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Geração Sustentável - edição 29

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Voluntáriado Negócios Sustentabilidade Responsabilidade Social

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GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

04 Editorial

05 Mundo Digital

08 Sustentando

50 Vitrine Sustentável

28 Gestão Sustentável

38 Gestão Estratégica

44 Meio Ambiente

Ano 6 • edição 29 • jul/ago • 2012

A reciclagem é o destino final mais adequado para esta revista.Lembre-se: o seu papel é importante para o planeta!

Colu

nas

Mat

éria

s

12 Entrevista Claudia Malschitzky

16 Capa Instituto HSBC Solidariedade Sintonia com demandas socioambientais e econômicas do Brasil

24 Tecnologia e Sustentabilidade Proteção e segurança para o consumidor

30 Responsabilidade Social Corporativa Lançado programa empresarial em que funcionários podem desabafar e buscar o autodesenvolvimento

36 Responsabilidade Ambiental Compromisso efetivo com o ambiente

40 Desenvolvimento Local Conscientização empresarial e compromisso com o futuro do planeta

46 Visão Sustentável Como será o amanhã?

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16Capa

3

02 Fesp06 e 07 Reatiba11 CIVITAS15 CPCE23 ONG Brasil27 Sustain Total29 Consult35 GBC39 EBS43 Ambisol45 Maxam47 Taurus49 DFD51 Unimed52 MC Comunicação

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Editorial

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

Diretor Executivo Pedro Salanek Filho ([email protected]) • Diretora Admi-nistrativa e Relações Corporativas Giovanna de Paula ([email protected]) • Projeto Gráfico e Direção de Arte Marcelo Winck ([email protected]) • Conselho Editorial Pedro Salanek Filho, Antenor Demeterco Neto, Ivan de Melo Dutra e Le-nisse Isabel Buss • Colaboraram nesta edição Jornalistas: Bruna Robassa, Letícia Ferreira

e Lyane Martinelli ([email protected]) • Revisora Alessandra Domingues • Foto da capa Gisele K. Garcia • Assinaturas [email protected] • Fale conosco [email protected] • Impressão Gráfica Capital • ISSN nº 1984-9699 • Tiragem da edição: 10.000 exemplares • 29ª Edição • julho/agosto • Ano 6 • 2012

A impressão da revista é realizada dentro do conceito de desenvolvimento limpo. O sistema de revelação das chapas é feito com recirculação e tratamento de efluentes. A revista é produzida com papel certificado. O resíduo das tintas da impressora é retirado em pano industrial lavável, que é tratado por uma lavanderia especializada. As latas de tintas vazias e as aparas de papel são encaminhadas para a reciclagem. Em todas as etapas de produção existe uma preocupação com os resíduos gerados.

Revista Geração Sustentável Publicada pela PSG Editora Ltda. CNPJ nº 08.290.966/0001-12 - Rua Bortolo Gusso, 577 - Curitiba - PR - Brasil - CEP: 81.110-200 - Fone: (41) 3346-4541 / Fax: (41) 3092-5141

www.geracaosustentavel.com.brA revista Geração Sustentável é uma publicação bi-mestral independente e não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em artigos ou colunas assinadas por entender que estes materiais são de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da revista GERAÇÃO SUSTENTÁVEL são terminantemen-te proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.

As matérias destacadas com o selo "Parceria Geração Susten-tável" referem-se à conteúdos elaborados em parceria com empresas ou instituições que possuem projetos socioam-bientais. Tanto a divulgação dos projetos quanto a distribui-ção dos exemplares são efetuadas de forma conjunta, pela revista e pela empresa mencionada

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O desejo de trazer esse tema na capa de uma edição da GERAÇÃO SUSTENTÁVEL era um sonho antigo do nosso conselho editorial. Nesta edição, por intermédio de uma parceria com o IHS (Instituto HSBC Solidariedade), foi possível demonstrar um grande exemplo nacional de atuação de voluntariado.

Conceitualmente, podemos dizer que enquadramos o voluntariado dentro da dimensão social da sustentabilidade, vis-to que são ações voltadas ao interesse coletivo e comunitário. Uma pessoa que deseja atuar como voluntária deve buscar inicialmente uma grande identificação com determinada necessidade em sua comunidade. Apenas um voluntário engajado com alguma causa social contribuirá efetivamente para reduzir desigualdades. De fato, um voluntário deseja mesmo é ver uma obra acabada ou receber em troca do seu trabalho um sorriso de alguém que recebeu a sua ajuda. Nesse momento, o voluntário é recompensado.

Atualmente, encontramos muito projetos ligados a instituições do terceiro setor que possibilitam esse tipo de atuação solidária. Essa edição mostra como o Instituto HSBC Solidariedade promove o trabalho voluntário junto aos seus colabora-dores e entidades parcerias. Salienta-se também que o Instituto HSBC foi a primeira ONG corporativa com status associativo junto à ONU. Na entrevista principal da edição, com Claudia Malschitzky, diretora executiva do Instituto HSBC, estão destaca-dos os principais projetos, bem como a relação com os colaboradores e os stakeholders. Na matéria de capa, é apresentada a história de Diego Mesquita que começou como beneficiário, passou a voluntário e hoje é colaborador do Projeto Pescar, um dos muitos projetos apoiados pelo IHS. Conheceremos ainda, entre outros, o exemplo do gestor de custos Ednei Lopes, outro colaborador voluntário do HSBC que atua em várias campanhas relacionadas a questões climáticas.

Trazemos ainda uma matéria sobre o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) nas questões de certificações e susten-tabilidade. A editoria Responsabilidade Social Corporativa traz uma matéria sobre o programa Papo Livre, voltado para ques-tões pessoais de colaboradores e desenvolvido pela cooperativa Atitude Consultoria. A edição destaca também a empresa Higiserv como o exemplo na editoria Responsabilidade Ambiental, as ações do Pacto Global promovidas pelo CPCE (Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial) e uma matéria sobre a necessidade da formação de líderes em sustentabilidade.

Esperamos que, ao final da leitura dessas matérias, você fique motivado para inicial um trabalho de voluntariado ou mesmo intensificar alguma atividade social que já desenvolve junto à sua comunidade.

Boa Leitura!Pedro Salanek Filho

A realização pessoal por meio do trabalho voluntário

Errata: Edição 28 - Na página 22 na matéria: Soja tem gestão am-biental personalizada, o principal Estado produtor é o Mato Grosso e não o Mato Grosso do Sul que foi mencionado no texto.

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FACILITE ESSECAMINHO.

Saiba mais sobre o processo de inclusão da Pessoa com De�ciência no mercado de trabalho.

Data: 21 de setembro de 2012Local: Sede do Sistema FIEP - Jardim BotânicoAvenida Comendador Franco, 1341 - Curitiba/PR

Para mais informações, acesse: cpce.org.br

PARTICIPE DO 5º REATIBA.

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FACILITE ESSECAMINHO.

Saiba mais sobre o processo de inclusão da Pessoa com De�ciência no mercado de trabalho.

Data: 21 de setembro de 2012Local: Sede do Sistema FIEP - Jardim BotânicoAvenida Comendador Franco, 1341 - Curitiba/PR

Para mais informações, acesse: cpce.org.br

PARTICIPE DO 5º REATIBA.

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Sustentando

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

Filtro de ar usa plantas para desintoxicar espaços abertosA designer canadense Elaine Tong desenvolveu, na Universidade de Toronto, no Canadá, um filtro de purificação de ar que utiliza plantas para absorver toxinas em ambientes fechados. Feito em módulos acoplados, o filtro pode ser pendurado na parede ou no teto e ajuda a enfrentar a poluição em residências das grandes cidades. Cada módulo geométrico contém plantas com raízes altamente eficientes em absorver toxinas do ar, como formaldeído e benzeno, e que ficam totalmente expostas à luz. Os módulos são como miniestufas conectadas por uma estrutura hídrica de nebulização que distribui água por meio de sensores de umidade e atomizadores. O ar é sugado com ventiladores colocados em módulos alternados.

Enjoou? Venda!O conceito de brechó chique, que vende roupas usadas ou seminovas, já se estabeleceu na Internet. São exemplos os brechós on-line Adoro Brechó, Enjoei (e tô vendendo) e Quase Novo: um conceito de moda sustentável. No Adoro Brechó (adorobrecho.com.br), há marcas famosas no Brasil e no mundo e, segundo a administração do site, nem todos os pedidos de venda são aceitos, somente os de produtos de qualidade. O portal Enjoei (e tô vendendo) - enjoei.com.br - tem, atualmente, aproximadamente cinco mil itens à venda. Roupas, acessórios e objetos diversos são anunciados, como brinquedos, instrumentos musicais e até carro. As peças são anunciadas de forma criativa, como o anúncio de um par de sandálias de R$ 300: "dá para dançar a noite inteira com ele. Opa, vamos bailar, tchê". No Quase Novo (quasenovo.wordpress.com), a maioria das peças é nova, mas muitas são quase novas, além de muitos artigos importados. O blog também fornece dicas de moda.

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Construção civil sustentável

Lodo de tratamento de água, cinzas e cascas de arroz são transformados em tijolos e revestimentos

em uma técnica criada pela engenheira civil Elisandra Medeiros. Em tese defendida em sua pós-graduação na

Universidade de Brasília, Elisandra estudou o uso desses materiais misturados a restos da indústria de cerâmica na

composição de uma argila que, depois de aquecida em alta temperatura, gera uma base estrutural e de acabamento

de construção civil. A fim de verificar se o composto atenderia às exigências de resistência e baixa absorção de água, ela trabalhou por

um mês no laboratório de cerâmica da Universidade Federal de Campina Grande. Todas as composições testadas se mostraram eficientes para a fabricação

de tijolos, porém, em revestimentos de cerâmica, os compostos que levaram cinza de lenha não foram aprovados. Entretanto, destaca Elisandra, é possível que outros compostos sejam

desenvolvidos com diferentes tipos de resíduo.

Bolsa feita de saco de cimentoOutra dica de moda sustentável são as bolsas de saco de cimento feitas pela artesã Vânia Gavião. De tanto ver trabalhadores de construção civil ateando fogo em sacos descartados de embalar cimento, Vânia teve a ideia: "Entrei em contato com a fábrica de cimento, procurei a área de meio ambiente e eles cederam os sacos de cimentos inservíveis", conta. O trabalho é artesanal e cada peça é única. "Todo esse esforço combina em arte, moda e ecologia", declara Vânia. Informações pelo e-mail [email protected].

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Sustentando

Soja responsávelComo o consumidor pode rastrear o produto de soja que compra no supermercado, ou seja, como pode saber se a soja e o produto foram produzidos de forma ambiental e socialmente responsável? A analista de conservação da WWF Brasil Cynthia Moleta Cominesi responde: o que o consumidor deve fazer é exigir que as indústrias que transformam a soja comprem somente soja com a certificação da RTRS ou Mesa Redonda da Soja Responsável. Segundo Cynthia, a WWF Brasil apoia a RTRS e acredita que o desenvolvimento de mesas redondas e certificações pode ser uma boa ferramenta para alavancar a produção responsável não apenas da soja, mas de várias commodities. Com base nessa mesa redonda, com uma participação de vários stakeholders importantes da cadeia da soja, como indústrias, traders, produtores rurais e organizações da sociedade civil, foi possível definir princípios e critérios norteadores para uma cultura responsável. Os princípios são relacionados a cinco pontos a que os produtores rurais devem se adequar, sendo: 1) Conformidade e boas práticas de negócios. 2) Condições de trabalho responsável. 3) Relações Responsáveis com as Comunidades. 4) Responsabilidade Ambiental. 5) Práticas Agrícolas. Assim, os produtores certificados com a RTRS deverão estar produzindo soja de maneira responsável. Outra certificação importante que a WWF Brasil apoia, por meio do Grupo de Trabalho da Soja, GTS, é a Moratória da Soja. Segundo Cynthia, na safra de 2010/2011, os resultados da Moratória mostram que 0,39% da área desflorestada no Brasil serviu ao plantio da soja, o que representa 0,05% da área plantada com a commodity em todo o país. "Face aos resultados apresentados, existem fortes indícios de que a Moratória da Soja inibiu o avanço do desflorestamento com o propósito de cultivo da soja no Bioma da Amazônia", declara. Ela afirma, ainda, que o mercado brasileiro só aceita a soja de cultivo responsável, pois a Associação Brasileira de Óleos Vegetais, Abiove, por exemplo, que faz parte da Moratória da Soja, não aceita soja produzida em áreas desmatadas depois da Moratória dentro do bioma amazônico. A fiscalização é feita pela observação de três listas: do Ibama, que contém o nome dos produtores com embargos em suas propriedades devido ao desmatamento, a lista de fazendas autuadas por trabalho escravo e a Lista da Moratória da Soja. Esta é feita com base em metodologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, que verifica os locais apontados pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal, Prodes, com possível presença da cultura identificada anualmente por meio de imagens de satélite. Cynthia explica que, assim, o Inpe que desde o início da moratória sobrevoa os locais com áreas maiores que 25 hectares, verifica a ocorrência de soja.

