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GEOGRAFIA MATERIAL DE APOIO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 3º BIMESTRE

GEOGRAFIA - rl.art.br · Curricular do Estado de São Paulo na área de Ciências Humanas e suas Tecnologias na disciplina de Geografia”, sem objetivar lucro, pois, grande parte

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GEOGRAFIA

MATERIAL DE APOIO

6º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

3º BIMESTRE

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E-BOOK - MATERIAL DE APOIO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – AUTOR- PROFESSOR MAURILIO GABALDI LOPES-

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PREFÁCIO

Em nossa caminhada, precisamos de

OBJETIVOS; TEMPO para planejar e se

possível realizar; e muito AMOR no que

fazemos, pois, com OBJETIVOS podemos

traçar metas a serem cumpridas, com

TEMPO podemos esboçar nossas ideias e

ideais a fim de, se possível transformar em

realidade nossos quereres, ou não, pois,

nossas ideias e ideais muitas vezes não são

compartilhadas com nossos semelhantes. E

com muito AMOR doar o melhor de nós

mesmos aos nossos iguais, sem a intenção

de reconhecimento, apenas aprendendo a

aprender que nosso principal OBJETIVO é

termos TEMPO para o AMOR.

(Maurilio Gabaldi Lopes)

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Introdução

O principal objetivo deste e-book é além de

enfatizar o conceito e as diferentes formas e

concepções do tempo & espaço geográfico, é

disponibilizar para o aluno um material de apoio das

atividades encontradas no caderno do aluno.

Foi elaborado tendo como modelo “A Proposta

Curricular do Estado de São Paulo na área de Ciências

Humanas e suas Tecnologias na disciplina de

Geografia”, sem objetivar lucro, pois, grande parte do

mesmo foi retirado da rede mundial de computadores,

pelo qual o autor serviu-se de muitas imagens, links de

domínio público.

O autor usou como metodologia de ensino o uso

de recursos tecnológicos a fim de atrair os alunos para

“Era Digital”.

Editor, arte finalista e autor:

Professor: Maurilio Gabaldi Lopes

Formação: Estudos Sociais, Geografia, História,

Letras e Técnico de Informática.

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AGRADECIMENTO:

AGRADEÇO A DEUS POR TODA SUA

PACIÊNCIA E ENLEVO PRESENTEADOS

PARA COM SEU FILHO.

AGRADEÇO A HUMILDADE E A VIDA.

E PRINCIPALMENTE MINHA FAMÍLIA E AS

PESSOAS QUE ME CERCAM!

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ÍNDICE 3º Bimestre Temas 01 – Solos e problemas socioambientais 06

02 – Bacias hidrográficas 27

0 3 – Desastres socioambientais 55

04 – Dinâmica climática 62

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TEMA 1 : SOLOS E PROBLEMAS

SOCIOAMBIENTAIS

01 .O Solo

a) Definição:O Solo é uma camada de material não consolidada (solta), assentada sobre rochas. - Esse material é constituído de minerais e matéria orgânicas. - Nos espaços deixados pelas partículas minerais e matéria orgânica, chamadas poros, ficam na água e o ar.

- A parte mineral é formada de argila, limo, areias e pedras. - A matéria orgânica é formada por organismos vivos ou mortos e seus restos ou dejetos.

O solo apresenta extremas variações no que concerne a profundidade, composição, cor, textura, estrutura, etc. - O solo é o meio onde o vegetal retira os materiais à sua nutrição e ao mesmo tempo, é o suporte sobre o qual se ancora.

http://gaiaufvjm.blogspot.com/2013/01/o-que-e-o-solo.html

GEOGRAFIA

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A Importância do Solo

Lana Magalhães Professora de Biologia

b) O solo corresponde à camada superficial da crosta

terrestre, sendo muito importante para o desenvolvimento da vida na terra, visto que dele retiramos os alimentos necessários para nossa sobrevivência.

Note que utilizamos o solo não somente para a produção da alimentação, mas também como matéria prima para diversas construções.

c) Além disso, o solo possui importantes funções, desde o armazenamento e escoamento e infiltração da água na superfície, sendo um componente fundamental para o desenvolvimento de diversos ecossistemas.

Por esse motivo, o manejo adequado e a preservação do solo tornam-se tarefas essenciais, já que é um recurso natural não renovável, ou seja, é limitado, e a exploração desenfreada pode acarretar muitos problemas futuros.

https://www.todamateria.com.br/a-importancia-do-solo/

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Funções do solo no nosso ambiente

Os solos têm cinco papéis básicos ou funções no nosso

ambiente. Primeiro, o solo sustenta o crescimento das plantas,

principalmente fornecendo suporte mecânico, água e nutrientes para as raízes que posteriormente distribuem para a planta inteira e são essenciais para sua existência. As características dos solos podem determinar os tipos de vegetação ou de plantas que neles se desenvolvem, sua produtividade e, de maneira indireta, determinam o número e tipos de animais (incluindo pessoas) que podem ser sustentados por essa vegetação.

Em segundo lugar, as características dos solos determinam o destino da água na superfície da terra, essencial para a sobrevivência. A perda de água, sua utilização, contaminação e purificação são todas afetadas pelo solo. Se pensarmos que grande parte da água doce existente no planeta (rios, lagos e aquíferos) ou já escorreu na superfície do solo ou viajou através dele, percebemos a importância dos solos na distribuição, manutenção e qualidade da água dos nossos reservatórios naturais e para a manutenção da vida na terra. As terríveis e devastadoras enchentes, comuns nos grandes centros urbanos, são consequências da impermeabilização dos seus solos, favorecendo o escorrimento na superfície e acúmulo de grandes quantidades de água após uma chuva pesada.

Em terceiro lugar, o solo desempenha um papel essencial na reciclagem de nutrientes e destino que se dá aos corpos de animais

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(incluindo o homem) e restos de plantas que morreram na superfície da terra. Se esses corpos e resíduos não tivessem sido assimilados pelo solo, reincorporados e convertidos em matéria orgânica ou húmus do solo (reciclagem), plantas e animais teriam esgotado seus alimentos anos atrás.

Em quarto lugar, o solo é o hábitat, a casa de muitos organismos. Um punhado de solo pode conter bilhões de organismos vivos e mortos, que influenciam as características do solo, como a porosidade, que é responsável pelo movimento e manutenção de água e ar no solo. Também os organismos são de alguma forma influenciados por essas características do solo.

Em quinto lugar, os solos não fornecem apenas o material (tijolos, madeira) para a construção de nossas casas e edifícios, mas proporcionam a fundação, a base para todas as estradas, aeroportos, casas e edifícios que construímos.

d) Impactos Ambientais no Solo:

Poluição do Solo

A poluição do solo pode ocorrer de diversas maneiras, sendo que a ação humana tem sido um importante fator de degradação.

As queimadas, o desmatamento, o desenvolvimento de pastos (para animais) ou plantações e a contaminação dos recursos hídricos (água) geram diversos problemas ambientais, como a erosão, que afeta diretamente o solo, desequilibrando os ecossistemas.

Algumas medidas importantes devem ser tomadas, por exemplo:

diminuição de queimadas e do uso de agrotóxicos na agricultura; reflorestamento de determinadas zonas; não jogar lixo e produtos químicos (geralmente causado pelas

indústrias) em locais inapropriados; fazer a separação dos resíduos segundo a coleta seletiva.

https://www.todamateria.com.br/a-importancia-do-solo/

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Impacto Ambiental no Solo: Causas e Perigos no Brasil

Impacto ambiental no solo representa ponto que se encontra em processo de ebulição nos debates entre ruralistas e ambientalistas que travam batalhas ideológicas na política e opinião pública. Existem formas diferentes que trazem esse tipo de degradação. Com o aumento da demanda mundial por alimentos os produtores estimulam o número de tóxicos para fazer crescer e proteger a produção que vai para a mesa dos consumidores, repletas de perigos à saúde que são negligenciados na imprensa para não acontecer o pânico público.

Perigo de Extinção do Solo Produtivo

Em temos ecológicos o solo representa espécie de recurso que pode acabar. De forma principal no que tange às produções de alimentos ao comércio ou para sobreviver. Conforme aumenta os níveis de degradação nas terras que servem para produzir diminui o valor de oferta dos alimentos em mercado que apenas cresce por conta da evolução geral da média das taxas populacionais no mundo.

Quais as Principais Causas do Impacto Ambiental no Solo?

A agricultura representa principal causa do impacto ambiental que acontece e prejudica o nível produtivo dos solos. Caso grande parte das culturas plantadas ao redor do mundo fosse orgânica os danos negativos iriam diminuir, em principal ao pensar que a presença de agrotóxico faz com o que valores tóxicos ultrapassem os limites da terra para chegar aos lençóis freáticos e gerar danos para grande número de espécies no habitat.

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Entre o século XIX e XX quase noventa por cento da água do mundo era consumida por causa da agricultura. Quando há fertilizantes no processo o nível tóxico prejudica o sistema que fornece recursos para satisfazer a sede dos animais. Espécies que consomem com inseticidas têm chances de prejudicar o organismo e desenvolver mal estar. Ao longo prazo pode trazer espécies de câncer que evoluem no corpo por causa do nível tóxico.

Para não perder dinheiro com a produção que precisa ser preparada por longos meses antes de trazer a colheita, os produtores investem na prática de colocar inseticidas e evitar com que as pragas ataquem e retirem o lucro que serve para a família sobreviver. Como forma de defesa o sistema de produção ataca o solo e prejudica a qualidade das novas culturas a serem plantadas no terreno.

A carne de boi consiste em produção capaz de gerar lucros altos aos produtores que abandonam a agricultura em busca de segurança financeira. Além do problema da queda das árvores e plantações que também ajudam a condicionar o clima na região, também existem os métodos contraindicados que grande parte dos donos de terra usa para eliminar a natureza a transformar em pasto: Como as queimadas, por exemplo, responsáveis por gerar poluentes ao ciclo atmosférico e prejudicar o ambiente de forma global.

“Queimadas Naturais”: Impacto Ambiental do Solo

Ruralistas apontam que as queimadas naturais representam a grande parte das ocorrências do gênero em terras nacionais de acordo com os principais índices que servem para medir a degradação no Brasil. Porém, o aumento da temperatura também ocorre por causa do aumento das atitudes que degradam a natureza e fazem a temperatura subir ao ponto de gerar queimadas

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“naturais” em zonas circundantes ou distantes das grandes fontes de desmatamentos.

Regras do Mercado: Danos no Ambiente

Produtores agrícolas preferem apostar em plantar as culturas com preços altos no mercado nacional e internacional de commodities. Porém, as movimentações acontecem de forma rápida e o que tinha valor ontem pode não valer quase nada no presente ao comparar com outros produtos da natureza. Para não perderem tempo existem os donos de terra produtiva que colocam fogo no resto da plantação para iniciar novo ciclo e ficar na frente dos principais concorrentes na região.

Lixeiras e Danos ao Impacto Ambiental

Com o aumento da população no mundo também existe outro problema que se relaciona com a degradação ambiental do solo. Grande parte do lixo do mundo se encontra nos aterros sanitários. Há produtos que podiam ser encaminhados à reciclagem e entrar no processo de reuso para chegar de forma nova no mercado. Porém, sistemas que visam coletar não possuem a mesma qualidade em todos os países do mundo. Milhões de itens tóxicos ficam parados por décadas não apenas prejudicando o cenário de excesso do lixo como também emitindo gases tóxicos que prejudicam a atmosfera e faz o calor ficar preso no globo terrestre.

