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O geoprocessamento é o processamento de dados georreferenciados por meio da detecção de padrões. Para isso são utilizadas técnicas matemáticas e computacionais para a análise da informação geográfica. São utilizadas análises estatísticas, métodos de interpolação e extrapolação, reconhecimento de padrões, mineração de dados, entre outros. O geoprocessamento vem influenciando de maneira crescente diversas áreas do conhecimento como a cartografia, transporte, comunicação, marketing, energia, planejamento urbano e regional, estratégias militares, biogeografia, epidemiologia, conservação, análise de recursos naturais, entre outras.O primeiro trabalho de geoprocessamento conhecido foi desenvolvido pelo Dr. John Snow em 1854 na zona do Soho em Londres. Essa região estava sendo assolada por um surto de cólera. Tentando identificar algum padrão nos casos da doença, Snow mapeou todos os casos detectados da doença na região. Como ainda era desconhecida a causa da Cólera, Snow tentou encontrar algum padrão para tentar identificar a causa da epidemia. Esse mapeamento permitiu a Snow localizar com precisão um poço de água contaminado como fonte causadora do surto.
Citation preview
Geoprocessamento aplicado a
Biologia
Ubirajara de Oliveira
2013
1
ndice
INTRODUO ................................................................................................................................................ 1
Princpios de Cartografia ........................................................................................................................ 5
Coordenadas e Projees Geogrficas ................................................................................................. 7
Escalas ........................................................................................................................................................ 11
GPS ............................................................................................................................................................. 12
Dados geogrficos - Arquivos vetoriais e matriciais ..................................................................... 13
Vetor ........................................................................................................................................................... 14
Raster ......................................................................................................................................................... 17
TUTORIAIS .................................................................................................................................................... 19
Determinando o sistema de coordenadas geogrficas em um SIG ............................................ 19
ArcGIS .................................................................................................................................................... 19
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 22
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 23
Adicionar camadas em um projeto .................................................................................................... 24
ArcGIS .................................................................................................................................................... 24
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 26
QuantumGIS ......................................................................................................................................... 27
Adicionando camadas vetoriais .................................................................................................. 27
Adicionando camadas matriciais ................................................................................................ 29
Classificando arquivos vetoriais em cores ....................................................................................... 30
ArcGIS .................................................................................................................................................... 30
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 36
Classificando arquivos matriciais em cores ..................................................................................... 40
ArcGIS .................................................................................................................................................... 40
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 44
Identificao de atributos e consulta de dados .............................................................................. 49
Consulta pontual ..................................................................................................................................... 49
ArcGIS .................................................................................................................................................... 49
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 50
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 51
Consulta a tabela de atributos ............................................................................................................ 52
ArcGIS .................................................................................................................................................... 52
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 55
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 56
2
Seleo de dados ..................................................................................................................................... 58
ArcGIS .................................................................................................................................................... 58
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 62
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 64
Arquivos vetoriais Criao ................................................................................................................ 65
ArcGIS .................................................................................................................................................... 65
Adicionando pontos de ocorrncias de bancos de dados ao projeto em um formato
vetorial. ............................................................................................................................................. 65
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 68
Criando arquivos vetoriais ........................................................................................................... 68
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 71
Criando pontos aleatrios .................................................................................................................... 72
ArcGIS .................................................................................................................................................... 72
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 73
Converso arquivos matriciais (Raster) ............................................................................................. 74
ArcGIS .................................................................................................................................................... 74
Raster to AscII .................................................................................................................................. 74
Raster to Polygon ........................................................................................................................... 75
Convertendo de arquivo de outros formatos para raster. .................................................... 76
AscII to Raster .................................................................................................................................. 76
Polygon to Raster ........................................................................................................................... 77
Point to Raster ................................................................................................................................. 78
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 79
Para converter para gridfile: ........................................................................................................ 79
Para converter um gridfile em outros formatos ..................................................................... 80
Convertendo um Grid em arquivo vetorial .............................................................................. 81
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 83
Convertendo arquivos matriciais para vetores ....................................................................... 85
Convertendo vetores para arquivos matriciais ....................................................................... 86
Layer to KML ............................................................................................................................................. 87
ArcGIS .................................................................................................................................................... 87
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 90
Convertendo um arquivo vetorial (shapefile) em kmz (arquivo do Google Earth) ....... 90
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 91
Reclassificao de arquivos matriciais .............................................................................................. 92
ArcGIS .................................................................................................................................................... 92
DIVA-GIS ............................................................................................................................................... 94
Reclassificando um raster ............................................................................................................. 94
3
Cortar camadas raster ............................................................................................................................ 95
ArcGIS .................................................................................................................................................... 95
Quantum GIS ........................................................................................................................................ 98
Mosaicar dados matriciais .................................................................................................................. 100
ArcGIS .................................................................................................................................................. 100
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 102
Unir mapas vetoriais ............................................................................................................................ 103
ArcGIS .................................................................................................................................................. 103
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 104
Cortar mapas vetoriais por uma forma ........................................................................................... 105
ArcGIS .................................................................................................................................................. 105
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 106
Associao de dados especializados ................................................................................................ 107
Associando dados vetoriais a dados matriciais. ........................................................................... 107
ArcGIS .................................................................................................................................................. 107
DIVA-GIS ............................................................................................................................................. 111
Relacionando bancos de dados espaciais ....................................................................................... 114
ArcGIS .................................................................................................................................................. 114
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 117
Interpoladores ....................................................................................................................................... 118
Interpolador de densidade Kernel .................................................................................................... 118
Buffer ....................................................................................................................................................... 120
ArcGIS .................................................................................................................................................. 120
Mltiplos anis de Buffer ............................................................................................................ 121
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 123
Calculo de mapas matriciais .............................................................................................................. 124
ArcGIS .................................................................................................................................................. 124
Raster calculator ........................................................................................................................... 124
DIVA-GIS ............................................................................................................................................. 125
Calculos matriciais (entre dois arquivos raster) ................................................................... 125
Criando conjuntos de camadas para clculos ........................................................................ 126
Calculos com conjuntos de camadas Stack ............................................................................ 127
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 128
Estatstica bsica de camadas matriciais ........................................................................................ 129
ArcGIS .................................................................................................................................................. 129
Funo Band Collection Statistics............................................................................................. 129
Anlise espacial de Componentes principais (PCA) ............................................................. 130
4
DIVA-GIS ............................................................................................................................................. 132
Construo de histogramas ........................................................................................................ 132
Regresso ........................................................................................................................................ 134
Regresso par a par entre diversos arquivos matriciais ..................................................... 136
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 137
Estatstica bsica ........................................................................................................................... 137
Variveis topogrficas ......................................................................................................................... 138
ArcGIS .................................................................................................................................................. 138
Orientao do Terreno ................................................................................................................. 139
Declividade do Terreno ............................................................................................................... 140
Curvas de nvel .............................................................................................................................. 141
Mapas de visualizao topogrfica .......................................................................................... 142
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 144
Declividade ..................................................................................................................................... 144
Aspecto ............................................................................................................................................ 145
Sombreamento .............................................................................................................................. 146
Rugosidade ..................................................................................................................................... 147
Relevo .............................................................................................................................................. 148
Curvas de nvel .............................................................................................................................. 149
DIVA-GIS ................................................................................................................................................. 150
Alterando arquivos ........................................................................................................................... 151
Georreferenciamento de dados matriciais ..................................................................................... 152
ArcGIS .................................................................................................................................................. 152
QuantumGIS ....................................................................................................................................... 156
DIVA-GIS ................................................................................................................................................. 158
Criando uma grade ........................................................................................................................... 159
Criando arquivo matricial ............................................................................................................... 160
Criando o centroide de uma forma .............................................................................................. 161
Mapas de riqueza .............................................................................................................................. 162
Criando o mnimo polgono convexo .......................................................................................... 164
ArcGIS ...................................................................................................................................................... 165
Utilizando as ferramentas do ArcGIS pelo ArcToolbox. ......................................................... 165
Personalizando as ferramentas da rea de trabalho do ArcGIS ............................................ 166
Automatizando tarefas repetitivas ............................................................................................... 168
Criando modelos ............................................................................................................................... 170
Quantum GIS .......................................................................................................................................... 173
Gerenciador de Complementos do Quantum GIS. .................................................................... 173
5
Sensoriamento remoto ........................................................................................................................ 176
Classificao de imagens de satlite............................................................................................ 177
Classificao supervisionada de imagens ............................................................................... 177
Criando pontos no ArcGIS .......................................................................................................... 179
Classificao no supervisionada ............................................................................................. 181
Apresentao de Mapas ....................................................................................................................... 182
ArcGIS .................................................................................................................................................. 182
Grades de coordenadas ............................................................................................................... 184
Incluindo a seta do Norte ........................................................................................................... 190
Inserindo escalas ........................................................................................................................... 192
Escala de texto ............................................................................................................................... 194
Legenda ........................................................................................................................................... 195
Inserindo textos............................................................................................................................. 199
Ttulo ................................................................................................................................................ 200
Inserindo mapas de referncia .................................................................................................. 201
Exportando o mapa ...................................................................................................................... 203
Quantum GIS ...................................................................................................................................... 205
Adicionando grade de coordenadas ........................................................................................ 208
WEBSITES .................................................................................................................................................... 209
1
INTRODUO
O geoprocessamento o processamento de dados georreferenciados por meio da deteco
de padres. Para isso so utilizadas tcnicas matemticas e computacionais para a anlise da
informao geogrfica. So utilizadas anlises estatsticas, mtodos de interpolao e extrapolao,
reconhecimento de padres, minerao de dados, entre outros. O geoprocessamento vem
influenciando de maneira crescente diversas reas do conhecimento como a cartografia, transporte,
comunicao, marketing, energia, planejamento urbano e regional, estratgias militares,
biogeografia, epidemiologia, conservao, anlise de recursos naturais, entre outras.
