Gerenciamento de Cores

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Pr-impressoTRATAMENTO DE IMAGENS GERENCIAMENTO DE CORES

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Digitalizao de Imagens e Sadas igitais

SENAI - SP, 2002

Informaes sobre a produo do trabalho

2 edio, 2001

Coordenao Geral:

Elcio de Souza

Equipe responsvel:

Coordenao Elaborao Edio de texto Reviso Diagramao Editorao Eletronica

Elcio de Souza Luis Felipe Cunha Luis Felipe Cunha Luis Felipe Cunha Srgio J Marcellos Srgio J Marcellos

S47 SENAI-SP, DRD Tratamento de Imagens e Gerenciamento de Cores 2 ed. So Paulo, 2001.

1. (Tratamento de imagens e gerenciamento de cores)

2. ( Sada e reticulagem 2, Processamneto de imagem) 501 CDU, IBIT, 2001

SENAI - Servio de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de So Paulo Escola SENAI "Theobaldo de Nigris" Rua Bresser, 2315 CEP 03162-030 - So Paulo - SP Telefone: (11) 6097-6300 Fax: (11) 6097-6305

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SUMRIO06 08 09 10 12 14 21 23 24 25 26 26 27 29 31 33 34 34 38 39 39 41 41 43 44 45 47 47 50 50 52 54 55 1. Fluxo digital de reproduo grfica 2. Teoria das cores 2.1 Cor e luz 2.2 Fatores que influenciam a interpretao das cores 2.3 Temperatura de cor 2.4 Padres de cores RGB X CMYK X Lab 3. Sistemas de gerenciamento de cores 3.1 Caracterizao 3.2 Calibrao 3.3 Converso 4. Limitaes de entrada 4.1 Scanners CCD 4.2Profundidade de bit 4.3 Calibrao e caracterizao de entrada 5. Limitaes do monitor 5.1 Calibrao de monitores 5.2 Calibrao de monitores pelo sistema operacional 5.3 Perfis ICC 5.4 Calibrao de monitores por espectrofotmetro 5.5 Calibrao de monitores no Photoshop 5.0 5.6Configurao de RGB 6. Separao de cores 6.1Configurao de CMYK 6.2 Configurao de separao 6.3 UCR X GCR 6.4 Gray Component Replacement 7. Limitaes de sada 7.1 Linearizao de Imagesetters e Platesetters 7.2 Impresso final 7.3 Caracterizao de impressoras e provas digitais 7.4 Ganho de ponto 8. Gerenciamento de cores hoje 9. Bibliografia

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1. FLUXO DIGITAL DE REPRODUO GRFICA

Nos ltimos anos, as tecnologias em vrias fases do processo de impresso evoluram, eliminando as manipulaes tradicionais que consumiam tempo e mo-de-obra especfica para cada etapa do processo. O fotgrafo utilizava laboratrios para obterem os originais, dependendo de fatores como temperatura, tempo de revelao, pelcula utilizada, gastando material e em processo lento. Alm disso, no comeo desta evoluo digital, os equipamentos eram caros, complexos e difceis de operar. Exigiam que comprassem todos os dispositivos necessrios ao fluxo de trabalho como scanners, impressoras, fotocompositoras, softwares e hardwares, de um nico fabricante, gerando o que chamamos de sistema fechado. A escolha ficava difcil j que uma impressora de determinado fabricante poderia apresentar melhores caractersticas que um outro que, por sua vez, possua um hardware em melhores condies. Hoje, h muitos fabricantes no mercado possibilitando a livre escolha, sistemas abertos em vrios perifricos de diferentes marcas disposio com total interface entre eles. No h mais a necessidade de especialistas especficos, j que, por exemplo, pode-se obter fotografias com mquinas fotogrficas digitais que, ao invs de produzir uma pelcula, envia a imagem em meio digital diretamente ao computador em interface amigvel. Ou ainda mesmo, utilizar imagens j prontas em CD-ROM ou DVD. Scanners Flatbed de alta qualidade, scanners cilndricos, scanners de tambor, mquinas fotogrficas digitais e sistemas de vdeo permitem capturar e manipular imaginar imagens com preciso e flexibilidade de controle, usando para retocar e modificar imagens o software Adobe Photoshop. Resultados finais so produzidos em tempo curto, sem perdas de qualidade, muitas vezes, por um nico indivduo, que faz a captura da imagem, tratamento e correes, montagem e sada em filme, chapa ou direto na impresso. O papel do designer tambm mudou dramaticamente. Fotografias, ilustraes e texto existem agora em dados digitais,

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em vez de pedaos de filma e past-ups. So distribudos os elementos numa pgina utilizando softwares de paginao e diagramao como Adobe PageMaker, QuarXpress. Ilustraes e desenhos tambm so criados diretamente no computador utilizando softwares como CorelDraw, Adobe Illustrator e FreeHand. E todos esses dados podem ser facilmente armazenados em disquetes, fitas magnticas como syquest, zips, bernoulli e discos pticos como CD, jazz ou no prprio Hard Disk do computador.

As fotocompositoras tambm mudaram. Agora, denominadas de Imagesetters, permitem produzir separaes de cores em filme em alta velocidade e definio atravs dos RIPs (Raster Image Processor), que tambm esto presentes em impressoras para provas digitais, sistemas computer-to-plate, computer-to-press e computer-to-print, padronizando o processo e com resultados similares de retculas e cores.

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O processo tradicional de impresso offset com uso de filmes tambm evoluiu. O aparecimento da tecnologia film less ou ainda a impresso digital, permitiu a manipulao de arquivos, obtendo diretamente do computador um impresso de alta qualidade, facilitando a impresso por demanda, sem a necessidade de filmes ou chapas, e acerto de mquina que consumia horas do impressor. Por enquanto, essa tecnologia torna-se econmica quando a tiragem est em torno de 5.000 unidades. Em futuro prximo, esta tecnologia ter mais vantagem que o sistema tradicional, permitindo maiores tiragens e em qualidade superior. Com toda essa tecnologia, com o aparecimento de vrios dispositivos de diferentes fabricantes, o que antes era assegurado quanto fidelidade de cores quando trabalhavam-se com perifricos da mesma marca, agora deve ser gerenciado pelo usurio. Cada tipo de equipamento tem seu prprio espao de cor, seu prprio alcance de cores, sua prpria definio. Como uma imagem passa por vrias fases at a impresso final cada dispositivo ao longo do trabalho introduz mudanas sutis em sua cor. At mesmo monitores produzidos pelo mesmo fabricante, podem mostrar a mesma cor de maneiras diferentes. Tambm, existem efeitos de impresso criados com vernizes e tintas metlicas que no podem ser representados no DTP . Contudo, j no temos aquela garantia de consistncia de cor. necessrio ento o gerenciamento de cores. Sem o gerenciamento de cores, no h nenhum controle das cores desde a entrada da imagem at a sua impresso final, j que muitas vezes um, nico operador participa de todo esse processo. O gerenciamento de cores um assunto complexo, que vai desde conhecer a fabricao da tinta e papis, de conhecer sistemas de impresso, conhecer os diversos equipamentos e suas limitaes, assim como o modo como trabalham as cores. Essa apostila tem por finalidade explicar como trabalham-se as cores em cada uma das fases do que denominam WorkFlow Digital, e mostrar o funcionamento de cada equipamento e como ele administra as cores.

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2. TEORIA DAS CORES

As cores podem ser obtidas de duas maneiras diferentes: pela combinao de tintas e pela combinao de luzes. Quando pintamos sobre um suporte qualquer ou quando imprimimos, obtemos diferentes cores graas mistura das tintas. Num monitor de vdeo as cores da imagem so, reproduzidas pela adio das luzes coloridas. Se olharmos a tela com um conta-fios veremos que a imagem colorida formada por sries de elementos luminosos verdes, vermelhos e azuis-violeta.