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Danos da Celulose: Impacto Ambiental no Solo

Brasil está entre os principais exportadores de celulose do mundo, com destaque para a região sul e sudeste. As espécies que geram esse tipo de matéria prima são conhecidas como árvores de troncos largos e raízes grandes ao ponto de chegar com certa facilidade e absorver a grande parte dos lençóis freáticos, prejudicando também de forma direta no desabrochar de novas espécies diferentes por causa da alta concorrência por H2O. Paraná e Santa Catarina são dois locais nacionais que sofrem impacto ambiental grande ao ponto de trazerem o risco de aumento dos níveis de desertificação.

Quais as Principais Consequências do Impacto Ambiental no Solo?

De acordo com os especialistas usar níveis tóxicos para proteger as plantações representa fato que prejudica de forma direta o ecossistema, em principal quando os produtores não seguem as especificações da lei. Trabalhadores quando aplicam o remédio sem instrumentos de segurança básicos ficam envenenados em curto prazo. Por causa do mercado de carne aumenta a tendência dos donos de terras queimarem a natureza para abrir espaço aos pastos.

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Investir em Orgânicos: Diminuir Impacto no Solo

As técnicas para desenvolver de forma orgânica também não causam erosão de solos. Sem níveis tóxicos para avançar na terra e prejudicar os mananciais as produções do gênero são aconselháveis na grande parte dos países que existe ao redor do mundo. A ampla presença de agrotóxicos protege plantas contras as pragas, mas traz outras desvantagens que afetam o futuro, como no caso da qualidade da terra, por exemplo. Sistemas que abusam das toxinas prejudicam a terra e tornam improdutiva por longos anos. Esse fato danifica de forma direta a qualidade do ecossistema do entorno depende de forma direta de equilíbrio ambiental.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

2. O solo, mais do que simplesmente a camada superficial da

Terra, é conceituado como o substrato terrestre que contém matérias orgânicas e é capaz de sustentar plantas e vegetais sobre si em um ambiente aberto, sendo resultante do intemperismo e da decomposição das rochas.

3. Os solos são meios naturais de vida O solo, mais do que simplesmente a camada superficial da Terra, é conceituado como o substrato terrestre que contém matérias orgânicas e é capaz de sustentar plantas e vegetais sobre si em um ambiente aberto, sendo resultante do intemperismo e da decomposição das rochas. É o material orgânico ou mineral inconsolidado na porção superior da crosta terrestre que serve de base para todas as atividades socioespaciais e naturais. A área do conhecimento que se preocupa em estudar especificamente os solos é chamada de Pedologia. Trata-se de um recurso renovável, ou seja, o solo é um elemento natural que pode ser por diversas vezes utilizado pelo ser humano em suas atividades produtivas, embora a má utilização e a não conservação dos solos façam com que eles se tornem incultiváveis. Para melhor compreender a sua estrutura, elaboraram-se os

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conhecimentos a respeito dos horizontes do solo, assim nomeados: O, A, B, C e rocha mãe. Confira o esquema a seguir:

Os perfis ou horizontes do solo representam diferentes características de um mesmo elemento A seguir, um detalhamento das características principais de cada perfil do solo. Horizonte O – é o horizonte orgânico formado a partir da decomposição de materiais orgânicos de origem animal e vegetal. Horizonte A – é o horizonte mineralógico que, como o nome indica, é composto por compostos minerais oriundos da rocha mãe (a rocha que se decompôs e deu origem ao solo) e também de outras áreas. Geralmente, essa camada apresenta uma boa quantidade de material orgânico decomposto, o que faz com que também se chame de solo humífero. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Horizonte B – é o horizonte de composição essencialmente mineral. Ele é formado pela acumulação de argila e também de oxi-hidróxicos de ferro e alumínio. Horizonte C – é a zona de transição entre o solo e a sua rocha formadora, sendo chamado também de saprolito. É formado por alguns sedimentos maiores e menos decompostos, representando o processo de decomposição da rocha. Os elementos e as características do solo costumam seguir uma combinação de diferentes características, tais como: o tipo de rocha mãe, idade do solo, transporte de sedimentos advindos de outras áreas, presença de matéria orgânica resultante da decomposição de seres vivos, entre outras. Por esse motivo, diferentes

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classificações são utilizadas com base em diferentes critérios preestabelecidos. Por exemplo, se levarmos em conta a profundidade, os solos dividem-se em rasos (menos de 50 cm), semiprofundos (50 a 100 cm), profundos (100 cm a 200 cm) e muito profundos (mais de 200 cm). Já pela drenagem, eles podem ser classificados em excessivamente drenados, bem drenados e mal drenados. Existem ainda muitos outros critérios que originam nomes como latossolos, luvissolos, solos argilosos, solos areníticos e muitos outros.

Por Me. Rodolfo Alves Pena

Lista de Exercícios

1.O solo é um componente terrestre essencial para os seres vivos e também para a realização das atividades econômicas, de forma a ser considerado um importante recurso natural. Em termos de composição geomorfológica, pode-se afirmar que os solos a) constituem-se em ambientes de erosão e acúmulo de material sedimentar b) consolidam-se a partir de fatores exógenos do relevo. c) são o ponto de partida para a formação de todas as rochas terrestres. d) têm como característica a alteração mineralógica a partir da pressão do ar. e) apresentam uma maior fertilidade quando livres de compostos orgânicos. Questão 2

2.O processo de formação dos solos é relativamente lento e gradual, de forma que os elementos e as condições naturais envolvidas são fundamentais para a determinação dos tipos e características desse recurso natural. Sobre a formação dos solos, também conhecida como pedogênese, é correto afirmar: a) ocorre com um ritmo de intensidade determinado pela posição latitudinal do local. b) acontece, inicialmente, pelo incremento de material orgânico sobre formações rochosas. c) depende, entre outros fatores, da atuação dos agentes intempéricos, tais como a água e os ventos. d) constitui uma camada do relevo desprovida de qualquer tipo de estratificação. e) não apresenta variações morfológicas entre as diferentes localizações geográficas.

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4.PRINCIPAIS TIPOS DE SOLO: argiloso, arenoso, humoso e

calcário, Pedologia.

5. leia a afirmação:

Formação do solo

O solo é um sistema aberto entre os diversos geoecossistemas do nosso Planeta, que está constantemente sob ação de fluxos de matéria e energia. Essa condição o torna um sistema dinâmico, ou seja, o solo evolui, se desenvolve e se forma de maneira contínua no ambiente em que está inserido.

A formação do solo é dada pela interação de fatores do ambiente ao longo do tempo, conforme descrito por Jenny (1941):

S = f (m, r, o, c, v, t); em que f = função; m = material de origem; r = relevo; o =

organismos, v = vegetação; t = tempo. Este modelo é uma expressão qualitativa, ou semiquantitativa

da formação do solo e continua aceito até hoje, contribuindo para os atuais fundamentos da pedologia, que são expressos pela interação dos fatores de formação do solo sob a atuação da dinâmica interna do sistema solo e de processos pedogenéticos específicos para um determinado pedoambiente, resultando em solos com propriedades e características próprias que exercem suas funções na paisagem em que se inserem.

As feições morfológicas e as características do solo refletem a atuação dos processos pedogenéticos na sua formação.

Os processos pedogenéticos são estudados em duas vias: I) o modelo de processos múltiplos, baseado em quatro processos básicos de formação do solo: adições, perdas, transformações e translocações; II) o modelo de processos específicos, que considera as características dos diferentes tipos de solos, como resultado da atuação de mecanismos específicos na integração dos fatores de formação dos solos, como por exemplo: laterização, silicificação, ferralitização, gleização, podzolização, salinização, etc.

A interpretação dos processos pedogenéticos permite entender o solo no seu ambiente de ocorrência e a organização de sistemas de classificação de solos.

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Processos pedogenéticos

Processos pedogenéticos específicos

Processos múltiplos

Descrição resumida do processo

Exemplo de ocorrência

Ferralitização Remoção, transformação e translocação

Remoção de sílica e concentração de óxidos de Fe e Al.

Latossolos, Nitossolos, caráter ácrico

Silicificação Transformação e translocação

Migração e acúmulo de sílica cimentando estruturas ou a matriz do

Latossolos e Argissolos Amarelos

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solo coesos

Plintitização e laterização

Transformação e translocação

Redução e translocação de Fe e oxidação e precipitação originando mosqueados, plintita ou petroplintita

Plintossolos

Lessivagem ou argiluviação

Translocação Migração vertical de argila no solo

Argissolos, Luvissolos, horizontes E, lamelas

Podzolização Transformação e translocação

Migração de complexos de Fe, Al e matéria orgânica no solo com acúmulo em horizonte iluvial, com ou sem sílica

Espodossolos, Ortstein

Gleização Remoção, transformação e translocação

Redução de Fe em condições anaeróbias e translocação formando horizontes acinzentados com ou sem mosqueados

Gleissolos, Planossolos

Calcificação ou carbonatação

Translocação Acumulação de CaCO3 com nódulos ou horizonte endurecido

Luvissolos, Chernossolos Rêndzicos

Ferrólise Remoção, transformação e translocação

Destruição de argila com formação de horizonte B textural

Planossolos, Argissolos

Salinização Translocação Acumulação de sais por evaporação no horizonte superficial ou na superfície do solo

Gleissolos sálicos

Sulfurização ou tiomorfismo

Transformação e translocação

Acidificação do solo causada pela oxidação de compostos de enxofre

Gleissolos Tiomórficos

Adaptado de Kämpf & Curi (2012).

GLOSSARIO: a) Sistema aberto: Sistemas abertos recebem um fluxo contínuo de energia e matéria e, por isso, funcionam afastados do equilíbrio. b) Geoecossistemas: "uma dimensão do espaço terrestre onde os diversos componentes naturais encontram-se em conexões sistêmicas uns com os outros, apresentando uma integridade definida, interagindo com a esfera cósmica e com a sociedade humana" (SOCHAVA, 1978, p.292. Tradução nossa). Os geossistemas são unidades naturais com uma dimensão geográfica qualquer;

São áreas que se definem por um regime particular de circulação de substâncias;

Eles podem ter qualquer dimensão, do sopé de uma encosta até o geossistema planetário;

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Todo e qualquer geossistema é parte de uma entidade maior (a superfície terrestre);

Geossistemas se organizam de modo hierárquico; As diferenças na circulação das substâncias garantem uma

variedade de geossistemas; Cada geossistema é autônomo, mas nenhum possui um

funcionamento isolado;

c) Fluxos de matéria e energia. é uma análise quantitativa da energia que flui em determinada cadeia alimentar, geralmente medida em quilocalorias por metro quadrado. ... A eficiência da transferência de energia entre níveis tróficos também é reduzida devido a táticas de fuga da presa, ou de defesas químicas das plantas. d) Erosão: é o ato de corroer, de destruir, de consumir, de gastar de forma lenta e contínua. Por exemplo: a erosão dentária. e) Intemperismo: Geologia conjunto de processos mecânicos,

químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a

decomposição das rochas.

6. A seguir temos o experimento erosão do solo e a relação com a vegetação

Neste experimento

podemos concluir que

a erosão é maior onde

não há arvores

plantadas.

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PRINCIPAIS TIPOS DE SOLO

Quais são os tipos de solo, características, solos, argiloso,

arenoso, humoso e calcário, Pedologia.

Na superfície terrestre podemos encontrar diversos tipos de solo. Cada tipo possui características próprias, tais como densidade, formato, cor, consistência e formação química.

Solo Argiloso

Possuí consistência fina e é impermeável a água. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, encontrada principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da agricultura, principalmente para a cultura de café. Na região litorânea do Nordeste encontramos o massapé, solo de cor escura e também muito fértil.

Solo Arenoso

Possui consistência granulosa como a areia. Muito presente na região nordeste do Brasil, sendo permeável à água.

Solo Humoso

Presente em territórios com grande concentração de material orgânico em decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).

