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GERD ERWIN ERNST GOJTAN
ANÁLISE DA PRECISÃO DE UMA ESTRUTURA ROBÓTICA COM
CINEMÁTICA PARALELA ASSIMÉTRICA DE TOPOLOGIA 2UPS+PRP,
EM FUNÇÃO DO MAPEAMENTO DOS ERROS DE POSICIONAMENTO
DA PLATAFORMA MÓVEL NO ESPAÇO DE TRABALHO DISPONÍVEL,
DURANTE OPERAÇÃO DE FRESAMENTO DE ACABAMENTO,
APLICANDO MODELAGEM MATEMÁTICA.
Tese apresentada à Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo para a obtenção
do título de Doutor em Engenharia.
São Paulo
2009
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
II
GERD ERWIN ERNST GOJTAN
ANÁLISE DA PRECISÃO DE UMA ESTRUTURA ROBÓTICA COM
CINEMÁTICA PARALELA ASSIMÉTRICA DE TOPOLOGIA 2UPS+PRP,
EM FUNÇÃO DO MAPEAMENTO DOS ERROS DE POSICIONAMENTO
DA PLATAFORMA MÓVEL NO ESPAÇO DE TRABALHO DISPONÍVEL,
DURANTE OPERAÇÃO DE FRESAMENTO DE ACABAMENTO,
APLICANDO MODELAGEM MATEMÁTICA.
Tese apresentada à Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo para a obtenção
do título de Doutor em Engenharia.
Área de concentração:
Engenharia Mecânica de Projeto e Fabricação
Orientador:
Prof. Dr. Tarcísio Antonio Hess Coelho
São Paulo
2009
III
Este exemplar foi revisado e alterado em relação à versão original, sob responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador. São Paulo, 19 de agosto de 2009. Assinatura do autor ____________________________ Assinatura do orientador _______________________
FICHA CATALOGRÁFICA
Gojtan, Gerd Erwin Ernst
Análise da precisão de uma estrutura robótica com cinemática pa- ralela assimétrica de topologia 2UPS+PRP, em função do mapeamento dos erros de posicionamento da plataforma móvel no espaço disponí – vel, durante operação de fresamento de acabamento aplicando mode – lagem matemática / G.E.E. Gojtan. -- ed.rev. -- São Paulo, 2009.
241 p.
Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Pau- lo. Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos.
1. Robótica 2. Cinemática 3. Usinagem I.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos II. t.
IV
DEDICATÓRIA
À minha amada esposa Lucimara pelo seu constante apoio e paciência e a meus
queridos pais Ernst e Inge pelo seu incansável incentivo, graças aos quais consegui a
concentração e a perserverança necessárias para a realização desta obra.
V
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Tarcísio Antônio Hess Coelho, pelos seus valiosos ensinamentos e
sua imprescindível orientação durante todas as fases deste trabalho.
A todos aqueles que de alguma forma me ajudaram a tornar possível a
elaboração da presente tese.
VI
ABSTRACT
This thesis has the purpose to study the precision of a new robotic structure for milling operations, in substitution to the conventional serial machine-tools, specialy the CNC milling machines and cutting centers. The proposed structure is based on the parallel kinematics concept and the precision analysis was realized, applying mathematical models, to obtain the positioning errors mapping of the cutting tool in the available workspace, during finishing milling operations. The motivation is on the search higher performances and the parallel robotic structures have several advantages to the serial structures: modular construction, lightness, high velocities/acelerations. Otherwise, there are still problems to be solved, like: guaranty of precision, workspace optimization and reduction/elimination of singularities.
The methodology applied for the development of this work involves four steps: the proposal of a new robotic structure developed using existing synthesis methods; the development of mathematical models to characterize its kinematic behavior; the error sources identification that influences the deviation of the tool position; the elaboration of mathematical models and computer algorithms to analyse the influence level of each identified error source.
We developed one assymmetric robotic structure 2UPS+PRP, with the following characteristics: mobility 3 with three translations in the space, reduced number of componentes and displacement in z direction independent from the displacents in the x and y directions. We presented the computer algorithms to map the kinematic, geometric and elastic errors, throw the discretization of the available workspace, based on the Jacobian matrices and the virtual work principle.
With regard to the tool position deviation mappings obtained, we reach to some conclusions. The major kinematic errors occurred when the imprecisions imposed to the two lateral actuatores had opposed signals. The geometric errors with dimensional tolerances in the IT5 work class, were the more relevant among the considered errors. The elastic errors, considering finishing manufacturing forces, were the less relevent among the considered errors, being expressive the influence of the rigidity of the universal and spherical jounts. The utilization of the virtual work principle and concentrated rigidity parameters, showed to be efficacious and efficient, compared to the SMA (astructural matrice analisis) and the FEM (finite elements methode), because of the minor work to develop its formulations end the reduced computer time to its prosecution. Keywords: precision, machine-tool, milling process, parallel robot.
VII
RESUMO
Esta tese tem por objetivo estudar a precisão de uma nova estrutura robótica para operações de fresamento, em substituição às convencionais maquinas-ferramentas seriais, especialmente as fresadoras e os centros de usinagem CNC. A estrutura proposta está baseada no conceito da cinemática paralela, tendo a análise da precisão sido realizada em função do mapeamento dos erros de posicionamento da ferramenta de corte dentro do espaço de trabalho disponível, durante operação de fresamento de acabamento, aplicando modelagem matemática. A motivação está na busca por altos desempenhos e as estruturas robóticas paralelas possuem diversas vantagens perante as estruturas seriais: construção modular, massa reduzida, altas velocidades/acelerações. Por outro lado, há ainda problemas a serem solucionados, como: garantia da precisão, otimização do espaço de trabalho e redução/eliminação de singularidades.
A metodologia aplicada no desenvolvimento deste trabalho compreende quatro etapas: a proposta de uma nova estrutura robótica desenvolvida a partir de métodos de síntese existentes; o desenvolvimento de modelos matemáticos para caracterizar o seu comportamento cinemático; a identificação das fontes de erro que influenciam no desvio de posição da ferramenta; a elaboração de modelos matemáticos e algorítmos computacionais para analisar o grau de influência de cada fonte de erro identificada.
Desenvolvemos uma estrutura robótica de topologia assimétrica 2UPS+PRP, com as seguintes características: mobilidade 3 com três translações no espaço, reduzido número de componentes e movimento na direção z independente dos movimentos nas direções x e y. Apresentamos os algoritmos computacionais para mapear os erros cinemáticos, geométricos e elásticos através da discretização do espaço de trabalho disponível, baseado nas matrizes Jacobianas e no princípio do trabalho virtual.
Com relação aos mapeamentos dos desvios de posição da ferramenta obtidos, chegamos a algumas conclusões. Os maiores erros cinemáticos ocorreram quando as imprecisões impostas aos dois membros motores laterais tinham sinais contrários. Os erros geométricos com tolerâncias dimensionais na classe de trabalho IT5, foram os mais relevantes dentre os erros considerados. Os erros elásticos, considerando forças de usinagem de acabamento, foram os menos relevantes entre os erros considerados, sendo expressiva a influência da rigidez das juntas universais e esféricas. A utilização do princípio do trabalho virtual, com parâmetros de rigidez concentrados, mostrou ser eficaz e eficiente, comparado ao SMA (análise da matriz estrutural) e ao FEM (método dos elementos finitos), devido ao menor trabalho para o desenvolvimento da sua formulação e ao tempo computacional reduzido para o seu processamento. Palavras-chave: precisão, máquina-ferramenta, processo de fresamento, robô paralelo.
VIII
SUMÁRIO
TÍTULO
LISTA DE SÍMBOLOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO______________________________________________________1
1.1 Apresentação__________________________________________________________1
1.2 Motivação_____________________________________________________________3
1.3 Objetivo______________________________________________________________3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA__________________________________________4
2.1 Fundamentos acerca de estruturas robóticas paralelas___________________________5
2.2 Comparações entre estruturas seriais , paralelas e híbridas_______________________8
2.3 Classificação topológica de estruturas robóticas paralelas ______________________16
2.4 Síntese topológica para estruturas robóticas paralelas__________________________18
2.5 Análise cinemática de estruturas robóticas paralelas___________________________22
2.6 Jacobianos – erros e singularidades em estruturas robóticas paralelas______________23
2.7 Espaço de trabalho de estruturas robóticas paralelas___________________________26
2.8 Avaliação do desempenho de estruturas robóticas paralelas_____________________27
2.8.1 Erros por deformações
elásticas____________________________________________28
2.8.2 Erros por imprecisões geométrica e
cinemáticas________________________________35
2.8.3 Erros por dilatações
térmicas_______________________________________________40
2.9 Comentários acerca da revisão bibliográfica_________________________________41
3 METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO________42
3.1 Síntese da estrutura robótica paralela______________________________________42
3.2 Desenvolvimento de modelos matemáticos da estrutura paralela_________________43
3.3 Identificação das prováveis fontes de erro __________________________________43
3.4 Desenvolvimento de modelos que quantifiquem cada uma das fontes de erro
consideradas ___________________________________________________________44
4 SÍNTESE DA ESTRUTURA ROBÓTICA PARALELA ____________________45
4.1 Método alternativo de síntese_____________________________________________45
4.2 Descrição da estrutura robótica paralela_____________________________________46
4.3 Verificação da mobilidade e conectividade da estrutura paralela sintetizada________48
IX
4.4 Discussão ____________________________________________________________48
5 ANÁLISE CINEMÁTICA DA ESTRUTURA PARALELA 2UPS+PRP________52
5.1 Coordenadas de localização da ferramenta e deslocamentos dos atuadores_________52
5.2 Análise de posições: cinemática inversa e direta______________________________55
5.3 Análise de velocidades e configurações singulares____________________________58
5.4 Método para avaliação do espaço de trabalho________________________________63
5.5 Discussão____________________________________________________________70
6 ANÁLISE DOS ERROS CINEMÁTICOS DA ESTRUTURA PARALELA
2UPS+PRP_________________________________________________________72
6.1 Relação entre os erros de posicionamento da ferramenta e os associados aos atuadores
______________________________________________________________________72
6.2 Cálculo dos erros cinemáticos____________________________________________73
6.3 Mapeamento dos erros cinemáticos________________________________________74
6.4 Discussão ____________________________________________________________81
7 ANÁLISE DOS ERROS GEOMÉTRICOS DA ESTRUTURA PARALELA
2UPS+PRP________________________________________________________86
7.1 Relação entre os erros de posicionamento da ferramenta e os erros associados às
imprecisões na localização das juntas nos membros ativos _____________________88
7.2 Cálculo dos erros geométricos___________________________________________91
7.3 Mapeamento dos erros geométricos_______________________________________91
7.4 Análise da sensibilidade aos parâmetros da estrutura paralela___________________97
7.5 Discussão ___________________________________________________________100
8 ANÁLISE DOS ERROS ELÁSTICOS DA ESTRUTURA PARALELA
2UPS+PRP________________________________________________________104
8.1 Desenvolvimento do modelo para avaliação do erro elástico ___________________104
8.2 Cálculo da rigidez de cada um dos membros ativos___________________________109
8.3 Cálculo da força de usinagem____________________________________________114
8.4 Mapeamento dos erros elásticos _________________________________________ 119
8.5 Discussão ___________________________________________________________126
9 VALIDAÇÕES DOS MODELOS MATEMÁTICOS______________________128
9.1 Validação dos modelos geométrico e cinemático de posição____________________128
9.2 Validação do modelo elástico de posição __________________________________132
10 CONCLUSÃO____________________________________________________144
11 TRABALHOS FUTUROS __________________________________________147
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS___________________________________149
X
APÊNDICE A – MAPEAMENTOS DOS ERROS DA ESTRUTURA 2UPS+PRP_155
APÊNDICE B – LISTAGEM DO PROGRAMA DA ESTRUTURA 2UPS+PRP___204
LISTA DE SÍMBOLOS
αc Ângulo de incidência do dente da fresa
β Curso da junta universal
βc Ângulo de corte do dente da fresa
γc Ângulo de saída do dente da fresa
δπ Desvio dos parâmetros geométricos
δθ Desvio angular da plataforma móvel no ponto P em coordenadas
cilíndricas
δH Desvio da posição vertical da plataforma móvel no ponto P em
coordenadas cilíndricas
δP Desvio da posição do ponto P localizado na plataforma móvel em
coordenadas cartesianas
δR Desvio radial da posição da plataforma móvel no ponto P em
coordenadas cilíndricas
δq Erro dos atuadores
δp Erro de posicionamento da plataforma móvel
χ Matriz de rigidez local dos atuadores ou membros motores
κ Índice de condicionamento
κE Índice de condicionamento pela norma Euclidiana
Кr Ângulo da aresta de corte da fresa com a peça usinada
λ Índice da ordem do espaço de trabalho (bi ou tridimensional)
λi Menor autovalor não negativo
λs Maior autovalor não negativo
XI
φC0 Ângulo de contato entre a fresa e a peça usinada
φC Ângulo de atuação da força de corte adotado pelo autor
φ Curso da junta esférica
σe Limite de resistência ao escoamento
Π Vetor de parâmetros geométricos
θ Orientação angular da plataforma móvel em torno ao eixo
z e com posição inicial sobre o eixo x
ae Penetração de trabalho no fresamento
A Área transversal
ap Profundidade de corte no fresamento
C Junta cilíndrica, Conectividade
cθ Cosseno do ângulo θ
Ck Conectividade parcial
CT Conectividade total
d Diâmetro
de Diâmentro externo
Df Diametro da fresa
di Diamentro interno
E Módulo de elasticidade
f Vetor de funções nulas
F Força atuante no ponto P da plataforma móvel
Fc Força de corte
Ff Força de avanço
Fu Força de usinagem
ff Avanço por rotação da fresa
Ft Componente tangencial da força de usinagem atuante
XII
Fr Componente radial da força de usinagem atuante
Fx Componente da força de usinagem atuante na direção x
Fy Componente da força de usinagem atuante na direção y
Fz Componente da força de usinagematuante na direção z
fZ Avanço da fresa por dente
GL Graus de liberdade
h Deslocamento fornecido pelo atuador ou membro motor
H Posição vertical do ponto P na plataforma móvel em coordenadas
cilíndricas, junta helicoidal
hC Espessura do cavaco
I Matriz identidade
ICG Índice de condicionamento global
IG Índice de desempenho global
IT Qualidade de trabalho (International Tolerance)
J Jacobiano, matriz jacobiana
Jπ Matriz jacobiana dos parâmetros geométricos
Jc Matriz jacobiana cinemática total
Jg Matriz jacobiana geométrica total
Jp Matriz jacobiana da plataforma móvel
Jq Matriz jacobiana das juntas motoras
k Rigidez
KC Força de corte específica segundo Kienzle
KC11 Força de corte específica para cavaco de secção igual a 1mm2 segundo
Kienzle
K Matriz de rigidez dos membros motores no sistema global
Lf Largura da fresa
XIII
ls Coordenada do centro da junta esférica
lu Coordenada do centro da junta universal
m Número de membros ativos
M Mobilidade
mc Coeficiente do material usinado segundo Kienzle
n Número total de elos
N Número total de pontos pertencentes ao espaço de trabalho
nf Rotação da fresa
npj Número de juntas que permite j graus de liberdade
P Posição da ferramenta na plataforma móvel, junta prismática
p Vetor de localização da plataforma móvel
p& Vetor de velocidade das plataforma móvel
q Vetor de deslocamentos impostos pelas juntas motoras
q& Vetor de velocidades das juntas motoras
R Posiçao radial do ponto P na plataforma móvel em coordenadas
cilíndricas, junta de revolução
S Sensibilidade média, junta esférica
sθ Seno do ângulo θ
V Volume do espaço de trabalho
vi Versor posição de montagem das juntas universais JUi
vc Velocidade de corte
vf Velocidade de avanço
W Espaço de trabalho funcional
U Junta universal
wi Versor posição de montagem das juntas esféricas JSi
Zf Número de dentes da fresa
XIV
LISTA DE FIGURAS
1.1 - Torno CNC Centur 30D da ROMI.
XV
1.2 - Modelo de uma estrutura cinemática paralela segundo Stewart.
2.1 - Cadeias cinemáticas, (HESS-COELHO, 2005). a) aberta; b) fechada.
2.2 - Esquema de estrutura robótica de cinemática paralela (HESS-COELHO, 2005).
2.3 - Fresadora CNC Universal MH-700C MAHO.
2.4 - Centro de usinagem “VMC 135E”, (RASZL e HESS-COELHO, 2005).
2.5 - Estrutura paralela: (a) primeiro simulador de vôo construído por Claus Cappel na
década de 1960; (b) simulador de entretenimento “MD-11”,
(HESS-COELHO, 2008).
2.6 Manipulador pega-e-põe IRB 340 FlexPicker da ABB, (HESS-COELHO, 2005).
2.7 - Máquina-ferramenta paralela Cosmos Center PM-600 de 5 eixos da Okuma
(MERLET, 206b).
2.8 - Estrutura robótica paralela hexapode CMW 300 da CMW,
(RASZL e HESS-COELHO, 2005).
2.9 - Estrutura robótica paralela tripode Ulysses da Fatronik,
(RASZL e HESS-COELHO, 2005).
2.10 - Máquina-ferramenta híbrida Tricept 805 da SMT,
(RASZL e HESS-COELHO, 2005).
2.11 - Modelos cinemáticos de estruturas paralela simétricas: (a) 6UPS (STEWART,
1966), (b) 6RUS (BONEV e GOSSELIN, 2000).
2.12 - Esquemas de estruturas paralelas assimérticas (HESS-COELHO, 2008):
(a) 3UPS+CP; (b) 3PUS+CP.
2.13 - Mecanismo paralelo RRRRRR (HESS-COELHO, 2008).
2.14 - Mecanismo paralelo 3 RRR (HESS-COELHO, 2005).
2.15 - Estrutura paralela Neos-Tricept da ABB, (HESS-COELHO, 2005): a) foto;
b) modelo cinemático.
2.16 - Estrutura paralela 2RUS+PRP (HESS-COELHO, 2007).
2.17 - Configuração singular de movimento incontrolável no interior do espaço de
trabalho, em um mecanismo plano RRRRR (HESS-COELHO, 2005).
2.18 - Configuração singular de redução de movimento, limitando o espaço
de trabalho, em um mecanismo plano RRRRR (HESS-COELHO, 2005).
XVI
2.19 - Espaço de trabalho. a) Delta 4 (STAMPER et al, 1997); b) Tricept
(XI et al, 2004).
2.20 - Estrutura paralela Ortoglide (MAJOU et al, 2006): (a) foto; (b) modelo
cinemático.
2.21 - Estrutura paralela Isoglide (RIZK et al., 2007) : (a) 3-T3 ; (b) 4-T3R1.
2.22 - Tripode 3PRS. (XI et al.,2004).
2.23 - Estruturas paralelas (XI et al., 2004): a) Tricept; b) George V; (c) Z3.
2.24 - Elipsóide de manipulabilidade, (MERLET, 2007).
2.25 - Estrutura paralela (BRIOT e BONEV, 2007): (a) 3 RPR; (b) 3 PRP .
2.26 - Influência dos parametros geométricos e cinemáticos na posição final do
manipulador da Ortoglide (CARO et al., 2007).
2.27 - Estrutura paralela 3PRS (VERNET et al., 2005) : (a) foto; (b) modelo
cinemático.
2.28 - Efeitos da deformação elástica. a) dilatações térmicas unidirecionais;
b) distribuição das temperaturas em função da entrada de calor.
2.29 - Fluxo de calor através de uma junta (RAMESH et al., 2000).
4.1 - Membro central e a plataforma móvel com a ferramenta.
4.2 - Estrutura robótica tridimensional com cinemática paralela assimétrica
2UPS+PRP.
4.3 - Localização do motor da estrutura 2UPS+PRP: (a) base fixa; (b) plataforma
móvel.
4.4 - Diagramas cinemáticos das arquiteturas da família: (a) 2UPS+PRP;
(b) 2PUS+PRP; (c) 2RUS+PRP.
4.5 - Tricept IRB 940 da ABB (MERLET, 2006b).
4.6 – (a) Ortoglide (PASHKEVICH, 2005); (b) Tripteron (Laboratoire de
Robotique Université Laval).
5.1 - Modelo cinemático da estrutura robótica 2UPS+PRP, com indicação das
coordenadas do ponto P (ferramenta) e os deslocamentos dos atuadores:
(a) vista superior; (b) vista lateral.
5.2 - Configurações possíveis para h2 = 1,544 m, h1 = 0,620 m e h3 = 0 m:
(a) R = 1 m e θθθθ = 30º; (b) R = 0,5 m e θθθθ = 83º.
XVII
5.3 - Configurações da estrutura paralela quando: (a) h1 = 0; (b) h2 = 0 ; (c) h1 = h2 = 0.
5.4 - Notação empregada para formulação alternativa da análise de velocidades.
(a) vista superior no plano ρτ; (b) vista espacial de h1; (c) vista espacial de h2.
5.5 – (a) Configuração singular obtida quando 0det =Jp ; (b) P em movimento e se
aproximando da posição singular.
5.6 - Fluxograma do algorítmo para avaliação do espaço de trabalho.
5.7 - Membro lateral destacando as juntas esférica e universal.
5.8 - Junta universal.
5.9 - Espaço de trabalho teórico, baseado na posição de referência H = 0 ,
sem mostrar a sua redução conforme se afasta de H = 0.
5.10 - Superfícies de trabalho: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
6.1 - Estrutura robótica 2UPS+PRP com erros cinemáticos nas direções: (a) xb e (b) yb.
6.2 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situação simétrica, sendo dh1 = dh2 = dh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
6.3 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situação simétrica, sendo dh1 = dh2 = dh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
6.4 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situação assimétrica, sendo dh1 = -dh2 = dh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
6.5 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situação assimétrica, sendo dh1 = -dh2 = dh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
6.6 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situações simétricas e assimétricas para H = 0 mm e dh3 = 5 µm:
(a) para dh1 = dh2 = 5 µm; (b) para dh1 = dh2 = - 5 µm;
XVIII
(c) para dh1 = - dh2 = 5 µm; (d) para - dh1 = dh2 = 5 µm.
6.7 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situações simétricas e assimétricas para H = 0 mm e dh3 = 5 µm:
(a) para dh1 = dh2 = 5 µm; (b) para dh1 = dh2 = - 5 µm;
(c) para dh1 = - dh2 = 5 µm; (d) para - dh1 = dh2 = 5 µm.
6.8 - Caso particular para interpretação dos erros.
6.9 - Mapeamento do erro na direção xb, para H = 0 m, dh1 = dh2 = 5 µm,
ls = 0,2 m, lu = 2.ls, sem restrição dos cursos das juntas.
7.1 - Estrutura robótica 2UPS+PRP com erros geométricos nas direções: (a) xb e (b) yb.
7.2 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
com tolerâncias simétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.7.12: Erro de posição δX na superfície de trabalho
localizada em Z = 300 mm.
7.3 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
com tolerâncias simétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.7.14: Erro de posição δX na superfície de trabalho
localizada em Z = 500 mm.
7.4 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
com tolerâncias assimétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.7.16: Erro de posição δY na superfície de trabalho
localizada em Z = 0 mm.
7.5 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
com tolerâncias assimétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.7.18: Erro de posição δY na superfície de trabalho
localizada em Z = 200 mm.
7.6 - Sensibilidade média aos parâmetros 1 a 12, em relação a dθ:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
7.7 - Sensibilidade média aos parâmetros 1 a 12, em relação a dR:
XIX
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
7.8 - Fuso de rolamentos de esferas com castanha (junta prismática).
7.9 - Juntas mecânicas: (a) universal; (b) esférica.
8.1 - Representação simplificada da estrutura 2UPS+PRP, para desenvolvimento do
modelo elástico.
8.2 - Forças atuantes nas molas de rigidez k1, k2 e k3.
8.3 - Força Fr
atuante no ponto P e os vetores ρr
, τr
, i , j e k .
8.4 - Determinação da rigidez dos membros laterais: (a) modelo cinemático;
(b) modelo elástico.
8.5 - Vista em corte do membro lateral, para determinação da rigidez do fuso.
8.6 – Vista do membro central, para determinação da rigidez do fuso.
8.7 - Exemplo de processo de fresamento.
8.8 - Oscilação da força de usinagem.
8.9 - Vista superior da composição da força de usinagem.
8.10 – Fresamento: (a) na direção xb; (b) na direção yb.
8.11 - Estrutura robótica 2UPS+PRP com erros elásticos nas direções: (a) xb e (b) yb.
8.12 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção xb
e movimento de avanço na direção xb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
8.13 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção yb
e movimento de avanço na direção xb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480; (f) para H = 600 mm.
8.14 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção xb
e movimento de avanço na direção yb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 ; (f) para H = 600 mm.
8.15 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção yb
e movimento de avanço na direção yb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
XX
9.1 - Superfície de trabalho para H = 0 mm, com cotas em centímetros, obtida através
de programa para desenhos AUTOCAD.
9.2 - Superfície de trabalho em H = 0 mm, obtida com MATLAB.
9.3 - Situações de aferição dos modelos geométrico e cinemático.
9.4 - Modelo para equacionamento geométrico.
9.5 - Posições de aferição do modelo de erro elástico.
9.6 - Pontos de fixação com deslocamento nulo.
9.7 - Posição 1 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
9.8 - Posição 1 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
9.9 - Posição 2 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
9.10 - Posição 2 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
9.11 - Posição 3 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
9.12 - Posição 3 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
9.13 - Posição 4 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
9.14 - Posição 4 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
9.15 - Erros elásticos δx e δy para Fx = 100 N e Fy = 0 N: (a) posição 1; (b) posição 2;
(c) posição 3; (d) posição 4.
9.16 - Erros elásticos δx e δy para Fx = 0 N e Fy =100 N: (a) posição 1; (b) posição 2;
(c) posição 3; (d) posição 4.
10.1 - Esquema de estrutura robótica 2UPS+PRP com configuração “estrela”.
XXI
LISTA DE TABELAS
2.1 - Tipos de elos e suas representações esquemáticas.
2.2 - Tipos de juntas (SUH e RADCLIFFE, 1978).
2.3 - Dados técnicos do centro de usinagem “VMC 135E”.
2.4 - Dados técnicos da estrutura paralela hexapode CMW 300 da CMW.
2.5 - Dados técnicos da estrutura paralela tripode Ulysses da Fatronik.
2.6 - Dados técnicos da máquina-ferramenta híbrida Tricept 805 da SMT.
2.7 - Comparativo entre estruturas seriais, paralelas e híbridas.
5.1 - Parâmetros adotados para a análise da estrutura robótica paralela 2UPS+PRP.
5.2 - Limites dos cursos das juntas prismáticas, assim como universais e
esféricas utilizados no estudo (CATÁLOGO INA,1966).
6.1 - Comparação entre os métodos para o cálculo de c
xdP e c
ydP , para R = 1 m,
θ = 20 º, H = 0 m, dh1 = - dh2 = 5 µm.
6.2 - Desvios percentuais associados aos valores de c
xdP e c
ydP , referentes à tabela 6.1.
6.3 - Comparação entre os métodos para o cálculo de c
xdP e c
ydP , para R = 1 m,
θ =20 º , dh1 = dh2 = 5 µm.
6.4 - Desvios percentuais associados aos valores de c
xdP e c
ydP , referentes à tabela 6.3.
7.1 - Tolerâncias referentes aos parâmetros da estrutura paralela 2UPS+PRP.
8.1 - Materiais da estrutura robótica 2UPS+PRP.
8.2 - Ferramenta de corte utilizada na simulação do processo de fresamento.
8.3 - Condições de operação utilizados na simulação do processo de fresamento.
8.4 - Material da peça usinada na simulação do processo de fresagem.
9.1 - Dados dimensionais para aferição do modelo de erro cinemático.
9.2 - Resultados comparativos das aferições do modelo cinemático de posição.
9.3 - Posições dadas para aferição do modelo de erro elástico.
9.4 - Forças aplicadas no ponto P da plataforma móvel.
9.5 - Resultados comparativos das aferições do modelo elástico de posição.
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
A fabricação de peças através de processos de usinagem é tradicionalmente
realizada por máquinas-ferramentas bastante conhecidas no mercado, podendo ser
citadas dentre as mais antigas as fresadoras e os tornos mecânicos (fig. 1.1). Estas
máquinas de uso convencional, possuem estrutura cinemática serial, com translação em
3 eixos ortogonais entre si e atingem velocidades de avanço entre 25 a 30 m/min e
precisões entre 2 a 5 µm, devendo-se notar entretanto que tais valores já estão chegando
ao seu extremo, em função dos limites tecnológicos destas máquinas.
Fig. 1.1 - Torno CNC Centur 30D da ROMI.
Apesar destas limitações, a demanda dos setores automobilístico, aeronáutico,
eletrônico, alimentício, farmacêutico e cirúrgico, exigem a busca constante por
mecanismos, máquinas ou sistemas operacionais que tragam níveis de desempenho cada
vez mais elevados na fabricação, montagem e manipulação de peças.
Entende-se por alto desempenho, a obtenção de altas precisões em todas as
regiões do espaço de trabalho disponível, envolvendo simultaneamente altas cargas
aplicadas e altas velocidades de avanço relativas entre a peça manuseada ou trabalhada
e a garra ou a ferramenta de corte.
Para atingir tais objetivos, as comunidades acadêmica e industrial vêm buscando
alternativas para as máquinas-ferramentas convencionais. Neste sentido, estão
2
demonstrando um especial e crescente interesse pelas estruturas robóticas de cinemática
paralela. As estruturas de cinemática paralela podem apresentar construções bastante
diversas, mas de uma maneira geral é possível dizer que elas se baseiam em uma
plataforma móvel P sustentada por diversos membros li unidos a uma base fixa B
através de juntas Pi e Bi nas suas extremidades (fig. 1.2).
Fig. 1.2 - Modelo de uma estrutura cinemática paralela segundo Stewart.
Nas máquinas com este tipo de estrutura, a plataforma móvel pode se deslocar
em todas as direções dentro do espaço de trabalho, em função de movimentos
provocados independentemente em cada um dos membros motores, sendo que a
ferramenta de trabalho é presa à plataforma móvel.
As estruturas de cinemática paralela apresentam algumas vantagens em relação
às máquinas com estrutura cinemática serial, como por exemplo construção modular,
massa reduzida e movimentos complexos, trazendo consigo altas velocidades e
acelerações, possibilidade de usinagem de geometrias complexas com apenas um ajuste
de máquina, construções mais baratas e menor consumo de energia o que implica em
uma maior produtividade em função de um menor tempo de ciclo de trabalho.
Por outro lado, há ainda alguns fatores a serem melhorados, tais como o tamanho
e a regularidade do espaço de trabalho, a rigidez da estrutura e a sua precisão.
3
1.2 Motivação
Neste trabalho é abordado o aspecto da precisão que pode ser alcançada durante
a fabricação de produtos, específicamente em operações de usinagem, utilizando
estruturas robóticas de cinemática paralela. Uma boa meta inicial com relação à
precisão a ser obtida, está em igualá-la à das máquinas convencionais, que como
mencionado anteriormente está na faixa de 2 a 5 µm. Chegar a tais níveis de precisão e
depois ainda superá-los, pode ser considerado um dos principais problemas quanto à
utilização irrestrita das estruturas de cinemática paralela na indústria. A dificuldade em
se conseguir garantir uma alta precisão de posicionamento da ferramenta em todos os
pontos do espaço de trabalho disponível durante o processo se deve a uma série de
erros, causados, dentre outros, por imprecisões dimensionais, deformações elásticas e
dilatações térmicas.
1. 3 Objetivo
Frente às dificuldades e metas apresentadas, busca-se por intermédio deste
trabalho, trazer uma contribuição aos setores industriais e acadêmicos empenhados em
tornar possível a aplicação de estruturas robóticas de cinemática paralela em processos
de usinagem de precisão na indústria. Focando o aspecto da precisão, trabalhou-se na
proposta de uma metodologia baseada em cinemática inversa, matrizes jacobianas e
trabalho virtual para ser aplicada a estruturas paralelas, na quantificação teórica de
diversas fontes de erros individuais.
Notando ainda não se ter chegado a um consenso sobre o tipo de arquitetura
paralela mais indicado para operações de fresamento, propôe-se uma nova topologia de
máquina cinemática paralela assimétrica, desenvolvida por métodos de síntese
topológica existentes.
Aplicando a metodologia proposta à estrutura desenvolvida, foram elaborados
modelos matemáticos e algorítmos computacionais, para mapear os erros que causam
desvios de posicionamento da plataforma móvel e por conseguinte da ferramenta de
trabalho presa a esta, em função do espaço de trabalho disponível.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A presente revisão bibliográfica está focada em apresentar o histórico das
pesquisas mais recentes e relevantes realizadas, assim como da condição atual ou
“estado da arte”, destacando os critérios para a avaliação do desempenho das estruturas
com arquitetuta de cinemática paralela.
Na seção 2.1, apresentam-se os fundamentos acerca de estruturas paralelas em
geral. Além disto, busca-se nesta seção um esclarecimento quanto a terminologia
normalmente empregada na literatura. Na seção 2.2, são mostradas algumas aplicações
atuais e potenciais das estruturas paralelas, sendo também feita uma comparação quanto
ao desempenho entre estas e as estruturas seriais, mostrando as vantagens e
desvantagens de cada uma, em especial quanto à sua utilização como máquinas-
ferramentas. Na seção 2.3 é tratada a questão da topologia das estruturas paralelas,
apresentando algumas classificações segundo os critérios da mobilidade, formas de
motorização, simetria e espaço de trabalho. Na seção 2.4 são descritos alguns métodos
de síntese topológica, responsáveis pela geração de arquiteturas alternativas para a
realização de uma determinada tarefa. Na seção 2.5 se comenta sobre as análises
cinemáticas direta e inversa, bem como sobre as transformações homogêneas para
relacionar as coordenadas definidas num sistema de referência local vinculado à
plataforma móvel, com aquelas definidas num sistema de referência global vinculado à
base fixa. A seção 2.6 trata do processo de obtenção das matrizes jacobianas e a sua
importância para a avaliação de erros e verificação de ocorrência de singularidades. Na
seção 2.7, define-se o espaço de trabalho de uma estrutura paralela, além de apresentar
os métodos para a sua obtenção. Na seção 2.8 são descritas algumas das fontes de erros
mais relevantes, que interferem diretamente na precisão das estruturas paralelas e por
conseguinte na avaliação de desempenho como um todo. Finalmente, a revisão
bibliográfica se encerra na seção 2.9, com alguns comentários finais, quanto a possíveis
pesquisas relacionadas ao tema da determinação do erro, em função da enumeração de
problemas em aberto.
5
2.1 Fundamentos acerca de estruturas robóticas paralelas
As estruturas robóticas paralelas resultaram da própria evolução dos
mecanismos, entendidos como subsistemas mecânicos transformadores de movimento,
presentes em inumeras máquinas e dispositivos.
Os mecanismos são uma combinação de corpos rígidos ou resistentes, também
conhecidos por elos, de tal forma conectados, que se movam um em relação ao outro
com movimentos definidos, formando uma ou mais cadeias cinemáticas ou membros
(REULEAUX, 1875).
As cadeias cinemáticas ou membros, podem ser classificadas como abertas,
fechadas ou híbridas, dependendo de os elos das suas extremidades estarem unidos ou
não (fig. 2.1). Assim, uma cadeia cinemática é considerada fechada quando as suas duas
extremidades se encontram unidas. Já quando as duas extremidades da cadeia
cinemática estão separadas, a cadeia é considerada aberta.
Fig. 2.1 - Cadeias cinemáticas, (HESS-COELHO, 2005). (a) aberta; (b) fechada.
Os elos podem ser classificados de acordo com a sua função em: fixo, motor(es)
e movidos. O elo fixo sustenta toda a estrutura e não realiza qualquer movimento; o(s)
elo(s) motor(es) está(ão) diretamente acoplado(s) ao(s) motor(es) de acionamento e
(a) (b)
6
coloca(m) o sistema em movimento; os elos movidos se deslocam em função do
movimento imposto pelo(s) elo(s) motor(es) (HARTENBERG e DENAVIT, 1964).
