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Geledés Instituto da Mulher Negra
Maria Sylvia de Oliveira
Geledés
Fundada em 30 de abril de 1988;
organização da sociedade civil criada e
dirigida por mulheres negras que se
posiciona em defesa de negras e negros em
razão das desvantagens e discriminações
no acesso às oportunidades sociais em
função do racismo e do sexismo vigentes na
sociedade brasileira.
Focos prioritários da ação política e social:
Princípios institucionais do Geledés:
♀ Lutar contra todas as formas de discriminação
que limitam a realização da plena cidadania: a
homofobia, a lesbofobia, os preconceitos
regionais, religioso, de condição física e de
classe social.
♀ A questão racial e as questões de gênero e a
interface com as temáticas dos direitos
humanos: educação, saúde, comunicação,
mercado de trabalho, pesquisa acadêmica e
políticas públicas.
RACISMO na Justiça, no
Trabalho, na Rua
Racismo Estrutural e
Institucional
• O racismo no Brasil é "estrutural
e institucionalizado" (ONU)
• e permeia todas as áreas de
nossas vidas.
Legislação Antidiscriminatória • Nacional :
• Constituição Federal 1988
• Leis federais: Lei 7.716/89 - Lei Caó
• Lei 9459/97 – Lei Paim
• Lei 10.639/03 - "História e Cultura Afro-Brasileira"
• Lei 12.288/10 – Estatuto da Igualdade Racial
• Lei 12.711/12 – Lei de Cotas
• Leis estaduais:
• Lei 14.187/10 – São Paulo
Legislação Antidiscriminatória
• Internacional:
• Convenção nº 111 da OIT (Genebra-1958) –
Decreto 62.150/68
• 1a Convenção Internacional sobre a
Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Racial - Decreto 65.810/69
• 3a Conferência Mundial contra o Racismo, a
Discriminação, a Xenofobia e Formas
Correlatas de Intolerância – Durban 2001
• Declaração e Plano de Ação de Durban 2001
Racismo na Justiça
• Quando o negro/a figura como réu:
• Segundo o InfoPen, do Ministério da
Justiça, mais da metade dos presos – 67% -
são pretos ou pardos.
• A população carcerária feminina triplicou no
período de 2000 a 2012 eram 10.112
mulheres presas saltou para 35.039 .
Vítimas de discriminação racial
• - Um estudo de 2011 constatou que 70% das
148 ações impetradas na época acabaram
sendo vencidas pelos réus.
• Acesso à Justiça:
• 63% dos conflitos não chegam à Justiça,
segundo o Ipea - Pobreza e baixa
escolaridade impedem ida à Justiça.
Racismo no Trabalho
• - Dificuldades de Inserção no mercado de
trabalho (a boa aparência)
• - Os baixos salários
• - Taxas de desemprego
• - Trabalho doméstico
Racismo no Trabalho O mercado de tralho é lugar privilegiado das desigualdades.
Um exemplo dessa desigualdade, esta na diferença de remuneração, entre
negros e brancos.
• A figura permite apresentar um
importante mecanismo de
estabelecimento da subordinação racial,
qual seja, a administração desigual do
acesso aos resultados do trabalho
coletivo e das riquezas produzidas
segundo a raça de indivíduos e grupos
•
• Nível Hierárquico Homens Mulheres Total
• Quadro Executivo 1.299 207 1.506
• Gerência 10.815 3.077 13.892
• Supervisão, Chefia
• ou Coordenação 19.058 6.976 26.034
•
• Quadro Funcional 389.896 192.632 582.528
•
• TOTAL 421.068 202.892 623.960
•
• 1,8% dos cargos de diretoria das referidas empresas são ocupados por negros e 9% por mulheres.
Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas
do Brasil e Suas Ações Afirmativas, 2010.
Mulheres negras – 500 maiores empresas
QUADRO FUNCIONAL 9,3%
SUPERVISÃO 5,6%
GERÊNCIA 2,1%
QUADRO EXECUTIVO 0,5% = 6 mulheres negra
(pardas)
A atuação de mulheres negras nas 500 maiores
empresas do país não passa de 18%, num universo de
quase 630.000 trabalhadores
6,7 milhões de mulheres
63,4% são mulheres negras
• TRABALHO DOMÉSTICO
DESEMPREGO
Racismo na Rua • Extermínio da população negra:
• Mapa da Violência 2012: A cor dos homicídios no Brasil
• 61% dos óbitos da vítimas de violência
doméstica são de mulheres negras as principais
vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul.
• 62,8% das mortes decorrentes de gravidez
atingem mulheres negras.
Década Internacional do Afrodescendente: Justiça Reconhecimento e Desenvolvimento
• A ONU sugere que se "desconstrua a
ideologia do branqueamento que continua a
afetar as mentalidades de uma porção
significativa da sociedade".
BIBLIOGRAFIA:
• Dossiê Mulheres Negras retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil, Publicado em
2011
• http://www.ipea.gov.br/retrato/pdf/revista.pdf, em 16/08/2015
•
• Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas.
Publicado em 2010
• http://www3.ethos.org.br/cedoc/perfil-social-racial-e-de-genero-das-500-maiores-empresas-do-brasil-e-
suas-acoes-afirmativas-pesquisa-2010/#, em 15/08/2015
•
• Leia a matéria completa em: Mulher negra na informalidade ganha 57,6% menos que as demais -
Geledés http://www.geledes.org.br/mulher-negra-na-informalidade-ganha-576-menos-que-as-
demais/#ixzz3izlyibhJ
•
• Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo
Sebrae e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
• http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/06dff153a520c1bea2d
58ffc6aaa7580/$File/5313.pdf, em 16/08/2015.
•
• http://www.oit.org.br/content/entra-em-vigor-convencao-sobre-trabalho-domestico-da-oit, 2m 16/08/2015.
• http://www.cnj.jus.br/noticias/70216-63-dos-conflitos-nao-chegam-a-justica-segundo-o-ipea, em
25/10/2015.
MARIA SYLVIA DE OLIVEIRA
Presidente Geledès-Instituto da
Mulher Negra
OBRIGADA!!
E-mail: [email protected]
Cel.: (11) 96863-0420