Olhos atentos à sustentabilidadeA sustentabilidade na prática empresarial foi um dos temas da última edição do programa Sala de Visitas, na Faculdade de Educação Superior do Paraná (FESP) pelo curso de Administração. Idealizado e conduzido pelo coordenador do curso, professor Edison Luiz Dias, o Sala de Visitas contou com a participação dos empresários Rodrigo Rocha Loures e Rose Oliveira e o professor da FESP, Pedro Salanek Filho. O evento contou com a participação de alunos, professores, empresários e convidados que lotaram o grande auditório da FESP. Saiba mais acessando: http://www.fesppr.br/portal/2012/08/os-olhos-atentos-a-sustentabilidade/

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Entrevista

Claudia MalschitzkySuperintendente executiva de Sustentabilidade e diretora executiva do Instituto HSBC Solidariedade, fala dos colaboradores do banco, do apoio da ONU e do Natal no Palácio Avenida, em Curitiba

Ética, voluntariado e lucro com responsabilidade

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letícia Ferreira

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Há 15 anos no grupo HSBC, Claudia Malschitzky não imaginava que sua carreira seguiria caminhos tão diver-sos, assim como sua vida: filha de um funcionário da ONU, Organização das Nações Unidas, quando criança, mo-rou em países ricos e pobres, como Itália, Gana e Madagascar, o que lhe deu muita bagagem cultural e a fluência em diversos idiomas.

Essa fluência garantiu à Claudia, graduada em Jornalismo com MBA em Marketing e pós-graduação em Recur-sos Humanos e Gestão Empresarial, o convite para assessorar o então presidente do grupo que acabava de chegar ao Brasil, Michael Geoghegan, na difícil tarefa de se comunicar com as diversas governanças e áreas da empresa. Graças não somente à facilidade em falar várias línguas, mas em se relacionar com os vários níveis hierárquicos da empresa, Claudia ocupou essa posição durante 5 anos em que Geoghegan comandou as operações do HSBC no Brasil. Depois passou pelas equipes de Marketing e Varejo do banco. Ela lembra que uma das coisas que mais im-pressionaram o presidente e a esposa assim que chegaram ao Brasil foi o Natal do Palácio Avenida, projeto que o casal logo quis saber do seu caráter social e, solicitaram que fosse desenvolvido, sem modificar o espírito inicial.

Fazendo a interface entre o casal e os responsáveis pelo projeto, Claudia teve contato com o primeiro projeto oficial do HSBC para a comunidade, nascido do Natal do Palácio Avenida, que progride até hoje: o HSBC Educação. Foi o primeiro passo que levou Claudia a ser superintendente executiva de Sustentabilidade e diretora executiva do Instituto HSBC Solidariedade, com sede em Curitiba, no Paraná. Ela afirma que o Instituto pertence aos 23 mil funcionários do grupo HSBC no Brasil, e não somente a sua equipe de especialistas, e ressalta o status associati-vo do Departamento de Informações Públicas da ONU.

escolhemos muito bem nossos parceiros e sempre trabalhamos com ONGs muito sérias. O legado que quero deixar é esse e brinco, dizendo que preciso me aposentar, mas só posso fazer isso quando os 23 mil colaboradores, no Brasil, sentirem-se donos do Instituto. Acredito também que essa integração é facilitada pelas estratégias do próprio HSBC, pelo seu jeito de ser que está nos valores do grupo: ser-mos confiáveis e fazendo a coisa certa, sermos aber-tos a diferentes culturas e conectados a clientes, comunidades, órgãos reguladores e uns aos outros. Nosso maior desafio é mostrar para nosso colabora-dor que, para trabalhar no HSBC, você não tem que ser simplesmente um bom funcionário, você tam-bém tem que ser ético e ter princípios de sustenta-bilidade. Temos ainda alguns mecanismos práticos para motivar o colaborador. Por exemplo, dentro do BSC (Balance Score Card), uma metodologia de es-tratégia, estabelecemos um índice mínimo de volun-tariado para a organização. Esse desafio foi firmada porque, olhando para ela, os outros colaboradores se sentiriam incentivados e motivados, transfor-mando o voluntariado de algo apenas legal, a algo que precisa ser considerado. Assim, colaboradores

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O que significa, para o Instituto HSBC de Solidarie-dade, o status associativo da ONU?ONGs filiadas à ONU há milhares. Corporativas, não. O Instituto HSBC Solidariedade foi a primeira a ser credenciada no mundo. A ONU define a agenda mundial e esse reconhecimento nos traz, com a res-ponsabilidade, informações preciosas para focar-mos ainda mais nossa atuação. As Nações Unidas estavam buscando uma aproximação com o segun-do setor porque perceberam a importância dele e, quando nos contataram através do Instituto Humani-tare (organização que tem como objetivo aproximar a sociedade civil das Nações Unidas), precisavam de uma primeira empresa global para esse início de aproximação. Uma quebra de paradigma. Depois de seis meses de um processo de credenciamento bas-tante rigoroso, praticamente uma auditoria, fomos aprovados. O convite veio em um momento em que estávamos procurando uma forma de trazer para o Instituto HSBC Solidariedade a mesma credibilidade e o mesmo reconhecimento público e internacional, merecidos, de outras instituições semelhantes. O maior ganho desse status associativo, entretanto, foi a reação do nosso colaborador, de orgulho pela conquista. Recebemos dezenas de felicitações para-benizando a equipe do Instituto.

Como é o relacionamento do Instituto com os cola-boradores do HSBC?O engajamento do nosso colaborador é grande par-te do sucesso do Instituto. Desenvolvemos estra-tégias de engajamento, investimos em formação,

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O engajamento do nosso colaborador é grande parte do sucesso do Instituto.

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de todas as áreas começaram a pensar em como se conectar. Hoje, o Instituto fala alto ao colaborador, que aprecia muito fazer parte dessa instituição que humaniza o banco.

O Instituto consegue traduzir para seus stakehol-ders como o HSBC une lucro e sustentabilidade sem conflito?Sim, nossos stakeholders começaram a entender que o trabalho do Instituto não é importante so-mente porque está beneficiando mais de 190 mil pessoas, mas também porque significa a solidez de todo o grupo, de seus relacionamentos e o com-prometimento de estar presente nas comunidades onde o HSBC atua. Uma das principais mensagens que recebemos da nossa matriz, na Inglaterra, é que a meta do HSBC é negócios e relacionamento com o cliente em longo prazo. A empresa que não desen-volve um trabalho que a aproxima das comunidades no país em que está, não mostra que está contri-buindo para o desenvolvimento daquele país, não conseguirá desenvolver ali um trabalho em longo

prazo. O trabalho do Instituto HSBC Solidariedade realmente vem contribuindo para o desenvolvimen-to do Brasil e isso nos aproxima da comunidade, o país quer que fiquemos. E, se o país quer que você fique, você ganha o olhar positivo do cliente. No Brasil, o cliente não costuma comprar o produ-to de um banco somente porque é verde ou social, ele não vai pagar mais por isso. Mas vai deixar, sim, de operar com o banco que não tiver um comporta-mento condizente com as necessidades ambientais e sociais. Todos os bancos desenvolvem produtos chamados sustentáveis, verdes, etc., mas, pela mi-nha experiência, os clientes estão mais interessados em linhas de crédito que sejam competitivas dentro do mercado. Entretanto, junto com esses produtos, querem que o banco tenha um comportamento di-ferenciado. Nossos clientes são exigentes - e devem ser - e, no final do dia, podem fazer as contas e ve-rificar com quanto contribuíram. Aliás, devemos ter isso sempre em mente até para sabermos que ser-viços e produtos vamos ofertar, de que maneira e

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em que momento. No HSBC, não queremos somente produtos verdes, mas que nossos produtos atendam a critérios, que entendemos mínimos, de sustenta-bilidade. Estamos trabalhando para que a sustenta-bilidade esteja integrada na essência dos negócios.

Como está atualmente o voluntariado entre os cola-boradores do HSBC?Nosso trabalho de voluntariado funciona muito bem porque nele investimos tempo, equipe e orçamen-to. Temos 17 comitês de voluntários espalhados pelo país, que se formam de maneira independente e são coordenados por uma pessoa da equipe do Instituto, dentro de um programa em que diversas possibilidades são ofertadas ao voluntário, de acor-do com seu perfil e disponibilidade. Não há nenhum projeto financiado pelo HSBC que não tenha um co-laborador responsável, que chamamos de padrinho ou madrinha. Em sua regional, em sua cidade, é ele quem define o relacionamento que o HSBC vai ter com a comunidade. São treinados sobre o que é ser um líder social e um padrinho de projeto do HSBC. Selecionamos projetos em todas as 46 regionais do HSBC no Brasil porque queremos que o Institu-to esteja presente onde o HSBC está. Temos muitos depoimentos de colaboradores que passam pelo treinamento de que isso mudou sua vida, mudou seus princípios, seus valores. Eles percebem que a empresa propicia a eles oportunidades de se de-senvolverem não somente como profissionais, mas como pessoas e como agentes de mudança positiva na comunidade.

Que importância você dá ao Natal do Palácio Avenida?O Natal do Palácio Avenida é muito maior do que o Espetáculo de Natal. Começa no dia 1º de janeiro e vai até 31 de dezembro. Por trás do show está o projeto HSBC Educação com crianças instituciona-lizadas, que não moram com pai e mãe biológicos por motivos legais e vivem em casas lares e abrigos. Trabalhamos com elas o ano inteiro. O Natal é o momento de celebração. Esse projeto, consistente e forte, é o único totalmente desenvolvido pelo Ins-tituto. É dividido em faixas etárias e o atendimento, feito no contraturno da escola e dentro do que de-tectamos serem as necessidades, vai desde estimu-lação precoce para crianças de colo até preparação para o mercado de trabalho do jovem aprendiz. Por meio de ONGs parceiras, há pessoas e projetos que trabalham o psicoemocional das crianças, reforço escolar, leitura, etc. Nossos colaboradores se envol-vem no projeto quando vão participar conosco nos dias de espetáculo porque, atrás de cada criança, nas janelas, fica um colaborador, que chamamos de anjo, para cuidar dela. Apesar de a criança estar com todo o equipamento de segurança, o anjo fica lá para dar todo o apoio necessário. Já tivemos dois casos de anjos que adotaram a criança.

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Entrevista

ONGs filiadas a ONU há milhares. Corporativas,

não. O Instituto HSBC Solidariedade foi a primeira

a ser credenciada no mundo.

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RESPONSABILIDADESOCIOAMBIENTAL

CORPORATIVA ÉINVESTIR NO FUTURO

DA SOCIEDADE.

Conheça mais sobre os projetos do Conselho Paranaense de Cidadania

Empresarial, acesse:cpce.org.br

Conselho Paranaensede Cidadania Empresarial @cpcepr

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Capa

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Instituto HSBC Solidariedade

Financiando projetos e desenvolvendo iniciativas próprias, instituto engaja colaboradores e é primeira ONG corporativa com status associativo da ONU

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letícia Ferreira

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iego Mesquita, 22 anos, é um exemplo de que o voluntariado pode ajudar os a comunidade, mas também o próprio voluntário. Atualmente, é responsável

pela área de TI da Fundação Projeto Pescar, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, uma iniciativa apoiada pelo IHS (Instituto HSBC Solidarieda-de), que oferece cursos profissionalizantes para jovens. Uma das atribuições de Mesquita é trei-nar orientadores em todo o Brasil.

Na adolescência, ele foi um beneficiado pela Fundação por meio do projeto de educação Oportunidades que Transformam Vidas, fazendo o curso Iniciação Profissional em Vendas e Aten-dimento ao Cliente, na Unidade Projeto Pescar Volpar. Ele conta que realmente teve sua vida transformada.

Aos 15 anos, Mesquita trabalhava em uma transportadora, sem carteira assinada e com a remuneração diária de R$15,00, sem direito a férias e 13º salário. "Precisava contribuir com a

renda da minha família, pois sempre fomos hu-mildes, mas também sempre me dediquei ao máximo aos estudos, trabalhando durante o dia na transportadora e estudando à noite".

Ele ainda lembra e segue os conselhos da orientadora no projeto, Barbara Adirme, de sem-pre desempenhar suas funções com boa vonta-de e nunca parar de estudar. Após a formatura, em dezembro de 2006, Mesquita não conse-guiu um emprego, mas não desanimou e até se ofereceu para atuar como voluntário no Projeto Pescar. Em 2007, ele deu aula de empreende-dorismo no projeto e, naquele mesmo ano, foi indicado pela antiga orientadora para uma vaga temporária no Pescar que, em breve, tornou-se um emprego com contrato efetivo.

Em agosto deste ano, Mesquita comemorou cinco anos no Projeto Pescar "com a alegria de ter sido uma caminhada pesada e cansativa, mas de muitas vitórias e, cada vez mais, com um sentimento de dever cumprido". Ainda em 2012, ele conclui a faculdade de Sistemas de Infor-

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Sintonia com demandas socioambientais e econômicas do Brasil

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Odair e Alexsandra Schusarz, casal de colaboradores voluntários do HSBC

Gisele K. Garcia

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mações e pretende fazer curso de inglês e pós--graduação. "Acredito muito na oportunidade que tive no projeto, pois como sempre morei em uma 'vila complicada', vendo amigos seguirem caminhos diferentes e até mesmo partirem por causa de suas escolhas erradas, enxergo que fiz as escolhas certas nessa caminhada", declara.

Mesquita lembra ainda que foi o apoio do IHS que possibilitou tudo isso. Segundo ele, no Projeto Pescar, esse apoio é essencial para a ex-pansão da Tecnologia Social Pescar, ampliando o acesso de jovens em situação de vulnerabili-dade social ao mundo do trabalho e da geração de renda. "Fico feliz de existirem empresas as-sim, que conseguem estar em sintonia com as demandas sociais do país e beneficiar jovens que, como eu, têm potencial e precisam de opor-tunidade", afirma.

A história do gaúcho Diego Mesquita é ape-nas uma entre os milhares de vidas beneficiadas pelos projetos e trabalhos apoiados e desenvol-vidos pelo Instituto HSBC Solidariedade, IHS. Primeira ONG corporativa a ganhar status asso-ciativo do Departamento de Informações Públi-cas da Organização das Nações Unidas, ONU. O IHS apoia, somente durante o primeiro sementre desse ano, 177 projetos socioambientais, bene-ficiando diretamente 156 mil pessoas.

