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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA ANA FÁBIA MIRANDA DE MATTOS MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA: GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO MACIÇO PEDRA VERMELHA Salvador 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE GEOLOGIA

ANA FÁBIA MIRANDA DE MATTOS

MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA:

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO

MACIÇO PEDRA VERMELHA

Salvador 2010

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ANA FÁBIA MIRANDA DE MATTOS

MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA: GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO MACIÇO

PEDRA VERMELHA.

Monografia apresentada ao Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção de grau de Bacharel em Geologia. Orientador: Prof. Dra. Débora Correia Rios Co-orientador: Msc. Márcio Mattos Paim

Salvador 2010

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_________________________________________________________________________________

M425 Mattos, Ana Fábia Miranda de. O magmatismo granítico no núcleo Serrinha: geologia, petrografia e litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha / Ana Fábia Miranda de Matos. - Salvador, 2010.

98f. : il.

Orientadora: Profa. Dra. Débora Correia Rios. TFG (Trabalho Final de Graduação) – Graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, 2010. 1. Petrologia - Serrinha (BA). 2. Granito. 3. Magmatismo. I. Rios, Débora Correia. II. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências. III. Título.

CDU: 552.3 (813.8)

__________________________________________________________________________ Elaborada pela Biblioteca Shiguemi Fujimori,

Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia.

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TERMO DE APROVAÇÃO

ANA FÁBIA MIRANDA DE MATTOS

Salvador, 06 de julho de 2010

MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA:

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO

MACIÇO PEDRA VERMELHA

MONOGRAFIA APROVADA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM GEOLOGIA, UNVRSIDADE

FEDERAL DA BAHIA, PELA SEGUINTE BANCA EXAMINADORA:

BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Débora Correia Rios Doutora em Geologia pela Universidade Federal da Bahia Universidade Federal da Bahia Dr. Basílio Elesbão da Cruz Filho Doutor em Geologia pela Universidade Federal da Bahia Serviço Geológico do Brasil – CPRM Profa. Dra. Olga Maria Fragueiro Otero Doutora em Geologia pela Universidade Federal da Bahia Universidade Federal da Bahia

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“Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem

Ele, nada seria possível.

Ao meu filho Ivan, razão e inspiração para tudo o que foi

feito aqui.

Em especial a minha tia Nice, pelo amor e dedicação

incondicional a mim e ao meu filho”.

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ii 

 

AGRADECIMENTOS

Como sou muito esquecida, antecipo-me pedindo desculpas a todos que infelizmente por

ventura eu tenha esquecido de mencionar nesses agradecimentos.

Agradeço a Deus, por ser meu guia durante toda a vida.

À Dra. Débora Rios, pela paciência na orientação e pela credibilidade em minha pessoa,

que tornou possível a conclusão desta monografia.

Ao meu co-orientador Márcio Paim, por todo aprendizado que obtive em campo.

Aos professores Haroldo Sá, Cícero Paixão e Amalvina, pelo aprendizado e esclarecimentos

no dia-a dia.

Ao meu amigo e companheiro Márcio, pelo apoio e inspiração, no amadurecimento, e pelas

palavras (às vezes duras) que me faziam perceber que desistir não era a solução.

Agradeço aos amigos do IGEO, Tati, Michele e Janaina, (pelas dicas na petrografia), Thiago

e Cleiton (as dicas do Arcgis), André (Deco) e Eula, pelos momentos de descontração

necessários, tornando os momentos finais do curso mais felizes.

Agradeço ao Geólogo Carlos Galvão, pessoa muito importante durante essa caminhada,

tanto na vida profissional quanto na vida acadêmica, sua paciência e confiança, sempre

serviram de incentivo para mim.

Aos colegas do GPA (Claudio, Ana Carla, Zilda e Acácia), por me acolherem no grupo.

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iii 

 

RESUMO

O Maciço Granítico Pedra Vermelha (MGPV) é um corpo intrusivo de formato

circular, com aproximadamente 30 Km2 e aflora nas proximidades do município de Monte

Santo, Bahia. Geologicamente o MGPV está situado na porção norte no Núcleo Serrinha,

um antigo bloco siálico constituído por um embasamento Arqueano Paleoproterozóico sobre

o qual se depositaram uma sequência vulcanossedimentar, ambas intrundido por diversos

corpos graníticos.

Intrudindo rochas metabásicas, o MGPV é o único corpo desta natureza que ocorre

na porção norte do NSer. Com base na disposição espacial das rochas, nas relações de

campo, e na análise macrotextural, individualizou-se, no MGPV, dois fácies: (i) fácies núcleo

e (ii) fácies borda.

O Fácies de Núcleo (FN) representa um conjunto de rochas monótonas, sendo poucas

às variações texturais e/ou modais observadas. As rochas deste fácies são compostas por

biotita monzogranitos isotrópicos, hololecocrático a leucocrático, de coloração cinza clara

e/ou avermelhada, com textura fanerítica fina a média.

O Fácies de Borda (FB) é mais abundante no maciço, representando cerca de 60% do

volume total do corpo. Esta fácies apresenta-se circundando o núcleo isotrópico e suas

rochas aparentam estar gnaissificadas. Em campo, essas rochas apresentam feições

texturais complexas, que se assemelham às texturas migmatíticas do tipo dobradas e

schilieren, e feições sugestivas de mistura de magmas.

Adicionalmente, avaliaram-se as rochas metabásicas da encaixante imediata,

classificadas com hornblenda-gabro melanocráticos, cuja mineralogia principal é dada por

hornblenda e plagioclásio.

Os estudos litogeoquímicos no MGPV, contudo, não permitiram individualizar

diferenças significantes entre as rochas dos dois fácies.

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iv 

 

Geoquimicamente, as amostras analisadas posicionam-se no campo dos granitos e

granodioritos, sub-alcalinos peraluminosos. Elas apresentam dualidade potássico-sódica,

indicativa de sua natureza shoshonítica.

O padrão linear de alguns elementos químicos em diagramas discriminantes tipo

Harker, tais como feições observadas em campo, sugerem a presença de mistura de

magmas, contudo não há dados suficientes para avaliar quem seriam os componentes desta

mistura. Quanto às encaixantes, apresentaram um padrão com tendências curvilíneas

sugestivas de cristalização fracionada.

Os dados apresentados indicam o caráter shoshonítico das rochas do MGPV, o que,

aliado à idade de 2.07 Ga apresentada por Rios et al. (2005) para as rochas do centro do

MGPV, reforçam uma colocação tardi a pós tectônica deste maciço.

Palavras-chave: Núcleo Serrinha, Granito, Shoshonítico.

 

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iv

ÍNDICE

Dedicatória..................................................................................................... i

Agradecimentos ............................................................................................. ii

Resumo .......................................................................................................... iii

Índice ............................................................................................................. iv

Índice de Figuras ............................................................................................ vii

Índice de Tabelas ........................................................................................... xi

Índice de Anexos ............................................................................................ xi

Capítulo 1 – Introdução. ................................................................................ 1

1 Introdução..................................................................................................... 2

1.1 Localização e Acessos. .................................................................................. 2

1.2 Breve Histórico. ............................................................................................ 3

1.3 Aspectos Fisiográficos. ................................................................................. 3

1.4 Objetivos Gerais e Específicos ...................................................................... 6

1.5 Patrimônio Geológico .................................................................................. 6

1.6 Justificativas e Motivações .......................................................................... 6

1.7 Estruturação do TFG...................................................................................... 8

Capítulo 2 – Geologia Regional. .................................................................... 9

2 Geologia Regional ........................................................................................ 10

2.1 Panoramas da Geologia no Estado da Bahia................................................... 10

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v

2.2 Aspectos Geológicos no Núcleo Serrinha...................................................... 12

2.1.1 Embasamento Arqueano. .......................................................................... 12

2.1.1.1 Complexo Santa Luz. .............................................................................. 12

2.1.1.2 Complexo Uauá ....................................................................................... 14

2.1.1.3 Granitos Arqueanos.................................................................................. 14

2.1.2 As sequências Vulcanossedimentares Paleoproterozóicas ............................. 14

2.1.1.4 Grupo Capim........................................................................................... 16

2.1.1.5 Greenstone Belt do Rio Itapicuru............................................................... 16

2.1.3 Granitos Paleoproterozóicos. ...................................................................... 17

2.3 O magmatismo alcalino no Núcleo Serrinha 18

Capítulo 3 – Metodologia Aplicada. ............................................................. 19

3 Metodologia Aplicada................................................................................... 20

3.1 Levantamento Bibliográfico.................................................................................. 20

3.2 Fotointerpretação................................................................................................ 20

3.3 Trabalho de Mapeamento e Amostragem.............................................................. 20

3.4 Preparação de Amostras................................................................................... 21

3.5 Estudos Petrográficos.......................................................................................... 25

3.6 Litogeoquímica..................................................................................................... 25

3.6.1 Secagem das Amostras. .............................................................................. 25

3.6.2 Pesagem das Amostras................................................................................ 25

3.6.3. Decomposição das Amostras. .................................................................... 26

3.6.3.1 Elementos Maiores ........................................................................................................ 26

3.6.3.2 Elementos Menores. ............................................................................... 26

3.5.3.3 Perda ao Fogo. ...................................................................................... 27

3.6.4 Espectometria de Emissão de Plasma ........................................................... 27

3.7 Tratamento de Dados........................................................................................... 27

3.8 Confecção do Trabalho Final de Graduação............................................................ 27

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Capítulo 4 – Geologia e Petrografia ......................................... .................. 28

4 Geologia e Petrografia do MGPV .................................................................. 29

4.1 Aspectos de Campo e Estruturais........................................................................... 29

4.2 Faciologia e Petrografia........................................................................................ 32

4.2.1 Fácies de Núcleo ......................................................................................... 32

4.2.2 Fácies de Borda .......................................................................................... 36

4.2.3 As Rochas Encaixantes do MGPV .................................................................. 39

4.3 Sumário da Geologia e Petrografia ........................................................................ 42

Capítulo 5 – Litogeoquímica........................................................................... 43

5 Litogeoquímica.............................................................................................. 44

5.1 Elementos Maiores .............................................................................................. 44

5.1.1 Relação Álcalis X Sílica................................................................................. 44

5.1.2 Com Base na Relação K2O X Na2O ................................................................ 47

5.1.3 Com Base na Relação K2O X Si2O ................................................................. 47

5.1.4 Com Base na Relação Al2O3, Na2O, K2O e CaO............................................... 47

5.1.5 Diagramas de Variação ................................................................................ 47

5.2 Elementos Menores e Traços................................................................................. 51

5.3 Sumário da Geoquímica ....................................................................................... 55

Capítulo 6 – Discussões e Conclusões .......................................................... 56

6 Discussões e Conclusões................................................................................... 57

6.1 Filiação Magmática........................................................................................................ 57

6.2 Ambiente Tectônico...................................................................................................... 60

6.3 Considerações Finais..................................................................................................... 60

Capítulo 7 – Referências Bibliográficas ...................................................... 63

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ÍNDICE DE FIGURAS

Capítulo 1 – Introdução

Figura 1.1 Mapa do Brasil indicando a localização do Estado da Bahia e do setor

estudado (A). Mapa de localização e acessos ao Núcleo Serrinha (B). As

linhas contínuas representam as estradas pavimentadas, as contínuas com

traços são as ferrovias, as linhas tracejadas com pontos correspondem às

drenagens, as tracejadas, apresentam os limites entre os estados, os

círculos cheios correspondem às cidades da região e o círculo em

vermelho o povoado de Pedra Vermelha............................................ 3

Figura 1.2 Fotos de campo apresentando os aspectos fisiográficos gerais da região

em estudo: (A) Visão geral da do povoado de Pedra Vermelha, Bahia, a

partir do afloramento do MGPV; (B) Vegetação típica da região (caatinga

arbóreo-arbustiva); (C) Visão leste da Serra Olho D’água, feição

geomorfológica marcante na região; (D) Visão geral do principal

afloramento do MGPV.......................................................................... 5

Figura 1.3 Fotos de importantes achados do patrimônio geológico da região de Pedra

Vermelha: (A) Desenho artístico do Haplomastodon Waringi, um

mastodonte, encontrado pela primeira vez na Bahia em Pedra Vermelha;

(B) Reconstituição do mastodonte, a partir dos ossos e dentes

encontrados, em Pedra Vermelha, pelo professor Wilson Estevanovic, do

Museu de História Natural, Uberaba - Minas Gerais, atualmente exposta no

Museu Geológico da Bahia; (C) Réplica do mastodonte, feita em papel

maché, pelos artistas plásticos Nanci Novais e Renato Viana, exposta no

Museu Geológico da Bahia. (D) Meteorito Bendengó, o maior meteorito do

Brasil, encontrado no município de Monte Santo em 1784, e atualmente

em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro................................. 7

Capítulo 2 – Geologia Regional

Figura 2.1 Extensão dos terrenos do Cráton São Francisco no Estado da Bahia com a

indicação dos cinturões moveis Brasilianos, modificado de Mascarenhas

(1979). Em cinza estão delimitados os terrenos do Cráton. Faixa de

Dobramentos Sergipana (FDS); Faixa de Dobramentos Araçuaí (FDA); Faixa

de Dobramentos Brasília (FDB); Faixa de Dobramento Formosa do Rio

Preto (FDFRP); e Faixa de Dobramentos Riacho do Pontal (FDRP)............... 11

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viii

Figura 2.2 Estruturação dos núcleos antigos proposto por Mascarenhas (1979) para os

terrenos do embasamento do Cráton do São Francisco para o período

Paleoproterozóico com os limites modificados por Conceição (1990): Núcleo

Guanambi (NG); Núcleo Remanso (NR); Núcleo Serrinha(Nser); Cinturão

Móvel Urandi-Paratinga (CMUP); Cinturão Móvel Salvador-Curaça (CMSC).... 13

Figura 2.3 Mapa geológico simplificado do Núcleo Serrinha apresentando a sua

granitogênese e principais idades atribuídas aos maciços. Modificado de

Rios et al. (2009)..................................................................................... 15

Capítulo 3 – Metodologia Aplicada

Figura 3.1 Mapa de caminhamento e amostragem, fonte CRPM/DNPM

2003.................................................................................................... 22

Figura 3.2 Fotos dos equipamentos utilizados na preparação das amostras: (A) Prensa

hidráulica; (B) Britador de mandíbulas; (C) Shatter Box; (D) Pó gerado no

processo; (E) Etapa da abertura química; (F) ICP AES modelo Liberty 150,

marca Varian, onde foram realizadas as análises....................................... 24

Capítulo 4 – Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Granítico Pedra Vermelha

Figura 4.1 Mapa geológico do MGPV superposto a imagem de satélite Landsat 7,

mostrando a forma do corpo circular do MGPV, CPRM/CBPM (2003) .......... 30

Figura 4.2 Fotografia da área estudada superposta com os limites geológicos,

mostrando o formato circular do MGPV. .................................................... 31

Figura 4.3 Aspectos macroscópicos das rochas do MGPV: (A) Filão pegmatoidal no

núcleo do maciço; (B) Filão pegmatoidal de composição quartzo-feldspática

cortando biotita granito; (C) Detalhe da estrutura isotrópica no biotita

granito NS 3203; (D) Detalhe da foliação do MGPV no fácies borda, que

acompanha a foliação regional; (E) Feição sugestiva de mistura de magmas

na fácies de borda; (F) Autólito das rochas de borda aprisionado no fácies

núcleo. ................................................................................................... 33