O primeiro trabalho de geoprocessamento conhecido foi desenvolvido pelo Dr. John Snow
em 1854 na zona do Soho em Londres. Essa regio estava sendo assolada por um surto de clera.
Tentando identificar algum padro nos casos da doena, Snow mapeou todos os casos detectados
da doena na regio. Como ainda era desconhecida a causa da Clera, Snow tentou encontrar algum
padro para tentar identificar a causa da epidemia. Esse mapeamento permitiu a Snow localizar com
preciso um poo de gua contaminado como fonte causadora do surto.
Mapa de registros de clera em Londres, crculo vermelho mostra o local do poo de gua contaminado.
As primeiras tentativas de se processar dados espaciais em computadores foram feitas nos
anos 50 na Inglaterra e nos Estados Unidos, com o objetivo principal de reduzir os custos e tempo
de produo e manuteno de mapas. Devido a precariedade da informtica, as pesquisas nessa
rea ainda eram muito incipientes, destinada a objetivos especficos de cada local, como pesquisa
em botnica na Inglaterra e estudos de volume de trfego nos Estados Unidos. Estes projetos
utilizaram os primrdios dos primeiros Sistemas de Informao Geogrfica.
2
Os Sistemas de Informao Geogrfica, GIS (sigla em Ingls para SIG), so programas de
computador que permitem realizar anlises de bancos de dados georreferenciados. Eles podem
integrar diversos bancos de dados especializando a informao, alm de realizarem clculos diversos
considerando o componente espacial. Um SIG um sistema de hardware, software, informao
espacial e procedimentos computacionais que permitem e facilitam a anlise, gesto ou
representao do espao e dos fenmenos que nele ocorrem.
No Canad na dcada de 1960, surgem os primeiros Sistemas de Informao Geogrfica
propriamente ditos. Esses sistemas foram desenvolvidos pelo governo para inventariar os recursos
naturais. No entanto, esses sistemas eram muito difceis de usar, no existiam monitores grficos, os
computadores eram muito caros e grandes e a mo de obra tinha que ser altamente especializada.
No existiam programas comerciais e havia a necessidade de cada interessado desenvolver seus
prprios programas, o que demandava muito tempo, dinheiro e restringia o uso desses sistemas aos
rgos governamentais.
Os computadores apresentavam uma capacidade de armazenamento e velocidade de
processamento muito baixas, o que limitava o avano dos SIGs. Nos anos 70 foram desenvolvidos
computadores menores e mais rpidos, tornando vivel o desenvolvimento de sistemas comerciais.
Nesse momento, ento, foi criado o termo Geographic Information System. Na dcada de 70
comearam a surgir os primeiros sistemas comerciais de CAD (Computer Aided Design, ou projeto
assistido por computador), que serviam para produo de desenhos e plantas para engenharia, e
tambm eram utilizados como sistemas de cartografia automatizada.
Nos anos 70 foram desenvolvidos fundamentos matemticos voltados para a cartografia,
incluindo questes de geometria computacional. Apesar desses avanos, os custos limitavam o
acesso aos SIGs apenas s grandes organizaes.
Com os avanos da informtica na dcada de 1980 e a popularizao dos computadores
pessoais houve um grande e acelerado crescimento no desenvolvimento dos SIGs. At ento o seu
desenvolvimento era limitado pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa
especfica sobre o tema. Os SIGs se desenvolveram enormemente devido a massificao da
informtica causada pelos avanos da microinformtica e do estabelecimento de centros de estudos
sobre o assunto. Nos EUA, a criao do centro de pesquisa NCGIA - National Centre for Geographical
Information and Analysis (NCGIA, 1989) marca o estabelecimento do Geoprocessamento como
disciplina cientfica independente.
A grande popularizao e reduo do custo das estaes de trabalho grficas, alm do
surgimento e evoluo dos computadores pessoais e dos sistemas gerenciadores de bancos de
dados relacionais levaram a uma grande difuso do uso dos SIGs. A incorporao de muitas funes
de anlise espacial proporcionou tambm um alargamento do leque de aplicaes de SIG.
Nos anos 90 o Geoprocessamento consolidou-se, definitivamente, como ferramenta de
apoio tomada de deciso, sendo utilizada por instituies governamentais, institutos de pesquisa
e grandes empresas. Houve um grande aumento no uso e nos aplicativos disponveis no mercado,
como o ArcGIS, AutoCAD MAPINFO, gvSIG, GRASS, dentre outros. Alm disso, esses aplicativos se
3
desenvolveram muito, agregando diversas funes em um mesmo sistema como: modelagem 3D,
analise espacial, processamento digital de imagens, etc.
Com o aumento no uso da internet, no fim da dcada de 90, os SIGs passam a utilizar servios
online e um novo tipo de programa que integra funes dos SIGs com o uso de dados online
desenvolvido. O popular Google Earth um programa desse tipo, alm dele, o prprio SIG ArcGIS
passou a integrar funes com dados online como imagens de satlite. Aps o surgimento de
programas como Google Maps do Google Earth e WikiMapia uma verdadeira revoluo se iniciou:
pessoas que at ento no tinham qualquer contato com ferramentas SIGs, passaram a ter acesso
e a utilizar esse tipo de ferramenta de qualquer lugar por meio de aplicaes que misturam imagens
de satlite, modelos 3D e GPS, sendo necessrio apenas uma conexo com a internet.
Com todos esses avanos, os SIGs se tornaram aplicativos mais simples e intuitivos, com
funcionalidades bsicas de consulta a mapas e a bancos de dados associados, alm de funes de
clculos complexos em uma plataforma mais amigvel. Os usurios j no precisam mais ser
especialistas, facilitando o acesso de pessoas no ligadas rea em questo. Tem-se ai um salto no
nmero de usurios, no surgimento de sites especializados e de revistas, etc. Fabricantes de celulares
comeam a lanar telefones equipados com GPS e programas de mapas. Montadoras fabricam carros
com sistemas de rastreamento por satlite e GPS para localizao nas ruas. A cada dia fica mais
comum o uso do Geoprocessamento.
Os SIGs podem ser utilizados para diversas finalidades, nas mais diversas reas do
conhecimento. Uma das funes mais bsicas de um SIG a de consulta. Como os bancos de dados
esto associados a formas ou pixels em um SIG, possvel consultar dados associados a uma dada
localidade no espao. Desta forma, assinalando um objeto pode-se consultar o valor dos seus
atributos, e inversamente, selecionando um registro do banco de dados possvel saber a sua
localizao e apont-la em um mapa. Os SIGs separam as informaes em diferentes camadas
temticas e as armazenam independentemente, permitindo trabalhar com elas de modo rpido e
simples, permitindo ao utilizador a possibilidade de relacionar a informao existente atravs da
posio e topologia dos objetos, com o fim de gerar nova informao. Os SIGs permitem, tambm,
compatibilizar a informao proveniente de diversas fontes, como informao de sensores espaciais
(deteco remota / sensoriamento remoto), informao recolhida com GPS ou obtida com os
mtodos tradicionais da Topografia.
Entre as principais questes que um SIG pode ajudar a responder:
Mapear: Gerar mapas temticos e ilustrar padres espaciais graficamente.
Localizao: localizar caractersticas (dados associados) a um lugar no espao. Ou
localizar espacialmente onde ocorre uma determinada caracterstica (dado).
Condio: Cumprimento ou no de condies impostas aos objetos.
Tendncia: Comparao entre situaes temporais ou espaciais distintas de alguma
caracterstica.
