se ma-nifestaram o espírito do médico alemão Samuel Hannemann (1755-1843), criador da Homeopatia e o espírito do enge-nheiro e escritor francês Jean Reynaud (1808-1863), ambos considerados por Allan Kardec como precursores do Espiri-

tismo. Colocamos Jesus como sendo o Espírito Verdade (ape-sar de nem todos concordarem com isso), porque nos parece que o assunto ficou bem resolvido em artigos e pesquisas já publicados – ver Revista ICESP/SP n.º 7, 3º tri/2003 (Wa-shington Fernandes); Jornal Espírita/SP, março/2005 (Paulo Sobrinho). Consultado acerca deste trabalho, o médium Di-valdo Franco (1927- ) achou-o muito bom e uma ótima idéia, chegando a dar sugestões.

Que este trabalho artístico sirva de inspiração para que artistas criem outras cenas espíritas, feitas as devidas pesqui-sas, ajudando a construir a história do Consolador...

Sobre os elementos na foto:1 A 22, respectivamente, espíritos citados como os mais

frequentes às reuniões da SPEE (conforme Revista Espírita, Nov/1860, p. 347; (p. 351), Boletim, reunião de 19/10/1860; e Prolegômenos de O Livro dos Espíritos): 1 - Espírito Ver-dade (Jesus), 2 - Santo Agostinho, 3 – Baluze, 4 - Benjamin Franklin, 5 - Channing, 6 -Gérard de Nerval, 7 - Fénelon, 8 - Delphine Girardin, 9 - João Evangelista, 10 – Lamennais,11

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4 Conhecendo a Doutrina Espírita

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A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas fixou seu endereço à Rua Sainte Anne, 59, Paris, em 20/04/1860, conforme Boletim, reunião de 30/03/1860, publicado na RE de maio/1860, p. 138. A reunião aqui ilustrada, tendo se realizado em Agosto/1863 ocorreu, portanto, neste citado endereço.

– São Luis, 12 – Franz Anton Mesmer, 13 – François-Nicolas Madeleine (Cardeal Morlot), 14 - Alfred de Musset, 15 - Char-les Nodier, 16 - Platão, 17 –Jean Jacques Rousseau, 18 – São Vicente de Paulo, 19 – Tasso, 20 – Sócrates, 21 – Swedenborg e 22 – João Vianney (Cura D´Ars).

Observação: Colocamos todos os espíritos citados na Re-vista Espírita como os mais freqüentes às reuniões mediú-nicas da SPEE somente como um registro porque, eviden-temente, não necessariamente todos estavam presentes em todas as reuniões.

23 E 24, respectivamente, os espíritos comunicantes à reunião da SPEE (em tamanho um pouco maior que os espí-ritos frequentes), segundo Revista Espírita, Agosto/1863, p. 255, Dissertações Espíritas, comunicaram os seguintes espí-ritos:

23 – Jean Reynaud, pela sra. Costel, 24 – Samuel Hahne-mann, também pela sra. Costel.

25 – Médium que deu passividade na reunião da SPEE, segundo, Boletim, reunião de Agosto de 1863, p. 255: sra. Costel.

26 - Allan Kardec - (Imagem baseada, adaptada e carac-terizada a partir do DVD O Espiritismo de Kardec aos Dias de Hoje, 2004.

27 – Amélie Boudet – (apesar de não haver na Revista Espírita nenhuma referência de que Amélie Boudet tenha esta-do presente em alguma reunião da SPEE, isto não quer dizer necessariamente que ela não a freqüentava. Então, pedimos ao ilustrador Ismael para colocá-la na cena porque não haveria motivos para não o fazer, já que há muitos registros de que ela acompanhava Allan Kardec nas atividades espíritas, via-gens e tinha contatos pessoais com médiuns. Além disso, após a desencarnação do Codificador, ela fundou a Sociedade para a Preservação e Continuidade das Obras de Allan Kardec, gra-ças a qual a SPEE e a Revista Espírita continuaram existindo,

evidenciando seu comprometimento com o ideal espírita);