Figura 4.4. Mapa geológico do MGPV, mostrando as divisões do maciço em fácies e

suas encaixantes .................................................................................... 34

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ix

Figura 4.5 (A) Diagrama Q-A-P de Streckeisen (1976) para nomenclatura de rochas

plutônicas. (B) Diagrama Q(A+P)M de Streckeisen (1976). Q = Quartzo, A

= Feldspato Alcalino + Albita + P = Plagioclásio (5-100% An). M =

Somatório dos minerais máficos e correlatos. 1A = quartzolitos ou silexitos;

1b = granitóides ricos em quartzo; 2 = álcali feldspatos granitos; 3A =

sienogranitos; 3b = monzogranitos; 4 = granodioritos; 5 = tonalitos; 6 =

álcali feldspatos sienitos; 6* = álcali feldspato quartzo; 7 = sienitos; 8 =

monzonitos; 9 = monzodioritos /monzogabros; 10 = dioritos/gabros10* =

quartzo dioritos/quartzo gabros................................................................ 35

Figura 4.6 Aspectos microscópicos do MGPV: (A) Cristal de quartzo com inclusões de

zircão e apatita; (B) Contatos irregulares entre o quartzo, plagioclásio e a

microclina; (C) Textura hipidiomórfica a xenomórfica no fácies núcleo; (D)

Orientação da biotita no fácies borda, luz polarizada; (E) Fenocristal de

plagioclásio no fácies borda,o fácies luz plana; (F) Microclina sericitizada

nicóis cruzado......................................................................................... 37

Figura 4.7 Aspectos macroscópicos e microscópicos das rochas encaixantes do

MGPV.(A) Detalhe do bandamento do metabasito intercalando níveis

feldspáticos e máficos;(B) Visão geral do afloramento mostrando a

orientação preferencial (N-S) que acompanha a orientação regional; (C)

Hornblenda de hábito prismático e textura orientada; (D) Plagioclásio

geminado fazendo contato curvo com a hornblenda................................... 40

Figura 4.8 Diagrama classificatório Pl - Px - Hb (Le Maitre et al. 1989), aplicado as

rochas básicas encaixantes do MGPV ....................................................... 41

Capítulo 5 - Litogeoquímica

Figura 5.1 Diagrama álcalis versus sílica aplicado as rochas do MGPV. Campos de

classificação química e nomenclatura das rochas ígneas plutônicas

utilizando o total de álcalis (Na2O+ K2O) versus sílica (SiO2), segundo Cox

et al. (1979), adaptado para rochas plutônicas por Wilson (1989). A curva

subdivide os magmas das séries alcalinas e subalcalinas ............................ 46

Figura 5.2 Diagrama K2O versus Na2O, apresentando as diferentes propostas de

classificação para as rochas potássicas e sódicas. A reta correspondente a

[K2O = Na2O-2)] representa o limite entre as rochas sódicas e potássicas

[(K2O>Na2O - 2] segundo Le Maitre et al. (1989). As retas pontilhadas

definem os domínios das rochas fortemente potássicas (A) potássicas(B) e

sódicas (C) segundo proposta de Middlemost (1975)...................... 48

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x

Figura 5.3 Diagrama relacionando K2O versus Na2O, para distinção entre as rochas

das suítes potássicas e cálcio alcalinas. Perccerillo & Taylor (1976) definem

os campos das rochas shoshoníticas, cálcio alcalinas de alto K, cálcio

alcalinas e série toleítica. Corriveau & Gorton (1993) propõem a divisão dos

campos das rochas ultrapotássicas (A), shoshoníticas (B), e cálcio alcalinas

(C) ......................................................................................................... 49

Figura 5.4 Diagrama Al2O3/(Na2O + K2O) versus Al2O3/(CaO + Na2O + K2O) de

Maniar & Piccoli (1989) aplicado às rochas do MGPV.......................... 50

Figura 5.5 Diagrama relacionando SiO2 e elementos maiores. A reta tracejada

representa a tendência evolucional do MGPV e de suas encaixantes......... 52

Figura 5.6 Diagramas relacionando SiO2 contra alguns elementos menores e traços.... 54

Capítulo 6 - Litogeoquímica

Figura 6.1 Digrama correlacionando K2O/Na2O versus siO2, com os campos definidos

para as rochas shoshoníticas e rochas sieníticas com afinidades

ultrapotássicas, segundo Conceição et al. (1996). ..................................... 59

Figura 6.2 Diagrama discriminante usado na definição de séries magmáticas. A área

em cinza representa o campo das rochas granitóides da série shoshonítica

(Nardi, 1986), segundo a proposta Rogers & Greenberg (1981). ................ 59

Figura 6.3 Diagramas discriminantes tectônicos para rocha potássicas, elaborados por

Muller e Groves (1995). IP = Intraplaca; APC = Arco pós colisional; AC =

Arco colisional. os campos das rochas shoshoníticas, cálcio alcalinas de

alto K, cálcio alcalinas e série toleítica. Corriveau & Gorton (1993) propõem

a divisão dos campos das rochas ultrapotássicas (A), shoshoníticas (B), e

cálcio alcalinas (C). ................................................................................. 61

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xi

INDICE DE TABELAS

Capítulo 3 – Metodologia Aplicada

Tabela 3.1. Tabela da Amostras Georreferenciadas.................................................... 23

Capítulo 5 – Litogeoquímica

Tabela 5.1 Análises Químicas dos elementos maiores do MGPV e alguns parâmetros ... 45

Tabela 5.2 Análises Químicas dos elementos menores e traços do MGPV e suas

encaixantes. .......................................................................................... 53

Capítulo 6 – Discussões e Conclusões

Tabela 6.1 Limites Geoquímicos das serie shoshonitica (segundo Morrison 1980) e

para corpos do NSer, incluindo as rochas deste estudo..............................

58

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo I Fichas Petrográficas.................................................................................. 69

Anexo II Mapa Geológico do Maciço Granítico Pedra Vermelha .................................. 97

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CAPÍTULO 1 . INTRODUÇÃO

1

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1. INTRODUÇÃO

Na porção nordeste da Bahia, ocorre um volumoso magmatismo granítico que inclui

termos cálcio-alcalinos e alcalinos potássicos, ultrapotássicos e shoshoníticos. Este trabalho

final de graduação (TFG) está focado no estudo do Maciço Granítico Pedra Vermelha

(MGPV), interpretado por Rios (2002) como sendo um destes corpos de natureza

shoshonítica e idade Paleoproterozóica.

Na literatura, o termo granito (s.l.) é aplicado a uma grande variedade de rochas

intrusivas félsicas, as quais estão associadas a uma ampla diversidade de fontes, processos

genéticos, e ambientes tectônicos. Alguns granitos têm origem mantélica, contudo, a maioria

está relacionada com processos de fusão crustal. Do ponto de vista geoquímico os granitos

podem pertencer às séries magmáticas cálcio alcalina e alcalina.

As rochas graníticas da série shoshonítica têm sua importância do ponto de vista

geológico e econômico, já que sua gênese pode ser prevista com base em processos ditos

de diferenciação e por possuírem uma potencialidade metalogenética para cobre,

molibdênio, estanho, tungstênio, zinco e outros. Os granitos da série shoshonítica

caracterizam-se pelo seu enriquecimento em K2O, em relação às outras séries magmáticas

e distinguem-se das alcalinas potássicas em relação à saturação em SiO2. Morrison (1980)

restringiu o termo shoshonítico às séries de rochas saturadas em SiO2.

Neste trabalho serão apresentadas características geológicas, petrográficas e

geoquímicas do MGPV, contribuindo para a caracterização da fonte e ambiente tectônico de

formação desse pluton, e colaborando para melhor entender as implicações do magmatismo

paleoproterozóico para a evolução geológica do Núcleo Serrinha (NSer).

1.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

O MGPV aflora na porção nordeste do Estado da Bahia, nas proximidades do

município de Monte Santo, que dista aproximadamente 352 km da capital do Estado,

Salvador (Figura 1.1A). A área de estudo limita-se entre as latitudes 8856000 e 8850000 S e

de longitudes 443000 e 448500 WGr e insere-se nos limites entre as folhas cartográficas

1:100.000, de Monte Santo (SC-24-Y- B-III) e Andorinha (SC-24-Y- B-II) (SEI 1997).

O principal afloramento do MGPV situa-se no povoado homônimo (Figura 1.2A), o

qual tem seu acesso principal realizado, a partir de Salvador, através da rodovia BR 324 até

Feira de Santana e BR 116 passando por Serrinha, chegando até a cidade de Euclides da

Cunha (Figura 1.1B). Para chegar ao maciço utilizam-se estradas secundárias que cortam o

povoado e a rodovia estadual BA 220, a qual não se encontra pavimentada.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Figura 1.1 - Mapa do Brasil indicando a localização do Estado da Bahia e do

setor estudado (A). Mapa de localização e acessos ao Núcleo Serrinha (B). As

linhas contínuas representam as estradas pavimentadas, as contínuas com

traços são as ferrovias, as linhas tracejadas com pontos correspondem às

drenagens, as tracejadas, apresentam os limites entre os estados, os círculos

cheios correspondem às cidades da região e o círculo em vermelho o povoado

de Pedra Vermelha.

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Uma segunda alternativa de acesso à área, também partindo de Salvador, seria a

BR 324 até Feira de Santana, na BR 116, até Serrinha, e a partir desta cidade pegar a BA

120, passando pelos municípios de Santa Luz e Queimadas, chegando a Monte Santo

(Figura 1.1B).

1.2 BREVE HISTÓRICO

Muito pouco se sabe sobre o MGPV. Ele foi inicialmente identificado por Inda et al.

(1976), no mapeamento regional do Projeto Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da

Cunha, onde foi classificado como “migmatito”.

Em 2002 há outra referência ao MGPV, quando, durante trabalhos de

caracterização petrológica e geoquímica dos granitos do Núcleo Serrinha, Rios (2002) o

agrupa como um dos granitos Shoshoníticos. Rios et al. (2005) apresentam os primeiros

dados químicos e isotópicos para suas rochas e estabelecem sua idade de cristalização em

2080 ± 8 Ma (U-Pb em zircão, ID-TIMS).

1.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS

A área está englobada no “Polígono das Secas”. Segundo Koppen, o clima é seco

e quente, do tipo semi-árido. A temperatura anual media é de 22ºC. O mês mais quente é

outubro, com temperaturas de até 38ºC e o mais frio é julho, com valores médios próximos a

20ºC. A precipitação anual varia entre 500 e 750 mm.

A vegetação característica da região é a Caatinga (Figura 1.2B). Na área de estudo

elas são formações arbóreo-arbustiva, cuja principal característica é a adaptação à falta de

água (caducidade foliar). Esse tipo de vegetação sofre uma direta influência do clima. O solo

predominante na região é um planossolo solódico eutrófico, associado ao regassolo

eutrófico, solos litólico eutrófico e vertissolos.

A drenagem principal é constituída pelo Rio Itapicuru. Seus afluentes secundários

apresentam um padrão dendrítico. São rios de caráter intermitente, sendo seus tributários

temporários devido às condições climáticas da área. O Rio Itapicuru é o único que possui

água permanente durante todas as épocas do ano, tornando-se intermitente apenas por

ocasião de grandes estiagens.

A unidade geomorfológica é representada pelo Pediplano Sertanejo, com formas

onduladas intercaladas com área aplainadas. São marcantes as ocorrências de morros

testemunhos formando cristas alinhadas (Figura 1.2C) que se destacam em uma superfície

plana a suavemente ondulada (Figura 1.2D), com direção N -S em diversos estágios de

dissecação e pedimentação.

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.

Figura 1.2 - Fotos de campo apresentando os aspectos fisiográficos gerais da

região em estudo: (A) Visão geral da do povoado de Pedra Vermelha, Bahia, a

partir do afloramento do MGPV; (B) Vegetação típica da região (caatinga

arbóreo-arbustiva); (C) Visão leste da Serra Olho D’água, feição geomorfológica

marcante na região; (D) Visão geral do principal afloramento do MGPV.

A

D

B

C

Serra Olho D’água

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1.4 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

O objetivo principal deste trabalho é detalhar os aspectos geológicos, a petrográfia

e a litogeoquímica do MGPV a partir dos novos dados adquiridos durante a realização desta

pesquisa. Com isso, pretende-se contribuir para o melhor entendimento da granitogênese na

parte norte do NSer, área ainda muito pouco estudada.

Os objetivos específicos propostos para a realização deste TFG incluiram:

1. Técnicas de mapeamento geológico.

2. Assimilação de metodologia científica, aplicada em pesquisas na petrologia.

3. Descrições petrográficas macro e microscópica das amostras coletadas.

4. Treinamento em ICP OES e preparação de amostras para estudo litogeoquímico.

5. Realização e interpretação de análises litogeoquímicas para elementos maiores,

menores e traços.

6. Elaboração do relatório final de graduação

1.5 PATRIMÔNIO GEOLÓGICO

A cidade onde se encontra o MGPV, Monte Santo-BA, tem grande relevância

histórica e científica: A região foi palco de uma importantíssima batalha denominada de

Guerra de Canudos, entre os anos de 1893 e 1897. Cientificamente, esta cidade está ligada

à duas importantes descobertas: a do maior meteorito já encontrado no Brasil, em 1784,

situado no distrito de Bendengó(Figura 1.3D), a poucos quilômetros a NE de Pedra Vermelha

(Carvalho 2010), e a de um importante sítio paleontológico no povoado de Pedra Vermelha,

onde foram encontrados ossos e dentes de grandes mamíferos atualmente extintos (Figura

1.3 A, B e C).

1.6 JUSTIFICATIVA E MOTIVAÇÕES

Os estudos geológicos e geocronológicos do Núcleo Serrinha concentram-se

principalmente na região sul deste importante núcleo, onde figura o Greenstone Belt do Rio

Itapicuru (GBRI), e por lá estarem a maioria dos depósitos minerais conhecidos, tais como

ouro e cromo.

As áreas mais a norte e leste do NSer carecem de pesquisas de detalhe que

melhor caracterizem sua geologia, em especial seus granitos, dos quais muito pouco ainda

se sabe.

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Magmatismo granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação – Ana Fábia Miranda de Mattos

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Figura 1.3 - Fotos de importantes achados do patrimônio geológico da região de Pedra

Vermelha: (A) Desenho artístico do Haplomastodon Waringi, um mastodonte, encontrado

pela primeira vez na Bahia em Pedra Vermelha; (B) Reconstituição do mastodonte, a

partir dos ossos e dentes encontrados, em Pedra Vermelha, pelo professor Wilson

Estevanovic, do Museu de História Natural, Uberaba - Minas Gerais, atualmente exposta

no Museu Geológico da Bahia; (C) Réplica do mastodonte, feita em papel maché, pelos

artistas plásticos Nanci Novais e Renato Viana, exposta no Museu Geológico da Bahia.

(D) Meteorito Bendengó, o maior meteorito do Brasil, encontrado no município de Monte

Santo em 1784, e atualmente em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro.