Rotas: Clculo de caminhos timos entre dois ou mais pontos.
4
Modelos: Gerao de modelos explicativos a partir do comportamento observado de
fenmenos espaciais.
Interpolao: Gerar uma superfcie com uma dada informao a partir de dados
incompletos ou espaados espacialmente.
Extrapolao: Realizar predies a partir de um conjunto de dados limitados.
No Brasil o geoprocessamento teve incio a partir do esforo de divulgao e formao de
pessoal feito pelo prof. Jorge Xavier da Silva (UFRJ), no incio dos anos 80. A vinda ao Brasil, em 1982,
de Roger Tomlinson responsvel pela criao do primeiro SIG (o Canadian Geographical Information
System), para participar do Congresso da Unio Geogrfica Internacional, no Rio de Janeiro, o que
incentivou o aparecimento de vrios grupos interessados em desenvolver tecnologia, entre os quais
podemos citar:
UFRJ: O grupo do Laboratrio de Geoprocessamento do Departamento de Geografia
da UFRJ, sob a orientao do professor Jorge Xavier, desenvolveu o SAGA (Sistema de Anlise
GeoAmbiental).
MaxiDATA: Os ento responsveis pelo setor de informtica da empresa de
aerolevantamento AeroSul criaram, em meados dos anos 80, um sistema para automatizao de
processos cartogrficos.
CPqD/TELEBRS: O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRS iniciou, em
1990, o desenvolvimento do SAGRE (Sistema Automatizado de Gerncia da Rede Externa), uma
extensiva aplicao de Geoprocessamento no setor de telefonia.
INPE: Em 1984, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espacias) estabeleceu um
grupo especfico para o desenvolvimento de tecnologia de geoprocessamento e sensoriamento
remoto (a Diviso de Processamento de Imagens - DPI). De 1984 a 1990 a DPI desenvolveu o SITIM
(Sistema de Tratamento de Imagens) e o SIG (Sistema de Informaes Geogrficas), para ambiente
PC/DOS, e, a partir de 1991, o SPRING (Sistema para Processamento de Informaes Geogrficas),
para ambientes UNIX e MS/Windows.
O Laboratrio de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG) da
Universidade Federal de Gois / Instituto de Estudos Scio-Ambientais (UFG/IESA) iniciou suas
atividades em 1995 (sob a orientao do professor Laerte Guimares Ferreira Jnior).
Lista de softwares SIGs.
Software Licena Plataformas Idiomas disponveis
Mapinfo Software proprietrio Windows Ingls ArcGIS Software proprietrio Windows Ingls GEOMEDIA Freeware Windows Ingls GRASS GNU Multiplataforma Ingls gvSIG GNU GPL Multiplataforma Ingls, Espanhol e Chins MapWindow MPL Windows Ingls Quantum GIS GPL Multiplataforma Ingls SPRING Freeware Multiplataforma Portugus e Ingls SAGA GIS GPL Multiplataforma Ingls iSmart Shareware Multiplataforma / Web Ingls TerraView GNU GPL Multiplataforma Portugus, Espanhol e Ingls
5
Princpios de Cartografia
Os mapas so uma representao da terra, ou seja, so modelos da realidade. Geralmente,
os mapas so representados em uma superfcie plana. Para produo de um mapa necessrio que
pontos do mapa sejam correspondes a pontos em um modelo de superfcie da terra. Esse
procedimento consiste na atribuio de coordenadas geogrficas aos pontos de um mapa. Uma
representao da Terra em um plano, inevitavelmente, ir apresentar deformaes, no sendo nunca
uma forma de representao idntica realidade. Assim, existem modelos mais ou menos precisos
para um determinado local na Terra. Para que possamos fazer um mapa, ns devemos: 1: adotar um
modelo matemtico que melhor represente a forma da Terra; 2: projetar os elementos da superfcie
terrestre sobre o modelo de representao selecionado; 3: Relacionar, pontos do modelo
matemtico de referncia ao plano de projeo, selecionando a escala e o sistema de coordenadas.
A superfcie terrestre irregular, no existindo, modelos matemticos capazes de represent-
la sem deform-la. A forma da Terra se assemelha mais a um elipsoide do que a uma esfera, pois o
raio da Terra no equador aproximadamente 23 km maior do que o raio da Terra que corta os polos.
Isso se deve ao movimento de rotao da Terra em torno do seu eixo. Mesmo assim, o elipsoide
ainda um modelo muito pouco preciso da superfcie terrestre, j que esta muito irregular com
diversos desnveis de relevo. O modelo que mais se aproxima da sua forma real o geiodal. Neste
modelo, a superfcie terrestre definida por uma superfcie fictcia que apresenta como base o nvel
mdio dos mares, apresentando irregularidades acima desse nvel na plataforma continental. O
geoide um modelo fsico da forma da Terra que apresenta potencial gravitacional constante, o
que, na prtica, coincide aproximadamente com o valor mdio do nvel do mar.
Trs modelos bsicos de representao da superfcie da Terra, o Geoide representado em tons de vermelho, amarelo e
azul; o Elipsoide representado pela linha vermelha e o Esfrico representado pela linha azul.
A superfcie do geoide mais irregular do que a do modelo elipsoide, mas consideravelmente
mais suave do que a superfcie real da Terra. Enquanto a Terra varia entre um mximo de 8.850 m
6
no Monte Everest) e um mnimo de -11.000 m nas Fossa das Marianas, o geoide varia apenas cerca
de 100 m alm da superfcie do elipsoide de referncia (aproximadamente o nvel do mar). Assim,
mesmo o geoide ainda um modelo muito imperfeito da realidade.
Para representar a Terra em um mapa, necessrio estabelecer uma superfcie de referncia
que ser utilizada para representa-la, assim adota-se um modelo matemtico para construo dessa
superfcie, como j foi dito, esse modelo pode ser um elipsoide ou um geoide. Sobre esta superfcie,
so necessrias as seguintes informaes: as dimenses do elipsoide de referncia melhor adaptado
regio a ser mapeada (ou seja, a dimenso do raio do equador e do raio polar), a sua orientao
no espao e a origem do sistema de coordenadas geodsicas referenciadas a esta superfcie. Com
este conjunto de informaes determinado o datum. Datum, (latim= dado, detalhe) em cartografia
se refere ao modelo matemtico de representao da superfcie da Terra utilizado em uma dada
representao da Terra (um mapa). De uma forma muito simplificada, o datum determina o ponto
de referncia a partir do qual ser feita a representao grfica dos paralelos e meridianos (que
servem como referencia para localizao dos pontos em um mapa), assim, toda a forma e posio
das representaes em um mapa dependem do seu datum. Existirem vrios datum em utilizao
atualmente, geralmente deve-se apresentar na legenda das cartas a indicao de qual o datum
utilizado. Atualmente, com o uso dos SIGs geralmente o datum de um arquivo de mapa est nos
metadados desse arquivo. A diferena entre os datum e que estes so baseados em modelos
matemticos distintos da forma e das dimenses da Terra e, alm disso, um fator adicional na
diferena entre os datum o da forma de projeo. Devido necessidade de se projetar um corpo
curvo e tridimensional, a Terra, num plano mantendo ngulos retos entre os meridianos e os
paralelos foram desenvolvidas diferentes formas de se projetar a superfcie da Terra em um plano.
A primeira abordagem de sucesso foi a famosa projeo de Mercator, em que a Terra transformada
num cilindro que toca a terra na linha do equador. Posteriormente surgiram outras em que um cone
intercepta a Terra em duas latitudes com pontos acima do polo, e outra ainda um cilindro tocando
na Terra numa determinada latitude ou longitude. Todas estas projees criam representaes
grficas diferentes, consequentemente, datum diferentes. Alm das projees geogrficas existem
tambm os chamados sistemas de coordenadas geogrficas, que so formas de representao que
no planificam a Terra nos seus modelos. A escolha entre um sistema de projeo geogrfica e um
sistema de coordenadas geogrficas depende da escala de trabalho, j que sistemas de projeo
geralmente tem grandes distores em representaes muito amplas, como a de um continente.
