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GEO-HISTÓRIA REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA e ECONÔMICA do ESTADO de GOIÁS Introdução – Geografia e História de Goiás A Geografia e a História são ciências que se complementam. Nossa intenção, neste material é aproveitá-las em termos da explicação da ocupação de Goiás, sendo este um processo constante de transformação de paisagem, ou seja, um processo geográfico, histórico e social. Localização Goiás é um Estado brasileiro (340.166km²), localizado na região Centro-Oeste, com os seguintes limites: ao N, Tocantins; a W, Mato Grosso; ao S, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais; a E, Minas Gerais e Bahia. O Distrito Federal está encravado em seu território, junto ao limite com o estado de Minas Gerais. Capital Goiânia. Goiás: diferenças regionais Relevo – Destaques: A maior parte do território goiano está entre 300 e 900m de altitude. O relevo consiste em grandes superfícies aplainadas, talhadas em rochas cristalinas e sedimentares. Cinco unidades compõem o quadro morfológico: O planalto cristalino do leste se situa na porção leste de Goiás. Sua elevada superfície com mais de 1.000m de altitude em alguns locais, forma o divisor de águas entre as bacias do Paranaíba e do Tocantins. É essa a mais elevada unidade de relevo de toda a região Centro-Oeste; O planalto cristalino do Araguaia- Tocantins ocupa o norte do estado. Tem altitudes mais reduzidas, em geral de 300 a 600m; O planalto sedimentar do São Francisco, também chamado Espigão Mestre, vasto chapadão arenítico, caracteriza a região nordeste do estado, na região limítrofe com a Bahia; O planalto sedimentar do Paraná, extremo sudoeste do estado, é formado por camadas sedimentares e basálticas ligeiramente inclinadas, de que resulta um relevo de grandes planuras escalonadas; A planície aluvial do médio Araguaia, na região limítrofe de Goiás e Mato Grosso, tem o caráter de ampla planície de inundação, sujeita à deposição periódica de aluviões. Clima – Destaques: O tipo climático que caracteriza o estado de Goiás, é o clima tropical com verões chuvosos e invernos secos. Este domina a maior parte do estado. As temperaturas médias anuais variam entre 23ºC, ao norte, e 20ºC, ao sul. IQUEGO 1

GEOHISTÓRIA DE GOIÁS

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REALIDADE TNICA, SOCIAL, HISTRICA, GEOGRFICA, CULTURAL, POLTICA e ECONMICA do ESTADO de GOIS

GEO-HISTRIA

REALIDADE TNICA, SOCIAL, HISTRICA, GEOGRFICA, CULTURAL, POLTICA e ECONMICA do ESTADO de GOIS

Introduo Geografia e Histria de Gois

A Geografia e a Histria so cincias que se complementam. Nossa inteno, neste material aproveit-las em termos da explicao da ocupao de Gois, sendo este um processo constante de transformao de paisagem, ou seja, um processo geogrfico, histrico e social.

Localizao

Gois um Estado brasileiro (340.166km), localizado na regio Centro-Oeste, com os seguintes limites: ao N, Tocantins; a W, Mato Grosso; ao S, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais; a E, Minas Gerais e Bahia. O Distrito Federal est encravado em seu territrio, junto ao limite com o estado de Minas Gerais. Capital Goinia.

Gois: diferenas regionais

Relevo Destaques:

A maior parte do territrio goiano est entre 300 e 900m de altitude. O relevo consiste em grandes superfcies aplainadas, talhadas em rochas cristalinas e sedimentares. Cinco unidades compem o quadro morfolgico:

O planalto cristalino do leste se situa na poro leste de Gois. Sua elevada superfcie com mais de 1.000m de altitude em alguns locais, forma o divisor de guas entre as bacias do Paranaba e do Tocantins. essa a mais elevada unidade de relevo de toda a regio Centro-Oeste;

O planalto cristalino do Araguaia-Tocantins ocupa o norte do estado. Tem altitudes mais reduzidas, em geral de 300 a 600m;

O planalto sedimentar do So Francisco, tambm chamado Espigo Mestre, vasto chapado arentico, caracteriza a regio nordeste do estado, na regio limtrofe com a Bahia;

O planalto sedimentar do Paran, extremo sudoeste do estado, formado por camadas sedimentares e baslticas ligeiramente inclinadas, de que resulta um relevo de grandes planuras escalonadas;

A plancie aluvial do mdio Araguaia, na regio limtrofe de Gois e Mato Grosso, tem o carter de ampla plancie de inundao, sujeita deposio peridica de aluvies.

Clima Destaques:

O tipo climtico que caracteriza o estado de Gois, o clima tropical com veres chuvosos e invernos secos. Este domina a maior parte do estado. As temperaturas mdias anuais variam entre 23C, ao norte, e 20C, ao sul.

Os totais pluviomtricos oscilam entre 1.800mm, a oeste, e 1.500mm, a leste, com forte contraste entre os meses de inverno, secos, e os meses de vero, chuvosos.

O clima tropical de altitude aparece apenas na regio do alto planalto cristalino (rea de Anpolis, Goinia e Distrito Federal), onde, por efeito da maior altitudes, se registram temperaturas em geral mais baixas, embora o regime pluvial conserve a mesma oposio entre as estaes chuvosa de vero e seca de inverno.

Vegetao

A maior parte do territrio de Gois recoberta por vegetao de campos cerrados. As matas, embora pouco desenvolvidas especialmente, tm grande importncia econmica para o estado, de vez que constituem as reas preferidas para a prtica da agricultura, em virtude de uma maior fertilidade de seus solos, em comparao com os solos do cerrado.

Hidrografia

A rede hidrogrfica est dividida em duas partes: uma constituda pelos rios que drenam para o Paran, a outra, pelos rios que escoam para o Tocantins ou para seu afluente, o Araguaia.

O divisor de guas entre as duas bacias passa pelo centro do estado, atravessando-o de leste a oeste. O limite oriental de Gois segue o divisor de guas entre as bacias dos rios Tocantins e So Francisco e o divisor de guas entre as bacias do Tocantins e do Paranaba.

Todos os rios apresentam regime tropical, com cheias no semestre de vero, estao chuvosa. Por esta razo Gois e conhecido como o bero das guas. Aqui temos a importncia da preservao dos mananciais do de Gois e do cerrado.

Diferenas Econmicas e Sociais Entre o Norte e o Sul de Gois

Historicamente a poro norte do Estado de Gois, atual Tocantins desde 1988, sempre foi mais pobre, economicamente, do que a regio sul do Estado. Comprovando os desequilbrios regionais, os dados referentes populao municipal (1920) revelam que entre 10 municpios de maior populao, apenas trs eram situados na poro setentrional, correspondendo a 11,4 por cento do total.

Hoje, no atual Estado de Gois, esta disparidade econmica ainda persiste. A poro norte do Estado guarda os piores ndices de desenvolvimento econmico e humano. Aqui temos um destaque para a regio nordeste do Estado, que concerne os piores indicadores sociais e baixo ndice de industrializao.

A parte sul do Estado a mais desenvolvida economicamente. Nesta rea temos uma agricultura voltada para exportao, uma pecuria intensiva, boa industrializao e mais reas de atrao turstica.

Formao Econmica de Gois: minerao

Descobrimento de Gois

costume dizer que o descobridor de Gois foi o Anhanguera. Isso no significa que ele foi o primeiro a vir a Gois, mas sim que ele foi o primeiro a vir a Gois com inteno de fixar aqui. Isso se deu dentro de uma conjuntura do descobrimento do ouro no Brasil.

A Ocupao Interior

Durante os sculos XVI e XVII, a grande lavoura litornea foi a base da economia nacional, determinando a mais tardia ocupao das regies interiores. No final do sculo XVI, em decorrncia da atividade da caa ao ndio (procurado como mo-de-obra), surgiram algumas penetraes esparsas, que no fixaram o homem ao solo. Gois sofria assim um pequeno processo de transformao.

Tais penetraes no representaram fase de fixao e colonizao, constituindo-se em incurses de reconhecimento das possibilidades econmicas da regio, atravs da coleta de amostragens de ouro e de apresamento de silvcolas.

A Ocupao Mineratria - MineraoEnquanto o sculo XVII representou etapa de investigao das possibilidades econmicas das regies goianas, durante a qual o seu territrio tornou-se conhecido, o sculo XVIII, em funo da expanso da marcha do ouro, foi ele devassado em todos os sentidos, estabelecendo-se a sua efetiva ocupao atravs da minerao.

A primeira regio ocupada em Gois foi a regio do Rio Vermelho. Entre 1727 e 1732 surgiram diversos arraiais, alm de Santana (posteriormente Vila Boa de Gois), em conseqncia das exploraes aurferas ou da localizao na rota de Minas para Gois. Em 1736 j havia nas minas de Gois 10.236 escravos. Nas proximidades de Santana surgiram os arraiais de Anta e Ouro Fino; mais para o Norte, Santa Rita, Guarinos e gua Quente. Na poro Sudeste, Nossa Senhora do Rosrio da Meia Ponte (atual Pirenpoles) e Santa Cruz.

Outras povoaes surgidas na primeira metade do sculo XVIII foram: Jaragu, Corumb e o Arraial dos Couros (atual Formosa), na rota de ligaes de Santana e Pirenpoles a Minas Gerais.

Ao longo dos caminhos que demandavam a Bahia, mais ao Norte, na bacia do Tocantins, localizaram-se diversos ncleos populacionais, como So Jos do Tocantins (Niquelndia), Traras, Cachoeira, Flores, So Flix, Arraias, Natividade, Chapada e Muqum.

Na dcada de 1740 a poro mais povoada de Gois era o Sul, mas a expanso rumo ao norte prosseguia com a implantao dos arraiais do Carmo, Conceio, So Domingos, So Jos do Duro, Amaro Leite, Cavalcante, Palma (Paran) e Pilar de Gois.

O povoamento determinado pela minerao do ouro um povoamento muito irregular e mais instvel; sem nenhum planejamento, sem nenhuma ordem. Onde aparece ouro, ali surge uma povoao; quando o ouro se esgota, os mineiros mudam-se para outro lugar e a povoao definha e desaparece.

Declnio da Ocupao Mineratria

A partir da segunda metade do sculo XVIII, Portugal comeou a entrar em fase de decadncia progressiva, que coincidiu com o decrscimo da produtividade e do volume mdio da produo das minas do Brasil. Ento desde 1778, a produo bruta das minas de Gois comeou a declinar progressivamente, em conseqncia da escassez dos metais das minas conhecidas, da ausncia de novas descobertas e do decrscimo progressivo do rendimento por escravo. Surge um novo tipo de povoamento.

O Final da Ocupao Mineratria

Um novo tipo de povoamento se estabeleceu a partir do final do sculo XVIII, sobretudo no Sul da capitania, onde campos de pastagens naturais se transformaram em centros de criatrio.

A necessidade de tomar dos silvcolas reas sob seu domnio, que estrangulavam a marcha do povoamento rumo s pores setentrionais, propiciou tambm a expanso da ocupao neste perodo.

Povoaes surgidas no perodo: arraial do Bonfim (Silvnia), margem do rio Vermelho, fundado por mineradores que haviam abandonado as minas de Santa Luzia, em fase de esgotamento. Campo Alegre, originada de um pouso de tropeiros; primitivamente, chamou-se Arraial do Calaa. Ipameri, fundada por criadores e lavradores procedentes de Minas Gerais. Santo Antnio do Morro do Chapu (Monte Alegre de Gois), na zona Centro-Oriental, na rota do serto baiano. Posse, surgida no incio do sculo XIX, em conseqncia da fixao de criadores de gado de origem nordestina.

A expanso do povoamento do Centro-Oeste de Gois foi mais discreta, se bem que algumas povoaes a se erguessem, como o Arraial do Descoberto (Porangatu), originado de descobertas tardias de jazidas aurferas.