Solo Calcário

É um tipo de solo formado por partículas de rochas. É um solo seco e esquenta muito ao receber os raios solares. Inadequado para a agricultura. Este tipo de solo é muito comum em regiões de deserto.

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7.MAPA PEDOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

a) Analisando as imagens podemos concluir que o SOLO

ARGILOSO, pois, possuí consistência fina e é impermeável a

água. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa,

encontrada principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e

Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da

agricultura, principalmente para a cultura de café. Na região

litorânea do Nordeste encontramos o massapé, solo de cor escura e

também muito fértil.

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MARÍLIA O desenvolvimento que acompanhou a linha férrea e seu desenho linear, se impôs, oriundo da geografia, limitada pelos magníficos Itambés, caracterizados pelos imensos paredões de mais de cem metros de altura que cortam o planalto repentinamente, obrigando o crescimento urbano, a se configurar conforme sua disposição física-geográfica.

Panorama de zona rural à sudeste de Marília

Meio Ambiente - Marília tem um Horto Florestal de 554 hectares;

um Bosque Municipal de 17,36 hectares; uma área reservada ao

reflorestamento de 2 000 hectares e uma área de 7 400 hectares de

vegetação natural.

DADOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE MARÍLIA Área (ha): 607,14 Latitude: 22º03’ – Lat. Sul Longitude: 49º55’ – Long. Oeste Amplitude Altitudinal: Observação: Clima: Cwa, quente de inverno seco Temperatura: temperatura média do mês mais quente superior a 23ºC ; temperatura média do mês mais frio inferior a 18ºC

Topografia: Apresenta relevo suave ondulado, com altitude média de 440 metros sobre o nível do mar.

b) Solo: O solo é classificado, de acordo com o Sistema Nacional de Levantamento

e Classificação de Solos da EMBRAPA, como Podzólico Vermelho-amarelo, TB, abrupto, distrófico. A moderada, de textura areia média.

8. Dentre os múltiplos usos da água podemos destacar o uso na

agricultura.

Você sabia? - A ciência que estuda a composição, o desenvolvimento e a formação dos solos é a Pedologia. - 3 de maio é o Dia do Solo.

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8.dentre os múltiplos uso da água podemos destacar o uso na

agricultura

Importância da irrigação na produtividade

A prática da irrigação no mundo

A prática da irrigação no mundo ocorre desde as antigas civilizações, notadamente nas que se desenvolveram em regiões secas como no Egito e na Mesopotâmia. Em regiões de características físico-climáticas mais favoráveis, a agricultura tendeu a se desenvolver inicialmente em regiões onde a quantidade e a distribuição espacial e temporal das chuvas são capazes de suprir a necessidade das culturas, de forma que a irrigação passou a emergir em períodos mais recentes.

Esse é o caso do Brasil, onde a irrigação teve início na década de 1900 para a produção de arroz no Rio Grande do Sul. A expressiva intensificação da atividade em outras regiões do país ocorreu a partir das décadas de 1970 e 1980. Com crescimento forte e persistente, novos polos surgiram nas últimas décadas.Diversos fatores contribuem para a necessidade de irrigação. Em regiões afetadas pela escassez contínua de água, como no Semiárido brasileiro, a irrigação é fundamental, ou seja, uma parte importante da agricultura só se viabiliza mediante a aplicação artificial de água.

Em regiões afetadas por escassez em períodos específicos do ano, como na região central do País (entre maio e setembro), diversas culturas viabilizam-se apenas com a aplicação suplementar de água nesses meses, embora a produção possa ser realizada normalmente no período chuvoso. Embora o crescimento da atividade resulte, em geral, em aumento do uso da água, diversos benefícios podem ser observados, tais como o aumento da produtividade, a redução de custos unitários, a atenuação de riscos climáticos/meteorológicos e a otimização de insumos e equipamentos.

A irrigação também é fundamental para o aumento e a estabilidade da oferta de alimentos e consequente aumento da segurança alimentar e nutricional da população brasileira. Tomate, arroz, pimentão, cebola, batata, alho, frutas e verduras são exemplos de alimentos produzidos sob alto percentual de irrigação. Do ponto de vista do uso racional da água, exigências legais e instrumentos de gestão, como a outorga de direito de uso de recursos hídricos (autorização para o uso da água) e a cobrança pelo uso, fomentam a sustentabilidade da atividade, o aumento da eficiência e a consequente redução do desperdício. Dado o dinamismo da agricultura irrigada em um país de dimensões continentais e de grande geodiversidade, o conhecimento de base e o monitoramento da atividade tornam-se um grande desafio. Nesse contexto, a Agência Nacional de Águas – ANA tem promovido estudos e parcerias cujos resultados têm auxiliado tanto no planejamento e na gestão dos recursos hídricos no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – SINGREH quanto nas tomadas de decisão setoriais. Parte dos resultados têm sido publicados nos últimos anos no Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil e, mais recentemente, em publicações específicas, como no Levantamento da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais no Brasil e no Levantamento da Cana-de-Açúcar Irrigada na Região Centro-Sul do Brasil. Fonte: Atlas Irrigação

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Fonte: SENIR/Ministério da Integração Nacional

Com base nas informações acima podemos concluir a relação entre solo e água na produção de alimentos em Marília SP

O aumento da pressão sobre os recursos naturais, por fatores como o crescimento demográfico e a mudança climática, supôs "um maior uso das substâncias contaminantes no setor primário, que afetam a qualidade da água e do solo, a segurança alimentar e a biodiversidade"

A inovação científica e tecnológica, é que com a conclusão da implantação dos Sistemas Agroflorestais, tendo como exemplo a parceria com as redes locais de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, sejam fortalecidas as discussões sobre a produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, criando um banco comunitário de sementes crioulas, e um Instituto de Pesquisa em Agroecologia em parceria com a UNESP de Marília e Centros Paula Souza da região.

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9.observe a imagem 1, reflita e leia o texto abaixo. Em

seguida responda as questões propostas

Fogo avança sobre floresta amazônica na região de Apuí, na fronteira de Amazonas com

Rondônia Imagem: Bruno Kelly/Reuters

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Podemos concluir que: a)As principais causa ação humana, causando danos

irreparáveis para a fauna e flora da região. b) Na região de Marília, por exemplo, as queimadas de

grandes proporções atingiram as plantações as margens das rodovias podendo causar acidentes, segundo o Corpo de Bombeiros, estes tipos de incêndios muitas vezes são propositais.

c) o centro de prevenção de combate a incêndios é o órgão

responsável para este tipo de ocorrência.

Tema 02 – Bacias hidrográficas

1. Formação de rede hidrografia no estado de são Paulo,do

Brasil e do mundo.

Hidrografia de Marília

Fonte: google

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Fonte: google

a)Estando situado no espigão constituído pela Serra dos

Agudos, todos os seus rios correm para a Bacia do Peixe ou para a Bacia do Rio Feio.

Rio do Peixe (São Paulo) - O Rio do Peixe, que nasce no município de Garça, corta a parte sul do município de Marília. Os fluxos hídrícos que nascem na parte sul do espigão da Serra dos Agudos correm a seu encontro. Em Marília os principais afluentes do Rio do Peixe são:

Pela margem direita. Ribeirão do Alegre: nasce a 10 km, em Gália, corre em rumo

geral no sentido oeste até sua confluência com o Rio do Peixe a sudeste da cidade de Marília.

Ribeirão do Barbosa (poluído): nasce em Marília, na Fazenda Altair. Corre no sentido sudoeste desagüando no Peixe.

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Rio do Pombo ou Rio Barra Grande (poluído): nasce na cidade de Marília, despejando suas águas, 40 km depois, no Rio do Peixe. Possui vários afluentes como o Córrego São Francisco, Invernada, Trombador e Santa Maria, Ferrugem, Santana, Santo Antônio e Flor Roxa.

Ribeirão da Prata: tem as suas cabeceiras no bairro do Prata e, após um percurso de 14 km, deságüa no Peixe.

Pela margem esquerda. Rio Três Lagoas: nasce na divisa sul entre Marília e

Echaporã. Tem 6 km de extensão desagüando no Peixe. Rio AguapeíComo o Rio do Peixe, o Rio Aguapeí ou Feio

nasce em Garça, mas na parte norte do espigão da Serra dos Agudos. Como Marília fica sobre a serra, os rios que ficam no norte da cidade correm no sentido norte até o encontro com o Aguapeí, que faz a divisão do município com Getulina.

Seus afluentes que passam por Marília, todos da margem esquerda, são: Ribeirão dos Índios (poluído): nasce a 7 km de Marília, correndo na direção nordeste e depois de um curso de 18 km, deságua no Rio Aguapeí.Corrego do Forquilha: faz a divisa entre Marília e Garça, de sua nascente até a foz. Córrego das Palmeiras: Nasce no município de Dracena e sua foz no municipio de Monte Castelo próximo a SP-563. Corrego volta grande: Cidade de Nova Independência. Ribeirão Galante Nasce em Tupi Paulista e sua foz esta no municipio de Monte Castelo.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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2.No Estado de São Paulo a cidade se São Paulo apresenta uma extença rede hidrografica, inclusive com diversos riachos,corregos e rios invisiveis observe a imagem e leia o texto:

a)Rio Tietê

Trajeto do Rio Tietê

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b) Características:Ao longo dos seus 1.136 km de extensão que cortam o Estado de São Paulo de leste a oeste, o Rio Tietê possui diversas represas que abastecem cidades, permitem a geração de energia, incentivam a navegação pluvial e proporcionam espaço de lazer e a prática de esportes náuticos. Embora seja apenas um filete de água em Salesópolis, recebe a vazão de quase 30 pequenos afluentes que o torna um rio volumoso antes mesmo de chegar à capital.

O Rio Tietê é dividido em quatro grandes trechos: Alto Tietê: compreende as suas nascentes até a cidade de

Pirapora do Bom Jesus, incluindo o trecho que passa pela capital, com aproximadamente 250 km de extensão e cerca de 350 metros de desnível;

Médio Tietê Superior: da cidade de Bom Jesus de Pirapora à

cidade de Laras, onde atinge o remanso da barragem de Barra Bonita, tem 260 km de extensão e 218 metros de desnível;

Médio Tietê Inferior: da cidade da Laras até a corredeira de

Laje, encontra-se praticamente todo canalizado, por uma série de barragens de aproveitamento múltiplo. Quando o rio corria livremente, era atravessado por numerosas corredeiras originadas pelo cruzamento de diversos travessões basálticos, não havendo, porém, nenhuma grande queda no trecho. O principal afluente do Médio Tietê é o rio Piracicaba;

Baixo Tietê: da corredeira de Laje até a foz no rio Paraná,

com 240 km de extensão e 98 metros de desnível. É o principal trecho da hidrovia Tietê-Paraná.

No Rio Tietê estão presentes algumas das mais importantes

usinas hidrelétricas do Estado, que geram boa parte da energia elétrica consumida pelos paulistas. Elas são: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava.

c)Além da geração de energia, essas usinas foram

projetadas para permitir o controle de cheias, navegação hidroviária, desenvolvimento da piscicultura e atividades de recreação, entre outros usos.

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Na história do Brasil, o Tietê teve um papel fundamental no processo de conquista do interior do país e do desenvolvimento no estado. São Paulo, separada do litoral pela dificuldade de vencer a "muralha" da Serra do Mar, voltava-se para o sertão cuja penetração era facilitada pela presença do Rio Tietê e seus afluentes.

Curiosidades sobre o Rio Tietê

O Rio Tietê nasce no Município de Salesópolis, na Serra do Mar em São Paulo, e deságua no Rio Paraná, na divisa com o estado de Mato Grosso do Sul. Ao contrário de outros cursos d'água, o rio se volta para o interior e não corre para o mar, característica que o tornou um importante instrumento na colonização do país.