O elipsoide de melhor ajuste varia de acordo a localizao da rea a ser mapeada, por isto
que cada regio tende a adotar um datum especfico. No Brasil, at o final da dcada de 1970,
utilizava-se o elipsoide Internacional de Hayford e, Crrego Alegre-MG, como a origem das
coordenadas. A partir de 1977, passou-se a adotar o SAD-69 (Datum Sul-Americano), que apresenta
o vrtice Chu-MG como a origem das coordenadas, e como elipsoide de referncia o recomendado
pela Unio Astronmica Internacional, homologado em 1967 pela Associao Internacional de
Geodsia. Com o advento do GPS, tem sido comum o emprego do datum planimtrico global WGS-
84, cujo elipsoide geocntrico, sendo adotado para o mapeamento global, pois apresenta uma
7
preciso aceitvel para qualquer parte da Terra. A escolha do datum, portanto, depende dos
objetivos do trabalho no que se refere rea de trabalho e a preciso necessria. Por exemplo, se o
trabalho objetiva mapear uma rea pequena, como uma cidade, pode-se adotar um datum que
represente com grande preciso essa regio, como o SAD-69 para o sudeste do Brasil. Entretanto,
quando o objetivo do trabalho uma rea de maior abrangncia como Brasil ou Amrica do Sul,
deve-se pensar que datum muito especfico como o SAD-69 podem gerar distores no desejadas
em algumas regies do mapa. Como o datum SAD-69 tem como ponto de referncia o Chu, em
Minas Gerais, quanto mais distante desse ponto for uma dada rea do mapa (ex: Patagnia) maior
ser a distoro da representao dessa rea. Assim, para se mapear uma grande rea como a
Amrica do Sul, seria mais adequado o uso de um datum que minimizasse esse tipo de distoro
em grandes escalas, um bom exemplo de datum desse tipo o WGS-84. Claro que ao adotar esse
datum perdemos preciso local, mas se o objetivo do trabalho uma escala continental isso no
um problema. Assim a escolha de um datum depende dos objetivos e da escala do trabalho, pois
devemos balancear a preciso necessria com a escala de trabalho. fundamental ressaltar que essas
diferenas entre os data (plural de datum) podem gerar um problema quando combinamos mapas
que foram feitos em diferentes data. Um dado local no mapa pode no coincidir com o mesmo local
representado no outro mapa, assim esses mapas no iro se sobrepor adequadamente. Apesar dos
sistemas de coordenadas Crrego Alegre e SAD-69 serem prximos, a diferena de posicionamento
de um ponto entre eles pode variar entre 10 a 80 m, o que para alguns objetivos pode ser muito
problemtico. Nesses casos deve-se converter os mapas para o mesmo datum, o que pode ser feito
em um SIG.
Coordenadas e Projees Geogrficas
Para localizar qualquer lugar na superfcie terrestre de forma exata necessrio ter, no
mnimo, duas informaes, uma referente a posio no sentido leste-oeste e uma no sentido norte-
sul. Para isso, podem ser utilizados diferentes formas de representao numrica, que esto
relacionadas aos respectivos sistemas de coordenadas ou projees geogrficas adotados e os seus
respectivos datum. A forma mais simples de se expressar essas coordenadas geogrficas um plano
cartesiano, com um eixo X e um Y, essa forma de coordenadas utilizada em diferentes sistemas de
projeo geogrfica como a UTM. Entretanto a forma mais familiar de se representar uma posio
na Terra so as coordenadas geogrficas em uma esfera expressa em graus minutos e segundos.
Esse sistema de coordenadas geogrficas divide a Terra em fatias, e mede as distncias em ngulos,
por isso geralmente expresso em graus minutos e segundos, mesma forma de medida de ngulos
em geometria. Imagine que a Terra seja cortada ao meio na regio da linha do Equador, ento voc
observa uma das semiesferas olhando para o centro da Terra, voc iria observar um crculo e esse
pode ser dividido em 360, portanto teramos a as longitudes dadas pelos ngulos de cada
meridiano (linhas que delimitam as longitudes) a partir de uma linha de referncia, o meridiano de
Greenwich. Por conveno no so utilizados os 360 como medida de longitudes, as longitudes so
dividas em dois grupos de 180, um a leste de Greenwich e outro a oeste. Assim, os meridianos so
linhas semicirculares, isto , linhas de 180, portanto elas se estendem do Plo Norte ao Plo Sul.
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Agora imagine que a Terra seja dividida ao meio sobre o meridiano de Greenwich, ento voc
observa uma das semiesferas olhando para o centro da Terra, voc iria observar um crculo e esse
pode ser dividido em 360, portanto teramos a as latitudes dadas pelos ngulos de cada paralelo
(linhas que delimitam as latitudes) a partir de uma linha de referncia, o Equador. As latitudes so
expressas em valores que variam de 0 a 90 pois elas so a medida do ngulo entre o ponto de
interesse e o equador, sendo divididas em dois grupos um acima do equador (norte) e um abaixo
(sul).
Como tradicionalmente as medidas de ngulos so expressas em graus minutos e segundos,
as coordenadas geralmente tambm o so. Entretanto essa forma de expressar as coordenadas
utiliza medidas sexagesimal, o que, por no ser o sistema numrico padro utilizado, dificulta
clculos matemticos. Assim, geralmente os SIGs geralmente utilizam uma modificao da forma
de se expressar as coordenadas geogrficas, elas so transformadas em uma escala decimal, pois
esse o sistema numrico padro. Para essa converso basta realizar uma regra de trs, na qual os
minutos e os segundos so transformados em dcimos de grau.
Dentre os sistemas de projeo geogrfica, o mais utilizado a Universal Transversa de
Mercator (UTM) que corresponde a uma modificao da projeo de Mercator, onde o cilindro
secante colocado em posio transversa, ou seja, como se colocssemos um cilindro abraando a
Terra em cima de um meridiano. Este sistema foi adotado pela Diretoria de Servio Geogrfico do
Exrcito e pelo IBGE como padro para o mapeamento sistemtico do pas, sendo muito adotado
por gegrafos. O sistema constitudo por 60 fusos de 6 de longitude, numerados a partir do
antimeridiano de Greenwich, seguindo de oeste para leste at o encontro com o ponto de origem.
A extenso latitudinal est compreendida entre 80 Sul e 84 Norte. O eixo central do fuso,
denominado como meridiano central estabelece, junto com a linha do Equador, a origem do sistema
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de coordenadas de cada fuso. Cada fuso apresenta um nico sistema plano de coordenadas
(projeo em plano cartesiano), com valores que se repetem em todos os fusos. Assim, para localizar
um ponto definido pelo sistema UTM, necessrio conhecer, alm dos valores das coordenadas (x
e y, expressos em metros), o fuso ao qual as coordenadas pertenam, j que elas so idnticas de
em todos os fusos. Para evitar coordenadas negativas, so acrescidas constantes origem do sistema
de coordenadas. Assim na linha do Equador o valor 10.000.000 m, tendo valores decrescentes na
direo Sul. Enquanto na direo norte o Equador assume valor 0 m tendo valores crescentes nesta
direo. Para o eixo das abscissas assume-se o valor de 500.000 m para o meridiano central, com
valores crescentes do eixo das abscissas em direo ao leste e decrescentes na direo oeste. Como
conveno atribui-se a letra N para coordenadas norte-sul (ordenadas) e, a letra E, para as
coordenadas leste-oeste (abscissas). Um par de coordenadas no sistema UTM definido, assim, pelas
coordenadas (E, N).
Projeo cilndrica Transversa Mercartor, em amarelo a rea de contato do cilindro com a superfcie da Terra.
Devido sua extenso longitudinal, o territrio brasileiro possui por oito fusos UTM: do fuso
18, situado no extremo oeste, ao fuso 25, situado no extremo leste do Brasil. Como quase toda a
extenso latitudinal do territrio est situada no hemisfrio sul, as coordenadas situadas ao norte
da linha do Equador, que deveriam apresentar valores crescentes e sequenciais a partir do 0, de
acordo com a conveno atribuda origem do sistema de coordenadas, apresentam valores
crescentes e sequenciais a partir de 10.000.000 m, dando continuidade s coordenadas atribudas
ao hemisfrio sul.
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Representao dos 60 fusos de 6 de longitude do sistema UTM, numerados a partir do antimeridiano de Greenwich.
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Escalas
A escala a relao matemtica entre as dimenses do objeto real e as do desenho que o
representa. Assim, as escalas de um mapa representam a relao entre as distncias na realidade e
as distncias em um mapa. Como geralmente o que desejamos so representaes reduzidas da
realidade, dificilmente utilizamos a escala natural, de 1:1, em que os objetos so representados em
seu tamanho natural. Geralmente ns utilizamos a escala reduzida, que representa de forma reduzida
a realidade. Assim, para se conhecer o valor real de uma dimenso no mapa necessrio multiplicar
a medida do plano pelo valor do denominador da escala, por exemplo, em uma escala 1:5000 cada
unidade do mapa representa 5000 unidades da realidade. Desta forma a escala no tem unidade,
uma medida de proporo as unidades podem ser centmetros, milmetros, etc. De uma forma geral,
as escalas podem ser consideradas grandes (entre 1:1.000 a 1:50.000); mdias (entre 1:100.000 a
1:1.000.000) ou pequenas (no mnimo 1:2.000.000), assim, escalas grandes, com maior preciso da
representao, apresentam os denominadores menores, enquanto escalas pequenas, com menor
preciso e maior simplificao, apresentam denominadores maiores. Escalas como 1:1000000,
1:500000, 1:250000, 1:100000 ou 1:50000, em geral, so usadas para mapas de continentes, e pases,
como: Brasil, EUA, Canad e etc. Escalas como 1:25000, 1:10000, 1:2500 so utilizadas em cidades,
bairros e ruas, para estudos de mais preciso.