Nas pores setentrionais, ligadas poltica de povoamento dos vales dos rios Araguaia e Tocantins, com objetivos ligados implantao do comrcio fluvial, surgiram as seguintes povoaes: Porto Real (Porto Nacional), no final do sculo XVIII. So Pedro de Alcntara e Araguacema, na regio do Araguaia no incio do sculo XIX.

Apesar da descoberta de novas jazidas aurferas - como a de Ouro Podre, prxima a Arraias (1792) e a de Anicuns (1809) - e da explorao das lavras diamantferas dos rios Claro e Piles, a partir de 1801 o declnio mineratrio era evidente na capitania. Terminava definitivamente a fase de ocupao territorial ligada minerao.

Conseqncia da Decadncia da Minerao

Em 1823, Cunha Matos, enviado ao Norte para reconduzi-lo a unio com o Sul, documenta em seus inscritos a indolncia do povo e decadncia dos arraiais sublevados: Cavalcante quase nada,.....aqui falta tudo, a fome terrvel.....dizem que nas Arraias, Conceio, Flores e Natividade, ainda pior..... Somos tentados a fazer a seguinte observao: Eram estes os lugares mais prsperos do Norte na fase mineratria. Por que agora esta insolncia, este marasmo? Ausncia de um produto bsico rentvel, o que nos parece real.

Tpicos Relevantes da Ocupao e Colonizao de Gois ao Final do Perodo Mineratrio

Aspectos Gerais:

No sculo XVI comeam as primeiras bandeiras e entradas em busca do ouro aprisionamento do ndio;

Em 1722 o bandeirante, Bartolomeu Bueno, o Anhanguera, acha a primeira jazida de ouro em Goyaz;

O Anhanguera funda o Arraial de Santana, que originou Vila Boa e hoje a Cidade de Gois;

No perodo Minerador a sociedade urbana e negra;

Goyaz fazia parte da Capitania de So Paulo (So Vicente).

A Criao da Capitania de Goyaz:

1749 criao da Capitania de Goyaz;

A Capitania de Goyaz criada com o objetivo da coroa de aumentar o controle sob a regio mineradora;

O Primeiro Governador - Conde D`Arcos (paulista);

Capital: Vila Boa;

Cria-se duas casas de fundio: Uma em Vila Boa: Sul e outra em Cavalcante: Norte.

Comea a diferenciao entre o Sul e o Norte de Goyaz. O Sul passa a se destacar mais, as pessoas chegavam de mula e carroas, vinham do litoral Sudeste, So Paulo. O Norte passa a ser ocupado mais por nordestinos, vinham pelos rios, Rio Tocantins e depois Rio Araguaia;

A Sociedade era essencialmente mineradora;

O ouro de aluvio, ento;

Em 1760 tem-se a Decadncia do ouro, da minerao. H uma queda da populao urbana com uma queda gradual do nmero de escravos, devido a crise do ouro;

A sociedade ruralizou-se.

Formao Econmica de Gois: Ocupao Pecuarista Tropas e Boiadas

Preste ateno no trecho da cano Saudade Brejeira de Jos Eduardo Morais e Nasr Chaul, sucesso na voz de Marcelo Barra:

Que saudade do meu alazo

Do berrante imitando o trovo

Da boiada debaixo do sol

Nos caminhos gerais do serto.

Esta msica e outras como Chico Mineiro ou Berrante de Madalena, refletem um momento muito especial da ocupao de Gois, quando no Sul e no Norte de Gois, no incio do sculo XIX, a minerao era de pequena monta, fazendo surgir um novo surto econmico e de povoamento representado pela pecuria, estabelecida atravs de duas grandes vias de penetrao: a do Nordeste, representada por criadores e rebanhos nordestinos, que pelo So Francisco se espalharam pelo Oeste da Bahia, penetrando nas zonas adjacentes de Gois. O Arraial dos Couros (Formosa) foi o grande centro dessa via. A de So Paulo e Minas Gerais, que atravs dos antigos caminhos da minerao, penetrou no territrio goiano, estabilizando-se no Sudoeste da capitania.

Assim, extensas reas do territrio goiano foram ocupadas em funo da pecuria, dela derivando a expanso do povoamento e o surgimento de cidades como Itabera, inicialmente uma fazenda de criao, e Anpolis, local de passagem de muitos fazendeiros de gado que iam em demanda regio das minas e que, impressionados com seus campos, a se instalaram.

Este povoamento oriundo da pecuria, entretanto, apresentou numerosos problemas. No foi, por exemplo, um povoamento uniforme: caracterizou-se pela m distribuio e pela heterogeneidade do seu crescimento.

Enquanto algumas reas permaneceram estacionrias, outras decaram (os antigos centros mineradores), e outras ainda, localizadas principalmente na regio Centro-Sul, surgiram e se desenvolveram, em decorrncia sobretudo do surto migratrio de paulistas, mineiros e nordestinos.

Durante o sculo XIX a populao de Gois aumentou continuamente, no s pelo crescimento vegetativo, como pelas migraes dos Estados vizinhos. Os ndios diminuram quantitativamente e a contribuio estrangeira foi inexistente.

A pecuria tornou-se o setor mais importante da economia.

O incremento da pecuria trouxe como conseqncia o crescimento da populao. Correntes migratrias chegavam em Gois oriundas do Par, do Maranho, da Bahia e de Minas, povoando os inspitos sertes.

A Ruralizao

As caractersticas do tipo de pecuria exercido na poca - basicamente extensiva - por outro lado, no propiciavam a criao de ncleos urbanos expressivos.

A economia tendeu a uma ruralizao cada vez mais marcante e o tipo de atividade econmica gerou grande disperso e da populao. Os antigos centros mineradores decadentes no foram substitudos por povoaes dinmicas.

No incio do sculo XIX, os ncleos urbanos eram pobres e em nmero reduzido, destacando-se apenas as povoaes de Meia Ponte (Pirenpoles) e Vila Boa de Gois (Cidade de Gois), esta funcionando como sede do governo.

Em 1809, Vila Boa dispunha de mais ou menos 900 casas.

(Saint-Hilaire, Auguste de - Viagem s Nascentes do rio So Francisco e pela Provncia de Gois, apud Bruno), Ernani Silva - Histria do Brasil e Regional - Grande Oeste. Cultrix, SP, 1967, pg. 66).

Meia Ponte - atual Pirenpoles - era, na poca, no dizer de Aires do Casal, "a maior, a mais florescente e comerciante povoao da Provncia, depois da capital", opinio coincidente com a de Saint-Hilaire.

(Casal, Aires do - "Corografia Brasilica", Apud Bruno, Ernani Silva - op. cit., pg. 66).

Tpicos Relevantes - Ocupao Pecuarista (Tropas e Boiadas)

Aspectos Gerais:

Momento histrico Sculo XIX;

Gois passa a ter como economia bsica a atividade agrria (subsistncia) com baixa produo por rea;

A economia mineradora substituda pela Pecuria;

A pecuria explicada por: Grandes extenses de terras e pelo fato do gado se autotransportar;

Utilizao de pouca mo-de-obra;

Necessidade de pouco investimento;

A pecuria extensiva.

A Viso do Viajante

Auguste de Saint-Hilaire, naturalista francs- em sua obra Viagem s Nascentes do rio So Francisco e pela Provncia de Gois, deixa em sues relatos do incio do sculo XIX, uma viso de inanio muito marcante da gente goiana. Assim, o sculo XIX fica conhecido como um momento de decadncia.

A viso de decadncia , contudo uma viso etnocntrica e eurocntrica. O sculo XIX foi, na verdade, um momento em que se gesta uma goianidade base do sculo XX.

Aspectos Importantes

Redescoberta do Brasil com a vinda da famlia real para o Brasil;

Passou por Gois um grupo de europeus intelectuais, sculo XIX, so chamados de viajantes;

O viajante mais importante Saint-Hilaire, ele afirma que o povo goiano preguioso, indolente e miservel. E diz que Gois, a regio, atrasada, isolada e decadente;

Saint-Hilaire compara Gois com a Europa, tem uma viso europia de desenvolvimento;

Saint-Hilaire no leva em considerao o contexto histrico para retratar a regio e o povo goiano, no v que a regio goiana uma regio mineradora em decadncia e no v que no culpa do povo goiano que preguioso, mas um povo que s produz para comer (subsistncia), isolado, no comercializa e a regio miservel.

Urbanizao e mudanas sociais em Gois

A construo da Estrada de Ferro foi o primeiro dinamismo na urbanizao de Gois. Em 1896 a Estrada de Ferro Mogiana chegou at Araguari (MG). Em 1909, os trilhos da Paulista atingiram Barretos (SP). Em 1913 Gois foi ligado Minas Gerais pela E.F. Gois e pela Rede Mineira de Viao. Inaugurava-se uma nova etapa na ocupao do Estado.

O expressivo papel das ferrovias na intensificao do povoamento goiano ligou-se a duas ordens principais de fatores: de um lado, facilitou o acesso dos produtos goianos aos mercados do litoral; de outro, possibilitou a ocupao de vastas reas da regio meridional de Gois, correspondendo efetiva ocupao agrcola de parte do territrio goiano.

Entre 1888 e 1930, o adensamento e a expanso do povoamento nas pores meridionais de Gois (Sudeste, Sul e Sudoeste) evidenciaram-se atravs da formao de diversos povoados, como: Nazrio, Catingueiro Grande (Itauu), Inhumas, Cerrado (Nerpolis), Ribeiro (Guap), Santo Antnio das Grimpas (Hidrolndia), Pindaibinha (Leopoldo de Bulhes), Vianpolis, Gameleira (Cristianpolis), Uruta, Goiandira, Ouvidor, Cumari, Nova Aurora, Boa Vista de Marzago (Marzago), Cachoeira Alta, So Sebastio das Bananeiras (Goiatuba), Serrania (Mairipotaba), gua Fria (Cau), Cachoeira da Fumaa (Cachoeira de Gois), Santa Rita de Gois, Bom Jardim (Bom Jardim de Gois) e Baliza.

Dez novos municpios surgiram ento: Planaltina, Orizona, Bela Vista, Corumbaba, Itumbiara, Mineiros, Anicuns, Trindade, Cristalina, Pires do Rio, Caldas Novas e Buriti Alegre.

A construo de Goinia e a nova dinmica econmica de Gois

A construo de Goinia dentro da Marcha Para o Oeste de Getlio Vargas representou o segundo dinamismo na urbanizao de Gois.

A partir de 1930 inaugurou-se uma nova fase no processo de ocupao agrcola de Gois, sob a gide da poltica de Getlio Vargas, conhecida como "Marcha para o Oeste", e sob a influncia de novas necessidades da economia mundial, que se refletiram diretamente sobre a economia nacional.

A expanso agrcola de Gois neste perodo respondeu a estmulos exgenos, ou seja, aos interesses das classes agrria e industrial de So Paulo.

Rumo Para o Oeste A construo de Goinia

Em 1940, Vargas reafirmou a misso de Gois e de Goinia ao dizer que "o verdadeiro sentido de brasilidade o rumo do Oeste". A "Marcha para o Oeste" definiu-se assim como uma das faces da poltica econmica de Vargas, necessria para a consolidao global dos planos presidenciais.

Foi dentro desta poltica federal de "Marcha para o Oeste" que se deu a construo de Goinia, marco fundamental deste primeiro ciclo de expanso de Gois sob novos moldes. Em 1940 Vargas definiu o sentido da interiorizao. "Torna-se imperioso localizar no centro geogrfico do Pas, poderosas foras capazes de irradiar e garantir a nossa expanso futura. Do alto dos nossos chapades infindveis, onde estaro, amanh, grandes celeiros do Pas, dever descer a onda civilizadora para as plancies do Oeste e do Nordeste", declarou.