A B

C D

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O detalhamento geológico, petrográfico e geoquímico do Maciço Granítico Pedra

Vermelha provido por este TFG será uma ferramenta importante para estabelecer uma

sucessão cronológica coerente, avaliar sua correlação com possíveis mineralizações e

melhor entender a evolução tectono-geológica deste importante setor no panorama

geológico da Bahia. Rios et al.(2009), apontam à existência de importante episódio

Transamazônico, no contexto do Núcleo Serrinha. Este evento inclui o MGPV, objeto deste

estudo.

1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TFG

Esta monografia está compartimentada em seis capítulos. Eles foram estruturados

de forma a:

1. Apresentar os aspectos geográficos do setor.

2. Situar o objeto de estudo no contexto geológico da Bahia.

3. Descrever os aspectos geológicos e petrográficos do maciço e do seu

embasamento.

4. Estudar a composição química, e por fim,

5. Nas considerações finais, com base nos dados obtidos, caracterizar a

natureza do pluton no contexto regional.

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CAPÍTULO 2 – GEOLOGIA REGIONAL

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2. GEOLOGIA REGIONAL

2.1 PANORAMAS DA GEOLOGIA NO ESTADO DA BAHIA

O Estado da Bahia está englobado quase que totalmente na estrutura Cráton do

São Francisco (CSF), uma plataforma estabilizada no final do Paleoproterozóico (±1800 Ma)

e com limites delineados no Neoproterozóico (± 600 Ma). Segundo Almeida (1977), o CSF,

além de sua abrangência no território baiano, estende-se pelos estados de Sergipe,

Pernambuco, Goiás e Minas Gerais, sendo limitado por faixas de dobramentos

polimetamorfoseadas (Figura 2.1).

De acordo com Barbosa & Dominguez (1996), estratigraficamente o CSF encontra-

se dividido em três conjuntos: (i) embasamento arqueano paleoproterozóico, que agrupa

terrenos metamórficos de alto a baixo grau; (ii) coberturas cratônicas Proterozóicas e

conjuntos deposicionais do Neoproterozóico deformados, compondo as faixas de

dobramentos; e (iii) coberturas sedimentares Fanerozóicas.

Mascarenhas (1979) propôs um modelo geotectônico para a estruturação do

embasamento do CSF durante o Paleoproterozóico, onde reúne tais terrenos em três

núcleos antigos (Figura 2.2):

(i) Guanambi, a oeste;

(ii) Remanso, no centro; e

(iii) Serrinha, a leste.

Estes núcleos Arqueanos são separados por duas faixas móveis denominadas de

cinturões: a leste, o Cinturão Costeiro-Atlântico, e a oeste o Cinturão Urandi-Paratinga

(Rosa et al. 1996). Ainda segundo Mascarenhas (1979), os cinturões móveis representam o

resultado das colisões entre os núcleos Arqueanos no Transamazônico. Os núcleos,

relativamente rígidos no período, serviriam de substrato para várias seqüências

vulcanossedimentares.

Conceição e Otero (1996) atribuíram aos terrenos dos cinturões móveis mais de

95% do plutonismo Transamazônico, além da quase totalidade do magmatismo alcalino –

potássico na Bahia. Contudo, Rios (2002) e Rios et al. (2009), apontam à existência de

importante episódio Transamazônico, no contexto do Núcleo Serrinha. Este evento inclui o

MGPV, objeto deste estudo.

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Figura 2.1 - Extensão dos terrenos do Cráton São Francisco no Estado da Bahia

com a indicação dos cinturões móveis Brasilianos, modificado de Mascarenhas

(1979). Em cinza estão delimitados os terrenos do Cráton. Faixa de Dobramentos

Sergipana (FDS); Faixa de Dobramentos Araçuaí (FDA); Faixa de Dobramentos

Brasília (FDB); Faixa de Dobramento Formosa do Rio Preto (FDFRP); e Faixa de

Dobramentos Riacho do Pontal (FDRP).

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2.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO NÚCLEO SERRINHA

O Núcleo Serrinha (NSer) tem sua consideração do seu embasamento atribuída ao

Arqueano, concomitante à formação do Núcleo Remanso (Seixas et al. 1975), sendo em

ambos identificados litotipos semelhantes (Barbosa & Dominguez, 1996). Estes dois núcleos

são soldados pelos terrenos do Cinturão Móvel Salvador-Curaçá (CMSC) (Figura 2.2), um

cinturão granulítico, constituído por rochas Arqueanas e Paleoproterozóicas submetidas a

metamorfismo de alto grau (Grossi Sad & Ladeira, 1968).

O NSer possui uma grande diversidade de litotipos, com idades variando desde

3,25 até 2,07 Ga (Rios et al. 2009), e que podem ser sintetizados em três grandes eventos

(Figura 2.3):

1. embasamento gnáissico-migmatítico intrudidos por corpos TTGs

mesoarqueanos (2,8 – 3,2 Ga).

2. seqüências vulcanossedimentares atribuídas ao Paleoproterozóico.

3. importante volume de rochas intrusivas de idade Paleoproterozóica.

2.1.1. Embasamento Arqueano

Os terrenos Arqueanos do NSer são compostos pelo Complexo Santa luz,

localizado ao sul do núcleo, pelo Complexo Uauá, localizado na porção norte do NSer, e por

inúmeros granitos TTGs. Estas rochas servem de embasamento para as sequências

vulcanossedimentares e aos granitos de idade Paleoproterozóica.

2.1.1.1. Complexo Santa Luz

Esta unidade é composta por duas unidades litológicas metamorfizadas na

fácies anfibolito (Pereira 1992):

(i) gnaisses bandados, caracterizados pela alternância entre rochas

gnáissicas cinzas (com biotita, hornblenda, microclina, plagioclásio e

quartzo, como minerais principais) e bandas anfibolíticas, com ou sem

granada.

(ii) ortognaisses granodioríticos a tonalíticos, com estruturas migmatíticas.

Cristais de zircão dos gnaisses bandados do Complexo Santa Luz foram

recentemente datados pelo método U-Pb (SHRIMP), fornecendo idades entre 2983

Ma e 3152 Ma (Mello et al. 1999; Oliveira et al. 2002 a, b; Rios 2002; Rios et al.

2009).

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Figura 2.2 - Estruturação dos núcleos antigos proposto por Mascarenhas

(1979) para os terrenos do embasamento do Cráton do São Francisco para o

período Paleoproterozóico com os limites modificados por Conceição (1990):

Núcleo Guanambi (NG); Núcleo Remanso(NR); Núcleo Serrinha(Nser);

Cinturão Móvel Urandi-Paratinga (CMUP); Cinturão Móvel Salvador-Curaça

(CMSC).

Área de Estudo

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2.1.1.2. Complexo Uauá

Esta unidade aflora nos arredores da cidade de Uauá, no setor norte do

Núcleo Serrinha. O Complexo Uauá é representado por:

(i) biotita-hornblenda ortognaisses tonalítico e granodiorítico, metamorfisados

na fácies granulito e por vezes apresentando estruturas tipo augen.

(ii) gnaisses com bandamento composicional, alternando entre lentes quartzo-

feldspáticas e níveis anfibolíticos, metapiroxenitos e rochas

calcissilicáticas.

Adicionalmente, fazem parte do complexo enxames e diques máficos

individualizados em função da deformação que apresentam em dois grupos

distintos (Bastos Leal, 1992):

(i) grupo deformado e metamorfisado e,

(ii) grupo pouco ou não deformado.

Cordani et al. (1999) apresentam idade de 2,93 a 3,13 Ga (U-Pb em

zircão) para ortognaisses deste complexo. Rios et al. (2009) dataram as rochas

migmatíticas desse Complexo em 3.3 Ga (U-Pb zircão, SHRIMP), demonstrando

ser esta a unidade mais antiga do NSer.

2.1.1.3. Granitos Arqueanos

Esses corpos formam extensos domos alinhados no sentido N-S (Figura

2.3). Apresentam idades U-Pb (SHRIMP e ID-TIMS) variando de 3,2- 2,9 Ga, sendo

representados por rochas tonalíticas-trondhjemíticas-granodioríticas (TTG), de

natureza cálcio-alcalina, que intrudem os Complexos Santa Luz e Uauá e, por

colocação tectônica, afloram em contato com os terrenos do Greenstone Belt do

Rio Itapicuru (Rios et al. 2008). Apresentam assinaturas cálcio-alcalinas, bordas

gnassificadas contrastando com núcleo mais isotrópico, feições sugestivas de alto

grau metamórfico, e idades modelo arqueanas (Rios et al. 2009).

Cristais de zircão com baixa razão Th/U (Rios et al. 2009) confirmam a

idade mínima de 3,07 Ga proposta por Paixão et al.(1995) para o metamorfismo da

fácies granulito que afeta estas rochas.

2.1.2. As Sequências Vulcanossedimentares Paleoproterozóicas

As Sequências vulcanossedimentares do Núcleo Serrinha são representadas pelas

rochas do Grupo Capim (GC) e do Greenstone Belt do Rio Itapicuru (GBRI).

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Figura 2.3 - Mapa geológico simplificado do Núcleo Serrinha apresentando a

sua granitogênese e principais idades atribuídas aos maciços. Modificado de

Rios et al. (2009). O quadro em amarelo delimita a área de estudo deste TFG.

0 20 Km

MGPV

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2.1.1.4. Grupo Capim

O Grupo Capim (GC) situa-se a leste da cidade de Uauá. É uma sequência

de rochas vulcanossedimentares deformadas e metamorfisadas na fácies xisto

verde e depositadas em um sinclinório sigmoidal alongado NW-SE, delimitado por

falhas transcorrentes inversas (Winge, 1984).

Os estudos sobre essa sequência ainda são escassos, não permitindo

defini-la como uma estrutura tipo Greenstone. Na bacia do Capim predominam

rochas vulcânicas e precipitações químicas vulcano-exalativas, com rochas

máficas, toleíticas, na base da seqüência e um vulcanismo ácido explosivo no topo

(Winge & Danni, 1980, Winge, 1984).

A parte basal é composta por formações ferríferas bandadas, meta-cherts,

sulfetos e carbonatos (Fonseca et al. 1981; Winge, 1984) o que sugere a

predominância de um ambiente marinho subaquático.

Brito Neves et al. (1980) inicialmente dataram o GC, fornecendo uma idade

de 2170 Ma. Oliveira et al. (1998, 1999), posteriormente, apresentaram idades de

2143 a 2293 Ma para as rochas félsicas da sequência, e estabeleceram o intervalo

de 2519 -2793 Ma (U-Pbzircão SHRIMP) como idade de cristalização para as rochas

toleíticas do GC, apontando um registro da deformação em 2039 Ma, além de

idades modelo (TDM) variando de 2433 a 2537 Ma e εND(T) de -0,14 a -1,45.

2.1.1.5. Greenstone Belt do Rio Itapicuru

O Greenstone Belt do Rio Itapicuru (GBRI) encontra-se inserido na porção

leste do NSer, formando uma faixa com orientação preferencial N-S, com 170 km

de extensão e 15 km de largura máxima (Kishida 1979, Kishida e Riccio 1980).

O GBRI é constituído por rochas máficas, félsicas, e sedimentares,

atribuídas ao paleoproterozóico, metamorfisadas em fácies xisto verde a anfibolito

(Kishida 1979, Kishida & Riccio 1980). Silva (1983) agrupou as rochas do GBRI em

três domínios:

(i) o domínio vulcânico máfico basal, representado por metabasaltos,

brechas basálticas de fluxo, e tufos máficos, sendo apresentada, para os

metabasaltos, uma isócrona Pb-Pb em rocha total de 2209 ± 60 Ma

(Silva1992).

(ii) o domínio vulcânico félsico intermediário, sobrepondo o domínio

vulcânico máfico, caracterizado por metandesitos, metadacitos e tufos

andesito-dacíticos. Nessa unidade Mascarenhas & Garcia (1989)

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obtiveram idade isocrônica Rb-Sr de 2089 ± 85 Ma, e Silva (1992) uma

isócrona Pb-Pb em rocha total com idade de 2170 ± 80 Ma.

(iii) o domínio sedimentar, que está no topo desta sequência, é constituído

por metassiltitos, filitos, xistos aluminosos, metarenitos e

metaconglomerados. Rios et al. (2010) apresentam idades de

proveniência de 2117 a 2166 Ma (U-Pb SHRIMP) para estas rochas.

Do ponto de vista estrutural, o GBRI apresenta lineamenots com

orientação preferencial N-S nas porções setentrional e central e E-W na porção

meridional.

Davison et al.(1988) citam discordância estrutural entre a foliação principal

dos gnaisses do complexo Santa Luz e a foliação metamórfica das rochas do GBRI.

2.1.3. Granitos Paleoproterozóicos

Rios et al. (2009) definem dois grupos principais de rochas graníticas

Paleoproterozóicas, expostas no NSer:

(i) granitos TTG cálcio-alcalinos: Um grande pulso de magmatismo TTG-

cálcio-alcalino está associado à formação do GBRI sendo representado

pelos plutons de Lagoa dos Bois, Cipó, Nordestina, Trilhado, Qujingue,

Eficéas e Teofilândia. Estes granitos apresentam semelhanças químicas e

texturais com os granitos arqueanos, contudo os dados isotópicos Rb-Sr e

Sm-Nd demonstram tratar de magmas juvenis, e as idades de cristalização

variam de 2,13 a 2,16 Ga (Rios 2002, Rios et al. 2009).

(ii) granitos alcalinos potássicos e ultrapotássicos: Incluem corpos de natureza

shoshonítica (Araras, Cansanção, Euclides da Cunha, Itareru, e os granitos

tipo Morro do Lopes), e potássica-ultrapotássica (Morro do Afonso,

Agulhas-Bananas e Serra do Pintado), com idades variando de 2.11 a 2.07

Ga, e que se apresentam não deformados, preservando estruturas de fluxo

magmático. Este evento durou cerca de 40 Ma, finalizando com a

colocação dos granitos de granulometria fina tipo Morro do Lopes os quais

parecem estar associado a um importante evento térmico de idade 2.07Ga

(Rios 2002, Rios et al. 2007, 2008, 2009). É neste grupo que se encontra o

MGPV, objeto desse estudo.

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2.3 O MAGMATISMO ALCALINO NO NÚCLEO SERRINHA

Estudos realizados sobre o magmatismo alcalino no NSer demonstram a

existência de um evento potássico, saturado em sílica com duração aproximada de 30 Ma,

estando compreendido entre 2115 e 2070 Ma. Rios (2002) identificou nesse evento alcalino

três conjuntos: (i) sienítico, (ii) monzonítico e (iii) K-granítico.

Segundo Rios (2002), os maciços sieníticos são essencialmente constituídos por

álcalis-feldspatos-sienitos com textura porfirítica, e exibem texturas geradas por fluxo

magmático. São representados pelos maciços: Morro do Afonso, Morro da Agulhas-Bananas

e Serra do Pintado com idade de cristalização variando de 2.08 a 2.1 Ma. São magmas

ultrapotássicos associados à lamprófiros e lamproitos. As características geoquímicas deste

maciço são usualmente reportadas a magmas de ambientes orogênicos.

As rochas monzoníticas colocaram-se num intervalo de 2106 a 2071 Ma,

superpondo-se temporalmente ao magmatismo sienítico (Rios, 2002). Neste grupo a autora

investigou quatro maciços de natureza shoshonítica: Araras, Euclides Cansanção e Itareru e

os diferencia, petrograficamente, dos maciços sieníticos pela presença sistemática de

cristais de plagioclásio.