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GPS
O sistema de posicionamento global, popularmente conhecido por GPS um sistema de
localizao e navegao por satlite que fornece as informaes relativas a posio geogrfica. Um
receptor mvel, chamado popularmente de GPS utilizado para captar o sinal de no mnimo quatro
satlites GPS, a partir desse sinal o receptor calcula a sua posio por meio de clculos de
triangulao. Encontram-se em funcionamento dois sistemas de navegao por satlite: o GPS
americano e o GLONASS russo. Existem tambm dois outros sistemas em implementao: o Galileo
da Unio Europeia e o Compass chins. O sistema americano detido pelo Governo dos Estados
Unidos e operado atravs do Departamento de Defesa. Inicialmente o seu uso era exclusivamente
militar, estando atualmente disponvel para uso civil gratuito. O sistema de GPS consiste numa
constelao de 24 satlites. Cada um circunda a Terra duas vezes por dia a uma altitude de 20.200
quilmetros e a uma velocidade de 11.265 quilmetros por hora, assim, a qualquer momento, pelo
menos 4 deles esto visveis de qualquer ponto da Terra. At o ano 2000 o departamento de defesa
dos EUA impunha a chamada disponibilidade seletiva, que consistia em um erro induzido ao sinal
do GPS, isso impossibilitava que aparelhos de uso civil operassem com preciso inferior a 90 metros.
Existem diferentes receptores GPS, que atendem a diferentes usos como na Geodsia,
Topografia e Navegao. A diferenciao entre essas categorias, principalmente devido preciso
alcanada, ou seja a margem de erro na posio dada pelo GPS. Sendo os mais acurados, com valores
na casa dos milmetros, os receptores Geodsicos so capazes de captar as duas frequncias emitidas
pelos satlites (L1 e L2). Os topogrficos, que tem caractersticas de trabalho semelhantes categoria
anterior, porm somente captam a portadora L1, tambm possuem elevada preciso, geralmente na
casa dos centmetros. Ambas as categorias tem aplicaes tcnicas, e caractersticas prprias como
o ps-processamento dos dados coletados em campo, no informando o posicionamento
instantaneamente. Alm, claro, dos GPS de navegao, que embora possuam menor preciso de
posicionamento, tem inmeras vantagens como o baixo custo e inmeras aplicaes.
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Dados geogrficos - Arquivos vetoriais e matriciais
Tradicionalmente os mapas eram feitos de forma manual por representaes feitas a mo.
Bancos de Dados Geogrficos: So banco de dados preparados para armazenar dados sobre
informaes espaciais.So comumente chamados de Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG).
Este tipo de banco de dados tem o intuito manipular um imenso volumes de informaes de grande
complexidade, como mapas e imagens de satlite.
Tipo de Feio Estrutura Exemplos de Representao
ponto dados vetoriais Escolas, aeroportos, hospitais, coordenadas, etc.
linha dados vetoriais Rios, estradas, linhas de transmisso, etc.
polgono dados vetoriais Municpios, estados, Unidades de Conservao (UC), etc.
raster dados matriciais Mapas topogrficos, imagens de satlite, etc.
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Vetor
Imagens vetoriais so descries geomtricas de formas, e so normalmente compostas por
curvas, elipses, polgonos. Na sua construo so utilizados vetores matemticos para descreverem
as formas. A cor de uma dada forma, um polgono, armazenada na forma e no em pixels como
na imagem matricial.
Cada linha em um desenho vetorial possui ns, e cada n possui alas para manipular o
segmento de reta ligado a ele.
Duas imagens de um co, em A uma imagem matricial enquanto em B uma imagem vetorial. A imagem vetorial gera uma
simplificao maior da realidade que a imagem matricial.
Como esses grficos so baseados em vetores geralmente resultam em arquivos menores e
mais rpidos de serem processados por um computador. Essas imagens no perdem qualidade ao
serem ampliados, j que o ajuste da escala feito por funes matemticas, o que no ocorre com
as imagens matriciais. Nos desenhos vetoriais possvel isolar segmentos de linhas, polgonos ou
pontos, tratando-os independentemente.
Observe que mesmo com o aumento dessa rea neste mapa vetorial no h perda na resoluo, no se formam quadrculas,
isso porque o arquivo vetorial definido por vetores matemticos e no pixels como o arquivo matricial.
Essas imagens vetoriais tambm so utilizadas no geoprocessamento para descrever mapas.
Os mapas podem apresentar formas de pontos, linhas ou polgonos, que podem representar, por
exemplo, pontos de coleta, rios e lagos, respectivamente. O arquivo vetorial mais utilizado em
geoprocessamento o arquivo Shapefile que tem a extenso shp. Esse arquivo no nada mais do
que uma imagem vetorial georreferenciada e ligada a uma tabela (banco de dados). Por isso, quando
A B
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salvamos ou copiamos um arquivo vetorial Shapefile geralmente so salvos trs arquivos, um com
a extenso shp que a imagem, um dbf que o banco de dados no formato Dbase e um shx que
tem a informao da posio da imagem, coordenadas geogrficas. Em alguns casos podem existir
at cinco arquivos que esto relacionados complexidade da informao presente no Shapefile.
Nesse arquivo, para cada forma (ponto, segmento de linha ou polgono) h um dado atrelado,
representado por uma linha na tabela de atributos do arquivo. Assim, possvel resgatar
informaes que estejam nesse banco de dados a partir de uma posio espacial, por exemplo, um
ponto pode conter informaes como: data da coleta, observaes, valores de medidas tiradas em
campo, etc. O Shapefile ento guarda basicamente trs informaes: a forma, o lugar e os dados; e
essas informaes podem ser consultadas em um SIG.
A figura mostra a tabela de atributos associada ao arquivo vetorial Shapefile, essa tabela pode trazer diversas informaes relativas as
feies do mapa, ponto, linha ou polgono. Neste mapa cada linha da tabela de atributos est associada a um pas representado no mapa.
Aqui esto representados os trs tipos de arquivos vetoriais utilizados em geoprocessamento, o arquivo de ponto, linha e polgono
respectivamente. Os pontos representam as cedes dos municpios do Brasil, as linhas os principais rios e os polgonos os estados do Brasil.
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Um arquivo vetorial do formato Shapefile, pode apresentar diversos arquivos com diferentes extenses para
comp-lo, assim segue uma breve descrio da funo de cada extenso:
. Shp-O principal arquivo que armazena a geometria do recurso; necessrio.
. Shx-O arquivo de ndice que armazena o ndice do geometry feature; necessrio.
. Dbf-A tabela dBASE que armazena as informaes de atributo de recursos; necessrio.
Existe uma relao de um para um entre a geometria e atributos, que baseado no nmero de registo.
Registros de atributo no arquivo dBASE deve estar na mesma ordem que os registros no arquivo principal.
. SBN e. SBX-Os arquivos que armazenam o ndice espacial das caractersticas.
. FBN e. FBX-Os arquivos que armazenam o ndice espacial das caractersticas de shapefiles que so somente
leitura.
. E ain. Aih-Os arquivos que armazenam o ndice do atributo dos campos activos em uma tabela ou tabela
de um tema atributo.
. Atx-Um arquivo. Atx criada para cada atributo ndice shapefile ou dBASE criado em ArcCatalog. ArcView
3.x ndices de atributos para shapefiles e arquivos de dBASE no so utilizados pelo ArcGIS. Um modelo de
indexao novo atributo foi desenvolvido para shapefiles e arquivos do dBASE.
. IXS Geocoding-ndice de leitura / gravao de shapefiles.
. MXS-Geocodificao ndice de leitura / gravao shapefiles (formato ODB).
. Prj-O arquivo que armazena as informaes do sistema de coordenadas; usado por ArcGIS.
. Xml Metadados para ArcGIS-armazena informaes sobre o shapefile.
. CPG-um arquivo opcional que pode ser usado para especificar o codepage para a identificao do
characterset a ser usado.
Cada arquivo deve ter o mesmo prefixo, por exemplo, roads.shp, roads.shx e roads.dbf.