Goinia no representou apenas uma cidade a mais no Brasil. Foi o ponto de partida de um ciclo de expanso do Oeste, fator de desenvolvimento nacional, fator de unificao poltica. Goinia seria uma nova forma de bandeirantismo.

As Colnias Agrcolas

A par do estmulo fundao de Goinia, centro dinamizador da regio, o Governo Federal prosseguiu a sua poltica de interiorizao atravs da fundao de vrias colnias agrcolas espalhadas pelas reas mais frgeis do Pas. Em Gois, esta poltica foi concretizada na criao da Colnia Agrcola Nacional de Gois e na ao da Fundao Brasil Central.

Estes empreendimentos deram um novo impulso na expanso rumo ao Oeste. A cidade de Ceres e Carmo do Rio Verde so representantes deste momento de ocupao. Esta ocupao pode tambm ser chamada de ocupao planejada. Este perodo se estende de 1930 a 1945.

No segundo governo de Vargas o centro da poltica econmica passou a ser a modernizao do Centro-Sul, com a tentativa de criao de indstrias de base sob a gide do Estado. A "Marcha para o Oeste", ncleo da primeira gesto, perdeu sua razo de ser. Portanto, no perodo de 1945-1955, a poltica de expanso agrcola, se comparada com a fase anterior, sofreu uma desativao em resposta a condies internacionais e nacionais.

As Estradas de Rodagem Urbanizao

A construo de Braslia representou um terceiro dinamismo na ocupao de Gois. A partir de meados da dcada de 1950, ocorreu uma retomada da "Marcha para o Oeste", com a construo de Braslia. A construo da capital federal no cento do pas fomentou a construo de estradas de rodagem que ligaram a poro meridional do antigo Estado de Gois rea hegemnica do desenvolvimento capitalista brasileiro: o sudeste.

Com Braslia e as rodovias que a ligaram a outras regies do pas nascem ou floresceram em Gois um forte processo de ocupao. Um bom exemplo disso foram os ncleos urbanos surgidos no trajeto da BR 153 (Belm-Braslia).

Uma Tendncia da Urbanizao no Brasil

Gois, nas ltimas dcadas do sculo passado e primeiros anos deste sculo, passou a acompanhar a tendncia de crescimento populacional e econmico das mdias cidades, sendo hoje um Estado que atrai imigrantes.

Assim, depois de uma urbanizao explosiva, que concentrou populao nas grandes metrpoles principalmente do Sudeste ao longo dos anos 70 e 80, o Brasil est passando por mudanas na distribuio de sua populao.

A marca desta dcada interiorizao do crescimento e a formao de novas aglomeraes urbanas. Essas so algumas das principais concluses do mais aprofundado estudo sobre o tema realizado no pas nos ltimos anos e que est em fase de concluso, sendo realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada), com apoio do IBGE e da Unicamp, alm de outras instituies, como o Seade (Servio Estadual de Anlise de Dados de So Paulo).

Velocidade da Urbanizao

Em meio sculo, o Brasil sofreu um dos mais rpidos processos de urbanizao de urbanizao do mundo: de 46% em 1940, as cidades passaram a abrigar 75% da populao brasileira em 1991.

A industrializao tornou os centros urbanos responsveis por 90% de tudo o que produzido no pas. Esse processo levou a uma concentrao de pessoas em grandes metrpoles como So Paulo e Rio de Janeiro, que figuram entre as maiores cidades do mundo.

Nos anos 90, a urbanizao brasileira continua forte: j atingiu 80% da populao e deve chegar a 88% em 2025 segundo projees nas Naes Unidas. Mas adquiriu novas caractersticas.

A Nova Tendncia

A tendncia atual e que deve se manter no futuro a interiorizao do crescimento populacional. Em lugar de se concentrar nas metrpoles tradicionais, h um aumento mais acelerado de populao nas antigas periferias nacionais.

A interiorizao se traduz no espraiamento do fenmeno de formao de metrpoles. So os casos, por exemplo, de Goinia e Campinas (SP). O em aglomeraes urbanas no-metropolitanas, como Cabo Frio (RJ) e Itaja (SC) todas com taxas de crescimento superiores mdia do pas.

Cidades mdias

Reflexo disso, as cidades mdias, entre 100 mil e 500 mil habitantes, foram as que registraram o maior crescimento absoluto nos anos 90. Juntas, passaram a abrigar 36,7 milhes de brasileiros em 1996, contra 31,9 milhes em 1991.

Ao mesmo tempo, segundo o estudo coordenado pelo IPEA, em praticamente todas as regies brasileiras, as pequenas cidades apresentam saldos migratrios negativos. Ou seja, vm expulsando mais gente do que recebendo.

Protagonistas do processo de urbanizao at a dcada passada, as regies metropolitanas vm apresentando crescimento relativamente abaixo nos anos 90: 7,8% em mdia entre 1991 e 1996.

Explicao

Uma explicao levantada pelo estudo est ligada terceirizao da economia das metrpoles. Ela provocou uma queda no padro de renda e reduo dos postos de trabalho assalariados. Em outras palavras: piora na qualidade das relaes trabalhistas.

Sem perspectiva de proporcionar uma ascenso social, essas cidades perderam seu poder de atrair levas de migrantes.

O bloqueio mobilidade, representado pela reduo do crescimento econmico, diz o estudo, poder ter incentivado uma menor migrao em direo as principais metrpoles, como deve tambm ter favorecido a migrao de retorno (s regies de origem dos migrantes).

Seguindo uma tendncia mundial, os moradores que permaneceram nas regies metropolitanas passaram tambm por um processo de centrifugao: pressionados pelo encarecimento do custo de vida, foram empurrados da cidade central para o seu entorno.

Enquanto o nmero de habitantes no ncleo das regies metropolitanas cresce em mdia 3,1%, a populao das cidades perifricas aumentou 14,7% em cinco anos.

Na Grande So Paulo, por exemplo, a capital paulista registrou um crescimento de apenas 2% entre 1991 e 1996. Mas a populao da vizinha Guarulhos cresceu 23,4% no mesmo perodo.

Novas Aglomeraes

H um intenso processo de formao de aglomeraes urbanas no pas. Elas j chegam a 49 e concentram 45% dos brasileiros (73 milhes de habitantes).

As aglomeraes so caracterizadas pela concentrao de pessoas e atividades econmicas em uma mesma rea. So cidades cujas malhas urbanas podem ou no ser interligadas fisicamente (conurbadas). O essencial de uma aglomerao urbana a grande mobilidade de seus moradores e o intenso fluxo de bens e servios entre as cidades que a formam.

Num dos casos mais comuns, as pessoas moram em uma cidade, mas se deslocam para trabalhar, fazer compras ou ir escola no municpio vizinho.

A tendncia de multiplicao das aglomeraes implica mudanas tambm na gesto urbana.

Para lidar com problemas que dizem respeito a vrios municpios (lixo, captao de gua, segurana e transporte, por exemplo), ela defende a formao de consrcios entre as prefeituras.

Todas essas transformaes mudaram tambm os conceitos tradicionais de urbano e rural. Apesar de ainda haver xodo do campo, entre 1992 e 1997 segundo o Projeto urbano (coordenado pela Unicamp) a populao rural brasileira com 10 anos ou mais de idade cresceu em 530 mil pessoas.

Alm do crescimento das ocupaes no-agrcolas no meio rural, um dos fatores determinantes desse fenmeno foi o crescimento da mobilidade: muitas pessoas continuam morando na rea rural, mas trabalham nas cidades (e vice-versa). Ou seja, os conceitos tradicionais de populao urbana e rural so insuficientes para explicar as novas relaes entre o campo e a cidade.

Problemas da Urbanizao Desenfreada em Gois

Na rea do entorno do Distrito Federal temos a problemtica da definio de administrao nos municpios que a compem. A populao destes municpios trabalha no Distrito Federal, mas moram em Gois, o que gera uma grave falta de infraestrutura nestes municpios.

Goinia e seus municpios conurbados Conurbao o nome que se d para o crescimento de duas ou mais cidades vizinhas, que acabam por formar um nico aglomerado urbano. Em geral, numa conurbao existe uma cidade principal e uma (ou mais de uma) cidade-satlite. Exemplo: So Paulo e cidades anexas (Santo Andr, So Bernardo, So Caetano, Mau, Guarulhos, Osasco) Aparecida de Goinia e Senador Canedo, por exemplo, passam a ter que gerenciar problemas de impostos, servios e de infraestrutura de forma conjunta.

Goinia a maior Metrpole Regional do Centro Oeste do Brasil. Metrpoles regionais so grandes cidades, porm menores e menos equipadas que as metrpoles nacionais.

Panorama Administrativo, Poltico, Cultural de Gois durante o Imprio

As condies scio-econmicas do Brasil no possibilitaram uma ao satisfatria em Gois, durante o sculo XIX. A poltica goiana, por outra parte, era dirigida por Presidentes impostos pelo poder central. Somente no fim do imprio em referncia, comeou a adquirir feies prprias. Coexistiu no aspecto cultural um verdadeiro vazio.

Em Gois os presidentes exerciam grande influncia na vida poltica. Eram eles de livre escolha do poder central, sem vnculos familiares terra, descontentando os polticos locais.

Condicionado por uma srie de fatores, como falta de meios de transporte e comunicao, grandes distncias, descasos administrativos, desequilbrio entre receita e despesa, ausncia de um produto econmico bsico, Gois teve vida medocre no transcorrer do sculo XIX. No participou do surto desenvolvimentista do Brasil, embrionrio a partir da dcada de 50 e em aceleramento depois dos anos 70.

Nas ltimas dcadas do sculo XIX, grupos locais manifestaram-se insatisfeitos com a administrao e responsabilizaram os Presidentes estrangeiros pelo grande atraso de Gois e passaram a lutar pelo nascimento de uma conscincia poltica. Sob pretexto de afastar o oficialismo poltico e partidos polticos Liberal (1878) e Conservador (1882). Os jornais Tribuna Livre, Publicados Goiano, Comrcio, Goyaz, foram propulsores destas idias e interesses.

A conseqncia de tais movimentos foi a fortificao de grupos polticos locais, lanando as bases oligrquicas goianas.

Gois acompanhou os movimentos liberais, que grassaram no Brasil durante o sculo XIX.

A abolio no afetou a vida econmica da Provncia.

A transformao do regime monrquico em republicano ocorreu sem grandes dificuldades. Os Bulhes dirigentes do partido Liberal aps o 15 de Novembro, apoiados pelos republicanos, tornaram-se os donos do poder em Gois.

Coronelismo: a perspectiva regional

Aspectos Gerais:

Os aspectos da histria poltica de Gois desenvolveu, como no Brasil, particularidades republicanas, podendo ser dividida sua histria poltica em:

Repblica Velha (1889-1930)

Era Pedro Ludovico (1930-1945)

Repblica Populista (1945-1964)

Repblica Militar (1964-1985)

Perodo da redemocratizao (1985?)

Gois: Repblica Velha (1889-1930)

Quando a monarquia caiu, alguns grupos polticos formaram um governo provisrio formado por: Joaquim Xavier Guimares Natal, que era o seu Presidente; Jos Joaquim de Souza e Major Eugnio Augusto de Melo.

Com o decorrer do tempo, consolidou-se a seguinte composio poltica em Gois.

Partido Republicano de Gois, liderado pelos Bulhes;

Partido Catlico de Gois, controlado pelo Cnego Igncio Xavier da Silva.

Partido Republicano Federal, liderado por Sebastio Fleury Curado.

Partido Republicano Federal de Gois, criado por Jos Xavier de Almeida.

Partido Democrtico, comandado pelos Bulhes e Caiado.

Nessa fase o que ocorria era uma disputa pelo poder entre as grandes famlias, refletindo o poder dos coronis tambm em Gois .

Trs lderes exerceram um maior controle poltico sobre essa engrenagem coronelista: Jos Leopoldo de Bulhes, Jos Xavier de Almeida e Antnio Ramos Caiado.

