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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE FINANÇAS E GESTÃO COORPORATIVA GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE UM PROJETO KÁTIA MARISA SOARES DA SILVA DE SOUZA RIO DE JANEIRO JULHO/2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

FINANÇAS E GESTÃO COORPORATIVA

GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE UM PROJETO

KÁTIA MARISA SOARES DA SILVA DE SOUZA

RIO DE JANEIRO

JULHO/2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

FINANÇAS E GESTÃO COORPORATIVA

GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE UM PROJETO

Dissertação apresentada à Universidade

Cândido Mendes, como requisito para

Obtenção do título de Pós Graduada em

Finanças e Gestão Coorporativa

Campo do Conhecimento

Gestão de Custos

Orientador: Profº Luciano Gerard

RIO DE JANEIRO

2009

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a Virgem Maria que me possibilitaram chegar

aonde cheguei, tendo sabedoria para aproveitar e fazer valer a todas as

oportunidades que me foram dadas.

Agradeço a minha família que sempre me apoiou, a começar pelos

meus amados pais que sempre me ensinaram que o conhecimento e o estudo

são as mais valiosas armas de um homem. Ao meu marido Eduardo, que

sempre esteve ao meu lado desde o início da minha vida profissional e

acadêmica, que sempre me incentivou a prosseguir, mesmo com todos os

obstáculos encontrados, que sempre me amou e valorizou cada conquista. A

Maria Eduarda, minha filha, em quem penso cada vez que inicio uma nova

empreitada, cada vez que avalio se vale a pena todo o tempo que fico longe

dela, e que me enche de orgulho e alegria.

Agradeço aos meus amigos que entendem a minha ausência e

nunca desistem de mim.

Agradeço à Galvão Engenharia que investe em mim e me

proporciona uma carreira de sucesso e grande aprendizado, esse

agradecimento é especial ao meu Diretor de Operações Jorge Paolo Lanzuolo

que sempre acreditou na minha capacidade e me deu oportunidade de

desenvolvimento.

Agradeço a minha amiga e colega de trabalho Fernanda Areas que

sempre me ajudou muito e me apoiou nos momentos mais difíceis, em quem

sempre acreditei e por quem torço.

Agradeço ao meu grupo de estudo que me acompanhou desde o

inicio e seguiu unido até o final.

E não poderia deixar de agradecer ao meu orientador, Professor

Luciano Gerard, que teve paciência com a minha dificuldade de tempo, que me

orientou e agregou muito conhecimento nas cadeiras ministradas.

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RESUMO

Esse trabalho apresenta uma série de reflexões sobre as

dificuldades detectadas no momento da implantação de um sistema de

gerenciamento de custos em um projeto. Essas dificuldades, em algumas

situações, podem ser decorrentes de questões de abrangência conceitual,

envolvendo desde o conceito de custo e uma visão conceitual a cerca deste,

até a compreensão das características dos diversos métodos disponíveis. Em

outras vezes, o que se dá é uma falta de clareza quanto à definição dos

objetivos a serem lançados com o sistema de custos e à sua correta

adequação às estratégias da empresa. Por fim, podem ocorrer obstáculos

internos que surgem no momento da implantação do sistema de custos no

projeto.

Palavras-chave: custos, sistemas de custos, recursos, sistemas de gestão,

necessidades gerenciais.

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INTRODUÇÃO

No ambiente competitivo em que as empresas estão inseridas

atualmente, principalmente, em se tratando de obras, com os BDI’s alinhados a

nova realidade de mercado, verifica-se um crescimento e valorização da

importância de uma adequada gestão de custos, objetivando a manutenção de

sua sustentação competitiva no mercado.

Para ser bem sucedida nesse aspecto, a empresa deve implantar

em seu ambiente operacional uma tecnologia de gestão compatível com suas

necessidades gerenciais de controle de custo, de avaliação de resultados, de

análise de margem de contribuição, de tomada de decisões de mudanças em

processos executivos, de avaliação dos benefícios da utilização de tecnologias

avançadas de produção e de apoio ao planejamento estratégico da empresa.

As dificuldades normalmente encontradas referem-se aos aspectos

conceituais e culturais de cada empresa. Maior ainda será esta dificuldade em

caso de consórcios, onde duas ou mais empresas trabalham com um único

objetivo, porém com conceitos e culturas tão distintos.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I

A EMPRESA DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM 07

CAPÍTULO II

O PROJETO 15

CAPÍTULO III

GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE UM PROJETO 20

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO 43

CONCLUSÃO 47

BIBLIOGRAFIA 49

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CAPÍTULO I

A EMPRESA DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

A empresa adotada como fonte de estudo para o desenvolvimento

desta monografia é uma sociedade anônima de capital fechado com sede na

cidade de São Paulo e operações em diversos estados do Brasil. Fundada em

1º de fevereiro de 1996, posiciona-se entre as dez maiores empresas do

segmento de engenharia e construção. O foco prioritário de sua atuação está

no gerenciamento da implementação de projetos de infra-estrutura para

clientes da iniciativa privada e do setor público.

Ao longo dos anos, a empresa desenvolveu expertise em diversas

áreas, com destaque para os setores de óleo e gás, de energia elétrica, de

infra-estrutura rodoviária, aeroviária, portuária e ferroviária, de saneamento e

de construção industrial. Em 2007, esteve envolvida na execução de 58 obras

e projetos em oito estados.

Para fortalecer a prospecção de novos negócios em regiões e

segmentos estratégicos e a oferta cada vez mais qualificada de serviços,

concentra sua atuação em seis unidades de negócios, que se apresentam

nomeadas por ramos de especialização e localização geográfica.

As unidades com atuação em segmentos específicos são as

seguintes: Óleo e Gás, Energia e Equipamentos. Outras três designam vínculo

com mercados regionais.

São unidades de negócios Sudeste (ex-Unidade São Paulo),

Nordeste e Centro-Minas (ex-Unidade Minas Gerais). Desde o ano passado, a

empresa conta também com um escritório em Brasília, constituído para

coordenar o relacionamento comercial, operacional e institucional com órgãos

de administração pública federal.

Como organização integrada à vida brasileira, busca manter uma

interação ética e produtiva com os segmentos econômicos, o poder público, a

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concorrência e a comunidade. Como conseqüência, procura estabelecer

parcerias com organismos setoriais e instituições representativas da sociedade.

A seguir:

Figura 1. estrutura organizacional da empresa:

A unidade de negócio responsável pela área de Construção e

Montagem é a Unidade de Óleo e Gás, onde esta unidade tem toda a

autonomia de prospecção do negócio e a fechamento dos contratos e

execução dos projetos.

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A estrutura organizacional desta unidade é semelhante a estrutura

principal da sua Matriz.

