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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS - CESC CIÊNCIAS BIOLOGICAS LICENCIATURA GENETICA DO DESENVOLVIMENTO DE ORGANISMOS-MODELOS Adriana Rêgo Anderson Teixeira Jessica Vale Ronison Ferreira Caxias-MA 2014

Genética do desenvolvimento em organismos modelo cap. 19 klug & cummings

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMACENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS - CESC

CIÊNCIAS BIOLOGICAS LICENCIATURA

GENETICA DO DESENVOLVIMENTO DE ORGANISMOS-MODELOS

Adriana RêgoAnderson Teixeira

Jessica ValeRonison Ferreira

Caxias-MA2014

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• Nas plantas e nos animais pluricelulares, um óvulo fertilizado sofre umaserie de eventos;

• O desenvolvimento da celular e marcado por 3 fases:

Especificação

DeterminaçãoDiferenciação

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A genética do Desenvolvimento procura explicar como um estado diferenciado se desenvolve a partir de

padrões de expressão genômica

• Os genomas animais contem dezenas de milhões de genes , mas só um pequenosubgrupo controla os eventos que molda o corpo adulto;

• O desenvolvimento e a obtenção de estado diferenciado por todas as células de umorganismo;

• Hipótese de ativação genica variável.

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A conservação evolutiva dos mecanismos de desenvolvimento pode ser estudada por meio de

organismos modelos

• Existe um pequeno número de mecanismo de desenvolvimento e de sistemas de sinalização usados por todos organismos pluricelulares;

• A evolução gerou estratégias novas e diferentes para transforma um zigoto em um adulto.

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Organismo modelo no estudo do desenvolvimento

1. Saccharomyces cerevisiae;

2. Drosophila melanogaster;

3. Mus musculus;

4. Danio rerio;

5. Arbidopsis thaliana;

• Com exceção das plantas todos as espécies compartilham vias geneticamentereguladas e mecanismo de desenvolvimento humano.

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1. Desenvolvimento do plano do corpo do animal adulto;

2. Programa de expressão genica que transforma celular indiferenciada emdiferenciada;

3. Papel da comunicação das células no desenvolvimento.

As analises dos mecanismo desenvolvimento

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• Distribuição desuniforme do citoplasma;

• Os fatores ambientais agora agem sobre o material genético intranuclear, nãoincluindo apenas o citoplasma mais também sinais provenientes de outrascélulas.

Conceitos básicos na genética do desenvolvimento

Zigoto

Ovócito

Espermatozoide

Células Filhas

Células Diferenciadas

Células Indiferenciadas

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• Questão central da biologia do desenvolvimento.

• Informações oriundas dos estudos de organismos-modelo.

• A genética e a análise molecular do desenvolvimento

embrionário da Drosophila.

Desenvolvimento embrionário em Drosophila

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• Após a fertilização, o núcleo do zigoto

sofre uma série de replicações de DNA e

de divisões nucleares sem citocinese.

Panorama do desenvolvimento em Drosophila

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Análise genética da embriogênese

• As moscas fêmeas homozigotas para

mutações deletérias recessivas em genes

de feito materno são estéreis e os

embriões não recebem produtos gênicos

do tipo selvagem de suas mães.

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Análise genética da embriogênese

• A maioria dos produtos gênicos de efeito

materno distribuídos no óvulo durante a

ovogênese é ativado após a fertilização e

determina o eixo ântero-posterior do embrião.

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Os genes zigóticos programam a formação dos segmentos em Drosophila

TAB.19.1 Genes de Segmentação em Drosophila

GENES GAP GENES PAIR-RULE GENES DE POLARIDADE SEGMENTAR

Kruppel hairy engrailed

knirps even-skipped wingless

hunchback runt cubitis-interruptus

giant fushi-tarazul hedgehog

tailless odd-paired fused

hunckebein odd-skipped armadillo

sloppy-paired patched

gooseberry

paired

naked

disheveled

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Os genes zigóticos programam a formação dos segmentos em Drosophila

Genes gap

• São ativados ou desativados por

produtos gênicos expressos ao

longo do eixo ântero-posterior e por

ouros genes do sistema materno.

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Genes pair-rule

• São expressos em bandas (ou listras)

estreitas de núcleos que circundam o

embrião em sua circunferência.