Caractersticas Importantes do Perodo Coronelstico

Ocorreu grande descentralizao do poder;

Poder maior regional: Localismo.

O Coronelismo em Gois

Os Bulhes

Os Bulhes comandaram a poltica goiana no perodo de 1870-1900. O chefe desta famlia era Flix de Bulhes. Pouco antes da abolio ele surpreendia a todos fazendo discursos abolicionistas. Ele defendia a abolio da escravatura pois Gois no dependia mais da mo-de-obra escrava. A elite apoiava a abolio, pois no sculo XIX o nmero de escravos era pequeno e a pecuria j havia se fundado.

Pontos Importantes:

Jos Leopoldo de Bulhes Jardim, era seu principal lder;

Flix foi chamado de Castro Alves goiano, pois queria a abolio da escravatura.

A lei urea no encontrou nenhum negro cativo na cidade de Gois.

Foram libertados em Gois 4.000 escravos, segundo o historiador Luis Palacin.

Os Caiados

A Famlia Caiado governou Gois de 1912-1930 perodo da Repblica Velha, sendo um tempo marcado pela violncia e fraude, pois o voto era aberto, manipulado, sendo chamado de voto de cabresto. Em Gois, na disputa do poder poltico o Coronel reformado Eugnio Jardim, que por ser cunhado dos Caiados, dividiu com eles o mandonismo estadual. Aps a sua morte, Antnio Ramos Caiado (Tot Caiado) tornou-se o verdadeiro chefe poltico de Gois.

Seus contemporneos afirmam que dirigiu Gois como se fora uma grande fazenda de sua propriedade.

Somente foi afastado do poder quando o movimento renovador de 30 tornou-se vitorioso. Em Gois, seu grande opositor foi o mdico Pedro Ludovico Teixeira.

Pontos Importantes:

Antnio Ramos Caiado, conhecido como Tot Caiado. Foi um importante deputado goiano, sendo tambm governador.

A chamada oligarquia Caiado domina neste perodo o cenrio poltico de Gois especialmente na regio de Vila Boa e Pirenpoles.

Devido a violncia do perodo Gilberto Teles chamou a casa dos caiados o caso dos calados";

Os caiados possuam jagunos para efetivar suas aes e manipular as eleies;

Gois recebe a Estrada de ferro em 1912, tem a integrao do territrio, tem a ligao do interior com o litoral, devido ao caf. O problema de comunicao ameniza-se. A primeira cidade goiana a receber a ferrovia Catalo.

A Revoluo de 1930 em Gois

Noes Gerais

A Revoluo de 1930, embora sem razes prprias em Gois, teve uma significao profunda para o Estado. o marco de uma nova etapa histrica. Esta transformao no se operou imediatamente no campo social, mas no campo poltico. No foi popular, nem sequer uma revoluo de minorias com objetivos sociais. A conscincia social no havia atingido tal ponto e faltava organizao de classe. Foi feita por grupos heterogneos da classe dominante descontente em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de militantes tenentistas e das classes mdias, sem uma ideologia determinada e coerente, aglutinados por sua repulsa ordem poltica estabelecida na Repblica Oligrquica.

A Revoluo no provocou muita mudana social, mas sem dvida trouxe uma renovao poltica, com transformaes profundas e decisivas no estilo de governo, que buscou decididamente o desenvolvimento. Ocorreu a construo de Goinia.

As alianas e as Juntas - Governos em Gois

No Brasil, em seu contexto geral, tivemos a formao da Aliana Liberal, composta por Getlio Vargas, como candidato presidncia e Joo Pessoa, como Vice. Em Gois, a Aliana Liberal foi composta por Mrio Caiado, Americano do Brasil, Domingos Velasco e Nero de Macedo.

Aps a Tomada do poder, formou-se no Brasil uma Junta Governativa, composta pelos generais Tasso Fragoso e Mena Barreto e pelo almirante Isaias de Noronha, que passou o poder a Getlio Vargas em 3 de Novembro de 1930.

O mesmo ocorreu em Gois, onde a Junta Provisria, formada por Mrio Caiado, Emlio Francisco Povoa e Pedro Ludovico Teixeira, que passou o poder a esse ltimo, no dia 23 de novembro de 1930, com Interventor Federal, dando incio a uma nova era poltica em Gois: a Era Pedro Ludovico.

Gois: A Era de Pedro Ludovico (1930-1945)

Noes Gerais:

Vitoriosos o movimento, Pedro Ludovico passou a representante de uma nova ordem poltica no Estado. Se, por um lado, os novos donos do poder no representavam interesse de uma burguesia ou de um proletariado, tambm no representavam, literalmente, os interesses dos novos grupos polticos em ascenso, principalmente do sul e do sudoeste do Estado.

A construo da nao brasileira foi uma proposta de Getlio Vargas. Ocupar o interior do pas, seus espaos vazios, povoar par melhor defender o territrio. Tanto era uma necessidade da expanso do capitalismo, quer buscava novas reas para vender seus produtos e comprar alimentos, quanto uma necessidade de segurana nacional para melhor controlar as riquezas do pas. nesse contexto histrico e poltico que deve ser entendida a grande obra de Pedro Ludovico: a construo de Goinia.

Justificando a necessidade da mudana, alm de todos os argumentos existentes, ainda complementado pelo Interventor com:

a) O stio

b) O clima

c) O homem

d) O abastecimento de gua

e) A rede de esgoto

Assim, mediante Decretos, surgiu a Nova Capital, obedecendo a Seguinte ordem cronolgica:

20/12/1932 pelo Decreto n 2.737, foi nomeado o Bispo D. Emanuel Gomes de Oliveira, como Presidente da Comisso para escolha do local da futura capital do Estado de Gois.

24/10/1933 ocorre o lanamento da pedra Fundamental de Goinia por Pedro Ludovico Teixeira.

05/07/1945 inaugurada a nova Capital de Gois, Goinia, pelo Interventor, com Batismo Cultural.

Pedro governaria Goinia novamente de 1951/54, desta vez eleito atravs do voto direto.

Pontos Importantes - Era Vargas no Brasil e Seus Reflexos em Gois

Perodo: 1930-1945;

Com a subida de Vargas ao poder tem o fim da poltica do caf-com-leite entre So Paulo e Minas Gerais;

Getlio sob ao poder apoiado pela burguesia e faz a revoluo de 1930, que era apoiada pela burguesia e pelos militares, para tirar os coronis do poder (elite agrria);

Getlio Vargas nomeia para os Estados, os interventores, para govern-los.

O Interventor de Gois Pedro Ludovico Teixeira;

Pedro Ludovico tinha o objetivo de tirar o poder dos coronis, ento tinha que tirar o centro administrativo (Vila Boa) do local de influncia caiadista. Da a construo de Goinia;

A Construo de Goinia em 1933, o marco da modernidade da Era Vargas;

Goinia foi planejada para 50 mil habitantes;

O Arquiteto de Goinia foi Atlio Correa

Fatores favorveis para a construo de Goinia: Fazer a integrao do interior com o litoral (Marcha para o Oeste);

Tem a estrutura fsica plana, diferente de Vila Boa que tem relevo irregular. Goinia ento tem possibilidade de crescimento;

Gois: Repblica Populista (1945-1964)

Noes Gerais:

De acordo com o cientista poltico Francisco Weffort, o populismo fenmeno das regies atingidas pela intensificao do processo de urbanizao. Estabelece suas razes mais fortes em So Paulo, regio de mais intenso desenvolvimento industrial no pas (...) , no essencial, a exaltao do poder pblico, o prprio Estado colocando-se, atravs do lder, em contato direto com os indivduos reunidos na massa (...) A massa se volta para o Estado e espera o sol ou a chuva, ou seja, entrega-se de mo dadas aos interesses dominantes.

Embora iniciada j na Era Vargas, foi no perodo que se estende de 1945 a 1964 que a poltica populista mais se desenvolveu, em consonncia com os fenmenos da urbanizao e da industrializao. Foi o perodo em que a populao urbana ultrapassou a rural e em que o produto industrial predominou sobre o agrcola.

Brasil e Gois: destinos do Executivo

A queda de Getlio Vargas implicou tambm na queda de Pedro Ludovico Teixeira. Mas nem um, nem outro perderam o seu prestgio. Ambos voltaram nos braos do povo nas eleies de 1950.

Em 1946, no plano nacional, foi eleito para a presidncia da Repblica, o General Eurico Gaspar Dutra e no plano regional Jernimo Coimbra Bueno.

Chefes do Executivo Goiano durante a Repblica Populista.

1. Eldio de Amorim (1945-1946)

2. Felipe Xavier de Barros (1946)

3. Belarmindo Cruvinel (1946-1947)

4. Jernimo Coimbra Bueno (1947-1950)

Engenheiro, Coimbra Bueno fez obras civis na construo de Goinia

Foi o primeiro governador goiano eleito pelo voto universal (masculino e feminino) direto em Gois.

Lutou pela transferncia da capital federal para o planalto central.

5. Hosanah de Campos Guimares (1950-1951)

6. Pedro Ludovico Teixeira (1951-1954)

7. Jonas Ferreira Alves Duarte (1954-1955)

8. Jos Ludovico de Almeida (1955-1959)

Ex-secretrio de Pedro Ludovico

Investiu na ampliao da rede energtica de Gois

Agenciou a Construo da Usina de Rochedo, ainda quando era secretrio de Pedro Ludovico.

Iniciou a construo da Usina de Cachoeira Dourada.

Construiu o Hospital das Clnicas e o Aeroporto Santa Genoveva.

9. Jos Feliciano Ferreira (1959-1961)

Ofereceu apoio logstico construo de Braslia

Ampliou a malha rodoviria e de redes de energia

Dobrou o nmero de professores das escolas estaduais

Iniciou a pavimentao de Goinia Trindade / Goinia Inhumas

10. Mauro Borges Teixeira (1961-1964)

O Governo de Mauro Borges (1961-1964)

O governo Mauro Borges Teixeira, eleito pela coligao PSD/PTB, foi o primeiro a propor-se como diretriz de ao um Plano de Desenvolvimento Econmico de Gois PDEG, abrangendo todas as reas: agricultura, pecuria, transportes e comunicaes, energia eltrica, educao e cultura, sade e assistncia social, levantamento de recursos naturais, turismo, aperfeioamento e atualizao das atividades do Estado.

A trajetria poltica de Mauro Borges foi marcada pelo Ludoviquismo e pelo Getulismo, da ter apresentado um governo de carter intervencionista, com a criao de diversas instituies pblicas para atuar nos mais diferentes setores. Era a reformulao do Estado, mediante a reforma administrativa (Lei 3.999, de 14.11.1961).

Criou tambm:

Cerne

Catelgo (telefones) hoje telegois

Ipasgo

Metago (minrios)

Iquego (medicamentos)

Esefego

Caixego

Casego (armazenamento agrcola)

Crisa (rodovias e estradas)

Osego (sade)

Cosego (seguros)

Saneago (saneamento bsico)

Idago (poltica agrria)

Uma outra grande realizao de se governo foi a tentativa de reforma agrria atravs de uma experincia-piloto: o Combinado Agro-Urbano de Arraias. Tratava-se, basicamente, de uma experincia de socialismo cooperativista, com forte influncia da organizao israelense dos Kibutz. Para coordenar esse projeto de reforma agrria, foi criado tambm o IPASGO Instituto de Desenvolvimento Agrrio de Gois, o que lhe valeu vrios inimigos entre as oligarquias latifundirias.

Autoritarismo e democracia: o golpe de 64 e o quadro poltico goiano

Em 1964, eclodiu no Brasil mais um golpe militar, que repercutiu em Gois, na deposio do Governador Mauro Borges, que apoiava o Presidente Joo Goulart, acusado de ser esquerdista. Quando da renncia de Jnio Quadros em 1961, sete meses depois de eleito, Mauro Borges apoiou a cadeia da legalidade, o que desagradou a cpula golpista do cenrio nacional.