Como ilustrado na tabela 2.1, os elos podem tomar a forma de bases fixas,
plataformas móveis e hastes.
Tabela 2.1 - Tipos de elos e suas representações esquemáticas.
Elo Representação esquemática
1. Haste
2. Plataforma móvel
3. Base fixa
As conexões ou uniões entre os elos, são feitas por intermédio de elementos
conhecidos como pares cinemáticos ou juntas mecânicas. Existem diversos tipos de
juntas e cada uma permite um determinado número de graus de liberdade entre os elos
por elas conectados. O termo graus de liberdade GL é uma característica associada à
junta e se refere ao número de movimentos independentes que um elo pode efetuar em
relação ao outro. Dentre as juntas, podem ser citadas as de rotação ou de revolução, as
prismáticas ou de translação, as helicoidais ou tipo rosca, as cilíndricas, as universais, as
esféricas, dentre outras.
Uma vez que cada uma destas juntas possui uma forma geométrica básica,
porém podendo assumir diferentes formas construtivas, adotam-se algumas
representações esquemáticas para facilitar o seu desenho na estrutura, como ilustrado na
tabela 2.2 (SUH e RADCLIFFE, 1978).
7
Tabela 2.2 - Tipos de juntas (SUH e RADCLIFFE, 1978).
Junta Geometria Representação GL
1. Revolução (R)
1
2. Prismática (P)
1
3. Helicoidal (H)
1
4. Cilíndrica (C)
2
5. Universal (U)
2
6. Esférica (S)
3
Nas estruturas robótica de cinemática paralela, a base fixa e a plataforma móvel
são os dois elos principais, os quais são unidos entre si por duas ou mais cadeias
cinemáticas independentes (MERLET, 2000; HESS-COELHO, 2005). Na plataforma
móvel, encontra-se a garra ou ferramenta de trabalho, que se move num espaço de
trabalho bidimensional ou tridimensional, em função de deslocamentos impostos pelos
motores instalados em cada uma dos membros ou cadeias cinemáticas independentes.
Dois membros são considerados independentes, quando o movimento de um
membro não é afetado pelo movimento do outro. Por outro lado, dois membros são
considerados dependentes no caso em que o movimento de um membro é determinado
pelo do outro. A fig. 2.2 mostra uma vista esquemática de uma estrutura robótica de
cinemática paralela genérica.
8
Fig. 2.2 - Esquema de estrutura robótica de cinemática paralela (HESS-COELHO,
2005).
2.2 Comparações entre estruturas seriais, paralelas e híbridas
2.2.1 Estruturas seriais
Dentre as estruturas seriais mais antigas e tradicionais estão as máquinas-
ferramentas como o torno mecânico e a fresadora (fig. 2.3). Nestas máquinas-
ferramentas, os deslocamentos ocorrem em função do movimento relativo de translação
de três guias sobrepostas, nas direções dos eixos ortogonais coordenados x, y, z do
sistema cartesiano.
Fig. 2.3 - Fresadora CNC Universal MH-700C MAHO.
Plataforma móvel
Base Fixa
Junta mecânica
Elo
9
Destas máquinas, evoluíram os modernos centros de usinagem com CNC
(Comando Numérico Computadorizado), sendo apresentado a seguir como exemplo o
VMC 135E (fig. 2.4).
Fig. 2.4 - Centro de usinagem “VMC 135E” (RASZL e HESS-COELHO, 2005).
Tab. 2.3 - Dados técnicos do centro de usinagem “VMC 135E”.
Precisão de posição 3 [µm]
Espaço de trabalho 800 [dm3]
2.2.2 Estruturas paralelas
As primeiras estruturas paralelas surgiram no final da década de 1940, têndo
encontrado utilidade prática principalmente a partir da década de 1960. Assim, durante
as décadas de 1960 e 1970 eram empregadas básicamente como máquinas de testes de
rodagem, simuladores de vôo para treinamentos (fig. 2.5a) ou equipamentos de
entretenimento em centros de lazer (fig. 2.5b).
10
a b
Fig. 2.5 - Estrutura paralela: (a) primeiro simulador de vôo construído por Claus Cappel
na década de 1960; (b) simulador de treinamento “MD-11”, (HESS-
COELHO, 2008).
Na década de 1980, as estruturas paralelas começaram também a ser empregadas
como manipuladores robóticos, especialmente para operações pega-e-põe de altas
velocidades, mas onde não havia a exigência de grandes precisões. Dentre estes
manipuladores, destacam-se os baseados na estrutura tipo Delta, constituida por
diversos paralelogramos unidos a uma plataforma móvel, como a IRB 340 FlexPicker
da ABB (fig. 2.6). Suas velocidades chegam a 10 m/s e as acelerações a 100 m/s2.
11
Fig. 2.6 - Manipulador pega-e-põe IRB 340 FlexPicker da ABB, (HESS-COELHO,
2005).
Foi sómente em meados da década de 1990 que as estruturas robóticas de
cinemática paralela passaram a despertar um interesse maior por parte da industria e
universidades, para aplicações como máquinas-ferramentas (fig. 2.7), como alternativa
às estruturas de cinemática serial convencionalmente utilizadas.
Fig. 2.7 - Máquina-ferramenta paralela Cosmos Center PM-600 de 5 eixos da Okuma
(MERLET, 2006b).
12
As estruturas paralelas possuem determinadas características técnicas que as
fazem ter uma série de vantagens em relação às estruturas seriais. Elas têm massa
reduzida, pelo fato de serem constituídas por cadeias cinemáticas que atuam
simultâneamente sobre a plataforma móvel e por seus motores estarem localizados na
base ou junto a esta, resultando em uma resposta dinâmica rápida em termos de
velocidade e aceleração, assim como em uma alta relação carga/peso (MERLET, 2000).
Suas construções são modulares, devido ao uso repetido de elementos idênticos como
elos e motores, resultando em montagens mais simples e na redução do custo total
(WECK e SCHUMACHER, 1998). Proporcionam alta flexibilidade de movimentos
resultando em uma única preparação de máquina.
Contudo, as estruturas paralelas apresentam também algumas desvantagens em
relação às estruturas seriais. Elas têm uma complexidade mecânica maior, em virtude da
montagem e devido aos elementos que o constituem. Necessitam de um controle
complexo envolvendo até seis motores, em seu caso mais geral, mesmo para realizar
uma simples trajetória retílinea. Existe a possibilidade da ocorrência de singularidades,
principalmente por colisão entre seus membros. Apresentam uma relação desfavorável
entre o seu espaço de trabalho e o volume ocupado pelo sistema. E principalmente, há
problemas em atingir altas precisões, quanto ao posicionamento e orientação da
ferramenta de trabalho.
Para solucionar estes problemas, e assim obter sistemas com desempenhos
globais cada vez mais elevados, os centros de pesquisas acadêmicos e industriais vêm
trabalhando intensamente, apresentando protótipos com topologias alternativas e
desenvolvendo novos modelos matemáticos. Estes desempenhos globais se referem à
melhoria das caraterísticas negativas, como por exemplo a falta de precisão, mas sem
perda das características positivas, como as altas velocidades e acelerações.
Até o final da década de 1990, houve um predomínio das estruturas hexapodes,
com mobilidade seis. A mobilidade M é uma característica associada ao mecanismo
como um todo e se refere ao número de movimentos independentes possíveis que os
elos móveis de uma estrutura com cinemática paralela podem realizar. Frequentemente
a mobilidade coincide com o número de motores.
Como exemplo é apresentado a seguir o centro de usinagem CMW 300 da CMW
(fig. 2.8).
13
Fig. 2.8 - Estrutura robótica paralela hexapode CMW 300 da CMW,
(RASZL e HESS-COELHO, 2005).
Tabela 2.4 - Dados técnicos da estrutura paralela hexapode CMW 300 da CMW.
Precisão de posição 12 [µm]
Espaço de trabalho 90 [dm3]
A partir do início da década de 2000 até os dias atuais, os desenvolvimentos se
voltaram para as estruturas cinemáticas paralelas com menor mobilidade,
principalmente as tripodes, com mobilidade três. A adoção destas arquiteturas, em
substituição às hexapodes, de mobilidade seis, resulta na utilização de sistemas de
menor complexidade mecânica, que traz como conseqüência a simplificação no
controle, uma melhor relação entre o tamanho da estrutura e o espaço de trabalho
disponível e a redução no seu custo por conter um número menor de componentes.
Como exemplo é apresentado a seguir o Ulysses da Fatronik (fig. 2.9).
14
Fig. 2.9 - Estrutura robótica paralela tripode Ulysses da Fatronik,
(RASZL e HESS-COELHO, 2005).
Tabela 2.5 - Dados técnicos da estrutura paralela tripode Ulysses da Fatronik.
Precisão -- [µm]
Espaço de trabalho 200 [dm3]
2.2.3 Estruturas híbridas
Outra tendência observada é a utilização de arquiteturas híbridas, ou seja, a
combinação de estruturas paralelas com seriais, de modo a aproveitar os pontos
favoráveis associados ao emprego destes diferentes tipos de mecanismos. Desta forma,
pode-se alcançar um espaço de trabalho de translação ou orientação maior.
Como exemplos é apresentado a seguir o Tricept 805 da SMT (fig. 2.10).
15
Fig. 2.10 - Máquina-ferramenta híbrida Tricept 805 da SMT,
(RASZL e HESS-COELHO, 2005).
Tabela 2.6 - Dados técnicos da máquina-ferramenta híbrida Tricept 805 da SMT.
Precisão 50 [µm]
Espaço de trabalho 900 [dm3]
Para melhor poder comparar as estruturas apresentadas, com relação à precisão,
e ao espaço de trabalho, a tabela 2.7 reune os respectivos dados das tabelas 2.3 a 2.6.
Tabela 2.7 - Comparativo entre estruturas seriais, paralelas e híbridas.
Estrutura Modelo Precisão de posição
[µm]
Espaço de trabalho
[dm3]
Serial VMC 135E 3 800
Paralela hexapode CMW 300 12 90
Paralela tripode Ulysses -- 200
Híbrida Tricept 805 50 900
16
2.3 Classificação topológica de estruturas robóticas paralelas
Devido às características das estruturas robóticas de cinemática paralela, é
possível conceber uma infinidade de topologias, geradas a partir de diferentes
combinações de seus membros ou cadeias cinemáticas independentes. Assim, devido à
enorme variedade de combinações topológicas possíveis, surgiram diversas maneiras de
se classificar as estruturas cinemáticas paralelas em grupos ou famílias. Dentre outras,
podem ser citadas as classificações com relação aos graus de mobilidade, à forma de
atuação ou motorização, à simetria e ao espaço de trabalho da estrutura.
A classificação em função dos graus de mobilidade é feita de acordo com o
número de movimentos independentes possíveis que os elos móveis da estrutura
cinemática podem realizar. Nas estruturas cinemáticas paralelas, os graus de mobilidade
podem variar entre um a seis. Dentre as mais tradicionais, estão as hexapodes, com seis
graus de mobilidade e as tripodes com três graus de mobilidade.
A classificação quanto a forma de atuação ou motorização é feita de acordo
com os tipos de motores utilizados, que podem ser rotativos ou lineares. Os motores
rotativos são preferívelmente utilizados em robôs manipuladores e os motores lineares
mais utilizados em máquinas-ferramentas, devido às relação de transmissão com
elevadas reduções de velocidades. Quando nos referimos a motores lineares, queremos
dizer juntas prismáticas ativas, o que engloba diferentes soluções construtivas, tais
como cilindros hidráulicos ou pneumáticos, motores elétricos rotativos acoplados a
fusos de esferas recirculantes ou mesmo motores elétricos lineares.
A classificação em função da simetria é feita separando as estruturas paralelas
em simétricas e assimétricas. As estruturas simétricas contém membros independentes
idênticos, apresentando o mesmo número e tipo de juntas, dispostas na mesma
sequência. Por outro lado, as estruturas assimétricas são aquelas que não satisfazem a
definição anterior. Desta forma, o sentido da simetria não é geométrico, mas sim
topológico.
Quanto à dimensão do espaço de trabalho, as estruturas podem ser
bidimensionais ou tridimensionais. Nas estruturas bidimensionais, os elos móveis
executam movimentos em planos que sejam paralelos entre si. As estruturas
tridimensionais, por sua vez, são representadas por aquelas que não satisfaçam as
condições definidas para estruturas bidimensionais.
17
Para uma correta e uniforme identificação de cada tipo de estrutura robótica de
cinemática paralela desenvolvida, se convencionou o emprego de uma notação literal
(BONEV, 2001). Esta notação se baseia numa representação por meio de letras, em
função do tipo de juntas e também da seqüência em que elas aparecem na estrutura,
partindo-se da base fixa até chegar à plataforma móvel. Além disso, uma letra
sublinhada representa uma junta ativa ou motora, isto é, um dos elos associados a esta
junta está acoplado a um motor. Por conseguinte uma letra não sublinhada representa
uma junta passiva ou movida.
Dentre os tipos de estruturas paralelas simétricas podem ser citadas a 6UPS e a
6RUS, com seis graus de mobilidade (fig. 2.11). Para as do tipo 6UPS, a mais conhecida
é a plataforma Stewart-Gough (STEWART,1966), tendo diferentes geometrias sido
apresentadas por GOSSELIN (1990), GOSSELIN (1992) e BENEA (1996) entre outros.
Para as do tipo 6RUS, o mais polular é o robô Hexa proposto por Hunt em 1983
(PIERROT et al., 1990), tendo diversas geometrias sido apresentadas por ZAMANOV
(MERLET, 1996) e TAKEDA et al. (1996), entre outros.
(a) (b)
Fig. 2.11 - Modelos cinemáticos de estruturas paralela simétricas: (a) 6UPS
(STEWART, 1966), (b) 6RUS (BONEV e GOSSELIN, 2000).
Dentre os tipos de estruturas paralelas assimétricas podem ser citadas a
3UPS+CP e a 3PUS+CP, com três graus de mobilidade (fig 2.12).
18
(a) (b)
Fig. 2.12 - Esquemas de estruturas paralelas assimérticas (HESS-COELHO, 2008):
(a) 3UPS+CP; (b) 3PUS+CP.
2.4 Síntese topológica para estruturas robóticas paralelas
A finalidade da síntese topológica é a geração de arquiteturas alternativas para a
realização de uma determinada tarefa. Nesta seção são caracterizados vários métodos
propostos na literatura com este fim. Independentemente do método adotado para a
síntese topológica, é usual tomar como ponto de partida a definição da mobilidade
necessária, bem como os tipos de movimentos que viabilizarão a realização da tarefa.
Dentre os métodos propostos podem ser citados aqueles que se baseiam no critério de
Gruebler-Kutzbach e na teoria dos grupos de Lie. Além destes, há também os métodos
da enumeração de membros ativos e da adição de membro passivo.
O critério de Gruebler-Kutzbach (TSAI, 1999), definido pela equação (2.1),
costuma ser empregado para a determinação da mobilidade de uma estrutura cinemática
conhecida. No caso da síntese topológica, a mobilidade M e o índice λ são
especificados. A mobilidade está associada ao número de movimentos independentes
que a plataforma móvel deverá realizar. O índice λ corresponde à ordem do espaço em
que a estrutura irá operar, sendo três para o espaço bidimensional e seis para o espaço
tridimensional. Contudo, como a estrutura não é conhecida, não sabemos o número total
de elos n, bem como o número de juntas npj que permitem j graus de liberdade. Assim, a
partir da equação 2.1, pode-se obter uma relação entre o número total de elos n e o
número de juntas npj, com a seguinte restrição: seus valores devem ser números inteiros.
( ) ( )∑−
=
⋅−−−⋅=1
1
1λ
λλj
PjnjnM (2.1)
19
Este método pode ser aplicado no desenvolvimento de estruturas seriais ou
paralelas, porém apresenta o inconveniente de que alguns tipos de estruturas
tridimensionais não obedecem a este critério, ou seja, possuem mobilidade maior ou
menor do que a calculada. Como exemplos podem ser citados o mecanismo de Bennet
(ANANTHASURESH e KOTA, 1993) e o Tripteron (GOSSELIN et al., 2004).
O método que se baseia na teoria dos grupos de deslocamento de Lie foi
proposto por HERVÉ (1978) inicialmente para determinar a mobilidade M de
mecanismos em geral. Posteriormente, este autor estendeu este método para a geração
de estruturas cinemáticas paralelas. Considere uma estrutura paralela formada por seis
elos e contendo seis juntas de rotação, conforme a fig. 2.13 (HESS-COELHO, 2008).
Para se determinar a mobilidade da plataforma 4, admite-se inicialmente que esta esteja
apenas vinculada aos elos 1, 2 e 3. Assim, os seus movimentos independentes serão
duas translações, ao longo dos eixos x e z, e uma rotação em torno do eixo y. Por outro
lado, imaginando que a plataforma 4 estivesse vinculada aos elos 1, 5 e 6, seus
movimentos independentes seriam duas translações, ao longo dos eixos y e z, e uma
rotação em torno do eixo x. A intersecção dos movimentos possíveis previstos para a
plataforma 4 permite concluir que o único movimento independente seja a translação na
direção do eixo z. Consequentemente, a sua mobilidade será unitária.
O método proposto por Hervé é exatamente o procedimento inverso ao descrito
anteriormente, ou seja, especificam-se movimentos da plataforma móvel, investigam-se
os membros vinculados a esta plataforma, de tal forma que a intersecção dos grupos de
movimentos que cada membro permite, coincida com os movimentos desejados para a
plataforma.
Fig. 2.13 - Mecanismo paralelo RRRRRR (HESS-COELHO, 2008).
20
Para os métodos que serão descritos a seguir, é necessário apresentar a definição
de conectividade. A conectividade C de um membro corresponde à soma do número de
graus de liberdade das juntas contidas no próprio membro ou cadeia. Por outro lado, a
conectividade total CT da estrutura cinemática pode ser definida como a soma das
conectividades parciais dos seus membros (SHOHAM e ROTH, 1997).
O método de enumeração de membros ativos (HUNT, 1983; TSAI, 1999) se
baseia no critério de Gruebler-Kutzbach, sendo no entanto mais sistemático para a
determinação de estruturas paralelas. A partir da equação 2.2, calcula-se a conectividade
total CT da estrutura cinemática, admitindo-se conhecidos o índice do espaço λ e a
mobilidade M. Deve-se ressaltar que o número de membros ativos m, que conectam a
plataforma móvel à base fixa, deve ser igual à própria mobilidade M, e as
conectividades parciais Ck possuem limites inferior M e superior λ.
( ) λλ −⋅+==∑=
MCCm
k
kT 11
(2.2)
Este método é aplicado exclusivamente a estruturas cinemáticas paralelas, sendo
citado como exemplo de aplicação, o mecanismo de cinemática paralela 3RRR
representado na fig. 2.14, que possui mobilidade igual a três, tem três de graus de
liberdade por ser plano e o número de membros ativos também é igual a três. Assim,
pela equação 2.2, a conectividade total resulta igual a nove.
Fig. 2.14 - Mecanismo paralelo 3 RRR (HESS-COELHO, 2005).
21
O método de adição de um membro passivo (BROGARDH, 2002), considera
que o movimento da plataforma móvel fica limitado por um membro passivo conectado
a ela. A conectividade total CT da estrutura cinemática é calculada através da equação
2.3, impondo a restrição de que as conectividades parciais Ck dos elos ativos m devem
ser iguais ao número de graus de liberdade GL.
( ) MCCm
k
kT ⋅+==∑+
=
11
1
λ (2.3)
Este método também é aplicado exclusivamente a estruturas cinemáticas
paralelas. A máquina-ferramenta Neos-Tricept (fig. 2.15), foi projetada segundo este
método. O movimento da plataforma móvel é limitado por um membro passivo UP e a
conectividade parcial de cada um dos três membros ativos UPS é igual a 6 (seis), assim
sendo a máquina é capaz de executar 3 (três) movimentos independentes no espaço:
uma translação e duas rotações.
a b
Fig. 2.15- Estrutura paralela Neos-Tricept da ABB, apud (HESS-COELHO, 2005):
a) foto; b) modelo cinemático.
Recentemente, HESS-COELHO (2007) formalizou um método alternativo de
síntese, que gera estruturas paralelas assimétricas. O método é realizado em três passos:
1. Considere como ponto de partida uma arquitetura gerada pelo método de adição de
membro passivo;
2. elimine um de seus membros ativos;
3. torne ativo o membro passivo.
22
Como exemplo citamos a estrutura paralela 2RUS+PRP (HESS-COELHO,
2007) apresentada na fig. 2.16. A mesma possui mobilidade M igual a três, sendo que
sua plataforma executa duas translações e uma rotação. Para determiná-la, parte-se de
uma estrutura 3RUS+PRP, cujo membro passivo PRP é convenientemente escolhido de
modo a restringir o movimento da plataforma móvel (1º passo). A seguir, elimina-se um
dos membros ativos RUS (2º passo). Finalmente, torna-se ativo o membro passivo PRP,
acoplando um motor a uma das juntas prismáticas (3º passo).
Fig. 2.16 - Estrutura paralela 2RUS+PRP (HESS-COELHO, 2007).
2.5 Análise cinemática de estruturas robóticas paralelas
A análise cinemática de uma estrutura robótica paralela tem por finalidade
relacionar a localização da plataforma móvel, na qual se localiza a ferramenta, com os
deslocamentos impostos pelos seus atuadores ou motores. Em termos de importância, a
análise cinemática é fundamental para o levantamento do espaço de trabalho disponível,
na verificação de ocorrência de singularidades, no planejamento de trajetórias da
ferramenta e na avaliação do desempenho de uma estrutura robótica.
Nesta seção, será abordada a análise cinemática de posição, que pode ser de dois
tipos: direta e inversa. Na cinemática direta, deseja-se determinar a localização da
plataforma móvel a partir dos deslocamentos impostos pelos seus motores, admitidos
conhecidos. Na cinemática inversa, pretende-se determinar os deslocamentos impostos
pelos motores a partir da localização conhecida da plataforma móvel. Deve-se enfatizar
que o termo localização incorpora tanto a posição, referente às coordenadas de um
23
ponto notável da plataforma, como a orientação, normalmente descrita por uma
sequência de ângulos de Euler (TSAI, 1999).
Para a realização da análise cinemática, são admitidos conhecidos todos os
parâmetros geométricos e dimensionais dos elos e das juntas. Tais parâmetros estão
contidos num vetor Π. O vetor q representa os deslocamentos impostos pelos motores,
enquanto que o vetor p contém os elementos necessários para definir a localização da
plataforma móvel. Assim, a relação entre os vetores q, p e Π pode ser representada
matematicamente por um vetor f de funções nulas. Este vetor possui dimensão M, que
corresponde à própria mobilidade da estrutura robótica.
( ) [ ] 0,...,,,, 21 ==ΠT
Mfffpqf 2.4
Dentre os vários métodos para a obtenção do vetor f, convém destacar aquele
que se baseia em transformações homogêneas para relacionar as coordenadas definidas
num sistema de referência local vinculado à plataforma móvel, com aquelas definidas
num sistema de referência global vinculado à base fixa (CRAIG, 1989). Os sistemas
homogêneos admitem pelo menos a solução trivial que é igual a zero.
2.6 Jacobianos – erros e singularidades em estruturas robóticas paralelas
Para se determinar o Jacobiano associado a uma estrutura paralela, deriva-se em
relação ao tempo, o vetor f da equação 2.4
qJpJ qp&& ⋅=⋅ (2.5)
sendo q& , o vetor cujos elementos representam as velocidades associadas às juntas
motoras; p& , o vetor cujos elementos correspondem às velocidades associadas à
plataforma móvel; Jq e Jp, as matrizes que correspondem aos dois tipos de jacobianos
associados às estruturas paralelas, que são respectivamante o jacobiano das juntas
motoras e o jacobiano da plataforma móvel. Os vetores mencionados são M x 1,
enquanto que as matrizes são M x M, sendo M a mobilidade do mecanismo.
24
Uma vez que os Jacobianos de uma estrutura paralela estejam determinados, é
possível encontrar as suas configurações singulares e as velocidades dos motores em
função de uma dada velocidade de operação prevista para a plataforma móvel.
Assim, as velocidades das juntas motoras podem ser calculadas rearranjando a
eq. 2.5, que fica na forma
pJJq pq&& ⋅⋅= −1 (2.6)
Deve-se evitar que uma estrutura paralela atinja configurações singulares, sendo
que elas podem ser determinadas impondo-se que os determinantes das matrizes Jq e Jp
sejam nulos (GOSSELIN e ANGELES, 1990), isto é
0)det( =qJ (2.7)
e
0)det( =pJ (2.8)
Por um lado, quando 0)det( =pJ , a estrutura robótica pode perder
completamente a sua inerente rigidez, devido ao aumento de graus de mobilidade,
acarretando em movimentos infinitesimais indesejados, mesmo quando todos os
atuadores estão totalmente inertes, tornando-se incontrolável (MERLET, 2000). A fig.
2.17 mostra um mecanismo plano RRRRR, no qual a plataforma móvel pode girar,
mesmo com os membros motores parados (HESS_COELHO, 2005).
Fig. 2.17 - Configuração singular de movimento incontrolável no interior do espaço de
trabalho, em um mecanismo plano RRRRR (HESS-COELHO, 2005).
Atuador Atuador
Plataforma móvel
25
E por outro lado, quando 0)det( =qJ , a plataforma móvel se aproxima dos
limites de seu espaço de trabalho, resultando na perda de uma ou mais mobilidades e
ocupando assim também uma configuração singular (TSAI, 1999). A fig. 2.18 ilustra
um mecanismo plano RRRRR, no qual as juntas de rotação ficam alinhadas, limitando o
espaço de trabalho (HESS-COELHO, 2005).
Fig. 2.18 - Configuração singular de redução de movimento, limitando o espaço
de trabalho, em um mecanismo plano RRRRR (HESS-COELHO, 2005).
Uma outra utilidade relevante para o Jacobiano é permitir a determinação de
erros de localização da plataforma móvel, provocados por imprecisões nos
deslocamentos impostos pelos motores. Pode-se relacionar estes dois erros por meio de
uma aproximação de 1ª ordem para a série de Taylor do vetor de funções f.
qqpp JJ δδ ⋅=⋅ (2.9)
sendo δq, o vetor cujos elementos representam as imprecisões nos deslocamentos das
juntas motoras; δp, o vetor cujos elementos correspondem aos erros de posicionamento
da plataforma móvel. Assim, os erros de localização da plataforma móvel podem ser
calculados rearranjando a equação 2.9, que fica na forma
qqpp JJ δδ ⋅⋅= −1 (2.10)
Atuador Atuador
Plataforma móvel
26
2.7 Espaço de trabalho de estruturas robóticas paralelas
O espaço de trabalho de uma estrutura robótica de cinemática paralela
corresponde a uma região bidimensional ou tridimensional, que a plataforma móvel é
capaz de alcançar (fig. 2.19). Costuma-se classificar os espaços de trabalho em duas
categorias: de translação e de orientação.
O espaço de trabalho de translação refere-se ao conjunto de posições que um
ponto pertencente à plataforma móvel pode ocupar, mantendo-se fixa a orientação da
plataforma. Por outro lado, define-se o espaço de trabalho de orientação (BONEV e
RYU, 2001b), como sendo o conjunto de possíveis rotações da plataforma, mantendo-se
imóvel apenas um de seus pontos.
Sob um ponto de vista prático, na avaliação do espaço de trabalho de uma
estrutura paralela, deve-se considerar que os seus movimentos estão sujeitos a três tipos
de restrições: singularidades, limites mecânicos das suas juntas, além das eventuais
interferências entre seus membros (MERLET, 2000).
Há três tipos de abordagens seguidas para a determinação do espaço de trabalho:
a geométrica, a baseada na discretização e através de técnicas de otimização. A
abordagem geométrica (STERNHEIM, 1988; GOSSELIN et al., 1992; BONEV e
RYU, 2001a), normalmente empregada em estruturas bidimensionais ou tridimensionais
simples, consiste no emprego de operações booleanas sobre áreas ou volumes de
entidades primitivas (cilindros, esferas, etc). O método de discretização considera que o
espaço de trabalho seja determinado a partir de um reticulado regular, seja cartesiano ou
polar, de nós. Verifica-se para cada um dos nós do reticulado, a sua relação de
pertinência ao espaço de trabalho. A fronteira do espaço de trabalho é constituída por
um conjunto de nós que tenham pelo menos um vizinho que não pertença a este espaço.
A abordagem baseada no emprego de técnicas de otimização compreende a definição de
funções que devam ser maximizadas ou minimizadas, além da satisfação de restrições
de igualdade e/ou desigualdade (HUANG et al., 1998). ALCIATORE e NG (1994),
aplicaram o método de Monte Carlo e a segmentação por mínimos quadrados, para
determinar os limites dos espaços de trabalho. Ainda dentro desta abordagem, pode-se
mencionar o procedimento sugerido por GOSSELIN e BOUDREAU (1999), que se
baseia na seleção dos parâmetros de uma estrutura paralela de modo a esta se
27
movimentar dentro de um espaço de trabalho especificado, utilizando algoritmo
genético.
(a) (b)
Fig. 2.19 - Espaço de trabalho. a) Delta 4 (STAMPER et al, 1997); b) Tricept (XI et al,
2004).
STAMPER et al. (1997) enfatizaram que, na síntese dimensional de um robô
paralelo, não se deve buscar apenas a maximização do tamanho do espaço de trabalho.
É necessária, sobretudo, uma atenção especial à qualidade do espaço de trabalho obtido,
normalmente mensurada por índices de desempenho cinetostáticos.
2.8 Avaliação do desempenho de estruturas robóticas paralelas
Os critérios para avaliar o desempenho de uma estrututa robótica paralela,
podem ser o tamanho do espaço de trabalho, a velocidade e a aceleração da ferramenta,
a precisão de posicionamento e orientação da ferramenta, a capacidade de carga, entre
outros. A síntese dimensional de uma estrutura paralela tem como finalidade determinar
parâmetros como, por exemplo, as dimensões dos elos, as direções dos eixos de rotação
das juntas e seus cursos, de modo a satisfazer tais critérios (CHABLAT e WENGER,
2003).
Com relação à precisão de posicionamento e orientação da ferramenta, deve-se
ressaltar que um dos principais problemas para a utilização prática das estruturas
paralelas, como máquinas-ferramentas, está na dificuldade de se conseguir alcançar a
28
precisão requerida durante o processo, como por exemplo, em operações de fresamento.
As causas da imprecisão destas estruturas devem-se aos erros devidos a
deformações elásticas, imprecisões geométricas e cinemáticas, dilatações térmicas, entre
outros.
2.8.1 Erros por deformações elásticas
A rigidez insuficiente dos elos e juntas de uma estrutura paralela pode acarretar
deformações elásticas inaceitáveis devido às forças e momentos aplicados (ZHANG,
2000). Tais deformações provocam desvios na localização ideal programada para a
plataforma móvel, que sustenta a ferramenta, dentro do espaço de trabalho. Assim, a
rigidez global da estrutura não só afeta a sua precisão, como também a sua capacidade
de carga e as suas características dinâmicas por conta das vibrações (CARBONE e
CECCARELLI, 2007). Considerando uma situação puramente estática, a relação entre
os esforços atuantes nos elementos motores com as deformações elásticas
correspondentes, é dada pela eq. 2.11
eKF δ⋅= (2.11)
sendo F, a força atuante; K, a matriz de rigidez global dos membros motores e δe, as
deformações elásticas correspondentes.
Para avaliar o comportamento da rigidez global de uma estrutura paralela em
todo seu espaço de trabalho, toma-se como ponto de partida a determinação da sua
correspondente matriz de rigidez.
Há pelo menos três métodos para a obtenção da matriz de rigidez (RIZK et al.,
2007): a análise por elementos finitos, o método da análise da matriz estrutural
(CORRADINI et al., 2003; ZHANG e ANGELES, 2005; PASKHEVICH et al., 2007) e
a modelagem adotando-se parâmetros de rigidez concentrados (TSAI, 1999; ZHANG et
al., 2004; XI et al., 2004; PASKHEVICH et al., 2007).
Na análise por elementos finitos, discretiza-se a estrutura original em
determinados tipos de elementos (treliças, vigas, placas), estabelecendo-se a conexão
entre eles, de modo a se obter os níveis de deformação e tensão ao longo da estrutura.
Este método tem a vantagem de fornecer os resultados mais precisos e confiáveis, em
29
comparação com os outros dois métodos mencionados, mas tem por desvantagem um
elevado custo computacional (RIZK et al., 2007). A razão deste elevado custo é em
virtude do extenso tempo gasto, tendo em vista a necessidade de se refazer a malha da
estrutura bidimensional ou tridimensional para cada configuração ocupada ao longo de
seu espaço de trabalho (PASKHEVICH et al., 2007). Assim a análise por elementos
finitos é normalmente empregada nas fases finais de projeto.
PASKHEVICH et al. (2007) destacaram que o método da análise da matriz
estrutural (SMA) também incorpora as principais idéias do método de elementos
finitos, mas trabalha com elementos maiores, tais como vigas tridimensionais flexíveis
de modo a representar a estrutura considerada.
Na modelagem empregando parâmetros de rigidez concentrados, se admite que
os elos e juntas se comportam como molas elásticas que, dependendo do caso, podem
ser de tração, flexão ou torção. Este método fornece bons resultados num tempo
computacional aceitável (RIZK et al., 2007). A equação 2.12 é consequência da
aplicação do princípio do trabalho virtual (TSAI, 1999).
JcJcK T ⋅⋅= χ (2.12)
sendo K, a matriz de rigidez global dos membros motores; χ, a matriz de rigidez
diagonal dos membros motores no sistema local de referência; JcT o transposto do
Jacobiano cinemático total e Jc, o Jacobiano cinemático total, escrito na forma,
pq JJcJc ⋅= −1 (2.13)
com Jcq-1, a inversa da matriz Jacobiana cinemática das juntas motoras e Jp, a matriz
Jacobiana da plataforma móvel.
Uma vez determinada a matriz de rigidez, podem ser calculados diferentes
índices de desempenho locais, correspondentes a uma dada configuração da estrutura
paralela. É usual empregar os seguintes índices de rigidez local: o determinante, o traço
(XI et al., 2003), a norma, o índice de condicionamento, os autovalores e autovetores
(CARBONE e CECCARELLI, 2007).
30
O determinante det(K) pode ser utilizado para investigar tanto o efeito dos parâmetros
de projeto, como as eventuais singularidades associadas à rigidez. Como normalmente
os elementos da matriz K não possuem as mesmas unidades, o seu determinante e traço
apresentam o inconveniente de dificultar uma interpretação física.
A norma da matriz K pode ser calculada de várias maneiras, dependendo do tipo
de definição de norma associada àquela matriz. Na literatura, utilizam-se as normas
Euclidiana, de Chebyshev, de Frobenius e a norma-p.
A norma Euclidiana, também denominada norma-2, é definida pela eq. 2.14
{ }ii
EK λmax|||| ≡ (2.14)
sendo o símbolo || || o operador da norma, { }iλ o conjunto de autovalores não-
negativos de K . K T.
A norma de Frobenius pode ser expressa na forma
( )Tn
i
n
j
ijF KKtrKK ⋅=≡ ∑∑= =1 1
2|||| (2.15)
A noma de Chebyshev ou norma infinita, é dada pela eq. 2.16
∑=<<
∞ =n
j
ij
mi
KK1
max
1
|||||| (2.16)
A eq. 2.15 representa a definição da norma-p
⋅≡ ∑∑
= =
n
j
n
i
ijp pKK1 1
|||||| (2.17)
É possível demonstrar que a norma-p coincide com a de Frobenius para p = 2, e
com a de Chebishev para p tendendo a infinito (CARBONE, CECCARELLI, 2007).