Até o século XVI, o rio tinha outro nome: Anhembi, cuja origem indígena é relativo ao anhumy, ou anhuma, espécie de ave bastante comum.

O mais antigo documento cartográfico do rio foi desenhado em 1628 pela expedição de D. Luiz de Céspedes Xeria, Governador do Paraguai.

Em 1726, foram registrados quase 200 acidentes graves por causa das más condições de navegação no leito do rio.

A abertura de estradas e a perspectiva de um comércio mais lucrativo reduziram as viagens fluviais pelo Tietê. Sabe-se que as últimas ocorreram por volta de 1838, quando uma epidemia de febre tifóide se alastrou pelas margens do rio, deixando poucos sobreviventes.

Nas décadas de 20 e 30, quando as águas ainda eram limpas, o Tietê recebia competições de esportes como o remo.

Outros importantes rios paulistas

Rio Grande – Nasce no estado de Minas Gerais, na região de Bocaina de Minas (Serra da Mantiqueira) e percorre cerca de 1.360 km até encontrar o Rio Parnaíba para formar o Rio Paraná. A partir da cidade de Pedregulho - SP e Claraval - MG, o Rio Grande forma uma divisor natural entre o território paulista e mineiro. É importante também para a produção hidrelétrica - nesse rio está instalada a Usina Hidrelétrica de Furnas.

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Rio Mogi-Guaçu - Outro rio que nasce em Minas Gerais, na região de Bom Repouso (Serra da Mantiqueira), e percorre 473 km até desaguar no Rio Pardo, em São Paulo.

Rio Paraíba do Sul - O Paraíba do Sul nasce na região da Serra da Bocaina, no estado de São Paulo, alimentado pelos rios Paraitinga e Paraibuna. Ele percorre 1.120 km em direção ao leste, atravessando importantes cidades do Vale do Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Sua foz é no Oceano Atlântico, na cidade de São João da Barra.

Rio Paranapanema - Rio que nasce na região de Capão Bonito, na Serra Agudos Grandes, e percorre 929 km até desaguar no Rio Paraná. É um divisor natural dos estados de São Paulo e Paraná. Possui 11 barragens que propiciam grande potencial na produção hidrelétrica com destaque para as Usinas de Chavantes, Capivara e Taquaruçu - com capacidade de produção de 414, 619 e 526 MW, respectivamente.

Rio Piracicaba - Com 115 km de extensão, é o principal afluente do Rio Tietê e importante fornecedor de água para as regiões de Piracicaba e Campinas.

Rio Ribeira do Iguape - Formado pela confluência dos rios Ribeirinha e Açungui no estado do Paraná, o Ribeira do Iguape percorre 470 km por uma região montanhosa coberta pela Mata Atlântica. Sua foz é no Oceano Atlântico, na região da cidade de Iguape.

Mais informações Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água Comitê de Bacias Hidrográficas Hidrografia do Brasil Hidroweb - Sistema de Informações Hidrológicas Histórico do Rio Tietê Informações sobre Recursos Hídricos Regiões Hidrográficas do Brasil

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SÃO PAULO: HIDROGRAFIA

4.Segundo o Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água,

da Agência Nacional de Águas - ANA, os 645 municípios que

formam o estado de São Paulo possuem uma demanda total de

água de 141,2 m³ por segundo.

As bacias e regiões hidrográficas correspondem às áreas de

drenagem compostas por um rio principal, seus afluentes e

subafluentes. A topografia do terreno delimita a região das bacias -

as partes mais altas do relevo determinam para onde as águas da

chuva irão escoar.

Em virtude de sua grande extensão territorial, o Brasil apresenta

12 grandes bacias hidrográficas estabelecidas pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e o Conselho Nacional

de Recursos Hídricos - CNRH.

O país possui uma vasta e densa rede hidrográfica onde

destacam-se os rios de planalto, conhecidos pelos acentuados

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desníveis entre a nascente e a foz, além de quedas d'água que

garantem um grande potencial para produção de energia elétrica

por meio de usinas hidrelétricas. São exemplos de rios de planalto o

Paraná e o São Francisco.

Em termos de quantidade de rios, somos um país bastante

privilegiado: cerca de 14% de toda a água doce disponível no

mundo estão no Brasil.

5.MODELO DIGITAL DE TERRENO

a)O modelo digital de elevação de uma propriedade permite uma visualização geral do terreno, com possibilidade de individualização de áreas específicas, como os vales, topos e outros relevos. Sua legenda indica: O contorno cinza representa as curvas de nível. O contorno azul representa a hidrografia; b)O contorno vermelho representa o divisor de águas . c)A chuva é a principal responsável pela entrada de água no ciclo hidrológico. d)Assim, o conceito de bacia hidrográfica pode ser entendido através de dois aspectos: rede hidrográfica e relevo. Em qualquer mapa geográfico as terras podem ser subdivididas nas bacias hidrográficas de vários rios.

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São Paulo segundo as regiões hidrográficas

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O território do estado de São Paulo está localizado em três regiões hidrográficas: Atlântico Sudeste, Atlântico Sul e Paraná.

Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste Abrange uma das áreas com maior densidade populacional e

maior nível de industrialização do país. Devido a essa característica, é a região com a maior demanda hídrica que, em contrapartida, resulta em diversos problemas em relação à disponibilidade de água.

A Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste tem 214.629 km² de área, o equivalente a 2,5% do território nacional. Estão localizadas nessa região as regiões metropolitanas de Vitória, Rio de Janeiro e Baixada Santista.

Região Hidrográfica do Atlântico Sul Essa região se estende desde o Rio Grande do Sul, na divisa

do Brasil com o Uruguai, até São Paulo. Embora não tenha grande relevância e abrangência no território paulista, os municípios de Cananéia, Ilha Comprida e Iguape estão inseridos nessa região hidrográfica.

Região Hidrográfica do Paraná Essa região possui 879.873 km² e abrange áreas dos estados

de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e o Distrito Federal. As regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Curitiba, além dos centros urbanos de Ribeirão Preto, Uberlândia, Londrina e Maringá, estão localizados dentro da Região Hidrográfica do Paraná.

A irrigação é a maior usuária de recursos hídricos (42% da demanda total), seguida do abastecimento industrial (27%).

Abastecimento de água

Segundo o Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água, da

Agência Nacional de Águas - ANA, os 645 municípios que formam o

estado de São Paulo possuem uma demanda total de água de

141,2 m³ por segundo.

Pouco mais da metade dos municípios possuem captações

exclusivamente subterrâneas. Próximo à capital e a leste do estado,

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encontra-se um maior número de captações superficiais que totaliza

cerca de 29% dos municípios. 20% restantes das sedes urbanas

são abastecidas de forma mista.

Ao todo são 26 sistemas integrados no Estado que envolvem

71 municípios. A SABESP - Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo é responsável pela operação dos serviços de

abastecimento de água em 366 municípios.

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REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

6. Com o apoio de mapas e textos,responda as seguintes questões de 6a,b,c,d da pagina 44 do caderno do aluno:

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A Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), estabelece as doze Regiões Hidrográficas brasileiras.

São regiões hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas próximas, com características naturais, socais e econômicas similares. Esse critério de divisão das regiões visa orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos em todo o país.

As 12 regiões Hidrográficas Brasileiras

O CNRH “Conselho Nacional de Recursos Hídricos” e a ANA

“Agência Nacional de Águas” dividiram o território brasileiro em

doze regiões hidrográficas. São elas: Amazonas, Tocantins-

Araguaia, Atlântico Nordeste Oriental e Ocidental, Parnaíba, São

Francisco, Atlântico Leste, Paraná, Atlântico Sudeste, Paraguai,

Uruguai e Atlântico Sul.

Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas

É a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo. Drena

quase 46% do território brasileiro, ou seja, quase 4.000.000 km²

estão no Brasil, o restante está distribuído em outros países da

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América do Sul: Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru,

Venezuela, Colômbia, Bolívia e Guiana.

Nasce no rio Lauri, ao sul do território peruano, com o nome

Vilcanota. Com o nome de Maranon, Urubamba e Ucaiali, ele

atravessa todo o território peruano, penetrando no território

brasileiro com o nome de Solimões que chegando ao encontro do

rio Negro, passa a ser chamado de Rio Amazonas.

Possui o maior potencial hidrelétrico do país, mas por seu

terreno ter baixa declividade, suas instalações são mais difíceis e

até impossibilitadas. Isso sem contar que a instalação de usinas

hidrelétricas nessa bacia poderia causar danos ao meio ambiente

amazônico e a sua população ribeirinha.

Porém, por localizar-se numa região de planícies, isto

favorece o desenvolvimento do transporte hidroviário, por ser um rio

com 23 km de navegação. Essa bacia é a que possui maior

possibilidade de navegabilidade.

No Brasil, o rio Amazonas atravessa parte do estado do Pará,

Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. Seus

principais rios são Amazonas, Solimões, Negro, Xingu, Tapajós,

Jurema, Madeira, Purus, Branco, Juruá, Trombetas, Uatumã e

Mamoré. Seus principais afluentes são Trombetas, Negro e Japurá

à esquerda, e Purus, Madeira, Tapajós e Juruá à direita.

Na foz do Rio Amazonas ocorre um fenômeno natural

chamado “pororoca” que é o encontro entre a água do mar com a

água do rio.

Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins-Araguaia

Esta bacia está situada na parte oriental da Amazônia. É a

maior bacia hidrográfica totalmente brasileira e a terceira em

potencial hidrelétrico do país. Ela abriga a usina hidrelétrica de

Tucurui no Pará. A energia que é gerada nessa usina mantém os

projetos minerais do estado, como o Carajás e as indústrias de

alumínio.

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A Bacia Tocantins-Araguaia corresponde a 9,5% do território

nacional e abrange total ou parcialmente os estados de Goiás, Mato

Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e o Distrito Federal.

Seu principal rio formador é o Tocantins, cuja nascente está

situada em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Os principais

afluentes da bacia são os rios: Sono, Palma e Melo Alves, sendo

todos localizados na margem direita do rio Araguaia. Já o rio

Araguaia nasce no estado do Mato Grosso, na fronteira com Goiás

e se junta ao Tocantins no norte do estado de Tocantins.

Essa bacia tem grande viabilidade para o transporte

hidroviário, devido a isso, há projetos para a construção de uma

hidrovia. Porém sua construção tem sido analisada e questionada

pelas ONGs “Organizações Não-Governamentais” pelos impactos

que poderá causar, principalmente no rio Araguaia em períodos de

estiagem.

Atlântico Nordeste Ocidental

Esta região está localizada quase que em sua totalidade no

estado do Maranhão, e numa pequena parte no estado do Pará.

Corresponde à aproximadamente a 4,3% do território do Brasil, e

3% da população brasileira habita na região desta bacia. A principal

utilização de sua água é para consumo humano.

Devido à ocupação humana nas proximidades do rio, são

observados alguns impactos ambientais como: desmatamentos e

práticas agrícolas inadequadas, causando processos erosivos e, em

alguns casos, formação de áreas desertificadas.

Essa região não possui problemas em relação à qualidade da

água dos rios, devido à localização urbana de pequeno e médio

porte e também ao parque industrial de pouca expressão. Contudo,

na região metropolitana de São Luís, ocorre a contaminação das

águas dos rios pelo lançamento de esgotos sem tratamento

adequado.

Seus principais rios são: Gurupi, Pericumã, Mearim, Itapecuru,

Munim, Turiaçu.

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Rio Parnaíba

Essa bacia localiza-se numa das regiões mais pobres da

região nordestina, e sofre com a falta de água e secas, ocupando

boa parte do estado do Piauí e uma pequena parte do Maranhão e

Ceará. Seu principal rio é o Parnaíba que recebe as águas de

vários tributários, sendo que os principais são: rios Gurgueia,

Balsas, Uruçuí-Preto, Poti, Canindé e Longa.