Além de ter seu trabalho chancelado pelas Nações Unidas, o IHS irá divulgar ações e con-tribuir localmente para os programas globais da ONU, e para a mobilização da opinião pública

para a promoção dos objetivos das Nações Uni-das. Representantes do Instituto participarão de conferências e eventos, farão parte de uma pla-taforma global de compartilhamento de informa-ções e melhores práticas, além de terem acesso à sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para todas as reuniões e encontros abertos em sua área de atuação.

Demandas socioambientais • A gerente sênior de Sustentabilidade do HSBC Roseli Ramos in-forma que a entidade apoia projetos como os de organizações que atuam com foco em educação (destinando cerca de 50% dos recursos), meio ambiente (25%) e geração de renda (25%) para a comunidade, além de coordenar de iniciativas próprias e contribuir para a implantação de pro-gramas globais do HSBC. Em 2011, foram investi-dos quase 20 milhões de reais em 236 projetos, atingindo aproximadamente 197 mil pessoas.

O IHS busca também impulsionar o fortale-cimento e a profissionalização do terceiro setor por meio de capacitações periódicas e do esta-belecimento de parcerias que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

Roseli destaca parecerias com instituições como Pastoral da Criança (de quem o HSBC é o maior parceiro privado), WWF e Incubadora Tecnológica de Corporativas Populares da FGV. Outros projetos a serem destacados são os de-senvolvidos com organizações como o Hospital Pequeno Príncipe, Acridas, Fundação O Boticá-

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Capa

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"em 2011 os voluntários foram 15% entre os 23 mil colaboradores no Brasil. a média da indústria financeira é 7%", Roseli Ramos, gerente sênior de Sustentabilidade do IHS

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rio, Grupo DPaschoal, SPVS e Earthwatch Insti-tute, além de diversas universidades, como PUC do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Minas Ge-rais e de Goiás.

Outro projeto a ser lembrado é o HSBC Edu-cação, projeto próprio do IHS, que atende 530 pessoas de 11 casas-lares e abrigos de Curitiba e Região Metropolitana, e culmina no Natal do Pa-lácio Avenida, em dezembro, quando 160 crian-ças se apresentam num coral para pessoas do Brasil inteiro num dos mais antigos edifícios da capital paranaense.

Outro projeto apoiado pelo IHS é o Instituto Salvia de Soluções Socioambientais (Issa), que atua no Núcleo Rural do Córrego do Urubu, no entorno do Distrito Federal. Fundado em 1998, pelo especialista em tecnologia social e sis-temas permaculturais e agroflorestais Andrew Miccolis e pela doutora em Energia e Recursos pela Universidade de Berkeley, nos Estados Uni-dos, Renata Marson, seu objetivo é desenvolver estratégias e técnicas locais que diminuam a vulnerabilidade das comunidades e dos ecos-sistemas, aumentando, assim, a capacidade de adaptação às mudanças climáticas por meio de sistemas sustentáveis de gestão dos recursos hídricos e ocupação do solo.

O Issa é apoiado pelo IHS com R$100 mil no Projeto Aclimar - Plantando Árvores e Colhendo Águas -, que foi apresentado na Rio+20. O foco é na gestão sustentável dos recursos hídricos, controle de erosão e drenagem, bem como sis-

"É muito louvável e importante o apoio do HSBC na área ambiental. o banco é pioneiro em apoiar projetos

relacionados a mudanças climáticas"Andrew Miccolis, especialista em tecnologia

social e sistemas permaculturais e agroflorestais do Instituto Salvia, no Distrito Federal

temas sustentáveis de uso e ocupação do solo, como Agroecologia, Permacultura e Sistemas Agroflorestais.

Miccolis informa que, diretamente, são 480 pessoas beneficiadas somente pelo Projeto Acli-mar, mas, indiretamente, esse número é bem maior. Ele conta que o motivo que o levou a fun-dar o Issa foi a vontade de encontrar soluções que ajudassem as pessoas a sair da pobreza, ao mesmo tempo recuperando e conservando a natureza.

O Issa é, hoje, um centro de referência em tecnologias socioambientais e moradia susten-tável, com sistemas agroflorestais e agroecológi-cos, recuperação de áreas degradadas, além de sistemas de captação, armazenamento e trata-mento de água e bioarquitetura. Miccolis conta que, em 2010, o Issa foi selecionado no edital do IHS para projetos sobre adaptação a mudan-ças climáticas. "É muito louvável e importante o apoio do HSBC na área ambiental", afirma. "O

banco é pioneiro em apoiar projetos relaciona-dos a mudanças climáticas".

O IHS também incentiva a formação de líde-res sociais locais com iniciativas como o Prêmio Instituto HSBC Solidariedade - Troféu Dra. Zilda Arns Neumann (em homenagem à fundadora da Pastoral da Criança) que busca reconhecer pessoas que se destacam no terceiro setor pa-ranaense com projetos focados em Educação e Meio Ambiente. Os eleitos recebem um prêmio em dinheiro para ser investido em capacitação e nos projetos desenvolvidos.

Além dos apoios e parcerias, e dos progra-mas de capacitação das ONG parceiras, o Insti-tuto HSBC Solidariedade mantém o núcleo DMA (Desenvolvimento, Monitoramento e Avaliação), cuja equipe está em permanente contato com as entidades apoiadas e os padrinhos, acompa-nhando o investimento do Instituto, avaliando os resultados obtidos e ajudando-as a alcançar seus objetivos.

divulgação

Page 20: Geração Sustentável - edição 29

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

Água para todos • O HSBC Brasil coordena pro-gramas ambientais globais do Grupo HSBC na América Latina. No Brasil, as atividades de enga-jamento de colaboradores recebem apoio do IHS.

Atualmente, no Programa HSBC pela Água - com as ONGs internacionais Earthwatch Ins-titute, WaterAid e WWF -, e anteriormente com o HSBC Climate Partnership, em parceira com WWF, The Climate Group, Earthwatch Institute e Smithsonian Tropical Research Institute (STRI).

Uma pesquisa encomendada pelo Grupo HSBC descobriu que, globalmente, os investi-mentos relacionados à água têm alto retorno para o desenvolvimento socioeconômico. O resultado médio sobre cada dólar investido em proporcio-nar o acesso universal à água e ao saneamento seria de aproximadamente cinco dólares. Na América Latina, o valor sobe para 16 dólares.

O Programa HSBC pela Água terá um investi-

Capa

o HSBCo HSBC, com mais de 140 anos de história, é um dos maiores

conglomerados financeiros do mundo. Com sede em londres, possui aproximadamente 7,5 mil escritórios em mais de 80 países e ações negociadas nas bolsas de londres, Hong Kong, nova Iorque, Paris e Bermudas. São cerca de 220 mil acionistas em dezenas de países. no Brasil, opera desde 1997, quando comprou o Bamerindus, e está presente em 545 municípios, atendendo a 5,1 milhões de pessoas e a 450 mil empresas em todas as regiões do país.

o HSBC foi um dos primeiros bancos no Brasil a ter uma políti-ca própria de concessão de crédito que considera aspectos de sus-tentabilidade e o mesmo cuidado é aplicado na gestão de investi-mentos de terceiros (asset Management). o banco tem um rating de sustentabilidade para avaliação e classificação de ativos nos aspectos ambiental, social e de governança. além disso, conta com ferramentas importantes, como o BSC, Balanced Scorecard, e os KPI, Key Preformance Indicator, para monitorar as metas e resulta-dos da companhia, incluindo indicadores de sustentabilidade. Para verificar o atingimento desses objetivos, o Comitê de Sustentabili-dade reúne-se periodicamente.

o Grupo HSBC é ainda signatário do Pacto Global, iniciativa da onu para incentivar a responsabilidade social corporativa por meio de dez princípios universais, entre direitos humanos e do trabalho, proteção ambiental e ações contra a corrupção. Segue também as diretrizes dos Princípios Global Sullivan como forma de promover políticas públicas que respeitem os direitos humanos, obedeçam à lei e minimizem impactos econômicos sociais e ambientais.

o banco é também signatário dos Princípios do equador da In-ternational Finance Corporations e dos Princípios para Investimen-to responsável da onu. e segue diretrizes do setor financeiro, como o Protocolo verde, iniciativa da Febraban, Federação Brasileira de Bancos, que busca a implantação de uma agenda comum de susten-tabilidade para o setor bancário. além disso, é associado ao Con-selho empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

o HSBC Brasil tem ainda a certificação Sa8000, criada pelo Con-selho de Prioridades econômicas da onu para promover responsa-bilidade corporativa.

20

Fonte: Relatório de Sustentabilidade de 2011

mento de US$ 100 milhões e será desenvolvido entre 2012 e 2016. Tem como objetivos proteger bacias hidrográficas importantes para comunida-des e negócios, promover o acesso à água e higie-ne das populações com grande necessidade, e es-timular o engajamento de colaboradores do HSBC.

Junto a parceiros locais, a Earthwatch está desenvolvendo projetos para engajar colabora-dores do HSBC e comunidades em um programa científico global realizado por cientistas-cida-dãos, coletando dados ambientais com tecno-logia inovadora. A WWF ajudará a proteger cinco importantes bacias hidrográficas em todo o mun-do e, no Brasil, o foco é a bacia do Rio Pantanal.

Já o programa HSBC Climate Partnership foi de-senvolvido de 2007 a 2011, com investimentos de US$ 100 milhões no mundo, e buscou responder às ameaças das mudanças climáticas. A iniciativa teve como principais objetivos apoiar o desenvol-vimento de cidades mais limpas e verdes, coorde-nar a maior pesquisa de campo no mundo sobre impactos climáticos em florestas, proteger alguns dos maiores rios do planeta e as populações que vivem no entorno, capacitar colaboradores sobre mudanças climáticas, e formar uma força tarefa para desenvolver projetos de conscientização no banco e na comunidade, promovendo a ecoefici-ência e os negócios sustentáveis.

Dentro desse programa, em Guaraqueçaba, no Litoral do Paraná, 436 colaboradores dos pa-íses latinoamericanos onde o HSBC atua foram capacitados para questões climáticas, com trei-namentos teóricos e práticos.

Voluntários • O Instituto HSBC Solidariedade coordena o Programa HSBC de Voluntariado, que promove o engajamento dos colaboradores do banco em projetos apoiados pelo IHS e ações próprias. As ações são coordenadas com o apoio de Comitês Regionais de Ação Voluntária que co-brem todas as regiões em que o banco atua. Em 2011, o programa mobilizou cerca de 3 mil pes-soas, o que representa 15% de engajamento do total de colaboradores do grupo no Brasil.

Ela diz que, também no ano passado, o Institu-to criou o Programa de Reconhecimento para pres-tigiar e premiar os colaboradores que se destaca-ram pelo engajamento voluntário, e para celebrar o engajamento e estimular colaboradores que ainda não praticam o voluntariado. "Por exemplo, no dia do aniversário, o colaborador voluntário recebe um presente e, sempre que temos a oportunidade em eventos, chamamos os voluntários da região, valorizando-os diante de gestores e colegas".

O gestor de Custos Ednei Lopes, o HSBC em

"Meu objetivo é estar cada vez mais preparado para participar de um planeta onde todos deverão ser sustentáveis", Ednei Lopes, gestor de Custos do HSBC em São Paulo

Page 21: Geração Sustentável - edição 29

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

São Paulo, é um colaborador voluntário Climate Champion (que passa por um treinamento espe-cífico) e Super Champion, o que significa que faz parte de um grupo cuja missão é "Fortalecer os objetivos de sustentabilidade e, apoiando atitu-des e estimulando ações com foco nos negócios, nas operações e no engajamento, promovendo a cultura sustentável no dia a dia dos colabora-dores e nos processos do HSBC Brasil". Lopes que, mais do que um voluntário HSBC é, hoje, um ativista em questões climáticas, conta que uma das coisas que mais o deixa feliz é conven-cer outra pessoa a ser voluntária, assim como ele. Atuar em ações socioambientais lhe des-pertou o interesse pelas questões relacionadas à sustentabilidade e o HSBC vem lhe oferecen-do oportunidades de se aprofundar no tema em treinamentos, workshops e conferências.

No ano passado, ele concluiu um MBA com ênfase em Meio Ambiente na FGV, Fundação Getúlio Vargas, e, atualmente, seu trabalho vai além dos projetos do HSBC: já fez palestras so-bre meio ambiente para mais de 2 mil pessoas, mantém um blog (www.facasuaparte.com.br) sobre sustentabilidade e consumo consciente, e escreve para um portal de notícias regional. "Meu objetivo é estar cada vez mais preparado para participar de um planeta onde todos deve-rão ser sustentáveis", declara.

Além disso, organiza expedições ecológicas

para envolver os colaboradores do banco e convi-dados deles em atividades de contato direto com a natureza. "Já fomos conhecer as Nascentes do Rio Tietê, em São Paulo; a Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, e descemos a Estrada Velha de Santos, em 2010, participando no Global Work Party, evento promovido em parceria com a ONG 350.org. A últi-ma foi em São Luiz do Paraitinga", diz.

Lopes também faz parte do Comitê de Volun-tariado de São Paulo, formado em 2008, que se reúne todos os meses. "É um grupo super enga-jado e diverso, e cada um, com a sua expertise, faz toda a diferença para o sucesso da equipe. Te-mos apoio dos gestores e percebo que a ativida-de voluntária vem crescendo no HSBC, não só em quantidade de ações realizadas, mas na percep-ção dos colaboradores, que entendem o quanto essa prática é saudável e recompensadora".