28 - Espíritos indefinidos (os quais logicamente estavam presentes às reu-niões – Espíritos Guias, Protetores, Fami-liares, Interessados etc; criação do ilustra-dor);

29 A 33 - Decoração da SPEE (referi-da expressa ou implicitamente por Allan Kardec, na Revista Espírita, maio/1865, p. 174, pois o Codificador retificou as in-formações que estavam equivocadas nes-te artigo e ratificou implicitamente outras porque não as corrigiu): 29 - Quadro Ca-beça de cristo (criação do Ilustrador); 30 – Duas cabeças de mulher grega (criação do Ilustrador); 31 - Molduras dos Qua-dros (op. cit., p. 185); 32 – (Estatueta) Cristo Coroado de espinhos, modelado em terra da Sociedad de Madrid (do livro O Mundo da Arte, Enciclopédia das Artes Plásticas, p. 52; escolha do ilustrador); 33

- Estatueta de São Luís vestido com roupa de rei (Fonte WEB; escolha do ilustrador).

34 a 41 – Mobiliário da SPEE: 34 - Mesa (op. cit. p. 42; tamanho da mesa estimado com base em relatos da Revista Espírita, novembro/1866, p. 337, em que havia treze médiuns (mais Allan Kardec); 35 – Pedestal sob Estatueta São Luis (op. cit., p. 375); 36 – Pedestal sob estatueta O Cristo Coroado de espinhos (op. cit., p. 33); 37 – Cadeiras (op. cit., pp. 21 e 41); 38 – Teto e Roda-Teto - (op. cit., p. 12); 39 – Cortinas (op. cit., p. 184); 40 – Janelas (op. cit., p. 82; tb do livro Paris XIX e Siéclé, L Immueble et la Rue (Paris do Séc. XIX, O Edifício e a Rua), pp. 95 e 206; 41 – Castiçal de Solo – (baseado no DVD O Espiritismo de Kardec aos Dias de Hoje, 2004).

42 – Público: (estimado em quarenta pessoas. A informa-ção da Revista Espírita, maio/1865, p. 174, falou que havia setenta pessoas numa reunião. O Codificador não desmentiu esse número de pessoas, até permitindo supor que estivesse certa a informação. Optamos por estabelecer parte de um pú-blico menor porque, em princípio, platéia de setenta pessoas seria mais compatível com um salão de palestras e não com uma sala de reuniões mediúnicas; por outro lado, as imagens desta sala constantes em livros e relatos de pessoas que visi-taram a SPEE têm sempre uma dimensão pequena, que não comportaria um público de setenta pessoas ou presença de dezoito médiuns, número informado na Revista Espírita, de-zembro/1868, p. 361.

Iniciativa, pesquisa e direção - Washington L. N. Fernan-des, 1994 a 2006;

Montagem e Ilustração da cena em Photoshop - Ismael Tosta Garcia, 2005 e 2006.

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31. Ainda tenho outras ove-lhas que não são deste aprisco; é preciso que também as conduza; elas ouvirão a minha voz, e have-rá um só rebanho e um só pastor (João, 10: 16).

32. Por essas palavras, Jesus anuncia claramente que um dia os homens aderirão a uma crença úni-ca: mas como poderá ocorrer uma unificação? A coisa parece difícil, quando se consideram as diferen-ças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam entre seus respectivos adeptos, sua obstinação em crer-se detentoras exclusivas da verdade. Todas até querem a unidade, mas cada qual se vangloria de que ela ocorrerá em proveito próprio, e nenhuma admi-te a possibilidade de fazer conces-sões às suas crenças.

