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embaixador
Em 1972, o advento do Royal Oak marcou o nascimento
do relógio de pulso moderno. Em 1992, a declinação
Royal Oak Offshore tornou-se o paradigma do relógio
contemporâneo. Quase quarenta anos após o lança-
mento da sua emblemática linha e quase coincidindo,
de modo nefasto, com a morte do seu criador Gérald
Genta, a Audemars Piguet anunciou – no final de agosto
– uma nova parceria com o tenista Novak Djokovic. O
timing do anúncio foi excelente: aconteceu imediata-
mente antes do US Open, que o tenista sérvio viria a
ganhar para erguer o troféu com um Royal Oak Offshore
Diver no pulso.
A final diante de Rafael Nadal foi um microcosmos
do que se tem passado ao longo de 2011 no circuito
masculino. Novak Djokovic apresentou-se couraçado,
inoxidável, insubmersível – como um Royal Oak, cujo
design de Gérald Genta foi inspirado por um coura-
çado da marinha de guerra britânica com esse nome.
O triunfo do rapaz de Belgrado no Arthur Ashe Stadium
de Flushing Meadows foi o corolário de uma época
absolutamente notável e que é já uma das temporadas
mais bem-sucedidas de sempre: dos quatro torneios
do Grand Slam só lhe escapou Roland Garros e o facto
de ter logrado o chamado mini-Slam coloca-o a par de
somente seis outros jogadores na história do ténis profis-
sional que também ergueram três troféus do Grand Slam
num mesmo ano.
O atual líder do ranking – e melhor desportista do
planeta no ano em curso, segundo a revista americana
Sports Illustrated – tem-se revelado intratável em 2011
e já logrou um registo de vitórias consecutivas e uma
percentagem de sucesso que nem Roger Federer ou Ra-
fael Nadal conseguiram nas suas melhores temporadas.
Entretanto, acumulou um total de 64 encontros vitoriosos
traduzidos em dez títulos – com destaque para três do
Grand Slam (Open da Austrália, Wimbledon, US Open) e
cinco Masters 1000 (um recorde absoluto).
Um jogo estanque
O estilo de Novak Djokovic faz dele o protótipo do tenista
contemporâneo. Não é Roger Federer, porque o suíço
apresenta-se como um clássico moderno com nuances
técnico-táticas que remontam às décadas de 50 e 60.
Nem é Rafael Nadal, porque tem um topspin exag-
erado reminiscente dos especialistas de terra batida do
passado e atingiu um patamar elevadíssimo sobretudo
graças a qualidades físicas e psicológicas quase sobre-
humanas.
O sérvio tem uma base de jogo que evoca os princi-
pais precursores do estilo contemporâneo: Jimmy Con-
nors e Andre Agassi – mas mais alto e mais possante,
com provando a evolução da(s) espécie(s) para além de
apre sentar todas as restantes caraterísticas inatas de um
fora de série como a força mental, a assertividade com-
petitiva, a motivação suplementar e a capacidade
de adaptação.
Novak Djokovic emergiu graças ao seu ténis profundo
e em estéreo – pancadas de direita e de esquerda de
qualidade muito semelhante e executadas o mais cedo
possível, que lhe permitem dominar a troca de bolas em
cima da linha do fundo em qualquer dos diferentes tipos
de piso… que atualmente estão muito homogeneizados,
já que a relva está menos rápida, a terra batida menos
lenta e os hardcourts a assumirem-se como superfície
padrão.
Jimmy Connors foi o primeiro campeão moderno a
emergir com caraterísticas especialmente adaptadas
aos hardcourts que, desde a década de 70, passaram
a polvilhar o planeta: pancadas de chapa no fundo do
court, esquerda a duas mãos, rápidas transições para
concluir o ponto no vólei. Seguiu-se-lhe o também
iconoclasta Andre Agassi, menos afoito no jogo de rede
mas ainda mais sólido no fundo do court; baseando-se
em sistemáticas combinações cruzadas de esquerda e
de direita para fazer correr os adversários e depois fazer
a diferença com acelerações paralelas.
Foi precisamente assim que Novak Djokovic ganhou o
ascendente que lhe permitiu este ano ganhar seis finais a
Rafael Nadal em três superfícies diferentes e ultrapassá-
lo no topo da hierarquia. O sérvio não só tem a téc-
nica ideal que lhe permite bater consistentemente em
profundidade e com precisão como também conseguiu
o impensável: impor-se fisicamente e psicologicamente.
Royal Novak!
Um campeão couraçado
Perfeito paradigma do tenista contemporâneo, Novak djokovic
é o novo embaixador da audemars Piguet – e usa no seu pulso
o protótipo do relógio contemporâneo, o royal oak offshore.
Por Miguel Seabra, fotos Audemars Piguet
A associação entre Novak Djokovic e a Audemars Piguet não podia ter começado da melhor maneira: foi oficialmente anunciada logo no início do torneio e quinze dias depois o sérvio número um mundial erguia o troféu do Open dos Estados Unidos com um Royal Oak Offshore Diver, enquanto a sua namorada Jelena Ristic celebrava nas bancadas com um exemplar de joalharia da linha Millenary.