Como colaborador voluntário, ele participa de várias campanhas, dá aulas de educação fi-nanceira em escolas públicas por meio de proje-tos em parceria com a ONG Junior Achievement, e organiza ações próprias e específicas. Este ano, as ações estão atreladas à Gincana do Mi-lênio, da qual Lopes participa com Os Sustentá-veis - uma equipe que formou com colegas do departamento onde trabalha - que estão traba-lhando na ONG CCA Vila Londrina, atendendo 200 crianças na Zona Leste de São Paulo. A Gin-cana é uma ação que dura o ano todo e promove

21

Alunos da Fundação Projeto Pescar junto com a madrinha, Maria Cecília Merladete Fraga

Turma de Diego Mesquista, em 2006, no Projeto Pescar

Voluntário Edinei Lopes em entrega de ovos de Páscoa em uma entidade social

Visita dos voluntários do HSBC à sede do Issa, no Dist. Federal

"Fico feliz de existirem empresas como o HSBC,

que conseguem estar em sintonia com as

demandas sociais do país e beneficiar jovens

que, como eu, têm potencial e precisam

de uma oportunidade" Diego Mesquita,

responsável pela área de TI da Fundação Projeto Pescar, em Porto Alegre

divulgação

divulgação

divulgação

divulgação

Page 22: Geração Sustentável - edição 29

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

Capa

vários desafios para fortalecer o voluntariado dos colaboradores e beneficiar a comunidade.

Lopes trabalha há 15 anos no Grupo HSBC, onde iniciou no mercado de trabalho, aos 18 anos. "O fato de o HSBC ser uma empresa com responsabilidade social e ambiental é um dos fatores que mantém meu interesse e satisfação em trabalhar para o banco", afirma.

Apadrinhamento • Toda iniciativa ou projeto financiado pelo HSBC tem um colaborador res-ponsável chamado de padrinho ou madrinha. Desde o ano passado, eles são capacitados pelo IHS para essa função e passaram a participar do processo de seleção dos projetos a serem apoia-dos pelo IHS - e não somente de sua indicação

como anteriormente.A gerente de Relacionamento em Plataforma

Corporate do HSBC em Porto Alegre, Maria Cecilia Merladete Fraga, trabalha no banco há 26 anos e, há 10 anos, é madrinha da Fundação Projeto Pescar. Ela conta que sempre se interessou por projetos sociais e decidiu se tornar madrinha do Projeto Pescar assim que tomou conhecimento dele. Maria Cecília acompanha o desenvolvimen-to do Projeto, visita suas unidades e sede, intera-ge com os jovens atendidos e promove palestras de seus colegas colaboradores voluntários que relatam suas experiências de vida para os jovens sobre as etapas que superaram na realização de seus sonhos e concretização de suas metas.

Maria Cecília afirma que o HSBC contribui de maneira significativa para que ela seja um agen-te de mudança positiva: "Ter essa oportunidade é muito importante, é conseguir exercer minha cidadania e poder me desenvolver como ser hu-mano". Para ela, essa experiência leva a acredi-tar em um mundo que pode ser melhor, e que se pode e se deve lutar por isso.

Maria Cecília tem certeza de que sua contri-buição vale a pena quando ouve histórias como a de Diego Mesquita, já mencionada, e a de Na-tália Cristina Soares Freitas, de 18 anos, também beneficiada pela Fundação Projeto Pescar.

Natália conta que, no início, pensou que não teria capacidade para ser selecionada para o cur-so, mas hoje, aluna há quatro meses, sabe que tomou a decisão certa. "Tenho muito orgulho de dizer que sou aluna do Projeto Pescar porque ele mudou a minha vida completamente", diz. "Eu era uma menina que não tinha noção de como se entra no mercado de trabalho e, a cada dia, aprendo uma coisa nova, um aprendizado que vou levar por toda a minha vida."

Metas para 2012 e realizações em 2011 do Instituto HSBC Solidariedade

MetaS- 80% das ONGs parceiras acompanhadas pelo DMA

- 80% de projetos com nível de execução bom

- 85% de projetos de seleção com capacitação de gestores sociais, padrinhos e madrinhas

- Ter pelo menos 12% de colaboradores voluntários engajados

realIzaçõeS eM 2011- Programa de reconhecimento para voluntários de destaque

- 92% das iniciativas monitoradas com nível de execução bom ou ótimo

- 271 gestores e 81 padrinhos capacitados

- 15% de colaboradores voluntários, aumento de um ponto percentual com relação a 2010

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Fonte: Relatório de Sustentabilidade de 2011

Gisele K. Garcia

"Meu objetivo é estar cada vez mais preparado para participar de um planeta onde todos deverão ser sustentáveis", Ednei Lopes, gestor de Custos do HSBC em São Paulo

Mauri Gonçalves, colaborador do HSBC durante uma atividade voluntária

Page 23: Geração Sustentável - edição 29

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Page 24: Geração Sustentável - edição 29

Tecnologia e Sustentabilidade

Além de ser obrigatória em alguns setores, certificação de processos e produtos é diferencial para empresas e consumidores

Proteção e segurança para o consumidor

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 24

Bruna robassa

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arantir maior proteção e segurança ao consumidor final é uma das principais vantagens que uma empresa obtém ao investir na certificação de seus pro-

cessos e produtos. Atualmente, a certificação é muito mais do que tendência de mercado e pode ser encarada como requisito obrigatório em vá-rios segmentos econômicos.

O Instituto de Tecnologia do Paraná, Tecpar, empresa pública com sede em Curitiba (PR), acompanha essa tendência desde 1997, quando obteve sua primeira acreditação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), como organismo para certificação de sistemas da qualidade.

“O Tecpar Certificação surgiu para atender a demanda das organizações paranaenses inte-ressadas na certificação de sistemas de gestão da qualidade, há exatamente quinze anos. Foi a primeira instituição pública a obter a acreditação do Inmetro para atuação como organismo de cer-tificação”, conta a gerenteTânia Maria Mello de Carvalho.

Em 1999, a entidade conquistou a acreditação como organismo para certificação de sistema de gestão ambiental e para a certificação de produ-tos. “Desde sua acreditação, o Tecpar vem am-pliando a abrangência das suas atividades na área de certificação e auxiliando as empresas a se tor-narem mais competitivas. É uma instituição bas-tante diversificada, no entanto, suas atividades estão focadas na pesquisa, no desenvolvimento tecnológico e na inovação”, relata a gerente.

Atualmente, o Tecpar possui acreditação do Inmetro para cinco diferentes escopos de acredi-tação. A entidade atua como organismo de certi-ficação de sistemas de gestão da qualidade (NBR ISO 9001), organismo de certificação de sistemas de gestão ambiental (NBR ISO 14001), organismo de certificação de sistemas de gestão da quali-dade para empresas de construção civil - PBQPh/Siac, organismo de certificação florestal, (flores-tas nativas e florestas plantadas) além da habi-

litação para certificação de uma diversidade de produtos.

Entre os tipos de produtos que podem rece-ber e já contam atualmente com certificação do Tecpar estão os elétricos (fios, cabos, plugues, tomadas, cordões, interruptores, cabos de potên-cia e cabos para aplicação especial em eletrodo-mésticos), assim como produtos para telecomu-nicações (organismo designado pela Anatel).

A entidade também está acreditada para cer-tificar cestas de alimentos e similares, unidades armazenadoras em ambiente natural, cadeia de custódia para produtos de base florestal, pro-dução integrada de frutas, soja e milho não ge-neticamente modificados, embalagens de papel e sistemas orgânicos de produção e processa-mento. “Em relação à certificação de orgânicos, o Tecpar foi o primeiro organismo credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (MAPA) no âmbito do sistema brasileiro de avaliação da conformidade orgânica”, conta Tânia. A gerente lembra, ainda, que no Brasil a certificação de produtos orgânicos é compulsó-ria. “Ou seja, não é mais um diferencial, mas um requisito legal para o mercado”, afirma.

Critérios para certificação • Organizações de qualquer porte e dos mais diferentes ramos de atuação e localização, como indústrias, empresas prestadoras dos mais diferentes tipos de serviços, entidades governamentais, propriedades rurais, agroindústrias, associações de classe, sindicatos, importadores, assim como qualquer organização legalmente constituída, pode obter certificação para seus processos ou produtos. “Para que um sistema ou produto seja certificado, basta o cum-primento de requisitos de normas ou de regula-mentos técnicos específicos”, orienta.

Atualmente, o Tecpar Certificação possui mais de 400 organizações como clientes, os quais estão localizados em praticamente todos os es-tados da federação. “Já atingimos também paí-ses da América do Sul, como Argentina e Chile e

G

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 25

“a presença de requisitos com foco

na sustentabilidade pode ser evidenciada

principalmente nos processos

de certificação ambiental, florestal,

sistemas orgânicos de produção e de

gestão de energia", Tânia Maria Mello de

Carvalho do Tecpar

Page 26: Geração Sustentável - edição 29

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 26

estamos iniciando alguns trabalhos no Uruguai. Todos os nossos clientes são considerados prin-cipais, pois são de fundamental importância para nós”, avalia a gerente.

Vantagens da certificação • As vantagens de um sistema ou de um produto certificado são inúmeras. Entre os fatores de destaque, pode--se citar a melhoria da imagem da organização, melhor posicionamento no mercado em relação à concorrência, atendimento à demanda de merca-do, acesso a novos mercados, melhoria dos pro-cessos internos e maior proteção e segurança ao consumidor.

“Hoje, a certificação deixou de ser tendência de mercado e já é encarada como requisito obri-gatório em vários segmentos econômicos. Mes-mo as entidades que não precisam cumprir essa exigência têm procurado cada vez mais a certifi-cação como diferencial e aprimoramento em to-dos os sentidos”, conta Tânia.

Certificação e Sustentabilidade • A busca pela certificação de sustentabilidade pelas empresas está relacionada com a intenção de comprovar ao consumidor a qualidade da empresa, das suas

iniciativas e de seus produtos. Além disso, atual-mente a adoção de práticas sustentáveis é cada vez mais parte integrante das normas e dos regu-lamentos para obtenção de certificação. “A pre-sença de requisitos com foco na sustentabilidade pode ser evidenciada principalmente nos proces-sos de certificação ambiental, florestal, sistemas orgânicos de produção e de gestão de energia”, compartilha a gerente do Tecpar Certificação.

Ainda no âmbito da sustentabilidade, recen-temente, a entidade foi credenciada pelo Institu-to Life, para certificar organizações que atuam em prol da conservação da biodiversidade. “É uma nova linha de atuação para o Tecpar, um progra-ma inédito e nós somos o primeiro organismo credenciado pelo Instituto Life no mundo para fazer auditorias com o objetivo de conceder a cer-tificação Life”, conta a gerente.

A Certificação Life é um mecanismo inovador no mercado, tem foco em ações de conservação da biodiversidade e objetiva atrair investimentos do setor privado para a conservação do patrimô-nio natural. Essa metodologia já foi testada com sucesso em empresas como O Boticário, Itaipu Binacional, Posigraf, Magistral Embalagens, Gaia Silva Gaede Advogados Associados e MPX.

Tecnologia e Sustentabilidade

Parceria Paraná Metrologia

Acesse: www.paranametrologia.org.br

O Tecpar Certificação tem como uma de suas principais parceiras no Paraná a Rede Paranaense de Me-trologia e Ensaios – Paraná Metrologia. “A parceria entre o Tecpar e a Paraná Metrologia é mantida há muito tempo e vem contribuindo significativamente para o desenvolvimento tecnológico do nosso Esta-do, principalmente no segmento da avaliação da conformidade”, conta Tânia.A Paraná Metrologia é uma organização de caráter científico e tecnológico, resultado da associação de instituições científicas e laboratórios tecnológicos, destinada a difundir a cultura da tecnologia indus-trial, com prioridade para a metrologia(ciência das medições que abrange todos os aspectos teóricos e práticos que asseguram a precisão exigida para controle do processo produtivo), trabalho que é essencial para empresas que lidam com certificação, como o Tecpar. A PR Metrologia exerce, principalmente, um trabalho de apoio ao Tecpar.De acordo com Celso Romero Kloss, diretor superintendente da Rede, a entidade atua como articuladora entre as empresas e seus associados e contribui com a qualificação e agregação de valor ao autêntico produto paranaense.“Para cumprir nosso papel de organização voltada ao desenvolvimento científico e tecnológico, além de outras atividades, ofertamos diversos cursos e eventos na área tecnológica, procurando difundir cada vez mais no Estado a importância do conhecimento e da cultu-ra da qualidade, tecnologia e inovação para as empresas para-naenses”, relata o diretor.

Page 27: Geração Sustentável - edição 29

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Page 28: Geração Sustentável - edição 29

jerÔnimo mendesAdministrador, Coach

Empreendedor, Escritor e Palestrante

Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local

pela UNIFAE

ma das características marcantes nos empreendedores bem-sucedi-dos é a sua capacidade de reagir às dificuldades de qualquer natureza

e sua extrema facilidade em conviver com a ambiguidade. Isso lhes permite participar de muitas atividades ao mesmo tempo, ainda que não tenham ideia formada a respeito de como as coisas se comportarão no futuro. Para quem empreende, a criação da empresa é a coisa mais importante.

Diferente dos empreendedores, os empre-gados oscilam constantemente entre a pseu-dossegurança proporcionada pelo emprego formal e o eterno desejo de ser o “dono do seu próprio nariz”. Eles seguem basicamente algu-mas regras bem estabelecidas com o advento da Revolução Industrial e consolidadas no iní-cio do século passado com a Escola da Admi-nistração Científica do Trabalho, liderada por Frederick Taylor, nos Estados Unidos, e Henry Fayol, na França.

Em geral, os filhos da Revolução Industrial tornaram-se adeptos da cultura da “devoção” a uma única organização ou instituição, a exem-plo do que ocorreu no Brasil a partir da déca-da de 1970, com os investimentos do governo direcionados para o crescimento econômico e com o surgimento de grandes obras que ame-alharam milhares de profissionais dispostos a investir na carreira pública.