A seguir:

Figura 2. setores e suas responsabilidades:

Diretor Regional RJ - Offshore

Analista de RH

Recrutamento e Seleção

Assistente de RH

Coordenadora de RH Coordenador de SSMQ

Analista Financeiro

Analista Financeiro

Analista Fiscal

Supervisora Financeiro

Analista de Pessoal

Encarregado de DP

Assistente TI

Analista de TI Trainee ADM

Secretária Diretoria

Gerência Administrativa Financeira

Eng. ADM Contratual

Controller

Eng. ADM Contratual

Eng. ADM Contratual/Custos

Trainee Eng.Civil

Est. Eng. Mecânica

Gerente ADM Contratual

Engenheiro de Orçamentos

Tec. Planejamento

Engenheiro de Orçamentos

Assistente ADM

Gerência Comercial Novos Negócios

Comercial/Orçamentos

Diretoria Comercial

Gerência Operacional

Obras

Diretoria Operacional

Assistente ADM

Supervisor de Suprimentos

Diretor Regional RJ - Óleo e Gás

Com relação a estrutura de uma obra de construção e montagem, a

estrutura mínima para a execução de um projeto, contempla as seguintes

gerências:

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GERERÊNCIA DE CONTRATO

- Gestão do Projeto

GERERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE D ECUSTO

- Controle de prazos e medições

- Orçamento e custo

- Apropriações técnicas de campo

GERERÊNCIA DE PRODUÇÃO

- Produção civil em terra

- Topografia

- Produção civil em mar

- Mecânica/ Elétrica

GERÊNCIA DE QMSR

- Garantia da qualidade

- Comunicação social

- Meio Ambiente

- Saúde do Trabalho

- Segurança do trabalho

- Documentação

- Ambulância

- Lancha ambulância

- Data Book

GERÊNCIA ADM/FINANCEIRA

- Contabilidade e financeiro

- Departamento pessoal/RH

- Téc. Informação e comunicação

- Serviços Gerais

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- Tranporte em terra e mar

- Almoxarifado/ controle de estoque

- Publicidade

GERÊNCIA DE ENG/PROJETOS

- Apoio técnico para desenhos

- Análise de projetos

- Memoriais descritivos

- Documentação técnica

- Arquivo técnico

GERÊNCIA DE LOGIS/SUPRIMENTO

- Cotação e controle de contratos

- Compra de materiais

- Locação de equipamentos

- Manutenção e controle de equipamentos

GERENTE DE ADM CONTRATUAL

- Atestação Técnica

- Gestão contratual com o cliente

- RDO

- Correspondências enviadas e recebidas

- Gerenciamento de riscos contratuais

• - Elaboração de contrato de terceiros

Uma obra de construção e montagem exige perfeita integração entre

maquinário, infraestrutura e sistemas e, independente de seu ramo de

atividade, possui muitas particularidades a serem consideradas no projeto

inicial.

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O desenvolvimento de grandes projetos de obras industriais inicia-se

a partir do conhecimento que o corpo de engenharia e a equipe

desenvolvedora têm a respeito do processo produtivo e a relação entre

sistemas e equipamentos envolvidos nesse processo.

O ponto de partida de empreendimento de construção e montagem é

o projeto básico, no qual se detalha a tecnologia a ser empregada, definem-se

os equipamentos e necessidades de consumo de utilidades tais como energia

elétrica, água, vapor e outras facilidades, além de envolver estudos de

viabilidade econômica, social, de mercado e a tecnologia que a atividade da

empresa exige. Só então é possível partir para a identificação de aspectos

como impactos aos meios biótico, econômico, social e atmosférico, aquisição

de equipamentos, projeto de detalhamento, construção e montagem industrial.

A gestão de implantação deste tipo de empreendimento tem como

principal função a integração entre o trabalho das equipes de Engenharia, de

Suprimentos e de Produção. Grandes grupos industriais possuem corpo

técnico próprio para tais atividades. Outros empreendedores contratam

externamente esse serviço.

Geralmente, a implantação de uma obra de construção e montagem

é dividida em projeto básico, planejamento, projeto de detalhamento,

suprimentos, produção, pré-operação, testes e operação. Em cada etapa, são

realizadas a definição do escopo das instalações a serem projetadas, o estudo

de pontos e diretrizes de projeto e a discussão e definição das premissas junto

ao cliente.

Embora cada projeto tenha características particulares, pode-se

sintetizar as etapas do desenvolvimento desses projetos em: projeto básico,

planejamento, detalhamento, suprimentos, construção e montagem.

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1.1 Projeto básico

É a coleta de todas as informações necessárias, iniciando-se pela

análise e definição da tecnologia a ser utilizada, do "layout" preliminar das

instalações, de ocupação dos ambientes a serem construídos. A definição da

tecnologia é de suma importância para o empreendimento, podendo ser

nacional ou adquirida no exterior, dependendo do tipo de produto industrial do

empreendimento.

Nessa fase, é importante obter o maior número possível de

informações sobre a obra a ser construída para que o projetista possa entender

plenamente as necessidades finais do cliente.

Faz-se o mensuramento da capacidade produtiva da empresa e

provisionam-se custos inerentes à instalação da indústria e de produção, como

consumo de recursos naturais, estação de tratamento de água e de efluentes

industriais, energia entre outros.

1.2 Planejamento e detalhamento

Neste Setor são detalhadas as atividades desde o projeto até a fase

final de pré-operação, de forma a abranger e prever os prazos de todas as

fases envolvidas.

Em seguida, parte-se para o detalhamento ou projeto executivo, que

tem como finalidade aprofundar e detalhar as informações do projeto básico de

maneira a permitir os trabalhos de compra de materiais e equipamentos e os

serviços de campo de construção e montagem eletromecânica. São realizados

todos os cálculos de engenharia, determinado o layout final das instalações

industriais, confirmadas as demandas de energia, água, utilidades,

comunicações, sistemas de segurança, infraestrutura como drenagem de

águas pluviais e contaminadas, arruamentos, tratamentos de águas, efluentes

e outros.

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O mais importante nessa fase é a discussão de alternativas de

projeto e a análise de custos e benefícios para que seja possível indicar a

melhor forma de construção.

Também, nessa fase, é realizada a análise de forma mais detalhada

de interferências construtivas, por vezes encontradas em instalações

existentes, que devem ser eliminadas para o prosseguimento normal dos

projetos e construção.

Ficam determinados os desenhos e memoriais de cálculo e

descritivos das instalações de forma a definir fisicamente o aspecto construtivo

e dimensional da obra bem como os tipos mais adequados de materiais e

técnicas de aplicação e serviços a serem utilizados.

1.3 Suprimentos

É o responsável pela aquisição de materiais e equipamentos

necessários ao empreendimento. Entre suas atividades cabe também o

diligenciamento e a inspeção dos materiais e equipamentos antes de sua

liberação para utilização nas obras.