Ao visualizar shapefiles no ArcCatalog (ou qualquer outro programa ArcGIS), voc s vai ver um arquivo que
representa o shapefile, no entanto, voc pode usar o Windows Explorer para exibir todos os arquivos dos
associados com um shapefile. Ao copiar shapefiles, recomendado que voc faa isso em ArcCatalog ou
usando uma ferramenta de geoprocessamento. No entanto, se voc copiar um shapefile fora ArcGIS,
certifique-se de copiar todos os arquivos que compem o shapefile.
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Raster
Imagens matriciais, ou simplesmente raster (ou bitmap, que significa mapa de bits em ingls)
so imagens que contm um, ou alguns, valores de descrio de cada pixel (quadrcula), em oposio
aos grficos vectoriais. Ou seja, so matrizes de valores, essas matrizes podem descrever diversos
tipos de dados, o tipo mais familiar so as fotografias. Uma fotografia em escala de cinza
simplesmente uma matriz com valores que variam do 0 (branco) ao 255 (preto). Um raster pode ser
monocromtico, em escala de cinza apresentando apenas uma matriz de pixels. Nas coloridas os
pixels so formados no padro RGB, do ingls Red, Green, Blue, que utiliza trs matrizes de valores
de nmeros inteiros para representar as cores vermelho, verde e azul, sendo que cada matriz varia
entre 0 e 255. Sendo que ainda podem existir imagens no padro RGBA, quando o formato possui
quatro matrizes, apresentando alm das anteriormente descritas a de transparncia (sendo A o nvel
de alfa de cada pixel).
Uma mapa da Amrica do Sul em formato matricial (Raster) com o aumento da imagem pode-se visualizar os pixels que
formam a imagem, cada pixel assume uma cor pois apresenta um determinado valor na matriz.
Como essas imagens so baseadas em matrizes (pixes), para que possuam uma boa resoluo
so necessrios muitos pixels, ou seja, quanto maior o nmero de pixels para uma mesma rea maior
ser a resoluo. Isso significa que uma imagem com alta resoluo tem uma informao mais
precisa (mais prxima da realidade) e uma imagem de baixa resoluo apresenta grandes
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generalizaes, ou seja, mdias dos valores presentes na realidade, em uma dada rea (rea do pixel).
Dessa forma, geralmente esses arquivos so maiores e mais lentos de serem processados por um
computador. Entretanto, esses arquivos raster apresentam uma maior preciso da informao do
que um arquivo vetorial (que mais generalizado). Essas imagens perdem qualidade ao serem muito
ampliadas, j que formada por pixels de tamanho definido. Nos rasters possvel saber o valor
exato de cada pixel.
Essas imagens matriciais (raster) tambm so utilizadas no geoprocessamento para descrever
mapas. Os mapas podem apresentar dados obtidos de forma direta (sensores de satlites) ou de
forma indireta (dados interpolados ou convertidos). Existem diversos formatos de arquivos
matriciais: asc, bil, grid, tif, etc. Assim como nos arquivos vetoriais, muitas vezes um mapa descrito
por mais de um arquivo. Por isso, quando salvamos ou copiamos um arquivo raster geralmente so
salvos vrios arquivos. Um bom exemplo disso so os arquivos tif ou Geotif (forma mais adequada),
esses arquivos so imagens como as de uma cmera fotogrfica (formato TIF), mas apresentam
outros arquivos associados que informam a localizao (coordenadas) e os sistemas de coordenadas
geogrficas utilizado. Em alguns casos podem existir apenas um arquivo como o caso do arquivo
ASC II, que na verdade um arquivo de texto que apresenta a informao de cada pixel e as
coordenadas correspondentes. Muitas vezes os rasters guardam apenas uma matriz, o equivalente a
uma imagem em escala de cinza, outras vezes eles podem apresentar diversas matrizes, o
equivalente a uma imagem colorida (RGB ou RGBA). Ento esse arquivo guarda basicamente a
informao pixel a pixel, podendo existir uma ou algumas matrizes de valores associadas a ele.
Um raster multi banda na verdade so vrios arquivos matriciais, sendo que estes podem ser representados visualmente
nas trs cores, vermelho, verde e azul, ao mesmo tempo para que possamos visualizar a imagem.
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TUTORIAIS
Determinando o sistema de coordenadas geogrficas em um SIG
Antes de iniciar qualquer projeto em um SIG lembre-se de determinar o sistema de coordenadas
geogrficas que ser utilizado no projeto, pois isso ir evitar que as camadas no se sobreponham
caso tenham datum diferentes.
ArcGIS
1- Primeiramente clique com o boto direito do mouse em cima da Layer, que aparece no
campo lateral esquerdo da janela em Table of Contents, na aba que aparece clique no boto
propriedades.
2- Clique na aba superior Coordinate System.
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3- Agora voc dever escolher o sistema de coordenas ou o sistema de projeo geogrfica,
dependendo dos seus objetivos. No exemplo iremos escolher um sistema de coordenadas
geogrficas, devido a extenso da rea de trabalho, o Brasil.
4- Clique no sinal de + da pasta Predefined e depois no sinal de + da pasta Geographic
coordinate systems.
5- Agora voc dever escolher o datum que voc ir utilizar, esta escolha depende dos objetivos
do trabalho, j que ir determinar o grau de preciso do mapa e a escala de preciso. Como
iremos trabalhar com o Brasil, ns iremos adotar um datum global pois esse ter menores
distores para representar o Brasil todo. Assim, clique no sinal de + da pasta World.
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6- Como estamos trabalhando com o Brasil, que muito extenso, iremos adotar o datum WGS-
84. Para isso clique na opo WGS-84 e clique em OK.
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DIVA-GIS
Para determinar o sistema de coordenadas geogrficas e as unidades de medida utilizadas no
projeto do DIVA-GIS clique no menu Map e no item Properties. O sistema de coordenadas
padro do DIVA-GIS o WGS84.
No campo Projection escolha o tipo de projeo utilizada. Em Map Units escolha as unidades
utilizadas no mapa e em Distance Measurement units escolha as unidades de medida de
distncia no mapa.
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Quantum GIS
Antes de iniciar os trabalhos no Quantum GIS voc deve configurar o sistema de coordenadas
geogrficas do seu projeto caso contrrio o projeto ir assumir o sistema de coordenadas da
primeira camada adicionada ao mesmo.
1- No menu Configuraes clique em Propriedades do projeto.
2- Nessa janela escolha o sistema de coordenadas na aba Sistema de referncia de
Coordenadas.
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Adicionar camadas em um projeto
Agora que j definimos o datum do projeto podemos adicionar camadas a esse projeto. Com a
adio das camadas ser possvel gerar sobreposies de diferentes mapas, realizar anlises, gerar
mapas temticos entre outras coisas.
ArcGIS
1- Para adicionar uma camada voc deve clicar no boto Add Data . Aps clicar nesse
boto ir aparecer na tela uma caixa de dilogo para que voc busque o arquivo desejado.
Aps selecionar o arquivo clique no boto Add que se localiza no canto inferior direito da
caixa de dialogo. Caso voc deseje adicionar mais de um arquivo que esteja em uma mesma
pasta, voc pode selecionar mais de um arquivo clicando nos arquivos de interesse com a
tecla Ctrl pressionada, ou se quiser adicionar uma sequencia de arquivos clique no primeiro,
pressione a tecla Shift e clique no ltimo, assim voc poder adicionar diversos arquivos ao
mesmo tempo no projeto.
Ao adicionar uma camada no ArcGIS, os cones dos arquivos que aparecem na caixa de dilogo
indicam que tipo de arquivo est sendo adicionado.
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DIVA-GIS
1- Para adicionar arquivos vetoriais ou mesmo matriciais clique no menu Layer e no boto
Add layer.
Os formatos aceitos pelo programa aparecero no campo tipo na janela abaixo:
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QuantumGIS
Adicionando camadas vetoriais
1- Para adicionar uma camada vetorial clique no boto
2- Na janela abaixo pode-se optar pelo tipo de fonte da camada vetorial, ou seja, se voc prefere
buscar o arquivo vetorial, a pasta que contem esses arquivos ou o banco de dados.
Vamos optar por buscar o arquivo quando quisermos adicionar apenas um arquivo. Quando vrios
arquivos que se encontram em uma mesma pasta devem ser adicionados, pode-se optar por buscar
a pasta desejada.
3- Ao clicar no boto buscar a janela abaixo se abre, e nela sero visualizados apenas os
arquivos vetoriais suportados pelo QuantumGIS, como por exemplo os arquivos shapefile.
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A janela Adicionar camada vetorial reaparece, ento clique em Open.
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Adicionando camadas matriciais
Para adicionar camadas matriciais clique no boto .