Porm, a visualizao das cores e sua interpretao pertence uma rea complexa da cincia e est longe de ser totalmente compreendida. Como as pessoas no tm a mesma sensao para um determinado estmulo, existem deficincias na avaliao das cores. Fatores fsicos e psicolgicos interferem, como por exemplo cansao, nervosismo e gripe, ficando difcil analisar da mesma maneira determinada cor. O que se pode afirmar que as pessoas tm sensaes semelhantes quando ondas eletromagnticas entre aproximadamente 300 e 700 nm incidem no olho. Em 1807, Young formulou a teoria de que existiam receptores na retina do olho humano, conectadas ao cortex visual do crebro por uma srie de redes neurais. Estes receptores denominados cones, so sensveis a radiaes de comprimento de onda definido: Vermelho (600 700 nm), Verde ( 500 600 nm), a Azul

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(400 500 nm). Segundo essa teoria, a visualizao de uma cor se cor se d em resposta ao mecanismo dos nossos olhos que so atingidos por luzes coloridas de diferentes intensidades. No monitor essas luzes so geradas diretamente. Na imagem impressa elas resultam da reflexo da luz branca pelas tintas. A mistura de todas essas luzes resulta na luz branca. Essas trs cores de luzes so consideradas primrias porque misturando-as podem-se obter todas as outras cores. Pela teoria de Young, o amarelo a mistura das luzes vermelha e verde. Entretanto, no possvel perceber evidncias delas na composio do amarelo. Ficou ento definido que o amarelo juntamente com as trs luzes evidentes (vermelho, verde e azul) formam as cores primrias psicolgicas e tm tom unitrio. Baseado nisso, em 1878, Hering desenvolveu uma teoria que dividia-se em trs partes de cores: branco-preto, amarelo-azul, e vermelho-verde, explicando a existncia das cores primrias psicolgicas e os problemas na deficincia de viso das cores. Em 1930, Muller definiu que as duas teorias somadas completavam o estudo da percepo das cores

2.1 COR E LUZ

A uz produzida quando eltrons passam de um nvel de energia mais alto para um nvel de energia mais baixo, sendo a diferena entre os dois emitida. Quando esta energia irradiada (tambm chamada ftons) tiver comprimento de onda entre 400 e 700nm, regio chamada de espectro visvel, o olho humano detecta-a. O espectro magntico tambm inclui comprimento de ondas curtas e longas como micro-ondas, ondas de rdios, radar. Televiso, raios gammas, radiaes ultra-violetas e infra-vermelhas.

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A sensao de cor existe quando ondas eletromagnticas de 400 a 700 nm incidem nos olhos. Portanto, a cor obtida quando objetos coloridos refletem e/ou absorvem parte da luz que, por sua vez, atingem os olhos e o crebro de um observador humano. Estes elementos interagem entre si para produzir a sensao de cor. A cor vista depende de quanto de luz vermelha, verde e azul atingem os olhos. Os nossos olhos so bastante sensveis para perceber milhares de cores diferentes no espectro visvel inclusive vrias cores que no podem ser exibidas em um monitor e nem impressas. O efeito visual pode ser completamente diferente dependendo das condies do objeto, fonte de luz, condies de visualizao e do observador. A qualidade da luz que atinge os olhos do observador determina a cor eu o objeto parece ter. Portanto, qualquer mudana na cor da luz de iluminao tambm provocar alteraes na cor da luz refletida pelo objeto e, assim, mudar a cor percebida pelo observador. Isso explica porque condies padronizadas de observao, com luz de cor e intensidade padro, so to importantes para garantir a consistncia durante a avaliao da cor em diferentes locais, durante a avaliao das folhas impressas na grfica em diferentes intervalos de tempo, durante a comparao dos originais com as provas ou, ainda, comparando-se as prova OK s folhas impressas na grfica.

2.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NA INTERPRETAO DAS CORES Condies fsicas e psicolgicas do observador Condies de iluminao (luz incandescente, fluorescente) Metamerismo: a propriedade do olho e do crebro

perceber a mesma sensao de cor de dois objetos com diferentes distribuies de energia espectral. O olho tem trs receptores sensveis s cores e os dois objetos refletem a mesma quantidade de energia. Existem trs fatores a considerar: metamerismo do observador, metamerismo do iluminante e metamerismo do objeto, sendo este ltimo o mais importante.10 Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP

Adaptao cromtica (constncia): o olho pode aumentar ou

diminuir sua sensibilidade para se adaptar s condies do ambiente como mudanas bruscas de luminosidade. necessrio um tempo para a adaptao. Um objeto amarelo parecer vermelho se o olho estiver adaptado luz verde. Contraste simultneo (adjacncia): a anlise das cores de

um objeto no so estmulos isolados. Dependem da iluminao e das cores que circundam este objeto. No exemplo ao lado os blocos centrais tm a mesma cor embora paream diferentes.

Memria de Cor (familiaridade): entre um tratamento de uma

foto azul e outra vermelha, por exemplo, necessrio um tempo de descanso.

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2.3 TEMPERATURA DE CORA cor da luz medida em Kelvin (K). Quando um objeto, como um pedao de metal, aquecido a temperaturas crescentes, emite luzes diferentes que percorrem desde o vermelho, laranja, amarelo e branco e emitiria luz azul eventualmente se nenhuma substncia qumica ou fsica ocorresse. A cor da luz incandescente emitida por este objeto pode se descrita ento por sua temperatura. Uma luz de vela tem uma temperatura de cor ao redor de 2000K. O azul celeste est entre 12000K e 18000K. A luz do dia est ao redor de 5000K, e um cu nublado de aproximadamente de 6250K. A luz branca contm uma mistura de todas as cores no espectro. A temperatura de luz, em Kelvin, descreve o quo avermelhado ou azulado uma fonte de luz. Os conceitos a serem considerados na visualizao das cores so: ndice de reproduo de cor: a medida de 0 a 100 de quanto

uma fonte de luz corresponde cor da luz natural. Distribuio espectral: a medida da quantidade de luz

presente em cada comprimento de onda mostrada numa curva de radiao espectral.

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Uma fonte de luz com temperatura de 5000K e distribuio semelhante luz natural conhecida como iluminante D50. A distribuio espectral combina a temperatura de cor e o ndice de reproduo.

A anlise das cores em diferentes tipos de iluminao, como uso de lmpadas incandescentes ou fluorescentes, e at mesmo em ambientes com paredes coloridas compromete o resultado final em nosso crebro. A padronizao desse ambiente assim como da iluminao tornase necessria para que as cores no sofram interferncias. Os tons neutros ou acromticos (branco, preto e cinza) so recomendados ao ambiente. Como tela de fundo em um monitor de computador, recomenda-se o uso do cinza. A temperatura de cor ideal para a luz branca neutra de 5000K. Evite, tambm, cores extravagantes no ambiente de trabalho e nas roupas pessoais.

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2.4 PADRES DE CORES RGB X CMYK X LAB A descrio das cores para obter no impresso ou vdeo um resultado desejado determinada numericamente. Na tecnologia de vdeo (monitor/TV) usa-se o padro RGB tambm conhecido por sntese aditiva ou adio de luzes monocromticas. Os valores para cada canal (vermelho, verde e azul violeta) variam de 0 a 255. O vermelho, por exemplo, dado nos valores de 190 RED, 1GREEN e 8 BLUE.

Na impresso, o padro de cores usados para as tintas so Cyan, Magenta, Amarelo e Preto, conhecido por sntese subtrativa (CMYK), variando de 0 a 100%. A partir das trs cores (CMY), possvel produzir uma vasta gama de cores. Cada subtrativa primria absorve da sntese aditiva vermelho, verde ou azul da luz branca para produzir uma outra cor. O valor para produzir o vermelho apresentado acima no RGB, ficaria 0C, 100M, 100Y e 0K.