Contudo, quanto à religião, a unidade se fará, como tende a fazer-se social, política e comer-cialmente, pela diminuição das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem; os povos do mundo inteiro já se identificam, como os das províncias de um mesmo império; pressente-se essa unidade, e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque se tornará necessária para estreitar os laços de fraternidade entre as nações; ela se fará pelo desenvolvimento da razão humana, que fará com que se compreenda a puerilidade dessas dissidências, pelo progresso das ciências que a cada dia demonstram os er-ros materiais sobre os quais essas dissidências se apoiam, e que pouco a pouco lhes retira dos alicerces as pedras carcomidas. Apesar da opinião de alguns, se, nas religiões, a ciência derruba o que é obra dos homens, ela não pode destruir o que é obra de Deus e eterna verdade; afastando os entulhos, ela prepara o caminho para a unidade.

Para chegar à unidade, as religiões deverão encontrar--se num terreno neutro, embora comum a todas; para tan-to, todas terão que fazer concessões e sacrifícios, maiores ou menores, conforme a multiplicidade dos respectivos dogmas. Mas, em virtude do princípio da imutabilidade que todas elas professam, a iniciativa das concessões não poderia partir do campo oficial; em vez de tomarem seu ponto de partida no alto, elas o tomarão embaixo, por iniciativa individual. Há algum tempo vem ocorrendo um movimento de descentra-

lização, que tende a ganhar uma força irresistível. O princípio da imutabilidade, que até as religiões consideraram um escudo protetor, passará a ser um elemento destrui-dor, visto que, imobilizando-se en-quanto a sociedade segue em fren-te, os cultos serão ultrapassados e depois absorvidos pelas correntes das ideias de progresso.

Em vez de ser uma força, a imobilidade se torna uma causa de fragilidade e de ruína para quem não acompanha o movimento ge-ral; ela rompe a unidade, porque os que querem avançar se separam dos que teimam em ficar para trás.

No estado atual das ideias e dos conhecimentos, a religião que um dia deverá reunir todos os ho-mens sob o mesmo estandarte será a que melhor satisfizer a razão e as legítimas aspirações do coração e do espírito; que em nenhum ponto for desmentida pela ciência inques-tionável; que, em vez de imobilizar--se, acompanhar a humanidade na sua marcha progressiva, sem

jamais deixar-se ultrapassar; que não seja exclusiva nem in-tolerante; que seja emancipadora da inteligência, ao admitir somente a fé racional; aquela cujo código moral seja o mais puro, o mais coerente, a que esteja mais em harmonia com as necessidades sociais, que seja, enfim, a mais capaz de es-tabelecer na Terra o reino do bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.

O que alimenta o antagonismo entre as religiões é a ideia de que cada uma tem um deus particular e a pretensão de que seu deus é o único verdadeiro e o mais poderoso, que está em luta constante com os deuses dos outros cultos e ocupado em combater-lhes a influência. Quando se convencerem de que só há um Deus no Universo, e que, definitivamente, é o mesmo que elas adoram sob os nomes de Jeová, Alá ou Deus; quan-do estiverem de acordo quanto aos seus atributos essenciais, compreenderão que um ser único pode ter apenas uma von-tade; elas se estenderão a mão, como os servos de um mesmo Senhor e os filhos de um mesmo Pai, e terão dado um grande passo rumo à unidade.

A GêneseAllan Kardec

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6 Conhecendo a Doutrina Espírita

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Estatuiu-se, na sociedade terrestre, que as conquistas de qualquer expressão exaltam o indivíduo e proporcionam-lhe honorabilidade e respeito. O progresso, portanto, atrela-se a qualidades morais, mesmo quando não exista qualquer cor-relação de identidade.

O desenvolvimento intelectual, a conquista de recursos econômicos, o destaque na Arte, na política, em qualquer que seja a área, produz respeitabilidade, honradez, e o seu por-tador passa a receber a bajulação dos parvos e dos aprovei-tadores, dos oportunistas sempre à espera de compensações. Entrementes, o progresso material nem sempre faz-se acom-panhar daquele de natureza moral.

Nem todas as aquisições que deslumbram e pro-jetam o ser humano têm procedência digna, sendo muitas assinaladas pela astúcia ou pela desonestida-de, por métodos escusos ou heranças de procedência vergonhosa. A honorabilidade resulta da vivência dos valores éticos adotados, dos costumes saudáveis, das condutas retas.