Aqui, novamente, são analisados aspectos como custo e benefício

das possíveis alternativas de projeto, mas de forma mais específica e pontual.

1.4 Produção

Essa etapa hoje é entendida como a parte estrutural que

contempla a terraplanagem, a concretagem, a montagem dos equipamentos,

tubulações, instalações elétricas e de instrumentação e automação das

estruturas metálicas.

Não é difícil imaginar que, à medida que o projeto estiver sendo

implementado, surgirão inúmeros pontos a serem compatibilizados.

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CAPÍTULO II

O PROJETO

2.1 Definições

Segundo os conceitos do PMI, descritos no PMBOK:

Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um

produto, serviço ou resultado exclusivo.

Projetos ao freqüentemente implementados como um meio de

executar um plano estratégico da organização. As organizações executam

trabalho. O trabalho envolve serviços continuados e/ou projetos, embora possa

haver uma superposição entre os dois. Serviços continuados e projetos

possuem muitas características comuns, por exemplo, ambos são:

- Executados por pessoas

- Restringidos por recursos limitados

- Planejados, executados e controlados

Serviços continuados e projetos diferem principalmente porque

enquanto os primeiros são contínuos e repetitivos, os projetos são temporários

e únicos. Assim, um projeto pode ser definido em termos de suas

características distintas – um projeto pode ser definido em termos de suas

características distintas – um projeto é um empreendimento temporário como o

objetivo de criar um produto ou serviço único.

ü Temporário

Temporário significa que todos os projetos possuem um início e um

final definidos. O final é alcançado quando os objetivos do projeto tiverem sido

atingidos, quando se tornar claro que os objetivos do projeto não serão ou não

poderão ser atingidos ou quando não existir mais a necessidade do projeto e

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ele for encerrado. Temporário, não significa necessariamente de curta duração;

muitos projetos duram vários anos. Em todos os casos, no entanto, a duração

de um projeto é finita. Projetos não são esforços contínuos.

Além disso, geralmente o termo temporário não se aplica ao produto,

serviço ou resultado criado pelo projeto. A maioria dos projetos é realizada para

criar um resultado duradouro. Por exemplo, um projeto para erguer um

monumento nacional criará um resultado que deve durar séculos.

ü Produtos, serviços ou resultados exclusivos

Um projeto cria entregas exclusivas, que são produtos, serviços

ou resultados. Os projetos podem criar:

• Um produto ou objeto produzido, quantificável e que pode

ser um item final ou um item componente

• Uma capacidade de realizar um serviço, com funções de

negócios que dão suporte à produção ou à distribuição

• Um resultado, como resultados finais ou documentos. Por

exemplo, um projeto de pesquisa desenvolve um conhecimento que

pode ser usado para determinar se uma tendência está presente ou não,

ou se um novo processo irá beneficiar a sociedade.

A singularidade é uma característica importante das entregas de

um projeto. Por exemplo, muitos milhares de prédios de escritórios foram

construídos, mas cada prédio em particular é único, tem proprietário diferente,

projeto diferente, construtora diferente, etc. A presença de elementos

repetitivos não muda a singularidade fundamental do trabalho do projeto.

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ü Elaboração progressiva

A elaboração progressiva é uma característica de projetos que

integra os conceitos de temporário e exclusivo. Elaboração progressiva

significa desenvolver em etapas e continuar por incrementos. Por exemplo, o

escopo do projeto será descrito de maneira geral no início do projeto e se

tornará mais explícito e detalhado conforme a equipe do projeto desenvolve um

entendimento mais completo dos objetivos e das entregas. A elaboração

progressiva não deve ser confundida com aumento do escopo.

A elaboração progressiva das especificações de um projeto deve ser

cuidadosamente coordenada com a definição adequada do escopo do projeto,

particularmente se o projeto for realizado sobre contrato. Quando

adequadamente definido, o escopo do projeto, o trabalho a ser feito, deve ser

controlado conforme as especificações do projeto e do produto são

progressivamente elaboradas.

ü Projetos x Trabalho operacional

As organizações realizam um trabalho para atingir um conjunto de

objetivos. Em geral, o trabalho pode ser categorizado como projetos ou

operações, embora os dois ocasionalmente se sobreponham. Eles

compartilham muitos das seguintes características:

• Realizado por pessoas

• Restringido por recursos limitados

• Planejado, executado e controlado

Os projetos e as operações diferem principalmente no fato de que as

operações são contínuas e repetitivas, enquanto os projetos são temporários e

exclusivos.

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Os objetivos dos projetos e das operações são fundamentalmente

diferentes. A finalidade de um projeto é atingir seu objetivo e, em seguida

terminar. Por outro lado, o objetivo de uma operação contínua é manter o

negócio. Os projetos são diferentes porque o projeto termina quando seus

objetivos específicos foram atingidos, enquanto as operações adotam um novo

conjunto de objetivos e o trabalho continua.

Os projetos são realizados em todos os níveis da organização e

podem envolver uma única pessoa ou muitos milhares de pessoas. Sua

duração varia de poucas semanas a vários anos. Os projetos podem envolver

uma ou várias unidades organizacionais, como joint ventures e parcerias.

Exemplos de projetos incluem, mas não se limitam a:

ü Projetos e planejamento estratégico

Os projetos são um meio de organizar atividades que não podem

ser abordadas dentro dos limites operacionais normais da organização. Os

projetos são, portanto, freqüentemente utilizados como meio de atingir o plano

estratégico de uma organização, seja a equipe do projeto formada por

funcionários da organização ou um prestador de serviço terceirizado.

Os projetos são normalmente autorizados como o resultado de

uma ou mais das seguintes considerações estratégicas:

• Uma demanda de mercado (por exemplo, uma companhia

de petróleo autoriza um projeto para construir uma nova refinaria em

resposta a um problema crônico de falta de gasolina)

• Uma necessidade organizacional (por exemplo, uma

empresa de treinamento autoriza um projeto para criar um novo curso

para aumentar sua receita)

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• Uma solicitação de um cliente (por exemplo, uma

companhia de energia elétrica autoriza um projeto de construção de uma

nova subestação para atender a um novo parque industrial)

• Um avanço tecnológico (por exemplo, uma empresa de

software autoriza um novo projeto para desenvolver uma nova geração

de vídeos games após o lançamento de um novo equipamento para

jogos por empresas de produtos eletrônicos)

• Um requisito legal (por exemplo, um fabricante de tintas

autoriza um projeto para estabelecer diretrizes para o manuseio de um

novo material tóxico).

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CAPÍTULO III

GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE UM PROJETO

O Gerenciamento do Custo do Projeto inclui os processos

necessários para assegurar que o projeto será concluído dentro do orçamento

aprovado.