Os genes zigóticos programam a formação dos segmentos em Drosophila

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• A transcrição dos genes pair-rule é medida pela

ação dos produtos dos genes gap, mas a

resolução do padrão de segmentos em faixas

altamente delineadas resulta da interação entre

os produtos gênicos dos próprios genes pair--

rule

Os genes zigóticos programam a formação dos segmentos em Drosophila

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Genes de polaridade segmentar

• A expressão é controlada pelos fatores de

transcrição codificados pelos genes de

pair-rule.

Os genes zigóticos programam a formação dos segmentos em Drosophila

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Runt, um dos principais genes pair-rule em

Drosophila.

É altamente conservada na proteína do

camundongo e na humana.

Em humanos, a mutação CBFA, homóloga de

runt causa a displasia cleidocranial.

Genes de segmentação em camundongos e humanos

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Nos camundongos, o runt se expressa cedo

no desenvolvimento e controla a

hematopoese a osteogênese.

Um alelo mutante, fenótipo semelhante ao

observado em humanos.

Dois alelos mutantes não têm ossos,

esqueleto composto apenas por cartilagens.

Genes de segmentação em camundongos e humanos

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A expressão dos genes homeóticos

determina quais estruturas adultas serão

formadas por cada segmento corporal.

Os genes seletores homeóticos especificam as partes do corpo adulto

Genes seletores homeóticos (HOX) em Drosophila

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Os genes seletores homeóticos especificam as partes do corpo adulto

Tab 19.2

GENES HOX EM DROSOPHILA

Complexo Antennapedia Complexo Bithorax

labial Ultrabithorax

Antennapedia abdominal A

Sex comb reduced Abidominal B

Deformed

proboscipedia

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• Os genes Hox da Drosophila tem duas propriedades comuns.

• Homeobox e Homeodomínio

• 3’ / / 5’

Os genes seletores homeóticos especificam as partes do corpo adulto

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Os genes seletores homeóticos especificam as partes do corpo adulto

• Gradientes de mRNAs e de proteínas de origem materna

• Genes gap

• Genes pair-rule

• Genes de polaridade segmentar

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Genes Hox e doenças genéticas humanas

Os humanos e a maioria dos vertebrados têm quatro grupamentos de genes Hox

(HOXA, HOXB, HOXC e HOXD), em um total de 39 genes.

As evidencias de estudos mutacionais em galinhas e em camundongos demonstram

que os genes HOXD próximos da extremidade do grupamento 5’ desempenham

papéis críticos no desenvolvimento de membros.

Os genes seletores homeóticos especificam as partes do corpo adulto

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Mutação em HOXD13

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Controle da expressão dos genes Hox

• Em Drosophila foram identificados vários genes que controlam a expressão de genes

Hox.

• Controle da expressão de genes de Hox por proteínas codificadas por membros da

família Polycomb.

• Proteínas trithorax

Os genes seletores homeóticos especificam as partes do corpo adulto

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• Nos grupamentos de genes Hox, além dos genes homeóticos, existe uma família

grande e diversificada de outros genes que contêm homeoboxes, difundida em

todos os genomas eucarióticos.

• As mutações de Dll produzem grande variedade de fenótipos, inclusive a

transformação das antenas em patas e a formação de patas encurtadas, às quais

faltam estruturas distais.

Cascatas de ações gênicas controlam a diferenciação

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Nos humanos, há seis genes da família Distal-less que contêm homeoboxes (DLX1 a

DLX6), com uma sequência gênica estreitamente relacionada com a do gene Dll da

Drosophila.

O gene DLX3 e a condição hereditária da síndrome tricodentoóssea.

Cascatas de ações gênicas controlam a diferenciação

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• Os sequenciamentos genômicos e as análises genéticas de mutantes indicam

que, os mecanismos básicos de desenvolvimento evoluíram independentemente

nas plantas e nos animais.

• Uso do desenvolvimento da flor de Arabidopsis thaliana, para o estudo padrão

da formação nas plantas.

As plantas evoluíram sistemas comparáveis aos genes Hox dos animais

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Genes homeóticos em

Arabidopsis

As plantas evoluíram sistemas comparáveis aos genes Hox dos animais

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Três classes de genes homeóticos florais controlam o desenvolvimento dos órgãos

florais.