Em 1963, Mauro Borges rompe com Joo Goulart por motivos polticos. Isso levou o governador a ter o apoio poltico e financeiro da Aliana para o Progresso, e tambm a apoiar a deposio de Joo Goulart em 1964, lanando, inclusive, manifesto de apoio aos militares.

Mauro Borges deu apoio ao Golpe Militar de 1964, mas foi deposto naquele mesmo ano.

Em 26 de novembro de 1964, foi assinado um Decreto de Interveno, nomeando o Coronel Meira Matos para o governo de Gois. Pontos Importantes do governo Mauro Borges Teixeira:

filho de Pedro Ludovico Teixeira; Foi um modernizador; Apresenta uma sintonia entre o governo estadual e o governo federal (Jnio, Jango); Mauro fez a proposta de reforma agrria, como em Israel, as cooperativas do Kibutz. Esta poltica moderna desagradou a elite, os latifundirios;

Mauro Borges instalou cooperativas agrcolas; No governo de Mauro Borges o prprio estado teve de incentivar a economia pois iniciativa privada no Brasil e no Estado de Gois era incipiente.

Este incentivo veio atravs da criao de empresas gerenciadas pelo Estado de forma indireta. Exemplo: METAGO (Metais de Gois), IDAGO (Instituto de Desenvolvimento Agrrio), IQUEGO (Indstria Qumica de Gois),CAIXEGO, OSEGO, Saneago, Beg e Casego;

No Golpe de 1964 instalou-se a Ditadura Militar.

Com o golpe militar Jango sai do poder e Mauro tambm.

Gois: Repblica Militar (1964-1985)

Aps a interveno do Coronel Meira Matos (1964-1965), assume o Governador Marechal Emlio Rodrigues Ribas Jnior (1965-1966), com 82% dos votos, juntamente com Almir Turisco, eleito vice-governador. Visando eleger seu sucessor, Ribas Jnior fez um governo voltado para o empreguismo e o aumento do funcionalismo. De certa forma, seu governo deu continuidade ao que foi paralisado (obras) de forma brusca com o afastamento de Mauro Borges.

O Governador Otvio Lage de Siqueira (1966-1971), ex-prefeito de Goiansia, fez um governo municipalista. Na Capital ele foi ofuscado pela administrao do Prefeito ris Rezende Machado, que remodelou Goinia, dando-lhe feies de Metrpole. Otvio Lage foi o nico governador direto da Revoluo em Gois.

Leonino Ramos Caiado (1971-1975), era descendente da oligarquia Caiado. Governou na poca do Presidente Emlio G. Mdici. Como o Presidente gostava de estdios, aqui em Gois foi construdo o Serra Dourada e o Autdromo, obras faranicas. Em seu governo foi construdo o CEASA. Deu ateno ao campo criando o Gois rural e expandindo a fronteira agrcola em Gois.

Irapuan Costa Jnior (1975-1979), houve a construo do Ginsio Rio Vermelho e a restaurao do Teatro Goinia. Criou ainda a DAIA, em Anpolis. Deu ateno ao norte do Estado de Gois (hoje Tocantins), onde dentre outras obras construiu a ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional.

Ary Ribeiro Valado (1979-1983), foi o ltimo dos governos escolhidos indiretamente pelo Planalto. Sem compromissos sociais assumidos em campanha poltica este governo caracterizou-se, politicamente, pelas lutas dos grupos e pelo choque, inicialmente, entre o Executivo e o Legislativo.

Economicamente, desenvolveu o Projeto Rio Formoso de agricultura irrigada, visando fazer de Gois o celeiro do Brasil. O projeto fracassou.

No setor educacional enfrentou vrias greves e constituiu o Colgio de Lderes ou Colgio Hugo de Carvalho Ramos.

Pontos Importantes dos Governos da Repblica Militar em Gois

Os governadores: Otvio Lage, (eleio direta); pela Assemblia Legislativa foram eleitos: Leonino Caiado, Irapuan Costa Jnior e Ary Valado;

Otvio, Leonino e Irapuan fizeram obras grandes em Gois, como o estdio Serra Dourada e o Autdromo Internacional de Goinia. Foi uma espcie de poltica de po e circo;

Ocorre queda nos salrios dos professores de escolas pblicas;

O Governo de Ary Valado de transio. Ele precisava de fazer um governo bom, pois no prximo haveria eleio. Ary cria a campanha do cobertor e do agasalho, uma campanha de assistencialismo, que ocorreu atravs de Maria Valado, sua esposa.

Nas eleies ris vence Otvio Lage, dando incio ao perodo de redemocratizao da poltica.

Partidos polticos e democracia: o fim do regime militar e a ordem poltica em Gois

Os governos considerados democrticos em Gois foram:

ris Rezende Machado (1983-1986)

Os mutires

Eleito pelo voto direito, popular e universal, contando com o apoio de uma frente de oposio ao oficialismo.

Socialmente ficou conhecido como Governador dos Mutires. Administrativamente, o governo baixa o chamado Decreto, tentando coibir os abusos empreguistas do governo anterior. Foi uma medida extrema. Com maior critrio, o Estado voltou a absorver os funcionrios, reforando a funo do Estado de Obras, numa estrutura social que era incapaz de absoro da mo-de-obra por outras vias.

Seu governo cria o Estatuto do Magistrio, antiga solicitao dos professores.

De maneira geral foi um governo de carter reformista que tentou recolocar o Estado nas vias de crescimento econmico.

O governador ris Rezende foi nomeado Ministro da Agricultura do governo Jos Sarney e seu mandato foi completado pelo vice-governador Onofre Quinan (1986-1987), que deu grande nfase ao setor de transportes, asfaltando grande quantidade de estradas escoadoras de produo rural.

Henrique Santillo (1987-1991)

Possua um ousado programa desenvolvimentista, mas acabou dando prioridade as reas de Sade e Saneamento. Em 1987, aconteceu o acidente com o Csio 137 em Goinia. Sua principal realizao administrativa foi a construo do HUGO Hospital de Urgncia de Goinia. Quando deixou o governo do Estado, o salrio do funcionalismo estava atrasado em mais de cem dias. Durante seu governo Houve a liquidao da CAIXEGO.

ris Rezende Machado (1991-1994)

ris assume um Estado sucateado. Realizou um esforo arrecadador e elevou a arrecadao em 18%, j nos primeiros meses do seu governo. Voltou a investir novamente em pavimentao e iniciou a quarta etapa de Cachoeira Dourada. Expandiram-se os distritos agroindustriais atravs do programa FOMENTAR, relegando o social e um segundo plano.

ris e o seu vice, Maguito, desincompatibilizaram-se seis meses antes do trmino do mandato para concorrerem, respectivamente aos cargos de senador e governador.

Agenor Rezende (1994-1995)

Maguito Vilela (1995-1998)

Realizou um governo pautado na ateno s classes menos favorecidas. Houve avano nas reas de saneamento bsico e na educao. Privatizou a usina Cachoeira Dourada.

Naphtali Alves (1998-1999)

Um Tempo Novo - Marconi Perillo (1999-2002 /2002.....)

Marconi Perillo faz uma administrao pautada no incentivo fiscal para as empresas que queiram se instalar em Gois, desagradando os interesses dos estados centrais, como So Paulo, tendo procurado tambm solucianar esta problemtica habilidade poltica. Com isso, o Estado tem se industrializado com a chamada guerra fiscal. Em suas viagens pelo Brasil e mundo, como por exemplo pela ndia, tenta inserir o Estado de Gois, de forma vantajosa, na economia nacional e globalizada.

Alguns Pontos Importantes das Administraes Marconi Perillo

Foi o primeiro governador reeleito na histria de Gois Criao do Vapt-Vupt (Assistncia Social) Criao e ampliao de Universidade Estadual de Gois (UEG)Modernizao da Agricultura: impactos na economia goiana

A soja, principal cultura comercial quanto ao valor da produo de Gois, foi introduzida no estado somente em 1980. Conquistou o cerrado com sementes adaptadas e aplicao de calcrio para combater a acidez do solo. Com o lanamento de novas variedades de gros mais resistentes armazenagem e s pragas, vem-se registrando substancial aumento da produtividade.

A agricultura modernizada propiciou o grande crescimento de uma pecuria modernizada. Gois tem hoje uma forte e crescente agroindstria. O principal ramo industrial do estado o da indstria de produtos alimentcios, que se concentra nas cidades de Goinia, Anpolis e Itumbiara (pasteurizao de leite e fabricao de laticnios; beneficiamento de produtos agrcola abate de animais). Segue-se a indstria transformao de produtos de minerais no-metlicos e, em plano muito inferior, as indstrias metalrgicas, qumicas, txteis, de bebidas, editorial e grfica, de vesturio e de madeira.

Mais recentemente com programas de isenes fiscais Gois recebeu incrementos industriais principalmente nos plos industriais de Anpolis, Rio Verde e Catalo (montadoras). A guerra fiscal consiste na disputa pelo poder pblico, municpios, estados ou pases, para atrair empresas, dando-lhes facilidades tais como: isenes de impostos, terrenos ou financiamentos.

Os Impactos da Modernizao da Agricultura no Cerrado

O cerrado um tipo de vegetao que ocorre no Planalto Central brasileiro, em certas reas da Amaznia e do Nordeste, em terreno geralmente plano, caracterizado por rvores baixas e arbustos espaados, associados a gramneas, tambm denominados campo cerrado. um gradiente fisionmico floristicamente similar, de vegetao com capim, ervas e arbustos, principalmente no Brasil Central. Apresenta-se desde rvores raquticas, muito espalhadas, enfezado (campo sujo), menos um pouco (campo cerrado), arvoredo baixo (cerrado) at floresta (cerrado). As rvores so sempre tortuosas e de casca grossa.

O Sistema Biogeogrfico dos Cerrados abrange rea de uma grandeza espacial, que recobre quase dois milhes de quilmetros quadrados. A rea dos cerrados inclui praticamente a totalidade dos Estados de Gois e Tocantins, Oeste de Minas Gerais e Bahia, Leste e Sul de Mato Grosso, quase a totalidade do Estado do Mato Grosso do Sul e Sul dos Estados do Maranho e Piau.

O que se procura definir com o termo cerrado no apenas um tipo de vegetao, mas um conjunto de tipos fisionomicamente distribudos dentro de um gradiente que tem como limites, de um lado o campo limpo e de outro lado o cerrado. Nesse contexto, podem ser agregadas as ilhas de matas e matas galerias, integrantes decisivas desse bioma.

Texto de Altair Sales Barbosa

Mata Galeria: a vegetao que no domnio do cerrado acompanha os vales fluviais. Apresenta-se com rvores de maior porte que o cerrado. , tambm, uma vegetao bem mais diversificada.

Os Solos do Cerrado e a Ao Antrpica

Hoje os solos do Cerrado so antropicamente frteis, pois nos anos setenta, cientistas brasileiros criaram a tcnica de correo dos solos cidos chamada de calagem.

O que a Calagem?

a adio de calcrio ao solo para correo de sua acidez. Solos so cidos apresentam grande concentrao de ons hidrognio e/ou alumnio no solo.

A acidez dos solos promove o aparecimento de elementos txicos para as plantas (Al) alm de causar a diminuio da presena de nutrientes para as mesmas. As conseqncias so os prejuzos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. Portanto, a correo considerada como uma das prticas que mais contribui para o aumento da eficincia dos adubos e conseqentemente, da produtividade e da rentabilidade agropecuria.