O índice de condicionamento de uma matriz K pode ser calculado pela eq. 2.18.
31
Tomando-se por base a norma Euclidiana, tal equação pode ser reescrita na
forma da eq. 2.19, sendo λs e λi o maior e o menor autovalor de K. K T.
( ) ||||||| 1−⋅= KKKκ (2.18)
( )i
s
E Kλ
λκ ≡ (2.19)
Os autovalores e autovetores são úteis para uma interpretação física, pois
representam as direções de máximo e mínimo desempenho de rigidez.
Os índices anteriores correspondem a índices de desempenho locais, ou seja, são
calculados para determinadas configurações ocupadas pela estrutura. Assim, também
podem ser definidos índices de desempenho globais IG, de modo a avaliar o espaço de
trabalho como um todo. A literatura apresenta vários tipos de índices globais, levando
em conta os valores mínimo, máximo ou médio (XI et al., 2003), dos índices locais
associados.
As eq. 2.20 e 2.21 representam formas de calcular o índice global
correspondente ao valor médio do índice de condicionamento
( )
V
dVKIG
∫ ⋅=
κ (2.20)
ou
( )3L
dVKIG
∫ ⋅=
κ (2.21)
sendo V o volume do espaço de trabalho, κ o índice de condicionamento, K a matriz de
rigidez global dos membros motores e L um comprimento característico da estrutura
paralela.
32
Foram desenvolvidos vários trabalhos que se propuseram a avaliar a rigidez de
estruturas paralelas com mobilidade igual a três. Dentre estes, destacam-se aqueles que
estudaram a estrutura Delta, com atuadores lineares, cuja plataforma móvel executa três
translações independentes (HUANG et al., 2001; MAJOU et al., 2006; PASKHEVICH
et al., 2007 e RIZK et al., 2007). Além destes, podem ser citados outros
desenvolvimentos como os de XI et al. (2004) e ZHANG et al. (2004), que trataram de
estruturas em que as plataformas móveis realizam duas rotações e uma translação
independentes.
HUANG et al. (2001), ao analisar uma estrutura Delta, decidiram dividir a
estrutura da máquina em duas subestruturas: a base e a estrutura cinemática paralela.
Apresentaram, como resultados, a distribuição média da rigidez nas direções axial,
radial e tangencial, na forma de gráficos tridimensionais, em função dos eixos x e y.
MAJOU et al. (2006), realizaram uma análise paramétrica de rigidez da
Ortoglide, que corresponde a uma estrutura particular da Delta (fig. 2.20).
(a) (b)
Fig 2.20 - Estrutura paralela Ortoglide (MAJOU et al, 2006): (a) foto; (b) modelo
cinemático.
Para tanto, determinaram a matriz de flexibilidade, calculada na sua
configuração isotrópica. Pela análise da expressão simbólica dos elementos desta
matriz, obtiveram os parâmetros de maior influência em relação à rigidez. Os autores
avaliaram tanto o erro de trajetória da ferramenta devido à deformação elástica, como
33
as regiões de maior rigidez no espaço de trabalho, considerando a ação das forças de
corte em processos de fresamento de alta velocidade (High Speed Machining).
PASKHEVICH et al. (2007) continuaram o trabalho de MAJOU et al. (2006),
avaliando a rigidez translacional e rotacional da estrutura Ortoglide não apenas na
configuração isotrópica, mas também em outras duas configurações distintas. Os autores
observaram uma variação de 30 a 40% dependendo da configuração ocupada dentro do
espaço de trabalho. A validação do modelo foi feita usando o método dos elementos
finitos, para as três configurações mencionadas, apresentando um erro de 10 a 15%.
RIZK et al. (2007) avaliaram a rigidez de duas estruturas da família Isoglide (fig.
2.21), uma com mobilidade três e a outra com mobilidade quatro. Os autores
apresentaram um método baseado na subestruturação das cadeias/membros, visando
calcular a matriz de rigidez global. Tal método reduz significativamente o tempo de
processamento computacional se comparado ao método de elementos finitos. Como
resultados, foram apresentados os mapas dos elementos da matriz de rigidez. Deve-se
ressaltar que as estruturas analisadas requerem tolerâncias de montagem elevadas, para
garantir os alinhamentos dos eixos das juntas de rotação. Portanto, nestes casos os erros
geométricos tendem a ser superiores aos erros de deformação elástica.
(a) (b)
Fig. 2.21- Estrutura paralela Isoglide (RIZK et al., 2007) : (a) 3-T3; (b) 4-T3R1.
34
XI et al. (2004) e ZHANG et al. (2004), avaliaram a rigidez da estrutura 3PRS
(fig 2.22), aplicando o método dos parâmetros concentrados. Propuseram dois índices
globais estatísticos: o valor médio e o desvio padrão do traço da matriz de flexibilidade
generalizada.
Fig. 2.22 - Tripode 3PRS. (XI et al., 2004).
Nestes trabalhos, os autores comparam os índices da estrutura analisada com os
índices correspondentes das máquinas Tricept, George V e Z3 (fig. 2.23).
(a) (b) (c)
Fig. 2.23 - Estruturas paralelas (XI et al., 2004): (a) Tricept; (b) George V; (c) Z3.
35
2.8.2 Erros por imprecisões geométricas e cinemáticas
Os erros geométricos são aqueles devidos a imprecisões ocorridas durante a
fabricação e montagem dos componentes da estrutura paralela. RAMESH et al. (2000a)
consideram que tais erros são as principais fontes de imprecisão das máquinas-
ferramentas. Estes erros são normalmente afetados por diversos fatores, tais como,
acabamento superficial, pré-carga em mancais, folgas, etc.
Os erros cinemáticos são particularmente significativos quando há movimento
combinado de diferentes eixos de uma máquina-ferramenta. Tais erros ocorrem durante
a execução de algoritmos de interpolação de trajetórias para a ferramenta de corte.
Com relação aos erros cinemáticos, a grande maioria dos autores utiliza a matriz
Jacobiana J, para definir índices de desempenho que quantifiquem, ainda que
indiretamente, a precisão de uma estrutura paralela.
Dentre os vários índices propostos para este fim, encontram-se a
manipulabilidade (MERLET, 2006), o índice de condicionamento (STAMPER et al.,
1997; TSAI, 1999; CHABLAT et al., 2004) e a isotropia. Convém ressaltar que estes
índices podem ser definidos tanto localmente, para uma determinada configuração,
como também globalmente, ao longo de todo espaço de trabalho. Tais índices foram,
inicialmente, propostos para robôs seriais (TSAI, 1999) e, posteriormente, passaram a
ser também adotados para robôs paralelos. A seguir, apresenta-se de forma resumida
cada um destes índices.
A manipulabilidade (HONG e KIM, 2000; MERLET, 2006) pode ser definida
como o quão facilmente e uniformemente a plataforma móvel é capaz de se mover em
direções arbitrárias. Para analisar a manipulabilidade da estrutura, emprega-se
normalmente o elipsóide de manipulabilidade. Esse elipsóide (fig. 2.24) pode ser
construido por meio de uma transformação (“mapping”) partindo de uma esfera unitária,
definida no espaço das coordenadas das juntas ativas, e chegando ao espaço das
coordenadas da plataforma móvel através da matriz jacobiana. Os eixos maiores e
menores do elipsóide indicam as direções em que a plataforma móvel pode se mover
respectivamente com maior ou menor facilidade e a medida desta facilidade é
proporcional ao comprimento dos eixos principais. Se o elipsóide for maior e mais
circular, então a plataforma móvel executará movimentos mais rápidos e mais
uniformes.
36
Figura 2.24 - Elipsóide de manipulabilidade, (MERLET, 2006).
Normalmente quando se fala em isotropia em relação a uma determinada
propriedade, significa que tal propriedade apresenta o mesmo valor em todas as direções
consideradas. Em termos cinemáticos, uma configuração é isotrópica quando o
jacobiano coincide com a matriz identidade para aquela configuração. Uma estrutura
paralela será completamente isotrópica quando o jacobiano coincidir com a matriz
identidade para todas as configurações possíveis dentro do espaço de trabalho. Este é o
caso dos robôs Tripteron e Isoglide 3-T3.
O índice de condicionamento κ, referente ao jacobiano, é empregado tanto como
indicador da precisão de um robô, como medida da proximidade de uma singularidade
(STAMPER et al., 1997; MERLET, 2006). O índice de condicionamento global ICG é
expresso pela eq. 2.22
∫
∫=
⋅
W
W
dW
dW
ICGκ
1
(2.22)
sendo W, o espaço de trabalho e κ, o índice de condicionamento, que possui valor
unitário para uma localização isotrópica da estrutura.
37
Recentemente, MERLET (2006) contestou o emprego destes índices em robôs
paralelos por considerá-los inadequados. Propôs, como critérios alternativos, o emprego
da média e da variância associadas ao máximo erro de posicionamento ao longo do
espaço de trabalho. É interessante notar que BHATTACHARYA (1988) já destacava
que as estruturas paralelas devem ser tratadas de forma distinta das estruturas seriais.
A inclusão dos erros geométricos, além dos erros cinemáticos já considerados, se
faz mediante a utilização da matriz jacobiana retangular n x M, sendo M a mobilidade e
n a soma da mobilidade com o número de parâmetros que sofrem variação.
Foram desenvolvidos vários trabalhos que se propuseram a avaliar o erro de
posicionamento em estruturas paralelas com mobilidade igual a três. Dentre estes,
destacam-se aqueles que estudaram a estrutura Ortoglide, cuja plataforma móvel
executa três translações independentes (CHABLAT e WENGER, 2003; PASHKEVICH
et al., 2005; CHABLAT et al., 2007; CARO et al., 2007). Além destes, podem ser
citados outros desenvolvimentos como os de VERNER et al. (2005), que trataram de
estruturas em que as plataformas móveis realizam duas rotações e uma translação
independentes. Por outro lado, BRIOT e BONEV (2007) avaliaram o erro cinemático de
duas estruturas bidimensionais, a 3RPR e a 3PRR, com mobilidade igual a três (fig.
2.25).
(a) (b)
Fig. 2.25 - Estrutura paralela (BRIOT e BONEV, 2007): (a) 3 RPR; (b) 3 PRP .
38
Tendo por objetivo a determinação dos parâmetros ótimos para a estrutura
Ortoglide, (CHABLAT e WENGER, 2003; PASHKEVICH et al., 2005), empregaram
dois índices cinemáticos: o índice de condicionamento da matriz jacobiana e o elipsóide
de manipulabilidade. Com estes índices, os autores obtiveram um espaço de trabalho
cartesiano, com a forma próxima de um cubo, sendo que a configuração que atinge o
ponto central deste cubo é isotrópica. CHABLAT et al. (2007), continuaram os
desenvolvimentos anteriores, aplicando na otimização que realizaram, o método
baseado na análise de intervalos. Desta forma, os autores conseguiram manter os fatores
de amplificação de velocidade dentro de intervalos pré-definidos.
CARO et al. (2007), propuseram um método para analisar a influência dos erros
geométricos e cinemáticos na Ortoglide (fig. 2.26). Os autores observaram que na
configuração isotrópica, a estrutura analisada é menos sensível a variações dimensionais
e angulares. Por outro lado, quando a estrutura se aproxima de configurações singulares,
ela se torna mais sensível a estas variações geométricas. Além disso, a partir dos
resultados das simulações, foi possível concluir que os comprimentos dos elos dos
paralelogramos causam uma influência maior sobre o erro, do que o paralelismo destes
mesmos elos.
Fig. 2.26 - Influência dos parametros geométricos e cinemáticos na posição final
do manipulador da Ortoglide (CARO et al., 2007).
VERNER et al. (2005), tendo por objetivo a calibração ótima de uma estrutura
3PRS (fig. 2.25), realizaram o mapeamento dos erros geométricos ao longo do espaço
39
de trabalho, baseando-se nos índices de condicionamento da matriz Jacobiana. Os
autores propuseram que a região selecionada para a calibração corresponda àquela de
menor sensibilidade a estes tipos de erros.
(a) (b)
Fig. 2.27 - Estrutura paralela 3PRS (VERNET et al., 2005) : (a) foto; (b) modelo
cinemático.
BRIOT e BONEV (2007), consideraram apenas o erro cinemático como
relevante, porque admitiram que as estruturas a serem analisadas foram projetadas,
fabricadas e calibradas adequadamente. Uma contribuição importante deste trabalho foi
a proposta de um novo índice de desempenho, que corresponde ao erro máximo de
posicionamento da plataforma móvel dentro do espaço de trabalho. A determinação do
erro máximo pode ser realizada mediante a análise do Hessiano da estrutura paralela.
WANG e EHMANN (2002) avaliaram o erro geométrico e cinemático de
estruturas 6UPS, com aproximações de 1ª e 2ª ordem, prevendo em sua análise a
possibilidade de incorporação de outros erros oriundos de fontes diversas, tais como
dilatações térmicas e deformações elásticas.
40
2.8.3 Erros por dilatacões térmicas
Os erros térmicos são causados por dilatações dos elementos que compôe uma
estrutura paralela, em função de aumentos de temperaturas. Embora o erro térmico
possa ser reduzido por melhorias na estrutura da máquina, ele não pode ser totalmente
eliminado devido a limitações técnicas. O erro térmico é causado por processos de
deformação não-lineares e dependentes do tempo, devido a variações de temperaturas
não-lineares na estrutura. Isto resulta da combinação de distorções térmicas de muitos
componentes de máquina com diferentes características térmicas. Os comportamentos
térmicos complexos são criados por interações entre a localização e intensidade da fonte
de calor, assim como coeficiente de resistência térmica e configuração da máquina.
YANG e NI (2004), apresentaram uma metodologia de modelamento para erros
térmicos não estacionários em máquinas-ferramentas. O método usa um modelo
dinâmico denominado rede neural cíclica integrada, para localizar erros não lineares
dependentes do tempo, sob várias condições térmicas, considerando o comportamento
dinâmico do campo de temperaturas e a deformação térmica das estruturas da máquina
(fig. 2.28). Experimentos de deformações térmicas foram conduzidos em fusos, para
avaliar o desempenho do modelo em termos de robustez e precisão.
(a) (b)
Fig: 2.28 - Efeitos da deformação térmica (CARO et al., 2007): (a) dilatações térmicas
unidirecionais; (b) distribuição das temperaturas em função da entrada de calor.
RAMESH et al. (2000b), analisam o erro térmico em máquinas-ferramentas.
Durante o processo, há geração de calor, que causa expansão dos elementos estruturais
da máquina. Os erros térmicos foram divididos em duas categorias. Na 1ª categoria
estão os erros que variam em função da temperatura mas não em função da posição
41
(PITE) e na 2ª categoria estão os erros que variam em função da temperatura e da
posição (PDTE). Analisando o comportamento da estrutura da máquina-ferramenta sob
diversos perfís térmicos, foi aplicada a teoria do comportamento termoelástico. Esta
teoria se baseia em admitir que a distribuição da pressão de contato através das juntas
controla a transferência de calor de um elemento estrutural para o outro (fig. 2.29),
lembrando que as juntas de uma máquina-ferramenta representam o contato entre os
elos da estrutura.
Fig. 2.29 - Fluxo de calor através de uma junta (RAMESH et al., 2000).
2.9 Comentários acerca da revisão da literatura
Pode-se observar da revisão da literatura realizada que:
a) as estruturas estudadas são topologicamente e geometricamente simétricas.
b) há uma tendência maior em investigar estruturas com mobilidade três.
c) existe uma dificuldade inerente ao processo de determinação dos parâmetros
das estruturas paralelas, que é consequência da necessidade de satisfazer
inúmeros critérios conflitantes, tais como, tamanho e forma do espaço de
trabalho, precisão e velocidade.
d) não há ainda um consenso quanto ao tipo de arquitetura ideal de estrutura
paralela mais adequada para aplicações de usinagem.
e) não há uma abordagem unificada para avaliar a precisão de estruturas
paralelas, considerando a influência conjunta das diversas fontes de erro
existentes, tais como, a geométrica, a cinemática, a elástica e a térmica.
f) não há ainda um consenso quanto ao índice global de desempenho mais
adequado para avaliar tanto os erros geométricos e cinemáticos, quanto os
erros elásticos.
42
3. METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
De modo a analisar a precisão de uma estrutura robótica paralela assimétrica, em
operações de fresamento de acabamento, propõe-se a seguinte metodologia de trabalho,
compreendendo quatro etapas:
a) Síntese de uma nova topologia de estrutura robótica paralela assimétrica, adequada
para operações de fresamento;
b) desenvolvimento de modelos matemáticos que permitam caracterizar o
comportamento cinemático da estrutura sintetizada;
c) identificação de prováveis fontes de erro que podem levar a estrutura paralela
investigada a se desviar de sua trajetória ideal durante o processo de usinagem;
d) desenvolvimento de modelos matemáticos e algoritmos computacionais que
quantifiquem os erros de posicionamento da ferramenta, devidos a cada fonte de
erro isoladamente;
Uma vez que os resultados dos modelos sejam obtidos, pretende-se:
• Validar os modelos computacionais elaborados, comparando-se os seus resultados
com aqueles fornecidos por programas comerciais;
• realizar a comparação entre os erros parciais encontrados, de modo a avaliar quais
são preponderantes e quais são irrelevantes;
• analisar a sensibilidade dos parâmetros de projeto sobre os erros de posicionamento
da plataforma móvel, que transporta a ferramenta.
A seguir, apresentam-se comentários adicionais referentes às quatro etapas da
metodologia.
3.1 Síntese da estrutura robótica paralela
Para a síntese de uma nova topologia de estrutura robótica paralela, adequada a
operações de fresamento, pretende-se empregar um método alternativo de síntese
proposto por HESS-COELHO (2007).
O ponto de partida corresponde à definição dos movimentos independentes da
ferramenta fresa, no caso três translações ao longo de eixos ortogonais. A estrutura
43
estará sintetizada completamente sob o ponto de vista topológico, quando da
determinação das juntas e elos presentes em seus membros ativos.
O processo de síntese da arquitetura será descrito no capítulo 4.
3.2 Desenvolvimento de modelos cinemáticos da estrutura paralela
Nesta etapa, apresentada no capítulo 5, pretende-se desenvolver modelos
cinemáticos que permitam, primeiramente, relacionar as coordenadas da ferramenta
com os deslocamentos proporcionados pelos atuadores.
Em segundo lugar, pela derivação no tempo das equações de posição, será
possível determinar as matrizes jacobianas, necessárias para um levantamento de
eventuais configurações singulares.
Finalmente, de posse dos modelos anteriores mencionados, será apresentado um
método para avaliação do espaço de trabalho disponível, ou seja, a região de alcance da
ferramenta.
3.3 Identificação das prováveis fontes de erro
Conforme apresentado na revisão da literatura, há diversas fontes de erro que
causam a alteração da trajetória ideal prevista para a ferramenta, durante operações de
fresamento.
No desenvolvimento do presente estudo, são considerados os erros cinemáticos,
geométricos e elásticos, sendo que os erros térmicos e os erros devidos a folgas foram
desprezados.
Os erros cinemáticos se devem à influência simultânea de imprecisões nos
deslocamentos dos membros motores sobre a localização da ferramenta.
Específicamente, estes erros são oriundos dos subsistemas de atuação e controle, tais
como motores, sensores, controlador, etc.
Os erros geométricos ocorrem devido às tolerâncias de fabricação e montagem
dos componentes, provocando uma diferença entre o modelo cinemático real e teórico.
As tolerâncias de fabricação podem ser tanto dimensionais como geométricas.
Os erros elásticos são devidos às deformações elásticas nos componentes da
estrutura paralela, em função da rigidez e dos esforços atuantes. Assim, a rigidez global
44
afeta a sua capacidade de carga e, por conseguinte, a sua precisão. Com relação aos
esforços atuantes, deve-se considerar as forças e momentos oriundos do processo de
fresamento, na interação entre a ferramenta e a peça trabalhada.
3.4 Desenvolvimento de modelos que quantifiquem cada uma das fontes de erro
consideradas
De modo geral, a análise dos erros de posicionamento da ferramenta será
realizada mediante uma aproximação de 1ª ordem, para avaliar os desvios nas funções
das equações cinemáticas. WANG e EHMAN (2002) apud MERLET (2006b)
esclarecem que, após realizar estudos sobre erros com aproximações de 1ª e 2ª ordem,
concluem que são suficientes as de 1ª ordem. As aproximações de 2ª ordem são
recomendadas em robôs de pequenas dimensões.
Os erros cinemáticos serão modelados no Capítulo 6, admitindo a hipótese de
erro nos deslocamentos dos atuadores. Os erros geométricos, por sua vez, apresentados
no Capítulo 7, serão modelados considerando imprecisões nas coordenadas das juntas
nos membros ativos. E com relação ao erro elástico, apresentado no Capítulo 8, os
modelos serão gerados aplicando-se o princípio do trabalho virtual à estrutura paralela
sob a ação da força de usinagem na fresa.
45
4. SÍNTESE DA ESTRUTURA ROBÓTICA PARALELA ASSIMÉTRICA
Para a síntese topológica de uma nova estrutura robótica paralela, adequada para
operações de fresamento, será empregado um método alternativo de síntese formalizado
por HESS-COELHO (2007). Apenas a título de informação, GOGU (2009), em seu
livro “Structural Synthesis of Parallel Robots.”, cita este método como uma das
abordagens possíveis para a síntese topológica dentre as que até hoje foram propostas.
4.1 Método alternativo de síntese
Este método alternativo de síntese consiste de três fases:
1. Síntese de uma estrutura robótica paralela segundo o método da adição de
membro passivo;
2. eliminação de um dos membros ativos;
3. instalação de um atuador no membro passivo ou movido, transformando-o em
ativo.
Com relação à 1ª fase, toma-se como ponto de partida que a ferramenta de corte,
nas operações de fresamento, execute três translações ao longo de eixos ortogonais. Para
tanto, esta ferramenta será instalada numa plataforma móvel, cuja movimentação será
restringida por um membro passivo PRP.
Fig. 4.1 - Membro central e a plataforma móvel com a ferramenta.
46
Consequentemente, a ferramenta se movimentará dentro de um espaço
tridimensional cilíndrico. De modo a definir a posição da ferramenta, são necessários
três membros ativos com conectividade seis, cada um. Neste caso, selecionaram-se três
membros ativos idênticos UPS. Assim, a estrutura se torna 3UPS+PRP.
Passando para as fases 2 e 3, elimina-se um dos membros ativos UPS e instala-se
um atuador para mover a junta P do membro central PRP. Portanto, a estrutura
resultante será 2UPS+PRP, conforme ilustrado na fig. 4.2.
Fig. 4.2 - Estrutura robótica tridimensional com cinemática paralela assimétrica
2UPS+PRP.
4.2 Descrição da estrutura robótica paralela
A estrutura robótica sintetizada é constituida por uma base fixa, uma plataforma
móvel, dois membros ativos laterais de comprimento variável ou telescópico hi e um
membro ativo central h3 .
O membro central é formado por três elos móveis e três juntas. A primeira junta,
do tipo prismática, restringe o movimento de um bloco a uma translação ao longo do
47
eixo do espaço cilíndrico de movimentação da ferramenta. A seguir, existe um outro elo
móvel articulado ao bloco por meio de uma junta de rotação, cujo eixo é paralelo ao
eixo de translação do bloco. Conectado a este elo móvel, por meio de outra junta
prismática, existe uma haste completamente viculada à plataforma móvel. Deve-se
destacar que o eixo associado a segunda junta prismática é ortogonal ao eixo da
primeira.
Com relação aos membros ativos laterais, estes conectam a base à plataforma
móvel por meio de três juntas e dois elos móveis. As três juntas presentes em cada um
dos membros laterais são do tipo universal, prismática e esférica.
Na plataforma móvel, pode ser instalado o motor responsável pela transmissão
da rotação à ferramenta (fig. 4.3b). Uma outra solução construtiva seria fixar este motor
à própria base e a transmissão de potência ser realizada por meio de um eixo
intermediário vinculado em suas extremidades aos eixos da ferramenta e do motor, por
meio da seguinte sequência de juntas: de rotação, universal, prismática, universal e de
rotação (fig. 4.3a); Desta maneira, o deslocamento angular do eixo do motor será
idêntico ao da ferramenta.
(a) (b)
Fig. 4.3 - Localização do motor da estrutura 2UPS+PRP: (a) base fixa; (b) plataforma
móvel.
48
4.3 Verificação da mobilidade e conectividade da estrutura paralela sintetizada
A mobilidade M da estrutura robótica paralela sintetizada pode ser determinada
aplicando-se o critério de Gruebler-Kutzbach (TSAI, 1999), conforme ítem 2.4. Assim,
a partir da inspeção da topologia gerada, as seguintes propriedades da estrutura podem
ser obtidas: a ordem λ do espaço de movimentação do mecanismo; o número total de
elos n ; o número de juntas npj que permitem j graus de liberdade.
No caso da estrutura paralela 2UPS+PRP, λ vale 6, uma vez que o espaço de
movimentação é tridimensional. Esta estrutura contém oito elos, incluindo-se a base
fixa, cinco juntas que permitem 1 grau de liberdade, duas juntas que permitem 2 graus
de liberdade e duas juntas que permitem 3 graus de liberdade.
Desta maneira, aplicando-se o critério de Gruebler-Kutzbach (TSAI, 1999),
obtém-se
( ) ( ) ( ) 33918611
1
=−−⋅=⋅−−−⋅= ∑−
=
λ
λλj
pjnjnM (4.1)
O valor obtido para a mobilidade corresponde exatamente ao número de
movimentos independentes necessários para a plataforma móvel e, consequentemente,
para a ferramenta de corte.
Com relação à conectividade total CT da estrutura paralela, que corresponde à
soma dos graus de liberdade de todas as juntas presentes, obtém-se o seguinte valor
( ) 15331221
=+++⋅==∑=
m
k
T jC (4.2)
4.4 Discussão
A estrutura robótica paralela 2UPS+PRP foi sintetizada topológicamente a partir
de um método alternativo de síntese. A topologia obtida é assimétrica, uma vez que o
membro central não é idêntico aos membros laterais. A presença do membro central
PRP restringe a plataforma móvel, que transporta a ferramenta, a movimentos dentro de
um espaço tridimensional cilíndrico.
49
Com relação ao esquema de atuação, uma possibilidade viável seria a utilização
de servo-motores elétricos, acoplados a fusos de esferas recirculantes, de modo a tornar
ativas as três juntas prismáticas da estrutura robótica paralela.
Ao se aplicar o método alternativo de síntese, observa-se que a conectividade de
cada um dos membros ativos laterais é igual a seis. Desta maneira, há outras sequências
possíveis para as juntas universal, prismática e esférica nestes membros. A fig. 4.4
apresenta o diagrama cinemático da estrutura sintetizada, além de outras arquiteturas
possíveis, cujos membros ativos laterais satisfazem a condição de conectividade igual a
seis.
As estruturas 2UPS+PRP (fig. 4.4 a) e 2PUS+PRP (fig. 4.4 b) são mais
adequadas em máquinas de usinagem, uma vez que a substituição das juntas ativas P
por fusos, resulta numa grande redução: um grande deslocamento angular dos
atuadores, proporciona um pequeno deslocamento para a plataforma móvel.
Por outro lado, a estrutura paralela 2RUS+PRP (fig. 4.4 c) se presta a
manipuladores robóticos, devido ao fato de que pequenos deslocamentos angulares dos
atuadores proporcionam grandes deslocamentos da plataforma móvel. Apenas a título
de esclarecimento, as 3 estruturas desta família são derivadas de um trabalho anterior
apresentado em (HESS-COELHO, MALVEZZI, 2007).
(a) (b) (c)
Fig. 4.4 - Diagramas cinemáticos das arquiteturas da família: (a) 2UPS+PRP;
(b) 2PUS+PRP; (c) 2RUS+PRP.
Verificou-se, segundo o critério de Gruebler-Kutzbach, que a estrutura
sintetizada possui mobilidade igual a três, donde se deduz que a plataforma móvel é
capaz de realizar três movimentos independentes. Consequentemente, a ferramenta de
50
corte, instalada na plataforma móvel, poderá executar três translações ao longo de eixos
ortogonais.
Esta característica confere à estrutura 2UPS+PRP maior simplicidade
construtiva se comparada à máquina Tricept ilustrada na fig. 4.5, que possui topologia
3UPS+UP ^ RR. A máquina Tricept necessita de um pulso robótico serial RR para
permitir que a ferramenta seja capaz de realizar três translações independentes.
Consequentemente, possui mobilidade cinco, requerendo cinco servo-motores para o
seu subsistema de atuação. Além disso, a estrutura 2UPS+PRP possui menor inércia,
devido ao fato de não empregar membro central passivo.
Fig. 4.5 - Tricept IRB 940 da ABB (MERLET, 2006b).
A estrutura sintetizada 2UPS+PRP também pode ser qualitativamente
comparada com outras arquiteturas propostas: a Ortoglide (fig. 4.6 a) e a Tripteron (fig.
4.6 b), destacando o paralelismo e ortogonalidade entre os eixos de suas juntas. Estas
duas estruturas, apesar de serem simétricas em sua topologia, requerem condições
especiais de paralelismo e ortogonalidade entre os eixos das juntas rotativas e
prismáticas.
51
(a) (b)
Fig. 4.6 – (a) Ortoglide (PASHKEVICH, 2005); (b) Tripteron (Laboratoire de
Robotique Université Laval).
Tais condições ocasionam dificuldades na fabricação e montagem dos
componentes destas máquinas, resultando em tolerâncias dimensionais e geométricas
mais estreitas e, consequentemente, aumentando os seus custos.
No caso da estrutura paralela assimétrica 2UPS+PRP, as condições especiais se
resumem ao membro central ativo, em que o eixo da primeira junta prismática deve ser
paralelo ao eixo da junta rotativa e o eixo da segunda junta prismática deve ser
ortogonal ao eixo da primeira.
52
5. ANÁLISE CINEMÁTICA DA ESTRUTURA PARALELA 2UPS+PRP
Este capítulo apresenta o desenvolvimento dos modelos matemáticos que
permitem realizar a análise cinemática da estrutura paralela 2UPS+PRP. Inicialmente,
busca-se relacionar as coordenadas da ferramenta com os deslocamentos fornecidos
pelos atuadores. Assim, a partir do vetor de funções nulas, será possível resolver as
equações de posição, associadas às cinemáticas inversa e direta.
A seguir, apresenta-se a análise de velocidades tendo por objetivo a investigação
de condições para ocorrência de configurações singulares no espaço de trabalho.
O capítulo se encerra desenvolvendo o método adotado para avaliação do espaço
de trabalho disponível.
θ
τ
τ
ρ
ρ
(a) (b)
Fig. 5.1 - Modelo cinemático da estrutura robótica 2UPS+PRP, com indicação das
coordenadas do ponto P (ferramenta) e os deslocamentos dos atuadores:
(a) vista superior; (b) vista lateral.
5.1 Coordenadas de localização da ferramenta e deslocamentos dos atuadores
Seja [ ]Tz
b
y
b
x
bb PPPP ,,= o ponto da plataforma móvel correspondente à
extremidade da ferramenta de corte, com suas coordenadas expressas em relação a um
sistema de referência fixo à base. Seja [ ]Thhhq 321 ,,=
r o vetor cujos elementos
53
representam os deslocamentos fornecidos pelos três atuadores. O vetor
[ ]Tbbpp ululslsl 2121 ,,,rrrrr
=π corresponde ao vetor cujos elementos são os parâmetros da
estrutura paralela. Isto é, 1slpr
e 2slpr
representam as coordenadas dos centros das juntas
esféricas S1 e S2, respectivamente, expressas em relação a um sistema de referência fixa
a plataforma móvel. Analogamente, 1ulbr
e 2ulbr
representam as coordenadas das juntas
universais U1 e U2, respectivamente, expressas em relação ao sistema de referência fixo
à base.
Assim, nesta seção, pretende-se determinar o vetor de funções nulas
( ) 0,,rrrr
=πqPf b com dimensão três. Em virtude do membro central da estrutura paralela
restringir a plataforma móvel a um movimento dentro de um espaço tridimensional
cilíndrico, o emprego das coordenadas cilíndricas R, θ e H se mostra mais adequado do
que a utilização das coordenadas cartesianas x
b P , y
b P e z
b P .
Desta maneira, com cθ e sθ sendo respectivamente o cosseno e o seno de θ, fica
[ ] [ ]HsRcRPPP z
b
y
b
x
b ,,,, θθ ⋅⋅=
Considere o ponto 2Sb . A equação (5.1) relaciona as suas coordenadas na base
fixa em relação às coordenadas na plataforma móvel.
( )
⋅=
1,,
122 sl
RHTS p
b
p
br
θ (5.1)
sendo
( ) ( ) ( ) ( )pbb
b
p xRTranszRotzHTransRHT ,,,,, ⋅⋅= θθ
Assim,
( ) ( ) ( ) =
⋅⋅⋅=
1,,,
122 sl
xRTranszRotzHTransS p
pbb
br
θ
54
( ) ( ) =
⋅
⋅⋅=
11000
0100
0010
001
,,2
2
2
z
y
x
bbls
ls
lsR
zRotzHTrans θ
( ) =
+
⋅
−
⋅=
11000
0100
00
00
,2
2
2
z
y
x
bls
ls
Rls
cs
sc
zHTransθθ
θθ
( )( )
=
⋅++⋅
⋅−+⋅
⋅
=
11000
100
0010
0001
2
22
22
z
yx
yx
ls
lscRlss
lssRlsc
H
θθ
θθ
( )( )
=
+
⋅++⋅
⋅−+⋅
=
112
2
2
2
22
22
z
b
y
b
x
b
z
yx
yx
S
S
S
Hls
lscRlss
lssRlsc
θθ
θθ
As coordenadas de 2Ub são xlu2 , ylu2 e zlu2 respectivamente, nas direções xb,
yb e zb em relação às coordenadas da base da estrutura.
Como a distância entre os pontos S2 e U2 corresponde ao deslocamento h2
fornecido pelo segundo atuador ou membro motor lateral, então
( ) ( ) 222222 hUSUS bbTbb =−⋅−
Substituindo as coordenadas de S2 e U2 , obtém-se
55
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )( )[ ]
( )[ ]xyyx
yyxx
zyx
zyx
lulsluRlss
lulsluRlsc
lululu
HlslsRlsh
2222
2222
22
22
22
22
22
22
22
2
2
⋅+⋅+−⋅⋅+
+⋅+⋅+⋅⋅−
−+++
+++++=
θ
θ (5.2)
Análogamente, para o primeiro atuador ou membro motor lateral obtém-se
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )( )[ ]
( )[ ]xyyx
yyxx
zyx
zyx
lulsluRlss
lulsluRlsc
lululu
HlslsRlsh
1111
1111
21
21
21
21
21
21
21
2
2
⋅+⋅+−⋅⋅+
+⋅+⋅+⋅⋅−
−+++
+++++=
θ
θ (5.3)
Para o terceiro atuador ou membro motor central, a coordenada coincide com a
coordenada H da plataforma móvel. Portanto,
3hH = (5.4)
Desta forma, o vetor fr
de funções nulas será
( )( )( ) 0
0
0
0
...
...
,,
3
22
22
21
21
3
2
1rrrr
=
=
−
−++
−++
=
=
hH
hRls
hRls
f
f
f
qPf x
x
b π (5.5)
5.2 Análise de posições: cinemática inversa e direta
Por cinemática inversa, entende-se o problema da determinação dos
deslocamentos fornecidos pelos atuadores h1, h2 e h3, admitindo que sejam conhecidas
as coordenadas da ferramenta R, θ e H. Desta maneira, considerando as equações (5.2)
a (5.4), nota-se que, para o primeiro e segundo membros, o lado direito das equações
está completamente determinado e, portanto, h1 e h2 são fácilmente calculados. No caso
do terceiro membro, o membro central, a situação é ainda mais simples porque a
coordenada H coincide com h3.