Isso fazia sentido até a metade da déca-da de 1990, quando as empresas passaram a enfrentar o fenômeno da globalização e os mercados sofreram uma completa reviravolta. As oportunidades surgiram na mesma propor-ção das dificuldades, a concorrência tornou--se mais acirrada, as margem de lucro foram reduzidas drasticamente e o número de vagas proporcionadas pelos empregos formais conti-nuou minguando.

Apesar das inúmeras possibilidades que se abriram por conta da evolução tecnológica dos últimos cinquenta anos, ainda vivemos numa sociedade que busca freneticamente a opção da suposta segurança proporcionada pelo mercado formal de trabalho.

Decorridos mais de duzentos e cinquenta

anos do início da Revolução Industrial, a maio-ria das pessoas ainda prefere “a escravidão na segurança ao risco na independência”, de acor-do com o filósofo francês Emmanuel Mounier, o Pai do Personalismo. Significa dizer que, em-bora a opção empreendedora seja vista como um grande ideal de vida e realização, o trabalho formal continua sendo a opção da maioria das pessoas nos quatro cantos do mundo.

Em meio ao progresso, surgiram as demis-sões em massa, as doenças decorrentes do elevado esforço requerido pelas indústrias, das condições precárias do ambiente de tra-balho, da ausência de férias, da necessidade recorrente de multiplicação do capital, dos in-teresses econômicos visivelmente acima dos interesses sociais, da concentração da riqueza e ampliação da pobreza.

Diante de tudo isso, algumas questões con-tinuam intrigando milhões de pessoas ao redor do mundo, principalmente jovens que buscam um lugar ao sol no concorrido mercado de tra-balho: ser empreender ou ser empregado? É possível substituir a escravidão na segurança pelo risco na independência? Vale a pena o es-forço para criar o futuro desejado?

Não alimente a menor dúvida sobre isso. Os holofotes estão por toda parte, prontos para iluminar o caminho de quem se arrisca a dar a cara para bater em troca de uma vida mais de-safiadora e mais próspera, em que o sentido de contribuição e o sentido de realização são importantes, desde que sejam conquistados com um mínimo de planejamento.

Por fim, se a pessoa confia em si mesma, consegue fazer sacrifícios, sabe lidar com im-previstos, sabe tomar decisões com facilida-de e rapidez, sabe farejar oportunidades, tem energia de sobra e está disposto a liderar pelo exemplo, um futuro promissor a aguarda pa-cientemente.

Quanto mais cedo definir essa questão, melhor: ser empreendedor ou ser empregado? Qualquer um pode ser bem-sucedido em am-bos os lados, entretanto, o sucesso depende-rá basicamente do seu posicionamento e da concentração de esforços, seja qual for o lado escolhido. Pense nisso e seja feliz!

Empreendedor ou Empregado? Um desafio interior

U

GESTÃO

ÁSUS EN VEL

Embora a opção empreendedora seja vista como um grande ideal de vida e realização, o trabalho formal continua sendo a opção da maioria das pessoas nos quatro cantos do mundo

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 28

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U

Responsabilidade Socialc o r p o r a t i v a

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

ma gestora empresarial conta que não sabe como lidar com tantos funcioná-rios que a procuram para conversar: "Estou aqui para resolver outras ques-

tões e as pessoas vêm me falar de problemas pes-soais, não tenho tempo!" Os funcionários dessa gestora estavam precisando de uma pessoa isen-ta que pudesse ouvi-los para que se sentissem melhor para trabalhar, porque não levar os pro-blemas pessoais para o trabalho e não deixá-los interferir na produtividade pode ser muito difícil.

O desabafo daquela gestora e a carência

dos funcionários dela permaneceram com a psi-cóloga e coaching pessoal e profissional Lucia Fernandes. Com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV e Avaliação Psicológica e Con-sultoria Empresarial pela SOCIESC e Personal & Professional Coaching pela SBC (Sociedade Bra-sileira de Coaching), Lucia teve a ideia de desen-volver um atendimento individual para colabora-dores em empresas - oferecer profissionais que estariam à disposição dos funcionários para um Papo Livre - e este se tornou o nome do programa - sobre o assunto que desejassem.

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Lançado programa empresarial em que funcionários podem desabafar e buscar o autodesenvolvimento

Sigiloso e imparcial, atendimento promove ambiente de trabalho com menos conflitos, faltas e afastamentos e, consequentemente, melhor desempenho

letícia Ferreira

Page 31: Geração Sustentável - edição 29

Lucia convidou para ajudá-la na elaboração a educadora e empreendedora social Vera Brito, com pós-graduação em Gestão de Instituições Educacionais pela OPET/PR. Em seguida, junta-ram-se à ideia outros profissionais, como a espe-cialista em Planejamento e Gestão de Negócios com formação em Dinâmica dos Grupos Cristina Beerends, formando um time experiente e multi-disciplinar das áreas de serviço social, psicolo-gia, farmácia, administração, educação, gestão de pessoas, educação social e prestadores de atendimento a pessoas e a comunidades em si-tuação de vulnerabilidade, por meio de institui-ções sociais.

Assim nasceu e foi desenvolvido o programa Papo Livre, com slogan "bem-estar dentro e fora da empresa", pela Atitude Consultoria. Inédito no Paraná, o programa consiste em atendimen-tos semanais, individuais e sigilosos, abran-gendo questões pessoais dentro de dez áreas: bem-estar emocional, cultura, direitos humanos, economia doméstica, empreendedorismo inter-no, empregabilidade, família, lazer e esporte, meio ambiente e saúde. A questão mais aborda-da nos atendimentos é família: "É um programa que colabora de forma inovadora para que o fun-cionário tenha seu bem-estar emocional e, con-sequentemente, profissional, pela simplicidade

da sua base: uma boa conversa".A mesma carência da gestora mencionada

acima sentia o gerente de RH da American Glass Products do Brasil, AGP - em São José dos Pi-nhais, no Paraná -, Andrei Moreno. Quando en-trou em contato com a Atitude Consultoria, ele identificou que o Papo Livre seria uma ótima oportunidade para a AGP. Moreno diz que ofe-recer apoio aos colaboradores em problemas pessoais é fundamental em uma empresa, mas nem sempre gestores, líderes e RH podem con-tribuir adequadamente e o ideal é que alguém externo supra essa necessidade. "No ambiente empresarial, há uma necessidade cada vez maior de um olhar holístico, que vise atender o cola-borador além do aspecto profissional, buscando alternativas de boas práticas que possam suprir anseios pessoais e emocionais", afirma. "O Papo Livre faz muito bem esse papel porque, da forma como são tratados os assuntos, com discrição e confidencialidade, as pessoas se sentem segu-ras e confiantes, o que facilita a resolução de problemas."

O líder de Treinamento da AGP, Edmilto Lopes é da mesma opinião: "Sempre vamos ouvir o que os funcionários têm a dizer, mas talvez não te-nhamos as soluções e os recursos que os consul-tores podem indicar".

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 31

"o objetivo é escutar o colaborador de forma

plena e atenta até que ele ponha todas

as emoções para fora e, com o profissional,

chegue a uma indicação de alternativa para o

problema", Vera Brito, da Atitude ConsultoriaMédia percentual dos temas abordados durante

atendimentos entre abril e julho 2011

empregabilidade

Família

Bem-estar emocional

Cultura

Saúde

economia doméstica

lazer/esporte

empreendedorismo

Direitos humanos

Meio ambiente

Fonte: Relatório de indicadores do projeto no programa SESI Empreendedorismo Social 2011 / Base de dados AGP e Casa Fiesta

1,5%3,2%

4,7%

8,3%

9,2%

10%

13,2%

28,7%

21,2%

0,3%

Page 32: Geração Sustentável - edição 29

Para a área de Segurança do Trabalho da AGP, o Papo Livre tem feito diferença positivamente, segundo o técnico em Segurança Alexandre Gui-marães Galinari: "Quando conseguimos identifi-car que o colaborador não está em seu melhor momento por questões pessoais, o que pode ori-ginar atos inseguros, fazemos o encaminhamen-to para a equipe de consultoria", diz. Para ele, um fator importante é que o tempo de atendimento, de 20 minutos, não tira tempo da produção, nem o foco do trabalho. "Pessoalmente também tem me trazido excelentes resultados, me ajudando a dedicar mais tempo à minha família e a trabalhar

de forma mais leve e não tão estressada."Família foi também uma área em que outro

colaborador da AGP, o operador de Produção Marcio Miranda Santos, diz que o Papo Livre lhe trouxe resultados positivos: "Minha esposa está feliz, perguntando o que aconteceu comigo, por que mudei tanto assim. O pensamento que eu tinha antigamente, hoje penso diferente. O que eu fazia antigamente, hoje eu faço diferente. Eu esbanjava dinheiro, hoje eu economizo, hoje eu posso aproveitar aquilo que eu jogava fora. Acho muito interessante essa empresa trabalhar pen-sando nas pessoas. Valeu a pena".

Responsabilidade Socialc o r p o r a t i v a

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 32

"no ambiente empresarial, há uma necessidade cada vez maior de um olhar holístico", Andrei Moreno, gerente de RH da AGP

escuta ativa e psicologia positiva

Na psicologia positiva, o modelo não é a doença, mas o bem-estar e a felicidade do indivíduo. Em julho de 2011, em sua 65ª Assembleia Geral, a ONU listou em sua agenda o tema felicidade, incluído na promoção do avanço econômico e do progresso social de todos os povos. A organização reconhece a importância da felicidade como meta fundamental humana.

Já a Escuta Ativa implica:

• Aprender e compreender conteúdo e sentimentos;

• Responder aos sentimentos expressados;• Aceitar as expressões e sentimentos, tanto

positivos quanto negativos;• Não fazer julgamentos;• Perceber o tom de voz, a fluidez do discurso,

as pausas, as vacilações, a construção das frases.• Observar a linguagem não verbal.

por Cristina Beerends, Debora oliveira, lucia Fernandes e vera Brito

Page 33: Geração Sustentável - edição 29

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 33

Inovação na forma de promover qualidade de vida nas empresas

A metodologia que delineia e sustenta as práticas de escuta ativa é baseada em duas vertentes teóricas que têm em comum a visão otimista do homem. As quais consistem na abordagem centrada na pessoa de Carl Rogers e na Psicologia Positiva, que nasceu na década de 90.

Dentro da perspectiva Rogeriana, acredita-se que a saúde mental e o desenvolvimento das potencialidades do homem são processos inerentes e naturais da evolução humana. O homem tem dentro de si uma força vital para a vida. O que não impede que enfrentemos caminhos de difícil acesso. A escuta ativa coloca-se como uma ferramenta facilitadora da travessia desses obstáculos. A abordagem é não diretiva e centrada no cliente. Ao consultor, cabe facilitar o processo de mudança e, ao cliente, a responsabilidade pela condução e sucesso da intervenção. O foco é nas potencialidades do individuo e não apenas na eliminação do sofrimento ou superação de déficits.

É importante salientar que essa metodologia de trabalho se constitui inovadora enquanto ação preventiva no que diz respeito à saúde mental e à qualidade de vida do trabalhador, pois seu foco de atuação é amplo e contempla não só a esfera biológica do sujeito, mas também a esfera social e emocional. Propostas que têm como referência o modelo biopsicossocial promovem a melhoria da saúde e qualidade de vida em todas as dimensões: física, emocional, social, profissional, intelectual e espiritual. A integração dessas esferas potencializa a efetividade das intervenções, levando a um menor adoecimento e consequente redução do afastamento do trabalho, bem como o aumento da produtividade das pessoas que passam a ser mais autônomas no gerenciamento da sua vida. Iniciativas como essa superam um grande obstáculo enfrentado por algumas empresas na implantação de programas de qualidade de vida: a baixa adesão dos trabalhadores. Isso ocorre devido a não identidade com as propostas, muitas vezes o que é oferecido não atende às reais necessidades do trabalhador.

Com base na demanda definida pelo trabalhador, há aumento da motivação para participar, pois ele será atendido em sua singularidade. Como consequência, há aumento na retenção de talentos, melhoria no clima organizacional, além de os colaboradores reconhecerem o empenho da empresa em cuidar do capital humano de modo integral e consistente.

Silvia R. SilvaEnfermeira do trabalho

pela UFPR, com formação em dinâmica de grupos

pela SBDG e Consultora em implantação de programas

de qualidade de vida

Pessoas e qualidade de vida • Lucia Fernan-des diz que o programa Papo Livre, ao ser apre-sentado aos empresários, mostra o que eles pen-sam sobre pessoas, ou seja, se olham para seus colaboradores e veem somente produtividade ou se entendem que, dando importância à vida pessoal de seus colaboradores, estão fazendo um investimento. "Dessa forma, o empresário terá um funcionário feliz, equilibrado emocional-mente, que consegue lidar com seus problemas, mantendo o ritmo de trabalho", afirma. "Do con-trário, o custo é alto, pois, a partir do momento em que não damos conta dos problemas pesso-ais, estes podem se tornar doenças que afastam do trabalho e afetam a produtividade. É uma realidade, hoje, que o empresário que entende consegue formar uma base operacional forte".

Segundo Vera Brito, quando o empresário in-veste em seu funcionário, este vai reconhecer o investimento, produzir e dar um retorno até para a imagem da empresa, além da retenção de ta-lentos. A consultora diz que os participantes de-monstram melhora em áreas como qualificação, voltando a estudar, saem mais para lazer e cultu-ra e até se alimentam melhor.