A correo adequada do pH do solo uma das prticas que mais benefcios traz ao agricultor, sendo uma combinao favorvel de vrios efeitos dentre os quais mencionam-se os seguintes: eleva o pH; fornece Clcio e Magnsio como nutrientes; diminui ou elimina os efeitos txicos do Alumnio, Mangans e Ferro; diminui a "fixao" de fsforo; aumenta a disponibilidade do NPK, clcio, magnsio, enxofre e Molibdnio no solo; aumenta a eficincia dos fertilizantes; aumenta a atividade microbiana e a liberao de nutrientes. tais como Nitrognio, fsforo e boro, pela decomposio da matria orgnica; aumenta a produtividade das culturas como resultado de um ou mais dos efeitos anteriormente citados.

Por outro lado a correo de solo sem prticas da curva de nvel nas lavouras pode alterar o pH dos das guas e causar ou acelerar o processo de eutrofizao das guas.

A cultura do milho aparece freqncia associada criao de sunos e plantio do feijo. Outras culturas do estado so o algodo, a mandioca e a cana-de-acar. As duas ltimas tm mais carter e culturas de subsistncia, associadas, quase sempre, ao fabrico de farinha, aguardente rapadura.

O rebanho de bovinos e sunos de Gois expressivo. Na poro noroeste do Estado predomina a criao extensiva de gado.

O extrativismo vegetal inclui grandes desmatamentos de reas do cerrado para utilizao do carvo vegetal preparado em carvoarias.

Principais Problemas Ambientais do Cerrado

Desmatamento

Ato ou efeito de derrubar rvores e destruir matas e florestas de modo desordenado e abusivo. Condenado por ecologistas a partir da dcada de 1970, considerado nocivo ao equilbrio ambiental. Tambm chamado desflorestamento, atravs da prtica de corte, capina ou queimada que leva retirada da cobertura vegetal existente em determinada rea em geral para fins de pecuria, agricultura ou expanso urbana.

Vooroca

Processo erosivo subterrneo, causado por infiltrao de guas pluviais, atravs de desmoronamento e que se manifesta por grandes fendas na superfcie do terreno afetado, especialmente quando este , de encosta e carece de cobertura vegetal.

Eroso Elica

Consiste na retirada de sedimentos sob a ao do vento. Ela e bastante destrutiva de solos frteis e, muitas vezes, provoca soterramentos de cidades. Acontece nas tambm nas dunas.

Desertificao

Nome que se d ao processo de degradao da capacidade produtiva da terra causada pela ao do homem. Processo de transformao de terras no-desrticas em deserto, como resultado, em geral, de pastagem excessiva, causando exausto da matria orgnica, uso excessivo das guas subterrneas nos padres de precipitao, etc.

Lixiviao

Processo que sofrem as rochas e solos, ao serem lavados pela gua das chuvas (...) Nas regies intertropicais de clima mido os solos tornam-se estreis com poucos anos de uso, devido, em grande parte, aos efeitos da lixiviao. Forma de meteorizao e intemperismo que ocasiona a remoo de matrias solveis por gua percolante, sendo a lavagem do solo pela gua das chuvas.

Assoreamento

Ocorre atravs do entupimento do corpo dgua, ou seja, fenmeno causado pela deposio de sedimentos minerais (como areia e argila) e acumulao de materiais orgnicos no fundo, na beira dos rios, canais e esturios. Tal modificao, reduz a profundidade do curso dgua e a fora da correnteza. Processo de elevao de uma superfcie, por deposio de sedimentos. Diz-se dos processos geomrficos de deposio de sedimentos, ex.: fluvial, elio, marinho. Obstruo, por areia ou por sedimentos quaisquer, de um rio, canal ou esturio, geralmente em conseqncia de reduo da correnteza.

Degradao do Solo

Compreende os processos de salinizao, alcalinizao e acidificao que produzem estados de desequilbrio fsico-qumico no solo, tornando-o inapto para o cultivo. Modificaes que atingem um solo, passando o mesmo de uma categoria para outra, muito mais elevada, quando a eroso comea a destruir as capas superficiais mais ricas em matria orgnica.

O desmatamento e a conseqente perda dos horizontes superficiais do solo so causas bsicas de sua perda de equilbrio.

Eutrofizao de gua - Cultural

Processo pelo qual aumenta-se o nvel de nutrientes em um copo dgua. Em condies normais, esse processo muito vagaroso. Quando e eutrofizao acelerada por deflvios da agricultura ou outras atividades humanas, o processo denominado eutrofizao cultural.

A eutrofizao acelerada problemtica, porque resulta na retirada de oxignio da gua, matando os peixes ou outras formas de vida aqutica no-vegetais.

Flora e a Fauna do Cerrado

Ao se estudar a ecologia dos cerrados, observa-se que uma das caractersticas mais marcantes de sua biocenose a dependncia de alguns de seus componentes dos biomas vizinhos. O cerrado, por outro lado, um bioma de ligao entre os demais biomas brasileiros.

As matas galeria funcionam, no cerrado, como corredores naturais para os animais, sendo de fundamental importncia sua preservao ou reconstruo.

Considerado feio, o cerrado abriga uma enorme biodiversidade de valor inestimvel. Sua simplificao pela ao antrpica promoveu graves perdas da sua diversidade de fauna como a que veremos em seguida.

Animais Presentes no Cerrado

Siriema, Jaburu, Tucano, Soc, Jacutinga, Quero-Quero, Martim-Pescador, Bigu, Gara Branca, Gavio, Periquitos, Araras, Ema, Jacar, Macaco, Veado, Cutia, Ariranha, Ona Pintada, Tatu, Sucuri, Anta, Tamandu, Capivara, Jaguatirica e Porco do Mato.

O Cerrado e o Fogo

No se pode levar adiante qualquer estudo sobre os cerrados se no se tomar em considerao o fogo, elemento intimamente associado a esta paisagem. Apesar de sua importncia para o entendimento da ecologia desse ambiente enquanto conjunto biogeogrfico, a ao do fogo nos cerrados ainda mal conhecida e geralmente marcada por questes mais ideolgicas que cientficas.

O estudo do fogo como agente ser mais completo se tambm se observar a comunidade faunstica e os hbitos que certos animais desenvolveram e que esto intimamente associados sua ao, cuja assimilao, sem dvida, necessita de arranjos evolutivos caracterizados por tempo relativamente longo.

De algumas observaes constata-se, por exemplo, que a perdiz s faz seu ninho em macegas, tufos de gramneas queimadas no ano anterior.

Da visita a vrias reas de cerrado imediatamente aps grande queimada, tem-se constatado que apesar da caracterstica das rvores e arbustos enegrecidos superficialmente, estes continuam com vida, ostentando ainda entre a casca enegrida e o tronco, intensa microfauna. Fenmeno semelhante acontece com o estrato gramneo; poucos dias aps a queimada, mostra sinais de rebrota, que constitui elemento fundamental para concentrao de certas espcies animais.O fogo, portanto, um elemento extremamente comum no cerrado, e de tal forma antigo, que a maioria das plantas parece estar adaptada a ele.

Produtos Minerais

A extrao de produtos minerais desempenha juntamente com a agricultura um forte papel na economia de Gois. Introduzida no final da dcada de 1960, a indstria da minerao avanou devagar, mas, em 1986, o antigo estado de Gois j ocupava um lugar de destaque na produo mineral nacional.

Entretanto, uma caracterstica da produo mineral goiana ainda a exportao em bruto, sendo o beneficiamento realizado por outros estados mais industrializados.

Quatro produtos concentram grande parte desta produo mineral: fosfato, amianto, calcrio e nquel.

Mais de 90% da produo goiana est concentrada nos seguintes bens: nquel, ouro, amianto crisotila, calcrio, gua mineral, fsforo e nibio.

As maiores reservas, alm daqueles minerais que se destacam no item produo, so de titnio, terras raras e rochas ornamentais.

O Estado de Gois o maior produtor de amianto da Amrica do Sul. A mina, localizada em Minau. Gois tambm tem grande produo de nquel, com 72 por cento das reservas nacionais. Ainda se destaca na produo de esmeraldas. O complexo mineral de Campos Verdes est entre os maiores do Brasil.

Outras Potencialidades

Potencialidades alm dos grandes depsitos e jazimentos minerais, estudiosos do setor destacam as potencialidades dos chamados minerais industriais, especialmente os utilizados na construo civil, como areia, argila e pedras ornamentais, encontrados, em larga escala, em todas as regies de Gois.

Produtos muito consumidos so telhas e tijolos.

Outro setor com potencial em franco desenvolvimento o de gua mineral, cujo mercado cresce no mundo inteiro.

Grandes investimentos foram feitos na dcada de 1990 na produo de ouro, vermiculita, nibio e na implantao de novos projetos de beneficiamento de fosfato.

Energia

A capacidade geradora instalada do estado boa, sendo sua capacidade potencial muito grande. O excedente na produo energtico de Gois exportado para outros estados.

A maior usina hidreltrica de Gois a de Cachoeira Dourada, instalada no rio Paranaba, municpio de Itumbiara. Mais recentemente foram implantadas as usinas de Serra da Mesa, Corumb e a de Cana Brava.

Por esta razo, alm da proximidade do Equador, se questiona o horrio de vero para Gois.

Transporte

A rede ferroviria constituda por apenas uma linha-tronco, que, partindo de Araguari, no Tringulo Mineiro, alcana Goiandira, Ipameri, Pires do Rio, Silvnia, Leopoldo de Bulhes e Anpolis. Da linha-tronco partem dois ramais, um em direo a Braslia e outro em direo a Goinia.

No futuro Anpolis deve receber a Ferrovia Norte-Sul fomentando seu porto seco.

As principais rodovias de Gois so estradas que servem Braslia, e efetuam as ligaes da capital federal com So Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Belm. No eixo Braslia-So Paulo, encontram-se as cidades mais importantes do estado: Goinia e Anpolis.

Comrcio e Servios

As atividades do setor tercirio so pouco representativas no estado. No entanto, o comrcio e a prestao de servios constituem os ramos mais ativos da capital, Goinia, e tem grande importncia em Anpolis, a segunda cidade do estado em populao. Ainda no to grande o percentual de habitantes atendidos por servios pblicos como gua canalizada, esgotos e telefones.

Turismo

Entre os pontos de interesse turstico figuram as cidades de Caldas Novas e Gois. A primeira estncia de guas hidrominerais (com temperatura entre 38 e 42C); possui piscinas naturais, grutas e uma lagoa, tambm de guas quentes. A segunda cidade histrica, antiga capital do estado; conserva valioso acervo arquitetnico colonial (sobrados, igrejas, chafariz famoso). No municpio de Itumbiara localizam-se a usina e a queda da Cachoeira Dourada onde est sendo erguido um grande complexo turstico.

Gois possui um grande potencial turstico a ser explorado.

Fonte : Adaptado da Enciclopdia Britnica Brasileira

Dinmica Populacional

Observa-se uma tendncia de longo prazo de crescimento prximo a zero da populao nascida em Gois, pois a partir da dcada passada, em Gois, as mulheres passaram a ter apenas dois filhos, em mdia, durante sua vida frtil. Essa trajetria alterada, no curto e mdio prazos, pela melhoria das condies de vida, com decrscimo da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida, o que resulta em menores perdas de vidas. J se registra um envelhecimento da populao, com as faixas etrias de adultos e idosos representando parcelas crescentes da populao goiana, e essa tendncia tende a se acentuar no futuro.

A imigrao interestadual passa a ter, tambm, um papel mais relevante que do passado nos acrscimos populacionais do Estado de Gois. A migrao intraestadual vem dirigindo-se fortemente para a regio urbana da capital e municpios vizinhos de Goinia, e a interestadual busca as cidades goianas que integram o Entorno de Braslia, a chamada Regio Integrada de Desenvolvimento Econmico (RIDE). Essas reas grandes plos de atrao de migrantes concentram hoje mais de 50% da populao estadual.

H uma forte tendncia para ser acentuado o desequilbrio na distribuio espacial da populao no territrio goiano e, por conseqncia, uma elevao da presso sobre os recursos naturais - particularmente quanto aos recursos hdricos - nessas duas grandes concentraes populacionais do Estado.