56
No caso da cinemática direta, admite-se que sejam conhecidos h1, h2 e h3,
devendo-se determinar R, θ e H. Este problema, para estruturas robóticas paralelas, é
mais difícil do que o anterior porque, geralmente, as variáveis da ferramenta estão
presentes em todas as equações, resultando num acoplamento significativo entre elas.
Por uma peculiaridade da estrutura paralela assimétrica 2UPS+PRP, a coordenada H
independe de R e θ e coincide com h3, conforme mencionado no parágrafo anterior.
Nesta seção, o problema da cinemática direta será resolvido mediante a adoção
de algumas simplificações nos parâmetros da estrutura paralela. Assim, admite-se que
sejam nulos os parâmetros xls1 , zls1 , xls2 , zls2 , xlu1 , zlu1 , xlu2 , zlu2 . Além disso,
lslsls yy −=−= 12 e lululu yy −=−= 12
Substituindo estes parâmetros modificados nas equações (5.2) e (5.3), obtém-se
( ) ( )luRslulsclulsHRh ⋅⋅⋅+⋅⋅⋅−+++= θθ 22222222 (5.6)
( ) ( )luRslulsclulsHRh ⋅⋅⋅−⋅⋅⋅−+++= θθ 22222221 (5.7)
Subtraindo a eq. (5.7) da eq. (5.6)
luR
hhs
⋅⋅
−=
4
21
22θ
Somando-se as equações (5.6) e (5.7)
( )[ ]22
21
222224
1hhlulsHR
lulsc −−+++⋅⋅
⋅⋅=θ
Como 122 =+ θθ sc , elimina-se a variável θ e obtém-se uma equação
polinomial de 6º grau na variável R.
( ) ( ) 016484 2246 =+⋅⋅−⋅+⋅⋅+⋅ NRQMRMR (5.8)
57
sendo 22
21
2222 hhluHlsM −−++⋅=
( ) 2222
21 lshhN ⋅−=
22 lulsQ ⋅=
Apenas a título ilustrativo, considere o seguinte exemplo de aplicação. Admita
que R = 1 m , θ = 30º , H = 0 m, ls = 0,5 m e lu =1 m. Substituindo estes valores nas
eqs. (5.2) a (5.4), obtém-se h2 = 1,544 m, h1 = 0,620 m e h3 = 0 m.
Considerando agora o problema da cinemática direta, com h2 = 1,544 m,
h1 = 0,620 m e h3 = 0 m, pretende-se determinar R, θ e H. Resolvendo a eq (5.8),
chega-se às seguintes raízes R = [0,504, -0,504, -1, 1, 0,993i, -0,993i]T m.
Evidentemente, em virtude do exemplo escolhido sabe-se que a raíz correta será
R = 1 m. Entretanto, na situação real de um protótipo construído com a arquitetura
paralela 2UPS+PRP, os sensores estarão instalados junto aos atuadores de modo a
medir as variáveis h1, h2 e h3. Assim, o controlador do protótipo deverá ser capaz de
selecionar uma solução dentre as seis possíveis, de modo a estimar a localização correta
da ferramenta.
A seguir, apresentam-se esquemáticamente as duas configurações possíveis de
montagem da estrutura paralela, válidas para o exemplo de aplicação.
θ=30
θ=83
(a) (b)
Fig. 5.2 - Configurações possíveis para h2 = 1,544 m, h1 = 0,620 m e h3 = 0 m:
(a) R = 1 m e θθθθ = 30º; (b) R = 0,5 m e θθθθ = 83º.
58
5.3 Análise de velocidades e configurações singulares
As equações das velocidades podem ser obtidas derivando-se em relação ao
tempo, as funções nulas f1, f2 e f3. Assim,
com j = 1, 2, 3
Substituindo as expressões das funções e derivando as parcialmente em relação
às variáveis θ, R, H, h1, h2 e h3, chega-se na seguinte equação
⋅
=
⋅
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
3
2
1
2
1
333
222
111
100
00
00
h
h
h
h
h
H
R
H
f
R
ffH
f
R
ffH
f
R
ff
&
&
&
&
&
&θ
θ
θ
θ
(5.9)
sendo
( )[ ] ( )[ ]yyxxyxxy lulsluRlssluRlslulscf
111111111 ⋅+⋅+⋅+⋅+−⋅⋅=
∂
∂θθ
θ
( )[ ] ( )[ ]yyxxyxxy lulsluRlssluRlslulscf
222222222 ⋅+⋅+⋅+⋅+−⋅⋅=
∂
∂θθ
θ
03 =∂
∂
θ
f
( )θθ slucluRlsR
fyxx ⋅−⋅−+=
∂
∂111
1
0=⋅∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂=
dt
dh
h
f
dt
dH
H
f
dt
dR
R
f
dt
df
dt
df j
j
jjjjj θ
θ
59
( )θθ slucluRlsR
fyxx ⋅−⋅−+=
∂
∂222
2
03 =∂
∂
R
f
( )HlulsH
fzz +−=
∂
∂11
1
( )HlulsH
fzz +−=
∂
∂22
2
13 =∂
∂
H
f
A matriz diagonal que multiplica o vetor [ ]Thhhq 321 ,, &&&r& = será denominada Jq,
enquanto que a outra matriz que multiplica o vetor [ ]THR &&& ,,θ será chamada de Jp. A
letra J indica que estas matrizes são Jacobianos. Segundo TSAI (1999), um dos métodos
empregados para investigação de ocorrência de configurações singulares em estruturas
paralelas, se baseia no cálculo dos determinantes dos jacobianos Jq e Jp. Quando algum
destes determinantes for nulo, isto pode indicar que o mecanismo atingiu uma
configuração singular.
Partindo da análise do determinante de Jq, verifica-se que este se anula quando
h1 é zero, ou h2 é zero, ou ambos são nulos, isto é: 0det 21 =⋅= hhJq
(a) (b) (c)
Fig. 5.3 - Configurações da estrutura paralela quando: (a) h1 = 0; (b) h2 = 0 ;
(c) h1 = h2 = 0.
60
As configurações da estrutura paralela quando o determinante de Jq se anula são
apresentadas na fig. 5.3. Evidentemente, nota-se que tais configurações são físicamente
impossíveis.
A seguir, apresenta-se a expressão do determinante de Jp.
( )[ ] ( )[ ]{ }( )
( )[ ] ( )[ ]{ }( )θθ
θθ
θθ
θθ
slucluRls
lulsluRlssluRlslulsc
slucluRls
lulsluRlssluRlslulscJp
yxx
yyxxyxxy
yxx
yyxxyxxy
⋅−⋅−+⋅
⋅⋅+⋅+⋅+⋅+−⋅⋅−
−⋅−⋅−+⋅
⋅⋅+⋅+⋅+⋅+−⋅⋅=
111
22222222
222
11111111det
Devido à complexidade da expressão anterior, torna-se difícil verificar as
condições para anulação do determinante de Jp. Então, apresenta-se a seguir uma
formulação alternativa para a análise de velocidades. Sejam ρr
, τr
e kr
versores
ortogonais pertencentes a um sistema de referência vinculado à plataforma móvel.
θ
α
βρ
τ
φβ
γ
α
Fig. 5.4 - Notação empregada para formulação alternativa da análise de
velocidades. (a) vista superior no plano ρτ; (b) vista espacial de
h2; (c) vista espacial de h1.
De acordo com a notação empregada na fig. 5.4, pode-se escrever que
61
( ) ( ) ( )kssccchUSUS bbrrr
⋅+⋅⋅+⋅⋅⋅=−=− γταγραγ11111 (5.10)
( ) ( ) ( )kssccchUSUS bbrrr
⋅+⋅⋅+⋅⋅⋅=−=− φτβφρβφ22222 (5.11)
Admitindo, como hipótese simplificadora, que lslsls yy =−= 21 e que
02211 ==== zxzx lslslsls , obtém-se
( ) ( ) kHRlsRsvuvsvr
&r&
r&&
rrr⋅+⋅⋅+⋅⋅−==− τθρθ111 (5.12)
( ) ( ) kHRlsRsvuvsvr
&r&
r&&
rrr⋅+⋅⋅+⋅⋅+==− τθρθ222 (5.13)
como
( ) ( ) 211111 hUSUS =−⋅−
e
( ) ( ) 222222 hUSUS =−⋅−
então
( ) ( ) 111111 hhUSUS &&& ⋅=−⋅− (5.14)
( ) ( ) 222222 hhUSUS &&& ⋅=−⋅− (5.15)
Reescrevendo as eqs. (5.14) e (5.15) de outra maneira, temos
( ) ( ) 111111 hhUSuvsv &vr⋅=−⋅− (5.16)
( ) ( ) 222222 hhUSuvsv &vr⋅=−⋅− (5.17)
62
Substituindo os vetores das expressões (5.10) a (5.13) nas eqs. (5.16) e (5.17), e
acrescentando a identidade 3hH && = , chega-se na expressão matricial
( )( )
⋅
=
⋅
⋅⋅⋅⋅+⋅⋅⋅
⋅⋅⋅⋅+⋅⋅−⋅
3
2
1
2
1
22
11
100
00
00
100 h
h
h
h
h
H
RHcchscRcclsh
HcchscRcclsh
&
&
&
&
&
&θ
βφβφβφ
αγαγαγ
(5.18)
Nota-se que a eq. (5.18) é equivalente à eq. (5.9), ressalvando-se as
simplificações nos parâmetros das juntas S1 e S2. Desta maneira, admitindo que h1 e h2
não sejam nulos, e considerando a condição em que o determinante de Jp seja nulo,
obtém-se
( )βαβα −⋅=⋅⋅⋅ senRls coscos2 (5.19)
Um par de ângulos α e β que satisfazem a eq. anterior é 2
πα −= e
2
πβ = , cuja
situação é apresentada na fig. 5.5a. Nota-se que isto corresponde à configuração da
estrutura paralela, quando as projeções dos vetores ( )11 US − e ( )22 US − sobre o plano
horizontal, estiverem numa mesma reta passando por U1 e U2. No caso em que
0== γφ , os pontos U1, S1, S2 e U2 estarão alinhados.
Esta configuração é singular e certamente deve ser evitada. Imagine a situação
indicada na fig. 5.5b, ou seja, a plataforma móvel realiza movimento de translação ao
longo da direção de ρr
. Os deslocamentos h1 e h2 são decrescentes até atingir a
configuração singular. A partir deste instante, os deslocamentos h1 e h2 passarão a ser
crescentes.
Entretanto, o mais provável é que ocorra o travamento da estrutura paralela na
configuração singular, uma vez que as direções das forças aplicadas pelos atuadores 1 e
2 serão ortogonais à direção do movimento da plataforma móvel.
No caso em que as folgas nas juntas sejam significativas, o aumento dos
comprimentos h1 e h2 poderá acarretar num posicionamento ambíguo para a plataforma
móvel 21SS , levando-a a aproximar-se ou afastar-se do ponto O.
Em qualquer uma das situações mencionadas nos parágrafos anteriores,
63
travamento ou movimento ambíguo da plataforma móvel, levará o sistema a uma
condição de incontrolabilidade.
θ
(a) (b)
Fig. 5.5 – (a) Configuração singular obtida quando 0det =Jp ; (b) P em movimento e se
aproximando da posição singular.
5.4 Método para avaliação do espaço de trabalho
O espaço de trabalho disponível da estrutura 2UPS+PRP representa a região
tridimensional que o ponto P, localização da ferramenta de corte, pode alcançar. Para
avaliar este espaço de trabalho, o método da discretização (HESS-COELHO; RASZL,
2005 e HESS-COELHO et al., 2007) será empregado. Este método considera que o
espaço de trabalho seja determinado a partir de um sólido, que pressupõe-se seja maior
do que o espaço de trabalho disponível, discretizado por uma malha regular. Devido à
simetria geométrica da estrutura paralela na direção do eixo zb, o sólido escolhido
representa apenas metade do paralelepípedo possível. A seguir, um algoritmo verifica se
cada nó da malha viola ou não as restrições físicas e cinemáticas. Consequentemente, as
fronteiras do espaço de trabalho serão formadas por um conjunto de nós que tenha pelo
menos um nó vizinho que não pertença ao espaço de trabalho.
As restrições físicas serão representadas pelos cursos das juntas prismáticas
(ativas), universais e esféricas (passivas). Por outro lado, as restrições cinemáticas
correspondem aos valores dos determinantes dos jacobianos Jq e Jp.
Na fig. 5.6 apresenta-se um fluxograma do algorimo empregado para
implementação do método de avaliação do espaço de trabalho.
64
Fig. 5.6 - Fluxograma do algorítmo para avaliação do espaço de trabalho.
I
R, θ, H
Cinemática inversa
h1, h2, h3
detJq, detJp
Ângulos de inclinação das juntas U e S
Todas as restrições foram satisfeitas?
Nó dentro do espaço de trabalho (ET)
Parâmetros ls1, ls2, lu1, lu2 ; cursos da juntas U e S; limites inferior e superior das juntas P.
máxPmáxPmáxP zzzyyyxxx ≤≤≤≤≤≤ minminmin ,,
Nó fora do espaço de trabalho (ET)
Volume ET = Volume ET + ∆v
N
S
F
Gráficos de superfícies Volume ET
65
Com relação à verificação dos cursos das juntas universais e esféricas, que por
sinal não é tão simples como a verificação dos limites das juntas prismáticas, cabe um
esclarescimento.
No caso específico das juntas esféricas, considere na figura a seguir os pontos S1
e U1, correspondentes aos centros das juntas esférica e universal, respectivamente, para
o 1º membro lateral.
ϕ
Fig. 5.7 - Membro lateral destacando as juntas esférica e universal.
Seja 1v um versor fixo à plataforma para definir o orientação de um dos eixos da
junta esférica. Assim, a restrição para esta junta pode ser formulada da seguinte maneira
max1
11
11 cosˆ ϕ≤
⋅
−
−i
b
bb
bb
vUS
US
com
11
111ˆ
US
USv
b
i
b
b
i
b
i
b
−
−=
sendo φmax, o curso da junta esférica; e i
b v1ˆ , o versor onde o índice i refere-se à
configuração de referência (θ = 0 e Rmédio).
Agora considere a junta universal representada na fig. 5.8
66
β1
β2
Fig. 5.8 - Junta universal.
O primeiro ângulo de rotação β1 corresponde a um deslocamento ângular em
torno do eixo zb. O ângulo de rotação β2 , por sua vez, é o deslocamento ângular em
torno do eixo y1.
Desta maneira, o versor wb ˆ pode ser determinado pela expressão (5.20).
( ) ( ) =⋅⋅= wyRzRw b
bb ˆ,,ˆ 222
1211 ββ
−
⋅
⋅
=
⋅
−
⋅
−
=
2
21
21
22
22
11
11
0
0
1
0
010
0
100
0
0
β
ββ
ββ
ββ
ββ
ββ
ββ
s
cs
cc
cs
sc
cs
sc
(5.20)
O versor wb ˆ depende da localização dos centros das juntas esférica e universal.
Então,
11
11ˆUS
USw
bb
bbb
−
−= (5.21)
Consequentemente, as duas restrições físicas associadas à junta universal U1
podem ser definidas da seguinte maneira
máx
x
b
y
b
cw
cwarctg β
β
ββ ≤
=
2
21 /
/ (5.22)
( ) máxz
bwarcsen ββ ≤−=2 (5.23)
67
sendo βmax, os cursos da junta universal em torno dos eixos y e z respectivamente; e wb ˆ ,
o versor definido anteriormente.
As tabela 5.1e 5.2 a seguir, contém respectivamente os parâmetros geométricos e
os limites de rotação ângular das juntas universais e esféricas da estrutura robótica
paralela 2UPS+PRP estudada.
Tabela 5.1 - Parâmetros adotados para a análise de estrutura robótica paralela
2UPS+PRP.
Símbolo Denominação Dimensão [mm]
lu1X Posição xb da junta universal na base -125
lu1Y Posição yb da junta universal na base +400
lu1Z Posição zb da junta universal na base 0
ls1x Posição xp da junta esférica na plataforma +100
ls1y Posição yp da junta esférica na plataforma +200
ls1z Posição zp da junta esférica na plataforma 0
lu2X Posição xb da junta universal na base -125
lu2Y Posição yb da junta universal na base -400
lu2Z Posição zb da junta universal na base 0
ls2x Posição xp da junta esférica na plataforma +100
ls2y Posição yp da junta esférica na plataforma -200
ls2z Posição zp da junta esférica na plataforma 0
H Altura do ponto P -600 a +600
R Distância horizontal do ponto P +600 a +1400
θθθθ Ângulo de rotaçao do ponto P -34 a +34 [ °]
68
Tabela 5.2 - Limites dos cursos das juntas prismáticas, assim como universais e
esféricas utilizados no estudo (CATÁLOGO INA, 2007).
Símbolo Denominação αX
[graus]
βY
[graus]
γZ
[graus]
Lmin
[mm]
Lmax
[mm]
U1,2 Universal 0 ±45 ±45 - -
S1,2 Esférica 0 ±30 ±30 - -
P1,2 Prismática - - - 850 1295
P3 Prismática - - - 604 1053
O volume de trabalho disponível da estrutura paralela 2UPS+PRP está em torno
de 200 dm3. Seu deslocamento máximo na direção do eixo zb é de ± 6 dm, partindo da
posição central de referência em H = 0. As áreas das superfícies de trabalho analisadas,
correspondentes às alturas H = 0, 120, 240, 360, 480, 600 mm, situadas em planos
paralelos a xbyb vão se reduzindo conforme se afastam da posição central de referência,
sendo respectivalmente iguais a S = 22,85; 22,85; 22,37; 19,76; 10,98; 1,15 dm2.
Fig. 5.9 – Espaço de trabalho teórico, baseado na posição de referência H = 0 ,
sem mostrar a sua redução conforme se afasta de H = 0.
69
Na fig. 5.10 a seguir, são apresentadas as superfícies analisadas, contidas no
espaço de trabalho disponível da estrutura 2UPS+PRP.
Fig. 5.10 - Superfícies de trabalho: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
A fig. 5.10 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
70
5.5 Discussão
Para a determinação dos deslocamentos fornecidos pelos atuadores h1, h2 e h3,
admitindo-se conhecidas as coordenadas da ferramenta R, θ e H, é aplicada a
cinemática inversa, onde as três equações obtidas são independentes entre si nas
variáveis h1, h2 e h3.
Por outro lado, para a determinação das coordenadas da ferramenta R, θ e H,
admitindo-se conhecidos os deslocamentos fornecidos pelos atuadores h1, h2 e h3, é
aplicada a cinemática direta, onde uma das três equações obtidas é independentes e as
outras duas são dependentes entre si nas variáveis R, θ e H. Utilizando um método
analítico, obteve-se uma equação polinomial de 6º grau na variável R.
As estruturas paralelas, em sua grande maioria, são descritas por modelos
cinemáticos muito mais complexos. Apenas a título de exemplo, pode-se citar 6UPS,
Tricept, 3RUS+PRP, cujos modelos para cinemática direta, lidam com equações
polinomiais de 40º (INNOCENT, 2001), 24º (BI; LANG, 2006) e 16º grau (HESS-
COELHO; MALVEZZI, 2007), respectivamente.
A maior simplicidade dos modelos cinemáticos da estrutura robótica paralela
2UPS+PRP é consequência da própria arquitetura sintetizada pelo método alternativo
descrito no capítulo 4. O desacoplamento das variáveis h3 e H, das outras variáveis h1,
h2, R e θ, deve-se à motorização do membro central, que restringe os movimentos da
plataforma móvel.
Com relação à possibilidade de ocorrência de singularidades, dentro do espaço
de trabalho, desenvolveram-se os jacobianos Jq e Jp e foram analisadas as situações
em que os determinantes destas matrizes são nulos.
A situação em que 0)det( =Jq , somente ocorrerá se houver alguma
coincidência nos centros das juntas universal e esférica, seja do 1º ou do 2º membro, o
que é físicamente impossível.
Para que o det(Jp) seja nulo, é necessário que as coordenadas na direção x dos
centros das juntas universais sejam positivas, sendo que as possibilidades para
ocorrência de configurações singulares serão maiores na medida em que estes
parâmetros também aumentam.
Se observarmos os parâmetros escolhidos para a estrutura paralela na seção 5.4,
veremos que estas coordenadas - lu1x e lu2x - foram, propositadamente, escolhidas como
71
negativas, de modo a evitar a ocorrência de singularidades dentro do espaço de trabalho.
O método empregado para avaliação do espaço de trabalho se baseia na
discretização de um sólido, por uma malha regular, e na verificação para cada nó da
malha, da satisfação de restrições físicas e cinemáticas.
A partir da observação dos gráficos da seção 5.4, observa-se que os contornos do
espaço de trabalho foram definidos apenas pelas restrições físicas, associadas aos cursos
das juntas prismáticas, esféricas e universais.
Com relação aos parâmetros escolhidos para a estrutura paralela 2UPS+PRP,
pode-se afirmar que não existem configurações singulares na fronteira e no interior do
espaço de trabalho.
72
6 ANÁLISE DOS ERROS CINEMÁTICOS DA ESTRUTURA PARALELA
2UPS+PRP
Os erros cinemáticos em estruturas robóticas são causados por imprecisões nos
motores e transmissões associados aos atuadores, assim como por imprecisões na
estratégia de controle e nos sensores associados ao sistema de controle. Os tipos e
características dos motores, transmissões, sensores e estratégia de controle exercem uma
influência significativa.
Neste capítulo, os erros cinemáticos da estrutura robótica paralela 2UPS+PRP
serão modelados, admitindo-se a hipótese de erro nos deslocamentos fornecidos pelos
atuadores.
6.1 Relação entre os erros de posicionamento da ferramenta e os erros associados
aos atuadores
De modo a obter a relação entre os erros de posicionamento da ferramenta,
instalada na plataforma móvel, e os erros associados aos atuadores, toma-se como ponto
de partida os desvios nas funções nulas de posição, definidas pela eq. (5.5).
( ) 0,,rrrr
=πqPf b
Assim, calculando as derivadas parciais em relação a Pb e a qr
, temos
0=⋅∂
∂+⋅
∂
∂= qd
q
fPd
P
ffd b
b
rr
rrr
que na forma desenvolvida fica
033
22
11
=⋅∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂= dh
h
fdh
h
fdh
h
fdH
H
fdR
R
fd
fdf
jjjjjj
j θθ
com j = 1,2,3
73
Colocando a expressão anterior na forma matricial, obtém-se
⋅
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
∂
∂−
=
⋅
∂
∂
∂
∂
∂
∂∂
∂
∂
∂
∂
∂∂
∂
∂
∂
∂
∂
3
2
1
3
3
2
3
1
3
3
2
2
2
1
2
3
1
2
1
1
1
333
222
111
h
h
h
h
f
h
f
h
f
h
f
h
f
h
f
h
f
h
f
h
f
H
R
H
f
R
ffH
f
R
ffH
f
R
ff
δ
δ
δ
δ
δ
δθ
θ
θ
θ
(6.1)
As matrizes que multiplicam os vetores
[ ]THR δδδθ ,, e [ ]T
hhh 321 ,, δδδ
são, respectivamente, os jacobianos Jp e Jq, definidos no capítulo 5.
6.2 Cálculo dos erros cinemáticos
Os erros cinemáticos da estrutura paralela estão associados aos erros de
posicionamento da ferramenta, admitindo que existam erros devidos ao sistema de
atuação, ou seja,
[ ] 0,, 321 ≠=Tcccc hhhq δδδδ
r
Na hipótese de que sejam impostos valores típicos para estes erros, considera-se
que o vetor cqr
δ seja conhecido. Desta maneira,
⋅⋅=
−
c
c
c
c
c
c
h
h
h
JqJp
H
R
3
2
11
δ
δ
δ
δ
δ
δθ
(6.2)
De modo a se determinar os erros de posicionamento da ferramenta, em termos
das coordenadas cartesianas associadas ao ponto P, obtém-se
74
( ) ( )( ) ( )
⋅−+⋅+
⋅−+⋅+
=
c
cc
cc
c
z
c
y
c
x
h
senRsenRR
RRR
P
P
P
3
coscos
δ
θδθθδ
θδθθδ
δ
δ
δ
(6.3)
6.3 Mapeamento dos erros cinemáticos
O mapeamento dos erros cinemáticos corresponde à distribuição dos erros
representados pelo vetor [ ]Tc
z
c
y
c
x PPP δδδ ,, ao longo do espaço de trabalho disponível,
admitindo-se uma imprecisão cqr
δ , associada aos deslocamentos fornecidos pelos
atuadores. Os parâmetros da estrutura paralela serão idênticos àqueles apresentados na
seção 5.4. Nesta seção, três tipos de mapeamentos serão considerados, sendo que a
diferença principal entre eles não reside no valor das componentes do vetor qr
δ , mas
nos sinais destas componentes.
(a)
(b) (c)
Fig. 6.1 - Estrutura robótica 2UPS+PRP (a) com erros cinemáticos nas direções:
(b) x e (c) yb.
75
6.3.1 Primeiro mapeamento
Neste caso, admite-se situação simétrica em que os erros conhecidos e
representados pelo vetor qr
δ sejam idênticos e iguais a +5 µm para os três atuadores.
A fig. 6.2 mostra as superfícies associadas aos erros cinemáticos c
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 6.2 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situação simétrica, sendo δh1 = δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 6.2 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
76
A fig. 6.3 mostra as superfícies associadas aos erros cinemáticos c
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 6.3 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situação simétrica, sendo δh1 = δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 6.3 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
77
6.3.2 Segundo mapeamento
Considera-se agora uma situação assimétrica em que os erros conhecidos
representados pelo vetor qr
δ , continuem coincidindo em módulo, mas sejam distintos
pelo sinal. Assim, admite-se para os atuadores ou membros laterais, δh1 = +5 µm e δh2
= -5 µm. O membro central permanece com δh3 = +5 µm.
A fig. 6.4 mostra as superfícies associadas aos erros cinemáticos c
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 6.4 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situação assimétrica, sendo δh1 = - δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 6.4 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
78
A fig. 6.5, mostra as superfícies associadas aos erros cinemáticos c
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 6.5 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situação assimétrica, sendo δh1 = - δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 6.5 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
79
6.3.3 Terceiro mapeamento
Aqui se analisa o comportamento dos erros sómente para a altura H = 0,
considerando quatro situações possíveis em termos da combinação de tolerâncias. Os
valores dos erros conhecidos referentes ao vetor qr
δ , permanecem iguais em módulo.
Em relação aos membros laterais, admite-se; (a) δh1 = δh2 = +5 µm, (b) δh1 =
δh2 = - 5 µm, (c) δh1 = - δh2 = +5 µm, (d) - δh1 = δh2 = +5 µm. O membro central
continua constante em δh3 = +5 µm.
A fig. 6.6 mostra as superfícies associadas aos erros cinemáticos c
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 6.6 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situações simétricas e assimétricas para H = 0 mm e δh3 = 5 µm:
(a) para δh1 = δh2 = 5 µm; (b) para δh1 = δh2 = - 5 µm;
(c) para δh1 = - δh2 = 5 µm; (d) para - δh1 = δh2 = 5 µm.
A fig. 6.6 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
80
A fig. 6.7, mostra as superfícies associadas aos erros cinemáticos c
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 6.7 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situações simétricas e assimétricas para H = 0 mm e δh3 = 5 µm:
(a) para δh1 = δh2 = 5 µm; (b) para δh1 = δh2 = - 5 µm;
(c) para δh1 = - δh2 = 5 µm; (d) para - δh1 = δh2 = 5 µm.
A fig. 6.7 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
81
6.4 Discussão
A primeira questão que se coloca em discussão, neste capítulo, diz respeito à
validade da aproximação de 1ª ordem, através do emprego das matrizes Jq e Jp. A
validade pode ser verificada, comparando-se os erros [ ]Tc
z
c
y
c
x PPP δδδ ,, obtidos da forma
apresentada no capítulo 6, com aqueles calculados utilizando a formulação baseada na
cinemática direta (capítulo 5).
Tabela 6.1 - Comparação entre os métodos para o cálculo de c
xPδ e c
yPδ , para R = 1 m,
θ = 20 º, H = 0 m, δh1 = - δh2 = 5 µm.
Aproximação de 1ª ordem Cinemática direta
c
xPδ
[µm]
c
yPδ
[µm]
c
xPδ
[µm]
c
yPδ
[µm]
+ 4,3 - 12,7 + 4,3 - 12,7
Tabela 6.2 - Desvios percentuais associados aos valores de c
xPδ e c
yPδ , referentes à
tabela 6.1.
Desvio c
xPδ [%] 0
Desvio c
yPδ [%] 0
Tabela 6.3- Comparação entre os métodos para o cálculo de c
xPδ e c
yPδ , para R = 1 m,
θ =20 º , δh1 = δh2 = 5 µm.
Aproximação de 1ª ordem Cinemática direta
c
xPδ
[µm]
c
yPδ
[µm]
c
xPδ
[µm]
c
yPδ
[µm]
+ 4,8 + 1,7 + 4,8 + 1,7
82
Tabela 6.4 – Desvios percentuais associados aos valores de c
xPδ e c
yPδ , referentes à
tabela 6.3.
Desvio c
xPδ [%] 0
Desvio c
yPδ [%] 0
Analisando-se os resultados apresentados nas tabelas 6.1 a 6.4, nota-se que há
coincidência nos cálculos de c
xPδ e c
yPδ pelos dois métodos utilizados. Nestes cálculos
adotou-se para as posições das juntas universais e esféricas que ls1x = ls2x = lu1x = lu2x =
ls1z = ls2z = lu1z = lu2z = 0.
Com relação aos três mapeamentos dos erros cinemáticos realizados, adotou-se
5 µm como valor de referência. Este valor foi escolhido por ser factível; na verdade, há
sistemas de atuação e controle capazes de alcançar valores inferiores a este. O que se
busca com esta análise é avaliar, em quais regiões do espaço de trabalho, a estrutura
paralela assimétrica amplifica ou reduz os erros de entrada cqr
δ , referentes aos membros
ativos.
Da análise do primeiro mapeamento dos erros cinemáticos, situação em que os
erros nos três atuadores são idênticos, pode-se concluir que os erros na direção yb (fig.
6.3) serão nulos para y = 0, devido à simetria geométrica da estrutura em relação ao eixo
xb, independente do valor da altura H. Observa-se também que estes valores nulos
formam uma linha de simetria em que os valores dos erros para os dois quadrantes (x, y,
z > 0; x, z > 0, y < 0) serão iguais mas de sinais contrários.
Ainda com relação a c
yPδ , quando δh1 = δh2 = 5 µm, a faixa de variação é de -
2,5 a + 2,5 µm, ou seja, duas vezes inferior aos erros dos atuadores dos membros
laterais. Em alturas maiores (H = 480 e H = 600 mm), próximo à fronteira do espaço de
trabalho, os erros diminuem para 1,5 e 0,4 µm, respectivamente.
Observando a fig. 6.3, nota-se que o maior erro cinemático na direção xb ocorre
para H = 0 mm, permanecendo numa faixa estreita entre 4,4 a 5,1 µm. À medida em que
H aumenta, os erros máximos diminuem para 4,6 µm, 4,1 µm, 3,8 µm, 3,4 µm e 3,06
µm em relação a H = 120 mm, H = 240 mm, H = 360 mm, H = 480 mm e H = 600 mm,
respectivamente. Os erros são positivos e simétricos em relação ao eixo xb.
83
Para o segundo mapeamento, situação em que δh1 = - δh2 = 5 µm, observa-se
que os erros tanto na direção xb (fig. 6.4) como na direção yb (fig. 6.5) são iguais ou
mesmo superiores aos do primeiro mapeamento.
Com relação à direção xb, para H = 0 m, os erros variam de - 5 a + 5 µm. Porém,
à medida que H aumenta nota-se uma assimetria na faixa de variação dos erros. Por
exemplo, para H = 240 mm os erros variam entre + 4 µm e - 6 µm, já para
H = 480 mm, os erros variam entre 0 µm e - 5 µm, com redução gradativa da superfície
de trabalho, sendo que os maiores valores ocorrem no quadrante (x > 0, y < 0 e z > 0).
Para a direção yb, fig. 6.5, os maiores erros em valor absoluto alcançam 13,5 µm
Sendo que a faixa de variação se encontra entre – 8,5 e – 13,5 µm.
No terceiro mapeamento, foram analisadas quatro situações, que são
respectivamente (a) δh1 = δh2 = 5 µm, (b) δh1 = δh2 = - 5 µm, (c) δh1 = - δh2 = 5 µm e
(d) - δh1 = δh2 = 5 µm, mantendo-se a altura constante em H = 0 mm.
Com relação aos erros na direção xb (fig. 6.6), observa-se que as situações
simétricas (a) e (b), se encontram na mesma faixa de erro, variando em módulo entre 4,4
µm a 5,1 µm, estando o maior erro na faixa central em y = 0 e para valores decrescentes
de x. No caso (a) a variação é positiva, ou seja, de + 4,4 µm a + 5,1 µm e no caso (b) a
variação é negativa, ou seja, de – 4,4 µm a - 5,1 µm. Quanto às situações assimétricas
(c) e (d), em ambas o erro é zero em y = 0, aumentando para - 5 µm e + 5 µm nas
extremidades, próximo a y = ± 0.5 m. A única diferença é que a evolução do erro é
invertida, isto é no caso (c) o erro é + 5 µm em y = - 0.5 m e no caso (d) o erro é + 5 µm
em y = + 0.5 m.
A fig. 6.7 ilustra as variações de erro na direção yb, onde se verifica que para as
situações simétricas (a) e (b), o erro é zero em y = 0, aumentando para – 2,5 µm e +
2,5 µm, nas extremidades, próximo a y = ± 0.5 m. A diferença entre ambas é que a
evolução do erro é invertida, isto é no caso (a) o erro é + 2,5 µm em y = + 0.5 m e no
caso (b) o erro é + 2,5 µm em y = - 0.5 m. Quanto às situações assimétricas (c) e (d), em
ambas o erro varia no sentido x segundo faixas radiais, cujos valores em módulo se
encontram entre 8,5 µm a 13,5 µm, para valores decrescentes de x. No caso (c) a
variação é negativa, ou seja, de - 8,5 µm a - 13,5 µm e no caso (d) a variação é
positiva, ou seja, de + 8,5 µm a + 13,5 µm.
84
Quanto aos erros na direção zb, que são independentes dos mapeamentos, eles
coincidem com o valor de δh3 sendo portanto, igual a 5 µm.
Uma outra questão relevante diz respeito à interpretação da distribuição dos
erros ao longo do espaço de trabalho. Esta interpretação é certamente difícil, porém
possível em alguns casos particulares.
Considere a situação em que δh1 = δh2, θ = 0 º, H = 0 m, ls1x = ls2x = lu1x = lu2x = ls1z =
ls2z = lu1z = lu2z = 0 m, ls1y = - ls2y = ls e lu1y = lu2y = lu, lu = 2 . ls.
Fig. 6.8 - Caso particular para interpretação dos erros.
Observando a fig. 6.8, pode-se escrever que 222 LsRh += . Derivando-se esta
equação, obtém-se RRhh δδ ⋅=⋅ . Substituindo a variável h na expressão anterior vem
RhR
lsδδ =⋅
+
2
1
Assim, para R tendendo a zero, δR tende a infinito. Por outro lado, se R tender a
infinito, δR tenderá a δh. Estas duas situações de tendências para δR podem ser
observadas na fig. 6.9 a seguir.
85
Fig. 6.9 - Mapeamento do erro na direção xb, para H = 0 m, δh1 = δh2 = 5 µm,
ls = 0,2 m, lu = 2.ls, sem restrição dos cursos das juntas.
Este comportamento para distribuição dos erros na direção xb, ou seja, para
θ = 0, ser maior para pequenos valores de R e tender a δh1 = δh2 = δh = 5 µm para
valores crescentes de R, se observa quando as componentes x das coordenadas das
juntas U1, U2, S1 e S2 são nulos.