Segundo o Guia PMBOK, o gerenciamento de custos do projeto

inclui os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamentação e

controle de custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do

orçamento aprovado A Figura 4-1 fornece uma visão geral dos três processos

abaixo, enquanto a Figura 3-2 fornece uma visão do fluxo de processos desses

processos e suas entradas e saídas, além de outros processos de área de

conhecimento relacionados:

• Planejamento de Recursos – definição de quais recursos

(pessoas, equipamentos e materiais) e que quantidade de cada deve ser usada

para executar as atividades do projeto.

• Estimativa de custos - desenvolvimento de uma estimativa dos

custos dos recursos necessários para terminar as atividades do projeto.

• Orçamentação - agregação dos custos estimados de atividades

individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base dos

custos.

• Controle de custos - controle dos fatores que criam as variações

de custos e controle das mudanças no orçamento do projeto.

Esses processos interagem entre si e também com processos nas

outras áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver esforço de uma

ou mais pessoas ou grupos de pessoas, dependendo das necessidades do

projeto. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e

também em uma ou mais fases do projeto, se ele estiver dividido em fases.

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Embora os processos estejam apresentados aqui como elementos distintos

com interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir de

maneiras não detalhadas aqui.

O gerenciamento de custos do projeto trata principalmente do custo

dos recursos necessários para terminar as atividades do cronograma. No

entanto, o gerenciamento de custos do projeto também deve considerar o

efeito das decisões do projeto sobre o custo de utilização, manutenção e

suporte do produto, serviço ou resultado do projeto. Por exemplo, a limitação

do número de revisões de projeto pode reduzir o custo do projeto à custa de

um aumento nos custos operacionais do cliente. Essa visão mais ampla do

gerenciamento de custos do projeto muitas vezes é chamada de estimativa de

custos do ciclo de vida. A estimativa de custos do ciclo de vida, juntamente

com técnicas de engenharia de valor, pode aprimorar a tomada de decisões e é

usado para reduzir o custo e o tempo de execução e para melhorar a qualidade

e o desempenho da entrega do projeto.

Em muitas áreas de aplicação, a previsão e a análise do

desempenho financeiro esperado do produto do projeto são realizadas fora do

projeto. Em outras, como em um projeto de infra-estrutura urbana, o

gerenciamento de custos do projeto pode incluir esse trabalho. Quando essas

previsões e análises são incluídas, o gerenciamento de custos do projeto irá

abordar processos adicionais e diversas técnicas de gerenciamento geral,

como retomo sobre o investimento, fluxo de caixa descontado e análise de

retomo de capital investido.

O gerenciamento de custos do projeto considera as necessidades de

informação das partes interessadas no projeto. Diferentes partes interessadas

irão medir os custos do projeto de diferentes maneiras e em momentos

diferentes. Por exemplo, o custo de um item adquirido pode ser medido quando

a decisão de aquisição é tomada ou lançada, o pedido é colocado, o item é

enviado e o custo real é incorrido ou registrado para fins de contabilidade do

projeto.

Em alguns projetos, especialmente os que apresentam menor

escopo, a estimativa de custos e a orçamentação estão ligadas de forma tão

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estreita que são consideradas um único processo, que pode ser realizado por

uma única pessoa durante um período de tempo relativamente curto. Esses

processos são apresentados aqui como processos distintos porque as

ferramentas e as técnicas para cada um deles são diferentes. A capacidade de

influencia o custo é maior nos estágios iniciais do projeto e esse é o motivo

pelo qual a definição do escopo logo no início é essencial.

Embora não esteja mostrado aqui como um processo distinto, o

trabalho envolvido na execução dos três processos do gerenciamento de custo

do projeto é parecido de um esforço de planejamento da equipe de

gerenciamento de projetos. Esse esforço de planejamento faz parte do

processo Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto, que produz um

plano de gerenciamento de custos que determina o formato e estabelece os

critérios para planejar, estruturar, estimar, orçar e controlar os custos do

projeto. Os processos de gerenciamento de custos e suas ferramentas e

técnicas associadas variam de acordo com a área de aplicação, geralmente

são selecionados durante a definição do ciclo de vida do projeto e são

documentados no plano de gerenciamento de custos.

3.1 Estimativa de custos

A estimativa dos custos envolve desenvolver uma estimativa dos

custos dos recursos necessários a implementação das atividades do projeto.

No custo aproximado, o estimante considera as causas da variação da

estimativa final para a melhor proposta de gerenciamento do projeto.

Quando o projeto é realizado sob um contrato, devem ser tomados

cuidados para distinguir custos estimados de preço. A estimativa dos custos

envolve elaborar uma avaliação quantitativa dos resultados prováveis (quanto

custará para a organização o fornecimento do produto ou serviço envolvido)? O

preço é uma decisão de negócio – quanto à organização cobrará pelo produto

ou serviço – que usa as estimativas de custo como uma das várias

considerações.

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A estimativa dos custos inclui identificar e considerar várias

alternativas de custo. Por exemplo: na maioria das áreas de aplicação,

considera-se amplamente que o trabalho adicional durante a fase de projeto

(design) tem o potencial de redução do custo na fase de produção. O processo

de estimativa dos custos deve considerar se o custo do trabalho adicional na

fase de projeto irá compensar a economia esperada.

Figura 3.1 Visão geral do gerenciamento de custos do projeto

Fonte: PMBOK – Project Manegement Institute

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3.2 Fluxograma de processo de gerenciamento de custos de

projeto

O gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos

em planejamento, estimativa, orçamentação e controle de custos, de modo que

seja possível terminar o projeto dentro do orçamento aprovado A Figura 3.2

fornece uma visão geral dos três processos abaixo, enquanto a Figura 3-4

fornece uma visão do fluxo de e suas entradas e saídas, além de outros

processos de área de conhecimento relacionados:

Figura 3.2 Fluxograma de processo de gerenciamento de custos de

projeto

Fonte: PMBOK – Project Manegement Institute

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3.3 Entradas, ferramentas e técnicas e saídas

3.3.1 Entradas para a Estimativa dos Custos

Estrutura analítica do projeto. A EAP é usada para organizar a

estimativa dos custos e assegurar que todo o trabalho identificado foi estimado.

Recursos requeridos.

Custo unitário de recursos. O indivíduo ou grupo que elabora a

estimativa deve ter o conhecimento das taxas unitárias (por exemplo, custo

horário de pessoal, custo do volume de material por jarda cúbica) de cada

recurso para calcular o custo do projeto. Se as taxas não forem conhecidas, as

mesmas podem ser estimadas.

Estimativas da duração da atividade. A estimativa da duração da

atividade afetará as estimativas dos custos de qualquer projeto onde o

orçamento do projeto inclui subsídios para os custos de financiamento (por

exemplo, taxas de juros - interest charges).

Publicações de estimativas. Disponibilizam comercialmente dados

de estimativa de custo.