A principal atividade econômica é a piscicultura (criação de

peixes). Os recursos hídricos subterrâneos são abundantes e, se

fosse explorado e utilizado de maneira sustentável, poderia

representar uma melhoria no desenvolvimento da região, pois lá

está situado o Aquífero Maranhão, considerado um grande

potencial hídrico do Nordeste. Este corresponde a

aproximadamente 85% da demanda de água de todo o Nordeste.

Atlântico Nordeste Oriental

Essa bacia abrange a região Nordeste nos estados do Ceará,

Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

Essa região tem uma característica marcante, seus rios são

sazonais, ou seja, secam em um determinado período do ano, isso

seria devido ao seu clima quente e seco (semiárido) e a alta

evaporação das águas. Seus principais rios são: Jaguaribe,

Capibaribe, Paraíba, Acaraú, e Una.

A região que essa bacia abrange, corresponde a

aproximadamente 3,4% do território brasileiro. Seu uso é

principalmente para a irrigação de frutas tropicais do Ceará e de

cana-de-açúcar do Alagoas.

Devido ao seu baixo potencial hídrico, não há hidrelétricas

nem hidrovias instaladas nessa região hidrográfica.

Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco

Descoberto por volta de 1501 e popularmente conhecido

como “O Velho Chico”, essa bacia situa-se quase que em sua

totalidade na região nordeste do Brasil, cortando os estados de

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Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia. Abrange o estado de Minas

Gerais na região Sudeste.

Sua nascente se localiza no estado mineiro, na Serra da

Canastra e daí parte para o sentido nordeste, até desaguar no

Oceano Atlântico o qual possui vários rios afluentes como: Abaeté,

das Velhas, Paraopeba, Jequitaí, Paracatu, Verde Grande, Urucuia,

Carinhanha, Corrente e Grande. Devido a sua posição geográfica,

suas temperaturas e evaporação são bem elevadas.

O São Francisco possui uma grande importância econômica

na região por onde passa, pois é usado para navegação em alguns

trechos, irrigação e pesca. Em função disso, existe um antigo

projeto do Governo Federal para a transposição do rio para que

suas águas atinjam regiões que sofrem com a extrema seca e

miséria do Nordeste.

Ele é uma via de transporte de mercadorias na região, além

do transporte turístico que é muito forte. Os principais produtos são

arroz, soja, açúcar e alguns minérios. Também vale lembrar que

esse rio apresenta grandes quedas d’água e são extremamente

utilizados na geração de energia elétrica, já que existem cinco

usinas nele instaladas. São elas: Sobradinho, Xingó, Três Marias e

Paulo Afonso I e II.

Devido a sua grande extensão territorial, há trechos de índices

pluviométricos abundantes, com climas úmidos, que são

encontrados próximos da foz e da nascente. Contrastando com

essa área, há trechos de extrema seca e miséria. Apesar de esse

rio cortar a região mais seca e pobre do país, é o único rio perene,

ou seja, é um rio que nunca seca, independentemente da estação

do ano.

Outra designação dada ao rio é “Nilo brasileiro”, pois como foi

mencionado é o único rio que passa por uma região seca.

Atlântico Leste

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Essa bacia abrange os estados de Sergipe, Bahia e Minas

Gerais, sendo que cortam aproximadamente 526 municípios

brasileiros.

A região tem uma área que equivale a aproximadamente 4%

do território nacional.

Possui trechos de vários biomas que foram demasiadamente

devastados devido à ação do homem como: desmatamentos devido

ao cultivo da cana-de-açúcar, do cacau e da pecuária moderna,

como também na evolução da urbanização.

Grande parte dessa região hidrográfica está localizada na

região nordestina. Possui um clima semiárido, ou seja, apresenta

longos períodos de estiagens, baixo índice de pluviosidade e alta

evaporação.

A utilização desse rio é de predomínio urbano e de irrigação.

Não é utilizado para navegação, por isso não existem hidrovias,

mas em compensação, há cinco usinas hidrelétricas instaladas no

mesmo: Itapebi, Irapé, Pedra do Cavalo, Murta e Mucuri.

Atlântico Sudeste

Esta região é conhecida pelo elevado índice populacional e

pela sua importância econômica. Corta os estados de São Paulo,

Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.

Apesar de ser uma das regiões mais desenvolvidas no país, é

também uma das que mais sofre com conflitos no uso dos recursos

hídricos, porque apresenta uma das maiores demandas, porém tem

uma das mais baixas disponibilidades relativas.

Possui uma área que corresponde a aproximadamente 2,7%

do território nacional. Seus principais rios são o Paraíba do Sul e o

Doce, os quais não são viáveis para a navegação; e os seus rios

secundários são: Itapemirim, São Mateus, Ribeira de Igapé e

Itabapoama.

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Em relação ao uso e ocupação do solo, um dos principais

problemas é a ocupação irregular de encostas, de áreas ribeirinhas

e de mananciais, impulsionada pela especulação imobiliária.

Devido ao forte e desordenado processo de uso, ocupação e

urbanização, podem ser localizados ao longo dos rios pequenos

fragmentos de vegetação de mata ciliar e, na maioria das vezes, em

mau estado de conservação.

Na região Atlântico Sudeste predominam os usos industrial,

urbano e irrigação, isso principalmente nas regiões metropolitanas

do Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES), onde há de fato a grande

concentração populacional e industrial.

Nessa região foram instaladas nove usinas hidrelétricas, são

elas: Henry Borden, Nilo Peçanha, Aimorés, Parigot de Souza,

Funil, Mascarenhas, Paraibuna, Sá Carvalho e Porto Estrela.

Bacia Hidrográfica do Rio Paraná

A bacia do Rio Paraná situa-se na parte central do Planalto

Meridional e é a maior das três bacias (Paraná, Uruguai e Paraguai)

que formam a bacia da Platina.

Esse é um rio de planalto que faz divisa natural entre os

estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná e também

entre o Brasil e Paraguai e Paraguai e Argentina, desembocando no

Atlântico.

Está situada numa das áreas de maior desenvolvimento

socioeconômico “Devido ao grande desenvolvimento da região e a

evolução da urbanização, da agricultura e da agropecuária, muitos

biomas como a Mata Atlântica ou de Araucárias foram totalmente

devastados pelas ações do homem (desmatamento, poluição,

contaminação e degradação de rios, lagos, mananciais, destruição

da mata ciliar, entre outros).” do país (parte da região Sul e

Sudeste) e é formada pelos rios Paraná e seus afluentes, por

exemplo: Rio Paranapanema, Rio Grande, o famoso Rio Tietê,

entre outros.

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Possui rios com um grande potencial hidrelétrico, sendo que

várias usinas lá se instalaram. As com maior potencial hidrelétrico

são Itaipu, Furnas e Porto Primavera. A principal e com maior

destaque é a usina de Itaipu “Situada no rio Paraná, na divisa entre

Brasil e Paraguai, foi construída em 1975 e finalizada em 1982.”

que atende as necessidades de ambos os países, sendo

considerada a maior do mundo.

A bacia do rio Paraná além de apresentar o maior potencial

hidrelétrico instalado do país, apresenta trechos importantes para a

navegação, com destaque para a hidrovia do Tietê-Paraná. Essa

hidrovia tem por principal objetivo transportar mercadorias, pois liga

o Brasil com outros países do Mercosul, como a Argentina e o

Paraguai.

Nessa região há uma abundância e diversidade de peixes. A

pesca sempre foi uma atividade econômica tradicional no Pantanal

e, em meados da década de 80, o setor turístico se estruturou para

proporcionar transporte, hospedagem e serviços para o pescador.

Na bacia do Paraná existe um enorme potencial de água

subterrânea, sendo que a sua maior e mais conhecida reserva é o

Aquífero Guarani.

Aquifero Guarani

O Aquífero Guarani é o maior manancial de água doce

subterrânea do mundo. Está situado na região centro-ocidental da

América do Sul, estendendo-se por trechos do Brasil, Paraguai,

Uruguai e Argentina. Sua maior abrangência está sob o território

brasileiro (aproximadamente 2/3 da sua área total), passando por

Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Este aquífero é constituído de

várias rochas sedimentares (principalmente o arenito, pois é uma

rocha com alta permeabilidade e porosidade, típico de reservatórios

de água) pertencentes à Bacia Sedimentar do Paraná.

Está situado em uma importante reserva estratégica para o

abastecimento da população e o desenvolvimento das atividades

econômicas e recreativas. Seu potencial hídrico é bom para o

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fornecimento público e outras utilidades, sendo que seus poços têm

aproximadamente 1.500 metros de profundidade.

Estudos revelaram que as águas do Aquífero não estão livres

de poluição. São necessárias ações urgentes de controle,

monitoramento e redução de agrotóxicos, sob pena de,

consequentemente, originar problemas de poluição e/ou

contaminação. Problemas estes que podem acarretar na diminuição

dos níveis de água.

Rio Tietê

O rio Tietê é um rio que atravessa o estado de São Paulo no

sentido Leste-Oeste, nascendo em Salesópolis, no interior paulista

e desemboca no rio Paraná. A bacia do rio Tietê é uma unidade

hidrográfica da Bacia do rio Paraná, composta por seis sub-bacias:

Alto Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo;

Piracicaba; Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e

Baixo Tietê.

Este rio teve grande importância para a expansão urbana no

interior paulista. Até meados do século XX, ele era utilizado para

pesca, lazer, esportes e recreação, além de proporcionar aos

paulistas uma bela paisagem natural.

Esse favoreceu muito para a expansão e desenvolvimento da

cidade paulista, pois facilitava o transporte de mercadorias e da

própria população. A partir da década de 50, a capital paulista

estava crescendo de forma desenfreada, e devido à ação antrópica

como a industrialização crescente e o desenvolvimento da

urbanização, entre outros motivos, houve um processo de poluição

e contaminação do rio, sendo jogados resíduos industriais e

residenciais, além de destruir os manguezais ali presentes.

A ação do homem foi a principal responsável pela alteração

do rio e do ecossistema da região, que levou a uma conformidade e

acomodação da população perante a sua poluição e contaminação,

deixando suas águas fétidas. Mas mesmo assim, esse ainda

favorece o desenvolvimento da capital paulista, pois suas águas,

mesmo que poluídas gera energia para a cidade.

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De uns tempos para cá, a população paulista despertou uma

consciência a respeito da poluição, porém é necessário que esta

conscientização seja maior na sociedade, para que o rio Tietê volte

a ser como era antes dos anos 50.

As consequências são nítidas: o rio com uma cor escura,

transportando substâncias e materiais sólidos, partículas em

suspensão e produtos líquidos e gasosos, uma água malcheirosa,

além de predispor a população à várias doenças, como a

leptospirose, principalmente em meses de enchentes.

Vários projetos são discutidos e colocados em prática para a

despoluição desse rio. Houve progressos dos últimos anos para cá,

porém mesmo investindo milhões de reais, pouca coisa foi feita. A

mancha negra de poluição do rio Tietê, que na década de 90

chegou a vários quilômetros, foi um pouco reduzida gradativamente

no decorrer das obras do Projeto.

Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai

Rio tipicamente de planície que nasce na Chapada dos

Parecis (Mato Grosso), corta o pantanal mato-grossense, serve de

fronteira do Mato Grosso do Sul e Bolívia e desemboca suas águas

no rio Paraná.

Além de cortar esses dois estados brasileiros (Mato Grosso e

Mato Grosso do Sul), também atravessa países vizinhos como a

Argentina, Bolívia e Paraguai.

Seus principais afluentes são: São Lourenço, Taquari, Apa,

Pilcomayo e Bermejo.