No caso em que estas componentes na direção x não são nulas, preservando-se
as demais condições, nota-se que os erros na direção x crescem à medida que R também
cresce (vide fig. 6.9). Esta influência das componentes das coordenadas das juntas U1,
U2, S1 e S2 será analisada no próximo capítulo.
86
7. ANÁLISE DOS ERROS GEOMÉTRICOS DA ESTRUTURA PARALELA
2UPS+PRP
Os erros geométricos ocorrem em função das tolerâncias de fabricação e das
tolerâncias de montagem dos componentes de uma estrutura robótica, provocando uma
diferença entre os modelos cinemáticos teórico e real.
Para a estrutura paralela 2UPS+PRP, os erros geométricos serão analisados,
admitindo-se imprecisões nas coordenadas das juntas nos membros ativos.
Segundo NIEMANN et al (1981), a tolerância é a diferença entre as dimensões
máxima e mínima permitidas de uma característica dimensionável. As tolerâncias de
fabricação são normalizadas de acordo com diferentes normas, podendo ser citadas a
ABNT, a DIN, a ISO, entre outras.
Como critério para a definição das tolerâncias dos parâmetros geométricos,
dados pelas posições das juntas universais e esféricas sobre a estrutura robótica, baseou-
se na norma ISO 286. Esta norma define tanto a largura do campo de tolerâncias ou
qualidade de trabalho IT (International Tolerance), como também a posição deste
campo de tolerâncias em relação à dimensão nominal.
Existem 20 qualidades de trabalho, que são IT01, IT0, IT1, ..., IT18, sendo
indicadas as seguintes aplicações com relação à precisão requerida:
1. As tolerâncias das qualidades de 01 a 3 para eixos e as de 01 a 4 para furos, são
particularmente indicadas para peças de altíssima precisão e calibradores de tolerância e
referência.
2. As tolerâncias de qualidades 4 a 11 para eixos e as de 5 a 11 para furos, são
particularmente indicadas para peças destinadas a serem associadas umas às outras.
3. As tolerâncias de qualidades superiores a 11, tanto para eixos como para furos, são
aplicadas para dimensões isoladas, carecendo de sentido, qualquer afirmativa relativa à
intercambialidade.
No presente desenvolvimento, foram escolhidas tolerâncias segundo a qualidade
de trabalho IT5, que fornece uma precisão média de acordo com os catálogos de fusos
de esferas (NSK) e de juntas mecânicas (INA) consultados. Com esta escolha, optamos
por verificar se conseguimos manter um baixo erro geométrico, com custos de
87
fabricação de seus componentes que não fossem excessivamente elevados. A qualidade
de trabalho IT5 é determinada de acordo com a seguinte equação empírica contida na
norma ISO 286, onde D representa a dimensão.
( )DDIT ⋅+⋅⋅= 001,045,075 3
O posicionamento da largura do campo de tolerância é feito sempre em relação à
linha zero ou neutra, obedecendo um certo escalonamento, baseado em fórmulas
empíricas.
A cada posição faz-se corresponder uma letra ou grupo de duas letras do
alfabeto, sendo utilizadas letras maiúsculas para medidas internas (furos) e letras
minúsculas para medidas externas (eixos).
Estão previstas as seguintes letras (aqui representadas pelas minúsculas):
1) para campo de tolerâncias abaixo da linha zero - a, b, c, cd, d, e, ef, f, fg, g, h
2) para campo de tolerâncias contendo a linha zero – js, j, k
3) para campo de tolerâncias acima da linha zero – m, n, p, r, s, t, u, v, x, y, z, za, zb, zc
Neste estudo, adotamos o posicionamento que faz a divisão por igual em relação à
sua dimensão nominal ou linha neutra, que segundo a norma ISO é representado pelas
letras “js”. A expressão correspondente é dada por
Dsuperior – Dinferior =IT/2
Os valores numéricos correspondentes à qualidade de trabalho IT são dados em
µm e a dimensão D é fornecida em mm. Estes valores foram tabelados segundo a norma
DIN 7151 para dimensões até 500 mm e segundo a norma DIN 7172 para dimensões
acima de 500 mm até 3150 mm. Ambas as normas estão contidas no norma ISO 286.
88
7.1 Relação entre os erros de posicionamento da ferramenta e os erros associados
às imprecisões na localização das juntas nos membros ativos.
De modo a obter a relação entre os erros de posicionamento da ferramenta,
instalada na plataforma móvel, e os erros associados às imprecisões na localização das
juntas dos membros ativos, toma-se como ponto de partida os desvios nas funções nulas
de posição, definidas pela eq. (5.5) mostrada a seguir
( ) 0,,rrrr
=πqPf b
Assim, calculando as derivadas parciais em relação a Pb e a πr
, temos
0=⋅∂
∂+⋅
∂
∂= πδ
πδ
rr
rrr f
PP
ffd b
b
que na forma desenvolvida fica
022
22
22
11
11
11
22
22
22
11
11
11
=⋅∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+
+⋅∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+
+⋅∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂+⋅
∂
∂=
z
z
j
y
y
j
x
x
j
z
z
j
y
y
j
x
x
j
z
z
j
y
y
j
x
x
j
z
z
j
y
y
j
x
x
jjjj
j
lulu
flu
lu
flu
lu
flu
lu
f
lulu
flu
lu
fls
ls
fls
ls
fls
ls
f
lsls
fls
ls
fls
ls
fH
H
fR
R
ffdf
δδδδ
δδδδδ
δδδδδδθθ
com j = 1,2,3
Colocando a expressão anterior na forma matricial, temos
89
⋅
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
=
=
⋅
∂
∂
∂
∂
∂
∂∂
∂
∂
∂
∂
∂∂
∂
∂
∂
∂
∂
z
y
x
z
y
x
z
y
x
z
y
x
zyxzzxzyxzzx
zyxzyxzyxzyx
zyxzyxzyxzyx
lu
lu
lu
lu
lu
lu
ls
ls
ls
ls
ls
ls
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
lu
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
ls
f
H
R
H
f
R
ffH
f
R
ffH
f
R
ff
2
2
2
1
1
1
2
2
2
1
1
1
2
3
2
3
2
3
1
3
1
3
1
3
2
2
2
3
2
3
1
3
1
3
1
3
2
2
2
2
2
2
1
2
1
2
1
2
2
2
2
2
2
2
1
2
1
2
1
2
2
1
2
1
2
1
1
1
1
1
1
1
2
1
2
1
2
1
1
1
1
1
1
1
333
222
111
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δ
δθ
θ
θ
θ
(7.1)
A matriz que multiplica o vetor
[ ]Tggg HR δδδθ ,,
é o Jacobiano Jp, enquanto a que multiplica o vetor
[ ]Tzyxzyxzyxzyx lululululululslslslslsls 22,2111222111 ,,,,,,,,,,, δδδδδδδδδδδδπδ =r
será denominada Jacobiano Jπ.
Sendo
θθθπ cRslsclsluJ yxx ⋅+⋅−⋅+−= 11111
θθθπ sRclsslsluJ yxy ⋅+⋅+⋅+−= 11112
90
HlsluJ zz ++−= 1113π
0161514 === πππ JJJ
RsluclulsJ yxx −⋅+⋅+−= θθπ 11117
θθπ clucslulsJ yxy ⋅+⋅−−= 11118
HlulsJ zz −+−= 1119π
012,111,110,1 === πππ JJJ
0232221 === πππ JJJ
θθθπ cRslsclsluJ yxx ⋅+⋅−⋅+−= 22224
θθθπ sRclsslsluJ yxy ⋅+⋅+⋅+−= 22225
HlsluJ zz ++−= 2226π
0292827 === πππ JJJ
RsluclulsJ yxx −⋅+⋅+−= θθπ 22210,2
θθπ cluslulsJ yxy ⋅+⋅+−= 22211,2
HlulsJ zz −+−= 2211,2π
012,311,310,3393837363534333231 ============ ππππππππππππ JJJJJJJJJJJJ
91
7.2 Cálculo dos erros geométricos
Os erros geométricos da estrutura paralela estão associados aos erros de
posicionamento da ferramenta, admitindo que existam erros associados à localização
das juntas U1, U2, S1 e S2, representadas pelo vetor πδr
.
Na hipótese de que sejam impostos valores típicos para estes erros, considera-se
que o vetor πδr
seja conhecido. Desta maneira,
ππ
δ
δ
δθr
dJJp
H
Rg
g
g
⋅⋅=
−1 (7.2)
De modo a se determinar os erros de posicionamento da ferramenta, em termos
das coordenadas cartesianas associadas ao ponto P, obtém-se
( ) ( )( ) ( )
⋅−+⋅+
⋅−+⋅+
=
g
gg
gg
g
z
g
y
g
x
h
senRsenRR
RRR
P
P
P
3
coscos
δ
θδθθδ
θδθθδ
δ
δ
δ
(7.3)
7.3 Mapeamento dos erros geométricos
O mapeamento dos erros geométricos corresponde à distribuição dos erros
representados pelo vetor [ ]Tg
z
g
y
g
x PPP δδδ ,, ao longo do espaço de trabalho disponível,
admitindo-se uma imprecisão dos parâmetros da estrutura paralela, associada as
coordenadas das juntas U1, U2, S1 e S2. Os valores nominais destes parâmetros serão
idênticos àqueles apresentados na seção 5.4.
Nesta seção, dois tipos de mapeamentos serão considerados, sendo que a
diferença principal entre eles não reside no valor das componentes do vetor πδr
, mas
nos sinais destas componentes.
92
(a)
(b) (c)
Fig. 7.1 - Estrutura robótica 2UPS+PRP (a) com erros geométricos nas direções:
(b) xb e (c) yb.
Tabela 7.1 - Tolerâncias referentes aos parâmetros da estrutura paralela 2UPS+PRP.
Parâmetro [mm] Tolerância IT5 [µm]
Símbolo Valor Símbolo Simétrica Assimétrica
ls1x + 100 δls1x + 7,7 + 7,7
ls1y + 200 δls1y + 9,9 + 9,9
ls1z 0 δls1z 0 0
ls2x + 200 δls2x + 7,7 - 7,7
ls2y - 200 δls2y - 9,9 + 9,9
ls2z 0 δls2z 0 0
lu1x - 125 δlu1x - 8,3 - 8,3
lu1y + 400 δlu1y + 13,0 + 13,0
lu1z 0 δlu1z 0 0
lu2x - 125 δlu2x - 8,3 + 8,3
lu2y - 400 δlu2y - 13,0 + 13,0
lu2z 0 δlu2z 0 0
A seguir, apresentam-se as superfícies associadas aos erros g
xPδ e g
yPδ para diferentes
alturas H ou posições no eixo zb.
93
7.3.1 Primeiro mapeamento
Admite-se situação simétrica em relação às tolerâncias, com os erros conhecidos
correspondentes ao vetor πr
d de acordo com os valores apresentados na tabela 7.1.
A fig. 7.2 mostra as superfícies associadas aos erros geométricos g
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 7.2 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
com tolerâncias simétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
A fig. 7.2 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
94
A fig. 7.3 mostra as superfícies associadas aos erros geométricos g
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 7.3 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
com tolerâncias simétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
A fig. 7.3 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
95
7.3.2 Segundo mapeamento
Aqui se considera situação assimétrica em relação às tolerâncias, com os erros
conhecidos correspondentes ao vetor πδr
também de acordo com os valores
apresentados na tabela 7.1.
A fig. 7.4 mostra as superfícies associadas aos erros geométricos g
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb., dentro do espaço de trabalho.
Fig. 7.4 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
com tolerâncias assimétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
A fig. 7.4 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
96
A fig. 7.5 mostra as superfícies associadas aos erros geométricos g
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 7.5 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
com tolerâncias assimétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
A fig. 7.5 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
97
7.4 Análise da sensibilidade aos parâmetros da estrutura paralela
A análise da sensibilidade aos parâmetros da estrutura paralela 2UPS+PRP tem
por objetivo verificar o grau de influência de cada parâmetro sobre cada uma das
componentes do erro de posiciomamento da ferramenta.
Para realizar esta análise, calcula-se o valor médio da sensibilidade referente a
cada parâmetro em relação a cada uma das componentes do erro de posicionamento da
ferramenta. Emprega-se o valor médio, uma vez que a sensibilidade varia ao longo do
espaço de trabalho.
O cálculo da sensibilidade se baseia na matriz Jg, definida a seguir, para uma
determinada altura H da plataforma móvel.
πJJpJg ⋅= −1 (7.4)
que representada na forma matricial, fica
=
12,311,310,3393837363534333231
12,211,210,2292827262524232221
12,111,110,1191817161514131211
JgJgJgJgJgJgJgJgJgJgJgJg
JgJgJgJgJgJgJgJgJgJgJgJg
JgJgJgJgJgJgJgJgJgJgJgJg
Jg (7.5)
A sensibilidade da estrutura robótica ao erro geométrico, em função dos parâmetros de
localização das juntas universais e esféricas é obtida pela expressão
N
Jg
S
n
k
k
ij
ij
∑== 1
sendo Sij a sensibilidade média ao parâmetro j em relação à componente i do erro; k
ijJg
a sensibilidade ao parâmetro j em relação à componente i do erro para uma determinada
configuração k ocupada pela estrutura dentro do espaço de trabalho; N é o numero total
de pontos pertencentes ao espaço de trabalho, para uma dada altura H; i é o índice que
varia de 1 a 3, sendo 1 para δθ, 2 para δR e 3 para δH; j é o índice que varia de 1 a 12,
seguindo a sequência dos parâmetros da tabela 7.1.
98
A fig. 7.6 mostra os gráficos de barras referentes ao grau de influência dos
parâmetros geométricos na sensibilidade de θ ao erro, para algumas superfícies
associadas a diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e i
nflue
ncia
do
s p
arâ
me
tros
geom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 0 [mm]
(a)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 120 [mm]
(b)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 240 [mm]
(c)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.5
1
1.5x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e infl
uen
cia
dos
parâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 360 [mm]
(d)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.5
1
1.5
2
2.5
3x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e in
flu
en
cia
dos
pa
râm
etr
os
ge
om
étr
ico
s
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 480 [mm]
(e)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3x 10
-6
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 600 [mm]
(f)
Fig. 7.6 – Sensibilidade média aos parâmetros 1 a 12, em relação a δθ:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 7.6 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
99
A fig. 7.7 mostra os gráficos de barras referentes ao grau de influência dos
parâmetros geométricos na sensibilidade de R ao erro, para algumas superfícies
associadas a diferentes alturas H ou posições no eixo zb.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
1
2
3
4
5
6x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 0 [mm]
(a)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
1
2
3
4
5
6x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 120 [mm]
(b)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
1
2
3
4
5
6x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 240 [mm]
(c)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
1
2
3
4
5
6
7x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e infl
ue
ncia
dos
pa
râm
etr
os
ge
om
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 360 [mm]
(d)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2x 10
-4
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 480 [mm]
(e)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2x 10
-3
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 600 [mm]
(f)
Fig. 7.7 – Sensibilidade média aos parâmetros 1 a 12, em relação a δR:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 7.7 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
100
7.5 Discussão
Os erros geométricos ocorrem principalmente em função da existência de
tolerâncias dimensionais e geométricas nos componentes, além de tolerâncias de
montagem. As tolerâncias nos componentes ocorrem devido ao processo de fabricação e
devido ao desgaste em consequência do uso. As tolerâncias de montagem se referem
principalmente a folgas na estrutura. Neste estudo, nos concentramos especialmente na
influência das tolerâncias de fabricação para a determinação dos erros.
Em processos de fabricação, é práticamente impossível atingir exatamente a
dimensão nominal, de forma que se permite uma tolerância ou variação dimensional,
que pode estar contida numa faixa maior ou menor, dependendo da precisão necessária
ou do erro permitido.
Os fabricantes de fusos de esferas recirculantes, por exemplo, concentram seus
produtos principalmente nas qualidades de trabalho IT3 e IT5 (catálogos da RACO,
NSK, LK, EXLAR, KORTA).
Fig. 7.8 - Fuso de rolamentos de esferas com castanha (junta prismática).
Em acoplamentos com rolamentos radiais, para aplicações de cargas normais a
altas na construção de máquinas, são utilizadas as qualidades IT5 e IT6, com
afastamentos de referência j e k (NIEMANN, 1981; catálogos da FAG, SKF,
TIMKEN).
Já para juntas universais (fig. 7.9 a) e esféricas (fig. 7.9 b), são geralmente
empregadas as qualidades IT6, IT7 e IT8, com afastamentos de referência h e js,
(catálogos da INA, APEX, KTR, IMETEX).
101
(a) (b)
Fig. 7.9 - Juntas mecânicas: (a) universal; (b) esférica.
Em relação aos mapeamentos efetuados, pretende-se avaliar, em quais regiões do
espaço de trabalho, a estrutura paralela assimétrica amplifica ou reduz os erros de
entrada πδr
, referentes aos parâmetros geométricos.
Da análise do primeiro mapeamento dos erros geométricos, situação em que há
simetria nos erros dos parâmetros de posicionamento das juntas universais e esféricas,
pode-se concluir que os erros na direção yb (fig. 7.3) serão nulos para y = 0, devido à
simetria geométrica da estrutura em relação ao eixo xb, independente do valor da
altura H.
Observa-se também que estes valores nulos formam uma linha de simetria em
que os valores dos erros para os dois quadrantes (x, y, z > 0; x, z > 0 e y < 0) serão
iguais mas de sinais contrários.
Os valores máximos para os erros se encontram nas extremidades do eixo y,
chegando a - 20 a + 20 µm, para y < -0,5 m e y > +0,5 m respectivamente. Na faixa
entre - 0,1 m < y < 0,1 m , os erros variam de - 5 a + 5 µm. Em alturas maiores, tais
como H = 480 e H = 600 mm, próximo à fronteira do espaço de trabalho, os erros
diminuem para 10 e 4 µm, respectivamente, juntamente com a gradativa redução do
tamanho da superfície de trabalho.
Observando a fig. 7.2, nota-se que o maior erro geométrico na direção xb
permanece numa faixa estreita contida entre 6 a 16,4 µm ao longo do espaço de
trabalho. Conforme aumenta a altura H, e os tamanhos das superfícies de trabalho se
reduzemos, erros mínimos aumentam para 8 µm, 9 µm, 11 µm, 14 µm e 16 µm, em
102
relação a H = 120 mm H = 240 mm, H = 360 mm, H = 480 mm e H = 600 mm
respectivamente. Os erros são negativos e simétricos em relação ao eixo xb.
Para o segundo mapeamento, situação em que há assimetria nos erros dos
parâmetros de posicionamento das juntas universais e esféricas, observa-se que os erros
tanto na direção xb (fig. 7.4) são inferiores e na direção yb (fig. 7.5) são superiores aos
do primeiro mapeamento.
Com relação à direção xb, para H = 0 mm, os erros variam de - 10 a + 10 µm, em
relação ao eixo y. Porém, à medida que H aumenta nota-se uma redução na faixa de
variação dos erros. Ou seja, próximo à região de fronteira, em H = 480 mm e
H = 600 mm, por exemplo, os maiores erros são iguais a ± 5 µm e ± 2 µm,
respectivamente.
Para a direção yb, fig. 7.5, os maiores erros em valor absoluto alcançam 44 µm
Sendo que a faixa de variação se encontra entre + 28 e + 44 µm. Os erros variam dentro
de faixas radiais, aumentando conforme se aumenta também o valor de x.
Com relação aos parâmetros geométricos, a fig. 7.6 mostra que a maior
influência quanto à sensibilidade de θ se deve às coordenadas lu1x, lu2x, ls1x e ls2x, sendo
aproximadamente três vezes maior que a influência de lu1y, lu2y e aproximadamente seis
vezes maior que a influência de ls1y, ls2y. Esta relação entre os parâmetros sofre pouca
variação ao longo do espaço de trabalho.
Observa-se que, em valores absolutos, a influência global dos parâmetros lu1x,
lu2x, ls1x, ls2x, lu1y, lu2y, ls1y e ls2y permanece práticamente constante até H = 360 mm,
passando então a aumentar conforme se aproxima da fronteira do espaço de trabalho,
chegando a dobrar de valor em H = 600 mm.
Já a influência dos parâmetros lu1z, lu2z, ls1z, ls2z vai aumentando conforme se
afasta da altura de referência H = 0 mm. Assim, para H = 0 mm, a influência destes
parâmetros é nula, em H = 240 mm se iguala a ls1y, ls2y e em H = 480 mm já
ultrapassou lu1y, lu2y, passando a ser a segunda maior fonte de influência na
sensibilidade ao erro geométrico.
Por sua vez, a sensibilidade de R em relação aos parâmetros geométricos, é
ilustrada na fig. 7.7. Novamente se observa que a maior influência se deve às
coordenadas lu1x, lu2x, ls1x e ls2x, que também neste caso são aproximadamente três
vezes maior que a influência de lu1y, lu2y e seis vezes maior que a influência de ls1y, ls2y.
103
E mais uma vez, esta relação entre os parâmetros tem pouca variação ao longo do
espaço de trabalho.
Em valores absolutos, a influência global dos parâmetros lu1x, lu2x, ls1x, ls2x,
lu1y, lu2y, ls1y e ls2y permanece práticamente constante até H = 240 mm, passando a
aumentar de forma suave até H = 360 mm. Em H = 480 mm os valores dobram e nas
próximidades da fronteira do espaço de trabalho, em H = 600 mm os valores aumentam
200 vezes.
A influência dos parâmetros lu1z, lu2z, ls1z, ls2z aumenta gradativamente
conforme se afasta da altura de referência H = 0 mm. Na altura H = 0 a influência é
nula, em H = 120 mm supera ls1y, ls2y e em H = 480 mm ultrapassa lu1y, lu2y, passando a
ser a segunda maior fonte de influência na sensibilidade ao erro geométrico.
104
8 ANÁLISE DOS ERROS ELÁSTICOS DA ESTRUTURA PARALELA
2UPS+PRP
Os erros elásticos em estruturas robóticas são consequência das deformações
elásticas em seus componenentes, que por sua vez, dependem da sua rigidez e dos
esforços atuantes.
Neste capítulo, os modelos para avaliação do erro elástico na estrutura paralela
2UPS+PRP, serão gerados aplicando-se o princípio do trabalho virtual à estrutura
considerada sob a ação da força de usinagem, numa operação de fresamento de
acabamento.
8.1 Desenvolvimento do modelo para avaliação do erro elástico
Considere a estrutura paralela 2UPS+PRP, apresentada na fig. 8.1, onde se
destacam os pontos centro das juntas esféricas e universais, as molas k1, k2 e k3
correspondentes à rigidez dos membros ativos 1, 2 e 3, respectivamente, além da fresa
instalada na plataforma móvel sofrendo a ação da força de usinagem uFr
, durante a
interação ferramenta-peça de trabalho.
Fig. 8.1 - Representação simplificada da estrutura 2UPS+PRP,
para desenvolvimento do modelo elástico.
105
Por sua vez, na fig. 8.2 são indicadas as forças no sentido axial, atuantes nas
molas de rigidez k1, k2 e k3.
Fig. 8.2 – Forças atuantes nas molas de rigidez k1, k2 e k3.
Aplicando-se o princípio do trabalho virtual à estrutura paralela 2UPS+PRP,
conforme fig. 8.2, obtém-se
0332211
rrrrrrrrr=⋅+⋅−⋅−⋅− eeee PFhfhfhf δδδδ (8.1)
sendo eh1
rδ , eh2
rδ e eh3
rδ os deslocamentos virtuais nas molas 1, 2 e 3, respectivamente, e
ePr
δ o deslocamento virtual do ponto P.
Foram adotadas algumas hipóteses simplificadoras mencionadas a seguir:
a) o diâmetro da fresa e o comprimento da sua haste foram desconsiderados;
b) o motor responsável pela transmissão de rotação à ferramenta encontra-se
instalado na base e não na plataforma móvel, de acordo com a observação feita
na seção 4.2 do cap.4 ;
c) os efeitos gravitacionais foram desconsiderados.
106
O trabalho virtual da força uFs
, e
u PFrr
δ⋅ , pode ser escrito em termos das forças
nas direções radial, tangencial e axial (vetores ρr
, τr
, kr
da fig. 8.3) e do vetor
[ ]Teee HR δδδθ ,,
[ ]
⋅=⋅e
z
e
y
e
x
zyx
e
u
P
P
P
FFFPF
δ
δ
δ
δrr
(8.2)
O vetor uFr
nas componentes radial, tangencial e axial corresponde a
( ) ( ) ( ) kFFFkkFFFF ztruuuuˆ⋅+⋅+⋅=⋅⋅+⋅⋅+⋅⋅= τρττρρ
rrrrrrrrrrrr
sendo
( ) ( ) θθθθρ sFcFjsicjFiFFF yxyxur ⋅+⋅=+⋅+=⋅= ˆˆˆˆrr
( ) ( ) θθθθτ cFsFjcisjFiFFF yxyxut ⋅+⋅−=+−⋅+=⋅= ˆˆˆˆrr
portanto,
[ ] [ ]
−
⋅=
100
0
0
θθ
θθ
sc
cs
FFFFFF zrtzyx (8.3)
107
θ
ρτ
Fig. 8.3 – Força uFr
atuante no ponto P e os vetores ρr
, τr
, i , j e k .
Por outro lado, o vetor ePr
δ pode ser escrito da seguinte maneira
⋅
⋅
−
=
e
e
e
e
z
e
y
e
x
H
R
R
sc
cs
P
P
P
δ
δ
δθ
θθ
θθ
δ
δ
δ
100
0
0
(8.4)
Substituindo os vetores das eqs. (8.3) e (8.4) na eq. (8.2) vem
[ ]
[ ]
e
z
e
r
e
t
e
e
e
zrt
e
e
e
zrt
HFRFRF
H
R
R
FFF
H
R
R
sc
cs
sc
cs
FFF
δδδθ
δ
δ
δθ
δ
δ
δθ
θθ
θθ
θθ
θθ
⋅+⋅+⋅⋅=
=
⋅
⋅
⋅=
=
⋅
⋅
−
⋅
−
⋅
100
010
001
100
0
0
100
0
0
(8.5)
Substituindo o resultado da eq. (8.5) na eq (8.1) e colocando-a na forma
matricial vem:
108
[ ] [ ]
⋅=
⋅⋅e
e
e
e
e
e
zrt
h
h
h
fff
H
RFFRF
3
2
1
321
δ
δ
δ
δ
δ
δθ
Da eq. (6.1), sabe-se que
⋅=
e
e
e
e
e
e
H
RJc
h
h
h
δ
δ
δθ
δ
δ
δ
3
2
1
(8.6)
sendo pq JJJc ⋅= −1
Assim,
⋅=
⋅
3
2
1
f
f
f
Jc
F
F
RFT
z
r
t
(8.7)
O vetor [ ]Tfff 321 pode ser definido em função da rigidez dos membros
ativos e das correspondentes deformações elásticas eh1δ , eh2δ e eh3δ .
⋅
=
e
e
e
h
h
h
k
k
k
f
f
f
3
2
1
3
2
1
3
2
1
00
00
00
δ
δ
δ
(8.8)
De forma análoga ao apresentado na eq. (8.6) pode-se considerar que
⋅=
e
e
e
e
e
e
H
RJc
h
h
h
δ
δ
δθ
δ
δ
δ
3
2
1
(8.9)
Substituindo os resultados das eqs. (8.8) e (8.9) na eq. (8.7) vem
109
⋅⋅⋅=
⋅
e
e
e
T
z
r
t
H
RJcJc
F
F
RF
δ
δ
δθ
χ
sendo
Ou ainda, reescrevendo-se a equação anterior de outra maneira
⋅
⋅=
−
z
t
t
e
e
e
F
F
RF
K
H
R 1
δ
δ
δθ
(8.10)
sendo JcJcK T ⋅⋅= χ a matriz de rigidez global da estrutura paralela 2UPS+PRP.
Portanto, o erro elástico será
( ) ( )( ) ( )
⋅−+⋅+
⋅−+⋅+
=
e
ee
ee
e
z
e
y
e
x
h
sRsRR
cRcRR
P
P
P
3δ
θδθθδ
θδθθδ
δ
δ
δ
(8.11)
8.2 Cálculo da rigidez de cada um dos membros ativos
Nesta seção, apresenta-se o cálculo da rigidez de cada um dos membros ativos da
estrutura paralela, ou seja, como são determinados os valores de k1, k2 e k3.
Para os membros laterais 1 e 2, admite-se a situação indicada na fig. 8.4.
110
(a)
Fig. 8.4 - Determinação da rigidez dos membros laterais: (a) modelo cinemático;
(b) modelo elástico.
Assim, para o cálculo de k1 ou k2, considera-se o carregamento axial, ao longo
do eixo que passa pelos pontos-centro S e U, sendo que a rigidez de cada membro
levará em conta a contribuição da junta esférica, da junta prismática (fuso) e da junta
universal. Desta maneira,
111
1 1111
UtelescópioS kkk
k
++
= (8.12)
e
222
2 1111
UtelescópioS kkk
k
++
= (8.13)
sendo kS, a rigidez da junta esférica; ktelescópio a rigidez da junta prismática; e kU, a
rigidez da junta universal.
Os valores de rigidez correspondentes às juntas solicitadas kU e kS, podem ser
obtidos a partir de catálogos de fabricantes destes componentes.
111
No caso da junta prismática, esta corresponde construtivamente a um fuso de
esferas, proporcionando com seu giro a translação de uma haste vinculada na sua
extremidade à uma das juntas esféricas.
Fig. 8.5 - Vista em corte do membro lateral, para determinação da rigidez do telescópio.
Sendo assim, pode-se escrever que
111
1 1111
fusoporcahaste
telescópio
kkk
k
++
= (8.14)
e
222
2 1111
fusoporcahaste
telescópio
kkk
k
++
= (8.15)
sendo khaste, kporca e kfuso, a rigidez da haste, da porca e da porção deformada do fuso,
respectivamente.
112
O valor de rigidez correspondente à porca kporca, pode ser obtido a partir de
catálogos de fabricantes deste componente.
A rigidez da haste khaste, é determinada segundo a expressão
1
111
haste
hastehaste
hastel
AEk
⋅= (8.16)
e
2
222
haste
hastehaste
hastel
AEk
⋅= (8.17)
sendo Ehaste o módulo de elasticidade do material da haste; Ahaste a área da seção
transversal da haste; lhaste o comprimento util da haste.
No caso da porção deformada do fuso, a rigidez correspondente kfuso será
determinada aplicando-se a seguinte formulação
111
11
111
2 juntasjuntau
porca
haste
fusofuso
fuso
lll
lh
AEk
−−−−
⋅= (8.18)
e
222
22
222
2 juntasjuntau
porca
haste
fusofuso
fuso
lll
lh
AEk
−−−−
⋅= (8.19)
sendo h, o comprimento do membro lateral; lhaste, o comprimento da haste; lporca o
comprimento da porca; ljuntau a distância do centro da junta universal ao encosto do
fuso; ljuntas a distância do centro da junta esférica ao encosto da haste; Efuso o módulo de
elasticidade do material do fuso; Afuso a área da seção transversal do fuso.
113
O membro central também corresponde construtivamente a um fuso de esferas,
proporcionando com seu giro a translação de uma porca à qual está vinculado o braço
central movido em cuja extremidade está presa a plataforma móvel.
Fig. 8.6 – Vista do membro central, para determinação da sua rigidez.
A rigidez do membro central 3, levando em conta apenas a rigidez axial, é
calculada segundo
33
3 111
porcafuso
membro
kk
k
+
= (8.20)
com
32313 fusofusofuso kkk += (8.21)
sendo kporca3 e kfuso3 , a rigidez da porca e do fuso, respectivamente.
O valor de rigidez correspondente à porca kporca3, pode ser obtido a partir de
catálogos de fabricantes deste componente.
Z=0
Porca3
H lh3/2
lh3/2
114
A rigidez das partes deformadas do fuso kfuso31 e kfuso32 são determinadas a
seguir
Hlh
AEk
fusofuso
fuso
−
⋅=
23
3331 (8.22)
e
Hlh
AEk
fusofuso
fuso
+
⋅=
23
3332 (8.23)
sendo Efuso3 o módulo de elasticidade do material do fuso; Afuso3 a área da seção
transversal do fuso; lh3 o comprimento do fuso e H o deslocamento na direção zb .
8.3 Cálculo da força de usinagem
A determinação da força de usinagem é realizada considerando processo de
fresamento (fig. 8.7) em operação de acabamento, focando com isso a precisão da
máquina e da peça trabalhada.
Fig. 8.7 - Exemplo de processo de fresamento.
115
No fresamento a força de usinagem oscila em função do espaçamento entre os
dentes da ferramenta, como ilustrado na fig. 8.8. Neste estudo, no entanto, adotamos
como hipótese simplificadora que esta força é considerada constante, ou seja, admite-se
situação estática e sem choques adicionais, com fator de sobrecarga igual a um.
Fig. 8.8 - Oscilação da força de usinagem.
Consideramos que a força de usinagem Fu é composta pela força de corte Fc e
pela força de avanço Ff, conforme ilustrado na fig. 8.9.
Fig. 8.9 – Vista superior da composição da força de usinagem.
A força de usinagem Fu pode ser escrita em função de suas componentes radial,
tangencal e axial, como mostra a expressão (8.24).
[ ]T
zrtu FFFF = (8.24)
116
Estas componentes de força são obtidas a partir da decomposição da força de
corte e da força de avanço.
ϕ
θ
δ
ϕθ δ
(a) (b)
Fig. 8.10 – Fresamento: (a) na direção xb; (a) na direção yb.
Para fresamento na direção xb, temos
( ) ( )θθϕπ
δ senFsenFF fCfCt ⋅+
−−⋅⋅−=
2cos (8.25)
( ) ( )θθϕπ
δ cos2
coscos ⋅+
−−⋅⋅= fCfCr FFF (8.26)
( )fCz senFF δ⋅= (8.27)
Para fresamento na direção yb, temos
( ) ( )
−⋅+−−⋅⋅= θ
πθϕπδ
2cos senFsenFF fCfCt (8.28)
( ) ( )
−⋅+−−⋅⋅−= θ
πθϕπδ
2coscoscos fCfCr FFF (8.29)
117
( )fCz senFF δ⋅= (8.30)
Para o cálculo da força de corte Fc, é preciso conhecer as propriedades do
material da peça a ser usinada, as características da ferramenta utilizada e as condições
de operação.
Dentre as propriedades do material da peça, está o seu tipo que pode ser aço,
ferro fundido, metal não ferroso, material sintético e material natural. Além desta há
ainda outras como a dureza e a tensão limite de resistência à ruptura por tração.
Dentre as características da ferramenta, temos o material que pode ser por
exemplo de aço rápido ou metal duro, assim como a sua forma que pode ser cilindrica,
de disco, de topo, entre outras. Outras características importantes são o diâmetro Df , a
largura Lf , o número de dentes Zf , além dos ângulos de incidencia αc , de corte βc , de
saída γc e de hélice δf (WITTE, 1998; DINIZ, 2001).