Informações históricas. As informações referentes a diversas

categorias de recursos estão disponíveis, freqüentemente, em uma ou mais

das seguintes fontes:

Arquivos de Projeto: uma ou mais de uma das organizações

envolvidas no projeto podem ter armazenado em seus arquivos resultados de

projetos anteriores, os quais, sendo suficientemente detalhados, auxiliarão na

elaboração da estimativa dos custos. Em algumas áreas de aplicação, os

membros individuais da equipe podem possuir tais dados armazenados.

Base de Dados Comercial para a Estimativa dos Custos:

informações históricas, usualmente, estão disponíveis comercialmente.

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26

Conhecimento da Equipe de Projeto: os membros individuais da

equipe de projeto podem lembrar-se de estimativas ou dados reais anteriores.

Embora essas lembranças possam ser úteis, geralmente são menos confiáveis

do que os resultados documentados.

Plano de Contas. O plano de contas descreve a estrutura de

codificação utilizada pela organização para reportar as informações financeiras

para o seu sistema geral de contabilidade. As estimativas do custo do projeto

devem ser alocadas na categoria contábil correta.

Riscos. A equipe do projeto identifica informações de riscos, quando

produz estimativas que podem ter um significativo impacto no custo, sejam elas

uma ameaça ou uma oportunidade. A equipe considera o tamanho da

conseqüência do risco na estimativa de custo para cada atividade.

3.3.2 Técnicas e Ferramentas para a Estimativa dos Custos

Estimativas por analogias. Nas estimativas por analogia, também

chamadas de estimativas top-down, usam-se os custos reais de projetos

anteriores similares como base para a estimativa do custo do projeto corrente.

É freqüentemente usada na estimativa dos custos totais do projeto quando

existe uma quantidade limitada de informações detalhadas sobre o projeto (por

exemplo, nas fases iniciais). As estimativas análogas são uma forma de

avaliação especializada.

As estimativas por analogia são geralmente menos dispendiosas

que outras técnicas, mas, também, freqüentemente menos precisas. São mais

confiáveis quando (a) os projetos anteriores são semelhantes de fato e não

apenas na aparência (b) os indivíduos ou grupos que estão preparando as

estimativas possuem a experiência ou perícia necessária.

Modelo paramétrico. No modelo paramétrico utilizam-se

características do projeto (parâmetros) em modelos matemáticos para prever

os custos do projeto.

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27

Tanto o custo quanto à precisão do modelo paramétrico variam

amplamente. Serão provavelmente mais realistas quando (a) as informações

históricas utilizadas no desenvolvimento forem precisas, (b) os parâmetros

usados no modelo forem prontamente quantificáveis, e (c) o modelo for

escalonável (por exemplo, quando ele funcionar bem tanto para grandes

projetos quanto para projetos menores).

Estimativas de baixo para cima (Bottom-up). Esta técnica envolve

estimar o custo individual das atividades ou dos pacotes de trabalho, depois

sumarizá-los ou agregá-los para obter a estimativa total do projeto.

O custo e a precisão das estimativas de baixo para cima são

direcionados pelo tamanho e complexidade das atividades individuais ou dos

pacotes de trabalho: atividades mais detalhados de trabalho aumentam tanto o

custo quanto à precisão de uma estimativa. A equipe de gerência do projeto

deve pesar o aumento da precisão contra o custo adicional.

Ferramentas computadorizadas. As ferramentas computadorizadas,

tais como softwares de gerência de projeto, planilhas (spreadsheets) e

ferramentas de simulação/estatística, são amplamente utilizadas no apoio à

estimativa dos custos.

Tais produtos podem simplificar o uso das ferramentas descritas

anteriormente e, portanto, agilizar as considerações de muitas alternativas de

custo.

3.3.2.1 Estimativa análoga

Fazer uma estimativa de custos análoga significa usar o custo real

dos projetos anteriores semelhantes como base para estimar os custos do

projeto atual. A estimativa de custos análoga é freqüentemente usada para

estimar custos quando existe uma quantidade limitada de informações

detalhadas sobre o projeto (por exemplo, nas fases iniciais). A estimativa de

custos análoga usa uma opinião especializada.

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A estimativa de custos análoga geralmente custa menos que outras

técnicas, mas também em geral é menos precisa. Ela é mais confiável quando

os projetos anteriores são verdadeiramente, e não apenas aparentemente,

semelhantes e as pessoas ou grupos que preparam as estimativas possuem a

especialização necessária.

3.3.2.2 Valores de custo de recursos

A pessoa que determina os valores ou o grupo que prepara as

estimativas deve conhecer os valores de custo unitário, como o custo de um

funcionário por hora e o custo do material a granel por metro cúbico, para cada

recurso a fim de estimar os custos das atividades do cronograma. Coleta de

cotações é um método de obtenção de valores. Para produtos, serviços ou

resultados a serem obtidos sob contrato, é possível incluir os valores padrão

com fatores de reajuste no contrato. A obtenção de dados a partir de bancos de

dados comerciais e listas de preços de fornecedores publicadas é outra fonte

de valores de custo. Se os valores reais não forem conhecidos, será

necessário estimar os próprios valores.

3.3.2.3 Estimativa "bottom-up"

Esta técnica envolve a estimativa dos custos de pacotes de trabalho

individuais ou de atividades do cronograma individuais com o nível mais baixo

de detalhes. Esses custos detalhados são, então, sumarizados, ou seja, os

detalhes são "recolhidos", restando apenas os níveis mais altos para fins de

distribuição de informações e acompanhamento. O custo e a exatidão da

estimativa de custos "bottom-up" normalmente são motivados pelo tamanho e

pela complexidade da atividade do cronograma ou do pacote de trabalho

individual. Em geral, as atividades com menor esforço associado aumentam a

exatidão das estimativas de custos da atividade do cronograma.

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29

3.3.2.4 Estimativa paramétrica

A estimativa paramétrica é uma técnica que utiliza uma relação

estatística entre dados históricos e outras variáveis (por exemplo, metros

quadrados em construção, linhas de código em desenvolvimento de software,

horas de mão-de-obra necessárias) para calcular uma estimativa de custos

para um recurso de uma atividade do cronograma. Esta técnica pode produzir

níveis mais altos de exatidão dependendo da sofisticação e também da

quantidade de recursos e dos dados de custos subjacentes incorporados ao

modelo. Um exemplo relacionado ao custo envolve multiplicar a quantidade

planejada de trabalho a ser realizado pelo custo histórico por unidade para

obter o custo estimado.

3.3.2.5 Software de gerenciamento de projetos

Softwares de gerenciamento de projetos, como aplicativos de

software para estimativa de custos, planilhas computadorizadas e ferramentas

estatísticas e de simulação, são amplamente usados para auxiliar na estimativa

de custos. Essas ferramentas podem simplificar o uso de algumas técnicas de

estimativa de custos e, portanto, facilitar uma análise rápida de diversas

alternativas de estimativa de custos.