O diretor de Produção Industrial da AGP Luiz Rogério Stella conta que, no começo, o programa sofreu alguma resistência e preconceito em sua área, mas depois não somente foi aceito como se tornou algo natural e positivo: “Os funcioná-rios pediram que continuasse e a adesão tem sido bastante grande", informa. Para ele, a gran-de vantagem do Papo Livre está em que quem conversa com o colaborador não tem um pré--julgamento dele. "Uma pessoa da família talvez não dissesse em que realmente preciso mudar. Falando com uma pessoa externa, fica mais evi-dente a necessidade de mudança".

Escuta ativa • As técnicas utilizadas pelos con-sultores da Atitude no Papo Livre são escuta ati-va e psicologia positiva (ver quadro). "O objetivo é escutar o colaborador de forma plena e atenta até que ele ponha todas as emoções para fora e, com o profissional, chegue a uma indicação de alternativa para o problema", afirma Vera Brito.

Ninguém é obrigado a participar, mas, duran-te a primeira fase de implantação do projeto - que aconteceu de 2010 a 2011, na Casa Fiesta Super-mercados, em Curitiba - 93% dos participantes consideraram ótima a decisão da empresa em implantar o programa. Na segunda fase, de 2011 a 2012, na AGP, 96% afirmaram que o projeto atendeu suas expectativas.

Page 34: Geração Sustentável - edição 29

Responsabilidade Socialc o r p o r a t i v a

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 34

"Pessoalmente, tem me trazido excelentes resultados, me ajudando a dedicar mais tempo à minha família e a trabalhar de forma mais leve", Alexandre Guimarães Galinari, técnico em Segurança da AGP

Cristina Beerends conta que alguns colabora-dores afirmam que só de saber que há alguém na empresa para ouvi-los quando precisarem traba-lham mais tranquilos.

Ela explica que o projeto está em lançamento e teve uma fase de experimentação que durou dois anos. A consultora se diz extremamente otimista em relação à receptividade do mercado ao progra-ma e também pelo comprometimento de todos os consultores envolvidos. "Por ser algo inovador, tivemos o cuidado nesses dois anos de implan-tação de trabalhar bem os indicadores", afirma. "Temos que agradecer muito à Casa Fiesta e à AGP que abriram as portas e se tornaram nossos par-ceiros. É muito bom trabalhar em uma área em que se melhora a qualidade de vida das pessoas."

Segundo Cristina, o projeto, certificado pelo programa Sesi de Empreendedorismo Social, não é estruturado para ser permanente, mas tem um prazo de execução mínimo de três meses e, ao final, indicadores permitem avaliar mudan-ças observadas em cada empresa, área ou de-partamento. Se necessário, esse período pode ser renovado ou repetido em outro momento. "Esse ciclo de vida é necessário para que o aten-dimento não se torne uma espécie de bengala, já que há uma meta. Também não é algo efê-mero, mas que traz a oportunidade da pessoa atendida buscar internamente a solução de seu problema", afirma.

Da esq.: Débora Oliveira, Silvia Rocio, Magali Mouraleite e Cristina Beerends. Abaixo: Lucia Fernandes, Marta Farina e Vera Brito

A Atitude Cooperativa de Consultores é for-mada atualmente por profissionais que atuam no Paraná e em São Paulo. Criada em 2006, pres-ta serviços para empresas dos três setores nas áreas de assessoria empresarial, treinamentos, auditoria, coaching, planejamento e desenvolvi-mento de projetos, em empresas dos três setores.

Dentro dessas áreas, a empresa desenvolve produtos para finanças, administração, marke-ting/vendas, comunicação empresarial, educa-ção, organização de eventos, infraestrutura de redes elétricas e telefonia, avaliações patrimo-niais, recursos humanos, compras, produção, logística, organizações e processos, psicologia, sistemas da qualidade e responsabilidade social empresarial.

Os consultores dividem-se em Núcleos de Trabalho com o fim de valorizar a união entre expertise e multidisciplinaridade: Organização e Pessoas, Responsabilidade Socioambiental, Pro-dução/Operação e Governança.

ServIço:Atitude ConsultoriaSite: www.atitudeconsultoria.com.brE-mail: [email protected] Fone: (41) 3078-0483

Page 35: Geração Sustentável - edição 29

AF_anúncio_GBC_congresso_palestrantes_21x28cm_B.pdf 1 10/08/2012 16:10:20

Page 36: Geração Sustentável - edição 29

ntender o seu papel dentro da socieda-de e contribuir para o avanço da consci-ência ambiental faz parte do posiciona-mento que vem sendo delineado para

o mundo corporativo. Assumir a responsabilida-de sobre suas ações e traçar planos para evitar danos ao meio ambiente e a sociedade, com um resultado positivo e diferenciado, faz parte da ideologia que empresas engajadas com as neces-sidades socioambientais têm buscado em torno de uma sustentabilidade efetiva. Um exemplo efetivo desse novo posicionamento é o grupo Hi-giServ, que atua há mais de 35 anos no setor de limpeza, manutenção e serviços para empresas, e vem apostando na adoção de medidas diferen-ciadas que agregam ainda mais valor ao seu ser-viço, que traz em sua essência o cuidado para o bem-estar e a saúde do coletivo.

Com medidas diferenciadas, o grupo vem adotando, nos últimos 15 anos, posturas proa-tivas referentes à questão ambiental. “Sempre trabalhamos com atividades muito ligadas à vida das pessoas, por isso a responsabilidade ambiental faz parte do nosso dia a dia desde o início e entendemos que nossos serviços devem disseminar a ideologia da responsabilidade e do

cuidado”, comenta o diretor do grupo, Adonai Ar-ruda. Hoje, a empresa realiza diversas ações que levam até os clientes o compromisso da HigiServ com o meio ambiente e o futuro do planeta.

Com mais de cinco mil colaboradores atuan-do em seis estados brasileiros, a HigiServ aposta na educação e no bom exemplo para levar seu compromisso aos demais. Hoje, todos os cola-boradores em atividade já participaram de trei-namentos específicos que mostram a relação do seu trabalho com a qualidade do meio ambiente. “Esse é um conceito que os novos colaboradores já recebem na integração da empresa, quando recebem as principais instruções e são direcio-nados aos postos de trabalho”, explica a bióloga Priscilla Marques, responsável pelo departamen-to ambiental desde 2010 e que vem implantando projetos especiais dentro do grupo.

Uma das grandes mudanças está na adoção de um tecido especial para a confecção dos uni-formes, o poliéster ecológico. O tecido é feito com uma porcentagem de material provenien-te da reciclagem, o qual garante que ao final de um ano pelo menos 1,4 milhões de garrafas de PET tenham destinação diferenciada no país. Os uniformes, produzidos em parceria com a forne-

Responsabilidade Ambiental

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 36

Compromisso efetivo com o ambiente

E

Soluções específicas abrem espaço para consciência ambiental em grupo paranaense

lyane Martinelli

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GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

do Paraná (SEAC-PR) e é o primeiro brasileiro a presidir a entidade mundial World Federation of Building Service Contractors (WFBSC).

Além do investimento em novas soluções ver-des para o desenvolvimento de suas atividades, o grupo HigiServ aposta também na conscienti-zação e envolvimento de seu público interno em ações ambientais. Na busca de facilitar o enten-dimento do processo de separação de lixo, foi produzido um crachá especial, utilizado com a identificação do funcionário, que traz de manei-ra didática a forma de separação de lixo, com a identificação por cores e tipos de resíduo.

“Investimos também em uma ação para levar essa conscientização para dentro da casa dos nossos colaboradores. Estamos apostando no recolhimento de óleo de cozinha usado nas resi-dências com a campanha “Gordura não cabe no esgoto”. Reaproveitamos embalagens de produ-tos de limpeza e entregamos para nossas equi-pes, que distribuí-ram a cada pessoa um galão de cinco litros para recolher o óleo utilizado em casa para a pro-dução de alimen-tos. Mostramos a todos quanto um litro de óleo pode contaminar de água e ensina-mos que é pre-ciso dar a desti-nação correta”, explica Priscilla. A média de re-colhimento de óleo é de cerca de 200 litros por semestre, volume que é processado e vira detergente, redist r ibuído aos colaborado-res participan-tes do projeto. “Eles levam para casa o re-sultado positi-vo da preocupa-ção deles com o ambiente”, co-menta.

37

“Sempre trabalhamos com atividades muito

ligadas à vida das pessoas, por isso a

responsabilidade ambiental faz parte do nosso dia a dia desde o

início e entendemos que nossos serviços devem disseminar a ideologia

da responsabilidade e do cuidado”, Adonai Arruda

cedora do tecido, continuam a exercer um papel importante depois de que a sua vida útil para vestimenta se esgota. “Todos os uniformes que já não estão mais em condições de uso, inclusive aqueles provenientes da rotatividade dos cola-boradores na empresa, são reaproveitados. Es-tamos produzindo sacolas permanentes com os tecidos dessas peças, que dão uma destinação ainda mais digna para esse material já resultado de reciclagem. Fazemos também a distribuição dela em eventos que a HigiServ participa e inclu-ímos essa novidade no kit inicial do colaborador. Ele vai receber seu uniforme dentro da sacola e poderá levar para casa, disseminando a ideia de reutilização de materiais também em sua comu-nidade”, explica a bióloga.

Outra preocupação estava na elevada quan-tidade de produtos que são utilizados para a realização de serviços de limpeza. “Temos duas preocupações nesse caso: a saúde e o consumo. Por isso, buscamos fornecedores que nos ofere-cessem soluções para produtos de limpeza bio-degradáveis, com alta qualidade de limpeza e segurança para a saúde dos colaboradores e dos clientes”, comenta Priscilla. Além disso, a Higi-Serv encontrou no uso de vassouras produzidas com cerdas de garrafas de PET uma forma de au-mentar a durabilidade desse instrumento de tra-balho e também baratear os custos de aquisição por ser um produto proveniente de reciclagem. “Estamos finalizando o período de testes dessa nova opção para os clientes. Percebemos que em oito meses de uso, o consumo de vassouras dimi-nui consideravelmente, pois as feitas com cerdas de PET tem uma durabilidade maior. Hoje, um dos nossos clientes já está usando 100% das vassou-ras nesse formato e estamos abrindo para outros clientes essa possibilidade, pois é realmente interessante tanto pelo viés econômico quanto pelo viés ecológico”, defende a responsável pelo setor ambiental da empresa.

Disseminando a cultura da sustentabili-dade • “Hoje somos um setor com mais de 1,6 milhões de empregos gerados e com mais de 13 mil empresas no mercado em todo o Brasil. Te-mos grande inserção na sociedade e com isso a responsabilidade de demonstrar e exercer uma postura de preocupação com o meio ambiente, temos que fazer parte do processo cultural e mos-trar aos que nos cercam a importância da cons-ciência ambiental e da nossa responsabilidade com o planeta”, constata Adonai, que além de presidente da HigiServ é também presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação

Page 38: Geração Sustentável - edição 29

Giuliano moretti Engenheiro Químico,

Mestre em Gestão Ambiental,

consultor, palestrante e professor universitário

s movimentos rumo à sustentabili-dade ambiental estão a todo vapor. Fala-se em Gestão Ambiental, Con-sumo Sustentável e Conservação do

Meio Ambiente com uma naturalidade nunca antes vista, elencando-se uma miríade de prá-ticas, métodos e indicadores que prometem resultados formidáveis em termos de inovação preservacionista. Planos, objetivos e metas parecem fazer parte do jargão estratégico de empresas e consultores, como uma panaceia para a crise dos ativos socioambientais que proveem a base da existência. Leis, normas, novas formas de se produzir com a mitigação sistemática dos impactos, maior eficiência e melhores alternativas energéticas, logística reversa e a contínua redução de rejeitos. Tudo isso em nome da emergência socioambiental que ameaça o ecossistema global.

Muito bem, parece um caminho necessário e sem volta que já vem trazendo importantes resultados. Entretanto, persiste a dúvida: até onde é possível “sustentabilizar”, consideran-do-se o modelo econômico que vende uma feli-cidade estruturada no consumo egotista per se?

Em primeiro lugar, qualquer pessoa com uma percepção minimamente aguçada intui que o crescimento do consumo, chamado sus-tentável ou não, tem limites. Questão de balan-ço energético e material. Se não renovável e em altíssima escala, a energia, base fundamental de tudo, faltará. Até aí, tudo bem: tecnologias estão sendo pesquisadas e paulatinamente im-plementadas para resolver isso. Se as soluções serão realizadas a tempo, é outra história.

Então, onde está o maior problema? Nos fluxos materiais. Com ou sem logística reversa, maior ou menor eficiência produtiva, o cresci-mento e a complexidade dos fluxos materiais advindos da produção e da aceleração do consumo continuarão sendo os vilões dessa odisseia. Fluxos que vão de encontro à susten-tabilidade por uma única razão: existem leis fundamentais da Física, da Química e da Biolo-gia, que estabelecem holisticamente as condi-ções da vida como a conhecemos. E essas leis

não se ajustam aos sabores da produção e do consumo altamente velozes e em grande es-cala. A matemática já é velha conhecida: como a matéria não vêm do espaço, ao contrário da energia renovável, só se dispõe dos recursos que o Planeta oferece. Se a taxa de consumo material for maior que as taxas naturais de reinserção e de redistribuição dos recursos (considerando uma base in natura), a susten-tabilidade se torna um sofisma.

Pessoas continuam sendo condicionadas para o consumo como requisito determinante para a satisfação última, para a realização ple-na que, obviamente, nunca chega. Do contrá-rio, perversos mecanismos as aterrorizam com a possível marginalização social. Este é o pão estragado que alimenta todos. E o vazio conti-nua, dia após dia.