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Outra forma de descrever uma determinada cor atravs das cores especiais. Ao invs de misturar as tintas na impresso, essas cores so pr-determinadas na prpria composio das tintas. A escala de cores especiais mais conhecida a Pantone. So tambm chamadas de cores spots e tm a vantagem de permitir uma maior gama de cores do que as cores de escala (CMYK) e so mais fceis padronizar cores de identidade usadas em marcas como Cola-Cola, McDonalds, Maizena. Tambm so usadas em cores fora da gama, geralmente cores saturadas e tons pastis, cores douradas e metlicas ou em substituio de cores CMYK por cores especiais economizando tintas, fotolitos e chapas.

a partir destas determinaes numricas das cores que comeam os problemas de gerenciamento. Espaos como CMYK, Pantone e RGB so dependentes, isto , no dependem somente da informao numrica. O espao CMYK depende tambm do tipo de tinta utilizado, como escala Europa, Swop, Japanese, das mquinas impressoras e outros fatores utilizados em sua reproduo. O espao RGB depende do tipo de monitor e fsforo utilizado. No exemplo do vermelho (0C, 100M, 100Y), se fossem utilizadas duas escalas de cor, seriam formados dois vermelhos distintos. O mesmo ocorreria em monitores diferentes com os valores de 190R, 1G, 8B. Alm disso, os modelos de cores citados tm espaos ou gama de cores possveis diferentes. Quando converte de RGB para CMYK, por exemplo, a gama de cores reduz. A habilidade para definir cores com preciso essencial reproduo das cores. Valores numricos quantifica as respostas de um olho humano comum para comprimentos de ondas diferentes.Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP 15

Foi pensando nisso que, em 1931, um grupo de especialistas se reuniu, formando uma Comisso Internacional de Iluminao (CIE, Comission International de L clairage). Essa comisso estudou uma forma de criar um espao de cor que fosse independente dos equipamentos e processos de produo. Em primeiro lugar, como a cor analisada depende da iluminao, a CIE padronizou as fontes luminosas de temperatura de cor de 5000K, as chamadas CIE D50. No s a fonte luminosa, mas tambm o ambiente no qual se analisam as cores, no devem sofrer nenhuma influncia. Outra concluso da CIE, quanto forma dos olhos perceberem as cores, foram os trs atributos que as diferenciam-nas. As cores so descritas em trs caractersticas ou coordenadas: Hue / Tom: o comprimento de onda da luz refletida ou transmitida por um objeto. O tom identificado pelo nome da cor ou cor da cor, por exemplo, rosa, verde, azul, laranja.

Saturao / Croma: fora, intensidade, pureza, nitidez, opacidade do tom.

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Luminosidade / Brilho: falta de luz ou brilho do tom, isto , a relao entre o claro e o escuro da cor.

Esses trs atributos so subjetivos. Os termos equivalentes (comprimento de onda / hue, pureza /saturao e fator de luminncia) e a combinao de tom e a saturao (cromaticidade) tm que ser controlados para obter boas reprodues em cores.

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Essas medies podem ser expressas em: Valores triestmulos: quantidade de RGB presentes numa cor.

Pode ser determinado por medies colorimtricas, com filtros vermelho, verde e azul que so semelhantes resposta dos cones da retina do olho. Coordenadas de cromaticidade: representadas pelos eixos xy

e derivadas dos valores XYZ (triestmulos). Cada ponto no diagrama a combinao do xy e indica um tom e o seu nvel de saturao. Os comprimentos de onda, desde o vermelho at o azul, esto posicionados nas bordas do diagrama de cromaticidade. As cores mais prximas das extremidades so as mais saturadas e dificilmente so reproduzidas na impresso.

O valor de luminosidade (Y) expresso em escala de 0 a 100 perpendicular ao plano de cromaticidade. Quanto mais prxima do valor 100, mais clara a cor.

Portanto, qualquer cor pode ser descrita pelas suas coordenadas de cromaticidade (xy) e pelo valor de luminncia (Y). O sistema CIE de 1931 a base de todos os sistemas de medio e codificao das cores. O equipamento utilizado para a medio desses atributos o espectrofotmetro. Porm, esse sistema passou por vrias modificaes, sendo a mais significante o sistema CIELab de 1976. Trata-se de uma atualizao do sistema xyZ em que o L representa a luminosidade e vai de 0 (preto) a 100 (branco). Os eixos cromticos so representados por a (vermelho ao verde) e b (azul ao amarelo). No h nesse sistema um diagrama de cromaticidade.Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP 19

O sistema CIELab representa todas as cores visveis do universo. Ele usado pela maioria dos softwares grficos, principalmente em scanners de DTP e softwares de edio de imagens como o , Photoshop e o Linocolor.

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3. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE CORESDa mesma maneira que a percepo de cor varia de um indivduo para outro, cada dispositivo no workflow de DTP entrada, exibio e sada utiliza um mtodo diferente para processar as cores. A tecnologia empregada em cada equipamento permite um certo alcance de cores que aquela mquina em particular pode reproduzir ou exibir. Este alcance de cores conhecido como gamut. Um dispositivo de sada, por exemplo, tem o espao de cor determinado por CMYK. Aquele azul apresentado no monitor (RGB) est fora do gamut do CMYK, portanto, no ser impresso, ficando, na maioria dos casos, desaturado, sujo. Do mesmo modo, os monitores, limitam-se ao exibir certas cores com preciso como amarelos claros. H dois principais perigos para a garantia de uma boa cor em sua anlise: 1. Diferenas em gamuts de cores entre os dispositivos de

workflow. 2. Divergncias do desempenho standard de qualquer

dispositivo no workflow.

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Um sistema de gerenciamento de cores (CMS) pode curar estes problemas e pode prover a consistncia de cor que se necessita. O CMS administra as diferenas nos espaos de cor dos dispositivos no workflow. Os softwares atuais esto baseados nos sistemas CIExyZ e CIELab. O CMS transforma os dados de RGB para Sistema independente CIE e os converte em separaes CMYK, para que sejam mantidas as cores durante o processo. Esta transformao confia em algoritmos de converso profissionais. O CMS tambm pode converter uma imagem CMYK em outros dados de CMYK para um dispositivo de produo especfico ou para reproduo.

Usando os perfis criados nos dispositivos especficos, as cores e seus controles tero fidelidade em todo o fluxo de produo. A determinao de WYSIWYG (What You See Is What You Get O que voc v o que se obtm) ser satisfatria.O gerenciamento de cores tem trs fases distintas: caracterizao, calibrao e converso.

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3.1 CARACTERIZAO

A caracterizao determina como o CMS captura ou reproduz a cor usando um espao de cor independente (geralmente CIELab) do dispositivo. Esta fase determina a forma com que cada equipamento reproduz a cor e a compara com o espao independente do CMS. A partir da, passa a saber como as cores so reproduzidas por cada dispositivo, criando perfis (profiles) que sero comunicados na fase de converso. O perfil da fonte define dispositivos de entrada e o perfil de destino define dispositivos de sada. Os perfis podem ser personalizados, genricos ou especficos. melhor procurar trabalhar com perfis genricos. Por exemplo, se todas as impressoras de uma grfica trabalham com tintas da escala Europa e papel couch, no necessrio caracterizar cada impressora atravs de testes personalizados. E, no caso da padronizao, fica difcil trabalhar com perfis normalizados por um espao de cores independentes dos equipamentos. Perfis de destino e sada tornam o processo mais complicado pois envolve varaveis como densidade, ganho de ponto, caractersticas dos suportes e tintas, etc. Alm disso, a converso para CMYK mais complexa que no sistema RGB. Criar ou ajustar um perfil envolve: Capturar ou imprimir do equipamento uma imagem de

referncia (IT8) com cores conhecidas; Registrar atravs dos espectofotmetros, colormetros ou

espectroradimetros os valores produzidos pelo equipamento (scanner, monitor, impressoras) Criar um perfil

dos dados

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O uso de perfis permitem ao monitor simular as cores de determinada impressora, permite s impressoras simular vrios processos de produo, informando ao sistema, qual o perfil necessrio. Na linha de computadores Apple Macintosh, pode se encontrar no sistema operacional o gerenciador de cores ColorSync, que responsvel pela administrao dos perfis e converses de cores entre os perifricos e softwares. No caso dos PCs, o gerenciamento fica por conta dos prprios aplicativos, explicando porque a manipulao de uma mesma imagem entre eles, mostra as cores diferentes, como por exemplo, uma imagem editada no Photoshop e exportada ao QuarkXpress.