3.3.2.6 Análise de proposta de fornecedor

Outros métodos de estimativa de custos incluem a análise de proposta

de fornecedor e uma análise de quanto o projeto deve custar. Em casos em

que os projetos foram obtidos através de processos competitivos, a equipe do

projeto talvez precise realizar um trabalho adicional de estimativa de custos

para examinar o preço de entregas individuais e obter um custo que dê suporte

ao custo final total do projeto.

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3.3.2.7 Análise das reservas

Muitos avaliadores de custos incluem as reservas, também

denominadas provisões para contingências, como em várias estimativas de

custos da atividade do cronograma. Isso traz o problema de exagerar

potencialmente a estimativa de custos da atividade do cronograma. As

reservas para contingências são custos estimados que devem ser usados a

critério do gerente de projetos para lidar com eventos antecipados mas não

garantidos. Esses eventos são "desconhecidos conhecidos" e fazem parte de

escopo de projeto e das linhas de base dos custos.

Uma opção para gerenciar as reservas para contingências dos

custos é agregar a reserva para contingências dos de custos da atividade do

cronograma de um grupo de atividades relacionadas em uma única reserva

para contingências que é atribuída a uma atividade do cronograma. Essa

atividade do cronograma pode ser uma atividade com duração nula que é

colocada no caminho de rede daquele grupo de atividades do cronograma e é

usada para manter a reserva para contingências dos custos. Um exemplo

dessa solução para gerenciar as reservas para contingências dos custos é

atribuí-Ias no nível de pacote de trabalho a uma atividade com duração nula,

que se estende do início ao fim da sub-rede do pacote de trabalho. Conforme

as atividades do cronograma se desenvolvem, é possível ajustar a reserva para

contingências, conforme medida pelo consumo de recursos das atividades do

cronograma com duração não-nula. Como resultado, as variações de custos

das atividades do grupo de atividades do cronograma relacionado são mais

exatas, pois se baseiam nas estimativas de custos que não são pessimistas.

Alternativamente, a atividade do cronograma pode ser uma atividade

buffer no método da cadeia crítica e é intencionalmente colocada diretamente

no final do caminho de rede desse grupo de atividades do cronograma.

Conforme as atividades do cronograma se desenvolvem, é possível ajustar a

reserva para contingências, conforme medida pelo consumo de recursos das

atividades não-buffer do cronograma. Como resultado, as variações de custos

das atividades do grupo de atividades do cronograma relacionado são mais

exatas, pois se baseiam nas estimativas de custos que não são pessimistas.

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31

3.3.2.8 Custo da qualidade

O custo da qualidade também pode ser usado para preparar a

estimativa de custos da atividade do cronograma.

3.3.2.9 Estimativas de custos da atividade

Uma estimativa de custos da atividade é uma avaliação quantitativa

dos custos prováveis dos recursos necessários para terminar as atividades do

cronograma. Este tipo de estimativa pode ser apresentado na forma

sumarizada ou detalhada. Os custos são estimados para todos os recursos

aplicados à estimativa de custos da atividade.

Isso inclui, mas não se limita a mão-de-obra, materiais,

equipamentos, serviços, instalações, tecnologia da informação e categorias

especiais como uma provisão para inflação ou uma reserva para contingências

dos custos.

3.3.2.10 Detalhes que dão suporte à estimativa de custos da

atividade

A quantidade e o tipo dos detalhes adicionais que dão suporte à

estimativa de custos da atividade do cronograma variam de acordo com a área

de aplicação. Independentemente do nível de detalhes, a documentação de

apoio deve fornecer uma imagem clara, profissional e completa do que originou

a estimativa de custos.

Os detalhes que dão suporte às estimativas de custos da atividade

devem incluir:

• Descrição do escopo do trabalho do projeto da atividade do

cronograma

• Documentação da base para a estimativa (ou seja, como ela foi

desenvolvida)

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• Documentação de quaisquer premissas feitas

• Documentação de quaisquer restrições

• Indicação do intervalo de estimativas possíveis (por exemplo,

$10.000 (-10% / +15%) para indicar que o item deve custar entre $9.000 e

$11.500).

3.3.2.11 Mudanças solicitadas

O processo Estimativa de custos pode gerar mudanças solicitadas

que podem afetar o plano de gerenciamento de custos, recursos necessários

para a atividade e outros componentes do plano de gerenciamento do projeto.

As mudanças solicitadas são processadas para revisão e destinação pelo

processo Controle integrado de mudanças.

3.3.2.12 Plano de gerenciamento de custos (atualizações)

Se as solicitações de mudança aprovadas resultarem do processo

Estimativa de custos, o componente plano de gerenciamento de custos do

plano de gerenciamento do projeto será atualizado se essas mudanças

aprovadas afetarem o gerenciamento dos custos.

3.3.2.13 Orçamentação

A orçamentação envolve a agregação dos custos estimados de

atividades do cronograma individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer

uma linha de base dos custos totais para a medição do desempenho do

projeto. A declaração do escopo do projeto fornece o orçamento sumarizado.

No entanto, as estimativas de custos da atividade do cronograma ou do pacote

de trabalho são preparadas antes das solicitações de orçamento detalhado e

da autorização do trabalho.

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33

Figura 3.3 Estimativa de custos. Entradas, ferramentas e técnicas, e saídas

Fonte: PMBOK – Project Manegement Institute

3.4. Saídas da Estimativa dos Custos

As estimativas de custo são avaliações quantitativas dos prováveis

custos dos recursos requeridos para a implementação das atividades.

Podem ser apresentadas detalhadamente ou sumarizadas.

Os custos devem ser estimados para todos os recursos que estarão

empenhados no projeto. Isto inclui, mas não está limitado a mão-de-obra,

materiais, suprimentos e categorias especiais tais como inflação ou reserva de

custo.

As estimativas de custos são geralmente expressas em unidades

monetárias (dólar, euros, yen, etc.) para facilitar comparações tanto dentro ou

fora dos projetos. Em alguns casos, o estimador pode usar unidades de

medidas para estimar custo, tais como dias, junto com custo estimados,

geralmente as estimativas de custo incluem considerações apropriadas ao

plano de resposta ao risco, assim como planos de contingências para facilitar o

controle apropriado da gerência.