Essa bacia pode ser dividida em duas regiões: o planalto e o

pantanal. O planalto são as terras acima de 200 metros de altitude;

e o pantanal são as terras abaixo de 200 metros de altitude, sendo

essas últimas sujeitas a enchentes constantes.

Devido às ações provocadas pelo homem, como as atividades

agropastoris e industriais, mineração e desmatamentos, ocorre a

erosão, o que favorece o assoreamento dos rios.

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Há um projeto de construção de uma hidrovia chamada

Paraná-Paraguai, da qual irá beneficiar o escoamento de produção

de países como Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia, porém ainda

não foi aprovado, devido ao risco de comprometer o ecossistema do

pantanal mato-grossense.

Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai

Essa bacia forma-se na junção dos rios Canoas e Prata e

serve como fronteira entre o Rio Grande do Sul e a Argentina e

Uruguai.

Seus principais afluentes são: Ijuí, Piratini, Ibicuí, Passo

Fundo, Xapecó, Quaraí e Paperiguaçu.

Sua origem é na Serra Geral com o nome de Pelotas e,

posteriormente, recebe as águas do rio Canoas, passado então a

ser chamado de rio Uruguai. Sua foz é na bacia hidrográfica do rio

Prata, ou também conhecido como Mar Del Plata, onde fica a

junção das águas dos rios Paraná e Paraguai.

A região concentra importantes atividades agroindustriais e

apresenta grande potencial hidrelétrico. As principais hidrelétricas

instaladas nessa bacia são: Usina de Itá, de Machadinho, Foz do

Chapecó (todas localizadas entre os estados do Rio Grande do Sul

e Santa Catarina) e de Salto Grande (entre Argentina e Uruguai).

Essa bacia se divide em três:

• Superior: área de junção do rio Pelotas com o rio Canoas até a foz

do rio Piratini;

• Médio: da foz do rio Piratini até no Uruguai na cidade de Salto;

• Inferior: de Salto até a foz do rio Prata.

Somente na região inferior é possível a navegação, na região

superior e média essa prática fica inviável devido às corredeiras no

leito do rio.

Atlântico Sul

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Origina-se próximo da divisa dos estados de São Paulo e

Paraná, chegando até o estado do Rio Grande do Sul. Nesta região

há grande presença de pequenos rios sendo que muitos deságuam

no Oceano Atlântico.

Sua vegetação é formada pela mata Atlântica e Araucárias,

que está quase desmatada pela ação antrópica devido

principalmente à urbanização, que modificou demasiadamente a

paisagem natural do local.

O transporte hidroviário tem papel importante na economia,

auxiliando no transporte de mercadorias de forma mais barata até

as grandes cidades e centros comerciais. E, ainda existem usinas

hidrelétricas instaladas nessa bacia que geram energia para o

abastecimento da região.

Seus principais rios são: Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguapé.

Esses servem não somente como geração de energia e transporte

de mercadorias, mas também como abastecimento de água.

O CNRH “Conselho Nacional de Recursos Hídricos” e a ANA

“Agência Nacional de Águas” dividiram o território brasileiro em

doze regiões hidrográficas. São elas: Amazonas, Tocantins-

Araguaia, Atlântico Nordeste Oriental e Ocidental, Parnaíba, São

Francisco, Atlântico Leste, Paraná, Atlântico Sudeste, Paraguai,

Uruguai e Atlântico Sul.

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7. ANALISANDO MAPAS HIDROGRÁFICOS

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a)O território do estado de São Paulo está localizado em três

regiões hidrográficas: Atlântico Sudeste, Atlântico Sul e Paraná.

b) UGRHI - Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de

Recursos Hídricos.

c) O Rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas de grande

importância também são seus afluentes e formadores como os rios

Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros.

d) Hidrografia de Marília

Rio do Peixe Rio Aguapeí

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8. AS CARACTERISTICAS FISICAS E GEOGRAFICAS DO BRASIL

a)DE ACORDO COM O GRÁFICO o setor que mais conso0me enregia né o industrial com 37,7%

do total.

b)Dicas para economizar com energia elétrica Troque as lâmpadas. Se na sua casa as lâmpadas são todas incandescentes, aquelas mais amareladas, então está na hora de trocá-las. ... Evite os banhos demorados! ... Cautela com o ar-condicionado. ... Preste atenção na sua geladeira. ... Utilize menos a sua máquina de lavar. ... A conscientização começa cedo. c) vamos economizar para não faltar!!!

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

CONSUMO DE ENERGIA EM 2017 EM %

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TEMA 3: DESASTRES SOCIOAMBIENTAIS

1. DESASTRES SOCIOAMBIENTAIS

a)Os principais desastres socioambientais que ocorrem

no Brasil são: Vazamento de óleo, Rompimento de barragem,

Incêndios,entre outros

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NOTÍCIAS

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Principais desastres ambientais no Brasil e no mundo sex, 01 dez 2017 | 14:41

Especial

Leia a segunda parte do primeiro capítulo de ‘Vozes e Silenciamentos em Mariana’

Texto

DARLY PRADO GONÇALVES

Fotos

Tássia Biazon | REPRODUÇÃO

Edição de imagem

LUIS PAULO SILVA

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Conhecidos também como catástrofes, os desastres ambientais ocorrem há centenas de anos em todo o planeta. Seja por um acidente

ou mesmo por erro humano, esses acontecimentos deixam marcas significativas para os habitantes das regiões afetadas, bem como ao

meio ambiente, cuja recuperação pode levar décadas ou séculos. A seguir, alguns dos principais desastres (de cunho nuclear, químico,

derramamento de poluentes etc), em ordem cronológica, que causaram danos irreparáveis às populações de diversos países.

Tragédias no mundo

1945 - Bombas de Hiroshima e Nagasaki - lançadas pelos Estados Unidos contra o Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial, essas

duas bombas nucleares mataram, aproximadamente, mais de 200 mil japoneses. Num raio de um quilômetro do centro da explosão,

quase todos os animais e plantas morreram devido às ondas de choque e calor.

1954 - Doença de Minamata - numa ilha localizada no sudoeste do Japão, os animais começaram a apresentar comportamentos

estranhos. Em 1956, humanos passaram a ter as mesmas reações: convulsões e perda ou descontrole das funções motoras. Após

estudos, verificou-se que a doença estava relacionada ao envenenamento das águas com mercúrio e outros metais pesados, infectando

também peixes e mariscos.

1976 - Nuvem de Dioxina - na cidade de Seveso, na Itália, após explosão em uma fábrica de produtos químicos, foi lançada ao ar uma

espécie de nuvem composta de dioxina (subproduto industrial gerado em certos processos químicos, como na produção de cloro e

inseticida, bem como na incineração de lixo), que permaneceu estacionada sobre a cidade. Os primeiros impactos foram observados

nos animais, que começaram a morrer gradativamente. Já os humanos passaram a apresentar feridas na pele, desfiguração, náuseas e

visão turva, dentre outros sintomas.

1979 - Three Mile Island - conhecido como “Pesadelo Nuclear”, esse desastre ocorreu quando o reator de uma usina nuclear da

Pensilvânia passou por uma falha mecânica, aliada a erro humano. Foram lançados gases radioativos em um raio de 16 quilômetros. A

população não foi informada sobre o acidente; somente dois dias depois, foi retirada do local. Não houve mortes relacionadas ao

acidente, e nenhum dos habitantes do local ou entorno tiveram sua saúde afetada.

1984 - Vazamento em Bhopal - um vazamento em uma fábrica de agrotóxicos despejou no ar da cidade de Bhopal, na Índia, mais de

40 toneladas de gases tóxicos. Após o acidente, a empresa abandonou o local, e mais de duas mil pessoas morreram pelo contato com

as substâncias letais, e outras sofreram queimaduras nos olhos e pulmões.

1986 - Explosão de Chernobyl - a explosão de um dos quatro reatores de Chernobyl, na Ucrânia, foi o pior acidente nuclear da

história, liberando uma radiação dezenas de vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Imediatamente, 32 pessoas

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morreram e outros milhares perderam a vida nos anos seguintes. A nuvem nuclear atingiu a Europa e contaminou quilômetros de

florestas.

1989 - Navio Exxon Valdez - o petroleiro colidiu com rochas submersas na costa do Alasca e iniciou um derramamento sem

precedentes (cerca de 40 milhões de litros de petróleo), contaminando mais de dois mil quilômetros de praias e causando a morte de

cem mil aves. 1991 - Queima de petróleo no Golfo Pérsico - o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou a destruição de centenas de

poços de petróleo no Kuwait. Foram lançados mais de um milhão de litros de óleo no Golfo Pérsico, e a fumaça da parte que foi

queimada bloqueou a luz do Sol. Ao menos mil pessoas morreram de problemas respiratórios e animais foram infectados.

1999 - Usina Nuclear de Tokaimura - no nordeste de Tóquio, houve um acidente em uma usina de processamento de urânio.

Centenas de operários ficaram expostos à radiação e tiveram, além de náuseas, o rosto, as mãos e outras partes do corpo queimados.

2002 - Navio Prestige - o petroleiro grego naufragou na costa da Espanha, e despejou mais de dez milhões de litros de óleo no litoral

da Galícia, contaminando 700 praias e matando mais de 20 mil aves.

Desastres no Brasil

O Brasil também apresenta um vasto histórico de danos ambientais. Abaixo a lista dos principais acontecimentos:

Vila Socó

depois da tragédia | Foto: Reprodução | O popular

1980 - Vale da Morte - o jornal americano batizou o polo petroquímico de Cubatão (SP) como “Vale da Morte”. As indústrias localizadas

na cidade de Cubatão despejavam no ar toneladas de gases tóxicos por dia, gerando uma névoa venenosa que afetava o sistema

respiratório e gerava bebês com deformidades físicas, sem cérebros. O polo contaminou também a água e o solo da região, trazendo

chuvas ácidas e deslizamentos na Serra do Mar.

1984 - Vila Socó - uma falha em dutos subterrâneos da Petrobras espalhou 700 mil litros de gasolina nos arredores dessa vila,

localizada também em Cubatão (SP). Após o vazamento, um incêndio destruiu parte de uma comunidade local, deixando quase cem

mortos.

1987 - Césio 137 - um grave caso de exposição ao material radioativo Césio 137 ocorreu em Goiânia (GO). Dois catadores de lixo

arrombaram um aparelho radiológico nos escombros de um antigo hospital, e encontraram um pó branco que emitia luminosidade azul.

O material foi levado a outros pontos da cidade, contaminando pessoas, água, solo e ar, e causando a morte de pelo menos quatro

pessoas. Anos depois, a Justiça condenou por homicídio culposo os três sócios e um funcionário do hospital abandonado, mas a pena

foi revertida em prestação de serviços voluntários.

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2000 - Vazamento de óleo na Baía de Guanabara - um acidente com um navio petroleiro resultou no derramamento de mais de um

milhão de litros de óleo in natura no Rio de Janeiro. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama) aplicou duas multas à Petrobras, uma de R$ 50 milhões e outra de R$ 1,5 milhão, devido à morte da fauna local e poluição do

solo em vários municípios.

2003 - Vazamento de barragem em Cataguases - o rompimento de uma barragem de celulose em Minas Gerais ocasionou o

derramamento de mais de 500 mil metros cúbicos de rejeitos, compostos por resíduos orgânicos e soda cáustica. Os rios Pomba e

Paraíba do Sul foram atingidos, causando sérios danos ao ecossistema e à população ribeirinha. As empresas foram multadas em R$

50 milhões pelo Ibama.

2007 - Rompimento de barragem em Miraí - uma barragem rompeu nessa cidade mineira, causando um vazamento de mais de dois

milhões de metros cúbicos de água e argila. A empresa foi multada em R$ 75 milhões, mas os danos ainda permanecem evidentes.