3.2 CALIBRAO

Os dispositivos devem ser calibrados periodicamente para manter a consistncia de cor, produzindo os mesmos valores definidos no perfil. Por exemplo, uma rea da imagem com 50% de magenta deve manter esse mesmo valor no fotolito e na prova24 Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP

impressa. Os scanners CCD geralmente so calibrados apenas uma vez, devendo manter a consistncia de cor a cada leitura. Imagesetters, por estarem sujeitas sensibilidade da emulso usada, s variveis da revelao e processamento dos filmes, intensidade de exposio do laser, precisam ser calibradas ou linearizadas 1 ou 2 vezes ao dia. Os passos para a calibrao so: Estabelecer as variveis a serem calibradas; Capturar, expor ou imprimir uma imagem de teste; Avaliar o resultado usando espectofotmetros, colormetros

e densitmetros de reflexo e transparncia; Ajustar o dispositivo.

3.3 CONVERSO

A fase de converso justamente aquela em que os valores ou espaos de cores nativos dos equipamentos (RGB / CMYK) so convertidos pelo sistema de CMS em padres CIE como xyZ e Lab.

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4.LIMITAES DE ENTRADA

Nos diferentes tipos de dispositivos de entrada como scanner plano-CCD, mquinas fotogrficas digitais e scanners de tambor disponveis, o princpio de funcionamento deles , basicamente, o mesmo: eles expem o original com luz e medem a quantidade de luz vermelha, verde e azul refletida ou transmitida por ele. Estas medidas so convertidas em dados digitais que so registrados ento no disco de um computador. Alguns scanners registram os dados em RGB, enquanto scanners mais velhos, convertem automaticamente para CMYK e limitam a gama de cores drasticamente.

4.1 SCANNERS CCD (FLATBED)

Esses tipos de scanners geralmente so planos e trabalham com a tecnologia CCD (Charge-Coupled Device dispositivo de carga acoplada). Um original opaco ou transparente colocado sobre a superfcie de vidro para ser escaneado. Durante a varredura ou anlise do original, uma luz transmitida ou refletida a sensores conhecidos por CCDs. Estes pequenos sensores esto dispostos num chip de computador denominado CCD Array. Scanners mais antigos possuem apenas um CCD array contendo trs filtros (vermelho, verde e azul violeta). Estes necessitam de trs passadas para capturar essas trs cores RGB. Scanners mais atuais possuem trs CCDs array, um para cada cor e necessitam de uma s passada.

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importante ressaltar que os dispositivos de entrada, seja uma mquina fotogrfica digital ou um scanner de qualquer natureza ou marca, responda de forma diferente mesma informao de cor. As caractersticas da fonte de iluminao e leitura, tal como sua idade, tipos de filtros e o caminho ptico ao longo do qual a imagem digitalizada interferem na informao das cores. Scanners CCD tm menor intervalo (range) dinmico que scanners cilndricos (fotomultiplicadores). Range dinmico a diferena entre a densidade mxima e a mnima que o fotosensor capaz de capturar. Eles so capazes de perceber reas de baixa luminosidade (sombras intensas) como um scanner de alta definio. Intervalo dinmico do original: 4.0 Intervalo dinmico do scanner CCD: 3.2 a 3.5 (transparncia) e 2.4 (24bits) Intervalo dinmico impressora ink-jet: 1.5 a 2.0 O tamanho da reproduo tambm fica limitado j que na captura, dependendo do tamanho final de uma imagem, seus dados so matematicamente ajustados pela frmula: PPI (res. de entrada) = LPI (Lineatura) X 2 (fq) X % (fator de ampliao ou reduo) Para criar uma imagem digital, a carga de energia de uma informao anloga gerada pelos equipamentos de CCD quantificada em uma srie de pixels por um conversor A/D. Cada pixel determinado por um nmero ou cdigo binrio que representa um tom especfico ou nvel de cinza.

4.2 PROFUNDIDADE DE BIT

O mapeamento de bits de uma imagem descrito pixel por pixel. armazenada a cor de cada pixel na memria do computador. O nmero de bits utilizados para guardar estas informaes para cada pixel chamada de profundidade de bits (bit depth).

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Quanto maior o nmero de bits usados, maior nmero de cores cada pixel poder ter. Um bit pode descrever um ou dois valores (0 para desligado e 1 para ligado), formando uma imagem a trao (lineart), onde no h gradao tonal. Se utilizar 2 bits, a quantidade de nveis de cinza passa a ser de 4. Se a imagem for branca e vermelha, por exemplo, passar pelo branco, vermelho claro, vermelho escuro e completamente vermelho. Scanners de DTP geralmente utilizam para descrever as cores 24 bits sendo 8 para cada canal RGB. Cada fsforo do monitor pode mostrar at 256 tons de cinza (28) que provm de um espao de cores RGB de 16,7 milhes de cores. Com maiores profundidades de bits mais realista ser a imagem. Para separaes de cores em CMYK, so necessrios 32 bits (8 para cada um dos 4 canais). Alguns scanners e softwares de processamento de imagens suportam 48 bits, para imagens como Hi-Fi color, de alta fidelidade, gerando arquivos extremamente grandes, em muitas vezes desnecessrios, j que na transferncia para uma imagesetter ou impressora, o PostScript (nveis 1 e 2) no suporta mais que 32 bits.

Profundidade de Bits (Bit Depth)

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4.3 CALIBRAO E CARACTERIZAO DE ENTRADA

O primeiro passo importante do CMS est na calibrao do dispositivo de entrada para entender as pequenas mudanas de cor que ele introduz enquanto uma imagem digitalizada. A calibrao deve ser executada sobre timas condies. A caracterizao de um dispositivo de entrada simples. Uma imagem de referncia (IT8) que contm aplicaes de cores bem definidas escaneada pelo dispositivo e este relaciona os resultados obtidos e medidos em padro CIELab por um espectofotmetro aos valores ideais fornecidos em disquete pelo fabricante. So fundidos os dois jogos de dados para se definir um perfil completo nos pontos onde aquele scanner em particular difere do ideal. Considerando que caracterizao to importante, os scanners mais novos j possuem os dois jogos necessrios caracterizao: 1) 2) Uma imagem de referncia (tipicamente o IT8 padro); Um jogo de valores de referncia para aquela mesma

imagem. Uma vez que o CMS entende as caractersticas individuais do scanner, poder corrigir toda vez que se executa uma digitalizao. A maioria dos scanners tendem a resultados que so um pouco forte nos azuis e ligeiramente mais fraco nos vermelhos. Uma vez que o CMS estimula essas alteraes, controlar os azuis e adaptar os vermelhos aos resultados que correspondam ao ideal, adequadamente. Todos os sistemas de gerenciamento de cor dependem dos perfis de dispositivo que armazenam as caractersticas de cor de cada modelo de scanner e de cada fabricante, descritas em termos do CIE, modelo de cor independente. Adquirir do fabricante um dispositivo em linha com suas especificaes particulares e com uma calibrao regular, pr-requisito ao processo de caracterizao.

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Passos para a caracterizao: 1) Ligar o scanner e adequar a temperatura ideal de sua fonte

luminosa; 2) Calibrar o scanner, ajustando foco e densidade, atravs de

tarja de controle fornecida pelo fabricante;

3)

Escanear o modo e referncia IT8.7/1 ou IT8.7/2. Desativar

qualquer controle de Descreening Sharpness e curvas de tons; , 4) 5) Ler os valores obtidos no escaneamento; Comparar com o modo de referncia IT8 fornecido pela

CIELab. 6) 7) O software de gerenciamento de cores ir gerar um profile; Depois de instalar o perfil de cor (profile) em seu CMS,

executar alguns testes para conferir se o perfil produz um resultado desejado.