As estimativas de custo podem ser beneficiadas por refinamentos

ocorridos durante o curso do projeto como reflexo dos detalhes adicionais

disponíveis. Em algumas áreas de aplicação, existem orientações (guidelines)

de quando tais refinamentos devem ser feitos e qual o grau de precisão

esperado. Por exemplo, a “(AACE) Association for the Advancement of Cost

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Engineering International” identificou cinco tipos de estimativas para os custos

de construção durante a engenharia: ordem de grandeza (order of magnitude),

conceitual, preliminar, definitiva e controle. Detalhes de suporte. Os detalhes de

suporte, no que se refere à estimativa de custos, incluem:

3.4.1 Orçamentação: Entradas

3.4.1.1 Declaração do escopo do projeto

As limitações periódicas formais dos gastos de recursos financeiros

do projeto podem ser fornecidas no termo de abertura do projeto ou no

contrato. Essas restrições de recursos financeiros se refletem na declaração do

escopo do projeto e podem ser causadas por autorizações anuais de

financiamento pela organização do comprador ou por outras entidades como

agências governamentais.

3.4.1.2 Estrutura analítica do projeto

A estrutura analítica do projeto (EAP) fornece a relação entre todos

os componentes do projeto e as entregas do projeto.

3.4.1.3 Dicionário da EAP

O dicionário da EAP e as declarações do trabalho detalhadas

relacionadas fornecem uma identificação das entregas e uma descrição do

trabalho em cada componente da EAP necessário para produzir cada entrega.

3.4.1.4 Estimativas de custos da atividade

As estimativas de custos de cada atividade do cronograma dentro de

um pacote de trabalho são agregadas para que seja obtida uma estimativa de

custos para cada pacote de trabalho.

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3.4.1.5 Cronograma do projeto

O cronograma do projeto inclui as datas de início e de término

planejadas para atividades do cronograma, marcos do cronograma, pacotes de

trabalho, pacotes de planejamento e contas de controle do projeto. Essas

informações são usadas para agregar custos aos períodos do calendário

quando os custos são planejados para ocorrer.

3.4.1.6 Contrato

Informações do contrato relacionadas a quais produtos, serviços ou

resultados foram comprados e seus custos são usadas no desenvolvimento

do orçamento.

3.4.1.7 Plano de gerenciamento de custos

O componente plano de gerenciamento de custos do plano de

gerenciamento do projeto e outros planos auxiliares são considerados durante

a orçamentação.

3.4.1.8 Agregação de custos

As estimativas de custos da atividade do cronograma são agregadas

por pacotes de trabalho de acordo com a EAP. As estimativas de custos do

pacote de trabalho são então agregadas para os níveis mais altos de

componentes da EAP, como contas de controle, e finalmente para todo o

projeto.

3.4.1.9 Análise das reservas

A análise das reservas estabelece as reservas para contingências,

como a reserva para contingências de gerenciamento, que são provisões para

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mudanças não planejadas, mas potencialmente necessárias. Essas mudanças

podem resultar de riscos identificados no registro de riscos.

As reservas para contingências de gerenciamento são orçamentos

reservados para mudanças não planejadas, mas potencialmente necessárias

no escopo e nos custos do projeto. Elas são "desconhecidas " e o gerente de

projetos deve obter aprovação antes de comprometer ou gastar essa reserva.

As reservas para contingências de gerenciamento não fazem parte da linha de

base dos custos do projeto, mas estão incluídas no orçamento do projeto. Elas

não são distribuídas como um orçamento e, portanto, não fazem parte dos

cálculos do valor agregado.

3.4.1.10 Estimativa paramétrica

A técnica da estimativa paramétrica envolve o uso de características

do projeto (parâmetros) em um modelo matemático para prever os custos totais

do projeto. Os modelos podem ser simples (por exemplo, a construção de uma

residência custará uma determinada quantia por metro quadrado de área útil)

ou complexas (por exemplo, um modelo de custos de desenvolvimento de

software usa treze fatores de ajuste separados, sendo que cada um deles

possui de cinco a sete pontos).

Tanto os custos quanto a exatidão dos modelos paramétricos variam

amplamente. Existe maior probabilidade de que eles sejam confiáveis quando:

• As informações históricas usadas para desenvolver o modelo são

precisas

• Os parâmetros usados no modelo são prontamente quantificáveis

• O modelo é escalável, no sentido de que funciona tanto para um

projeto grande quanto para um pequeno.

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37

3.4.1.11 Reconciliação dos limites de financiamento

Grandes variações nos gastos periódicos de recursos financeiros

são geralmente indesejáveis para as operações da organização. Portanto, os

gastos de recursos financeiros são reconciliados com os limites de

financiamento definidos pelo cliente ou pela organização executora no

desembolso de fundos para o projeto. A reconciliação exigirá que os

cronogramas do trabalho sejam ajustados para nivelar ou regular essas

despesas, o que será realizado colocando restrições de data imposta para

alguns pacotes de trabalho, marcos do cronograma ou componentes da EAP

no cronograma do projeto. As alterações nos cronogramas podem afetar a

alocação de recursos. Se os recursos financeiros forem usados como um

recurso limitante no processo Desenvolvimento do cronograma, o processo

será repetido usando as novas restrições de data imposta. O produto final

dessas iterações de planejamento é uma linha de base dos custos.

3.4.1.12 Linha de base dos custos

A linha de base dos custos é um orçamento dividido em fases usado

como base em relação à qual será medido, monitorado e controlado o

desempenho de custos geral no projeto. Ela é desenvolvida somando-se os

custos estimados por período e geralmente é exibida na forma de uma curva S,

conforme ilustrado na Figura 4-5. A linha de base dos custos é um componente

do plano de gerenciamento do projeto.

Muitos projetos, especialmente os grandes, possuem várias linhas

de base dos custos e dos recursos e linhas de base de produção de

consumíveis (por exemplo, metros cúbicos de concreto por dia) para medir os

diferentes aspectos do desempenho do projeto. Por exemplo, a gerência pode

exigir que o gerente de projetos acompanhe os custos internos (mão-de-obra)

separadamente dos custos externos (empreiteiros e materiais de construção)

ou das horas de mão-de-obra totais.

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38

3.4.1.13 Necessidade de financiamento do projeto

A necessidade de financiamento, total e periódica (por exemplo,

anual ou trimestral), é derivada da linha de base dos custos e pode-se definir

que ela tenha um excesso, geralmente uma margem, para prever um início

mais acelerado ou estouros nos custos. O financiamento em geral ocorre em

quantias incrementais não contínuas e, portanto, aparece como uma função

degrau na Figura 3-5. O total de recursos financeiros necessários são os

incluídos na linha de base dos custos mais a quantia de reserva para

contingências de gerenciamento. Uma parte da reserva para contingências de

gerenciamento pode ser incluída gradualmente em cada etapa de

financiamento ou financiada quando necessário, dependendo das políticas

organizacionais.

Embora a Figura 3-5 mostre a quantia de reserva para

gerenciamento no final do projeto, na realidade, a linha de base dos custos e

as linhas de fluxo de caixa aumentam quando uma parte da reserva para

gerenciamento é autorizada e quando é gasta. Uma defasagem no final de um

projeto entre os recursos financeiros alocados e a linha de base dos custos e

os valores de fluxo de caixa indica a quantidade de reserva para

gerenciamento que não foi utilizada.

