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Animação, géneros fotográficos
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MÓDULO DE IMAGEM E VÍDEO
Imagem e Vídeo
Componente teórica:
História do cinema
Composição audiovisual
Códigos de representação
Formação da imagem
Componente prática:
Software de edição de vídeo
Tipologia de planos
Tipos de racord
Movimentos Cinematográficos
Iluminação
Imagem e Vídeo
Tipos de vídeo que existem
Documentários
Ficção
Reportagem
Animação
Comerciais (publicidade)
Artísticos
Stop Motion
Motion Graphics
Géneros fotográficos - introdução
A fotografia teve um processo evolutivo bastante tumultuoso e, até
ascender ao estatuto que actualmente detêm, teve de passar por muitas
polémicas e obstáculos;
A frieza técnica que se viu ligada desde a sua génese foi sendo superada
à medida que a imagem fotográfica foi bebendo influências à arte
(apesar de não ascender imediatamente a este estatuto);
Assim tornou-se mais subjectiva, pessoal, intimista e susceptível de sublimar
o espectador, não só pelo seu carácter icónico, mas também estético,
documental e temático;
Aos poucos, a produção fotográfica foi-se separando por categorias, à
medida que a diversidade passou a ser uma característica desta técnica;
o Retrato
A partir da questão da fotografia enquanto memória, surge inicialmente a
técnica do retrato fotográfico assente na tradição academista advinda da
pintura;
o Retrato
Poses rígidas e impessoais, cenas artificiais,
composições tensas e pouco naturais, com pouco
ou nenhum cuidado estético caracterizaram os
primeiros retratos;
Apesar de ser influenciada pela pintura, não
seria à toa que esta técnica não era levada
muito a sério, visto que o produto final obtido
pouco passava da mera fixação do motivo no
tempo e no espaço;
À parte deste factor, a sociedade ainda via com
maus olhos esta nova tecnologia que apenas
agradava a “burgueses menos sensibilizados
para as artes”.
o Retrato
Foi com Nadar que pela primeira vez se ouviu
alguém chamar um fotografo como um artista da luz;
De facto, face à produção que existia na altura,
Nadar destacou-se:
Pela sensibilidade com que executava o seu
trabalho;
Com a preocupação com o motivo registado;
O tentativa de transmitir algum carácter
individualista à pessoa retratada;
O cuidado com a iluminação num estúdio
fotográfico;
Pelas constantes inovações técnicas e estéticas
que foi introduzindo na
fotografia.
o Retrato
Nadar não procurava a beleza externa, salientava apenas a expressão
característica do homem.
Os seus retratos eram muito expressivos e individualistas, representativos
dum novo estilo da época, caracterizado por:
- consciência profissional;
- ausência de falsas pretensões;
- cultura;
- status.
- Tais factores acabavam por se tornar visíveis no enquadramento.
o Retrato
As fotografias de estúdio por ele obtidas possuíam um
dramatismo único que caracterizava o seu trabalho e o fez o
melhor retratista do seu tempo;
Era capaz de pintar uma fotografia com a luz como
Caravaggio as suas telas.
o Retrato
o Retrato
Nadar inovou não só na iluminação de estúdio (usando sistemas
de iluminação eléctricos e com magnésio), como também na
composição, postura e até na abordagem;
Desta forma produziu as primeiras fotografias aéreas de
apoio à cartografia, dada a sua paixão pelo balonismo, factor
este que o tornou ainda mais conhecido;
o Retrato
Porém, em 1886, não deixando de inovar, Nadar realizou a
primeira entrevista fotográfica, uma série de 21 fotografias do
cientista francês Eugène Chevreul a conversar.
Cada uma das fotografias tinha uma legenda com as
respostas de Chevreul às perguntas de Nadar, dando uma viva
impressão da personalidade do cientista.
Com todos estes parâmetros, Nadar abriu caminho para o
denominado “retrato psicológico”, que incide sobre o sujeito
retratado e não sobre a técnica usada.
o Retrato
Fazendo uma breve diferenciação:
O retrato físico (denotativo) apresenta-nos os simples traços do
indivíduo que
assentam:
- no aspecto geral;
- realce do rosto;
- pode incidir sobre o corpo;
- pode incidir sobre o vestuário;
- pode registar o gesto.
o Retrato
O retrato psicológico (conotativo) constrói-se com as marcas do carácter
e da
personalidade de uma personagem:
- sentimentos;
- pensamentos;
- atitudes;
- qualidades;
- defeitos;
- acções;
- tipo de discurso do indivíduo;
- ideias sobre o sujeito;
- por vezes evidencia o físico.
o Retrato
Vamos agora analisar em conjunto o retrato físico (denotação) e o retrato
psicológico (conotação) da seguinte fotografia:
Exercício
a) Descreve a imagem em termos denotativos:
Fundo branco e imagem ligeiramente sobreexposta e luminosa;
Um homem e uma mulher, no primeiro e segundo plano respectivamente;
Os dois beijam-se na boca numa situação de perfil;
Plano médio, tomada de vista frontal e tirada ao nível dos olhos (ângulo normal);
Enquadramento horizontal, alinhado à esquerda, composição minimalista (apenas
2 elementos);
Imagem essencialmente a preto e branco (vestes e fundo), è excepção do tom de
pele do rosto dos dois personagens;
O homem: de olhos fechados, vestido com uma batina e um chapéu preto e uma
gola branca (colarinho clerical);
A mulher: de olhos fechados, hábito e chapéu brancos que, à semelhança do
homem, só deixam percepcionar o jovem rosto nú.
Exercício
b) Analisa a imagem em termos conotativos usando termos da aula.
Questão central aqui representada: A religião (católica).
Subtemas passíveis de retirar a partir da questão central: pecado, moral, tentação,
pureza, rebeldia contra o sistema, paixão proibida, necessidade de alterar os
padrões até agora convencionados pela fê católica, ausência/perda de fê, ...
Elementos passíveis a interceptar em termos simbólicos: juventude, amor, romance, virgindade, pureza, beleza, inocência, serenidade, leveza, utopia, paz, contradição, oposição de valores, desequilíbrio, provocação e afirmação ideológica, cor...
Elementos a confrontar após a ancoragem da imagem ou conhecimento prévio da sua significação: publicidade, sentido comercial, ideologia inerente a uma marca, patrocínio de ideais, promoção, originalidade, inovação, imagem de marca, ...
Exercício
Análise das seguintes fotos quanto ao sentido denotativo
quanto ao conotativo.