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5. LIMITAES DO MONITOR

A reproduo precisa das cores no alcanada facilmente em um computador ou monitor de televiso. praticamente impossvel exibir em um monitor as cores exatas de uma imagem impressa em papel. As cores vistas em monitores e impressos so produzidas por fenmenos fsicos completamente diferentes. A maioria dos problemas associados reproduo precisa das cores provm da reconciliao entre o espao de cores ou GAMUT produzidos pelo fsforo vermelho, verde e azul de um monitor de computador e o GAMUT produzido pelas tintas cyan, magenta, amarelo e preto de uma impressora. As cores de uma imagem digitalizada so expressas em valores binrios. Por outro lado, os monitores so dispositivos analgicos tendo os dados binrios que ser traduzidos para gerar correspondentes nveis de voltagem eltrica para alcanar as cores no monitor. Computadores usam uma placa de hardware conhecida como placa de vdeo para executar esta traduo. Exibies de cor variam dramaticamente de um monitor para outro. A exibio de uma marca de puro azul pode tender para turquesa, enquanto outra tender para violeta. Especificaes industriais diferentes no so as nicas variveis. A temperatura do monitor tambm varia e compromete a cor. O mesmo tipo de monitor pode apresentar uma exibio de cor diferente depois de vrias horas ligado. O envelhecimento do hardware afeta a consistncia de exibies de cor como os phosphors que tendem a degradar com o tempo. Finalmente, as fontes luminosas externas em seu ambiente de trabalho tambm tem um papel fundamental, misturando-se com a cor emitida pelo monitor, exibindo resultados indesejveis. Ajustando o brilho e contraste de seu monitor manualmente, voc muda o sinal anlogo introduzindo mudanas de voltagem emitidas da placa de vdeo ao tubo de raios catdicos. Isto pode alterar a saturao das cores como tambm o brilho exibido por elas.

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importante ressaltar que monitores modernos tm o prprio software de calibrao. Calibrando seu monitor regularmente ou mais freqente quanto se troca de condies ambientais de trabalho constantemente imperativa para garantir a consistncia de cor. Os monitores produzem as cores pela excitao de trs tipos de fsforos (vermelho, verde e azul) provocadas por eltrons gerados pelo tubo de raios catdicos situados atrs da superfcie reflexiva de vidro. Por fora, como aparece em um monitor desligado, essa superfcie preta. Os eltrons que batem nos phosphors geram a luz vermelha, verde e azul e suas combinaes. A funo principal da placa de vdeo processar a informao da cor exibida. A placa de vdeo usa sua tabela de cor e um conversor de coordenadas digitais para anlogas. O tipo de placa de vdeo usada e a preciso das tabelas de cor resultar na qualidade do processo de converso.

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5.1 CALIBRAO DE MONITORES

Outro papel importante do sistema de gerenciamento de cores assegurar que o monitor de computador emita com mais possvel preciso a representao das cores em uma determinada imagem. Para iniciar este processo, primeiro o CMS analisar como o monitor se comporta sob condies controladas. Devem ser fixados quatro elementos de calibrao no monitor para caracteriz-lo corretamente: brilho, contraste, nveis de gamma e temperatura do ponto branco. O brilho e nveis de contraste so manualmente fixados no prprio monitor. O gamma e a temperatura do ponto branco do monitor so fixados dentro do prprio software do monitor e tipicamente ajustvel pelo usurio no Painel de Controle dentro do sistema operacional da plataforma (System 8, MacOs, Windows). O prximo passo crucial do processo de caracterizao envolve o uso de um fotmetro ou colormetro, ou, s vezes at mesmo o uso de um espectrofotmetro. Estes, geralmente so dispositivos de medida colorimtrica e vm com um dispositivo de borracha com suco parecido com uma pequena mquina fotogrfica que deve ser colocado diretamente sobre a tela do monitor. Uma arquivo com cores difusas aberto, estando em contato com esse dispositivo. Ele, ento, mede as cores emitidas pelo monitor e manda de volta esses dados ao CMS. O CMS cria um perfil de desempenho do monitor relacionando os valores de cores atuais aos valores de cores ideais que deveriam ser emitidos. Certos sistemas de gerenciamento de cores no precisam sofrer um procedimento de medida completo toda vez que o ponto branco ou gamma so alterados. A calibrao pode adaptar-se automaticamente a um ponto branco novo e ao gamma.

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5.2 CALIBRAO DE MONITORES PELO SISTEMA OPERACIONAL

Um dos programas utilizados para calibrar o monitor quanto ao ajuste de contraste, brilho, gamma, equilbrio das cores e o ponto branco, o Adobe Gamma. Ajustando esses valores, elimina-se grande parte das distores de cores no monitor, torna os cinzas mais neutros possveis e padroniza a exibio das imagens em diferentes monitores, independente do tipo de fsforo do monitor e da placa de vdeo. Essas informaes so salvas como um perfil ICC. Pode-se usar aplicativos de calibrao de outros

fornecedores e um gerador de perfil ICC ICM 2.0 ou compatvel com ColorSync. preciso configurar a calibrao e salv-la como um perfil

ICC somente uma vez, a menos que um dos fatores que afeta a calibrao seja alterado. Por exemplo, se voc alterar a iluminao do ambiente de trabalho ou os valores de brilho e contraste do monitor, ser necessrio recalibrar o sistema.

5.3 PERFIS ICC

Um perfil ICC uma descrio de espao de cor. O formato do perfil ICC foi definido pelo International Color Consortium como um padro independente do aplicativo ou software. Os perfis ICC ajudam na reproduo precisa das cores em diferentes plataformas, dispositivos e softwares compatveis com ICC, Photoshop, PageMaker, Illustrator. O Adobe Photoshop, software mais utilizado para tratamento de imagens, usa um modo de gerenciamento de cores (CMM) para interpretar os perfis ICC que descrevem os espaos de cor RGB e CMYK usados no sistema. Pode-se selecionar um perfil ICC existente ou criar um novo. Estes perfis podem se tonar parte dos

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arquivos de imagem. O mdulo CMM interpreta os perfis ICC para gerenciar automaticamente questes entre diferentes espaos de cor, entre diferentes monitores e a imagem final impressa. Embora no seja obrigatrio o uso do ICC, ele pode simplificar o gerenciamento e cores. Os CMMs mais comuns so: CMM interno do Photoshop: correspondncia das cores

entre os aplicativos; O Kodak Digital Science Color Management System: para

Kodak Photo CD Acquire; CMM dos sistemas operacionais como Apple ColorSync

2.1.2 e Microsoft ICM 2.0.

PASSOS PARA CALIBRAR O MONITOR:1) O monitor deve estar ligado, no mnimo, _ hora para

estabilizar a tela; 2) alto); 3) Desative todos os parmetros da rea de trabalho que Defina o nvel do ambiente de iluminao (baixo, mdio ou

alterem a cor. Deixe o fundo de tela do computador cinza claro para que este no interfira na percepo da cor; 4) Inicie o Adobe Gama (Windows: Photoshop 5.0 > Goodies >

Calibration / MacOs: Photoshop: Utilities > Calibration) ou no prprio Control Panel (Painel de Controle);

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5)

Escolha a verso desejada: Step by Step Passo a passo que

o guiar em cada etapa do processo (>avanar);

6)

Outra opo carregar e escolher um perfil ICC do

monitor que melhor corresponda ao seu monitor, geralmente fornecido pelo fabricante; 7) Aumente o controle de contraste do prprio monitor para o

nvel mximo; 8) Ajuste o controle de brilho para tornar o quadrado cinza

central o mais escuro possvel (quase preto) igualando-o ao quadrado maior;

9)

Em fsforos, escolha um tipo de monitor. Se o tipo correto

no estiver listado, escolha Personalizar e insira as coordenadas de cromaticidade vermelha, verde e azul, conforme especificaes do fabricante. A mais comum a Triniton.

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10)

Em gamma, pode ser escolhida uma das opes:

Visualizar Gamma nico: para ajustar o gamma com nica leitura combinada com tons de cinza. Arraste o controle abaixo da caixa de gamma at que o quadrado central se transforme no quadro padronizado. Gamma com base na leitura de vermelho, verde e azul: para cada cor RGB, arraste o controle para que os quadros centrais correspondam ao quadro padronizado.

11)

Escolha o gamma desejado, aplicando a frmula:

gamma de impresso x gamma do olho = 1, obteremos o valor de gamma de 2.2. 12) Em hardware, escolha o ponto branco conforme descrito

pelo fabricante. Para medir o ponto escolha MEDIR e siga as instrues. 13) Escolha ajustado, se souber a temperatura de cor em que a

imagem final ser visualizada. A temperatura de cor ideal, est entre 5000 e 5300 K. 14) Salve as configuraes.