A formação de cada órgão depende do padrão de expressão de diferentes genes.

As plantas evoluíram sistemas comparáveis aos genes Hox dos animais

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TABELA 19.3 GENES SELETORES HOMEÓTICOS EM ARABIDOPSIS

Classe A APETALA (AP1)

APETALA (AP2)

Classe B APETALA (AP3)

PISTILLATA (P1)

Classe C AGAMOUS (AG)

As plantas evoluíram sistemas comparáveis aos genes Hox dos animais

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Divergência evolutiva nos genes homeóticos

• Homeobox e Proteínas MADS-box

• Homologia do gene CURLY LEAF com os membros da família gênica

Polycomb, e a regulação dos genes Homeobox.

As plantas evoluíram sistemas comparáveis aos genes Hox dos animais

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• As interações célula a célula influi na programação transcricional e na designaçãodas células circundantes durante o desenvolvimento que são moldadas emC.elegans;

• Os animais usam diversas vias de sinalização para regular o desenvolvimento nasetapas iniciais.

As interações célula a célula no desenvolvimento são modeladas em C. elegans

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Sistemas de Sinalização usados no Desenvolvimento embrionário de vertebrados primitivos

Via Wnt Dorsalização do corpo/ Desenvolvimento

reprodutivo feminino/ Diferenciação dorsoventrais

Via TGF-β Indução da mesoderma/ Assimetria direita-esquerda/

Desenvolvimento Ósseo

Via Hedgehog Indução da Notocorda/ Somitogênese/ Mesoderma

Intestinal-Visceral

Via do Receptor da Tirosina-cinase Manutenção da Mesoderma

Via Notch/Delta Desenvolvimento das células sanguíneas/

Neurogênese/ Desenvolvimento da retina

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• A via de sinalização Notch atua pelo contato direto entre as células para controla odestino das células no desenvolvimento;

• Variação da via Notch controla vários processos de desenvolvimento emDrosophila. A via Notch especifica a destinação de celular em sua população.

A via de sinalização Notch

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• O nematódeo Caenorhabditis elegans é amplamente usado para estudosgenéticos;

• Características do Caenorhabditis elegans :

1. Um milímetro de comprimento;

2. Ovulo fertilizado dura em cerca de dois dias;

3. Possuem quatro fazes larvais;

4. Tem dois sexo.

Panorama do desenvolvimento de C. elegans

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• A linhagem das células do Caenorhabditis elegans foi mapeada sendo foi mapeadosendo invariável de indivíduos para indivíduos através de microfaróis de laser comradiação ultra violeta.

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• A vulva e formada em etapas por varias rodadas de interação célula a célula: Z1.ppp e Z4.aaa, que interage para formar as células-ancora da gônadas e outra percussora do útero;

• As células Z1.ppp e Z4.aaa sintetizam baixos índices de proteínas de sinalização Delta e da receptora Notch

A analise genética da formação da vulva.

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• Uma segunda rodada de comunicação célula a célula leva á formação da vulva.

• Na fase larval 3 , o gene LIN3 é ativado na célula –âncora. O produto gênicoLIN3 é uma proteína-sinal.

• Portanto na via de desenvolvimento que leva a formação da vulva em C.elegans ,existe três níveis de interação intracelular.

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• Nos humanos há quatro genes Notch que codifica receptores;

• As mutações na via de sinalização Notch são responsável por vários distúrbioshereditários, inclusive a síndrome de Alagílle.

Sistema de sinalização Notch em humanos

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• Os elementos cis-reguladores(CRES), também chamados módulos cis –

reguladores(CRMs).

• Os CRMs contém sítios de ligação para vários fatores de transcrição e geralmente têm

vários sítios para cada fator.

• A ligação dos fatores de transcrição aos sítios dos CRMs determina se o gene em

questão está ativado ou reprimido.

Redes transicionais controlam a expressão gênica no desenvolvimento.

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Rede de transcrição

Redes transicionais controlam a expressão gênica no desenvolvimento.

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Redes transcricionais na

segmentação de Drosophila

• Um sistema de gradientes materno com

autorredundância que controla diretamente os

eventos de padronização zigótica precoce.

Redes transicionais controlam a expressão gênica no desenvolvimento.