Os K-granitos do NSer são representantes tardios deste evento alcalino e foram

colocados num curto intervalo de tempo (2,07-2,08 Ga), sendo representados por seis

corpos identificados por Rios (2002): Marmota, Alto Bonito, Fazenda das Bananas,

Maravilha, Barroquinha e Pedra Vermelha. Este último é o objeto de estudo deste trabalho.

Esses corpos possuem natureza pós colisional e assinatura de arco, apontado uma forte

influencia do processo AFC na sua evolução (Peixoto 2000). Esses granitos são ricos em

SiO2 (~ 68-76%), peraluminosos, com forte contribuição crustal.

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CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA APLICADA

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3 METODOLOGIA APLICADA

Para a execução do trabalho proposto foram utilizados os métodos descritos a

seguir:

3.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

Foram inventariados os trabalhos anteriormente executados na região, com a

finalidade de adquirir conhecimento geológico básico sobre a área estudada, oferecendo

mais segurança para discorrer sobre o tema e posteriormente uma melhor integração dos

dados. Esta etapa resultou em um acervo com relevantes informações que existiam na

região, principalmente sob o ponto de vista cartográfico. Essas informações foram

acrescidas aos dados obtidos na etapa de campo.

3.2 FOTOINTERPRETAÇÃO

A fotointerpretação foi realizada sobre fotografias aéreas (02-11-184, 02-11-185 e

02-11-186), em escala 1:50.000. As fotografias foram adquiridas na CPRM (Serviço

Geológico do Brasil), e utilizadas principalmente para a construção de overlays, auxiliando

na confecção do mapa geológico (Anexo I).

Nesta etapa foram utilizadas também imagens de satélite Landsat 7, do Projeto Gis

Bahia (CBPM/ CPRM).

3.3 TRABALHOS DE MAPEAMENTO E AMOSTRAGEM

O objetivo do mapeamento foi voltado para redefinir os limites entre o maciço e as

rochas encaixantes, bem como possíveis litologias separando litologias e domínios

faciológicos do MGPV.

A campanha de campo foi realizada no mês de abril de 2009, com duração de três

dias consecutivos, sob a supervisão do geólogo Márcio Paim. Esta etapa incluiu o

reconhecimento regional, amostragem, georreferenciamento, mapeamento de estruturas

geológicas, e redefinição de limites litológicos. Este trabalho de mapeamento e

fotointerpretação resultou na confecção do mapa geológico do MGPV em escala de

1:50.000 (Anexo I).

Procurou-se nesta etapa realizar uma distribuição representativa dos pontos do

maciço por toda a área aflorante visando representá-lo o melhor possível. As rochas

encaixantes imediatas também foram amostradas visando melhor compreender a sucessão

cronológica e detalhamento das relações de intrusão do pluton nos metabasitos.

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A área trabalhada tem dimensões aproximadas de 5 x 6 km, resultando em um

polígono com cerca de 30 Km2. Ao todo foram descritos e georreferenciados 24 pontos e

coletadas 13 amostras (Figura 3.1), sendo 3 (três) dos metabasitos do Complexo Uauá,

onde o MGPV encontra-se encaixado, e 10 (dez) representativas do maciço (Tabela 3.1).

3.4 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS

As amostras coletadas e georreferenciadas foram descritas macroscopicamente,

georreferenciadas, catalogadas, fotografadas, e encaminhadas para o laboratório de

preparação de amostras do Instituto de Geociências da UFBA.

Todas as amostras coletadas na fase de campo foram selecionadas para os

estudos da petrografia e litogeoquímica. Abaixo estão descritas as principais etapas de

preparação a que elas foram submetidas.

1. Lavagem - Esta fase visa à eliminação, principalmente, de resíduos orgânicos e

solos incrustados na amostra.

2. Redução granulométrica - Com o auxilio da prensa hidráulica (Figura 3.2A), as

amostras foram reduzidas ao tamanho aproximado de um punho fechado

(±5cm3). Esta etapa também poderia ter sido executada no próprio campo.

Nesta fração foi retirado o pedaço para a laminação e para o arquivo

macroscópico.

Para o estudo litogeoquímico as amostras foram submetidas às seguintes etapas:

3. Britagem - Utilizando um britador de mandíbula (Figura 3.2B) a amostra foi

reduzida à fração brita (1–2cm3).

4. Peneiramento - Depois de britadas, as amostras foram peneiradas para

eliminação do pó fino com fragmentos metálicos do britador, reduzindo os

riscos de contaminação.

5. Quarteamento – Visa à redução volumétrica da amostra. Nesta etapa, ¼ da

fração brita foi reservada para arquivo de brita, ¼ direcionado para redução a

fração pó visando as análises químicas, e o restante foi descartado.

6. Pulverização – A fração reservada para análise química foi pulverizada

utilizando o moinho de panelas tipo “Shatter Box”, com panela de carbeto de

tungstênio, resultando em uma fração pó de granulometria 200 mesh (Figuras

3.2C e D).

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Figura 3.1 - Mapa de caminhamento e amostragem, fonte

CRPM/DNPM 2003.

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Amostra Descrição da

amostra / Litologia de campo

Latitude Longitude

1663* Biotita sienogranito de Pedra Vermelha

443944 8853987

1664* Biotita sienogranito de Pedra Vermelha

445681 8854669

1665* Porção dos leitos

máf. do sienogranito P.V

448150 8854557

1666* Sienogranito Pedra

Vermelha 448150 8854557

3193 Metabasito 453660 8854605

3194 Gnaisse do

embasamento 450720 8854827

3195 Gnaisse do

embasamento 448988 8854715

3196 Monzogranito

foliado 445866 8852996

3197 Biotita granito 446386 8852264

3198 Migmatito de composição

granítica 447356 8851160

3199 Metabasito 447592 8850109

3200 Migmatito 446016 8851333

3201 Migmatito de composição

granítica 445119 8850551

3202 Enclave do

embasamento 444052 8852989

3203 Enclave do

embasamento 446575 8853238

3204 Gnaisse migmatítico 446477 8854347

3205 Granito 448244 8850270

Tabela 3.1 Tabela das amostras georreferenciadas (* amostras

de Rios et al. 2005).

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Figura 3.2 - Fotos dos equipamentos utilizados na preparação das amostras: (A)

Prensa hidráulica; (B) Britador de mandíbulas; (C) Shatter Box; (D) Pó gerado no

processo; (E) Etapa da abertura química; (F) ICP AES modelo Liberty 150, marca

Varian, onde foram realizadas as análises.

A B

C D

E F

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3.5 ESTUDOS PETROGRÁFICOS

As descrições petrográficas enfatizaram as relações texturais presentes. Foi

realizada análise modal com contagem visual dos campos para estabelecimento do

percentual de volume dos minerais e, com base nesse resultado, dar nome à rocha,

utilizando a proposta de Streckeisen (1976). Nestas descrições, a classificação

granulométrica utilizada é a sugerida por Sial & McReath (1984). Um total de 13 amostras

foram descritas. As fichas petrográficas compõem o Anexo I.

3.6 LITOGEOQUÍMICA

Para os estudos litogeoquímicos as amostras selecionadas foram analisadas pelo

método instrumental da Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma de Argônio

Indutivamente Acoplado (ICP OES), no Laboratório de Petrologia Aplicada a Pesquisa

Mineral do Instituto de Geociências da UFBA. No Laboratório de Plasma, as amostras

foram submetidas a diferentes tratamentos químicos para a análise de elementos maiores,

menores e traços. Sintetizamos neste capítulo as etapas de preparação da amostra em

rotina no ICP OES da UFBA, e que precedem à análise química de rocha, dividindo-a em 4

etapas. Todos os processos, descritos a seguir, foram acompanhados pela graduanda.

3.6.1 Secagem das Amostras:

Pesagem de ±3g da amostra em pesa-filtro de 30 ml devidamente identificados.

Secagem da amostra, a 105 – 110º C, em estufa elétrica, por 3 horas. Ao sair da

estufa os pesa-filtros são levados ao dessecador para retornarem a temperatura

ambiente.

3.6.2 Pesagem das Amostras

Em uma balança analítica (precisão de 0,1 mg), as amostras são pesadas: em

cadinhos e beckers de teflon, e em cadinhos de porcelana.

Para análise de elementos maiores, pesa-se 0,1g da mostra em cadinho de teflon,

da bomba de Parr.

Na análise dos menores e traços, pesa-se 0,5 g da amostra em beckers de teflon.

Para análise de Perda ao Fogo (PF), pesa-se 1 g da amostra em cadinhos de

porcelana. Sendo que, neste caso, os recipientes utilizados são anteriormente

calcinados, a uma temperatura de 950º C, resfriados no dessecador e pesados para

depois serem utilizados nas pesagens das amostras.

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3.6.3 Decomposição das Amostras

As amostras devidamente pesadas são submetidas a ataques químicos. Abaixo

estão sintetizadas as rotinas no ICP-OES do IGEO para a decomposição química das

amostras, de acordo com os elementos a serem analisados (Figura 3.2E):

3.6.3.1 Elementos maiores

São adicionados às amostras, 0,5 mL de água régia (HCl e HNO3, 3:1 ) e 3

mL de ácido fluorídrico (HF).

O cadinho de teflon é fechado e inserido na bomba de Parr.

A bomba de Parr é colocada em estufa a 136º C, por 45 minutos.

A bomba é retirada da estufa e espera-se retornar a temperatura ambiente.

Os cadinhos são levados à capela de exaustão para serem abertos.

2,8 g de ácido bórico são adicionados à amostra para dissolução dos

fluoretos. O processo é realizado a quente e com contínua agitação, em

placas magnéticas dotadas de sistema de aquecimento.

As soluções obtidas são transferidas, dos cadinhos para um balão

volumétrico de 100 mL. Após o retorno da solução à temperatura

ambiente, os balões volumétricos são avolumados com água deionizada e

suas soluções homogeneizadas por agitação.

As soluções são transferidas do balão volumétrico para frascos de

polietileno de 100 mL, por serem quimicamente mais estáveis. Desta

forma, as soluções estão prontas para serem analisadas no ICP OES.

3.6.3.2 Elementos menores

As amostras são submetidas a ataque tri-ácido, adicionando-se 15 mL de

ácido fluorídrico (HF), 4 mL de ácido perclórico (HClO4) e 10 mL de ácido

nítrico (HNO3).

Com a mistura ácida, os beckers de teflon são levados a uma placa de

aquecimento, a 180º C, até a secagem dos ácidos adicionados. Este

procedimento é repetido para termos a certeza que toda a sílica foi

eliminada na forma de tetrafluoreto de silício (SiF4), o qual é volátil a esta

temperatura.

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Os sais formados (nitratos, fluoretos e percloratos) são dissolvidos em 10

mL de ácido clorídrico (HCl) a 50%.

As soluções obtidas são transferidas para um balão volumétrico de 50 ml,

resfriadas à temperatura ambiente, e avolumadas. São acondicionadas

então em frascos de polietileno de 100 mL e estão prontas para serem

analisadas.

3.6.3.3 Perda ao Fogo

Os cadinhos de porcelana numerados, vazios, e descontaminados, são

calcinados a 950ºC, por 15 minutos, em forno de mufla. Após este tempo

de aquecimento, são transferidos para um dessecador, com o objetivo de

retornarem a temperatura ambiente em uma atmosfera protegida. Os

cadinhos de porcelana são pesados em balança analítica (precisão 0,1

mg).

Nos cadinhos aferidos são pesadas 1,0 g de cada amostra. As amostras

são calcinadas a 950º C por duas horas, resfriadas no dessecador e

pesadas. A diferença de peso encontrada permite calcular a percentagem

de perda ao fogo, a esta temperatura.

3.6.4 Espectometria de Emissão Ótica com Plasma de Argônio Indutivamente

Acoplado

Esta técnica é também conhecida pela sigla ICP-OES (Inductively Coupled Plasma

- Atomic Emission Spectrometry). A amostra, (solução aquosa), é excitada num gerador de

freqüência de radio transformando-se num plasma. O aparelho utilizado foi o da marca

Variam, modelo liberty 500, e é operado pelos técnicos da UFBA desde 1994. O limite de

detecção é de 0,01% para elementos maiores e 5 ppm elementos menores e traços.

3.7 TRATAMENTO DE DADOS

Os dados obtidos nas etapas anteriores foram tratados e integrados para a

elaboração do trabalho final de graduação. Foram usados os softwares Arcgis, Excel, Word,

Adobe Illustrator e GCDKit.

3.8 CONFECÇÃO DO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

A integração de todas as etapas supracitadas permitiu que fosse confeccionado

este trabalho Final de Graduação.

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CAPÍTULO 4 – GEOLOGIA E PETROGRAFIA

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4 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DO MGPV

O MGPV, classificado por Rios 2002 como um dos corpos relacionados ao

magmatismo alcalino potássico de natureza shoshonítica no NSer foi escolhido para ser

objeto deste TFG por suas características singulares. Com seu formato circular intrudindo

rochas metabásicas, o MGPV é o único corpo desta natureza que ocorre na porção norte do

NSer. A primeira referência a este corpo na literatura ocorre no Projeto Rochas Básicas e

Ultrabásicas de Euclides da Cunha, quando suas rochas foram descritas por Inda et al.

(1976) como diatexitos. Rios em 2002, durante os trabalhos regionais de avaliação da

granitogênese no NSer descreve o MGPV como um corpo monzogranítico alcalino tardio,

classificando-o como pertencente ao grupo de rochas shoshoníticas/K-granitos, similares ao

magmatismo tipo Morro do Lopes.

Apesar de inicialmente se acreditar que o MGPV estaria associado aos terrenos do

embasamento do NSer, Rios et al. (2005) apresentaram idade de cristalização de 2080±8

Ma (U-Pb em monozircão) para este corpo, em amostra de biotita-granito coletada no ponto

1664 (coordenada UTM: 445810, 885469), localizada na porção centro norte do maciço e os

estudos realizados preliminarmente por estes autores no maciço descartaram a

possibilidade dele estar relacionado ao magmatismo Arqueano no NSer.

4.1 ASPECTOS DE CAMPO E ESTRUTURAIS

Seja em imagens de satélite landsat 7 (Figura 4.1), em fotografias aéreas (Figura

4.2), e nos mapas regionais (Figura 2.3), o MGPV se destaca, chamando a atenção pela

forma quase circular do corpo, o que não ocorre em nenhum dos outros maciços graníticos

descritos no Nser, incluindo até mesmo os corpos tardios os quais apresentam formas

ligeiramente ovalares alongadas no sentido NNW-SSE.

Em campo, o MGPV possui bons afloramentos, sob a forma de lajedos, em leito de

rio seco e em cortes de estradas. Na porção noroeste do maciço, próximo ao povoado

Pedra Vermelha, seu relevo encontra-se mais pronunciado atingindo um desnível de até 200

metros. Em imagem de satélite, percebe-se que a foliação regional que contorna o corpo

desenha um contorno sigmoidal, sugerindo um envelopamento do maciço pelo

embasamento (Figura 4.1). Esta feição não foi observada em campo, onde as rochas de

borda do corpo apresentam foliação concordante à foliação regional NNE-SSW, com

medidas variando entre N 205º e N 220º, o que sugere neste contexto, que o MGPV pode

ser classificado como um corpo sintectônico.