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5.4 CALIBRAO DE MONITORES POR ESPECTROFOTMETRO

1)

O monitor deve estar ligado, no mnimo, _ hora antes para

atingir a estabilidade;

2)

Acertar as condies de brilho, contraste, luz ambiente e

gamma, para o monitor atingir as condies normais de operao.(ver Adobe Gama na pg. 34)

3)

Aplique a calibrao de cores no monitor. O software de

calibrao de monitores como o Barco Calibrator contm um arquivo de referncia que servir de base para o espectrofotmetro fazer as leituras das emisses da luz pelo monitor e compar-las com seus valores, compensando as diferenas e retornando com os valores ideais ao monitor. O software de gerenciamento de cores cria ento, um perfil ou monitor profile.

O sistema de gerenciamento de cor comanda o monitor para que ele exiba, por exemplo, um vermelho puro. Porm, as caractersticas especficas do monitor podem emitir o vermelho com quantidades mnimas de azul ou verde. A informao lida pelo espectofotmetro analisada e enviada de volta ao CMS para que este faa a compensao das possveis invases na emisso das cores.38 Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP

5.5 CALIBRAO DE MONITORES NO PHOTOSHOP 5.0

5.6 CONFIGURAO DE RGBPermite descrever o espao de cor RGB em que as imagens RGB so editadas, sem ficar restrito s limitaes do monitor. 1) Escolha um arquivo > Configuraes de cores >

Configurao de RGB;

2) 3)

Selecione Visualizar para exibir as alteraes; Em RGB escolha uma das opes: SRGB: espao de cor RGB padro de muitos scanners,

impressoras simples e softwares; RGB da Apple: usado por verses anteriores do Photoshop

exibies de imagens no MacOs; RGB da CIE: definido pela Commission Internationale

dEclairage, oferece um gamut maior de cores mas no trabalha bem o cyan; RGB da ColorMatch: definido por Radius; NTSC (1953): espao de cor para vdeo definido pela National

Television Standards Committee. Este o padro de cores original para televiso e foi substitudo recentemente por SMPTE-C; PAL/SECAM: padro de cores para televiso na Europa;

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SMPTE-240M: padro de cores com alto gamut para

televiso de alta definio; SMPTE-C: padro de cores para televiso nos EUA; RGB de gamut amplo: usa cores primrias puras do espectro

visvel, dificultando a visualizao em monitores comuns e impossibilitando sua impresso; Personalizado: para criar um perfil RGB personalizado.

Sabendo a descrio do espao de cor do scanner, possvel criar um igual para o Photoshop. Selecione Exibir Usando a Compensao do monitor para

exibir imagens usando o espao de cor do monitor RGB.

PARA CRIAR UM PERFIL PERSONALIZADO1) Insira o valor de gamma de 2.2; 3)Em ponto branco, escolha o valor de 5.000K; 4)Escolha um conjunto de fsforos, geralmente Triniton ou o fornecido pelo prprio fabricante do monitor como Barco, Radius, NTSC etc. Se o tipo correto no estiver listado, escolha Personalizar e insira as coordenadas de cromaticidade.

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6. SEPARAO DE CORES

6.1 CONFIGURAO DE CMYKA configurao de CMYK permite definir o espao de cor usando perfis ICC, tabelas de separao de cores (GCR / UCR), propriedades das tintas (escala Europa, Swop, Japanese), tipos da papel (revestido, no-revestido, jornal), etc. As informaes configuradas em CMYK so usadas quando se converte os valores de cor entre os modos. Se alterar as configuraes depois de ter convertido pelo scanner ou pelo prprio Photoshop para o modo CMYK, apenas a exibio ser afetada. A imagem deve estar em RGB ou Lab para colocar os dados da configurao e, logo aps, deve ser convertida para CMYK para que ocorra a alterao.

PERFIS ICC PARA A DEFINIO DO ESPAO DE COR CMYKNessa configurao, o CMM adapta as cores da imagem ao gamut ou intervalo de cores da impressora. 1) Escolha o arquivo > Configurao de cores > Configurao

de CMYK; 2) Em Modelo CMYK, escolha ICC;

3)

Em Perfil, escolha o perfil desejado pela impressora, por

exemplo, TekPhaser 480X; 4) Escolha em Mecanismo o CMM desejado ou interno para o

CMM do Photoshop; 5) Em Objetivo, escolha:

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Percentual: para manter os valores relativos de cor entre os

pixels originais conforme so adaptados ao gamut da impressora; Saturao: para manter os valores relativos de saturao dos

pixels originais. As cores fora do gamut so convertidas para cores de mesmas saturaes, ficando, porm, dentro do gamut; Colorimtrico Relativo: para deixar as cores que entram no

gamut inalteradas; Colorimtrico absoluto: no recomendado pois desativa o

ponto branco definido.

OPO INTERNO PARA DEFINIO DO ESPAO DE COR CMYKEsta opo permite especificar as escalas de tintas, o tipo de papel a ser impresso, o ganho de ponto dos meios-tons e os tipos de separaes. 1) Escolha o arquivo > Configurao de cores > Configurao

de CMYK. 2) 3) Em modelo CMYK, escolha interno. Selecione a escala da tinta e o papel que sero utilizados na

impresso. Geralmente, a escala de tinta utilizada em grficas brasileiras est baseada na escala Europa (Eurostandard). Os trs tipos de papel mais utilizados so: Couted/Brilhante (couch), Uncouted/Fosco/Opaco (offset) e NewsPrint/Jornal. Quando um tipo de escala ou tinta selecionado, so fornecidos dados ao Photoshop de como se comportam as tintas cyan, magenta, amarelo e preto em determinados suportes sob certas condies de iluminao. Assim como as impressoras de mesa por sublimao, laser e cera se comportam ao imprimir estas cores. Outra opo, talvez a mais correta pois quando se escolhe uma determinada escala esta est sob condies padronizadas como, por exemplo, a Europa, Swop (Specifications for Web Offset Publication), Toyo e Japanese, de suas prprias regies, a de personalizar a sua tinta em especfico suporte mquina. Para isso, necessrio o uso de um colormetro ou espectrofotmetro que mede valores em xyZ e Lab.42 Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP

Com o uso de um prova impressa e um espetrofotmetro, faa uma leitura dos valores de cor e insira os valores em xyZ ou Lab, ao lado de cada cor (C, M, Y, R, G, B, CMY, W (branco) e K (preto). 4) Indique o ganho de ponto da impresso ou prova final. Este

valor s deve ser ajustado aps um estudo no comportamento das porcentagens obtidas na impresso em relao aos da tela ou do fotolito. Este estudo recebe o nome de Test Form e possui barra de calibrao com porcentagens de 0 a 100%, possui microlinhas, barras para a verificao de trapping (aceitao de uma tinta sobre a outra), chapados para verificao de densidades ou cargas de tintas, balano de grises e contrastes, etc. A medio se d atravs de densitmetros de reflexo. Consulte o captulo Limitaes das impressoras mais adiante.

6.2 CONFIGURAO DE SEPARAOAs opes de separao do Adobe Photoshop determinam como os fotolitos ou chapas CMYK so gerados. So determinados como o preto gerado, remoo de cor em rea de grises e o limite total de tinta preta na impresso. Ao converter valores RGB para CMYK, ao que deve ser executada aps configurao das cores na calibrao e antes de tratar as cores imagem em Curves, Selective Color, Color Balance etc.. O Photoshop usa as configuraes das informaes atribudas ao RGB e CMYK, para que correspondam ao gamut o mais aproximado possvel e visualizao mais precisa entre as cores vistas no monitor e a sada final. Depois de convertida para CMYK, a imagem modificada internamente pelo software para exibio em RGB. Para executa separaes de cores as cores primrias aditivas RGB so substitudas pelas suas complementares CMY. Na teoria, misturando-se CMY, obtm-se o preto. Porm, devido impureza das tintas, o que se obtm um preto sujo e impuro, ou melhor, marrom. Para compensar este problema na mistura das tintas , a separao de cores remove pequenas quantidades das trs tintas nas reas de mximas e grises, e adicionam tinta preta.Pr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP 43

As duas maneiras mais utilizadas para essa complementao da tinta preta so o GCR (Gray Component Removal / Remoo do componente cinza) e UCR (UnderColor Removal / Remoo da cor de base).