A figura abaixo mostra o arquivo matricial adicionado ao projeto.
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Classificando arquivos vetoriais em cores
Em diversas situaes necessrio que se classifique um mapa, ou seja, que se d cores as formas
do mapa. Assim, possvel colorir de diferentes cores os diferentes estados do brasil, ou criar uma
gama de cores para indicar a variao de valores de uma dada varivel no espao. Com isso,
podemos fazer, por exemplo, um mapa em que os diferentes estados do Brasil possam ter
diferentes cores variando do verde ao vermelho, indicando quais estados apresentam maior ou
menor taxa de desmatamento.
ArcGIS
1- Adicione uma camada vetorial ao projeto.
2- Clique com o boto direito do mouse sobre a camada na aba Table of contentes e clique
em Properties ou ento d um clique duplo sobre a camada nessa aba.
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3- Clique sobre a aba Symbology, nessa aba, a esquerda, voc ter diversas formas de
classificar em cores o seu mapa, agora iremos explorar essas possibilidades:
4- Caso queira apenas mudar a cor do mapa todo, sem alterar as cores de cada forma do
mapa (no exemplo os estados do Brasil) clique, na aba Show em Features Single symbol.
5- No campo Symbol a direita da tela, clique sobre o retngulo com a cor, e escolha a cor
desejada.
6- Caso queira colorir formas que apresentem um dado identificador, como por exemplo o
nome dos estados, com cores diferentes, clique em Categories Unique values
7- No campo Value field escolha a coluna da tabela de atributos que apresente os valores
(nomes) que devem ser coloridos, assim cada palavra ou nmero diferente que aparecer
nessa coluna receber uma cor diferente.
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8- Clique no boto Add all values para adicionar todos os identificadores dessa coluna
(nmeros ou palavras nicos) caso queira que todos os valores recebam cores diferentes.
9- Caso queira que apenas alguns identificadores sejam coloridos com cores diferentes voc
pode clicar no boto Add values e escolher manualmente os valores desejados (OBS: ao
escolher os valores desejados, voc pode clicar no boto Complete list para visualizar
todos os valores existentes.
10- Os botes Remove e Remove all servem para exluir valores da classificao.
11- No boto Color ramp voc pode escolher uma gama de cores automticas. Caso queira
modificar as cores manualmente, clique sobre cada quadrado de cor que se encontra em
frente ao identificador (no caso nome do estado) na janela e escolha a cor desejada na
paleta de cores.
12- Clique em Ok para modificar as cores.
13- Utilizando para categorizar as cores o campo Unique values, many fields possvel
combinar diferentes campos das tabelas de atributos para colorir formas que apresentem
combinaes nicas desses campos. Por exemplo, se voc quiser saber qual o tamanho da
populao do estado e a taxa de desmatamento, voc pode combinar esses campos na
classificao. Assim estados que apresentarem a mesma populao e taxa de
desmatamento, sero coloridos com a mesma cor.
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A figura ilustra um mapa em que cada estado recebeu uma cor diferente.
1- No campo esquerdo Quantities Graduated colors voc pode classificar o mapa a partir
de intervalos de valores numricos presentes na tabela de atributos.
2- No campo Value escolha a coluna que contenha os valores numricos que sero
classificados.
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3- No lado direito da tela, em Classification escolha o nmero de categorias em Classes e a
forma de dividir os intervalos de valores no campo Classify, nessa opo possvel
escolher entre diferentes formas de classificao como os exemplos descritos abaixo:
-Natural breaks: Localiza os intervalos em que ocorre mudana abrupta de valores.
-Manual: O usurio determina os intervalos manualmente.
-Equal interval: Distribui os intervalos igualmente
-Defined interval: O usurio define um intervalo fixo de valores.
-Geometrical interval: utilizada uma curva geomtrica para determinar os
intervalos.
4- No boto Exclusion possvel excluir um determinado valor ou intervalo da classificao.
5- Em Color ramp escolha a gradao de cores desejada.
35
36
Quantum GIS
1- Adicione uma camada vetorial.
2- Clique com o boto direito do mouse sobre a camada na aba Camadas e clique em
Propriedades ou ento d um clique duplo sobre a camada nessa aba.
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3- Clique sobre a aba Estilo, nessa aba, a esquerda, no boto Smbolo simples... voc
ter diversas formas de classificar em cores o seu mapa, agora iremos explorar essas
possibilidades:
4- Caso queira apenas mudar a cor do mapa todo, sem alterar as cores de cada forma do
mapa (no exemplo os estados do Brasil) clique, na aba Smbolo simples.
5- A esquerda da tela, clique sobre o retngulo com a cor, e escolha a cor desejada.
6- Caso queira colorir formas que apresentem um dado identificador, como por exemplo o
nome dos estados, com cores diferentes, clique em Categorizado
7- No campo Coluna escolha a coluna da tabela de atributos que apresente os valores
(nomes) que devem ser coloridos, assim cada palavra ou nmero diferente que aparecer
nessa coluna receber uma cor diferente. Clique no boto Classifica.
8- No boto Cor de degrad voc pode escolher uma gama de cores automticas. Caso
queira modificar as cores manualmente, clique sobre cada quadrado de cor que se
encontra em frente ao identificador (no caso nome do estado) na janela e escolha a cor
desejada na paleta de cores.
9- Clique em Ok para modificar as cores.
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Abaixo voc pode visualizar o mapa classificado por categorias.
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10- No campo esquerdo Graduado voc pode classificar o mapa a partir de intervalos de
valores numricos presentes na tabela de atributos.
11- No campo Coluna escolha a coluna que contenha os valores numricos que sero
classificados.
12- No lado direito da tela, em Classes escolha o nmero de categorias, e em Modo
escolha a forma de dividir os intervalos de valores no campo Nessa opo possvel
escolher entre diferentes formas de classificao como os exemplos descritos abaixo:
-Quebras naturais: Localiza os intervalos em que ocorre mudana abrupta de
valores.
-Manual: O usurio determina os intervalos manualmente.
-Intervalo igual Distribui os intervalos igualmente
-desvio padro: O usurio define um intervalo fixo de valores.
40
Classificando arquivos matriciais em cores
Em diversas situaes necessrio que se classifique um mapa, ou seja, que se d cores as formas
do mapa. Assim, possvel colorir de diferentes cores os diferentes estados do brasil, ou criar uma
gama de cores para indicar a variao de valores de uma dada varivel no espao. Com isso,
podemos fazer, por exemplo, um mapa em que os diferentes estados do Brasil possam ter
diferentes cores variando do verde ao vermelho, indicando quais estados apresentam maior ou
menor taxa de desmatamento.
ArcGIS
1- Adicione uma camada matricial ao projeto.
2- Clique com o boto direito do mouse sobre a camada na aba Table of contentes e clique
em Properties ou ento d um clique duplo sobre a camada nessa aba.
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3- Clique sobre a aba Symbology, nessa aba, a esquerda, voc ter diversas formas de
classificar em cores o seu mapa, agora iremos explorar essas possibilidades:
4- A primeira opo na aba Show a Unique values, esta opo geralmente no ser
utilizada, pois a maioria dos rasters apresenta tantos valores nicos de pixels que no h
motivo para classifica-los assim. Entretanto, em alguns casos, quando temos poucos valores
nicos, podemos utilizar essa opo para exp-los.
5- Caso deseje classificar a imagem em intervalos de valores, escolha a opo Classified no
lado esquerdo da janela. No campo Quantities Graduated colors voc pode classificar o
mapa a partir de intervalos de valores numricos presentes na tabela de atributos.
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6- No lado direito da tela, em Classification escolha o nmero de categorias em Classes e a
forma de dividir os intervalos de valores no campo Classify, nessa opo possvel
escolher entre diferentes formas de classificao como os exemplos descritos abaixo:
-Natural breaks: Localiza os intervalos em que ocorre mudana abrupta de valores.
-Manual: O usurio determina os intervalos manualmente.
-Equal interval: Distribui os intervalos igualmente
-Defined interval: O usurio define um intervalo fixo de valores.
-Geometrical interval: utilizada uma curva geomtrica para determinar os
intervalos.
7- No boto Exclusion possvel excluir um determinado valor ou intervalo da classificao.
8- Em Color ramp escolha a gradao de cores desejada.
9- Caso no queira dividir as cores em categorias, pode-se optar pela opo Stretched essa
opo ir utilizar um dgrad de cores, ou seja, as cores iro variar assim como os valores
variam no mapa.
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10- No campo color ramp escolha o dgrad de cores desejado. Em labeling possvel criar
um dgrad personalizado.