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Figura 4.1 - Mapa geológico do MGPV superposto a imagem de

satélite Landsat 7, mostrando a forma do corpo circular do MGPV,

CPRM/CBPM (2003).

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Figura 4.2 - Fotografia da área estudada superposta com os limites

geológicos, mostrando o formato circular do MGPV.

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Contudo, o progresso dos trabalhos de fotointerpretação permitiu reconhecer

algumas falhas e fraturas ao longo do corpo, que não obedecem à orientação preferencial.

Além dessas estruturas, foram observadas durante os trabalhos de campo, outras feições

relacionadas a este magmatismo granítico, em especial no núcleo do maciço, como a

presença de enclaves graníticos das rochas de borda e filões pegmatoidais, de composição

quartzo-feldspática, com espessuras decimétricas a métricas (Figura 4.3 A e 4.3 B).

O MGPV está em contato com rochas interpretadas como metabasitos (Inda et al.

1976). Esses contatos são bem delimitados quando vistos em fotografias aéreas (Figura

4.2). Em alguns trechos o contato coincide com o padrão de drenagem existente (Figura

3.1). Em áreas onde as rochas do MGPV não são aflorantes, o contato pode ser inferido

através da diferenciação de coloração do solo onde as rochas máficas encaixantes resultam

em solos argilosos mais escuros, e as graníticas do MGPV geram solos mais claros e

arenosos.

4.2 FACIOLOGIA E PETROGRAFIA

A partir dos trabalhos de campo foram mapeadas as rochas do maciço e a sua

encaixante imediata. Foram selecionadas para o estudo petrográfico, 13 (treze) amostras

representativas das rochas identificadas em campo (Tabela 4.1). Com base na disposição

espacial das rochas, nas relações de campo, e na análise macrotextural, individualizou-se,

no MGPV, dois fácies: (i) fácies núcleo e (ii) fácies borda.

Os contatos entre as rochas dos diferentes fácies aqui propostos não foram

observados diretamente em campo, sendo inferidos a partir da distribuição espacial das

amostras. Localmente, como ocorre no ponto NS 3202 (Figura 4.3E), as rochas gradam de

estruturas isotrópicas (fácies núcleo) para texturas sugestivas de mistura de magmas,

típicas de fácies de borda. Isto sugere contatos gradativos entre os diferentes fácies

identificados (Figura 4.3E).

4.2.1 Fácies de Núcleo

Neste fácies, 3 (três) amostras foram selecionadas (NS 3196, NS 3203, e NS

3204). As rochas deste fácies representam cerca de 40% do MGPV e restringem-se á

porção central do corpo (Figura 4.1 e 4.4). São um conjunto de rochas monótonas, sendo

poucas as variações texturais e/ou modais observadas. Suas rochas são biotita

monzogranitos isotrópicos (Figura 4.5A), hololeucocráticas (Figura 4.5B), de coloração cinza

clara e/ou avermelhada, com textura fanerítica (Figura 4.3B e C). Em alguns afloramentos

foram observados autólitos sem formato definido e com a mesma mineralogia da rocha

hospedeira da fácies de borda (Figura 4.3F).

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Figura 4.3 - Aspectos macroscópicos das rochas do MGPV: (A) Filão pegmatoidal no

núcleo do maciço; (B) Filão pegmatoidal de composição quartzo-feldspática cortando

biotita granito;(C) Detalhe da estrutura isotrópica no biotita granito NS 3203; (D) Detalhe

da foliação do MGPV no fácies borda, que acompanha a foliação regional;(E) Feição

sugestiva de mistura de magmas na fácies de borda ;(F) Autólito das rochas de borda

aprisionado no fácies núcleo.

A B

C

D

NS 3196 NS 3204

NS 3203 NS 3198

NS 3202

E

NS 3204

F

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Figura 4.4 - Mapa geológico do MGPV, mostrando as divisões do maciço em fácies e suas encaixantes.

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Figura 4.5 - Diagrama Q-A-P proposto por Streckeisen (1976) para nomenclatura de

rochas plutônicas. (A) Mostra os campos para classificação das rochas (B) Diagrama

Q(A+P)M proposto por Streckeisen (1976)l. Q = Quartzo, A = Feldspato Alcalino +

Albita +, P = Plagioclásio (5-100% An). M = Somatório dos minerais máficos e

correlatos. 1A = quartzolitos ou silexitos; 1b = granitóides ricos em quartzo; 2 = álcali

feldspatos granitos; 3A = sienogranito; 3b = monzogranito; 4 = granodioritos; 5 =

tonalitos; 6 = álcali feldspatos sienitos; 6* = álcali feldspato quartzo; 7 = sienitos; 8 =

monzonitos; 9 = monzodioritos /monzogabros; 10 = dioritos/gabros10* = quartzo

dioritos/quartzo gabros.

A B

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Microscopicamente, essas rochas apresentam texturas hipidiomórficas a

xenomórficas, e inequigranulares. A mineralogia principal é dada pelo quartzo, microclina e

plagioclásio (andesina). A biotita ocorre como varietal ( 5% a 16%). Os minerais acessórios

são a apatita, o zircão e os minerais opacos.

O quartzo perfaz cerca de 33% do volume total da rocha. São cristais anédricos

com tamanhos variando entre 0,6 a 1,2mm. Sua extinção é ondulante e sua relação de

contato com o plagioclásio é do tipo curvo enquanto que com os cristais de biotita os

contatos são retos (Figura 4.6B).

O plagioclásio (andesina, teor de anortita 38-43 An%), representa em média 31%

do percentual total da amostra, sendo responsável pelo seu caráter inequigranular (Figura

4.6B). Os tamanhos estão variando entre 0,08 de 0,9 mm, embora, possuam tamanho

médio de 0,3 mm. São cristais subédricos a anédricos e geminados segundo a lei albita

Carlsbad. Incluem raramente cristais de apatita e zircão euédrico.

A microclina ocupa cerca de 28% do volume total da rocha. A geminação albita-

periclina sempre aparece nos cristais. Tem hábito subédrico e apresenta-se com tamanhos

variados entre 0,05 e 0,2 mm. Os contatos com os cristais de plagioclásios são do tipo

irregulares. Com a biotita, os contatos são curvos e por vezes retos (Figura 4.6B).

A biotita constitui uma média de 8% do volume total da rocha, tem cor marrom e

pleocroismo variando entre marrom escuro e verde escuro, ocorrendo como palhetas.

Apresentam tamanhos médios de 0,9 mm e seus contatos com os cristais de quartzo e com

os cristais de plagioclásio são curvos e retos.

O zircão representa menos de 1% do percentual total deste fácies, apresentando

tamanhos de aproximadamente 0,08mm. São euédricos e ocorrem como inclusões nos

plagioclásios e quartzo (Figura 4.6A). Os minerais opacos representam cerca de 1% do

volume modal dessas rochas, têm formas subédricas a anédricas e tamanhos variando

entre 0,01 e 0,2 mm. Tendem a ocorrer associados a biotita ou, bordejando os plagioclásios.

A apatita representa menos 1% do volume total da rocha, têm formas euédricas a

subédricas e estão inclusas na biotita e no plagioclásio (Figura 4.6A) com tamanhos

variando entre 0,01 e 0,04 mm.

4.2.2 Fácies de borda

O fácies de borda é a mais abundante do maciço, representando cerca de 60% do

volume total do corpo, e apresenta-se circundando o núcleo isotrópico, do qual difere por

apresentar estruturação gnáissica.

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Figura 4.6- Aspectos microscópicos do MGPV: (A) Cristal de quartzo com inclusões de

zircão e apatita; (B) Contatos irregulares entre o quartzo, plagioclásio e a microclina; (C)

Textura hipidiomórfica a xenomórfica no fácies núcleo; (D) Orientação da biotita no fácies

borda, luz polarizada; (E) Fenocristal de plagioclásio no fácies borda,o fácies luz plana; (F)

Microclina sericitizada nicóis cruzado.

A B

C D

0,5 mm

Qz Kf

Pl

0,5 mm

0,5 mm

0,5 mm

NS 3200 NS 3205

NS 3196 NS 3197

NS 3204 NS 3205

E F

0,5 mm 0,5 mm

Zr

Ap

Pl Kf

Qz

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A gnaissificação é marcada pela presença de faixas irregulares de material claro de

composição granítica e material escuro constituído predominantemente de mineral máfico.

Para avaliação deste fácies foram selecionadas sete amostras (3197,3198, 3200,

3201, 3202, 3205, 3194). Similarmente às rochas do núcleo as rochas deste fácies são

biotitas monzogranitos (Figura 4.5A), com textura fanerítica média, tonalidades variando

entre o cinza médio e o rosa avermelhado, e são leucocráticas a hololeucocráticas (Figura

4.5B). Em campo, essas rochas apresentam feições texturais complexas, que se

assemelham às texturas migmatíticas do tipo dobradas e schilieren e feições sugestivas de

mistura de magmas (Figura 4.3E).

Microscopicamente estas rochas, apresentam texturas xenomórficas a

hipidiomórficas. A mineralogia deste fácies é também muito monótona e idêntica à fácies

núcleo. O único máfico existente é a biotita. Minerais opacos, apatita e zircão são os

acessórios mais comuns nessas rochas.

Neste fácies o quartzo perfaz cerca de 32% do volume total da rocha. Ocorre como

cristais anédricos com dimensões variando entre 0,06 e 1,4 mm (Figura 4.6D). Seus

contatos são curvos e às vezes embainhados com o feldspato potássico (Figura 4.6E). Sua

extinção é ondulante, por vezes desenvolve textura em mosaico. Possui inclusões de zircão,

apatita e minerais opacos.

A microclina compõe entre cerca de 31% do volume total da rocha, tem formato

subédrico a anédrico e o tamanho dos cristais podem atingir até 1,2 mm. A relação de

contato com o quartzo e com o plagioclásio é do tipo curvo, já com a biotita, o contato é

predominantemente do tipo reto. Sua geminação é segundo a lei albita periclina (Figura

4.6F).

O plagioclásio é a andesina (38 % An), apresentando formato anédrico a subédrico,

e granulometria variando de 0,09 a 1,3 mm sendo portanto responsável pelo caráter

inequigranular da rocha (Figura 4.6C). Os cristais são geminados segundo a lei albita. A

relação de contato com os demais minerais da rocha são do tipo curvos e embainhados.

A biotita representa 9% em volume. Possui hábito lamelar, formas subédricas a

anédricas, e pleocroismo intenso, nas cores castanho claro a marrom escuro (Figura 4.6 D e

E). Por vezes encontra-se associada a minerais opacos e seu contato com os demais

minerais é reto e curvo. Neste fácies os cristas de biotita apresentam-se orientação

preferencial, que é responsável pela foliação macroscópica observada (Figura 4.6 E).

O zircão ocorre com menos de 1% do volume total da amostra. São cristais

subédricos e menores que 0,06 mm, exibindo bordas arredondadas, inclusos nos minerais

essenciais da rocha.

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A apatita representa cerca de 1% do volume total da rocha, com tamanhos variando

entre 0,04 a 0,16 mm. Ocorrem como cristais euédricos, inclusos no plagioclásio e no

quartzo.

Os minerais opacos representam cerca de 1% do volume total da rocha, ocorrendo

como cristais subédricos a anédricos que apresentam contatos curvos com o quartzo e com

o plagioclásio, e tamanhos variando entre 0,05 mm a 0,6 mm.

4.2.3 As Rochas Encaixantes do MGPV

O MGPV é circundado por rochas descritas por Inda et al.(1976) como metabasitos.

Essas rochas gradam para os gnaisses do Complexo Uauá que intercalam bandas escuras

e claras (Figura 4.7A) e apresentam próxima a este contato orientação preferencial N-S

seguindo o trend regional (Figura 4.7B). Para sua nomenclatura foi utilizado o diagrama para

rochas básicas proposto por Le Maitre et al. (1989) que permite classificá-las como

hornblenda gabros (Figura 4.8) melanocráticos.

Macroscopicamente são rochas equigranulares, com granulometria fanerítica

média, em cuja moda predominam anfibólios (hornblenda) (64%) e plagioclásio (andesina)

(31%). Subordinadamente ocorrem quartzo e minerais opacos.

A hornblenda é subédrica, em geral possui o hábito prismático, com prismas

alongados dando uma textura orientada a rocha. Seu tamanho atinge até 0,9 mm. O

pleocroismo vai de amarelo claro a verde escuro e seus contatos com o plagioclásio são

irregulares (Figura 4.7C).

O plagioclásio é a andesina (38% An), com cristais em geral subédricos, com

tamanho variando entre 0,02 a 0.09 mm e apresenta geminação albita (Figura 4.6D).

O quartzo é uma fase varietal a acessória ( ~3% do volume total da amostra) e

ocorre como cristais anédricos, com dimensões entre 0,2 e 1,1 mm, apresentando extinção

ondulante. Localmente, faz contato do tipo lobular com o plagioclásio e não está fraturado

como os demais minerais que compõem a rocha, sugerindo tratar-se de fase recristalizada.

Os minerais opacos representam menos de 1% do volume modal destas rochas.

Seu formato é subédrico, ocorrendo inclusos na hornblenda ou em contato embainhado com

o plagioclásio. Seus tamanhos estão variando entre 0,02 a 0,1 mm.

A apatita representa menos de 1% do volume total da amostra. Seu formato é

circular ocorrendo inclusas na hornblenda. Seus tamanhos são de aproximadamente 0,03

mm.

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Figura 4.7- Aspectos macroscópicos e microscópicos das rochas encaixantes do

MGPV.(A) Detalhe do bandamento do metabasito intercalando níveis feldspáticos e

máficos;(B) Visão geral do afloramento mostrando a orientação preferencial (N-S) que

acompanha a orientação regional; (C) Hornblenda de hábito prismático e textura

orientada; (D) Plagioclásio geminado fazendo contato curvo com a hornblenda;

A B

NS 3199 NS 3195

C

0,5 mm

D

0,5 mm

Pl Hb

NS 3193

NS 3199

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40

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Figura 4.8 - Diagrama classificatório Pl - Px - Hb (Le Maitre et al. 1989),

aplicado aos termos menos diferenciados das rochas básicas

encaixantes do MGPV.

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4.3 SUMÁRIO DA GEOLOGIA E PETROGRAFIA

O Maciço Granítico Pedra Vermelha é um corpo de forma circular, com

aproximadamente 30 Km2 que intrude os metabasitos do grupo Uauá. Esse corpo é cortado

por inúmeros veios quartzo-feldspáticos tardios, sem nenhuma direção preferencial.

Macroscopicamente as rochas do MGPV podem ser divididas em dois fácies em

função do caráter isotrópico e da aparente foliação gnáissica. No fácies de borda, existem

feições sugestivas de deformação e dobramentos que dão um aspecto gnassificado à rocha.

No fácies de núcleo, as rochas apresentam-se isotrópicas.

As rochas do MGPV tem coloração variando de cinza médio a rosa avermelhada,

textura fanerítica média a fina, com pórfiros de quartzo e feldspato e são ricas em biotita. Os

minerais essenciais são a apatita, zircão e os minerais opacos. Sericita, clorita e o epídoto

ocorrem de forma subordinada como minerais de alteração. Não foram observadas nestas

rochas fases minerais metamórficas.