Mais facilmente se encontra nos sofredores a presença honrosa da dignidade, que constitui alicer-ce moral de segurança, sobre o qual são edificados os sentimentos de elevação e de paz, mesmo quando não existem os recursos aplaudidos pelos interesses da comunidade.

Considerando-se o hedonismo,1 o existencialismo e o individualismo que se estabeleceram como pro-gramas sociais da atualidade, não são de surpreender as ocorrências danosas que se instalam no compor-tamento geral com aspectos terríveis, avassaladores.

Violência, crimes de diversas ordens, rivalidades entre os indivíduos, traições, indiferenças pelo próxi-mo e os seus problemas, constituem os frutos espúrios do comportamento ideológico da imensa maioria dos cidadãos do mundo.

Quando se lhes apresentam pautas morais de co-ragem ante as naturais vicissitudes, roteiros de eleva-ção diante dos desafios evolutivos, propostas de dig-nificação e condutas éticas, são considerados fora de época, desequilíbrio mental, perturbação masoquista, porque estes são os dias para o prazer, em que se deve beber a taça do consumo até as últimas gotas. A prin-cípio tem-se a impressão de que o licor da juventude e do estonteante gozo é absorvido até o momento quan-do esse conteúdo converte-se em fel e veneno, passan-do a destruir aqueles que o libam.

A filosofia dominante, eminentemente egotista, é a do ter mais e sempre mais, do destacar-se para apro-veitar o momento fugaz até a exaustão.

Especialistas em atividades de divertimento e de sensações renovadas não se dão conta de que, enquanto elaboram planos de júbilos infindáveis, mais se acercam da desencarnação. Quando surpreendidos pelas enfermidades que alcançam a todos, pelos desencantos de algum insuces-so, pelos acidentes orgânicos paralisantes e aqueles de outra natureza, não dispõem de resistência emocional para a sua administração.

1 O hedonismo é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. O significado do termo em linguagem comum, bastante diverso do significado original, surgiu no iluminismo e designa uma atitude de vida voltada para a busca egoísta de prazeres momentâneos. Com esse sentido, “hedonismo” é usado de maneira pejorativa, visto normalmen-te como sinal de decadência. – Wikipédia.

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Acreditam-se, inconscientemente, invulneráveis, inatin-gíveis pelo sofrimento que somente elege os outros, a ponto de viverem anestesiados em relação aos valores existenciais e à fragilidade de que se constitui o vaso carnal no qual se encontram.

Quanta ilusão nos propósitos de viver apenas para des-frutar!

É natural que todos os seres humanos anelem pela felici-dade. O fundamental, no entanto, é saber-se em que a mesma consiste. Ignorando-se o de que se constitui, abraçam-se as sensações fortes, o armamento preventivo contra a solidarie-dade, a fim de não se exporem, e fogem sempre na busca da alegria que não deve cessar. Alcançando-a, não se dão conta de como é rápida a sua presença na emoção, logo cedendo lugar à ânsia de novos e incessantes júbilos. O corpo, porém, não está programado somente para as sensações, mas sobre-tudo para as emoções e, quando essas se derivam do exterior, abrem espaço para o vazio existencial, para a sensação de inutilidade.

A felicidade, sem dúvida, é emoção profunda e dura-doura de plenitude que o Espírito vivência quando consegue conciliar a consciência tranqüila como resultado do caráter

íntegro e das emoções pacificadoras.Honoráveis são todos aqueles que conseguem su-

perar as más inclinações e se dignificam no esforço da autoiluminação.

Nesse sentido, a oferta de Jesus, desde há quase dois mil anos, diz respeito à imortalidade e não ape-nas à maneira como deve ocorrer o trânsito carnal que passa célere, mas tem como objetivo essencial trabalhar-se em favor do futuro espiritual inevitável.

É natural que se aspirem pelas alegrias, comodi-dades, satisfações, bem-estares. Isto, porém, resultará das condutas mentais que dão lugar aos acontecimen-tos que se desenrolam durante a existência.