Os novos plos de dinamismo da atividade econmica em Gois, farmacutico, em Anpolis, e da agroindstria, em Rio Verde, podem contribuir para reduo do fluxo migratrio em torno de Goinia. A atrao de migrantes para os municpios do Entorno de Braslia, no entanto, tende a prosseguir no futuro prximo. Sua continuidade e volume dependem predominantemente de polticas nacionais e do Distrito Federal, j que so pessoas atradas para a Capital do pas e que viabilizam sua permanncia nessa regio residindo em municpios goianos da RIDE.

A partir da instalao de agroindstrias, e a conseqente divulgao da possibilidade de existncia de empregos, a migrao resultante trouxe uma sobrecarga na infra-estrutura social do municpio de Rio Verde, o que j preocupa moradores e autoridades locais. No seminrio de discusso do GeoGois 2002 com representantes municipais foi ressaltada a falta de recursos financeiros para responder de forma adequada ao novo patamar de demanda por servios pblicos.

As modificaes na estrutura etria e distribuio geogrfica da populao do Estado so indicadores que exigem, tambm, ateno quanto s questes especficas de atendimento de sade e seguridade social para a populao idosa.

EducaoAs taxas de analfabetismo entre a populao de Gois foram reduzidas de 15,3%, em 1994, para 11,7%, em 2001. Na populao urbana essa variao foi de 11,75% para 9,76%, e entre a rural o analfabetismo passou de 21,35% para 18,38%, no perodo considerado.

O analfabetismo na faixa etria de 15 a 19 anos foi reduzido em mais de 60% entre 1994 e 2001 passando de 4,2% para 1,5%. Em 13 municpios goianos registram-se atualmente altas taxas de analfabetismo, entre 24% e 38,3%, e somente 24 municpios, 10% do Estado, tm taxas inferiores a 10,80%.

Com uma taxa de escolarizao de 93,2% na populao de 7 a 14 anos, em 2000, Gois situava-se entre os Estados da Federao com bom atendimento da populao escolarizvel (INEP/MEC, 2002). Quanto ao ensino mdio, as estatsticas disponveis mostram uma situao preocupante, onde apenas 30% da populao escolarizvel (15 a 17 anos) eram atendidos, em 2000. E isso aps ampliar a oferta de vagas em 50% desde 1994, quando apenas 19,9% da populao entre 15 e 17 anos encontrava-se nas escolas de 2 grau. As taxas de concluso do ensino fundamental e mdio reduziram-se entre 1995 e 2000, passando de 63% para 49,1%, no primeiro caso, e de 75,2% para 64%, no ensino mdio, o que tambm exige ateno.

H, uma grande deficincia qualitativa no ensino oferecido, fato que certamente se reflete negativamente na trajetria de vida profissional e pessoal dos alunos goianos.

Sade

O nmero de mdicos por mil habitantes, em Gois, cresceu mais de 60% entre 1997 e 2000, atingindo a marca de 1,54 mdico por 1.000 habitantes. Esse ndice, ainda assim, mantm-se abaixo do registrado na regio Centro-Oeste (2,23) e no Brasil (1,94), no ano 2000.

O indicador de 4,40 leitos hospitalares por mil habitantes no Estado, em 2000, superior tanto mdia da regio Centro-Oeste (3,01) quanto do pas (2,87). Ele cresce graas oferta de leitos pelo setor privado, que no citado ano era de 2,95 leitos por mil habitantes, acima da mdia regional (2,48) e da brasileira para o setor privado (2,09).

A cobertura vacinal de crianas at um ano de idade, em Gois, boa dentro dos parmetros internacioais A incidncia de casos de dengue cresceu 11 vezes entre 2001 e 2002, exigindo que toda sociedade goiana se mobilize para combater os focos do mosquito transmissor dessa doena.

Economia e grandes projetos Gois possui vantagens comparativas em relao a outras unidades da Federao, tornando-o atraente para uma srie de atividades econmicas. Est, tambm, prximo aos grandes mercados consumidores do pas ressaltando-se, em especial, que o Distrito Federal est inserido no Estado. As administraes estaduais adotaram, na ltima dcada, polticas com objetivo de atrair empresas como as do setor de agronegcios e farmacutico, visando gerar riqueza, empregos e diversificar a produo local. A localizao geogrfica do Estado torna-o, ainda, parte de projetos nacionais de infra-estrutura idealizados na esfera federal.

A disponibilidade de gua e as caractersticas topogrficas do territrio goiano tm possibilitado diversos aproveitamentos hidreltricos, alguns deles entre os maiores do pas. De um lado, a grande dotao de recursos naturais d boas perspectivas de crescimento econmico para Gois mas, por outro, traz grandes preocupaes quanto sustentabilidade desse crescimento, particularmente em seus aspectos sociais e ambientais.

Existe a possibilidade de que a intensa utilizao dos recursos naturais que ocorreu nas ltimas dcadas, sem que se contabilizassem as funes que a natureza desempenha para a produo econmica, possa ter levado a decises equivocadas em muitas polticas pblicas e investimentos privados, pondo em risco, no longo prazo, a prpria sustentabilidade do crescimento econmico.

importante lembrar que cada empreendimento causa distintos impactos positivos e negativos no territrio, sob os aspectos econmicos, sociais e ambientais, devendo ser objeto de uma anlise conjunta, que avalie seus impactos cumulativos sobre o ambiente e populao estadual. Essa avaliao deve auxiliar na tomada de decises, particularmente no que se refere a polticas pblicas.

A difuso das informaes relativas aos possveis impactos dos projetos essencial para que a sociedade goiana possa propor e adotar as medidas que considere adequadas, na busca de maximizar os efeitos positivos e minimizar e, melhor ainda, evitar impactos negativos que considere altamente indesejveis.

Alguns dos principais programas e projetos existentes para o territrio do Estado so:

Plo Rio Verde;

Agricultura irrigada;

Plo Anpolis - indstria farmacutica;

Indstria Extrativa Mineral;

Ferrovia Norte - Sul;

Projeto da hidrovia Araguaia-Tocantins;

Usinas Hidreltricas e Termoeltricas

Enquanto os trs ltimos itens da lista acima so projetos, propostas e intervenes do governo federal no territrio goiano, os quatro primeiros resultam da interao da base de recursos naturais do Estado, das polticas pblicas e de investimentos federais, estaduais e municipais em infra-estrutura econmica e social, e da iniciativa privada.

Uma viso geral - Cenrio Tendencial

As informaes disponveis apontam para uma intensificao da ao humana sobre o territrio de Gois, em uma perspectiva de progresso econmico dentro do atual modelo de desenvolvimento, que tende a elevar fortemente as presses sobre o meio ambiente e tambm sobre a sociedade humana, dadas as caractersticas de concentrao de renda e de excluso social que o vm marcando.

Considera-se que j existe uma legislao ambiental de boa qualidade, tanto na esfera estadual quanto federal embora alguns pontos relevantes necessitem de aperfeioamentos , e que no perodo recente registram-se investimentos na estruturao dos rgos ambientais estaduais e na ampliao das reas protegidas. Outros fatores, entretanto, acabam por tornar ineficaz esse aparato jurdico e institucional.

A acirrada concorrncia entre os produtores privados, que leva a uma permanente busca da maior reduo de custos possvel, um exemplo. A impossibilidade de fiscalizao simultnea e contnua de todo o territrio, a inexistncia de recursos materiais e humanos na estrutura de fiscalizao ambiental federal e estadual, que permitam um monitoramento minimamente eficaz, a relativamente baixa mobilizao da sociedade quanto questo ambiental, e a atitude individualista de maximizar benefcios para si e socializar ao mximo os custos, em especial o ambiental, fazem com que a perspectiva tendencial quanto ao futuro prximo deixe seja ruim no sentido da efetiva preservao do meio ambiente.

A grande perda de reas naturais a principal ameaa biodiversidade do Cerrado em Gois, considerando sua elevada taxa de converso em reas usadas para atividades agropecurias.

O espao territorial goiano onde predomina a cobertura vegetal natural est diminuindo muito rapidamente. Em todo o Estado essas reas j esto muito fragmentadas, o que compromete a vida de muitas espcies. As unidades de conservao, em pequeno nmero e isoladas, no tm capacidade de contrabalanar essas perdas de reas naturais e evitar, a curto-mdio prazos, a extino de muitas espcies. Sem a adoo de algumas medidas importantes, ressaltando-se aqui a criao de corredores e mosaicos ecolgicos, pode-se afirmar que grande parte da biodiversidade no Estado ser eliminada em duas geraes, com conseqncias que so difceis de se avaliar.

Como o Estado de Gois est localizado na rea central de uma das regies biogeogrficas mais ameaadas do planeta, pode procurar beneficiar-se do grande potencial de apoio pesquisa e valorizao econmica da biodiversidade, hoje existente. Ao mesmo tempo, isso aumenta a responsabilidade do governo e de toda a sociedade em preservar o que pode ser considerado, nesse contexto, um patrimnio mundial.

O Relatrio do Meio Ambiente Brasileiro - GEO Brasil (Santos & Cmara, 2002) apresenta um Cenrio Tendencial para os diversos biomas nacionais. Extraindo apenas a parte referente ao bioma Cerrado, acrescentou-se uma coluna que apresenta uma estimativa para o Estado de Gois da situao relativa a cada impacto listado, matriz que apresentada a seguir. Nas linhas referentes a impactos em reas costeiras, que no se aplicam (n.a.) a Gois, indicou-se essa situao.

Dentre os 33 impactos da matriz e aplicveis ao Estado, observa-se que em seis deles a situao do meio ambiente em Gois apresenta-se mais preocupante que para o Cerrado como um todo, que j no boa.

Algumas dessas avaliaes indicativas de uma situao mais grave levam em conta que se trata, aqui, de uma ocupao mais antiga (maior fragmentao do hbitat e degradao da biota), maior concentrao populacional, industrial e produo agrcola que ainda usa queimada (contaminao e poluio dos recursos hdricos, doenas pulmonares). A ameaa ictiofauna levou a Agncia Ambiental do Estado a limitar fortemente a pesca, a partir de 2001. Caso essa medida se mantenha pode-se prever como resultado, j beneficiando a situao atual, uma tendncia a um mdio grau de ameaa quanto aos impactos captura excessiva e extino de espcies.

A perspectiva de implantao de hidrovias industriais nos rios Araguaia e Tocantins sinaliza em sentido contrrio, com um cenrio de contaminao crnica das guas, por combustveis e lubrificantes, que leva a uma perspectiva de muito alto grau de impacto na varivel contaminao e poluio dos recursos hdricos, j que vai ser um efeito cumulativo aos outros poluentes das guas originados de esgotos domsticos e industriais, e de poluentes e assoreamento oriundos de atividades agrcolas.

Textos retirados do site GeoGois.TEXTO COMPLEMENTAR - GOINIA

A idia da mudana da capital do Estado surgiu da necessidade de localiz-la, de acordo com os interesses econmicos goianos. A primeira capital goiana - Vila Boa, hoje denominada Cidade de Gois - tinha sido escolhida, quando a provncia era aurfera. Posteriormente, ficou demonstrado que a criao do gado e a agricultura passaram a ser fatores preponderantes no desenvolvimento.

Legisladores sustentaram por algum tempo, a idia da mudana. A 1 de junho de 1891, os constituintes oficializaram a idia da transferncia da capital, no texto constitucional, ratificando-a na reforma de 1898, como na de 1918.

A primeira constituio republicana, em seu texto definitivo, previa em seu artigo 5: "A Cidade de Gois continuar a ser a capital do estado, enquanto outra causa no deliberar o congresso".

Vagamente abordada at 1930, a idia mudancista s se firmou no governo de Pedro Ludovico, que tomou a deciso de fazer a transferncia para local mais apropriado. Em 1932, foi assinado o decreto n 2.737, de 20 de dezembro, nomeando uma comisso que, sob a presidncia de D. Emanuel Gomes de Oliveira, ento bispo de Gois, escolhesse o local onde seria edificada a nova capital do estado.