2011 - Vazamento de óleo na Bacia de Campos - houve o vazamento de uma grande quantidade de óleo no Rio de Janeiro. A

empresa americana Chevron despejou no mar cerca de três mil barris de petróleo, provocando uma mancha de 160 quilômetros de

extensão. Animais foram mortos e o Ibama aplicou duas multas à empresa, totalizando R$ 60 milhões. A Chevron foi também obrigada

a pagar uma indenização de R$ 95 milhões ao governo brasileiro pelos danos ambientais.

2015 - Incêndio na Ultracargo - um incêndio no terminal portuário Alemoa, em Santos, litoral Sul de São Paulo, gerou uma multa de R$

22 milhões, aplicada pelo órgão estadual de meio ambiente à Ultracargo, por lançar efluentes líquidos em manguezais e na lagoa

contígua ao terminal. Foram também emitidos efluentes gasosos na atmosfera, colocando em risco a segurança das comunidades

próximas, dos funcionários e de outras instalações localizadas na mesma zona industrial.

Barragem de Fundão, antes e depois do desastre | Fonte: Creative Commons – CC BY 3.0 – Google

Earth/Divulgação

b)2015 - Rompimento da barragem de Mariana - em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG), provocou a liberação de uma onda de lama de mais de dez metros de altura, contendo 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Em Minas Gerais, na última década, ocorreram desastres ambientais com mineração em Nova Lima (2001), em Miraí (2007), e em Itabirito (2014).

Referências

ARAÚJO, Heribelto. Tsunami de lama tóxica: o maior desastre ambiental do Brasil. El País. Disponível em:

https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/30/politica/1451479172_309602.html Acesso em: 3 jul. 2016.

COSTA, DT et al. Grandes Impactos Ambientais no Mundo. Caderno Meio Ambiente e Sustentabilidade, Uninter. Disponível em:

https://www.uninter.com/revistameioambiente/index.php/meioAmbiente Acesso em: 1 jul. 2016.

FREITAS, C. M. et al. Desastres naturais e saúde: uma análise da situação do Brasil. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), Fiocruz,

v.19, n.9, p. 3645-3656,2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n9/1413-8123-csc-19-09-3645.pdf Acesso em 1 jul. 2016.

Mundo Estranho. Maiores desastres ecológicos no mundo. Mundo Estranho. Disponível em:

https://mundoestranho.abril.com.br/ambiente/quais-foram-os-maiores-desastres-ecologicos-do-mundo/ Acesso em: 3 jul. 2016.

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Pensamento Verde. Principais acidentes ambientais no Brasil. Pensamento Verde. Disponível em:

http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/conheca-os-principais-acidentes-ambientais-brasil/ Acesso em: 2 jul. 2016.

Portal EBC. Desastres ambientais no Brasil. Portal EBC. Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/meio-

ambiente/2015/11/conheca-os-principais-desastres-ambientais-ocorridos-no-brasil Acesso em: 1 jul. 2016.

VINICIUS, Bruno. Piores acidentes ambientais. Blog Planeta Agora. Disponível em: http://planetaagora.blogspot.com.br/2014/04/os-10-

piores-acidentes-ambientais-da.html Acesso em: 2 jul. 2016.

Darly Prado Gonçalves - Jornalista graduada pela Universidade Anhembi Morumbi, com foco e experiência na área cultural. Mestranda

em Divulgação Científica e Cultural pelo Labjor/IEL/Unicamp (2017), com ênfase no resgate e valorização da cultura brasileira. Atuou

em gestão de projetos (produção de eventos e artistas) em diferentes unidades do Sesc. Musicista autodidata. Produziu o documentário

Arrigo Barnabé - O Eterno Marginal. Integra a equipe de comunicação interna da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Email: [email protected]

Leia também:

JU publica livro sobre a tragédia de Mariana

Imagem de capa JU-online

Mais Acessadas Dirigível não tripulado para monitoramento ambiental entra em operação no ano que vem Atualidades Recuperação de vegetação nativa pode criar 2 milhões de empregos em 10 anos Biodiversidade do país inspira biotecnologia na busca de soluções para a crise climática Tragédia de Mariana causou alterações substanciais e perenes na foz do Rio Doce Somos todos Wajãpi!!

Mídias Sociais

c)Entre as principais medidas que podem ser tomadas para diminuir o impacto ambiental temos:

O reflorestamento das áreas desmatadas. A criação de um processo de despoluição dos rios, córregos, etc. A aplicação do desenvolvimento sustentável. O uso consciente dos recursos naturais.

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2.ANALISE DE IMAGEM 1 E 2

Imagem 1: Brumadinho, minas Gerais Fonte:IBGE

Imagem 2:Queimada, floresta Nacional do Jamanxim. Fronte:IBAMA

a)Características: 1º Plano: Brumadinho vista aérea. 2º Plano: Brumadinho após o rompimento da barragem. 3ºPlano: Queimada, floresta Nacional do Jamanxim.

b)As imagens descrevem desastres socioambientais: c) rompimento da barragem e Queimada.

d)Os danos causados pelos desastres socioambientais são catastróficos com perdas de vidas humanas, fauna e flora.

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e) TRAGÉDIA DE BRUMADINHO – carta aberta da 7ª Turma do

curso de Fé e Política do CEFEP 01/02/201912/02/2019 Pietra Soares 0 comentários brumadinho, Tragédia

“Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que em dores de parto até o presente dia”. Rm. 8,22

Nós, alunos e alunas da 7ª Turma do Curso de Fé e Política do CEFEP — Centro

Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara” —, organismo da CNBB de formação

e capacitação de cristãos para atuar no mundo da política, membros das Igrejas Católica

e Batista, reunidos para reflexão sobre os momentos atuais de nosso país fomos

surpreendidos com a notícia de mais um crime socioambiental da Vale, em

Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

Diante desta tragédia expressamos nossos sentimentos de:

indignação pela negligência com a qual são tratados a vida humana e a Natureza em sua biodiversidade colocando em primeiro lugar os lucros exorbitantes da empresa privatizada Vale;

protesto, pois foram feitos encaminhamentos às autoridades que, no entanto, foram arquivados, desconsiderados, demonstrando o pouco caso das autoridades responsáveis pela fiscalização das atividades de mineração;

solidariedade para com as vítimas da tragédia e seus familiares, como a toda a população local.

Denunciamos o descaso da direção da empresa Vale e dos agentes públicos

responsáveis pela preservação do meio ambiente e pela dignidade da vida humana.

Lembramos a luta de Dom Luciano Mendes de Almeida pela não privatização da

empresa Vale do Rio Doce, patrimônio do Estado de Minas Gerais e do Brasil, quando

afirmava que o processo não havia sido ético.

A Vale, enquanto empresa estatal nunca causou esse tipo de dano, mostrando o quanto

as privatizações são nocivas à sociedade e ao povo brasileiro.

Unimo-nos à luta e à dor do povo de Brumadinho e exigimos que sejam tomadas

medidas concretas nos vários níveis do Estado e, com urgência, a reparação

indenizatória a todas as famílias atingidas; a fiscalização efetiva das barragens, a

suspensão dos licenciamentos até que todas as barragens no Estado de Minas

(primordialmente as que estão sob risco) sejam reavaliadas e recuperadas; e que sejam

tomadas as medidas de segurança adequadas, tudo com garantia do controle social com

participação direta da população envolvida.

Brasília, 28 de Janeiro de 2019

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Tema 4 – Dinâmica climática FENÔMENOS ANTRÓPICOS FENOMENOS NATURAIS 2. O tempo é o estado físico das condições atmosférica em um

determinado momento e local. Isto é, a influência do estado físico da atmosfera sobre a vida e as atividades do homem. O clima é o estudo médio do tempo para o determinado período ou mês em uma certa localidade.

TEMPO CLIMA

DESMATAMENTO NEVASCA

AQUECIMENTO

GLOBAL

DEGRADAÇAO

DO AMBIENTE

ÁREA URBANA

FURACÃO

TSUNAMI

FENÔMENOS CLIMÁTICOS

ONTEM CHOVEU MUITO NOSSA QUANTA NEVE POR AQUI

FAZ MUITO CALOR NESSA REGIAO DURANTE ESSA ÉPOCA DO ANO... ESSA REGIÃO PARECE UM DESERTO

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2.No Brasil, aquecimento global significará mudança no padrão de

chuvas

O Brasil não ficará apenas mais quente com as mudanças climáticas. O regime de chuvas também irá mudar, e muito, segundo um novo relatório que será publicado na próxima segunda-feira (9). O relatório, organizado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), reuniu os principais dados científicos para fazer projeções de como o Brasil irá responder ao aumento das médias de temperatura causado pelo aquecimento global.

O estudo é praticamente uma versão nacional do relatório de mudanças climáticas do IPCC. Ele foi elaborado com a participação de 345 pesquisadores, que fizeram nos últimos seis anos uma avaliação de toda a ciência já publicada sobre mudanças do clima no Brasil. "O Relatório de Avaliação mostra o estado da arte da ciência do clima no Brasil e na América do Sul", diz Andrea Santos, Secretária Executiva do PBMC.

Esse estado da arte confirma as principais pesquisas feitas por institutos internacionais: o planeta está aquecendo graças à emissão de gases de efeito estufa por atividades como geração de energia, transporte e desmatamento. As projeções mostram que o Brasil não ficará de fora das alterações climáticas globais, e indicam tendências de como o clima mudará em diferentes regiões do país.

a)A mudança de maior impacto será uma alteração nos padrões de chuvas. As pesquisas mostram que, no Sul e Sudeste, regiões que sofrem com enchentes e deslizamentos,

b)as chuvas se tornarão mais fortes e mais frequentes. Já no Nordeste do país, a tendência é oposta. A região mais castigada

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pela seca enfrentará grande redução da quantidade de chuvas, e as secas, que já são comuns, ficarão mais frequentes.

A Caatinga será, junto com o Cerrado, o bioma do país que mais sofrerá com a mudança nos padrões de chuva. "A Caatinga tem uma tendência de diminuição de precipitação muito intensa, e o aumento da temperatura poderá chegar a 5,5ºC até o final do século. Isso é realmente impactante", diz Tércio Ambrizzi, professor da USP e um dos autores do relatório. Segundo ele, ciclos de seca como a que o Nordeste está enfrentando este ano serão mais comuns. "Nada impede que o Nordeste tenha um ano com excesso de água, mas a tendência ao longo dos anos é de diminuição da precipitação em toda a região".

O estudo também avança no conhecimento sobre o impacto das mudanças climáticas na Amazônia. A área mais ameaçada é a parte oriental da floresta, que além de estar mais vulnerável ao clima também enfrenta forte pressão da fronteira agrícola. O risco é de uma mudança do tipo de floresta na região - ela pode ficar mais pobre, com menor biomassa, fauna e flora.

Apesar disso, o relatório considera que o aquecimento global não é a principal ameaça à Amazônia. A continuidade do desmatamento traz riscos mais imediatos à floresta do que a alteração nas médias de temperatura. Algumas projeções apontam que, se a Amazônia perder mais de 40% da sua cobertura florestal, haverá uma mudança drástica na temperatura, podendo resultar em um aquecimento regional de até 4ºC. Atualmente, a Amazônia já perdeu cerca de 17% de sua cobertura florestal.

O Relatório de Avaliação Nacional também reserva um espaço para as incertezas existentes nas pesquisas sobre clima no Brasil. Segundo o estudo, há incertezas sobre a quantidade de gases de efeito estufa que serão emitidos no futuro, sobre as mudanças naturais do clima e sobre as limitações dos modelos de computador que simulam a temperatura. Segundo Ambrizzi, essas incertezas mostram que o país ainda tem muito a avançar na pesquisa climática. "Nós temos poucos pesquisadores atuando. Em muitas áreas do Brasil, faltam dados. A gente espera que os tomadores de decisão possam incentivar a pesquisa para diminuir essas incertezas".