Segundo a nomenclatura proposta por Streckeisen (1976), as rochas do MGPV

classificam-se como biotita-monzogranito e os metabasitos encaixados correspondem a

hornblenda-gabros.

A ordem de cristalização dos minerais no MGPV foi: zircão - biotita - plagioclásio -

feldspato potássico - quartzo.

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CAPÍTULO 5 - LITOGEOQUÍMICA

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5 LITOGEOQUÍMICA

Neste capítulo é abordada a química das rochas do MGPV, visando sua

caracterização. Para isso foram utilizadas as 13 (treze) amostras representativas da

petrografia das litologias identificadas do MGPV: sete do fácies borda (NS 3197, NS 3198,

NS 3200, NS 3201, NS 3202, NS 3205, NS 3194), três do fácies de núcleo (NS 3196, NS

3203, NS 3204) e três das encaixantes imediatas (NS 3193, NS 3195, NS 3199) (Tabela

5.1). Adicionalmente, foram incluídas as duas amostras (NS 1664, do núcleo e NS 1665, da

borda apresentadas por Rios et al.(2005), totalizando 15 amostras.

Nesta etapa foram analisados os elementos maiores (SiO2, TiO2, Al2O3, FeO,

Fe2O3, MnO, MgO, CaO, Na2O, P2O5) e menores ( Mo, Zr, Hf, Sc, Y, Th, La, Ce, Sr, Ba, Ni,

Cr, V, W, Zn, Cu, Pb, Co, Cd) por Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma de Argônio

Indutivamente Acoplado (ICP-OES), realizadas no laboratório de Plasma da UFBA.

5.1 ELEMENTOS MAIORES

Os elementos maiores foram utilizados: i) na nomenclatura e classificação das

rochas, ii) na construção de diagramas de variação, e iii) para avaliação da filiação

magmática.

5.1.1 Relação Álcalis x Sílica

Com base no conteúdo de SiO2 as rochas do MGPV são ácidas, apresentando

estreita variação (66-72% núcleo, 67-74% borda). As encaixantes metabasíticas são rochas

básicas, com SiO2 variando de 45-48% (Tabela 5.1).

O diagrama que relaciona o total de álcalis versus óxido de silício (TAS) foi

proposto para discriminar as rochas das séries magmáticas alcalinas das subalcalinas. Este

mesmo diagrama tem sido utilizado para nomenclatura química de rochas vulcânicas (Cox

et al.1979; Le Maitre et al.1989). Wilson (1989) adaptou o diagrama proposto por Cox et al

(1979) para nomenclatura de rochas plutônicas, onde apresenta uma divisão de campos

equivalentes ao conhecido diagrama QAPF (Streckeisen, 1976).

Utilizando este diagrama para o MGPV e suas encaixantes (Figura 5.1), observa-se

que, tanto as rochas da borda quanto as do núcleo situam-se predominantemente no

domínio das rochas sub-alcalinas, no campo dos granitos e granodioritos. A exceção é a

amostra NS3197 (borda) que se situa no domínio das rochas alcalinas.

As amostras da encaixante caem no campo dos gabros e tem tendência

subalcalina.

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Am

ostr

as

Fáci

es N

úcle

o Fá

cies

da

Bor

da

Enca

ixan

te

NS-

3196

N

S-32

04

NS-

3203

N

S 16

65*

NS-

3201

N

S-32

05

NS

1664

* N

S-32

02

NS-

3197

N

S-31

94

NS-

3198

N

S-32

00

NS-

3195

N

S-31

93

NS-

3199

SiO

2 72

,42

71,9

1 68

,49

66,8

74

,31

73,4

6 73

,00

72,7

9 71

,42

70,8

4 69

,43

67,7

3 48

,69

47,3

6 45

,47

TiO

2 0,

15

0,17

0,

27

0,63

0,

07

0,22

0,

25

0,15

0,

04

0,29

0,

29

0,45

1,

25

1,16

0,

88

Al2

O3

14,3

514

,81

16,5

5 15

,5

14,7

1 14

,74

14,4

14

,63

15,2

8 15

,07

15,5

0 15

,37

14,0

3 16

,51

15,1

7 Fe

2O3

1,39

1,

43

2,06

1,

8 0,

99

1,94

0,

51

1,58

0,

74

2,08

2,

90

4,30

14

,75

13,1

6 12

,75

MnO

0,

01

0,01

0,

02

0,07

0,

01

0,03

0,

03

0,03

0,

01

0,02

0,

02

0,05

0,

21

0,23

0,

20

MgO

0,

40

0,58

0,

86

1,9

0,33

0,

50

0,4

0,55

0,

20

0,61

1,

02

1,43

6,

41

6,47

9,

08

CaO

1,

56

1,96

2,

12

2,9

2,10

1,

95

1,6

2,99

0,

39

1,98

2,

02

3,06

9,

90

11,0

6 12

,45

Na2

O

4,67

4,

56

5,84

4,

5 5,

42

4,84

4,

5 4,

71

3,19

3,

83

4,61

4,

42

3,18

2,

20

1,52

K

2O

2,70

2,

70

1,70

1,

7 0,

99

2,68

3,

5 0,

82

7,23

4,

51

2,75

1,

39

0,53

0,

28

0,20

P

2O5

0,02

0,

01

0,09

0,

21

0,05

0,

05

0,05

0,

01

0,06

0,

10

0,17

0,

13

0,09

0,

12

0,05

P

F 0,

31

0,41

0,

41

0,49

0,

27

0,22

0,

26

0,39

0.

38

0,55

0,

41

0,45

0,

66

0,84

0,

12

TOTA

L 97

,99

98,5

598

,40

96,5

99,2

510

0,64

98,5

98,6

498

,56

99,8

899

,14

98,7

899

,70

99,3

997

,88

Parâ

met

ros

K2O

/Na2

O

0,58

0,

59

0,29

0,

38

0,18

0,

55

0,78

0,

17

2,26

1,

18

0,60

0,

31

0,17

0,

13

0,13

K

2O+N

a2O

7,

37

7,26

7,

53

6,20

6,

42

7,52

8,

00

5,52

10

,43

8,34

7,

36

5,81

3,

71

2,48

1,

72

K2O

/SiO

2 0,

04

0,04

0,

02

0,03

0,

01

0,04

0,

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Figura 5.1- Diagrama álcalis versus sílica aplicado as rochas do MGPV. Campos de

classificação química e nomenclatura das rochas ígneas plutônicas utilizando o total

de álcalis (Na2O+ K2O) versus sílica (SiO2), segundo Cox et al. (1979), adaptado para

rochas plutônicas por Wilson (1989). A curva subdivide os magmas das séries

alcalinas e subalcalinas.

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5.1.2 Com base na relação K2O x Na2O

A relação K2O x Na2O foi utilizada inicialmente por Milddelmost (1975), que definiu

critérios para evidenciar as características: potássicas [(Na2O–1)] < K2O < (Na2O – 0,5)];

sódicas [K2O< (Na2O – 0,5)]; e alto potássio [(K2O-1)>Na2O] (Figura 5.2). Entretanto, Le

Maitre et al. (1989) consideraram uma rocha como sódica quando a relação (2-Na2O) > K2O;

e potássica, quando (2-Na2O) < K2O, sendo esta a conceituação adotada neste trabalho.

Assim, de acordo com critérios apresentados por Le Maitre et al. (1989) as rochas

do MGPV e de seu embasamento imediato apresentam dualidade potássico sódica,

predominando os termos mais potássicos no fácies de borda (Figura 5.2).

5.1.3 Com base na relação K2O x SiO2

O diagrama que relaciona K2O versus SiO2 proposto por Peccerillo & Taylor (1976)

estabelece campos para separar as rochas das séries toleítica, cálcio alcalina e

shoshonítica (Figura 5.3). Com base nesta proposta as rochas do MGPV situam-se, na sua

maioria, no campo da serie cálcio alcalina. Posteriormente, Corriveau & Gorton (1993)

utilizaram esta mesma relação para individualizar os campos das rochas das séries

ultrapotássica, shoshonítica e cálcio alcalinas, considerando shoshoníticas rochas com [(1/7)

<(K2O/SiO2)<(1/3)]. De acordo com estas ponderações as rochas do MGPV caem

predominantemente no campo shoshonítico.

5.1.4 Com base nos óxidos de Al2O3, Na2O, K2O e CaO

Adotando a conceituação de Shand (1950), que utiliza as relações molares entre

os óxidos de alumínio, sódio, potássio e calcio foram definidos três grandes grupos de

rochas: (i) peraluminosas Al>(Na+K+Ca); (ii) metaluminosas (Na+K) < Al< (Na+K+Ca); e (iii)

peralcalinas Al < (Na+K).

Maniar & Piccoli (1989) utilizaram estas relações em um diagrama,

Al2O3/(K2O+Na2O) versus Al2O3/ (K2O+Na2+CaO). Nestas condições as rochas do MGPV,

caracterizam-se como sendo uma associação peraluminosa (Figura 5.4) enquanto suas

encaixantes caracterizam-se como metaluminosas.

5.1.5 Diagramas de variação

De forma usual, a proposta efetuada por Harker (1909), utiliza como índice o óxido

de silício (SiO2) contra os outros óxidos para visualizar as variações composicionais e a

evolução química em termos de elementos maiores. Contudo, devido à estreita variação de

SiO2 apresentada pelas rochas do MGPV e suas encaixantes é difícil definir um

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Figura 5.2 - Diagrama K2O versus Na2O, apresentando as diferentes propostas de

classificação para as rochas potássicas e sódicas. A reta correspondente a [K2O =

Na2O-2)] representa o limite entre as rochas sódicas e potássicas [(K2O>Na2O - 2]

segundo Le Maitre et al. (1989). As retas pontilhadas definem os domínios das rochas

fortemente potássicas (A) potássicas(B) e sódicas (C) segundo proposta de Middlemost

(1975).

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Figura 5.3 – Diagrama relacionando K2O versus Na2O, para distinção entre as

rochas das suítes potássicas e cálcio alcalinas. Perccerillo & Taylor (1976) definem

os campos das rochas shoshoníticas, cálcio alcalinas de alto K, cálcio alcalinas e

série toleítica. Corriveau & Gorton (1993) propõem a divisão dos campos das

rochas ultrapotássicas (A), shoshoníticas (B), e cálcio alcalinas(C).

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Figura 5.4 – Diagrama Al2O3/(Na2O + K2O) versus Al2O3/(CaO + Na2O + K2O)

de Maniar & Piccoli (1989) aplicado às rochas do MGPV.

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comportamento padrão, com grande dispersão das amostras para a maioria dos elementos

e distribuições sugestivas de duas tendências em alguns casos (Figura 5.5). Avaliando-se a

distribuição do TiO2, Al2O3, FeOt, MgO, e P2O5, nestes diagramas observa-se que

apresentam correlação negativa com a sílica. Estas evoluções sugerem fracionamento

progressivo nas fases máficas, óxidos ferro-titanados e apatita durante e evolução.

O K2O apresenta tendência de correlação positiva com a sílica, onde os membros

menos diferenciados são mais pobres nesses elementos. Na2O e CaO apresentam padrão

retilíneo, com certa dispersão para todas as amostras.

No caso das máficas que circundam o MGPV os padrões apresentam tendências

retilínea. Observa-se também um comportamento inverso, com correlação positiva para

TiO2, FeOt, Na2O, P2O5 e K2O e correlação negativa para MgO, Al2O3 e CaO.

Observa-se ainda nestes diagramas que não existe tendência evolutiva que

permita correlacionar às rochas máficas encaixante àquelas do MGPV.

5.2 ELEMENTOS MENORES E TRAÇOS

A tabela 5.2 apresenta os valores analíticos obtidos para os 19 elementos menores

e traços analisados neste estudo. Constata-se através dos resultados obtidos, que as

rochas do MGPV (67-74% de SiO2) apresentam conteúdos variáveis a elevados de Ba

(1961- 414 ppm), e Sr (508-159 ppm), e valores moderados a baixos para Zr (180-26 ppm) e

Cr (159- 40 ppm).

Co, Cd, W e Sc, contudo, não foram detectados na maioria das amostras do

MGPV, estando abaixo do limite de detecção (L.D) do equipamento (vide tabela 5.2). Mo, Y,

Th, Ni e Cu puderam ser detectados em apenas algumas amostras com valores

predominantemente próximos ao L.D.

Nas amostras do embasamento o comportamento dos traços foi similar, com

exceção do Co, que apresenta teores moderados (~ 48 ppm) e do elevado teor de Mo (136

ppm) observado na mostra NS 1395. Constatou-se ainda que, as amostras deste “anel

máfico” que circunda o MGPV apresentam teores mais elevados de Y e V e mais baixos Ba

e Sr.

Correlacionando-se os elementos menores e traços dosados com o óxido de silício

(Figura 5.6), observa-se que Ba, Sr, Ni, e Cr, apresentam comportamentos relativamente

compatíveis. A limitada quantidade de elementos traços analisados inviabilizou o uso de

spiderdiagramas para avaliação do comportamento dos elementos traços neste maciço.

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Figura 5.5 – Diagrama relacionando SiO2 e elementos maiores. A reta tracejada

representa a tendência evolucional do MGPV e de suas encaixantes.

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Figura 5.6- Diagramas relacionando SiO2 contra alguns elementos menores e

traços.

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5.3 SUMÁRIO DA GEOQUÍMICA

As rochas do MGPV são ácidas apresentando uma estreita variação em sílica (66-

72% núcleo, 67-74% borda).

As amostras analisadas posicionam-se no diagrama TAS no campo dos granitos e

granodioritos, sub-alcalinos. De acordo com o índice de alcalinidade elas apresentam uma

dualidade, sendo ora potássicas, ora sódicas. Essas rochas apresentam um caráter

peraluminoso.

Os diagramas de variação para elementos maiores, apresentam na maioria das

vezes duas tendências evolutivas, que são interpretadas como resultado de processos

assimilação de magmas.

Diversas características geoquímicas apontam para o MGPV uma afinidade

shoshonítica no sentido de Morrison (1980), dentre elas: os baixos conteúdos de titânio, e os

moderados valores de alumínio e fósforo. Estas rochas apresentam altos teores de Ba e Sr

e baixos teores de Zr, Nb e Yb, indicando que pertencem à série shoshonítica de Morrison

(1980). Os baixos teores de Zr e Nb reforçam que essas rochas não pertencem às séries

alcalinas clássicas.

Como na petrografia, não existem na geoquímica evidencias que suportem

diferenças significativas entre as rochas de borda e núcleo.

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CAPÍTULO 6 – DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

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6 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Os dados obtidos sobre o MGPV foram apresentados e tratados nos capítulos

anteriores. Neste capítulo serão efetuadas algumas considerações visando uma melhor

caracterização da filiação magmática e ambiência tectônica do MGPV.

6.1 FILIAÇÃO MAGMÁTICA

O conteúdo total de álcalis (Na2O+ K2O) é um importante parâmetro de

caracterização das séries magmáticas. Os diagramas utilizados no capítulo da geoquímica

(Figuras 5.2 e 5.3) revelam que as rochas do MGPV apresentam uma dualidade potássico

sódica, sendo o Na2O o álcalis mais abundante. No entanto, o MGPV também apresentou

um alto índice de saturação em sílica (67% - 74%). Morrison (1980) restringiu o termo

shoshonito para as séries de rochas saturadas em SiO2 e descreveu suas principais

características químicas.