O Coronel Antnio Pirineus de Souza, sugeriu a escolha de trs tcnicos: Joo Argenta e Jernimo Fleury Curado, engenheiros, e de Laudelino Gomes de Almeida, mdico, para realizarem estudos das condies topogrficas, hidrolgicas e climticas das localidades de Bonfim, hoje Silvnia; Pires do Rio; Ubatan, atualmente, Egerineu Teixeira; e Campinas, hoje bairro goianiense, a fim de que, baseada no relatrio dos tcnicos, a comisso se manifestasse. Reunida em 4 de maro de 1933, a comisso concluiu pela escolha da regio de Campinas. A 24 de outubro do mesmo ano, houve o lanamento da pedra fundamental, no local onde est a sede do governo estadual.

Inicialmente a capital abrigou um grupo de casas de funcionrios do governo rua 20, prximo ao Crrego Botafogo, e no tardou a sair do papel atravs de um traado urbanstico do tipo radial concntrico - ruas em forma de raio, tendo como centro a Praa Cvica, onde esto as sedes dos governos estadual e municipal - Palcio das Esmeraldas e Palcio das Campinas. O plano de autoria do urbanista Atlio Correia Lima, cabendo a sua execuo aos engenheiros Jernimo e Abelardo Coimbra Bueno.

Finalmente, a 23 de maro de 1937, foi assinado o decreto n 1816, transferindo definitivamente a capital estadual da Cidade de Gois para a atual. O Batismo Cultural s ocorreu a 5 de julho de 1942, em solenidade oficial realizada no recinto do Cine-Teatro Goinia, com a presena de representantes do presidente da repblica, governadores e ministros, alm de outras autoridades.GOINIA O NOME

Em outubro de 1933, o semanrio "O Social", havia institudo um curioso concurso a respeito da escolha do nome para a nova capital. Leitores de todo o estado contriburam, sendo interessante relembrar os nomes mais votados: Petrnia, Americana, Petrolndia, Goianpolis, Goinia, Bartolomeu Bueno, Campanha, Eldorado, Anhanguera, Liberdade, Goiansia, Ptria Nova, entre outros. Em 2 de agosto de 1935, Pedro Ludovico usou, pela primeira vez, o nome "Goinia", ao assinar o decreto n 237, criando o municpio de Goinia. O ganhador do concurso foi o Professor Alfredo de Castro, com o pseudnimo "Caramuru".EXERCCIOS

01. (UEG) O cerrado, a maior savana neotropical do mundo e o segundo bioma brasileiro em extenso, depois da floresta amaznica, uma das reas crticas de biodiversidade do planeta. Em grande parte desconhecido, abriga grande nmero de espcies que no ocorrem em nenhum outro lugar. A expanso da agropecuria, no entanto, reduziu o cerrado a menos da metade de sua rea original. Mantido o quadro atual, em breve ele ser o segundo bioma do pas, depois da mata atlntica, a ficar restrito s reas de proteo legal. Essa rpida substituio da quase totalidade da vegetao nativa por culturas agrcolas e pastagens pode provocar mudanas significativas no clima da regio.

HENRIQUES, Raimundo Paulo Barros. O futuro ameaado do cerrado brasileiro. Cincia Hoje, v. 33, n. 195, jul. 2003, p. 34-39.

Sobre o cerrado, marque a alternativa INCORRETA:

a) O cerrado caracteriza-se como floresta-ectono-campo, por incluir uma formao de campo denominada campo limpo; uma formao de ectono cerrado, composta de campo sujo, campo cerrado, cerrado senso estrito e uma formao florestal, tambm conhecida como cerrado.

b) Analgsica, antitumoral, antifngica e antiinflamatria so algumas das propriedades potenciais de plantas do cerrado. Mais de 70% da fito desse bioma j foi patenteada e utilizada como fitoterpico.

c) O cerrado est situado em terrenos planos ou levemente convexos no Brasil Central e tambm em reas isoladas na Amaznia, em So Paulo e Minas Gerais, entre outros estados brasileiros.

d) O bioma cerrado sofre profundas modificaes ambientais ocasionadas pela intensificao da pecuria e da agricultura: 40% do rebanho bovino nacional criado no cerrado, amplamente explorado tambm na produo de oleaginosas.

e) O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional das Emas, Parque Nacional da Serra da Canastra e Parque Nacional da Chapada dos Guimares so exemplos de unidades de conservao implantadas para conservar a biodiversidade do bioma cerrado.

02. (UFG/Adaptado) Das acertivas apresentadas abaixo qual a que melhorrepresenta o clima e a pluviosidade da regio central do Brasil, em epecial das reas do Cerrado?

FERREIRA, Graa Maria Lemos. Atlas geogrfico: espao mundial. So Paulo: Moderna, 1998. p. 11. [Adaptado].

a) baixa amplitude trmica anual, com mdias pluviomtricas altas e estao seca curta.

b) s mdias trmicas e pluviomtricas elevadas, com maiores ndices chuvosos no outono e no inverno.

c) ao baixo ndice de pluviosidade no inverno e alto no vero, com a definio de duas estaes do ano.

d) s mdias trmicas anuais elevadas e chuvas escassas e irregulares, concentradas num perodo curto.

e) ao ndice mdio de pluviosidade e amplitude trmica anual elevada, caracterizando vero quente e inverno frio.

03. (UFG) A ocupao do territrio goiano com a minerao do ouro colocou o ndio, sob todos os aspectos, margem da sociedade que se instalou em Gois, porque:

A. No havia legislao que defendesse os ndios.

B. O regimento de D. Marcos e Noronha submeteu os ndios a um rigoroso regime militar.

C. No havia pessoa especializada para cuidar das aldeias indgenas.

D. No eram os ndios, e sim as minas de ouro, nas terras dos ndios, que interessavam ao Governo.

E. A poltica de aldeamento dos ndios opunha-se s guerras de extermnio.

04. (UEG) A centralidade de Gois no apenas geogrfica, ou melhor, no apenas definida por suas coordenadas latitude e longitude -, mas sim, e sobretudo, pelo papel que o seu territrio desempenha com relao ao conjunto de pas. [...] a permeabilidade do territrio goiano o coloca como ponto de contato e de passagem obrigatria nas interligaes nortesul e lesteoeste. Nesse particular, Gois ao mesmo tempo ponto de convergncia poltica, de povoamento e de disperso das guas estratgicas (as grandes bacias hidrogrficas) e da rede de comunicaes terrestres (as grandes rodovias e integrao nacional). A geografia, aqui, explica muita coisa.

TEIXEIRA NETO, Antnio. O territrio goiano: formao e processo de povoamento e urbanizao. In: ALMEIDA, Maria G. de. (Org.) Abordagens geogrficas de Gois: o natural e o social na contemporaneidade. Goinia: IESA, 2002, p. 12.

Baseando-se no texto acima e em seus conhecimentos sobre o estado de Gois, julgue as proposies a seguir, marcando V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) Os rios Tocantins, Araguaia e Paranaba formam uma nica bacia hidrogrfica no territrio goiano, responsvel pelo abastecimento de gua de parte das regies Sul e Sudeste do Brasil.

( ) Nas ltimas dcadas, Gois tornou-se um centro de atrao populacional do pas, motivada pela expanso da fronteira agrcola, entre outros fatores.

( ) Os municpios de Pirenpoles, So Domingos, Gois e Alto Paraso destacam-se no cenrio nacional por serem espaos de turismo histrico, ecolgico e cultural.

( ) As principais rodovias federais brasileiras cruzam o estado de Gois. Como exemplo, podem ser citadas as rodovias Presidente Dutra, Transbrasiliana e Bandeirantes.

( ) O processo de povoamento de Gois iniciou-se com a minerao e intensificou-se nos anos 30 do sculo XX, com o processo industrial ocorrido principalmente na regio sudoeste do estado.

Marque a alternativa com a seqncia CORRETA:

a) F V V F F

b) V V F F V

c) V V V V V

d) F F F F F

e) V F F V F

05. (AEE) Nas alternativas abaixo, identifique a que considerar correta sobre a Histria de Gois no final do sculo XVIII:

a. Perodo ureo, grande circulao de riqueza, intenso povoamento, apogeu da minerao.

b. Crescimento do comrcio com outras regies da colnia, desenvolvimento urbano.

c. Declnio da minerao e empobrecimento da capitania que se volta para as atividades agropecurias.

d. Aumento da arrecadao fiscal e da imigrao para esta regio.

e. Desenvolvimento da indstria como alternativa para o declnio da agropecuria.

06. (UFG) Na segunda metade do sculo XIX, surgiram no Brasil as ferrovias no processo de modernizao dos meios de transportes com o apoio de capitais estrangeiros, em sua maioria ingleses. Assim, construram-se troncos ferrovirios na regio Sudeste para atender aos interesses dos produtores de caf no escoamento da produo para os portos do Rio de Janeiro e Santos. J no incio do sculo XX, implantou-se a Companhia de Estrada de Ferro de Gois com investimentos de capitais franceses.

Sobre a construo das ferrovias, julgue os itens abaixo:

1.( ) Para a instalao da rede ferroviria na regio Sudeste foi necessrio reunir um capital considervel, pois a concesso de privilgios (garantia de juros baixos entre outros) por parte do governo no era suficiente. Assim, os capitais ingleses, na forma de emprstimos e de investimentos, foram aplicados na construo de vrios troncos.

2.( ) A construo da estrada de ferro em Gois visava insero da economia do estado nos mercados capitalistas das regies Norte e Nordeste, muito interessados na compra do milho e das carnes bovina e suna.

3.( ) A Estrada de Ferro de Gois e a implantao das charqueadas nas cidades ao longo dos trilhos possibilitaram um crescimento substancial da pecuria, pois a carne, em parte industrializada e em parte como gado gordo para o abate, era exportada para os mercados paulistas com custos mais baixos.

4.( ) A implantao pioneira do transporte ferrovirio em Gois explica-se pela dinamicidade das relaes comerciais inter-regionais e internacionais e pelo fato da ferrovia ter-se tornado a principal via de comunicao com a regio Sul.

07. (UFG) A formao do territrio goiano constitui-se pela conjugao de diversos fatores de ordem natural, histrico-social e poltico-econmica. Essa formao se manifesta

a. na posio geogrfica privilegiada pela centralidade no territrio brasileiro, o que promoveu o povoamento desde o perodo colonial.

b. nos litgios de terras com os estados do Par, Maranho, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins, o que determinou a extenso atual de sua rea.

c. no relevo de planalto e pelas bacias com grande potencial hidrogrfico, o que facilitou a construo de usinas hidreltricas.

d. na poltica de colonizao oficial que incentivou a imigrao de europeus, o que transformou as relaes tradicionais de produo no campo.

08. (UFG) A mudana da Capital para Goinia no se processou em termos normais, mas em tempo de alterao, poltica, porque:

a) A oposio mudana da Capital era inexpressiva;

b) As transformaes ocorridas com a Revoluo de 30 a impediram;

c) A cidade de Anpolis era o centro do poder da oligarquia estadual;

d) O ideal mudancista enfraqueceu com a Revoluo de 30;

e) A Revoluo de 30 criou condies para a mudana.

09. (UFG) J afirmamos, e o repetimos sem receio de contradita, que o que representa o presidente Getlio Vargas, para o Brasil, representa Pedro Ludovico para Gois.

Revista Oeste, ano II, novembro de 1943, p.369, Goinia: Ed. UCG, 1983. Ed. Fac-similar.

A comparao entre Pedro Ludovico e Getlio Vargas abre uma perspectiva de anlise poltica que permite o debate entre os acontecimentos regionais e sua repercusso nacional. Acerca das relaes entre regio