6.4 UNDERCOLOR REMOVAL UCR

Nesse tipo de separao, a tinta preta utilizada para substituir as trs cores CMY nas reas neutras, ou seja, nas reas em que as trs tintas esto em quantidades iguais ou prximas. Eliminando as cores das sombras e substituindo por quantidade maior de preto, obtm-se como resultado a aplicao de menos tinta na impresso e maior contraste nas sombras. Como usa menos tinta, esse processo muito utilizado nos jornais ou em imagens escuras, com excesso de sombras, como por exemplo, uma fotografia tirada noite, sendo a secagem mais rpida. Porm, esse processo (UCR) prejudica as reas saturadas e imagens que contenham tons de pele, cores de produtos etc.

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6.4 GRAY COMPONENT REPLACEMENT GCR

O mais utilizado e que tem um resultado melhor, produzindo cores escuras mais saturadas e equilibrando melhor os cinzas na impresso, o GCR. Esse sistema consiste em substituir pores de CMY em reas coloridas e em reas neutras, como mostra a figura abaixo:

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Na maioria dos casos, a separao de cores pelo Photoshop produz excelentes resultados. Quando necessrio, por exemplo, no caso de uma mesma imagem ser impressa em couch para uma revista e jornal para um anncio na Folha, pode-se modificar os mtodos, tendo, porm, que converter a imagem para RGB e novamente para CMYK para ajustar as novas configuraes. 1) Escolha Arquivo > Configurao de cores > Configurao de

CMYK; 2) 3) 4) Em Modelo CMYK, escolha interno; Escolha UCR ou GCR; Em composio do preto, determine mximo, mdio ou

suave ou personalize sua curva do preto. Para a opo de personalizar a composio preto, as curvas CMY se ajustaro automaticamente. 5) Em Limite de Tinta Preta, coloque o valor mximo que sua

impressora suporta. Esse valor, geralmente varia de 85 a 95%. 6) No Limite Total das Tintas o nmero mximo que se pode

chegar numa impresso de 400% (100% para cada tinta). Porm, no necessrio uma quantidade to elevada de tinta o que dificultaria a secagem na impresso. Geralmente, no caso do GCR este nmero varia de 280 a 320% (90C + 80M + 80Y + 60K, por exemplo). Em UCR, como as reas escuras rebaixam as cores CMY e elevam o preto, esse valor varia de 220 a 260% (60C + 50M + 50Y + 90K, por exemplo). 7) A intensidade de UCA (Adio de Cor Base) compensa falhas

de posterizao ou perda de densidade em reas escuras e neutras. Aumentar o UCA implica em aumentar as tintas CMY nas reas de sombra. Se no tiver informaes junto grfica dessa falha, coloque o valor 0%.

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7. LIMITAES DE SADA

7.1 LINEARIZAO DE IMAGESETTERS E PLATESETTERSAps a calibrao do monitor e configurao da separao de cores, convm enviar uma prova teste ou test-form impressora com a finalidade de obter valores de variaes do processo. Um primeiro fator importante a se considerar na passagem dos documentos digitais impresso, no caso de impresso tradicional, a calibrao das Imagesetters ou platesetters. A obteno de um fotolito e chapa de impresso (matiz) exige preciso pois a partir de suas informaes que verificam-se os problemas na impresso. Na maioria das vezes, as invariveis provocadas no fotolito esto nos qumicos utilizados para processamento de filme, na temperatura, na regenerao e desgaste deste, no tipo e sensibilidade do filme (emulso) e no laser utilizado na gravao do fotolito ou chapa. O processo de calibrao destes perifricos chamado de Linearizao. Linearizar significa ajustar a fora do laser utilizado na gravao de acordo com os desgastes normais dos qumicos e s diferentes densidades dos filmes. A linearizao se torna necessria quando h troca de qumico e/ou de filme. Para a mquina no sofrer muitas variaes, convm trabalhar sempre com o mesmo tipo de filme e qumico. O primeiro passo da linearizao ajustar a fora do laser em relao densidade desejada no filme. Geralmente, as densidades esto entre 3.6 e 4.0. Esses valores deixam o filme o enegrecido o suficiente para que a luz no atravesse-o e no prejudique a gravao da chapa ou matriz de impresso. No caso da Flexografia, o filme deve ter densidade mais elevada (acima de 4.0) j que os tempos de exposio da matriz (Cyrel) so tambm elevados. O filme utilizado, por sua vez, deve ter alta densidade, como o caso do filme Matte utilizado nesse processo. importante conhecer o tipo de laser que cada mquina trabalha e utilizar o respectivo filme. A Agfa Avantra 25 trabalha com laserPr-Impresso - Gerenciamento de Cores SENAI-SP 47

HN (Hlio Neon). A sensibilidade do filme est entre 530 e 630 nm. Portanto, o filme mais sensvel luz vermelha (HN) e a luz de segurana a verde. A Mark40 (Linotype) trabalha com laser IR (Infra-Red). O scanner Hell370 trabalha com laser Argnio (azul) e assim por diante.

PARA AJUSTAR A FORA DO LASER1) Expor um teste padro na prpria mquina para cada uma

das resolues que ela trabalha. Por exemplo, a Avantra trabalha com resoluo de 1200, 1800, 2400, 3600 dpis. Quanto maior a resoluo, menor ser a fora do laser utilizada. Esse teste padro para cada mquina possui steps que podem variar de 1 em 1, 5 em 5 ou 10 em 10 na fora de laser. Possui faixas com variaes na densidade e faixas com retcula de 50%. Se a densidade estiver muito alta, as reas que deveriam ser de 50%, estaro mais altas. Abaixo, uma representao de steps de 10 em 10 a 2400 dpis. 2) Atravs de um densitmetro de transmisso, medir os steps

pela funo densidade e anotar os valores (o step menor indicado pela seta a fora de laser atual, portanto, a densidade na qual o filme est sendo produzido = 3.20) 3) Identifique o step que se ajusta densidade desejada. No

exemplo, a densidade 3.80. Portanto est trs steps acima do atual. 4) Determine a nova fora do laser. Se for de 10 em 10 a fora

do laser ter um acrscimo de 30 (3 steps acima x 10). No exemplo, o novo valor subir de 250 a 280.

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Aps o ajuste da fora do laser e da densidade do filme, necessrio ajustar as porcentagens para que no ocorra variao ou deformao do ponto no filme. Para isso, existe um software do fabricante da Imagesetter, no caso da Avantra e RIP Taipan, o Calibrator; 1) Selecione, pelo PS Printer o PPD (drive) da mquina no

Chooser; 2) Escolha a lineatura a ser usada, a resoluo e o tipo de

ponto (redondo, elptico, quadrado ou cristal raster - estocstica) 3) Aparecero trs colunas com porcentagens de 5 em 5%, de

0 a 100%. A primeira coluna indica os valores sem alterao. A segunda coluna indica os valores que sero colocados aps a medio no densitmetro. E a terceira coluna indica os valores desejados. Normalmente, a primeira e a terceira coluna devem possuir valores iguais pois a porcentagem que se tem no arquivo no pode sofrer alterao no filme. Onde 10% no arquivo, deve ser 10% no fotolito , na chapa e assim por diante. Imprimir / expor um teste sem alterao de dados. 4) Atravs de um densitmetro de transmisso, na funo Dot coluna. Por exemplo, na rea de 50% (desejado) mediu-se 55%. Ento, o valor a ser anotado na segunda coluna de 55%. O prprio software de calibrao se encarrega de fazer as alteraes e construir uma curva de compensao. Variaes de mais de 1% no devem ser aceitas.