A tabela 6.1, apresenta uma síntese dos parâmetros utilizados por Morrison (1980)

e Pearce (1983) para as rochas shoshoníticas, comparando-os com os valores

apresentados pelo MGPV e suas encaixantes, pelo maciço Itareru, um shoshonito típico do

NSer, e por Nordestina, um batólito TTG do NSer.

Nardi et al. (1985) resumem as características apresentadas por diversos autores

para as rochas da série shoshonítica, demonstrando que, apesar de similares

geoquimicamente as rochas cálcio alcalinas de arco continental, as rochas shoshoníticas

distinguem-se pelo enriquecimento acentuado em K, Ba, e Sr.

Conceição et al. (1996) utiliza conjuntamente as relações K2O-SiO2 e (K2O/SiO2)

para separar as rochas alcalinas das suítes potássicas daquelas das suítes shoshoníticas.

Estes autores demonstram que a evolução das rochas da série shoshonítica, como definidas

por Morrison (1980), mantém ao longo da diferenciação, razões K2O/Na2O próximas da

unidade. Por esse critério, as rochas do MGPV são caracterizadas como sendo da série

shoshonítica (Figura 6.1).

A figura 6.2 demonstra o comportamento do MGPV no diagrama proposto por

Rogers & Greenberg (1981), observando-se que os teores relativamente elevados os

colocam dentro ou no limite do campo dos granitóides da série shoshonítica.

Para o MGPV, a partir dos dados químicos apresentados e resumidos na tabela 6.1

e pela comparação com os autores supracitados, advoga-se um caráter shoshonítico.

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Figura 6.1 – Digrama correlacionando K2O/Na2O versus siO2, com os campos

definidos para as rochas shoshoníticas e rochas sieníticas com afinidades

ultrapotássicas, segundo Conceição et al.(1996).

Figura 6.2 – Diagrama discriminante usado na definição de séries magmáticas.

A área em cinza representa o campo das rochas granitóides da série shoshonítica

(Nardi, 1986), segundo a proposta Rogers & Greenberg (1981).

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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6.2 AMBIENTE TECTÔNICO

Utilizando os diagramas discriminantes tectônicos para rochas potássicas,

elaborados por Muller & Groves (1995), pode-se afirmar que, o magma que deu origem as

rochas do MGPV indica a presença de um evento subductivo, sendo compatível com a

ambiência orogênica do NSer e foram gerados no contexto geotectônico de arco pós

colisional a arco colisional (Figura 6.3 A e B).

No NSer as evidências sugerem uma zona de subducção “flip-ping” que representa

a transição entre dois regimes de subducção de orientação distinta.

Morrison (1980) relacionou o ambiente tectônico de rochas shoshoníticas à

evolução de um regime orogênico, onde estas rochas representam um magmatismo mais

jovem e ocorrem acima das porções mais profundas da zona de Benioff. A idade de 2.07Ga

apresentada por Rios et al. (2005) para as rochas do centro do MGPV reforçam uma

colocação tardi a pós tectônica.

6.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de macroscopicamente as rochas do MGPV sugerirem, em campo, a

existência de texturas e estruturas distintas que nos levaram a separar suas rochas em

fácies de borda e de núcleo, os estudos petrográficos em microscopia, apresentados no

capitulo 4, não apresentam evidencias que suportem caracterização distintas para sua

rochas e não foram observados contatos entre os dois grupos. Isto indica que,

provavelmente, as feições macroscópicas observadas, estão relacionadas a deformações e

interações com as encaixantes quando da colocação do pluton, que desta forma afetam

mais as rochas da borda, enquanto o centro do corpo mantém preservadas suas feições

originais.

As rochas do MGPV são constituídas dominantemente por monzogranitos com

colorações cinzenta e texturas porfiríticas hipidomórfica. Os macrocristais de quartzo e

plagioclásio ocorrem imersos em matriz composta essencialmente por quartzo, andesina

sódica, microclina e com quantidade subordinada de biotita. Evidencias de deformação ou

metamorfismo não foram constatadas.

O estudo do comportamento geoquímico do MGPV indica que estas rochas não

podem ser caracterizadas como pertencentes às séries alcalinas. Os diagramas

apresentados no capitulo 5 ilustram sua dualidade ora alcalino, ora cálcio alcalino,

condizente com sua natureza shoshonítica.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Figura 6.3 – Diagramas discriminantes tectônicos para rocha potássicas,

elaborados por Muller e Groves (1995). IP = Intraplaca; APC = Arco pós

colisional; AC = Arco colisional.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Em relação às rochas básicas que bordejam o maciço, estudos adicionais são

necessários antes que se possa discutir se elas foram colocadas antes ou ao mesmo tempo

em que o maciço.

Os dados obtidos e descritos no presente trabalho suportam a natureza

shoshonítica das rochas do MGPV. A presença dessa sequência peraluminosa , que sucede

as sequências shoshoníticas e alcalinas descritas por Rios (2002) e Rios et al. (2009)

reforçam a ocorrência dessas rochas após o estagio distensivo que levou a formação das

sequências shoshoníticas (Cansanção, Itareru, Euclides e Araras) e alcalino-potássicas

(Morro do Afonso, Agulhas Bananas, Pintadas) classificadas do NSer.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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CAPÍTULO 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO 1

FICHAS PETROGRÁFICAS

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3193

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Regi 03

453660

8854605

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Matabásica Encaixante do Granito

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente - Rocha de cor cinza escuro, com sulfetos associados, estrutura orientada. São inequigranulares.

Microscopicamente – Holocristalina, plagioclásio e a hornblenda encontram-se bastante fraturados.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Anfiból io - Hornblenda

A hornblenda representa cerca de 65 % do percentual da lamina, é verde, com pleocroismo variando entre verde escuro e amarelo

esverdeado, possui hábito prismático, orientada, Seus contatos são curvos em geral. Sua granulometria varia entre 0,3 e 0,9 mm.

Plagioclásio - Andesina

Representa 31% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico, de granulometria média, variando entre (0,7-1,3 mm), os

contatos entre o quartzo e a microclina é do tipo curvo. Possui geminação albita ou não ocorrem geminados.

MINERAIS

%

Anfibólio

65

Plagioclásio

31

Quartzo

2

Opacos

2

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q Q

A A+P

P M

TOTAL TOTAL

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70

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3193

Quartzo Representa apenas 2% do percentual da lamina, seu formato é anédrico, apresenta contatos lobular com o plagioclásio e com tamanho

variando entre 0,3 e 0,8 mm.

Opacos Representa apenas 2% do volume total da lamina, seu formato é anédrico, estão inclusos na hornblenda e contatos embaiados com o

plagioclásio tamanho variando entre 0,01 e 0,15 mm.

6 - NOME DA ROCHA

Gabro

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

26/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Textura holocristalina, nicois cruzado.

Foto- Contatos curvos entre plagioclásio e hornblenda.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3194

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Regi 04

450720

8854827

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopia- Rocha de cor cinza médio, inequigranular (contato), granulometria

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioclásio/ andesina Representa cerca de 38% da lamina, ocorre como cristais anédricos a subédricos, com tamanho variando entre 0,09 mm e 1,4

mm,. Possui contato irregular(curvo) entre cristais de quartzo. Apresenta geminação segundo a lei Albita. Apresenta

inclusões de biotita e zircão. Alguns cristais apresentam um maior grau de alteração, mantendo resquícios da geminação.

Quartzo Constitui cerca de 32% da lamina, apresentam-se como cristais anédricos, com tamanhos variando entre 0,8 a 1,6 mm,. O contato O

contato é lobular com o k-feldspato e ocorre em geral fraturado.Apresenta extinção ondulante.

Microcl ina Representa % do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico a subédrico, com tamanho variando entre 0,6 a 1,2

MINERAIS

FENOCRISTAIS

%

MATRIZ %

Plagioclásio

38

Quartzo

32

Microclina 20

Biotita

8

zircão

<1

Apatita <1 Opacos

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 35,55 Q 32

A 22,22 A+P 58

P 42,22 M 10

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

72

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3194

mm, seus contatos são curvos com o plagioclásio e com o quartzo e sua geminação é segundo a lei albita periclina,possui

baixo grau de fraturamento.

Biot i ta Representa cerca de 8% da lâmina, tem com marrom, seu formato e subédrico e ocorrem com palhetas , o contato é reto com os demais

minerais , alguns cristais ocorrem cloritizados, possuem uma leve orientação preferencial. Podem ser encontrados inclusos no plagioclásio

e no quartzo .

Zircão Está presente em menos de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio e no quartzo,

e seu tamanho predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,06mm.

Apati ta Ocorrem como prismas euédricos e perfazem menos de 1% do volume total da rocha, aparecem inclusos no quartzo e no plagioclásio, com

tamanho variando entre 0,015 mm a 0,09 mm.

Opacos Ocorrem como cristais subédricos, seu contato é curvo com o e com o plagioclásio e com o quartzo com tamanho variando entre 0,05 mm

a 0,6 mm. Aparecem também como inclusões nesse cristais.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – apatita- Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto - Inclusão da biotita e de minerais

opacos no quartzo, luz polarizada.

Foto - Inclusão da biotita e de minerais opacos

no quartzo, nicóis cruzados.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3195

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 01

448988

88547151

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Matabásica Encaixante do Granito

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente - Rocha de cor cinza escuro, com intercalação de anfibólio e plagioclásio, orientada.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Anfiból io - Hornblenda

A hornblenda representa cerca de 62 % do percentual da lâmina, com pleocroismo variando entre verde escuro a amarelo esverdeado,

possui hábito prismático com prisma alongados, orientada, Seus contatos são em geral curvos com os plagioclásios. Sua granulometria

varia entre 0,5 e 1,2 mm.

Plagioclásio- Andesina

Representa 35% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico, de granulometria média, variando entre (0,7-1,1 mm), os

contatos entre o quartzo e a microclina é do tipo curvo. Possui geminação albita ou não ocorrem geminados.

MINERAIS

%

Anfibólio

62

Plagioclásio

34

Quartzo

3

Opacos 2

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q Q

A A+P

P M

TOTAL TOTAL

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3195

6 - NOME DA ROCHA

Anfibolito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

26/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Contatos embaiados ente a hornblenda e o plagioclásio .

Foto – Orientação dos minerais.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

75

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3196

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 09

445246

8853347

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente - Rocha de cor cinza clara, maciça, fanerítica, isotrópica. Em campo foi classificada como monzogranito . Microscopicamente - Holocristalina

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Microcl ina Constitui cerca de 36% da lâmina, seus contatos são curvos e por vezes retos com o quartzo e feldspato, apresenta formato

subédrico, com inclusões de plagioclásio e geminação albita e albita periclina.

Quartzo

Constitui cerca de 32% da lamina, apresenta contatos curvos com os feldspatos e contato do tipo lobado e do tipo curvo com o

plagioclásio. Os grãos são equigranulares variando entre (0,1 -0,5)mm.

MINERAIS %

Microclina

36

Quartzo

32

Plagioclásio 26

Biotita

4

Apatita

1

Opacos

1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 34,04 Q 32

A 38,29 A+P 62

P 27,65 M 6

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3196

Plagioclásio

Representa 26% do volume total da lamina, os grãos tem formato anédrico a subédrico, de granulometria fina, variando entre

(0,2-0,7) mm, os contatos entre o quartzo e a microclina e do tipo curvo.

Biot i ta Representa menos de 5% do percentual da lâmina, sua cor é o marrom com pleocroismo variando entre marrom claro e marron escuro e

possui formato anédrico e seu tamanho varia entre 0,09 a 0,7 mm. Os contatos são geralmente retos.

Apati ta Representa cerca 1% do volume total da rocha , tem forma euédrico, está incluso na biotita e tem tamanho variando entre 0,02 e 0,04

mm.

Opacos Representa 1% do percentual da lâmina, tem forma subédrica e tamanho 0,02 e 0,04 mm, seus contatos são curvos entre os plagioclásios.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Zircão – apatita - Biotita – Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

12/11/2009

28/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto - Relação de contato entre os minerais.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3197

N m

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 11

446386

8852264

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopia: Cor cinza clara, granulometria média, afloramento com filões pegmatoidais

Microscopia: Textura inequigranular, hipidiomórfica a xenomórfica, holocristalina.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo Constitui cerca de 35% da lâmina, apresentam-se como cristais anédricos , com tamanho variando entre 0,09 a 0,7 mm, contatos

curvilíneos (arredondados), extinção ondulante.

Plagioclásio/ andesina Representa cerca de 25% da lamina, ocorre como cristais subédricos, com tamanho variando entre 0,12 e 0,5 mm . Possui.

Apresenta geminação segundo a lei Albita. Apresenta inclusões de biotita e zircão. Alguns cristais apresentam um maior

grau de alteração, mantendo resquícios da geminação.

MINERAIS

%

Quartzo

35

Plagioclásio

25

Microclina 20

Biotita

16

zircão

1

Apatita 2

Opacos

2

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 43,75 Q 35

A 25 A+P 45

P 31,5 M 20

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3197

Microcl ina

Representa 20% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico, com tamanho variando entre 0,06 a 0,7 mm, seus

contatos são curvos com o plagioclásio e com o quartzo e sua geminação é segundo a lei albita periclina, possui baixo grau

de fraturamento. Ocorre sericitizado em algumas zonas.

Biot i ta Representa cerca de 16% da lamina, tem com marrom, seu formato e subédrico e ocorrem como palhetas , o contato é reto com os demais

minerais , alguns cristais ocorrem cloritizados , (nas lamelas) e possuem uma leve orientação preferencial. Podem ser encontrados inclusos

no plagioclásio.

Zircão Está presente de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio, e seu tamanho

predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,06mm.

Opacos Ocorrem como cristais subédricos, seu contato é curvo com o e com o plagioclásio e com o quartzo com tamanho variando entre 0,05 mm a 0,10 mm.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão - Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto- Sericitização da microclina , nicóis cruzados.

Foto - Sericitização da microclina, luz plana.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3198

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 13

447356

88511601

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente – Amostra apresenta-se migmatizada, com foliação de N 205°

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioclásio Representa cerca de 38% da lamina, ocorre como cristais subédricos , com hábito prismático com tamanho variando entre

0,5 mm e 1,0 mm,. Possui contato irregular(curvo) entre os próprios cristais e o quartzo. Apresenta geminação segundo a lei

Albita. Ocorre sericitizado e fraturado. A mica branca ocorre preenchendo am lamelas do mineral. Apresenta inclusões de

biotita e zircão. Alguns cristais apresentam um maior grau de alteração, mantendo resquícios da geminação.

Quartzo Constitui cerca de 25% da lamina, apresentam-se como cristais anédricos e subédricos, habito prismático com tamanhos variando entre 0,8

a 1,6 mm,. O contato O contato é lobular com o k-feldspato e ocorre em geral fraturado.

Microcl ina Representa 25% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico a subédrico, com tamanho variando entre 0,6 a

MINERIAS

%

Plagioclásio

38

Quartzo

25

Microclina 25

Biotita

10

zircão

1

Opacos

1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 27,77 Q 25

A 27,77 A+P 65

P 44,44 M 10

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3198

1,2 mm, seus contatos são curvos com o plagioclásio e com o quartzo e sua geminação é segundo a lei albita periclina,possui

baixo grau de fraturamento.