Transferindo-se de uma para outra reencarnação, as realizações apresentam-se em novas formulações que são os desafios evolutivos para serem enfrentados e superados.

As distrações e fugas do dever não conseguem impedir que, no momento próprio, apresentem-se como impositivos inevitáveis para acontecerem.

A consciência lúcida em torno da imortalidade propicia inefável alegria, por facultar os meios hábeis para o comportamento nos momentos difíceis da rea-bilitação moral.

Ninguém existe que possa impedir o despertar para a realidade, fenômeno resultante da sucessão do tempo que impõe amadurecimento psicológico, porquanto, qualquer fuga, em vez de libertar do com-promisso, mais o complica e o adia, para ressurgir à frente.

Não te escuses ao chamado pela dor para a con-quista da honorabilidade.

Se conheces algo da doutrina de Jesus, sabes que ela é um hino de louvor à vida e uma exaltação contí-

nua ao amor em todas as facetas em que se apresente.Reflexiona em torno de como te encontras e o que podes

fazer para alcançar a meta que te está destinada: a perfeição relativa, o estado de reino dos Céus na mente e no coração.

Honoráveis foram os mártires de todo jaez, que não te-meram o sacrifício, inclusive, o da própria existência.

Todo aquele que transforma a existência em um evangelho de amor no reto cumprimento do dever torna-se honorável.

Esforça-te para entender a finalidade existencial e segue, firme e abnegado, a trilha do teu compromisso para com a vida.

Joanna de Ângelis

Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 6 de agosto de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador - BA.

Revista Reformador - Outubro 2014

Page 8: GEAEL Estudos doutrinários do GEAEL Identidade dos espíritos · 256. À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, as características distintivas da sua personali-dade

8 Conhecendo a Doutrina Espírita

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É preciso que se dê mais importância à leitura do Evangelho. E, no entanto, abandona-se esta divina obra;faz-se dela uma palavra vazia, uma mensagem cifrada. Relega-se este admirável código moral ao esquecimento.

10. Meus filhos, na máxima Fora da caridade não há salvação estão contidos os destinos dos homens tanto na Terra, como no Céu. Na Terra, porque à sombra deste estan-darte todos viverão em paz; no Céu, porque aqueles que a ti-verem praticado encontrarão misericórdia diante do Senhor. A caridade é o facho celeste, a coluna luminosa que guia o homem no deserto da vida, para conduzi-lo à Terra Prome-tida. Ela brilha no Céu como uma auréola santa na fronte dos eleitos, e, na Terra, está gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “Passai à direita, vós, os benditos de meu Pai”. Podeis reconhecê-los pelo perfume que a caridade exala ao seu redor. Nada expressa melhor o pensamento de Jesus, nada resume melhor os deveres do homem do que essa má-xima divina. O espiritismo não poderia provar melhor a sua

origem do que estabelecendo-a como regra, pois ela é o reflexo do mais puro cristianismo. Com tal guia, o homem jamais se desencaminhará. Esforçai-vos, pois, meus amigos, para compreender-lhe o sentido profundo e as consequências, e para procurar, por vós mesmos, todas as maneiras de aplicá-la. Subme-tei todas as vossas ações ao controle da caridade, e vossa consciência vos responderá. Ela não apenas evitará que façais o mal, mas vos incitará a praticar

o bem, pois não basta uma virtude passiva, é preciso que a virtude esteja ativa. Para praticar o bem, é indispensável a ação da vontade; para não fazer o mal, basta a inércia e a indiferença.

Meus amigos, agradecei a Deus, que permitiu que pudés-seis desfrutar da luz do espiritismo. Não porque só aqueles que a possuem podem salvar-se, mas porque, ao vos ajudar a compreender melhor os ensinamentos do Cristo, ela faz de vós cristãos melhores. Que os vossos irmãos, ao vos observar, possam dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma única e mesma coisa, pois todos que praticam a caridade são discípulos de Jesus, não importa o culto a que pertençam. (Paulo, aPóstolo, Paris, 1860).