(% ponto), medir os valores percentuais e anot-los na segunda

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7.2 IMPRESSO FINAL

H uma variedade de dispositivos de impresso disponveis para ns atualmente: impressoras de mesa, proofers, impressoras digitais, plotters e impressoras para offset, rotogravura e flexografia. Cada um destes dispositivos utiliza uma tecnologia diferente. Impresso direta ou indireta, diferentes matrizes de impresso, tintas lquidas e pastosas, tintas de jato, toners de impressora digital, etc. Assim h diferenas muito significantes entre os espaos de cor das impressoras diferentes no workflow. A menos que um CMS seja usado para corrigir as diferenas em espaos de cor, a mesma imagem invariavelmente parecer diferente quando for impressa em tipos diferentes de impressoras. Enquanto o uso das quatro cores de processo (CNYK) na impresso o mtodo mais usado, esto sendo desenvolvidos outros mtodos que utilizam cores adicionais. Um mtodo denominado de HiFi Color utiliza alm das quatro cores CMYK para impresso. Ouras cores especiais, possibilitando o uso de cores que no se consegue obter ou que esto fora do gamut do CMYK. O processo Hi-Fi Hexachrome (Pantone Inc.), por exemplo, usa seis tintas de impresso: cyan, magenta, amarelo e preto combinadas com mais duas especiais: verde e laranja. Isto traz para o Hexachrome a tcnica mais apropriada j que as mquinas mais desenvolvidas instaladas no mercado possibilitam a impresso de seis cores.

7.3 CARACTERIZAO DE IMPRESSORAS E PROVAS DIGITAIS

A mesma imagem impressa em vrios dispositivos de impresso pode ter resultados diferentes. Consequentemente, h a necessidade de calibrar o dispositivo de impresso especfica e adequadamente.

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Caracterizar um dispositivo de impresso semelhante a caracterizar um scanner ou um monitor. Neste caso, melhor fazer para uma impresso industrial padro IT8 7/3 que contm 928 remendos pequenos de cores diferentes, definidos em valores de CMYK ( ver figura na pgina 21). Cada um dos remendos de cor do IT8 7/3 impresso ser medido com um colormetro ou espectrofotmetro. O CMS possui os valores estimados e relaciona-os com os valores CMYK originais obtidos, construindo, assim, um perfil completo da impressora. Uma vez que este perfil construdo, o CMS executar os ajustes necessrios automaticamente na informao de cor enviada impressora. Por exemplo, se as medidas da tabela IT8 7/3 estiverem no geral um pouco avermelhadas, o CMS pode compensar isto reduzindo a quantia de vermelho nas imagens. Antes de imprimir o IT8 7/3, tem que se estabelecer uma situao ambiental estvel na qual todos os parmetros de produo sero iguais a quando se executa o trabalho de impresso final. O tipo de papel ou outro material de apoio, a tinta, as tcnicas de reticulagem, at mesmo a temperatura de seu ambiente de trabalho influenciam a preciso de sua caracterizao. importante lembrar que o perfil que se constri para uma situao particular no ser vlido para qualquer outra situao, em que um ou mais parmetros tenham sido alterados. Para cada nova situao, troca de tinta, suporte, impressor deve haver uma

recaracterizao. Alguns dos sistemas de gerenciamento de cor disponveis atualmente, oferecem a opo de medir e comparar (on screen) o perfil que construdo com o mais recente perfil registrado. Alm disso, possibilita padronizar sua prpria curva de calibrao para cada cor (ver na pg. 46 Calibrao do Splash-Majestik).

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1)

Deixar a impressora em condies normais de operao:

temperatura e calibrao padro do fabricante; 2) 3) Gerar uma sada da tabela IT8 7/3; Ler os valores obtidos e envi-los ao software de

gerenciamento de cores; 4) Esses valores so comparados com os valores CMYK

enviados pela impressora; 5) O CMS gerar um profile de sada que ser instalado nos

aplicativos ou drives de impresso.

7.4 GANHO DE PONTO

Durante o processo de impresso, o ganho de ponto a varivel mais importante a ser controlada. Ganho de ponto o aumento ou deformao do ponto de retcula na impresso em relao ao fotolito. Esse aumento de ponto aumenta de 5 a 35% e suas principais causas so as presses exercidas entre a chapa, blanqueta e cilindro contra-presso das mquinas, o suporte e sua porosidade, o tipo de matriz utilizada e o tipo de tinta. O papel jornal tem maior ganho de ponto que o couch pois um papel macro-poroso e faz com que a tinta penetre mais em sua superfcie. O ganho de ponto provoca o escurecimento da imagem principalmente nos meios-tons e deve ser ajustado ou compensado na separao e no tratamento de imagem. Se o ganho de ponto previsto, por exemplo, for de 20% na impresso, convm diminuir a porcentagem proporcional no filme. Uma rea que tinha 5 % de ponto, passar na impresso a 70%. Portanto, deve ser diminudo em mais ou menos 20% no filme, passando a 30%. Existem dois tipos de ganho de ponto: o fsico e o ptico. O ganho de ponto fsico causado pelo excesso de presso exercida no processo de impresso em que o ponto se deforma e espalha pela

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superfcie do papel. O ganho de ponto ptico ocorre pela absoro da tinta pelo papel. Quando a luz atinge a superfcie do papel, onde h tinta uma parte dessa luz absorvida e outra refletida. Onde no h tinta (branco) essa luz deveria ser totalmente refletida. Porm, a penetrao da tinta pelo papel nos contornos dos pontos impressos, faz com que parte dessa luz seja absorvida. Isso ocorre principalmente em reas de 50%, onde a circunferncia maior. E quanto menor o ponto ou maior a lineatura, maior ser o ganho de ponto ptico. Por isso, retculas estocsticas tm maior ganho de ponto.

Para controlar o ganho de ponto na impresso e compens-lo na separao de cores, necessrio estudar a mquina e o tipo de impresso, determinando qual o comportamento dela em cada rea do impresso. Muitos estudos analisaram diversas mquinas de impresso e obtiveram como resultado uma grande variao de uma para outra. Existe no mercado um valor mdio que as pessoas utilizam para compensar o ganho de ponto. M alguns casos esse valor mdio se adequa ao resultado, mas, muitas vezes, o resultado indesejado. Para impressoras digitais e de mesa, depois de imprimir os IT8 7/ 3, o CMS processar os valores gerados compensando o ganho de ponto na prpria calibrao.

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8. GERENCIAMENTO DE CORES HOJE

At 1993, cada fabricante e seu dispositivo tinha o seu prprio gerenciamento de cores e perfil para descrever o comportamento de cor particular. Dado o fato de que os desenhistas e outros profissionais de arte grficas usam uma combinao de dispositivos de fabricantes diferentes, esta proliferao de mltiplos padres de cor torna-se completamente imprpria. A tecnologia WYSIWYG (o que voc v o que voc obtm) no existe a no ser que haja o gerenciamento de cores. Finalmente, em 1993, a pr-impresso e seus principais fornecedores de equipamentos como Adobe, Agfa, Apple, Fogra, Kodak, Microsoft, SIG, Sun e Taligent fundaram o International Color Consortium (ICC) para criar um sistema de gerenciamento de cores aberto. O primeiro resultado da iniciativa do ICC foi a criao e implementao de padres por descrever caracterizaes de cor de dispositivos diferentes, conhecidos como Perfis de Cor ICC. Como ns aprendemos, para manter a constncia de cor na impresso, temos que saber o espao de cor de um determinado dispositivo para executar a compensao para o ideal. Perfis ICC contm esta informao. Hoje, mais e mais os fabricantes de artes grficas esto desenvolvendo aplicaes que apoiam perfis de ICC. A aplicao de software chama ao sistema operacional , em troca pede um espao de cor desejado (CMM) para cumprir o pedido. Os sistemas operacionais disponveis hoje, ColorSync (Macintosh) e ICM (Windows) e UNIX e SUN baseiam-se no Gerenciamento de Cores. Porm, a visualizao de uma imagem em diferentes aplicativos ainda falha. O resultado gerado por todos eles, porm, utiliza o gerenciamento de cores provido do sistema operacional e mantm a constncia da cor.

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9. BIBLIOGRAFIA

AGFA The Secrets of Color Management- Digital Color Press volume five ADOBE Guia do Usurio e Class Book (tutorial Photoshop 5.0 SOUTHWORTH, Miles, SOUTHWORTH, Donna Color Separation on the Desktop Separao de Cores em Desktop traduo: Manoel Mateigas de Oliveira FILHO, Srgio Rossi Teoria das Cores para Operadores de Macintosh apostila CASTANHO, Clvis Pires Jr. Controlando a Cor Revista Publish Ano 8 n 36 Jul/Ago 1998.

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