Biot i ta Representa cerca de 10% da lamina, tem com marrom, seu formato e subédrico e ocorrem com palhetas , o contato é reto com os demais

minerais , alguns cristais ocorrem cloritizados , (nas lamelas) e possuem uma leve orientação preferencial. Podem ser encontrados inclusos

no plagioclásio.

Zircão Está presente de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio, e seu tamanho

predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,06mm.

Opacos Ocorrem como cristais subédricos, seu contato é curvo com o e com o plagioclásio e com o quartzo com tamanho variando entre 0,05 mm

a 0,6 mm.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Cloritização da biotita Foto – Microclina com biotita inclusa.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3199

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 14

447592

8850109

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Contato entre o granito e a encaixante

Tipo Litológico Nome do Corpo

Matabásica Encaixante do Granito

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente - Rocha de cor cinza escuro, orientada e inequigranulares.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Anfiból io - Hornblenda

A hornblenda representa cerca de 67 % do percentual da lamina, é verde, com pleocroismo variando entre verde escuro e amarelo

esverdeado, possui hábito prismático com prisma alongados ,orientada, Seus contatos são retos em geral e curvos com os plagioclásios.

Sua granulometria varia entre 0,2 e 0,9 mm.

Plagioclásio

Representa 30% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico, de granulometria média, variando entre (0,7-1,1 mm), os

contatos entre o quartzo e a microclina é do tipo curvo. Possui geminação albita ou não ocorrem geminados.

MINERAIS

%

Anfibólio

67

Plagioclásio

30

Quartzo

3

Opacos <1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q Q

A A+P

P M

TOTAL TOTAL

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

82

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3199

Quartzo

Representa apenas 3% do percentual da lâmina, seu formato é anédrico, apresenta contatos lobular com o plagioclásio e com tamanho

variando entre 0,3 e 0,8 mm.

Opacos Representa menos de 1% do percentual da lâmina, seu formato é subédrico, estão inclusos na hornblenda e fazem contato embaiados com

o plagioclásio, seus tamanhos estão variando entre 0,015 a 0,1 mm.

6 - NOME DA ROCHA

Gabro

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

26/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto - Contato entre hornblenda, o plagioclásio e o opaco

Foto – Hornblenda, bastante fraturada.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

83

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3200

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 15

446016

88513331

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopia: Amostra bastante mobilizada, inequigranular, cor cinza escura, granulometria média.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo Constitui cerca de 36% da lâmina, apresentam-se como cristais anédricos, habito prismático com tamanhos variando entre

0,05 a 1,6 mm,. O contato O contato é lobular com o k-feldspato.

Plagioclásio/ andesina

Representa cerca de 29% da lamina, ocorre como cristais subédricos , com hábito prismático com tamanho variando entre 0,3

mm e 1,0 mm,. Possui contato irregular (curvo) entre os próprios cristais e o quartzo. Apresenta geminação segundo a lei

Albita. Apresenta inclusões de biotita e zircão. Alguns cristais apresentam um maior grau de alteração.

MINERAIS

%

Quartzo

36

Plagioclásio

29

Microclina 22

Biotita

12

zircão

1

Apatita 2 Opacos

2

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 41,37 Q 36

A 25,28 A+P 51

P 33,33 M 13

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

84

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3200

Microcl ina

Representa 22% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico a subédrico, com tamanho variando entre 0,09 a

1,2 mm, seus contatos são curvos com o plagioclásio e com o quartzo e sua geminação é segundo a lei albita periclina,

possui baixo grau de fraturamento.

Biot i ta Representa cerca de 12% da lamina, tem com marrom, seu formato e subédrico e ocorrem com palhetas , o contato é reto com os demais

minerais , possuem uma leve orientação preferencial. Podem ser encontrados inclusos no plagioclásio.

Zircão Está presente de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio, e seu tamanho

predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,05mm.

Opacos Perfaz 2% do volume total da amostra, correm como cristais subédricos, seu contato é curvo com o e com o plagioclásio e

com o quartzo com tamanho variando entre 0,05 mm a 0,6 mm.

Apati ta Representa 2% do volume total da amostra, com tamanho variando entre 0,04 a 0,10 mm, ocorrem como cristais em prisma ,

inclusos nos plagioclásio e no quartzo.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Biotita orientada, nicóis cruzados. Foto- Biotita orientada luz plana

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3201

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 18

445119

8850551

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopia: Cor cinza a róseo de granulometria grossa, inequigranular intercalado com níveis máficos de biotita.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioclásio

Representa cerca de 36% da lâmina, ocorre como cristais subédricos , com hábito prismático com tamanho variando entre

0,35 mm e 1,0 mm,. Possui contato irregular (curvo) entre os próprios cristais e o quartzo. Apresenta geminação segundo a

lei Albita. Apresenta inclusões de biotita e zircão. Alguns cristais apresentam um maior grau de alteração.

Quartzo Constitui cerca de 25% da lâmina, apresentam-se como cristais anédricos, habito prismático com tamanhos variando entre

0,08 a 1,2 mm. O contato O contato é lobular com o k-feldspato.

Microcl ina

MINERAIS

%

Plagioclásio

36

Microclina

29

Quartzo 25

Biotita

9

zircão

1

Apatita 1 Opacos

1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 27,77 Q 25

A 32,22 A+P 65

P 40 M 10

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3201

Representa 29% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico a subédrico, com tamanho variando entre 0,09 a

1,3 mm, seus contatos são curvos com o plagioclásio e com o quartzo e sua geminação é segundo a lei albita periclina.

Biot i ta

Representa cerca de 9% da lâmina, tem com marrom, seu formato e subédrico e ocorrem com palhetas , o contato é reto com os demais

minerais , possuem uma leve orientação preferencial. Podem ser encontrados inclusos no plagioclásio.

.

Zircão

Está presente de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio, e seu tamanho

predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,06mm.

Opacos Ocorrem como cristais subédricos, seu contato é curvo com o e com o plagioclásio e com o quartzo com tamanho variando entre 0,05 mm a 0,6 mm.

- NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto- Minerais opacos incluso no plagioclásio

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3202

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 19

4440521

8852989

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopia: Coloração cinza escura variando para cinza claro, amostra de um suposto enclave, granulometria média.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo Constitui cerca de 40% da lâmina, apresenta contatos curvos com os feldspatos e contato do tipo lobado e do tipo curvo com o.

plagioclásio. Os grãos são equigranulares variando entre (0,1 -0,5)mm, seus cristais são anédricos e possui extinção ondulante.

Plagioclásio/ andesina Representa 34% do volume total da lamina, os grãos tem formato anédrico, de granulometria fina, variando entre (0,2-1,1)

mm, os contatos entre o quartzo e a microclina e do tipo curvo e sua geminação é segundo a lei albita.

Microcl ina

Constitui cerca de 20% da lâmina, com tamanhos variando entre 0,045 e 0,9, seus contatos são curvos e por vezes retos com

o quartzo e feldspato, apresenta formato subédrico, com inclusões de plagioclásio e sua geminação é segundo a lei albita e

albita periclina .

MINERAIS

%

Quartzo

40

Plagioclásio

34

Microclina 20

Biotita

6

zircão

<1

Apatita <1 Opacos

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 42,55 Q 40

A 21,27 A+P 54

P 36,17 M 6

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3202

Biot i ta

Representa menos de 6% do percentual da lâmina, sua cor é o marrom com pleocroismo variando entre marrom claro e marron escuro e

possui formato anédrico e seu tamanho varia entre 0,09 a 0,8 mm. Os contatos são geralmente retos.

Zircão

Está presente de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio, e seu tamanho

predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,06mm

Apati ta

Representa cerca 1% do volume total da rocha , tem forma euédrico, está incluso na biotita e tem tamanho variando entre 0,02 e 0,04

mm.

Opacos Representa 1% do percentual da lâmina, tem forma subédrica e tamanho 0,02 e 0,04 mm, seus contatos são curvos entre os plagioclásios

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – apatita -Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – quartzo com inclusão de zircão e apatita. Foto – Pertita em flâmulas.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3203

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 20

446575

8853238

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente - Rocha de cor cinza róseo (devido ao nível de alteração), maciça, fanerítica média, isotrópica, Em

campo foi classificada como monzogranito.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Plagioclásio

Representa cerca de 40% da lamina, apresenta contatos tipo curvo e irregulares com o quartzo e com a microclina, e seu

tamanho varia entre 0,2 a 0,6 mm, seu cristais exibem formas anédricas e a geminação desses cristais e segundo a lei albita e

albita Carlsbad.

Quartzo

MINERAIS %

Plagioclásio

40

Quartzo

30

Microclina 23

Biotita

5

Apatita

1

Opacos

1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 32 Q 60

A 24,73 A+P 63

P 43 M 7

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

90

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3203

Constitui cerca de 30% da lamina, apresentam-se como cristais anédricos, com tamanhos variando entre 0,2 a 0,5 mm, predominando em

torno de 0,38 . O contato com os feldspatos curvo e co o plagioclásio também e sua extinção é do tipo ondulante.

Microcl ina Representa 23% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico a subédrico, de granulometria fina, variando entre

(0,3-0,7) mm, os contatos entre o quartzo e o plagioclásio é do tipo curvo.

Biot i ta

Representa cerca de 5% da lâmina. Sua cor é o marrom com pleocroismo variando entre marron claro marron escuro e possui formato

subédrico, os contatos são geralmente retos, e com tamanhos variando entre 0,09 a 0,7.

Apati ta

Representa cerca 1% do volume total da rocha , tem forma euédrico, está incluso na biotita e no plagioclásio tem tamanho variando entre

0,01 e 0,04 mm.

Opacos Representa 1% do percentual da lâmina, tem forma subédrica e tamanho 0,01 e 0,2 mm, seus contatos são curvos entre os plagioclásios

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – Apatita - Biotita - Plagioclásio – Feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

12/11/2009

28/04/2010

Ana Fábia Mattos

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

91

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3203

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – contato entre a microclina e o quartzo.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3204

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 21

446477

8854347

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopicamente - Rocha de cor cinza avermelhado (devido ao nível de alteração) com granulometria média, maciça,

fanerítica média, isotrópica, Em campo foi classificada como monzogranito.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo Representa cerca de 38% da lamina, apresenta contatos tipo curvo e irregulares com o plagioclásio e com a microclina, e

seu tamanho varia entre 0,3 a 0,6 mm, seu cristais exibem formas anédricas e apresenta extinção ondulante.

Microcl ina Constitui cerca de 25% da lamina, apresentam-se como cristais anédricos a subédricos, com tamanhos variando entre 0,2 a 0,8 mm,. O

contato com os plagioclásios e tipo curvo apresenta geminação Albita Periclina.

Plagioclásio - Andesina Representa 29% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico, de granulometria média, variando entre (0,7-1,3

mm) , os contatos entre o quartzo e a microclina é do tipo curvo. Possui geminação albita ou não ocorrem geminados.

MINERAIS %

Quartzo

38

Microclina

25

Plagioclásio 29

Biotita

6

Apatita

1

Opacos

1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 41,34 Q 38

A 27,17 A+P 54

P 31,52 M 8

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3204

Biot i ta

Representa cerca de 5% da lâmina. Sua cor é o marrom com pleocroismo variando entre marron claro marron escuro e possui formato

subédrico, os contatos são geralmente retos, e com tamanhos variando entre 0,09 a 0,7

Apati ta Representa cerca 1% do volume total da rocha , tem forma euédrico, está incluso na biotita e no plagioclásio tem tamanho variando entre

0,01 e 0,04 mm.

Opacos Representa 1% do percentual da lâmina, tem forma subédrica e tamanho 0,01 e 0,2 mm, seus contatos são curvos entre os plagioclásios.

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: Zircão – Apatita - Biotita - Plagioclásio – Feldspato - Quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

12/11/2009

28/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto – Textura equigranular, holocristalina. Foto – Contato embaiado entre o quartzo a microclina.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3205

1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO

No de Campo Latitude Longitude Nome da Folha Geográfica (IBGE)

Pver 23

448244

88502701

SC-24-Y- B-III Monte Santo

Nº do Ponto Referências do Ponto

Tipo Litológico Nome do Corpo

Granito Pedra Vermelha

2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA

Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra

BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP

X X x X x x

BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais

3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS

Macroscopia: Cor variando entre cinza claro e cinza escuro, textura inequigranular com orientação da biotita. Granulometria

média.

5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS

Quartzo Representa cerca de 35% da lamina, ocorre como cristais anédrico, com tamanho variando entre 0,05 mm e 1,4 mm,. Possui

contato irregular(curvo) entre a microclina e o plagioclásio.apresenta extinção ondulante. Apresenta inclusões de minerais

opacos e apatita .

Microcl ina Constitui cerca de 29% da lâmina, apresentam-se como cristais anédricos e subédricos, com tamanhos variando entre 0,8 a 1,1 mm,. O

contato é lobular com o k-feldspato e ocorre em geral fraturado. Possui geminação segundo a lei albita periclina

MINERAIS

%

Quartzo

35

Microclina

29

Plagioclásio 26

Biotita

10

zircão

<1

Apatita <1 Opacos

<1

PARÂMETROS

QAP Q (A+P) M

Q 38,88 Q 35

A 32,22 A+P 55

P 28,88 M 10

TOTAL 100 TOTAL 100

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

95

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Ficha de Descrição PETROGRÁFICA

Nº da Amostra / Laboratório

NS 3205

Plagioclásio/ andesina Representa 26% do volume total da lâmina, os grãos tem formato anédrico, com tamanho variando entre 0,06 a 1,2 mm, seus

contatos são curvos com a microclina e com o quartzo e sua geminação é segundo a lei albita, possui baixo grau de

fraturamento e de alteração.

Biot i ta Representa cerca de 10% da lamina, tem com marrom, seu formato e subédrico e ocorrem com palhetas , o contato é reto

com os demais minerais , alguns cristais estão cloritizados, possuem uma leve orientação preferencial. Podem ser

encontrados inclusos no plagioclásio.

Zircão Está presente em menos de 1% da amostra total, ocorre como formato subédrico, semi arredondado e incluso no plagioclásio

e no quartzo, e seu tamanho predominante na amostra é de e aproximadamente entre 0,06mm.

Apati ta Ocorrem como cristais euédricos prismático, com tamanho variando entre 0,05 mm a 0,6 mm. Estão inclusos no quartzo no

plagioclásio.

Opacos Aparecem em menos de 1% no total da amostra. Ocorrem como cristais subédricos, seu contato é curvo com o e com o

plagioclásio e com o quartzo com tamanho variando entre 0,16 mm a 0,08 mm. Aparecem também inclusos no plagioclásio

6 - NOME DA ROCHA

Biotita-Granito

7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS

Ordem de cristalização: zircão - apatita - biotita - plagioclásio – feldspato - quartzo

8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE

Local Data de elaboração Data da última revisão Analista

06/11/2009

05/04/2010

Ana Fábia Mattos

9 - FOTOMICROGRAFIAS

Foto -Inclusão de apatita na microclina Foto – Orientação da biotita.

O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

96

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ANEXO II

MAPA GEOLÓGICO

97

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O Magmatismo Granítico no Núcleo Serrinha: Geologia, Petrografia e Litogeoquímica do Maciço Pedra Vermelha Trabalho Final de Graduação 2010.1 - Ana Fábia Miranda de Mattos

98