Há solução? Seria pretensão demais afir-mar categoricamente que há. O que se pode fazer é refletir acerca do comportamento indivi-dual, superficial e resultante da falácia de que a felicidade depende, sobretudo, do consumo. Urgente é superar esse estreito entendimento que nutre temporariamente o ego, mas esvazia a alma e as relações coletivas.

“É necessário tanto? Eu realmente preciso disso? Quanto é suficiente? Alguma coisa, afo-ra a sabedoria e a paz que vêm do silêncio mais profundo de mim, já proporcionou felicidade plena e perene a mim e aos outros?” Impres-cindível é tentar responder a essas e outras perguntas, como um exercício diário de medi-tação. Provavelmente, poucas “coisas” contri-buíram para a Felicidade Definitiva. A percep-ção de que o acúmulo demasiado é um veneno para si e para a organicidade do Todo, isto é, para a sustentabilidade tão sonhada, pode ser um primeiro passo para a simplificação dos flu-xos materiais. Transformar profissionais e con-sumidores para que transcendam o caos fre-nético da produtividade, do consumismo e do crescimento que regem a ilusão coletiva talvez estimule o despertar dos valores intangíveis que nascem da essência de cada ser humano.

E-mail: [email protected]

Da Ego à EcossustentabilidadeO caminho da percepção

O

Pessoas continuam sendo condicionadas para o consumo como requisito determinante para a satisfação última, para a realização plena que, obviamente, nunca chega.

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 38

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Page 39: Geração Sustentável - edição 29
Page 40: Geração Sustentável - edição 29

incentivo para que as empresas se tor-nem signatárias do Pacto Global é uma das campanhas de maior destaque do Conselho Paranaense de Cidadania Em-

presarial (CPCE), que faz parte do Sistema Fiep. A re-alização de oficinas para apresentar a iniciativa pro-posta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para as empresas e outras entidades é a aposta do CPCE para promover a conscientização sobre a res-ponsabilidade acerca do futuro do planeta.

Iniciado no começo de 2012, o CPCE encerrou o primeiro ciclo de oficinas sobre o Pacto Global no dia 13 de junho em Curitiba, evento que con-tou com a participação de mais de 70 pessoas. O encontro reuniu profissionais de empresas como América Latina Logística (ALL), Arauco do Brasil, Copel, Ecovia, Electrolux, Gemalto, Spaipa, Be-matech, Volvo, CNH, Furukawa, HT Technologies,

Bosch, GVT, SmartGreen e Arqtex, além de facul-dades, prefeituras, sindicatos e associações.

“Aderir aos princípios do Pacto Global é uma oportunidade para que as empresas mostrem o que têm feito em prol da sustentabilidade, assim como disseminar suas iniciativas, trocar experi-ências e criar uma oportunidade de negócios”, opina o especialista Vitor Seravalli, que conduziu a oficina sobre o Pacto Global. Seravalli já presi-diu o Comitê Brasileiro do Pacto Global e é capa-citado para promover as oficinas.

O ciclo de palestras iniciou em Maringá e pas-sou também pelas cidades de Ponta Grossa, Casca-vel e Londrina. O motivo pelo qual as capacitações aconteceram nessas cidades é a instalação de se-des do CPCE nesses locais. “Esses encontros são uma oportunidade para conversar de perto com os empresários e para dar-lhes a chance de assumir

desenvolvimento local

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 40

Conscientização empresarial e compromisso com o futuro do planeta

O

Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial encerra primeiro ciclo de palestras sobre Pacto Global com grande participação em Curitiba

“o objetivo do Pacto Global é oferecer uma face mais humana para os negócios”, Victor Seravalli

Bruna robassa

Page 41: Geração Sustentável - edição 29

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

dade, buscamos divulgar e fortalecer os dez prin-cípios do Pacto Global, objetivando a promoção da responsabilidade social e crescimento susten-tável”, relata Wilson Green, diretor da empresa.

A Arqtex também aderiu ao Pacto Global após a oficina na capital paranaense. “Ao alinhar nossas ações aos propósitos do Pacto Global – ONU buscamos a chancela de uma organização de expressão global e, mais do que isso, a nos unir a esse bloco mundial de empresas que se movimentam para o sucesso dessa nova era”, diz Jucenei Gusso Monteiro, presidente da empresa.

Paraná • O Paraná já possui 97 signatários do Pacto Global. O estado está atrás apenas de São Paulo. Apesar de não ser o líder, o Paraná é con-siderado exemplo nas iniciativas tomadas para incentivar as empresas a participarem do Pacto Global. “Em São Paulo, não temos iniciativas como aqui”, conta o capacitador da oficina.

“O Paraná tem a vantagem de ter a Fiep como signatária e membro do Comitê Brasileiro de Res-ponsabilidade Social. O trabalho da Fiep e do CPCE na conscientização dos empresários tem ajudado muito a aumentar o número de empre-sas que seguem os princípios”, disse Barbosa.

Brasil • O Brasil está na terceira colocação em número de signatários do Pacto Global, empata-do com os Estados Unidos. No Brasil, em julho de 2008, eram 227 empresas signatárias, neste ano, até julho, eram 468, ou seja, um crescimento de mais de 100% em quatro anos. Em primeiro lugar está a Espanha, com 1.362 empresas signatárias e, em segundo, está a França, com 812. “Nossa meta é chegar em 2020 com 20 mil signatários no mundo”, prevê Seravalli.

Comunicação de Progresso • Após firmar com-promisso com os princípios do Pacto Global, as empresas devem fazer, uma vez ao ano, o Comu-nicado de Progresso (COP). No site www.pacto-global.org.br há uma série de informações sobre como montar esse relatório.

O Crea-PR é signatário do Pacto Global des-de 2009. “Antes não tínhamos nada estruturado nessa área de responsabilidade social. Nosso primeiro passo foi realizar uma oficina com os funcionários e pontuar ações que eles estives-sem dispostos a fazer”, disse a coordenadora do Comitê de Responsabilidade Socioambiental Corporativa da entidade, Cacilda Ribeiro. Segun-do ela, entre os resultados estão a unificação dos indicadores e a adesão ao selo pró-equidade de gênero na empresa.

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“as empresas mais eficientes possuem um compromisso social na

gestão empresarial. no mundo globalizado de hoje, não entender e não seguir as regras

de responsabilidade social é um convite à mediocridade e à

lucratividade reduzida”, Victor Barbosa, presidente

do CPCE

esse compromisso com a responsabilidade social. O objetivo do Pacto Global é oferecer uma face mais humana para os negócios”, relata Seravalli.

Quem abriu a oficina em Curitiba foi o pre-sidente executivo do CPCE, Victor Barbosa. “As empresas mais eficientes possuem um compro-misso social na gestão empresarial. No mundo globalizado de hoje, não entender e não seguir as regras de responsabilidade social é um convite à mediocridade e à lucratividade reduzida”, disse.

A empresa SmartGreen – Soluções + Inteli-gentes foi uma das participantes que aderiu ao Pacto Global após a oficina realizada em Curitiba. “Os princípios do Pacto Global, relacionados às boas práticas corporativas, nas áreas de direitos humanos, trabalhistas e meio ambiente, estão em sintonia com a filosofia da SmartGreen. Engajan-do funcionários, clientes, fornecedores e comuni-

Mauro Frason

Page 42: Geração Sustentável - edição 29

desenvolvimento local

GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 42

A Arauco do Brasil já está se preparando para sua primeira Comunicação de Progresso. “A empre-sa tem dentro de seus compromissos ações rela-cionadas aos princípios globais. Isso facilitará na hora de evidenciar as ações”, afirmou a coordena-dora de relações institucionais da Arauco, Mariste-la Aparecida dos Santos, destacando que a adesão da matriz da empresa, que fica no Chile, incentivou a fábrica do Brasil a também se tornar signatária.

Responsabilidade socioambiental corpora-tiva pós Rio + 20 • O aclamado evento Rio +20 trouxe novidades para a área de Responsabilida-de Social Corporativa. A secretária executiva da

Rede Brasileira do Pacto Global, Yolanda Cerquei-ra Leite, que acompanhou o que foi discutido em algumas das reuniões de Meio Ambiente da ONU que antecederam a Rio + 20, compartilhou suas experiências coletadas durante esse tempo no encontro do Conselho Superior do CPCE realizado em julho.

“A consciência de que a Rio +20 despertou em muitas empresas, que viam o tema de forma mais distante, provocou um avanço considerável na qualidade das práticas e no seu escalonamento. Esse é um caminho sem volta. O setor privado não pode ficar de fora. Isso parece ter ficado claro com a Rio +20”, comemora. Durante a conferência, foi

I Ciclo de Diálogos dos Princípios do Pacto Global

O CPCE continua nessa campanha com a promoção do I Ciclo de Diálogos dos Princípios do Pacto Global que será realizado em Maringá no dia 21 de agosto. O evento contará com a participação de aproximadamente 20 empre-sas que se tornaram signatárias por meio da mobilização realizada pelo CPCE e por outras empresas que fazem parte do Conselho. Sua empresa também pode entrar nessa rede, participe você também! Mais informações no site www.cpce.org.br

“Por ser uma grande rede, o Pacto Global pode conectar pessoas, trazer experiências de outros países, numa troca rica em conteúdo e casos práticos”, Yolanda Cerqueira Leite, secretária executiva da Rede Brasileira do Pacto Global

Mauro Frason

Apresentação da secretaria executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, Yolanda Cerqueira Leite, durante a XV Reunião do Conselho Superior do CPCE

Page 43: Geração Sustentável - edição 29

�R�e�v�i�s�t�a� �A�m�b�i�s�o�l�_�f�i�n�a�l� �2

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apresentado um documento público deno-minado “Contribuição Empresarial para a Promoção da Economia Verde e Inclusiva”, em que mais de 200 organizações no Brasil se comprometeram em avançar nos temas do Desenvolvimento Sustentável.

Segundo Yolanda, o Brasil foi afortu-nado ao sediar esse evento. “Trouxemos ao Brasil o que há de mais contemporâneo nos vários temas debatidos durante a con-ferência Rio +20. As tecnologias de ponta, as experiências de vanguarda, as soluções inovadoras. Em nenhum outro lugar do mundo se apresentou tantos casos de su-cesso e se debateu tanto o desenvolvimen-to sustentável, sob o ponto de vista so-cial, científico, educacional e empresarial, inclusive no âmbito das cidades”, relata.

Ainda de acordo com a executiva, uma vez instalada a consciência de que os de-safios do mundo não serão solucionados apenas pelos governos, mas por toda a so-ciedade, a participação ativa do setor pri-vado para alcançar o desenvolvimento sus-tentável se torna ainda mais necessária. “Nesse sentido, os 10 Princípios do Pacto Global são um caminho seguro a seguir”, conta.

Esses 10 princípios são divididos em quatro grandes grupos: Direitos Humanos, Direitos no Trabalho, Proteção Ambiental e Anticorrupção, os quais, segundo Yolanda, formam uma trilha robusta e testada pelo Pacto Global em mais de 130 países. “O Pacto Global oferece um caminho, com me-todologia de gerenciamento e apoio, para que as organizações implantem esses prin-cípios. Por ser uma grande Rede, o Pacto Global pode, também, conectar pessoas, trazer experiências de outros países, numa troca rica em conteúdo e casos práticos”, explica.

Ainda, segundo Yolanda, atualmente se vive em um momento de despertar para os desafios que se apresentam: desigualdade social, escassez de recursos naturais, au-mento populacional, desastres naturais. “Diante desse cenário, as empresas for-mam um universo de importância ímpar, seja pelo seu alcance, seja pelo impacto gerado pela condução de seus negócios ou ainda pela relação com seus públicos de interesse, como colaboradores, forne-cedores, clientes, sociedade e o governo”, completa.

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o Brasil, desde a homologação da últi-ma Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção Nacional/LDB, 1996, têm ocorrido esforços pontuais no sentido de se

esboçar Políticas Públicas comprometidas com a Educação do Campo que se afastem dos erros e engodos que remontam ao início da Repúbli-ca Velha, quando foi instalada a concepção de “ruralismo pedagógico”, mais interessada na fixação do homem na Zona Rural a qualquer custo, do que voltada para o desenvolvimento, a emancipação e o progresso das comunidades que permitem às Zonas Urbanas a dinâmica da Economia. Não fossem os cérebros e músculos que produzem alimentos, as cidades seriam mais insustentáveis do que hoje o são.

Desde 2008, tenho sido convidado para tra-balhar junto a Projetos e Cursos de Pós-Gradua-ção que, por iniciativas geralmente propiciadas por instituições privadas, suprem a necessidade de Formação de Formadores Rurais, em módu-los que atendem às Práticas Pedagógicas de Educação do Campo. Com isso, além de tentar contribuir com a qualificação docente, tenho-me propiciado a realizar Estudos de Caso que, no mí-nimo, autorizam-me a algumas assertivas, em re-lação às minhas “andanças” nos Estados do Sul.

No mais das vezes, deparo-me com comu-nidades que, sob a égide da concentração e da centralidade, atendem às exigências de uma empresa que, comprometida com a monocultu-ra, invariavelmente contribuem com a exaustão dos solos, a maxi-exploração de recursos hídri-cos, o uso e abuso de produtos químicos... e as decorrentes exclusões, desterritorializações, e demais insustentabilidades geradas pelo viés crescimentista, em detrimento de protocolos desenvolvimentistas. Nesses casos, pouco ou nada representam os saberes voltados às práti-cas pedagógicas da Educação do Campo, pois a praxe do dia a dia é a da sobrevivência e não a do Desenvolvimento Sustentável. Porém, há um mês, estive em um local que me descorti-nou uma realidade “utópica”, ao menos até hoje e dentro dos pressupostos de qualidade de vida. Refiro-me a Cruz Machado, cidade do Sudoeste do Paraná.