11- No campo Type possvel determinar a forma de variao das cores, assim pode-se
evidenciar diferentes caractersticas dos dados. Em Histograms possvel criar um
histograma personalizado, na qual pode-se evidenciar determinadas faixas de valores dos
dados, como por exemplo, os intervalos mais baixos de valores.
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Quantum GIS
1- Adicione uma camada matricial.
2- Clique com o boto direito do mouse sobre a camada na aba Camadas e clique em
Propriedades ou ento d um clique duplo sobre a camada nessa aba.
3- Clique sobre a aba Estilo, nessa aba, a esquerda, no boto renderizar como banda
cinza simples.
4- Em Propriedades de bandas simples escolha em Mapa de cor a opo Mapa de cores.
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5- Em Nmero de classes determine o nmero de intervalos de valores que o mapa ser
classificado.
6- Em Modo de classificao possvel escolher entre diferentes formas de classificao
como os exemplos descritos abaixo:
-Quebras naturais: Localiza os intervalos em que ocorre mudana abrupta de
valores.
-Manual: O usurio determina os intervalos manualmente.
-Intervalo igual Distribui os intervalos igualmente
-desvio padro: O usurio define um intervalo fixo de valores.
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7- Agora clique em Classificar. Clique em Ok para aplicar a classificao.
8- Caso deseje modificar o padro das cores clique em cada cor e a altere na paleta de cores.
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Abaixo a figura ilustra a classificao das cores em um mapa de altitude.
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Identificao de atributos e consulta de dados
Um mapa em um SIG no guarda apenas as formas do mapa, mas tambm dados associados
a esses mapas, no caso de arquivos vetoriais esses dados esto na tabela de atributos do Shapefile
e podem ser consultados de diferentes formas. No caso dos arquivos matriciais, na maioria das vezes,
no h tabela de atributos, assim h apenas uma informao de valor numrico relacionada a cada
pixel. Em arquivos matriciais multi-banda podem existir mais de um valor numrico relacionados a
um nico pixel.
Consulta pontual
ArcGIS
Para realizar uma consulta pontual dos dados em um mapa deve-se utilizar a ferramenta
identify essa ferramenta serve para mostrar os dados associados a um ponto do mapa, assim
aps clicar nessa funo basta clicar no local desejado e a informao ser exibida em uma caixa de
dilogo.
Nessa figura o local clicado com a ferramenta identify foi o estado do Amazonas, assim aparece a
caixa de dilogo com as informaes da tabela de atributos referente aquela regio selecionada.
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DIVA-GIS
possvel identificar caractersticas de um dado local clicando sobre ele com a funo Identify
Feature ativada. Essa funo permite identificar os valores dos pixels de um arquivo matricial
ao clicar sobre ele, ou mesmo ver os atributos de um dado local de um arquivo vetorial.
Nessa figura o local clicado com a ferramenta identify sobre um pixel no estado do Amazonas, assim
aparece a caixa de dilogo com as informaes do pixel selecionado, aqui no caso de um arquivo
matricial. O campo value indica o valor daquele pixel.
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Quantum GIS
possvel identificar caractersticas de um dado local clicando sobre ele com a funo Identificar
feies ativada. Essa funo permite identificar os valores dos pixels de um arquivo matricial
ao clicar sobre ele, ou mesmo ver os atributos de um dado local de um arquivo vetorial.
Nessa figura o local clicado com a ferramenta Identificador de feies foi o estado do Amazonas,
assim aparece a caixa de dilogo com as informaes da tabela de atributos referente aquela regio
selecionada.
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Consulta a tabela de atributos
Para consultar todos os dados que esto associados a um mapa, basta consultar sua tabela de
atributos.
ArcGIS
1- Clique com o boto direito sobre a camada de interesse que aparece no campo lateral
esquerdo da janela em Table of Contents, na aba que aparece clique no boto Open
Attribute Table.
2- Assim ir aparecer uma caixa de dilogo exibindo toda a tabela de atributos.
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A partir da consulta da tabela de atributos possvel selecionar dados e exportar os dados
selecionados no formato Shapefile e na forma de tabela.
Para selecionar dados basta clicar no incio da linha que contenha os dados desejados.
A tabela de atributos pode ser exportada no formato DBase, para isso basta clicar no cone do
canto esquerdo da janela Table options e clicar no boto Export.
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Na janela Export Data h dois campos, no primeiro, Export pode ser escolhido a opo de salvar
todos os registros ou apenas os registros selecionados. Lembre-se que quando se exporta os
dados dentro da tabela de atributos apenas a tabela exportada, sem as feies do Shapefile.
Caso seja deseja exportar o Shapefile completo ou os dados selecionados do Shapefile, para isso,
deve-se clicar com o boto direito na camada vetorial de interesse, no campo Table of Contents
no canto esquerdo da tela. Clique em Data, e depois em Export Data. Aps isso os procedimentos
de exportao so os mesmos da exportao da tabela de atributos (acima).
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DIVA-GIS
A tabela de atributos de um arquivo vetorial pode conter diversas informaes importantes, assim,
para visualiza-la no DIVA-GIS basta clicar na funo Table no menu Layer, lembre-se de
selecionar a camada de interesse clicando sobre ela antes de utilizar essa funo.
A figura abaixo mostra a tabela de atributos associada a um arquivo vetorial dos biomas
brasileiros.
O boto Statistic permite a visualizao da estatstica
bsica dos valores contidos em um determinado
campo da tabela de atributos, esse campo deve ser
numrico e selecionado no campo Field.
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Quantum GIS
A tabela de atributos de um arquivo vetorial pode ser visualizada no Quantum GIS clicando-se com
o boto direito do mouse sobre a camada desejada e clicando no boto Abrir tabela de
atributos.
A figura abaixo mostra a tabela de atributos associada a um arquivo vetorial dos biomas
brasileiros.
Alm disso possvel selecionar os dados diretamente na tabela de atributos clicando sobre as linhas
desejadas e mantendo pressionada a tecla Shift ou Ctrl do teclado.
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Seleo de dados
Os registos podem ser selecionados para diversos fins. Por exemplo, para salvar um
subconjunto de uma camada para um novo arquivo, ou para encontrar caractersticas
geogrficas que atendam a condies especficas.
ArcGIS
A seleo dos dados pode ser feita no somente pela tabela de atributos, mas de diversas
formas. possvel selecionar os dados por um retngulo, polgono, forma livre, crculo ou linha.
Para remover a seleo basta clicar no cone Clear Selected Features.
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possvel selecionar a partir de atributos sem a necessidade de buscar registro por registro na
tabela de atributos. Para isso clique na barra de ferramentas Selection, selection by atributes.
A seleo por atributos permite que seja selecionado uma srie de registros a partir de um dado
comando. Assim, devemos informar que em um determinado campo (coluna da tabela de
atributos) tem uma determinada caracterstica de interesse. Por exemplo, no campo NOME do
shapefile de estados do Brasil desejo selecionar o estado do amazonas, ento basta dar um
clique duplo no campo NOME, clicar no sinal = e dar um clique duplo no campo que indica os
nomes de estados disponveis no campo. Para que esse campo aparea clique no boto Get
Unique Values. Assim possvel criar diversas expresses que atendam as necessidades de
seleo de cada projeto.
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possvel tambm selecionar os arquivos vetoriais cruzando informaes de localidades. Essa
seleo muito til quando desejamos cruzar informaes, por exemplo, temos um shapefile de
pontos de registros de casos de uma dada doena e queremos saber em quais municpios j
ocorreram casos da doena. Assim basta saber quais municpios tem pontos de ocorrncia
dentro de seu territrio.
Para efetuar esse procedimento basta clicar em Selection, Selection by Location.
No campo superior da janela marque o shapefile que deve ser selecionado, no campo Source
layer marque o arquivo com as localidades que iro selecionar o outro shapefile pela localidade.
Caso no queira que a busca seja exata, ou seja, quer que sejam selecionadas reas prximas aos
pontos de seleo utilize o campo Apply a search distance marcando-o e definindo a distncia
de tolerncia. Essa funo ir gerar um Buffer ao redor das formas utilizadas para seleo.
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DIVA-GIS
Voc pode fazer uma seleo, ou fazendo uma consulta na janela de registros Select, ou
desenhando no mapa aps clicar no boto Select features
Na janela Select voc pode selecionar os registros por valores, ou por consulta. A opo valores
til para as variveis com um nmero limitado de valores, que so tipicamente no numricos.
Selecione a varivel e todos os valores sero listados. Em seguida, selecione os valores para incluir
na seleo. Ao usar uma consulta, voc deve selecionar uma varivel, um critrio e o valor. Use o
boto "Adicionar" para colocar a consulta na caixa de dilogo, e continuar a adicionar condies
adicionais usando "and", "or" entre parnte