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Fonte: Blog do Planeta

SIGNIFICADO DE AQUECIMENTO GLOBAL

O que é Aquecimento global: Aquecimento global é o fenômeno do aumento da

temperatura média do ar perto da superfície da Terra causado pelo acúmulo, em grande quantidade, de gases poluentes na atmosfera.

Esse acúmulo acarreta uma maior retenção da irradiação do calor solar na superfície terrestre.

Especialistas indicam que a temperatura da Terra mudou ao longo de quase todas as escalas de tempo.Esse aumento também tem grande influência das atividades humanas, principalmente a partir da primeira Revolução Industrial.

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Quais são os impactos do aquecimento global para o mundo?

Os especialistas sobre o assunto sempre alertam para

inúmeras consequências do aquecimento global para o planeta. Alguns mais conhecidos são: c)Aumento do nível do mar e constantes inundações nas

áreas costeiras; Incêndios florestais mais longos e constantes; Furacões mais destrutivos; Ondas de calor mais frequentes e intensas; Destruição de ecossistemas marinhos, ENTRE OUTROS

Aumento do nível do mar e constantes inundações nas

áreas costeiras

Inundação de Nova Orleans, após o furacão Katrina. O nível médio global do mar está aumentando muito mais

rápido na costa leste dos Estados Unidos e no Golfo do México. E, segundo especialistas, aumentou até 8 polegadas desde 1880.

O aquecimento global está agora acelerando a taxa de aumento do nível do mar, aumentando os riscos de inundação para comunidades de baixa altitude e propriedades costeiras de alto risco.

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Incêndios flor estais mais longos e constantes

Devido a elevação da temperatura, as temporadas de incêndios florestais estão ficando cada vez mais longas e intensas em alguns lugares como os Estados Unidos e alguns países da Europa.

As temperaturas mais altas da primavera e do verão resultam em florestas mais quentes e secas por períodos mais longos, proporcionando condições favoráveis para incêndios florestais se inflamarem e se espalharem.

Furacões mais destrutivos

Destruição após a passagem do furacão Irma, na Flórida, Estados Unidos.

Embora os furacões sejam uma parte natural do nosso sistema climático, pesquisas recentes indicam que seu poder destrutivo vem crescendo desde a década de 1970, particularmente na região do Atlântico Norte.

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Ondas de calor mais frequentes e intensas

Perigosamente o clima quente já está ocorrendo com mais

frequência do que há 60 anos atrás. Os cientistas alertam que as ondas de calor podem se tornar

mais frequentes e severas à medida que o aquecimento global se intensifica.

Esse aumento nas ondas de calor cria sérios riscos à saúde e pode levar à exaustão por insolação e agravar as condições médicas existentes.

Consequências para a saúde humana

A mudança climática tem implicações significativas para a

nossa saúde. O aumento da temperatura no planeta acarreta alguns fatores,

como o aumento da poluição do ar que gera, por exemplo, alergias respiratórias e dermatológicas e a disseminação de doenças transmitidas por insetos.

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Destruição de ecossistemas marinhos

Maiores concentrações de CO2 na atmosfera, devido à

queima de combustíveis fósseis, estão tornando os oceanos mais quentes e mais ácidos.

Esses dois fatores ameaçam a sobrevivência da vida marinha. Corais, moluscos e fitoplâncton, que são a base da cadeia alimentar, estão particularmente em risco.

É POSSÍVEL PREVENIR ESSE AQUECIMENTO DO

PLANETA? Há grandes movimentações em torno da prevenção e

estagnação do aquecimento global. Alguns tratados mundiais foram estabelecidos para que a poluição ocasionada pela humanidade seja diminuída e para que ocorra uma conscientização sobre o assunto.

Um dos acordos mais conhecidos é o Protocolo de Montreal, com 32 anos em vigor, e que tem por objetivo a união dos países em prol da eliminação de 31 substâncias que destroem a camada de ozônio.

Todo esse movimento foi iniciado quando especialistas alertaram as grandes autoridades políticas quanto aos riscos que o meio ambiente e, consequentemente, a humanidade sofrerá devido ao aumento da temperatura do planeta.

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O EFEITO ESTUFA E O AQUECIMENTO GLOBAL

Antes de entender as causas do aquecimento global, é importante entender o que é e como acontece o efeito estufa.

O fenômeno do efeito estufa é um processo natural que aquece a superfície da Terra.

Quando a energia do sol atinge a atmosfera da Terra, parte é refletida de volta ao espaço e o restante é absorvido e irradiado novamente pelos gases do efeito estufa.

Entre os gases do efeito estufa, encontram-se:vapor de água; dióxido de carbono;metano;óxido nitroso;ozônio;alguns produtos químicos artificiais, como os clorofluorcarbonos (CFCs).

A energia absorvida aquece a atmosfera e a superfície da Terra. Este processo mantém a temperatura da Terra em cerca de 33° Celsius mais quentes do que seria, permitindo a existência da vida no planeta.

Sem esse processo do efeito estufa, a terra chegaria até a -18° Celsius, o que não permitira a existência de vida.

O problema que enfrentamos agora é que as atividades humanas estão aumentando as concentrações de gases de efeito estufa.

Algumas dessas atividades são: a queima de

combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural; a agricultura;o desmatamento.

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ENTÃO, COMO OCORRE O AQUECIMENTO GLOBAL?

O aquecimento global ocorre quando o dióxido de carbono e outros gases poluentes se acumulam na atmosfera e absorvem a luz solar e a radiação solar que voltam na superfície da Terra.

Normalmente, essa radiação escaparia para o espaço, mas esses poluentes, que podem durar anos ou até séculos na atmosfera, “aprisionam” o calor e fazem o planeta ficar mais quente.

O sol emite radiação eletromagnética em diferentes comprimentos de onda, transformando-se em energia de diferentes intensidades. A atmosfera funciona como um escudo multicamada que protege a Terra da radiação solar perigosa.

Nesse caso, o ozônio é encontrado em duas partes diferentes da nossa atmosfera:

O ozônio ao nível do solo ou "mau" é prejudicial para a saúde humana e um componente do smog (mistura de poeira, neblina e gases poluentes). Encontra-se na baixa atmosfera (troposfera) e nada tem a ver com o "buraco do ozônio".

Ozônio de alto nível ou “bom” ocorre na estratosfera e é responsável pela grande maioria do ozônio atmosférico.

A CAMADA DE OZÔNIO E O AQUECIMENTO GLOBAL

A camada de ozônio estratosférica absorve a radiação

ultravioleta (UV), impedindo que os raios UV perigosos atinjam a superfície da Terra e prejudiquem os organismos vivos.

Os raios UV não podem ser vistos ou sentidos, mas são muito poderosos e modificam a estrutura química das moléculas.

Essa mesma radiação desempenha um pequeno papel no aquecimento global porque sua quantidade não é suficiente para causar o excesso de calor retido na atmosfera.

Mas o esgotamento do ozônio também é preocupante, porque afeta diretamente a saúde dos seres humanos e outros organismos vivos.

A DESTRUIÇÃO DE OZÔNIO E O AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global é causado principalmente pela emissão

excessiva de dióxido de carbono na atmosfera, como dito anteriormente.

O dióxido de carbono se espalha ao redor do planeta como um cobertor e é um dos principais gases responsáveis pela

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absorção da radiação infravermelha (sentida como calor), que compreende a maior parte da energia solar.

A deterioração do ozônio ocorre quando os clorofluorcarbonos (CFCs) são liberados na atmosfera.

O ozônio fica na atmosfera superior e absorve o raio ultravioleta, outro tipo de energia solar que é prejudicial para os seres humanos, animais e plantas.

Os CFCs causam reações químicas que quebram as moléculas de ozônio, reduzindo a capacidade de absorção de radiação ultravioleta do ozônio.

Veja também:

Efeito Estufa; Clorofluorcarboneto; Camada de Ozônio; Poluição Atmosférica; Dióxido de Carbono; Camadas da Atmosfera; Ciclo do Carbono. Data de atualização: 19/06/2019.

O QUE O BRASIL GANHA COM AS MUDANÇAS

CLIMÁTICAS

Marcos Buckeridge é diretor do Instituto de Biociências da USP e presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo

Por Redação Editorias: Artigos - URL Curta: jornal.usp.br/?p=226851

Marcos Buckeridge – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens

O Brasil precisa acordar. Diante do maior desafio já enfrentado pela humanidade, a mudança climática global, o País tem à sua frente uma janela de uma a duas décadas para despertar. Precisa intensificar programas de adaptação que, ao mesmo tempo, aproveitem as oportunidades que o enfrentamento das consequências desse grande problema oferece.

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4.Evidências científicas mostram que até meados de 2040 o mundo deverá atingir a marca de 1,5

oC, caso continuemos emitindo

gases de efeito estufa como ainda fazemos hoje[1].

As pessoas perguntam: mas o que significa para mim essa pequena variação de apenas 1

oC? De fato, 1

oC, ou mesmo 1,5, ou

até 3oC podem significar muito pouco se considerarmos nossas

preferências pessoais. Porém, uma variação na temperatura média mundial de 1,5

oC implica variações de temperatura, chuvas e vários

eventos climáticos bem mais amplos e intensos do que o significado pessoal de 1,5

oC.

Os efeitos climáticos são, sobretudo, o que os climatologistas chamam de eventos extremos, ou seja, mudanças no clima local que provocam enchentes, secas, ondas de calor etc. A frequência desse tipo de evento já vem aumentando em vários lugares do planeta. Em outras palavras, teremos um maior número de noites quentes, maior frequência de tempestades, maior probabilidade de ocorrência de eventos mais fortes como furacões e tornados. Tudo isso exacerba os riscos relacionados à saúde humana, infraestrutura das cidades, agricultura e muitos outros setores da sociedade.

a) o texto tem como ideia principal; os efeitos climáticos.

b) No texto fenômenos naturais como variações de temperatura, chuvas e vários eventos climáticos serão afetados pela ação humana.

c) Tudo isso exacerba os riscos relacionados à saúde humana, infraestrutura das cidades, agricultura e muitos outros setores da sociedade.

Política de uso A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a

Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.

5. quadro 1 – tipos de fenômenos climáticos

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COLUNA A COLUNA B COLUNA C

Fenômenos climáticos Ação /consequência Questão problema

AQUECIMENTO GLOBAL

O desmatamento influencia o clima local, e regional GLOBAL.Afeta o vapor de água para a atmosfera,facilita a ocorrência de EROSÃO do solo e coloca espécies de animais e PLANTAS em risco de extinção

O reflorestamento das áreas desmatadas. A criação de um processo de despoluição dos rios, córregos, etc. A aplicação do desenvolvimento sustentável. O uso consciente dos recursos naturais

EFEITO ESTUFA Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra, essencial para manter a temperatura do planeta em condições ideais para a sobrevivência dos seres vivos.

EL NINÕ El Niño é um fenômeno atmosférico oceânico causado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico nas proximidades da na costa oeste do Peru e do Equador. Há um enfraquecimento dos ventos alísios, na região e um maior acumulo de águas superficiais mais quentes que liberam uma massa de ar aquecida e interferem no clima de varias partes do mundo. No Brasil, por exemplo a estiagem do nordeste eleva-se e as chuvas do Centro Oeste e do sudeste são mais intensas.

Inverno começa e clima no Brasil terá

influência do El Niño, diz Inmet

La niña La Niña (“a menina” em espanhol) é um fenômeno atmosférico oceânicocaracterizado pelo resfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, ou seja, suas características são opostas as do El Niño (aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico).

Chuva acida

chuva acida trata-se de uma associação entre a água da chuva e gases poluentes...