O Município chama a atenção por algumas variáveis que, salvo engano da literatura cor-rente sobre os ideais de vida com quantidade e qualidade suficientes, podem ser assim des-critas: a) ausência de registros significativos em relação a atos de violência. A performance educada do cruz machadense, é destacável ao

Resquícios de sustentabilidade. Um registro de viagem.

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GastÃo oCtÁVioFranCo da luZBiólogo, Doutor emMeio Ambiente eDesenvolvimento eConsultor emSustentabilidade

Cruz Machado/PR

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em geral, os saberes voltados às práticas pedagógicas da educação do Campo, no dia a dia, é a da sobrevivência e não a do Desenvolvimento Sustentável

visitante; b) crianças e pessoas idosas em trânsito, o que sempre é um indicador de alguma seguran-ça presumida, enfaticamente na Zona Urbana; c) não-utilização de agrotóxicos em escala, na produ-ção agropecuária; d) 80% da população vivendo na Zona Rural, onde o cultivo do milho, do feijão e da erva-mate coexistem com a pecuária leiteira e a suinocultura, com base na Agricultura Familiar; e) salvo algumas manchas de Pinus elliotii (remanes-centes de tentativas de monocultura crescimentis-ta), biossistemas íntegros, com fauna e flora pre-servadas, onde se destaca exemplar concentração de Pinheiro-do-Paraná; f) sistema hídrico não com-prometido, apresentando rios piscosos isentos de contaminações, o que favorece a Economia Limpa.

Em síntese: diante de tantas evidências de in-sustentabilidades socioambientais, penso haver encontrado e sido confiscado por um lugar onde as utopias são vivenciáveis. Empiricamente, atri-buo o fato a quatro intervenientes sistêmicas em Cruz Machado, que talvez respondam pelo “fenô-meno”: 1) a região é acidentada, não permitindo o latifúndio de maquinarias, tão ao gosto de Eco-

nomia de Escala; 2) a conjugação entre qualida-de do solo, clima e preservação ambiental, as-sociados à mudança da cultura local em relação à Agropecuária, há duas gerações, como relatam os informantes locais; 3) o cultivo da erva-mate, planta exigente de bioassociações, de preserva-ção ecossistêmica e tratamento não impactante, da produção ao beneficiamento e consumo; 4) ao decorrente cuidado com os sistemas de Valores Sociais de uma comunidade urbano-rural que en-controu seu ponto de equilíbrio para o bem-viver. Minha única dúvida é sobre o compartilhar dessas informações, pois não gostaria de vir a ser respon-sabilizado por uma “invasão ao paraíso”.

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Visão Sustentável

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sustentabilidade, aliada às consciên-cias ambiental e social, são conceitos que estão cada dia mais próximos das atividades cotidianas. Ao mesmo tem-

po, tomam proporções inigualáveis, que cami-nham para a construção de uma nova realidade quando se trata de meio ambiente e sociedade. No entanto, esse movimento mundial carece de representatividade brasileira nas discussões, pois o país não tem, ainda, líderes efetivos que atuem interna e externamente em prol de promover o de-bate sobre o desenvolvimento sustentável.

Para alguns especialistas, é lamentável que o Brasil, maior potência sustentável do planeta, ainda não tenha nomes que se destacam e de-fendem os interesses sob a ótica da sustenta-bilidade junto a outros países e mesmo junto à população brasileira. “Todo processo de amadu-recimento requer disposição em atravessar para o outro lado ainda não alcançado; crescer para além; subir mais um degrau. Sustentabilidade, de fato e de verdade, tem relação com des_en-

volvimento, isto é, tirar o envolvimento; o invó-lucro de proteção; a zona de conforto - não im-portando a sua linha do tempo de vida”, comenta Cleuton Carrijo, administrador que há mais de 24 anos atua no setor de meio ambiente e susten-tabilidade. Ele, que vem acompanhando efetiva-mente o desenvolvimento da sustentabilidade no país, afirma que ainda faltam protagonistas que lutem pela causa de todos, passando da esfera das necessidades individuais.

A formação desses líderes, no entanto, é tema de debate. Por ser uma realidade relativamente nova (que vem despontando nos últimos 20 anos), ainda não há um perfil definido dos pro-fissionais que devem exercer a liderança em sus-tentabilidade. Há tentativas em diversas frentes, como a formação de líderes por meio da experiên-cia e análise da conjuntura mundial, partindo de suas esferas corporativas. Há também a tentativa de formação por intermédio do ensino continua-do, como cursos de MBA e mestrado focados em inovações para a sustentabilidade. “A Organiza-

Como será o amanhã?

A

Ausência de lideranças nacionais efetivas em sustentabilidade coloca em discussão a necessidade dessa atuação para

posicionamento concreto do país no cenário mundial

lyane Martinelli

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“Penso que o fator decisivo realmente

seja fortalecer a divulgação e o apoio às questões relacionadas

à sustentabilidade, tendo em foco a real

força transformadora dos conceitos a ela ligados: sociedade

ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa", Niazy Ramos Filho, coordenador

do Casem

ção das Nações Unidas (ONU), preocupada com essa situação, criou um braço do Pacto Global, ligado às instituições de ensino com cursos de Administração, para inserirem em seus currículos de ensino temas nessa área”, afirma Niazy Ra-mos Filho, médico e coordenador do Conselho de Ação para Sustentabilidade Empresarial (Casem), órgão ligado à Associação Comercial do Paraná (ACP). Ele, porém, reafirma que ainda faltam pes-soas de destaque dentro dessa área no país. “Os líderes comprometidos com o tema e que sejam proativos ainda são raros, por isso a formação de líderes com essa postura é uma necessidade, sem dúvida”, comenta Ramos Filho.

A necessidade, pungente pelo rápido desen-volvimento a que toda a sociedade acompanha, pede que as ações não sejam isoladas. “Acredito que parceria público/privada seja indispensável para que ocorra o surgimento de líderes em sus-tentabilidade, uma vez que ela depende do equi-líbrio entre o social, o econômico e o ambiental”, defende Marcus Brisolla, diretor técnico da Inna-tura, empresa de soluções ambientais.

Para ambos os lados, Brisolla defende mudan-ças a fim de estabelecer uma nova estrutura de atuação. “As lideranças no setor público devem aproximar os órgãos legislativos e executivos, do setor privado, buscando encontrar medidas que desenvolvam a sustentabilidade dentro das empresas e que sejam condizentes com a reali-dade delas. Entretanto, o setor privado ainda vê a sustentabilidade como custo, e o primeiro passo seria o convencimento das empresas sobre a im-portância da sustentabilidade do ponto de vista econômico (papel este de líderes e expoentes), posteriormente, dentro dos sindicatos e federa-ções, discutindo o assunto justamente para faci-litar o diálogo com o setor público”, argumenta.

Entretanto, Carrijo ressalta a importância de um posicionamento diferenciado em ambos os lados. “Eu não diria que devem ser adotadas novas 'posturas' e, sim, princípios. O princípio está muito além da lei do certo e do errado. Pois princípio é onde tudo inicia; o começo; a essên-cia; o ponto de partida para todo o restante. E os princípios se refletem nas posturas, criando as-

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Visão Sustentável

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sim uma nova forma de atuação”, sugere. Niazy Ramos Filho defende, ainda, uma ampliação na divulgação dos temas e lideranças que buscam realizar essa discussão. “Penso que o fator de-cisivo realmente seja fortalecer a divulgação e o apoio às questões relacionadas à sustentabilida-de, tendo em foco a real força transformadora dos conceitos a ela ligados: sociedade ecologicamen-te correta, economicamente viável e socialmente justa”, aponta.

Os especialistas, diante dessa questão, con-cordam em um ponto importante: a atuação de institutos e entidades ligados a essa questão não tem posição de formação de líderes ou de assu-mir para si a liderança pelo desenvolvimento da sustentabilidade no país. “Eu não acredito em institutos. Eu acredito em pessoas, dos institu-tos. Porque organizações - com ou sem fins lucra-tivos - são feitas de pessoas; por pessoas e para pessoas”, afirma Carrijo. Em uma questão mais prática, Brisolla exemplifica como ainda algumas entidades do país não estão investindo em se aprofundar no assunto. “Não há hoje um instituto de renome no Brasil que estude a sustentabili-dade, um exemplo disso é que as empresas bra-sileiras usam certificados estrangeiros quando querem atestar se possuem ou não uma gestão adequada de resíduos, qualidade, função social, etc.”, comenta.

Olhando para fora do país, a percepção é de que no quesito líderes ambientais, o Brasil está fora do compasso de outros países. “Vários no-mes, de várias nacionalidades, contribuem para que seus países tenham posição efetiva quando se discute a sustentabilidade e os caminhos que dela surgem. Não apenas estudiosos, mas tam-

bém empresários engajados na causa”, comenta Carrijo. Além disso, alguns países têm investido efetivamente em apoiar e desenvolver soluções para seus países já baseados no conceito de sus-tentabilidade. “Os norte-americanos possuem um selo verde para obras e construções que tem se espalhado pelo mundo, ao mesmo tempo existem selos franceses e alemães que não tiveram tanto sucesso fora de seus países mas, importante fri-sar, atendem às demandas locais”, comenta Bri-solla. Na busca por um âmbito global, a ONU, por meio do Pacto Global, busca apoiar e disseminar essa realidade em alguns países para os demais. “O movimento do Pacto Global está presente em cerca de 150 países e tem algo em torno de 6000 empresas signatárias. No Brasil, o Comitê Brasi-leiro para o Pacto Global (CBPG),tem tentado ser esse agente”, aponta Ramos Filho.

Líderes em potencial • Entretanto, os especia-listas acreditam no fortalecimento de potenciais ícones que podem fazer a diferença e assumir uma postura proativa diante da realidade que a sustentabilidade está inserida. Porém, o caminho ainda é longo. "Ainda não tenho percebido efeti-vamente nenhuma atuação além do expediente de trabalho, com continuidade do discurso do ho-rário comercial. É importante levar isso adiante do reduto de sua atuação profissional, pois nenhum sucesso nos negócios compensa o fracasso no lar. Pois, nesse caso, a falha estará justamente no ponto mais crucial de uma estratégia de con-tinuidade de qualquer organização humana, que é o foco no processo sucessório. O grande líder é aquele que deixa outros líderes formados, como sendo o seu grande legado”, sintetiza Carrijo.

“eu não acredito em institutos. eu acredito em pessoas, dos institutos. Porque organizações - com ou sem fins lucrativos - são feitas de pessoas; por pessoas e para pessoas", Cleuton Carrijo, administrador e consultor em meio ambiente e sustentabilidade

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GERAÇÃO SUSTENTÁVEL 50

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� o porque ainda não existe um consenso universal sobre o real sig-

ni� cado do termo e os assuntos que estão inseridos no conceito ainda

estão em construção. De fato, nós da ISO temos dado uma contribui-

ção a este debate por meio do grupo de trabalho sobre Responsabili-

dade Social que desenvolve a futura norma ISO 26000 para orientar

esse tema tão variado, complexo e quase sempre controverso.

Se a abordagem usada pelos autores é muito abrangente, na in-

tenção de re� etir sua complexidade, corre-se o risco de tratar o

tema com super� cialidade. Se os autores focam demais em uma

questão ou em um grupo pequeno de temas, � ca difícil transmitir

uma visão geral da ampla gama de conceitos envolvidos. Entretan-

to, os autores deste livro foram hábeis em evitar essas duas armadi-

lhas e conseguiram comunicar toda a riqueza que o verdadeiro

entendimento do conceito de responsabilidade social requer, tanto

na profundidade quanto na abrangência.

• ALAN BRYDEN Secretário-geral da ISO – International Organization for Standardization

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José Carlos Barbieri

Jorge Emanuel Reis C

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José Carlos Barbieri é mestre e doutor em Administração, é professor do Departamento de Administração da Produção e Operações da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EA-ESP-POI) desde 1992. Foi professor em reno-madas instituições de ensino superior, como a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e a Pontifícia Universidade Católica de São Pau-lo. Foi pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). É professor do programa de pós-graduação stricto sensu da EAESP, da linha de pesquisa em gestão ética, socioambiental e de saúde. Pesquisador e coordenador de diversos projetos de pesquisa nas áreas de gestão da inovação, do meio am-biente e da responsabilidade social. Coor de na-dor do Centro de Estudos de Gestão Empresa-rial e Meio Ambiente da FGV/EAESP. Membro do Fórum de Inovação da FGV/EAESP. Parti-cipou da comissão do INMETRO para criação de normas sobre certi� cação de sistemas de responsabilidade social. Participa de comitês cientí� cos de diversas revistas e congressos cientí� cos, nacionais e internacionais, e de vá-rias agências de fomento.CONTATO COM O AUTOR: [email protected]

Jorge Emanuel dos Reis Cajazeira. Enge-nheiro mecânico pela Universidade Federal da Bahia,mestre e doutor pela FGV/EAESP. Exe-cutivo da área de competitividade da Suzano Papel e Celulose, onde trabalha desde 1992. Elei-to pela revista Exame, em 2005, como um dos quatro executivos mais inovadores do Brasil. Foi expert nomeado pela ABNT para a redação das normas ISO 9001 e ISO 14001 (1995-2004), coordenou os trabalhos para a criação da nor-ma NBR 16001 – Responsabilidade Social e pre-sidiu a comissão do INMETRO para criação de um sistema nacional para certi� cação socioam-biental. Em 2004, foi eleito o primeiro brasileiro a presidir um comitê internacional da ISO, o Working Group on Social Responsibility (ISO 26000). É membro do comitê de critérios da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), coordenador do comitê de inovação e ativos intangíveis (FNQ) e ex-presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).CONTATO COM O AUTOR: [email protected]

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