Dentre as condições de operação, existe a usinagem de desbaste ou acabamento,
o fresamento frontal ou tangencial, a velocidade de corte vc, a velocidade de avanço vf ,
a profundidade de corte ap , a penetração de trabalho ae , o ângulo da direção da aresta
principal de corte com a peça usinada Kr , o coeficiente do material mc segundo Kienzle
e a força de corte específica para secção de material A=1mm2 KC11 segundo Kienzle
(WITTE, 1998; DINIZ, 2001). Além destas há ainda as citadas a seguir
A rotação da fresa é dada por
π⋅
⋅=
f
fD
vcn
1000 [rot/min] (8.31)
o avanço da fresa por rotação obtém-se de
f
fn
vff = [mm/rot] (8.32)
o avanço da fresa por dente calcula-se por
118
f
f
ZZ
ff = [mm/dente] (8.33)
o ângulo de contato total entre a fresa e a peça usinada é
⋅=
f
CD
aearcsen
20ϕ [rad] (8.34)
o ângulo de atuação da força de corte é adotado de forma simplificada para ae ≤ π/2
como
03
2CC ϕϕ ⋅= [rad] (8.35)
a espessura do cavaco é determinada pela expressão simplificada
( )rZC fh Κ⋅= sin [mm] (8.36)
a força de corte específica segundo Kienzle (WITTE, 1998; DINIZ, 2001), é obtida de
mc
CCC hKK −⋅= 11 [N/mm2] (8.37)
Assim, a força de corte é calculada por
CfC KfapF ⋅⋅= [N] (8.38)
A força de avanço, por sua vez, foi considerada como sendo igual a 20% da força de
corte (GIECK, 1996).
cf FF ⋅= 2,0 [N] (8.39)
119
8.4 Mapeamento dos erros elásticos
O mapeamento dos erros elásticos corresponde à distribuição dos erros
representados pelo vetor [ ]Te
z
e
y
e
x PPP δδδ ,, ao longo do espaço de trabalho disponível,
admitindo-se uma deformação dentro do regime elástico, em função da rigidez da
estrutura associada à força de usinagem atuante. Os parâmetros da estrutura paralela são
apresentados nas tabelas a seguir. Nesta seção, dois tipos de mapeamentos serão
considerados, sendo que a diferença entre eles consiste na direção adotada para o
movimento de fresagem.
(a)
(b) (c)
Fig. 8.11 - Estrutura robótica 2UPS+PRP (a) com erros elásticos nas direções:
(b) xb e (c) yb.
Nas tabelas 8.1 a 8.4 a seguir, são apresentados os parâmetros utilizados para o
cálculo da deformação elástica.
120
Tabela 8.1 - Materiais da estrutura robótica 2UPS+PRP.
Características dos materiais
Símbolo Denominação Dimensão E k
- - [mm] [N/mm2] [N/mm]
fuso1, fuso2 Fusos de esferas Ǿfuso 32 x lfuso547 210000 Calculado
fuso3 Fusos de esferas Ǿfuso 100 x lfuso1280 210000 Calculado
U1, U2 Juntas universais dcruzeta 80 x lcruzeta 80 210000 315000*
S1, S2 Juntas esfericas Ǿesfera 60 210000 315000*
Porca1, Porca2 Porcas dos fusos Ǿe 50 x lporca100 210000 Calculado
Porca3 Porcas dos fusos Ǿe115 x Ǿi 100 x lporca80 210000 1500000
* Catálogo NSK.
Tabela 8.2 - Ferramenta de corte utilizada na simulação do processo de fresamento.
Características da ferramenta
Tipo Fresa frontal sem haste
Material Metal duro
Símbolo Denominação Unidade Valor
Df Diâmetro da fresa [mm] 100
Lf Largura da Fresa [mm] 40
Zf Nr. de dentes da fresa [-] 14
δf Ângulo de hélice da fresa [graus] 0
αf Ângulo de incidência do dente [graus] 7
βf Ângulo de corte do dente [graus] 77
γf Ângulo de saída do dente [graus] 10
121
Tabela 8.3 - Condições de operação utilizados na simulação do processo de fresamento.
Condições de operação
Símbolo Denominação Unidade Valor
vc Velocidade de corte [m/min] 500
vf Velocidade de avanço [mm/min] 50
ap Profundidade de corte [mm] 0,5
ae1 Penetração de trabalho entrada-centro [mm] 50
ae2 Penetração de trabalho centro-saída [mm] 0
Кr Ângulo aresta de corte com a peça [graus] 90
mc Coeficiente do material ABNT 1045 [ - ] 0,17
Kc11 Força de corte especifica p/ A=1mm2 [N/mm2] 2110
Tab. 8.4 - Material da peça usinada na simulação do processo de fresagem.
Material da peça usinada
Material C(carbono) σr HB
ABNT_1045 [%] [N/mm2] [-]
Aço medio carbono 0,35 620 150
8.4.1 Primeiro mapeamento
Neste caso, adota-se que a direção do movimento de usinagem coincide com o
eixo xb. A rigidez da estrutura e a força de usinagem aplicada são determinados a partir
dos parâmetros fornecidos pelas tabelas 8.1 a 8.4. Segundo estes dados, obtém-se uma
força de corte Fc = 93,5 N, uma força de avanço Ff = 18,7 N e um ângulo de atuação da
força de corte φc = 60 º .
122
A fig. 8.12 mostra as superfícies associadas aos erros elásticos e
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 8.12 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção xb
e movimento de avanço na direção xb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 8.12 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
123
A fig. 8.13 mostra as superfícies associadas aos erros elásticos e
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 8.13 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção yb
e movimento de avanço na direção xb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480; (f) para H = 600 mm.
A fig. 8.13 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
124
8.4.2 Segundo mapeamento
Desta vez, adota-se que a direção do movimento de usinagem coincide com o
eixo yb. A rigidez da estrutura e a intensidade da força de usinagem aplicada
permanecem inalterados em relação ao primeiro mapeamento.
A fig. 8.14 mostra as superfícies associadas aos erros elásticos e
xPδ na direção
xb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 8.14 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção xb
e movimento de avanço na direção yb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 ; (f) para H = 600 mm.
A fig. 8.14 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
125
A fig. 8.15 mostra as superfícies associadas aos erros elásticos e
yPδ na direção
yb, para diferentes alturas H ou posições no eixo zb, dentro do espaço de trabalho.
Fig. 8.15 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção yb
e movimento de avanço na direção yb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
A fig. 8.15 pode ser melhor visualisada no Apêndice A.
126
8.5 Discussão
Os erros elásticos ocorrem devido às deformações elásticas nos componentes da
estrutura paralela, em função de rigidez insuficiente para suportar as forças e momentos
atuantes. Assim, a rigidez global da estrutura paralela afeta a sua capacidade de carga e
por conseguinte a sua precisão.
Neste estudo, nos concentramos específicamente na influência da rigidez axial e
de uma força de usinagem contida no plano xbyb. Desta maneira, foram desconsideradas
a rigidez a flexão e a rigidez a torção, assim como forças ao longo do eixo zb.
A intensidade da força de usinagem, composta pela força de corte e pela força de
avanço, está de acordo com uma operação de fresamento de acabamento, que leva em
conta pequenas profundidades de corte, baixas velocidades de avanço e altas
velocidades de corte, conforme apresentado nas tabelas 8.1 a 8.5.
Os valores obtidos no calculo são: Fc = 93,5 N para a força de corte e Ff = 18,7
N para a força de avanço, resultando numa força de usinagem de Fu = 95 N.
Com relação aos dois mapeamentos efetuados para o erro elástico, foram
consideradas duas direções de corte distintas, uma na direção xb e outra na direção yb.
Pretende-se com isso avaliar o comportamento dos erros, detectando o pior caso e
também as regiões mais críticas dentro do espaço de trabalho da estrutura paralela
assimétrica, em função dos parâmetros de projeto e de processo adotados.
Os resultados de ambos os mapeamentos podem ser visualizados nas fig. 8.12 a
8.15. Observa-se que devido à ação da parcela de força no sentido tangencial ao braço
movido R, ocorre uma distorção nas faixas dos erros, que se distribuem de forma
assimétrica sobre as superfícies de trabalho.
No primeiro mapeamento, com o fresamento ocorrendo na direção e sentido +
xb, os erros em xb (fig. 8.12),variam entre - 0,4 e - 1,4 µm. Apesar da distorção, o erro
cresce no sentido - y, sendo de aproximadamente – 0,7 µm na posição central y = 0.
Observa-se também, que esta distribuição dos erros se mantém práticamente constante
para as diversas alturas H analisadas, havendo apenas uma redução significativa já na
altura H = 600 mm, nas proximidades da fronteira do espaço de trabalho, em função
das limitações físicas da estrutura robótica.
Já os erros na direção yb do primeiro mapeamento (fig. 8.13), se encontram numa faixa
entre - 0,8 e - 2,6 µm e variam ao longo do eixo x. Os erros se tornam maiores conforme
127
o valor de x aumenta, o que significa que os erros crescem conforme a ferramenta se
afasta de sua origem, contida na base fixa. Nota-se que entre as alturas H = 0 a H = 240
mm, estes valores ficam práticamente inalterados. Somente a partir da altura H = 360
até H = 600 mm, estes valores vão se reduzindo gradativamente, também neste caso em
virtude da redução do espaço de trabalho disponível.
Para o segundo mapeamento, com o fresamento ocorrendo na direção e sentido +
yb, (fig. 8.14), os erros em xb variam entre - 0,5 e + 2 µm, sendo esta faixa um pouco
maior que no primeiro mapeamento. Também neste mapeamento, o erro varia ao longo
do eixo y. Entretanto, o aumento do erro ocorre no sentido + y, estando em
aproximadamente -0,5 µm na posição central y = 0. Observa-se também, que esta
distribuição dos erros se mantém práticamente constante para as diversas alturas H
analisadas, havendo apenas uma redução significativa entre as alturas H = 400 e
H = 600 mm, devido à redução do tamanho do espaço de trabalho disponível.
E finalmente, os erros na direção yb do segundo mapeamento, (fig. 8.15), ficam
entre - 2 e - 5 µm, com variação ao longo do eixo x, analogamente ao primeiro
mapeamento, mas numa faixa um pouco maior. Também neste caso os erros aumentam
conforme o valor de x aumenta, ou seja, conforme a ferramenta se afasta da orígem.
Nota-se que estes valores ficam práticamente inalterados para as diversas alturas H
estudadas. Somente em H = 600 mm, estes valores se reduzem, devido à redução do
espaço de trabalho disponível.
128
9. VALIDAÇÕES DOS MODELOS MATEMÁTICOS
Aqui é verificada a validade dos resultados obtidos através dos modelos
matemáticos desenvolvidos, que calculam os erros geométricos, cinemáticos e elásticos.
Esta validação é realizada através de comparações com outros métodos de análise.
9.1 Validação dos modelos geométrico e cinemático de posição
A aferição dos modelos geométrico e cinemático, foi realizada em duas frentes.
Na primeira se utilizou métodos gráficos, trabalhando com o programa AUTOCAD,
para a obtenção da superfície de trabalho disponível na posição H = 0 mm, conforme
mostra a fig. 10.1 a seguir.
Fig. 9.1 - Superfície de trabalho para H = 0, com cotas em centímetros,
obtida através de programa para desenhos AUTOCAD.
Na fig. 9.2 é mostrado o mapeamento da superfície de trabalho obtida pelo modelo
matemático desenvolvido em MATLAB.
129
Fig. 9.2 - Superfície de trabalho em H = 0, obtida com MATLAB.
Ambos os modelos apresentam uma superfície de trabalho contida em x
variando de 600 a 1050 mm e em y variando entre -480 a +480 mm. As formas obtidas
pelo modelo gráfico no AUTOCAD e as formas obtidas pelo modelo matemático do
MATLAB também são bastante parecidas.
Na segunda frente realizamos um cálculo geométrico, considerando duas
situações simplificadas conforme fig. 9.3, com variações em luy1, luy2, lsy1 e lsy2.
Fig. 9.3 - Situações de aferição dos modelos geométrico e cinemático.
A fig. 9.4 representa o modelo geométrico simplificado, no qual estão baseadas
as equações apresentadas em seguida.
130
Fig. 9.4 - Modelo para equacionamento geométrico.
As expressões matemáticas utilizadas são
22 yxR += [mm]
π
θ180
⋅
=
x
yartg [graus]
+⋅⋅⋅−+=
2cos222 π
θRluRluL yiyii [mm]
π
β180
2arccos
222
⋅
⋅⋅
−+=∆
RL
luRL
i
yii
i [graus]
222
2cos2 HlsLlsLlh iyiiyiii +
−⋅⋅⋅−+=∆ β
π [mm]
Os dados dimensionais utilizados, estão registrados na tabela a seguir.
z y
x
LUY1 LUY2
LR
Lh1
Lh2
LS1y
LS2y
Teta
3=Beta2 1
1=Gama1
4=Gama2
2 3
4
P0
2=Beta1
131
Tabela 9.1 - Dados dimensionais para aferição do modelo de erro cinemático.
Símbolo Situação 1 ∆situação 1 Situação 2 ∆situação 2
[mm] [mm] [mm] [mm]
lu1x 0 0 0 0
Lu1y 400 5 400 0
lu1z 0 0 0 0
lu2x 0 0 0 0
lu2y -400 -5 -400 0
lu2z 0 0 0 0
ls1x 0 0 0 0
ls1y 200 0 200 5
ls1z 0 0 0 0
ls2x 0 0 0 0
ls2y -200 0 -200 -5
ls2z 0 0 0 0
X 600 0 500 0
Y 0 0 0 0
Z 0 0 0 0
θ 0 0 0 0
R 600 0 500 500
H 0 0 0 0
A tabela contém os resultados obtidos pelos dois métodos de análise.
132
Tabela 9.2 - Resultados comparativos das aferições do modelo cinemático de posição.
Aferições Tipo θ R lh2 lh1
- - [mm] [mm] [mm] [mm]
1 Geom. 0 605 637.201 637.201
Matlab 0 605 637.201 637.201
2 Geom. 22.094 545.023 716.100 429.883
Matlab 22.094 545.023 716,100 429.883
Baseado na comparação dos resultados obtidos, tanto na avaliação gráfica como
na avaliação geométrica, consideramos os modelos geométrico e cinemático válidos
para estudos da estrutura robótica 2UPS+PRP.
9.2 Validação do modelo elástico de posição
A validação quanto ao erro de posicionamento devido a deformações elásticas,
foi realizada utilizando o programa de Elementos Finitos Ansys versão 10.
Foram analisadas quatro posições distintas, como ilustrado nas figura 9.5.
1 2
3 4
Fig. 9.5 - Posições de aferição do modelo de erro elástico.
133
Os respectivos valores das posições estão registrados na tabela a seguir.
Tabela 9.3 - Posições dadas para aferição do modelo de erro elástico.
Posição θ R H
[graus] [mm] [mm]
1 0 800 0
2 0 800 300
3 30 800 0
4 30 800 300
As forças utilizadas são mostradas abaixo.
Tabela 9.4 - Forças aplicadas no ponto P da plataforma móvel.
Forças Unidade Valores
Fx [N] -100
Fy [N] -100
Para o cálculo foi empregado o critério de Von Mises, também conhecido por
critério da máxima energia de distorção de um material. Além disso, as extremidades
fixas das juntas universais U, e as extremidades superior e inferior da haste motora
central h3 foram engastados para cada uma das posições analisadas, sendo considerados
pontos de deslocamento nulo.
134
Fig. 9.6 – Pontos de fixação com deslocamento nulo.
Os resultados das análises através do programa de Elementos Finitos ANSYS
podem ser vistos nas figuras 9.7 a 9.14.
135
Fig. 9.7 - Posição 1 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
Fig. 9.8 - Posição 1 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
136
Fig. 9.9 - Posição 2 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
Fig. 9.10 - Posição 2 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
137
Fig. 9.11 - Posição 3 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
Fig. 9.12 - Posição 3 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
138
Fig. 9.13 - Posição 4 e força Fx, com deformação na direção do eixo x.
Fig. 9.14 - Posição 4 e força Fy, com deformação na direção do eixo y.
139
Nas fig. 9.15 e 9.16 a seguir, são apresentados os mapeamentos dos erros
elásticos elaborados com o programa desenvolvido em MATLAB, para as mesmas
forças e pontos analisados com o método dos elementos finitos .
140
Fig. 9.15 - Erros elásticos δx e δy para Fx = 100 N e Fy = 0 N:
(a) posição 1; (b) posição 2; (c) posição 3; (d) posição 4.
141
142
Fig. 9.16 - Erros elásticos δx e δy para Fx = 0 N e Fy = 100 N:
(a) posição 1; (b) posição 2; (c) posição 3; (d) posição 4.
143
A tabela apresenta os resultados obtidos pelos dois métodos de análise.
Tabela 9.5 - Resultados comparativos das aferições do modelo elástico de posição.
Aferições Método δx δy
- - [mm] [mm]
1 Ansys -1,46 x 10-5 - 1,36 x 10-3
(θ=0; R=800;H=0) Matlab - 60 x 10-5 - 3 x 10-3
2 Ansys - 0,62 x 10-5 - 1,51 x 10-3
(θ=0; R=800;H=200) Matlab - 70 x 10-5 - 3,5 x 10-3
3 Ansys - 5,5 x 10-4 - 1,01x 10-3
(θ=30; R=800;H=0) Matlab - 11 x 10-4 - 3,5 x 10-3
4 Ansys - 6,9 x 10-4 - 1,19 x 10-3
(θ=30; R=800;H=200) Matlab - 12 x 10-4 - 3,5 x 10-3
Forças aplicadas - Fx = -100; Fy = 0 [N] Fx = 0; Fy = -100 [N]
Observando os resultados obtidos pelo método de elementos finitos usando
ANSYS em comparação aos resultados obtidos pelo modelo matemático desenvolvido
em MATLAB, verifica-se que os valores das deformações se encontram na mesma
ordem de grandeza, que dependendo da posição variam entre 10-5 e 10-3 mm.
Nota-se que o modelo matemático apresenta deformações maiores do que os
calculados pelo método dos elementos finitos. Isto se deve provavelmente à
simplificação adotada de se utilizar somente a rigidez axial.
Entretanto, como estamos a favor da segurança, consideramos que o modelo
elástico em MATLAB pode ser utilizado em projetos de desenvolvimento de estruturas
robóticas.
Pode ser obtido um aprimoramento dos resultados obtidos, incluindo a rigidez à
flexão e a rigidez à torção.
144
10. CONCLUSÃO
Existe uma crescente demanda do mercado, em especial dos setores
automobilístico, aeronáutico, eletrônico, alimentício, farmacêutico e cirúrgico, por
mecanismos ou máquinas que tragam níveis de desempenho cada vez mais elevados na
fabricação, montagem e manipulação de peças e instrumentos. Um alto nível de
desempenho global é obtido quando se consegue atingir simultâneamente altas
acelerações e velocidades de deslocamento, com grandes cargas aplicadas, obtendo
índices altos e homogêneos de precisão em todos os pontos disponíveis contidos dentro
de um amplo espaço de trabalho da máquina utilizada.
Este trabalho focou o aspecto da precisão que pode ser alcançada, utilizando
estruturas robóticas de cinemática paralela em processos de usinagem de fresamento,
como uma alternativa às convencionais maquinas-ferramentas convencionais, tais como
fresadoras e centros de usinagem CNC, que possuem topologia serial. A meta colocada
com relação à precisão a ser obtida está entre 2 a 5 µm, para inicialmente se igualar às
máquinas convencionais neste aspecto. Chegar a tais níveis de precisão e ainda superá-
los é um dos principais problemas para a utilização irrestrita das estruturas de
cinemática paralela na indústria, já que em outros quisitos apresentam vantagens com
relação às estruturas seriais, como por exemplo construção modular, massa reduzida e
movimentos complexos, possibilitando construções mais baratas e operações a altas
velocidades com apenas um ajuste de máquina, o que implica em uma maior
produtividade em função de um menor tempo de ciclo de trabalho.
Neste estudo, considerou-se que a precisão obtida em um processo de usinagem
e especialmente de fresamento, depende preponderantemente dos erros de
posicionamento da ferramenta de corte durante a operação. Tais desvios de
posicionamento se devem a uma série de fatores ou causas, tendo sido aqui focados os
erros geométricos, os erros cinemáticos e os erros elásticos. Existem outras fontes
igualmente relevantes, como por exemplo os erros por dilatações térmicas e por
vibrações dinâmicas, cujas análises ficam para trabalhos futuros.
A proposta deste trabalho foi apresentar uma metodologia baseada em modelos
matemáticos que mapeiam os erros sobre o espaço de trabalho disponível, os quais
influenciam diretamente a precisão final das estruturas robóticas paralelas. Além disso,
notando não haver um consenso sobre o tipo de arquitetura paralela mais indicado para
145
operações de fresamento, foi também proposta uma nova topologia de máquina
cinemática paralela assimétrica, desenvolvida através de métodos existentes de síntese
topológica.
Inicialmente, desenvolveu-se uma nova estrutura robótica paralela assimétrica,
com topologia 2UPS+PRP, para realizar o modelamento matemático. Esta estrutura foi
gerada aplicando-se o método alternativo de síntese (HESS-COELHO, 2007), que gera
estruturas paralelas assimétricas. A decisão pela escolha de uma estrutura de topologia
assimétrica, está no fato de este tipo de estrutura ainda ser pouco estudada, em
comparação com as estruturas de topologia simétrica, conforme mostra a Revisão
Bibliográfica. Além disso, a estrutura assimétrica 2UPS+PRP possui algumas
vantagens, tais como: o desacoplamento do movimento ao longo do eixo zb, resultando
na simplificação das matrizes Jacobianas; a restrição dos movimentos da ferramenta de
corte a um espaço tridimensional cilíndrico em função da presença do membro central
PRP.
Em seguida, baseando-se no cálculo da cinemática inversa, das matrizes
Jacobianas e no princípio do trabalho virtual, foram desenvolvidos os modelos
matemáticos e os algorítmos computacionais, implementados na linguagem de
programação MATLAB versão 6.5, para mapear o espaço de trabalho e quantificar
isoladamente cada uma das fontes de erro consideradas. As matrizes Jacobianas foram
obtidas a partir das derivada de 1ª ordem por expansão de série de Taylor aplicadas às
equações da cinemática inversa do movimento.
Conforme mencionado anteriormente, das fontes de erro identificadas e que
levam a ferramenta presa à plataforma móvel de uma estrutura paralela a se desviar de
sua trajetória ideal durante o processo, três foram caracterizadas e analisadas por serem
consideradas relevantes segundo os autores consultados, sendo elas: a geométrica, a
cinemática e a elástica. O erro geométrico se dá em função de desvios de
posicionamento das juntas mecânicas, composto por tolerâncias dimensionais e
tolerâncias de montagem. O erro cinemático se deve à influência simultânea de
imprecisões nos deslocamentos nos membros ativos sobre a localização da ferramenta.
Já o erro elástico se refere à deformação elástica sofrida pelos elementos da estrutura e
que depende da relação entre a carga aplicada e a rigidez do sistema.
Neste estudo foram determinados os erros nas direções xb e yb para diversos
planos paralelos ao plano xbyb, considerando diferentes posições do espaço de trabalho,
146
ao longo do eixo zb, no sistema de coordenadas cartesianas global (xb yb. zb ). Foi
considerado apenas a metade superior, em virtude da simetria com a metade inferior, em
relação ao eixo zb. Adotando dimensões, materiais e condições de operação para a
estrututa 2UPS+PRP proposta, foram gerados os resultados dos erros individuais, então
comparados entre si para avaliar quais são preponderantes e quais são irrelevantes.
Com relação aos desvios de posição da ferramenta obtidos nos mapeamentos,
chegou-se a algumas conclusões. Os maiores erros cinemáticos ocorreram quando as
imprecisões impostas aos dois membros motores laterais tinham sinais contrários, sendo
mais expressivos na direção y. Os erros geométricos com tolerâncias dimensionais na
classe de trabalho IT5, foram os mais relevantes dentre os erros considerados, sendo os
parâmetros de posição das juntas U e S, na direção x os mais sensíveis ao erro. Desta
forma, recomenda-se que as dimensões da estrutura paralela sejam definidas nas classes
IT3 ou IT4, para melhoria do desempenho. Os erros elásticos, considerando forças de
usinagem de acabamento, foram os menos relevantes dentre os erros considerados. A
situação de maior erro elástico ocorre na direção y, quando a força na direção tangencial
é muito superior à radial, sendo expressiva a influência da rigidez das juntas universais
U e das juntas esféricas S sobre o erro. A aplicação do princípio do trabalho virtual, com
parâmetros de rigidez concentrados, revelou-se bastante eficaz e eficiente, comparado a
métodos como o SMA (análise da matriz estrutural) e o FEM (método dos elementos
finitos), devido ao menor trabalho demandado no desenvolvimento da sua formulação e
ao tempo computacional reduzido para o seu processamento.
Na avaliação do espaço de trabalho de uma estrutura paralela, deve-se considerar
que os seus movimentos estão sujeitos a três tipos de restrições: singularidades, limites
mecânicos nas suas juntas, além das eventuais interferências entre seus membros
(MERLET, 2000). As singularidades ocorrem em função do travamento ou da
incontrolabilidade de movimentos. Para a estrutura proposta, as singularidades não
ocorreram na região de fronteira, porque os limites do espaço de trabalho são definidos
pelos cursos das juntas. Já no interior do espaço de trabalho, verificou-se a ocorrência
de configuração singular apenas na situação em que as juntas U se afastam muito da
junta rotativa R do membro central, na direção x.
147
11. TRABALHOS FUTUROS
Com relação a trabalhos futuros, ainda podem ser desenvolvidos modelos
matemáticos e algoritmos computacionais para analisar outras influências na precisão da
estrutura robótica proposta, tais como:
• dilatações térmicas dos elementos da estrutura, salientando que o fator
temperatura também influi nas propriedades mecânicas dos materiais;
• deformações elásticas considerando adicionalmente as influências da rigidez à
flexão e da rigidez à torção, assim como a influência de cargas na direção do
eixo z, em função do peso próprio da estrutura robótica e de forças de usinagem;
• vibrações dinâmicas, em função da massa da estrutura e da força de usinagem
intermitente da ferramenta;
• a otimização do tamanho e forma do espaço de trabalho disponível, sem a perda
de características positivas já alcançadas;
• propor uma estimativa para o cálculo do erro total, incorporando a influência de
todas as fontes de erro consideradas.
Sugere-se também a construção de um protótipo, o que será útil na comparação
entre os erros teóricos e reais e na avaliação da utilidade prática desta estrutura robótica.
E finalmente, propõe-se o estudo de uma estrutura paralela alternativa, que
deriva da arquitetura estudada com relação à posição dos membros motores
telescópicos, formando uma configuração do tipo “estrela” (fig. 11.1).
148
Fig. 11.1 - Esquema de estrutura robótica 2UPS+PRP com configuração “estrela”.
Plataforma móvel
h1 h2
R
h3 (membro motor vertical)
Membro motor telescópico
Braço movido telescópico
Juntas
149
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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155
APÊNDICE A – MAPEAMENTOS DOS ERROS DA ESTRUTURA 2UPS+PRP
São reapresentados a seguir, os mapeamentos dos Capítulos 5, 6, 7 e 8.
a. Superfícies de trabalho
156
157
Fig. 5.10 - Superfícies de trabalho: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
158
b. Mapeamento dos erros cinemáticos
• Primeiro mapeamento
na direção xb
159
160
Fig. 6.2 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situação simétrica, sendo δh1 = δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
161
na direção yb
162
163
Fig. 6.3 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situação simétrica, sendo δh1 = δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
164
• Segundo mapeamento
na direção xb
165
166
Fig. 6.4 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situação assimétrica, sendo δh1 = - δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
167
na direção yb
168
169
Fig. 6.5 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situação assimétrica, sendo δh1 = - δh2 = δh3 = 5 µm:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
170
• Terceiro mapeamento
na direção xb
171
Fig. 6.6 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
considerando situações simétricas e assimétricas para H = 0 mm e δh3 = 5 µm:
(a) para δh1 = δh2 = 5 µm; (b) para δh1 = δh2 = - 5 µm;
(c) para δh1 = - δh2 = 5 µm; (d) para - δh1 = δh2 = 5 µm.
172
na direção yb
173
Fig. 6.7 - Erro cinemático referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
considerando situações simétricas e assimétricas para H = 0 mm e δh3 = 5 µm:
(a) para δh1 = δh2 = 5 µm; (b) para δh1 = δh2 = - 5 µm;
(c) para δh1 = - δh2 = 5 µm; (d) para - δh1 = δh2 = 5 µm.
174
c. Mapeamento dos erros geométricos
• Primeiro mapeamento
na direção xb
175
176
Fig. 7.2 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
com tolerâncias simétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
177
na direção yb
178
179
Fig. 7.3 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
com tolerâncias simétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
180
• Segundo mapeamento
na direção xb
181
182
Fig. 7.4 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção xb,
com tolerâncias assimétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
183
na direção yb
184
185
Fig. 7.5 - Erro geométrico referente ao posicionamento do ponto P, na direção yb,
com tolerâncias assimétricas: (a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm;
(c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm;
(f) para H = 600 mm.
186
d) Análise da sensibilidade aos parâmetros da estrutura paralela
• Grau de influência dos parâmetros geométricos na sensibilidade de θ ao erro
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 0 [mm]
(a)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 120 [mm]
(b)
187
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 240 [mm]
(c)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.5
1
1.5x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 360 [mm]
(d)
188
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.5
1
1.5
2
2.5
3x 10
-7
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 480 [mm]
(e)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.5
1
1.5
2
2.5
3x 10
-6
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de ThetaZ
Z = 600 [mm]
(f)
Fig. 7.6 – Sensibilidade média aos parâmetros 1 a 12, em relação a δθ:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
189
• Grau de influência dos parâmetros geométricos na sensibilidade de R ao erro
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
1
2
3
4
5
6x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 0 [mm]
(a)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
1
2
3
4
5
6x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e i
nfluencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 120 [mm]
(b)
190
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
1
2
3
4
5
6x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 240 [mm]
(c)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
1
2
3
4
5
6
7x 10
-5
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 360 [mm]
(d)
191
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2x 10
-4
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 480 [mm]
(e)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2x 10
-3
Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z
Gra
u d
e influencia
dos p
arâ
metr
os g
eom
étr
icos
Sensibilidade de R
Z = 600 [mm]
(f)
Fig. 7.7 – Sensibilidade média aos parâmetros 1 a 12, em relação a δR:
(a) para H = 0 mm; (b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm;
(d) para H = 360 mm; (e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
192
e) Mapeamento dos erros elásticos
• Primeiro mapeamento
na direção xb
193
194
Fig. 8.12 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção xb
e movimento de avanço na direção xb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
195
na direção yb
196
197
Fig. 8.13 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção yb
e movimento de avanço na direção xb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480; (f) para H = 600 mm.
198
• Segundo mapeamento
na direção xb
199
200
Fig. 8.14 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção xb
e movimento de avanço na direção yb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 ; (f) para H = 600 mm.
201
na direção yb
202
203
Fig. 8.15 - Erro elástico referente ao posicionamento do ponto P na direção yb
e movimento de avanço na direção yb: (a) para H = 0 mm;
(b) para H = 120 mm; (c) para H = 240 mm; (d) para H = 360 mm;
(e) para H = 480 mm; (f) para H = 600 mm.
204
APÊNDICE B – LISTAGEM DO PROGRAMA DA ESTRUTURA 2UPS+PRP
clc
clear all
%Autor: Gerd Erwin Ernst Gojtan
%Programa para mapear o erro de localizaçao da ferramenta em uma estrutura robotica paralela
tridimensional
%Fonte de erro: GEOMETRICO
%Metodo: Cinematica inversa e Jacobianos
%Data: 01/12/2008
%Estrutura: 2UPS+PRP
%TOLERANCIAS GERAIS
%Qualidade de trabalho geometrica (IT3, IT5, IT7)
ITg=5; %3; 5; 7 %[-] - E N T E R
%Qualidade de trabalho cinematica (IT3, IT5, IT7)
ITc=5; %3; 5; 7 %[-] - E N T E R
%Campo de tolerancias segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js
%if IT==3 & 1<L<=3 Tol=0.002/2;
%elseif IT==3 & 3<L<=6 Tol=0.0025/2;
%elseif IT==3 & 6<L<=10 Tol=0.0025/2;
%elseif IT==3 & 10<L<=18 Tol=0.003/2;
%elseif IT==3 & 18<L<=30 Tol=0.004/2;
%elseif IT==3 & 30<L<=50 Tol=0.004/2;
%elseif IT==3 & 50<L<=80 Tol=0.005/2;
%elseif IT==3 & 80<L<=120 Tol=0.006/2;
%elseif IT==3 & 120<L<=180 Tol=0.008/2;
%elseif IT==3 & 180<L<=250 Tol=0.010/2;
%elseif IT==3 & 250<L<=315 Tol=0.012/2;
%elseif IT==3 & 315<L<=400 Tol=0.013/2;
%elseif IT==3 & 400<L<=500 Tol=0.015/2;
%elseif IT==3 & 500<L<=630 Tol=0.016/2;
%elseif IT==3 & 630<L<=800 Tol=0.018/2;
205
%elseif IT==3 & 800<L<=1000 Tol=0.021/2;
%elseif IT==3 & 1000<L<=1250 Tol=0.024/2;
%elseif IT==3 & 1250<L<=1600 Tol=0.029/2;
%elseif IT==3 & 1600<L<=2000 Tol=0.035/2;
%elseif IT==3 & 2000<L<=2500 Tol=0.041/2;
%elseif IT==3 & 2500<L<=3150 Tol=0.050/2;
%elseif IT==5 & 1<L<=3 Tol=0.004/2;
%elseif IT==5 & 3<L<=6 Tol=0.005/2;
%elseif IT==5 & 6<L<=10 Tol=0.006/2;
%elseif IT==5 & 10<L<=18 Tol=0.008/2;
%elseif IT==5 & 18<L<=30 Tol=0.009/2;
%elseif IT==5 & 30<L<=50 Tol=0.011/2;
%elseif IT==5 & 50<L<=80 Tol=0.013/2;
%elseif IT==5 & 80<L<=120 Tol=0.015/2;
%elseif IT==5 & 120<L<=180 Tol=0.018/2;
%elseif IT==5 & 180<L<=250 Tol=0.020/2;
%elseif IT==5 & 250<L<=315 Tol=0.023/2;
%elseif IT==5 & 315<L<=400 Tol=0.013/2;
%elseif IT==5 & 400<L<=500 Tol=0.027/2;
%elseif IT==5 & 500<L<=630 Tol=0.030/2;
%elseif IT==5 & 630<L<=800 Tol=0.035/2;
%elseif IT==5 & 800<L<=1000 Tol=0.040/2;
%elseif IT==5 & 1000<L<=1250 Tol=0.046/2;
%elseif IT==5 & 1250<L<=1600 Tol=0.054/2;
%elseif IT==5 & 1600<L<=2000 Tol=0.065/2;
%elseif IT==5 & 2000<L<=2500 Tol=0.077/2;
%elseif IT==5 & 2500<L<=3150 Tol=0.093/2;
%elseif IT==7 & 1<L<=3 Tol=0.010/2;
%elseif IT==7 & 3<L<=6 Tol=0.012/2;
%elseif IT==7 & 6<L<=10 Tol=0.015/2;
%elseif IT==7 & 10<L<=18 Tol=0.018/2;
%elseif IT==7 & 18<L<=30 Tol=0.021/2;
%elseif IT==7 & 30<L<=50 Tol=0.025/2;
%elseif IT==7 & 50<L<=80 Tol=0.030/2;
%elseif IT==7 & 80<L<=120 Tol=0.035/2;
%elseif IT==7 & 120<L<=180 Tol=0.040/2;
%elseif IT==7 & 180<L<=250 Tol=0.046/2;
%elseif IT==7 & 250<L<=315 Tol=0.052/2;
206
%elseif IT==7 & 315<L<=400 Tol=0.057/2;
%elseif IT==7 & 400<L<=500 Tol=0.063/2;
%elseif IT==7 & 500<L<=630 Tol=0.069/2; %adotado
%elseif IT==7 & 630<L<=800 Tol=0.077/2; %adotado
%elseif IT==7 & 800<L<=1000 Tol=0.083/2; %adotado
%elseif IT==7 & 1000<L<=1250 Tol=0.090/2; %adotado
%elseif IT==7 & 1250<L<=1600 Tol=0.098/2; %adotado
%elseif IT==7 & 1600<L<=2000 Tol=0.106/2; %adotado
%elseif IT==7 & 2000<L<=2500 Tol=0.114/2; %adotado
%elseif IT==7 & 2500<L<=3150 Tol=0.122/2; %adotado
%else Tol=0.130/2;
%end
%1. DADOS DIMENSIONAIS E MATERIAIS
%1.1 JUNTAS
%1.1.1 Juntas universais
%1.1.1.1 Junta universal 1 (U1)
%a) Angulos
%Angulo de giro maximo
Alphau1gr=45; %[graus] - metade do angulo total - E N T E R
Alphau1=Alphau1gr*(pi/180); %[rad]
%Angulo de montagem
%(adotado estar alinhado com a posiçao de referencia (LH3=0, ThetaZ=0,LR3=LR3medio))
%b) Posiçao nominal do centro de giro relativo ao sistema de referencia global cartesiano na base fixa
X0,Y0,Z0
Lu1X=-125; %0;%-45;-125;%[mm] - E N T E R
Lu1Y=400%[mm] - Sempre positivo - E N T E R
Lu1Z=0%[mm] - E N T E R
%c) Desvio geometrico
%(Baseado nas tolerancias geometricas segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js)
iu1X=(0.45*(abs(Lu1X))^(1/3)+0.001*abs(Lu1X))/1000*(Lu1X/abs(Lu1X));
if ITg==3 Tolu1X=3*iu1X/2; %[mm]
elseif ITg==5 Tolu1X=7*iu1X/2; %[mm]
207
elseif ITg==7 Tolu1X=16*iu1X/2; %[mm]
else Tolu1X=0; %[mm]
end
iu1Y=(0.45*(abs(Lu1Y))^(1/3)+0.001*abs(Lu1Y))/1000*(Lu1Y/abs(Lu1Y));
if ITg==3 Tolu1Y=3*iu1Y/2; %[mm]
elseif ITg==5 Tolu1Y=7*iu1Y/2; %[mm]
elseif ITg==7 Tolu1Y=16*iu1Y/2; %[mm]
else Tolu1Y=0; %[mm]
end
iu1Z=(0.45*(abs(Lu1Z))^(1/3)+0.001*abs(Lu1Z))/1000*(Lu1Z/abs(Lu1Z));
if Lu1Z==0 iu1Z=0;
else iu1Z=(0.45*(abs(Lu1Z))^(1/3)+0.001*abs(Lu1Z))/1000*(Lu1Z/abs(Lu1Z));
end
if ITg==3 Tolu1Z=3*iu1Z/2; %[mm]
elseif ITg==5 Tolu1Z=7*iu1Z/2; %[mm]
elseif ITg==7 Tolu1Z=16*iu1Z/2; %[mm]
else Tolu1Z=0; %[mm]
end
Du1X=Tolu1X; %[mm] - Desvio geometrico
Du1Y=Tolu1Y; %[mm] - Desvio geometrico
Du1Z=Tolu1Z; %[mm] - Desvio geometrico
%d) Dimensoes relevantes
%Dimensoes da junta
dc1=20;%[mm] - Diametro do eixo da cruzeta - E N T E R
Lc1=80;%[mm] - Comprimento interno do eixo da cruzeta - E N T E R
Ljuntau1=95;%[mm] - Distancia do centro da junta universal ate a face do tubo
Ic1=(pi*dc1^4)/32; %[mm^4] - Momento de inercia da cruzeta
%e) Materiais
%Caracteristicas relevantes
Ejuntau1=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
Njuntau1=0.3; %[-] - Coeficiente de Poisson - E N T E R
%1.1.1.2 Junta universal 2 (U2)
%a) Angulos
%Angulo de giro maximo
Alphau2gr=Alphau1gr; %[graus]
Alphau2=Alphau2gr*(pi/180); %[rad]
208
%Angulo de montagem
%(adotado estar alinhado com a posiçao de referencia (LH3=0, ThetaZ=0, LR3=LRemedio))
%b) Posiçao nominal do centro de giro relativo ao sistema de referencia global cartesiano na base fixa
X0,Y0,Z0
Lu2X=Lu1X; %[mm]
Lu2Y=-Lu1Y; %[mm] - Sempre negativo
Lu2Z=Lu1Z; %[mm]
%c) desvio geometrico
%Du2X=Du1X; %[mm]
%Du2Y=-Du1Y; %[mm] - Sinal trocado em relaçao a Du1Y p/ manter simetria.
%Du2Z=Du1Z; %[mm]
Du2X=-Du1X; %[mm]
Du2Y=Du1Y; %[mm] - Sinal igual em relaçao a Du1Y p/ manter assimetria.
Du2Z=-Du1Z; %[mm]
%d) Dimensoes relevantes
%Dimensoes da junta
dc2=dc1; %[mm] - Diametro do eixo da cruzeta
Lc2=Lc1; %[mm] - Comprimento do eixo da cruzeta
Ljuntau2=Ljuntau1; %[mm] - Distancia do centro da junta universal ate a face do tubo
Ic2=Ic1; %[mm^4] - Momento de inercia da cruzeta (CALCULADO)
%e) Materiais
%Caracteristicas relevantes
Ejuntau2=Ejuntau1; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade
Njuntau2=Njuntau1; %[-] - Coeficiente de Poisson
%1.1.2 Juntas esfericas
%1.1.2.1 Junta esferica 1 (S1)
%a) Angulos
%Limite de angulo de giro
Alphas1gr=30; %[graus] - metade do angulo total - E N T E R
Alphas1=Alphas1gr*(pi/180); %[rad]
%Angulo de montagem relativo ao sistema fixo de referencia cartesiano na junta Xs1,Ys1,Zs1
%(adotado estar alinhado com a posiçao de referencia (LH3=0, ThetaZ=0,LR3=LR3medio))
209
%b) Posiçao nominal do centro de giro relativo ao sistema de referencia cartesiano na plataforma movel
xP,yP,zP
Ls1x=100;%[mm] - Sempre negativo - E N T E R
Ls1y=200;%[mm] - Sempre positivo - E N T E R
Ls1z=0; %[mm] - E N T E R
%c)Desvio geometrico
%(Baseado nas tolerancias geometricas segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js)
is1x=(0.45*(abs(Ls1x))^(1/3)+0.001*abs(Ls1x))/1000*(Ls1x/abs(Ls1x));
if ITg==3 Tols1x=3*is1x/2; %[mm]
elseif ITg==5 Tols1x=7*is1x/2; %[mm]
elseif ITg==7 Tols1x=16*is1x/2; %[mm]
else Tols1x=0; %[mm]
end
is1y=(0.45*(abs(Ls1y))^(1/3)+0.001*abs(Ls1y))/1000*(Ls1y/abs(Ls1y));
if ITg==3 Tols1y=3*is1y/2; %[mm]
elseif ITg==5 Tols1y=7*is1y/2; %[mm]
elseif ITg==7 Tols1y=16*is1y/2; %[mm]
else Tols1y=0; %[mm]
end
is1z=(0.45*(abs(Ls1z))^(1/3)+0.001*abs(Ls1z))/1000*(Ls1z/abs(Ls1z));
if Ls1z==0 is1z=0;
else is1z=(0.45*(abs(Ls1z))^(1/3)+0.001*abs(Ls1z))/1000*(Ls1z/abs(Ls1z));
end
if ITg==3 Tols1z=3*is1z/2; %[mm]
elseif ITg==5 Tols1z=7*is1z/2; %[mm]
elseif ITg==7 Tols1z=16*is1z/2; %[mm]
else Tols1z=0; %[mm]
end
Ds1x=Tols1x; %[mm] - desvio geometrico
Ds1y=Tols1y; %[mm] - desvio geometrico
Ds1z=Tols1z; %[mm] - desvio geometrico
%d) Dimensoes relevantes
%Dimensoes da junta
desf1=60; %[mm] - Diametro da esfera - E N T E R
Ljuntas1=33;%[mm] - Distancia do centro da junta esferica ate a face do tubo
%e) Materiais
210
%Caracteristicas relevantes
Eesf1=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade da esfera - E N T E R
Nesf1=0.3; %[-] - Coeficiente de Poisson da esfera - E N T E R
Sigmaesf1=3700; %[N/mm^2] - Limite de resistencia ao escoamento da esfera (aço temperado de alta
resistencia) - E N T E R
kSigmaesf1=5.25; %[-] - Constante do material (valor dado para aço temperado de alta resistencia) - E N
T E R
kHesf1=0.454+0.41*Nesf1; %[-] - Coeficiente de dureza relacionado ao coeficiente de Poisson
EHzesf1=Eesf1/(1-Nesf1^2); %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade de Hertz
%1.1.2.2 Junta esferica 2 (S2)
%a) Angulos
%Limite de angulo de giro
Alphas2gr=Alphas1gr; %[graus]
Alphas2=Alphas2gr*(pi/180); %[rad]
%Angulo de montagem
%(adotado estar alinhado com a posiçao de referencia (LH3=0, ThetaZ=0, LR3=LR3medio))
%b) Posiçao nominal do centro de giro relativo ao sistema de referencia cartesiano na plataforma movel
xP,yP,zP
Ls2x=Ls1x; %[mm]
Ls2y=-Ls1y; %[mm] - Sempre negativo
Ls2z=Ls1z; %[mm]
%c) Desvio geometrico
%Ds2x=Ds1x; %[mm]
%Ds2y=-Ds1y; %[mm]- Sempre invertido com relaçao a Ls1y para manter a simetria
%Ds2z=Ds1z; %[mm]
Ds2x=-Ds1x; %[mm]
Ds2y=Ds1y; %[mm]- Igual com relaçao a Ls1y para manter a assimetria
Ds2z=-Ds1z; %[mm]
%d) Dimensoes relevantes
%Dimensoes da junta
desf2=desf1; %[mm] - Diametro da esfera
Ljuntas2=Ljuntas1; %[mm] - Distancia do centro da junta esferica ate a extremidade do tubo telescopico
%e) Materiais
%Caracteristicas relevantes
211
Eesf2=Eesf1; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade
Nesf2=Nesf1; %[-] - Coeficiente de Poisson
Sigmaesf2=Sigmaesf1; %[N/mm^2] - Limite de resistencia ao escoamento
kSigmaesf2=kSigmaesf1; %[-] - Constante do material
kHesf2=kHesf1; %[-] - Coeficiente de dureza relacionado ao coeficiente de Poisson
EHzesf2=EHzesf1; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade de Hertz
%1.2 MEMBROS
%1.2 1 Membro telescopico central movido r3 com junta prismatica integrada porcar3 e junta rotativa
Juntar3
%a) Limites de angulo de rotaçao em torno do eixo Z do sistema de referencia global cartesiano na base
fixa X0,Y0,Z0
ThetaZinfgr=-34; %[graus] - Sempre negativo - E N T E R
ThetaZinf=ThetaZinfgr*pi/180; %[rad]
ThetaZsupgr=-ThetaZinfgr; %[graus] - Sempre positivo
ThetaZsup=ThetaZsupgr*pi/180; %[rad]
%b)Desvio geometrico angular
DThetaXgr=0; %[graus] - E N T E R (para DThetaX <>0 simetria no PKM apenas se
Lu1Z=Lu2Z=Ls1z=Ls2z=Lh3sup=Lh3inf=DThetaY=0)
DThetaX=DThetaXgr*pi/180; %[rad]
DThetaYgr=0; %[graus] - E N T E R
DThetaY=DThetaYgr*pi/180; %[rad]
DThetaZgr=0; %[graus] - E N T E R
DThetaZ=DThetaZgr*pi/180; %[rad]
%c) Limites de comprimento da haste central movida r3 (do centro da junta rotativa R3 ate o centro da
plataforma movel P)
Lr3min=604.1; %[mm] - E N T E R
Lr3max=1053.6; %[mm] - E N T E R
%d) Limites de posiçao horizontal do ponto P da plataforma movel (plano XY)
LR3min=Lr3min*cos(DThetaY); %[mm]
LR3max=Lr3max*cos(DThetaY); %[mm]
%e) Dimensoes da junta rotativa
dejuntar3=50; %[mm] - Diametro externo - E N T E R
dijuntar3=20; %[mm] - Diametro interno - E N T E R
212
Ljuntar3=67.5; %[mm] - Comprimento - E N T E R
Ajuntar3=pi*(dejuntar3^2-dijuntar3^2)/4 %[mm] - Area transversal
%f) Dimensoes da haste telescopica
dhaster3=32; %[mm] - Diametro
Lhaster3=569; %[mm] - Comprimento (excluindo 1/2 largura da plataforma movel = 150 mm)
Ahaster3=(pi*dhaster3^2)/4; %[mm^] - Area transversal
%g) Dimensoes do tubo
detubor3=48; %[mm] - Diametro externo - E N T E R
ditubor3=32; %[mm] - Diametro interno - E N T E R
Ltubor3=565; %[mm] - Comprimento - E N T E R (max=Lfr3)
Atubor3=(pi*(detubor3^2-ditubor3^2))/4; %[mm^2] - Area transversal
%h) Caracteristicas materiais relevantes
Ejuntar3=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
Ehaster3=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
Etubor3=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
%1.2.2 Membro motor central
%a) Dimensoes do fuso (entre mancais)
dfuso3=100; %[mm] Diametro - E N T E R
Lfuso3=1280; %[mm] - Comprimento entre encostos dos mancais A e B
Afuso3=(pi*dfuso3^2)/4;%[mm^] - Area transversal
Ifuso3=pi/32*(dfuso3^4); %[mm^4] - Momento de inercia
%b) Dimensoes da porca ou junta prismatica
deporca3=115; %[mm] - Diamentro externo - E N T E R
diporca3=dfuso3;%[mm] - Diametro interno
Lporca3=80;%[mm]
Aporca3=pi*(deporca3^2-diporca3^2)/4;%[mm^2] - Area transversal
Iporca3=pi/32*(deporca3^4-diporca3^4); %[mm^4] - Momento de inercia
%c) Distancia entre junta rotativa juntar3 e junta prismatica porca3
DJPR3=85;%[mm] - Distancia do centro de giro da junta prismatica ate o centro de giro da junta rotativa
- E N T E R
%d)Limites de posiçao vertical (altura) da junta prismatica P3 da haste central motora h3
Lh3inf=-(Lfuso3+Lporca3)/2; %[mm]
213
Lh3sup=-Lh3inf; %[mm]
%e) Limites de posiçao vertical do ponto P da plataforma movel (eixo Z)
if DThetaY<0
LH3inf=Lh3inf+Lr3max*sin(DThetaY); %[mm] - %Posiçao de altura superior maxima da plataforma
movel
LH3sup=Lh3sup+Lr3min*sin(DThetaY); %[mm] - %Posiçao de altura inferior maxima da plataforma
movel
else
LH3inf=Lh3inf+Lr3min*sin(DThetaY); %[mm]
LH3sup=Lh3sup+Lr3max*sin(DThetaY); %[mm]
end
%f) Caracteristicas materiais relevantes
Efuso3=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
Eporca3=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
%1.2.3 Membros motores laterais telescopicos
%1.2.3.1 Membro motor lateral telescopico h2
%a) Limites de comprimento
Lh1min=850; %[mm] - Limite inferior - E N T E R
Lh1max=1294.1; %[mm] - Limite superior - E N T E R
%b) Dimensoes da porca ou junta prismatica
deporca1=50; %[mm] - Diamentro externo - E N T E R
diporca1=32; %[mm] - Diametro interno - E N T E R
Lporca1=100; %[mm] - Comprimento - E N T E R
Aporca1=(pi*(deporca1^2-diporca1^2))/4 %[mm^2] - Area
Iporca1=pi/32*(deporca1^4-diporca1^4); %[mm^4] - Momento de inercia
%c) Dimensoes da haste telescopica
dehaste1=65;%[mm] - Diametro externo - E N T E R
dihaste1=deporca1; %[mm] - Diametro interno
Lhaste1=547; %[mm] - Comprimento (Adotado)
Ahaste1=(pi*(dehaste1^2-dihaste1^2))/4 %[mm^2] - Area transversal
Ihaste1=pi/32*(dehaste1^4-dihaste1^4); %[mm^4] - Momento de inercia
214
%d) Dimensoes do fuso
dfuso1=diporca1; %[mm] - Diametro
%Lfuso1=Lh1-Lhaste1-Lporca1/2-Ljuntau1-Ljuntas1; %[mm] - Comprimento deformavel
(CALCULADO APOS Lh1)
Afuso1=(pi*dfuso1^2)/4 %[mm^2] - Area transversal
Ifuso1=pi/32*(dfuso1^4); %[mm^4] - Momento de inercia
%e) Materiais (caracteristicas relevantes)
Eporca1=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
Ehaste1=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
Efuso1=210000; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade - E N T E R
%1.2.3.2 Membro motor lateral telescopico h2
%a) Limites comprimento
Lh2min=Lh1min; %[mm] - Limite inferior
Lh2max=Lh1max; %[mm] - Limite superior
%b) Dimensoes da porca ou junta prismatica
deporca2=deporca1; %[mm] - Diamentro externo
diporca2=diporca1; %[mm] - Diametro interno
Lporca2=Lporca1; %[mm] - Comprimento
Aporca2=Aporca1 %[mm^2] - Area
Iporca2=Iporca1; %[mm^4] - Momento de inercia
%c) Dimensoes da haste telescopica
dehaste2=dehaste1;%[mm] - Diametro externo
dihaste2=dihaste1; %[mm] - Diametro interno
Lhaste2=Lhaste1; %[mm] - Comprimento
Ahaste2=Ahaste1 %[mm^2] - Area transversal
Ihaste2=Ihaste1; %[mm^4] - Momento de inecia
%d) Dimensoes do fuso
dfuso2=dfuso1; %[mm] - Diametro
%Lfuso2=Lfuso1; %[mm] - Comprimento deformavel (OBTIDO APOS Lh2)
Afuso2=Afuso1 %[mm^2] - Area transversal
Ifuso2=Ifuso1; %[mm^4] - Modulo de elasticidade
%e) Materiais (caracteristicas relevantes)
215
Eporca2=Eporca1; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade
Ehaste2=Ehaste1; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade
Efuso2=Efuso1; %[N/mm^2] - Modulo de elasticidade
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%2. CALCULO DO MAPEAMENTO DO ESPAÇO DE TRABALHO em relaçao ao sistema de
referencia global cartesiano na base fixa X0,Y0,Z0
%a) Angulo limite do grid
%Angulo de rotaçao maximo da haste centra movida r3 em torno do eixo Z do sistema de referencia
global cartesiano na base fixa X0,Y0,Z0
if abs(ThetaZinf)>=abs(ThetaZsup) ThetaZmax=ThetaZinf;
else ThetaZmax=ThetaZsup;
end
%b) Posiçoes limites do grid
%Posiçao inicial minima do grid
Xmin=LR3min*cos(ThetaZmax); %[mm] - Na coordenada X
Ymin=-abs(LR3max*sin(ThetaZmax)); %[mm] - Na coordenada Y
Zmin=LH3inf; %[mm] - Na coordenada Z
%Posiçao inicial maxima do grid
Xmax=LR3max; %[mm] - Na coordenada X
Ymax=abs(LR3max*sin(ThetaZmax)); %[mm] - Na coordenada Y
Zmax=LH3sup; %[mm] - Na coordenada Z
%Limites de curso disponiveis no grid
CX=Xmax-Xmin; %[mm] - Na coordenada X
CY=Ymax-Ymin; %[mm] - Na coordenada Y
CZ=Zmax-Zmin; %[mm] - Na coordenada Z
%Valor de incremento inicialmente estimado do grid
IX0=5; %[mm] - Na coordenada X - E N T E R
IY0=IX0; %[mm] - Na coordenada Y
IZ0=IX0; %[mm] - Na coordenada Z
%Quantidade de incrementos inicialmente estimado do grid
NX0=CX/IX0; %[-] - Na cordenada X
NY0=CY/IY0; %[-] - Na coordenada Y
NZ0=CZ/IZ0; %[-] - Na coordenada Z
%Quantidade de incrementos real do grid (minimo 2 para formar matriz)
NX=round(NX0); %[-] - Na coordenada X (numero inteiro)
if NX<=2 NX=2;
else NX=round(NX0);
216
end
NYa=round(NY0); %[-] - Na coordenada Y (numero inteiro)
if NYa<=2 NYa=2;
else NYa=round(NY0);
end
RestoNYa=rem(NYa,2); %Fornece o resto da divisao de NYa por 2
if RestoNYa==0 NY=NYa;
else NY=NYa+1;
end
NZa=round(NZ0); %[-] - Na coordenada Z (numero inteiro)
if NZa<=2 NZa=2;
else NZa=round(NZ0);
end
RestoNZa=rem(NZa,2); %Fornece o resto da divisao de ZYa por 2
if RestoNZa==0 NZ=NZa;
else NZ=NZa+1;
end
%Valor de incremento final do grid
IX=(NX0/NX)*IX0; %[mm] - Na coordenada X
IY=(NY0/NY)*IY0; %[mm] - Na coordenada Y
if Lh3sup==0 IZ=0;
else IZ=(NZ0/NZ)*IZ0; %[mm] - Na coordenada Z
end
%Posiçao final do grid
Xmax=Xmin+NX*IX; %[mm] - Na coordenada X
Ymax=Ymin+NY*IY; %[mm] - Na coordenada Y
Zmax=Zmin+NZ*IZ; %[mm] - Na coordenada Z
%Varredura das posiçoes do ponto P da plataforma movel dentro do grid
for K=1;%:NZ+1; %Na coordenada Z
for J=1:NY+1; %Na coordenada Y
for I=1:NX+1; %Na coordenada X
%Posiçoes do ponto P da plataforma movel em coordenadas cartesianas
X(I)=Xmin+(I-1)*IX; %[mm]
%X(I)=800; %[mm] Para calculo de aferiçao – E N T E R
Y(J)=Ymin+(J-1)*IY; %[mm]
%Y(J)=400; %[mm] Para calculo de aferiçao – E N T E R
%Z(K)=Zmin+(K-1)*IZ; %[mm]
Z(K)=0;%120;240;360;480; 600 p/ calc. manual da superf. de trabalho em diferentes alturas. – E N T E R
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
217
%3. CINEMATICA DE POSIÇAO GERAL DA PLATAFORMA MOVEL em relaçao ao sistema de
referencia cartesiano global na Base fixa 0,X,Y,Z
%3.1 Localizaçao da plataforma movel (ponto P)
%(Relativo ao membro motor central h3 com junta prismatica P3, junta rotativa R3 e haste telescopica
movida r3)
%a) Orientaçao da plataforma movel (ponto P) em torno do eixo Z
ThetaZ=atan2(Y(J),X(I)); %[rad]
ThetaZgr=ThetaZ*180/pi; %[graus]
%b) Posiçao escalar da plataforma movel (ponto P) em relaçao ao plano XY e altura Z
LR3=sqrt(X(I)^2+Y(J)^2); %[mm] - Horizontal no plano XY
LH3=Z(K); %[mm] - Vertical no eixo Z
%3.2 Comprimento escalar do braço central movido r3
%a) Comprimento nominal
Lr3=LR3/cos(DThetaY); %[mm]
%b) Erro de comprimento escalar da haste central movida r3 - GEOMETRICO
%(Baseado nas tolerancias geometricas segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js)
iLr3=(0.45*(abs(Lr3))^(1/3)+0.001*abs(Lr3))/1000;
if ITg==3 TolLr3=3*iLr3/2; %[mm]
elseif ITg==5 TolLr3=7*iLr3/2; %[mm]
elseif ITg==7 TolLr3=16*iLr3/2; %[mm]
else TolLr3=0; %[mm]
end
Dr3=TolLr3; %[mm]
%3.3 Posiçao escalar vertical da junta prismatica central P3 na haste motora central h3
%a) Posiçao nominal
Lh3=LH3+Lr3*sin(DThetaY); %[mm]
%b) Erro de posiçao conhecido da junta prismatica P3 na haste central motora h3 - CINEMATICO
%(Baseado nas tolerancias geometricas segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js)
IDh30=IZ0;
NDh30=(Dh3sup-Dh3inf)/IDh30;
NDh3=round(NDh30);
IDh3=NDh30/NDh3*IDh30; %[-] - Incremento da tolerancia do comprimento
218
if NDh3==0 Dh3=Dh3sup;
else Dh3=Dh3inf+(NDh3-1)*IDh3; %[mm] - Tolerancia do comprimento variavel
end
%3.4 Membro motor lateral telescopico h1
%a) Vetor de posiçao
Lh1x=Ls1x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls1y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls1y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)+Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZ)*si
n(DThetaX)+LR3*cos(ThetaZ)-Lu1X;
Lh1y=+(Ls1x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls1y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1y*cos(T
hetaZ)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+LR3*sin(ThetaZ)-Lu1Y);
Lh1z=-
Ls1x*sin(DThetaY)+Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3-
Lu1Z;
LH1=[Lh1x;
Lh1y;
Lh1z];
Lh1a=sqrt(Lh1x^2+Lh1y^2+Lh1z^2);
%b) Comprimento escalar
X1=-2*Lu1X*Ls1x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu1X*Ls1y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu1X*Ls1y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu1X*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Lu1X*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu1X*LR3*cos(ThetaZ);
Y1=-2*Lu1Y*Ls1x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)-2*Lu1Y*Ls1y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu1Y*Ls1y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Y*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Lu1Y*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Y*LR3*sin(ThetaZ);
Z1=2*Lu1Z*Ls1x*sin(DThetaY)+2*Lu1Z*Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Z*Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Lu1Z*LH3;
Lh1=sqrt(Lu1X^2+Lu1Y^2+Lu1Z^2+Ls1x^2+Ls1y^2+Ls1z^2+LR3^2+LH3^2+X1+Y1+Z1+2*Ls1x*L
R3*cos(DThetaY)-
2*Ls1x*LH3*sin(DThetaY)+2*Ls1y*LR3*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls1y*LH3*cos(DThetaY)*s
in(DThetaX)+2*Ls1z*LR3*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Ls1z*LH3*cos(DThetaY)*cos(DThetaX));
%[mm]
%c) Erro de curso longitudinal - CINEMATICO
%(Baseado nas tolerancias cinematicas segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js)
219
iLh1=(0.45*(abs(Lh1))^(1/3)+0.001*abs(Lh1))/1000*(Lh1/abs(Lh1));
if ITc==3 TolLh1=3*iLh1/2; %[mm]
elseif ITc==5 TolLh1=7*iLh1/2; %[mm]
elseif ITc==7 TolLh1=16*iLh1/2; %[mm]
else TolLh1=0; %[mm]
end
Dh1=TolLh1; %[mm]
%3.5 Membro motor lateral telescopico (h2)
%a) Vetor de posiçao
Lh2x=Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)+Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZ)*si
n(DThetaX)+LR3*cos(ThetaZ)-Lu2X;
Lh2y=Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2y*cos(The
taZ)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+LR3*sin(ThetaZ)-Lu2Y;
Lh2z=-
Ls2x*sin(DThetaY)+Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3-
Lu2Z;
LH2=[Lh2x;
Lh2y;
Lh2z];
Lh2a=sqrt(Lh2x^2+Lh2y^2+Lh2z^2);
%b) Comprimento escalar
Lh2b=sqrt(Lu2Y^2+Ls2y^2+LR3^2+LH3^2-2*Lu2Y*LR3*sin(ThetaZ)-2*Lu2Y*Ls2y*cos(ThetaZ));
%[mm]
Lh2c=sqrt(LH3^2+LR3^2+Ls2y^2+Lu2Y^2+Lu2X^2-2*(Ls2y*Lu2Y+LR3*Lu2X)*cos(ThetaZ)-
2*(LR3*Lu2Y-Ls2y*Lu2X)*sin(ThetaZ)); %[mm]
X2=-2*Lu2X*Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu2X*Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu2X*Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2X*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Lu2X*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2X*LR3*cos(ThetaZ);
Y2=-2*Lu2Y*Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)-2*Lu2Y*Ls2y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu2Y*Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Lu2Y*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*LR3*sin(ThetaZ);
Z2=2*Lu2Z*Ls2x*sin(DThetaY)+2*Lu2Z*Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Z*Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Lu2Z*LH3;
220
Lh2=sqrt(Lu2X^2+Lu2Y^2+Lu2Z^2+Ls2x^2+Ls2y^2+Ls2z^2+LR3^2+LH3^2+X2+Y2+Z2+2*Ls2x*L
R3*cos(DThetaY)-
2*Ls2x*LH3*sin(DThetaY)+2*Ls2y*LR3*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls2y*LH3*cos(DThetaY)*s
in(DThetaX)+2*Ls2z*LR3*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Ls2z*LH3*cos(DThetaY)*cos(DThetaX));
%[mm]
%c) %Erro de curso longitudinal - CINEMATICO
%(Baseado nas tolerancias cinematicas segundo DIN 7151 e DIN 7172 e afastamento js)
iLh2=(0.45*(abs(Lh2))^(1/3)+0.001*abs(Lh2))/1000*(Lh2/abs(Lh2));
if ITc==3 TolLh2=3*iLh2/2; %[mm]
elseif ITc==5 TolLh2=7*iLh2/2; %[mm]
elseif ITc==7 TolLh2=16*iLh2/2; %[mm]
else TolLh2=0; %[mm]
end
Dh2=TolLh2; %[mm]
%3.6 Vetor posiçao das juntas universais U1 e U2
U1=[Lu1X
Lu1Y
Lu1Z];
U2=[Lu2X
Lu2Y
Lu2Z];
%3.7 Vetor posiçao das juntas esfericas S1 e S2
Ls1X=Ls1x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls1y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls1y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)+Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZ)*si
n(DThetaX)+LR3*cos(ThetaZ);
Ls1Y=Ls1x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls1y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1y*cos(The
taZ)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+LR3*sin(ThetaZ);
Ls1Z=-
Ls1x*sin(DThetaY)+Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3;
S1=[Ls1X
Ls1Y
Ls1Z];
Ls2X=Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)+Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZ)*si
221
n(DThetaX)+LR3*cos(ThetaZ);
Ls2Y=Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2y*cos(The
taZ)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+LR3*sin(ThetaZ);
Ls2Z=-
Ls2x*sin(DThetaY)+Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3;
S2=[Ls2X
Ls2Y
Ls2Z];
%3.8 Vetor posiçao relativo entre as juntas universais e esfericas
V1=S1-U1;
V1x=V1(1);
V1y=V1(2);
V1z=V1(3);
V2=S2-U2;
V2x=V2(1);
V2y=V2(2);
V2z=V2(3);
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%4. CINEMATICA NA POSIÇAO DE REFERENCIA DA PLATAFORMA MOVEL em relaçao ao
sistema de referencia cartesiano global na Base fixa 0,X,Y,Z
%(Z=0, Theta=0, LR3=LR3medio)
%4.1 Localizaçao da plataforma movel (ponto P)
%(Relativo ao membro motor central h3 com junta prismatica P3, junta rotativa R3 e haste telescopica
movida r3)
%a) Orientaçao da plataforma movel (ponto P) em torno do eixo Z
ThetaZi=0; %[rad]
%b) Posiçao escalar da plataforma movel (ponto P) em relaçao ao plano XY e altura Z
LR3i=LR3min+(LR3max-LR3min)/2; %[mm] - Horizontal no plano XY
LH3i=0; %[mm] - Vertical no eixo Z
%4.2 Comprimento escalar do braço central movido r3
Lr3i=LR3i/cos(DThetaY); %[mm]
222
%4.3 Posiçao escalar vertical da junta prismatica central P3 na haste motora central h3
Lh3i=LH3i+Lr3i*sin(DThetaY); %[mm]
%4.4 Vetor posiçao do membro motor lateral telescopico h1
%a) Vetor posiçao
Lh1xi=Ls1x*cos(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls1y*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls1y*sin(ThetaZi)*cos(DThetaX)+Ls1z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZi)
*sin(DThetaX)+LR3i*cos(ThetaZi)-Lu1X;
Lh1yi=+(Ls1x*sin(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls1y*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1y*cos(
ThetaZi)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls1z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaX)+LR3i*sin(ThetaZi)-Lu1Y);
Lh1zi=-
Ls1x*sin(DThetaY)+Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3i-
Lu1Z;
LH1i=[Lh1xi;
Lh1yi;
Lh1zi];
%b) Comprimento escalar
Lh1i=sqrt(Lh1xi^2+Lh1yi^2+Lh1zi^2);
%4.5 Vetor posiçao do membro motor lateral telescopico h2
%a) Vetor de posiçao
Lh2xi=Ls2x*cos(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls2y*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls2y*sin(ThetaZi)*cos(DThetaX)+Ls2z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZi)
*sin(DThetaX)+LR3i*cos(ThetaZi)-Lu2X;
Lh2yi=Ls2x*sin(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls2y*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2y*cos(T
hetaZi)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls2z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaX)+LR3i*sin(ThetaZi)-Lu2Y;
Lh2zi=-
Ls2x*sin(DThetaY)+Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3i-
Lu2Z;
LH2i=[Lh2xi;
Lh2yi;
Lh2zi];
223
%b) Comprimento escalar
Lh2i=sqrt(Lh2xi^2+Lh2yi^2+Lh2zi^2);
%4.6 Vetor posiçao das juntas universais U1 e U2
U1=[Lu1X
Lu1Y
Lu1Z];
U2=[Lu2X
Lu2Y
Lu2Z];
%4.7 Vetor posiçao das juntas esfericas S1 e S2
Ls1Xi=Ls1x*cos(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls1y*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls1y*sin(ThetaZi)*cos(DThetaX)+Ls1z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZi)
*sin(DThetaX)+LR3i*cos(ThetaZi);
Ls1Yi=Ls1x*sin(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls1y*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1y*cos(T
hetaZi)*cos(DThetaX)+Ls1z*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls1z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaX)+LR3i*sin(ThetaZi);
Ls1Zi=-
Ls1x*sin(DThetaY)+Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3i;
S1i=[Ls1Xi
Ls1Yi
Ls1Zi];
Ls2Xi=Ls2x*cos(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls2y*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
Ls2y*sin(ThetaZi)*cos(DThetaX)+Ls2z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZi)
*sin(DThetaX)+LR3i*cos(ThetaZi);
Ls2Yi=Ls2x*sin(ThetaZi)*cos(DThetaY)+Ls2y*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2y*cos(T
hetaZi)*cos(DThetaX)+Ls2z*sin(ThetaZi)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
Ls2z*cos(ThetaZi)*sin(DThetaX)+LR3i*sin(ThetaZi);
Ls2Zi=-
Ls2x*sin(DThetaY)+Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+LH3i;
S2i=[Ls2Xi
Ls2Yi
Ls2Zi];
%4.8 Vetor posiçao relativo entre as juntas universais e esfericas
V1i=S1i-U1;
V1ix=V1i(1);
224
V1iy=V1i(2);
V1iz=V1i(3);
V2i=S2i-U2;
V2ix=V2i(1);
V2iy=V2i(2);
V2iz=V2i(3);
%5. ANGULO DE MONTAGEM DAS JUNTAS U1, U2, S1, S2 em relacao a XYZ
%(adotado estarem alinhados com a posiçao de referencia (LH3i=0, ThetaZi=0,LR3i=LRemedio))
%5.1 Angulo de montagem da junta universal U1
cAlfam1=(S1i-U1)/norm(S1i-U1);
Alfam1=acos((S1i-U1)/norm(S1i-U1));
Alfam1x=Alfam1(1);
Alfam1y=Alfam1(2);
Alfam1z=Alfam1(3);
%5.2 Angulo de montagem da junta universal U2
cAlfam2=(S2i-U2)/norm(S2i-U2);
Alfam2=acos((S2i-U2)/norm(S2i-U2));
Alfam2x=Alfam2(1);
Alfam2y=Alfam2(2);
Alfam2z=Alfam2(3);
%5.3 Angulo de montagem da junta esferical S1
cBetam1=(S1i-U1)/norm(S1i-U1);
Betam1=acos((S1i-U1)/norm(S1i-U1));
Betam1x=Betam1(1);
Betam1y=Betam1(2);
Betam1z=Betam1(3);
%5.4 Angulo de montagem da junta esferical S2
cBetam2=(S2i-U2)/norm(S2i-U2);
Betam2=acos((S2i-U2)/norm(S2i-U2));
Betam2x=Betam2(1);
Betam2y=Betam2(2);
225
Betam2z=Betam2(3);
%6. ANGULO DE GIRO DAS JUNTAS
%6.1 Angulo de giro da junta universal U1
Beta2=asin(-(S1(3)-U1(3))/norm(S1-U1));
Beta1= atan((S1(2)-U1(2))/(S1(1)-U1(1)));
%6.2 Angulo de giro da junta universal U2
Phi2=asin(-(S2(3)-U2(3))/norm(S2-U2));
Phi1= atan((S2(2)-U2(2))/(S2(1)-U2(1)));
%6.3 Angulo de giro da junta esferica S1
Psi1=acos(((S1-U1)/norm(S1-U1))'*V1i/norm(V1i));
%6.4 Angulo de giro da junta esferica S2
Psi2=acos(((S2-U2)/norm(S2-U2))'*V2i/norm(V2i));
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%5. CALCULO DAS MATRIZES JACOBIANAS PARA ANALISE DE SENSIBILIDADE - (Modelo
de Erro com aproximaçao de 1a. Ordem)
%5.1 Matriz Jacobiana da posiçao dos membros movidos Jx
%(ThetaZ, LR3, LH3)
dX1=2*Lu1X*Ls1x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu1X*Ls1y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Lu1X*
Ls1y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Lu1X*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DTheta
X)-2*Lu1X*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+2*Lu1X*LR3*sin(ThetaZ);
dY1=-2*Lu1Y*Ls1x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Lu1Y*Ls1y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Lu1Y*Ls1y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu1Y*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Lu1Y*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Y*LR3*cos(ThetaZ);
dY12=-2*Lu1Y*Ls1x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Lu1Y*Ls1y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Lu1Y*Ls1y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu1Y*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Lu1Y*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Y*LR3*cos(ThetaZ);
df1dThetaZ=dX1+dY1;
df1dThetaZ2=dX1+dY12;
df1dLR3=2*LR3-2*Lu1X*cos(ThetaZ)-
2*Lu1Y*sin(ThetaZ)+2*Ls1x*cos(DThetaY)+2*Ls1y*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls1z*sin(DTheta
226
Y)*cos(DThetaX);
df1dLR32=2*LR3-2*Lu1X*cos(ThetaZ)+2*Lu1Y*sin(ThetaZ)+2*Ls1x*cos(DThetaY)-
2*Ls1y*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls1z*sin(DThetaY)*cos(DThetaX);
df1dLH3=2*LH3-2*Lu1Z-
2*Ls1x*sin(DThetaY)+2*Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX);
df1dLH32=2*LH3-2*Lu1Z-2*Ls1x*sin(DThetaY)-
2*Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX);
dX2=2*Lu2X*Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu2X*Ls2y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Lu2X*
Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Lu2X*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DTheta
X)-2*Lu2X*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+2*Lu2X*LR3*sin(ThetaZ);
dX22=2*Lu2X*Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Lu2X*Ls2y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Lu2X*Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2
*Lu2X*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Lu2X*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+2*Lu2X*LR3*sin(ThetaZ);
dY2=-2*Lu2Y*Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Lu2Y*Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Lu2Y*Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu2Y*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Lu2Y*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*LR3*cos(ThetaZ);
dY22=-
2*Lu2Y*Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu2Y*Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu2Y*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Lu2Y*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*LR3*cos(ThetaZ);
df2dThetaZ=dX2+dY2;
df2dThetaZ2=-dX22+dY22;
df2dLR3=2*LR3-2*Lu2X*cos(ThetaZ)-
2*Lu2Y*sin(ThetaZ)+2*Ls2x*cos(DThetaY)+2*Ls2y*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*Ls2z*sin(DTheta
Y)*cos(DThetaX);
df3dThetaZ=0;
df3dLR3=0;
df3dLH3=-1;
Jx=[df1dThetaZ df1dLR3 df1dLH3;
df2dThetaZ df2dLR3 df2dLH3;
df3dThetaZ df3dLR3 df3dLH3];
%5.2 Matriz Jacobiana da posiçao do centro de giro das juntas motoras Jqg - somente erro geometrico
%(Lu1X, Lu2X, Lu1Y, Lu2Y, Lu1Z, Lu2Z, Ls1x, Ls2x, Ls1y, Ls2y, Ls1z, Ls2z)
df1dLu1X=2*Lu1X-2*Ls1x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Ls1y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Ls1y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
227
2*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-2*LR3*cos(ThetaZ);
df1dLu2X=0;
df1dLu1Y=2*Lu1Y-2*Ls1x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Ls1y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*Ls1y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Ls1z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Ls1z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*LR3*sin(ThetaZ);
df1dLu2Y=0;
df1dLu1Z=2*Lu1Z+2*Ls1x*sin(DThetaY)-2*Ls1y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Ls1z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*LH3;
df1dLu2Z=0;
df1dLs1x=2*Ls1x-2*Lu1X*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Lu1Y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu1Z*sin(DThetaY)+2*LR3*cos(DThetaY)-
2*LH3*sin(DThetaY);
df1dLs2x=0;
df1dLs1y=2*Ls1y+2*Lu1X*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu1X*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*Lu1Y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu1Z*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*LH3*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*LR3*sin(DThetaY)*sin
(DThetaX);
df1dLs2y=0;
df1dLs1z=2*Ls1z-2*Lu1X*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Lu1X*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Lu1Y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu1Z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*LH3*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*LR3*sin(DThetaY)*co
s(DThetaX);
df1dLs2z=0;
df2dLu1X=0;
df2dLu2X=2*Lu2X-2*Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-2*LR3*cos(ThetaZ);
df2dLu2X2=2*Lu2X-2*Ls2x*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Ls2y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Ls2y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*LR3*cos(ThetaZ);
df2dLu1Y=0;
df2dLu2Y=2*Lu2Y-2*Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*Ls2y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*LR3*sin(ThetaZ);
df2dLu2Y2=2*Lu2Y+2*Ls2x*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
228
2*Ls2y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Ls2y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Ls2z*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Ls2z*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)+2*LR3*sin(ThetaZ); %FALTA CORRIGIR
df2dLu1Z=0;
df2dLu2Z=2*Lu2Z+2*Ls2x*sin(DThetaY)-2*Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*LH3;
df2dLu2Z2=2*Lu2Z+2*Ls2x*sin(DThetaY)+2*Ls2y*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Ls2z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)-2*LH3;
df2dLs1x=0;
df2dLs2x=2*Ls2x-2*Lu2X*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)-
2*Lu2Y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu2Z*sin(DThetaY)+2*LR3*cos(DThetaY)-
2*LH3*sin(DThetaY);
df2dLs2x2=2*Ls2x-
2*Lu2X*cos(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu2Y*sin(ThetaZ)*cos(DThetaY)+2*Lu2Z*sin(DThetaY)+2*L
R3*cos(DThetaY)-2*LH3*sin(DThetaY);
df2dLs1y=0;
df2dLs2y=2*Ls2y+2*Lu2X*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu2X*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*Lu2Y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)-
2*Lu2Z*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*LH3*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)+2*LR3*sin(DThetaY)*sin
(DThetaX);
df2dLs2y2=2*Ls2y-
2*Lu2X*sin(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Lu2X*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*cos(ThetaZ)*cos(DThetaX)+2*Lu2Z*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-
2*LH3*cos(DThetaY)*sin(DThetaX)-2*LR3*sin(DThetaY)*sin(DThetaX);
df2dLs1z=0;
df2dLs2z=2*Ls2z-2*Lu2X*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Lu2X*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*Lu2Y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*LH3*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*LR3*sin(DThetaY)*co
s(DThetaX);
df2dLs2z2=2*Ls2z-2*Lu2X*cos(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Lu2X*sin(ThetaZ)*sin(DThetaX)+2*Lu2Y*sin(ThetaZ)*sin(DThetaY)*cos(DThetaX)-
2*Lu2Y*cos(ThetaZ)*sin(DThetaX)-
2*Lu2Z*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*LH3*cos(DThetaY)*cos(DThetaX)+2*LR3*sin(DThetaY)*co
s(DThetaX);
df3dLu1X=0;
df3dLu2X=0;
df3dLu1Y=0;
229
df3dLu2Y=0;
df3dLu1Z=0;
df3dLu2Z=0;
df3dLs1x=0;
df3dLs2x=0;
df3dLs1y=0;
df3dLs2y=0;
df3dLs1z=0;
df3dLs2z=0;
Jqg=[-df1dLu1X -df1dLu2X -df1dLu1Y -df1dLu2Y -df1dLu1Z -df1dLu2Z -df1dLs1x -df1dLs2x -
df1dLs1y -df1dLs2y -df1dLs1z -df1dLs2z;
-df2dLu1X -df2dLu2X -df2dLu1Y -df2dLu2Y -df2dLu1Z -df2dLu2Z -df2dLs1x -df2dLs2x -df2dLs1y
-df2dLs2y -df2dLs1z -df2dLs2z;
-df3dLu1X -df3dLu2X -df3dLu1Y -df3dLu2Y -df3dLu1Z -df3dLu2Z -df3dLs1x -df3dLs2x -df3dLs1y
-df3dLs2y -df3dLs1z -df3dLs2z];
%6.3 Matriz Jacobiana da posiçao dos membros motores Jqc - somente erro cinematico
%(Lh1, Lh2, Lh3)
df1dLh1=-2*Lh1;
df1dLh2=0;
df1dLh3=0;
df2dLh1=0;
df2dLh2=-2*Lh2;
df2dLh3=0;
df3dLh1=0;
df3dLh2=0;
df3dLh3=1;
Jqc=[-df1dLh1 -df1dLh2 -df1dLh3;
-df2dLh1 -df2dLh2 -df2dLh3;
-df3dLh1 -df3dLh2 -df3dLh3];
%5.4 Matriz Jacobiana das membros e juntas motoras Jqcg - para erro cinematico e geometrico
combinado
%(Lh1, Lh2, Lh3, Lu1X, Lu2X, Lu1Y, Lu2Y, Lu1Z, Lu2Z, Ls1x, Ls2x, Ls1y, Ls2y, Ls1z, Ls2z)
Jqcg=[-df1dLh1 -df1dLh2 -df1dLh3 -df1dLu1X -df1dLu2X -df1dLu1Y -df1dLu2Y -df1dLu1Z -
df1dLu2Z -df1dLs1x -df1dLs2x -df1dLs1y -df1dLs2y -df1dLs1z -df1dLs2z;
-df2dLh1 -df2dLh2 -df2dLh3 -df2dLu1X -df2dLu2X -df2dLu1Y -df2dLu2Y -df2dLu1Z -df2dLu2Z -
df2dLs1x -df2dLs2x -df2dLs1y -df2dLs2y -df2dLs1z -df2dLs2z;
-df3dLh1 -df3dLh2 -df3dLh3 -df3dLu1X -df3dLu2X -df3dLu1Y -df3dLu2Y -df3dLu1Z -df3dLu2Z -
230
df3dLs1x -df3dLs2x -df3dLs1y -df3dLs2y -df3dLs1z -df3dLs2z];
%5.5 Matriz Jacobiana total
%a) Para erro geometrico
Jxinv=inv(Jx);
Jtg=Jxinv*Jqg;
Jxinv2=inv(Jx2);
Jtg2=Jxinv2*Jqg2;
%b) Para erro cinematico
Jxinv=inv(Jx);
Jtc=Jxinv*Jqc;
%c) Para erro elastico do mecanismo paralelo
Jqcinv=inv(Jqc);
Jc=Jqcinv*Jx;
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%6. SINGULARIDADES
%6.1 Verificaçao de singularidades cinematicas (matriz quadrada)
DetJqc=det(Jqc);
DetJxc=det(Jx);
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%7.FORÇAS ATUANTES NO PONTO P DA PLATAFORMA MOVEL - OPERAÇAO DE
ACABAMENTO
%a) Material a ser usinado
%ABNT_1045 - aço medio carbono
%Resistencia do material: Sigmar=620 [N/mm^2] - tensao de ruptura
%b) Modo de fresamento
%Fresamento frontal
%c) Ferramenta de corte
%Fresa de topo cilindrica com pastilha de metal duro
Df=100; %[mm] - diametro da fresa - E N T E R
231
Lf=40; %[mm] - largura da fresa - E N T E R
Zf=14; %[-] - numero de dentes cortantes - E N T E R
Alphacgr=7; %[graus] - angulo de incidencia do dente para materiais com tensao de ruptura ate 700
N/mm^2 - E N T E R
Alphac=Alphacgr*pi/180; %[rad]
Bethacgr=77; %[graus] - angulo de corte do dente para materiais com tensao de ruptura ate 700 N/mm^2
- E N T E R
Bethac=Bethacgr*pi/180; %[rad]
Gammacgr=10; %[graus] - angulo de saida do dente para materiais com tensao de ruptura ate 700
N/mm^2 - E N T E R
Gammac=Gammacgr*pi/180; %[rad]
Delthafgr=0 %[graus] - inclinaçao dos dentes para caso de fresa helicoidal - E N T E R
Delthaf=Delthafgr*pi/180; %[rad]
%d) Processo de fresamento
vc=500; %[m/min] - velocidade de corte - E N T E R
vf=50; %[mm/min] - velocidade de avanço - E N T E R
ap=0.5; %[mm] - profundidade de corte para acabamento - E N T E R
ae1=50; %[mm] - penetraçao de trabalho entre o ponto de entrada do dente e a linha de centro horizontal
para fresamento frontal - E N T E R
ae2=0; %[mm] - penetraçao de trabalho entre a horizontal e o ponto de saida do dente para fresamento
frontal - E N T E R
ae=abs(ae1)+abs(ae2); %[mm] - penetraçao de trabalho para fresamento frontal
nf=vc*1000/(pi*Df); %[rot/min] - rotaçao da fresa por minuto
f=vf/nf ; %[mm/rot] - avanço da fresa por rotaçao (aprox f=0.1)
fz=f/Zf; %[mm/dente] - avanço da fresa por dente
if ae>Df/2 Phic0=asin(1);
else Phic0=asin(2*ae/Df); %[rad] - angulo de contato dente-peça
end
Phic=Phic0*2/3; %[rad] - angulo adotado como ponto de atuaçao da força de corte
Kappargr=90; %[graus] - angulo de direçao da aresta principal de corte - E N T E R
Kappar=Kappargr*pi/180; %[rad]
hc=fz*sin(Kappar); %[mm] - espessura do cavaco
mc=0.17; %[-] - coeficiente de reta do material ABNT 1045 - segundo Kienzle
Kc11= 2110; %[N/mm^2] - Força de corte especifica Kc para A=1mm^2 do material ABNT 1045 -
segundo Kienzle
Kc=Kc11*hc^(-mc); %[N/mm^2] - Força de corte especifica - segundo Kienzle (aprox Kc=4*Sigmar)
Fc=ap*f*Kc; %[N] - força de corte
Ff=0.2*Fc; %[N] - força de avanço
Fu=sqrt(Fc^2+Ff^2); %[N] - força de usinagem
232
%e) Forças nas direçoes X,Y,Z
%eI)Fresamento na direçao e sentido +X (força c/ sinal contrario ao do sentido de movimento)
%em funçao de Fc e Ff (calculados)
%Ft=-Fc*cos(Delthaf)*sin(pi/2-Phic-ThetaZ)+Ff*sin(ThetaZ); %[N] - Força tangencial perpendicular a
R - E N T E R
%Fr=Fc*cos(Delthaf)*cos(pi/2-Phic-ThetaZ)+Ff*cos(ThetaZ); %[N] - Força radial na direçao R - E N T
E R
%FZ=Fc*sin(Delthaf); %[N] - Força axial na direçao Z - E N T E R
%em funçao de FX e FY (dados para comparaçao com FEM)
FX=100;%0; %[N]
FY=0;%100; %[N]
FZ=0; %[N]
Ft=FX*sin(ThetaZ)+FY*cos(ThetaZ); %[N]
Fr=-FX*cos(ThetaZ)+FY*sin(ThetaZ); %[N]
%eII)Fresamento na direçao e sentido +Y (força c/ sinal contrario ao do sentido de movimento)
%em funçao de Fc e Ff (calculados)
%Ft=Fc*cos(Delthaf)*sin(pi-Phic-ThetaZ)+Ff*sin(pi/2-ThetaZ); %[N] - Força tangencial perpndicular a
R - E N T E R
%Fr=-Fc*cos(Delthaf)*cos(pi-Phic-ThetaZ)-+Ff*cos(ThetaZ); %[N] - Força radial na direçao R - E N T
E R
%FZ=Fc*sin(Delthaf); %[N] - Força axial na direçao Z - E N T E R
%em funçao de FX e FY (dados para comparaçao com FEM)
%FX=100;%0; %[N]
%FY=0;%100; %[N]
%FZ=0; %[N]
%Ft=FX*sin(ThetaZ)-FY*cos(ThetaZ); %[N]
%Fr=-FX*cos(ThetaZ)-FY*sin(ThetaZ); %[N]
%eIII) Componentes da força de usinagem para calculo da deformaçao
Fu=[Ft*LR3;Fr;FZ]; %[N] - Força de usinagem com componentes tangencial, radial e axial
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%8. CALCULO DAS MATRIZES DE RIGIDEZ AXIAL
%8.1 Matriz de rigidez axial do mecanismo de cinematica paralela
%8. CALCULO DAS MATRIZES DE RIGIDEZ
%8.1 Matriz de rigidez axial do mecanismo de cinematica paralela
%a) Conjunto membro motor lateral telescopico h1 com as juntas universal U1 e esferica S1 nas
extremidades
233
kaporca1=550000; %[N/mm] - Rigidez da porca(NSK) - E N T E R
%kaporca1=Eporca1*Aporca1/Lporca1; %[N/mm] - Rigidez axial da porca
kahaste1=Ehaste1*Ahaste1/Lhaste1;%[N/mm] - Rigidez axial da haste
kafuso1=Efuso1*Afuso1/Lfuso1;%[N/mm] - Rigidez axial da parte deformavel do fuso
kajuntau1=315000;%[N/mm] - Rigidez da junta universal (ADOTADO) - E N T E R
kajuntas1=315000;%[N/mm] - Rigidez da junta esferica (CATALOGO INA) - E N T E R
katelescopio1=1/((1/kahaste1)+(1/kaporca1)+(1/kafuso1));%[N/mm] - Rigidez axial do fuso
kah1=1/((1/kajuntau1)+(1/kajuntas1)+(1/katelescopio1)); %[N/mm] - Rigidez axial do membro
%b) Conjunto membro motor lateral telescopico h2 com as juntas universal U2 e esferica S2 nas
extremidades
kaporca2=550000; %[N/mm] - Rigidez da porca(NSK) - E N T E R
%kaporca2=Eporca2*Aporca2/Lporca2; %[N/mm] - Rigidez axial da porca
kahaste2=Ehaste2*Ahaste2/Lhaste2;%[N/mm] - Rigidez axial da haste
kafuso2=Efuso2*Afuso2/Lfuso2;%[N/mm] - Rigidez axial da parte deformavel do fuso
kajuntau2=315000;%[N/mm] - Rigidez da junta universal (ADOTADO) - E N T E R
kajuntas2=315000;%[N/mm] - Rigidez da junta esferica (CATALOGO INA) - E N T E R
katelescopio2=1/((1/kahaste2)+(1/kaporca2)+(1/kafuso2));%[N/mm] - Rigidez do fuso
kah2=1/((1/kajuntau2)+(1/kajuntas2)+(1/katelescopio2)); %[N/mm] - Rigidez do membro
%c) Membro motor central h3 com junta prismatica P3
kaporca3=1500000; %[N/mm] - Rigidez da porca(NSK) - E N T E R
%kaporca3=Eporca3*Aporca3/Lporca3; %[N/mm] - Rigidez da porca
kafuso31=(Efuso3*Afuso3)/(Lh3sup-LH3); %[N/mm] - Rigidez axial do fuso parte 1 (mancal A ate
porca)
kafuso32=(Efuso3*Afuso3)/(abs(Lh3inf)+LH3); %[N/mm] - Rigidez axial do fuso parte 2 (mancal B ate
porca)
kah3=1/((1/kaporca3)+(1/(kafuso31+kafuso32))); %[N/mm] - Rigidez axial do membro h3.
%d) Rigidez e flexibilidade axial
Ksiac=[kah1 0 0;
0 kah2 0;
234
0 0 kah3]; %[N/mm]
Kac=Jc'*Ksiac*Jc; %[N/mm]
%e) Matriz axial local
Ksic=[kah1 0 0;
0 kah2 0;
0 0 kah3]; %[N/mm]
%f) Matriz axial global
KEc=Jc'*Ksic*Jc; %[N/mm]
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%9. CALCULO DO ESPAÇO DE TRABALHO FUNCIONAL DISPONIVEL
%9.1 Condiçoes
%Se todas as condiçoes forem iguais a 1 existe um espaço de trabalho funcional
c1=1; %movimento dentro do limite de ThetaZinf
c2=1; %movimento dentro do limite de ThetaZsup
c3=1; %movimento dentro do limite de LR3min
c4=1; %movimento dentro do limite de LR3max
c5=1; %movimento dentro do limite de LH3min
c6=1; %movimento dentro do limite de LH3max
c7=1; %movimento dentro do limite de Lh1min
c8=1; %movimento dentro do limite de Lh1max
c9=1; %movimento dentro do limite de Lh2min
c10=1; %movimento dentro do limite de Lh2max
c11=1; %movimento dentro do limite da junta universal U1
c12=1; %movimento dentro do limite da junta universal U2
c13=1; %movimento dentro do limite da junta esferica S1
c14=1; %movimento dentro do limite da junta esferica S2
c15=1; %sem singularidades devido impossibilidade de movimento nas regioes da fronteira do espaço de
trabalho (em funçao de Jqc)
c16=1; %sem singularidades devido movimentos incontrolaveis no interior do espaço de trabalho (em
funçao de Jqx)
%9.2 Verificaçao dos limites
if ThetaZ < ThetaZinf c1=0; end
if ThetaZ > ThetaZsup c2=0; end
235
if LR3 < LR3min c3=0; end
if LR3 > LR3max c4=0; end
if LH3 < LH3inf c5=0; end
if LH3 > LH3sup c6=0; end
if Lh1 < Lh1min c7=0; end
if Lh1 > Lh1max c8=0; end
if Lh2 < Lh2min c9=0; end
if Lh2 > Lh2max c10=0; end
if Beta2>Alphau1 c11=0; end
if Beta1>Alphau1 c11=0; end
if Phi2>Alphau2 c12=0; end
if Phi1>Alphau2 c12=0; end
if Psi1>Alphas1 c13=0; end
if Psi2>Alphas2 c14=0; endif abs(det(Jqc)) < 1e-5 c15=0; end
if abs(det(Jx)) < 1e-5 c16=0; end
%9.3 Mostra dos pontos pertencentes ao espaço de trabalho disponivel
Espaco(I,J)=NaN;
c=c1*c2*c3*c4*c5*c6*c7*c8*c9*c10*c11*c12*c13*c14*c15*c16;
if c == 1 Espaco(I,J)=1;
end
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%10 - INFLUENCIA DOS PARAMETROS DE PROJETO NO ERRO DE POSICIONAMENTO
%1.1 Sensibilidade geometrica
%a) Valor inicial para verificaçao da influencia dos parametros na sensibilidade
Sensib1_ThetaZ=0;
Sensib2_ThetaZ=0;
Sensib3_ThetaZ=0;
Sensib4_ThetaZ=0;
Sensib5_ThetaZ=0;
Sensib6_ThetaZ=0;
Sensib7_ThetaZ=0;
Sensib8_ThetaZ=0;
Sensib9_ThetaZ=0;
Sensib10_ThetaZ=0;
Sensib11_ThetaZ=0;
Sensib12_ThetaZ=0;
236
Sensib1_R3=0;
Sensib2_R3=0;
Sensib3_R3=0;
Sensib4_R3=0;
Sensib5_R3=0;
Sensib6_R3=0;
Sensib7_R3=0;
Sensib8_R3=0;
Sensib9_R3=0;
Sensib10_R3=0;
Sensib11_R3=0;
Sensib12_R3=0;
Sensib1_H3=0;
Sensib2_H3=0;
Sensib3_H3=0;
Sensib4_H3=0;
Sensib5_H3=0;
Sensib6_H3=0;
Sensib7_H3=0;
Sensib8_H3=0;
Sensib9_H3=0;
Sensib10_H3=0;
Sensib11_H3=0;
Sensib12_H3=0;
%b) Divisor
Pts(I,J)=0;
if c==1 Pts(I,J)=Pts(I,J)+1;
end;
Pontos=sum(sum(Pts));
%c) Media aritmetica do grau de influencia da cada item
Sensib1_ThetaZ=(abs(Jtg(1,1))+Sensib1_ThetaZ)/Pontos;
Sensib2_ThetaZ=(abs(Jtg(1,2))+Sensib2_ThetaZ)/Pontos;
Sensib3_ThetaZ=(abs(Jtg(1,3))+Sensib3_ThetaZ)/Pontos;
Sensib4_ThetaZ=(abs(Jtg(1,4))+Sensib4_ThetaZ)/Pontos;
Sensib5_ThetaZ=(abs(Jtg(1,5))+Sensib5_ThetaZ)/Pontos;
Sensib6_ThetaZ=(abs(Jtg(1,6))+Sensib6_ThetaZ)/Pontos;
Sensib7_ThetaZ=(abs(Jtg(1,7))+Sensib7_ThetaZ)/Pontos;
Sensib8_ThetaZ=(abs(Jtg(1,8))+Sensib8_ThetaZ)/Pontos;
237
Sensib9_ThetaZ=(abs(Jtg(1,9))+Sensib9_ThetaZ)/Pontos;
Sensib10_ThetaZ=(abs(Jtg(1,10))+Sensib10_ThetaZ)/Pontos;
Sensib11_ThetaZ=(abs(Jtg(1,11))+Sensib11_ThetaZ)/Pontos;
Sensib12_ThetaZ=(abs(Jtg(1,12))+Sensib12_ThetaZ)/Pontos;
Sensib1_R3=(abs(Jtg(2,1))+Sensib1_R3)/Pontos;
Sensib2_R3=(abs(Jtg(2,2))+Sensib2_R3)/Pontos;
Sensib3_R3=(abs(Jtg(2,3))+Sensib3_R3)/Pontos;
Sensib4_R3=(abs(Jtg(2,4))+Sensib4_R3)/Pontos;
Sensib5_R3=(abs(Jtg(2,5))+Sensib5_R3)/Pontos;
Sensib6_R3=(abs(Jtg(2,6))+Sensib6_R3)/Pontos;
Sensib7_R3=(abs(Jtg(2,7))+Sensib7_R3)/Pontos;
Sensib8_R3=(abs(Jtg(2,8))+Sensib8_R3)/Pontos;
Sensib9_R3=(abs(Jtg(2,9))+Sensib9_R3)/Pontos;
Sensib10_R3=(abs(Jtg(2,10))+Sensib10_R3)/Pontos;
Sensib11_R3=(abs(Jtg(2,11))+Sensib11_R3)/Pontos;
Sensib12_R3=(abs(Jtg(2,12))+Sensib12_R3)/Pontos;
Sensib1_H3=(abs(Jtg(3,1))+Sensib1_H3)/Pontos;
Sensib2_H3=(abs(Jtg(3,2))+Sensib2_H3)/Pontos;
Sensib3_H3=(abs(Jtg(3,3))+Sensib3_H3)/Pontos;
Sensib4_H3=(abs(Jtg(3,4))+Sensib4_H3)/Pontos;
Sensib5_H3=(abs(Jtg(3,5))+Sensib5_H3)/Pontos;
Sensib6_H3=(abs(Jtg(3,6))+Sensib6_H3)/Pontos;
Sensib7_H3=(abs(Jtg(3,7))+Sensib7_H3)/Pontos;
Sensib8_H3=(abs(Jtg(3,8))+Sensib8_H3)/Pontos;
Sensib9_H3=(abs(Jtg(3,9))+Sensib9_H3)/Pontos;
Sensib10_H3=(abs(Jtg(3,10))+Sensib10_H3)/Pontos;
Sensib11_H3=(abs(Jtg(3,11))+Sensib11_H3)/Pontos;
Sensib12_H3=(abs(Jtg(3,12))+Sensib12_H3)/Pontos;
%10.2 Condicionamento cinematico
Ncondc(I,J)=cond(Jtc)*Espaco(I,J); %1
%10.3 Condicionamento elastico
Ncondec(I,J)=cond(KEc)*Espaco(I,J); %1;
%XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
%11. CALCULO DOS ERROS DE LOCALIZAÇAO DO PONTO P DA PLATAFORMA MOVEL
%11.1 Erros de localizaçao em funçao de erros geometricos
238
Dqg=[Du1X;Du2X;Du1Y;Du2Y;Du1Z;Du2Z;Ds1x;Ds2x;Ds1y;Ds2y;Ds1z;Ds2z]; %[mm] - Vetor de
erros nas posiçoes das juntas (CONHECIDO)
Dxg=Jtg*Dqg; %[rad] e [mm] - Vetor de erros no membro movido
DThetaZg=Dxg(1)*Espaco(I,J); %[rad] - Erro na orientaçao (eixo Z)
DR3g=Dxg(2)*Espaco(I,J); %[mm] - Erro na posiçao horizontal (plano XY)
DH3g=Dxg(3) *Espaco(I,J); %[rad] e [mm] - Erro na posiçao vertical (eixo Z)
DXg(I,J)=(LR3+DR3g)*cos(ThetaZ+DThetaZg)-LR3*cos(ThetaZ)); %[mm] erro em funçao das
coordenadas XYZ
DYg(I,J)=(LR3+DR3g)*sin(ThetaZ+DThetaZg)-LR3*sin(ThetaZ); %[mm] erro em funçao das
coordenadas XYZ
DZg(I,J)=DH3g;
%11.2 Erros de localizaçao em funçao de erros cinematicos
Dqc=[Dh1;Dh2;Dh3]; %[mm] - Vetor de erros nos membros motores (CONHECIDO)
Dxc=Jtc*Dqc; %[mm] - Vetor de erros no membro movido
DThetaZc=Dxc(1)*Espaco(I,J); %[rad] - Erro na orientaçao(eixo Z)
DR3c=Dxc(2)*Espaco(I,J); %[mm] - Erro na posiçao horizontal (plano XY)
DH3c=Dxc(3) *Espaco(I,J); %[mm] - Erro na posiçao vertical (eixo Z)
DXc(I,J)=(LR3+DR3c)*cos(ThetaZ+DThetaZc)-LR3*cos(ThetaZ); %[mm] erro em funçao das
coordenadas XYZ
DYc(I,J)=(LR3+DR3c)*sin(ThetaZ+DThetaZc)-LR3*sin(ThetaZ); %[mm] erro em funçao das
coordenadas XYZ
DZc(I,J)=DH3c;
%11.3 Erros de localizaçao em funçao de erros elasticos no mecanismo paralelo
KEcinv=pinv(KEc);
Dxec=KEcinv*FE; %[mm] - Vetor de erros elasticos no mecanismo paralelo
DThetaZec=Dxec(1)*Espaco(I,J); %[rad] - Erro na orientaçao (eixo Z)
DR3ec=Dxec(2)*Espaco(I,J); %[mm] - Erro na posiçao horizontal (plano XY)
DH3ec=Dxec(3) *Espaco(I,J); %[mm] - Erro na posiçao vertical (eixo Z)
DXec(I,J)=(LR3+DR3ec)*cos(ThetaZ+DThetaZec)-LR3*cos(ThetaZ)); %[mm] erro em funçao das
coordenadas XYZ
DYec(I,J)=(LR3+DR3ec)*sin(ThetaZ+DThetaZec)-LR3*sin(ThetaZ); %[mm] erro em funçao das
coordenadas XYZ
DZec(I,J)=DH3ec;
%11.4 Erros de localizaçao em funçao de erros unificados: geometricos+cinematicos+elasticos no
239
mecanismo paralelo
DXcge(I,J)=DXg(I,J)+DXc(I,J)+DXec(I,J); %[mm] - erro em funçao das coordenadas XYZ
DYcge(I,J)=DYg(I,J)+DYc(I,J)+DYec(I,J); %[mm] - erro em funçao das coordenadas XYZ
DZcge(I,J)=(DZg(I,J)+DZc(I,J)+DZec(I,J)); %[mm] - erro em funçao das coordenadas XYZ
%12 Area de trabalho disponivel
WXY=Pontos*IX*IY;
end %para for 1
end %para for 2
end %para for 3
%13. GRAFICOS
%13.1 Grafico do espaço de trabalho disponivel
figure(1)
surf(Y,X,Espaco)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Espaço de trabalho disponivel (mm)')
%13.2 Sensibilidade geometrica
%a) Influencia em ThetaZ
figure(2)
ThetaZ=[1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12];
Sensib_ThetaZ=[Sensib1_ThetaZ Sensib2_ThetaZ Sensib3_ThetaZ Sensib4_ThetaZ Sensib5_ThetaZ
Sensib6_ThetaZ Sensib7_ThetaZ Sensib8_ThetaZ Sensib9_ThetaZ Sensib10_ThetaZ Sensib11_ThetaZ
Sensib12_ThetaZ];
bar(ThetaZ,Sensib_ThetaZ,'r')
xlabel('Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z')
ylabel('Grau de influencia na sensibilidade de ThetaZ')
%b) Influencia em LR3
figure(3)
R3=[1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12];
240
Sensib_R3=[Sensib1_R3 Sensib2_R3 Sensib3_R3 Sensib4_R3 Sensib5_R3 Sensib6_R3 Sensib7_R3
Sensib8_R3 Sensib9_R3 Sensib10_R3 Sensib11_R3 Sensib12_R3];
bar(R3,Sensib_R3,'r')
xlabel('Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z')
ylabel('Grau de influencia na sensibilidade de R3')
%c) Influencia em LH3
figure(4)
H3=[1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12];
Sensib_H3=[Sensib1_H3 Sensib2_H3 Sensib3_H3 Sensib4_H3 Sensib5_H3 Sensib6_H3 Sensib7_H3
Sensib8_H3 Sensib9_H3 Sensib10_H3 Sensib11_H3 Sensib12_H3];
bar(H3,Sensib_H3,'r')
xlabel('Lu1X Lu2X Lu1Y Lu2Y Lu1Z Lu2Z Ls1x Ls2x Ls1y Ls2y Ls1z Ls2z')
ylabel('Grau de influencia na sensibilidade de H3')
%13.3 Condicionamento
figure(5) %condicionamento do erro cinematico
surf(Y,X,Ncondc)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Condicionamento p/ erro cinematico')
figure(6) %condicionamento do erro erro elastico no mecanismo paralelo
surf(Y,X,Ncondec)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Condicionamento p/ erro elastico')
%13.4 Graficos de mapeamento dos erros em relaçao a DX, DY, DZ no espaço cartesiano (plano XY)
%a) Erro em DX
figure(7) %erro geometrico
surf(Y,X,DXg)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro geometrico em X (mm)')
figure(8) %erro cinematico
surf(Y,X,DXc)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro cinematico em X (mm)')
figure(9) %erro elastico
surf(Y,X,DXec)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro elastico em X (mm)')
figure(10) %erro geometrico, cinematico e elastico combinado
surf(Y,X,DXcge)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro geometrico, cinematico e elastico somados em X (mm)')
%b) Erro em DY
241
figure(11) %erro geometrico
surf(Y,X,DYg)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro geometrico em DY3 (mm)')
figure(12) %erro cinematico
surf(Y,X,DYc)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro cinematico em DY (mm)')
figure(13) %erro elastico
surf(Y,X,DYec)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro elastico em DY (mm)')
figure(14) %erro geometrico, cinematico e elastico combinado
surf(Y,X,DYcge)
xlabel('Y (mm)'); ylabel('X (mm)'); zlabel('Erro geometrico, cinematico e elastico somados em DY
(mm)')
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