Figura 3-4. Exibição de Fluxo de Caixa, linha de base de custos e

financiamento

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39

Fonte PMBOK - PMI

3.4.1.14 Plano de gerenciamento de custos (atualizações)

Se as solicitações de mudança aprovadas resultarem do processo

Orçamentação, o componente plano de gerenciamento de custos do plano de

gerenciamento do projeto será atualizado se essas mudanças aprovadas

afetarem o gerenciamento dos custos.

3.4.1.15 Mudanças solicitadas

O processo Orçamentação pode gerar mudanças solicitadas que

afetam o plano de gerenciamento de custos ou outros componentes do plano

de gerenciamento do projeto. As mudanças solicitadas são processadas para

revisão e destinação pelo processo Controle integrado de mudanças.

3.5 Controle de custos

O controle de custos do projeto inclui:

• Controlar os fatores que criam mudanças na linha de base dos

custos

• Garantir que houve um acordo em relação às mudanças solicitadas

• Monitorar as mudanças reais quando e conforme ocorrem

• Garantir que os possíveis estouros nos custos não ultrapassam o

financiamento autorizado periodicamente e no total para o projeto

• Monitorar o desempenho de custos para detectar e compreender

as variações em relação à linha de base dos custos

• Registrar exatamente todas as mudanças adequadas em relação à

linha de base dos custos

• Evitar que mudanças incorretas, inadequadas ou não aprovadas

sejam incluídas nos custos relatados ou na utilização de recursos

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• Informar as partes interessadas adequadas sobre as mudanças

aprovadas. Agir para manter os estouros nos custos esperados dentro dos

limites aceitáveis.

O controle de custos do projeto procura as causas das variações

positivas e negativas e faz parte do controle integrado de mudanças. Por

exemplo, respostas inadequadas às variações de custos podem causar

problemas de qualidade ou de cronograma ou produzir posteriormente um nível

de risco inaceitável no projeto.

Figura 3-5. Controle de Custos: Entrada, ferramentas, técnicas e saídas

Fonte PMBOK – PMI

3.5.1 Análise de medição de desempenho

As técnicas de medição de desempenho ajudam a avaliar a

extensão das variações que invariavelmente irão ocorrer. A técnica do valor

agregado (TV A) compara o valor cumulativo do custo orçado do trabalho

realizado (agregado) no valor de orçamento alocado original com o custo

orçado do trabalho agendado (planejado) e com o custo real do trabalho

realizado (real). Essa técnica é especialmente útil para controle de custos,

gerenciamento de recursos e produção.

Uma parte importante do controle de custos é determinar a causa de

uma variação, a extensão da variação e decidir se a variação exige ações

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corretivas. A técnica do valor agregado utiliza a linha de base dos custos

contida no plano de gerenciamento do projeto para avaliar o andamento do

projeto e a extensão das variações que ocorrem.

A técnica do valor agregado envolve o desenvolvimento destes

valores-chave para cada atividade do cronograma, pacote de trabalho ou conta

de controle:

• Valor planejado (VP). O VP é o custo orçado do trabalho agendado

a ser terminado em uma atividade ou o componente da EAP até um

determinado momento.

• Valor agregado (VA). O V A é uma quantia orçada para o trabalho

realmente terminado na atividade do cronograma ou no componente da EAP

durante um determinado período de tempo.

• Custo real (CR). O CR é o custo total incorrido na realização do

trabalho na atividade do cronograma ou no componente da EAP durante um

determinado período de tempo. Este CR deve corresponder em definição e em

cobertura a tudo o que foi orçado para o VP e o VA (por exemplo, somente

horas diretas, somente custos diretos ou todos os custos, inclusive custos

indiretos).

A Figura 3-6 usa curvas S para exibir os dados de VA cumulativos de um

projeto que está acima do orçamento e atrasado em relação ao plano de

trabalho.

Fonte PMBOK - PMI

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A técnica do valor agregado em suas várias formas é um método de

medição de desempenho comumente usado. Ela integra as medidas de

cronograma, custos (ou recursos) e escopo do projeto para ajudar a equipe de

gerenciamento de projetos a avaliar o desempenho do projeto.

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43

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO

O projeto adotado para o estudo de caso foi a Construção e

Montagem de Ponte de Interligação entre as Ilhas Comprida e Redonda,

localizadas na Baía de Guanabara.

4.1 As Empresas e o Projeto

Trata-se de uma parceria entre 02 grandes Empresas do ramo de

Construção e Montagem para a execução do projeto.

A proprietária por sua vez é uma empresa de grande porte do ramo

de Petróleo, que se propôs a executar a extração de uma ponte de interligação

entre duas ilhas onde existem bases operacionais de recebimento, refino de

petróleo, na Baia de Guanabara.

Os envolvidos no empreendimento e suas responsabilidades

O empreendimento desenvolvido teve como cliente o acima exposto

e como contratado o consórcio, Consórcio Gestor do Contrato (TAIC), formado

pela por duass empresas conforme descrito abaixo:

Empresa A: Empresa no ramo de construção pesada que teve como

principais responsabilidades o gerenciamento do consórcio, a engenharia de

projetos e suprimentos, planejamento e QSMS.

Empresa B: Empresa do ramo de construção pesada, responsável

por toda obra marítima e pela gestão do contrato junto à contratante.

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4.2 O empreendimento

O TAIC fechou um contrato de fornecimento desta planta tendo

como meta a entrega da mesma funcionando, fazendo o acompanhamento do

“Start up” e a operação assistida. Sendo a entrega atrelada a produtividade de

projeto proposto no projeto conceitual.

4.3 A gestão de Custos

Desde o início das definições da metodologia de Gestão

de Custos, o impasse com relação à escolha do sistema de controle e gestão

de custos a ser adotado foi grande, por se tratar de duas empresas que

formaram uma parceria, tendo como ferramentas dois sistemas que operam em

bases diferentes. Por não se tratar de um consórcio de fato, encontrou-se os

seguintes pontos relevantes a definição do sistema:

• 02 sistemas contábeis distintos

• 02 folhas de pagamento distintas

Após inúmeras reuniões e apresentações dos sistemas para a

gerência de contrato (Gecon), chegou-se ao consenso de que em virtude da

existência de sistemas de contabilidade e pessoal distintos, que seriam

utilizados os dois sistemas das duas empresas e seriam feitos acertos

gerencias complementando em cada um deles as informações de custo

incorrido de cada empresa no sistema da outra.

Primeira dificuldade encontrada: como o planejamento e controle de

custos é responsabilidade da empresa que não a líder, a equipe tem plenos

conhecimentos do seu sistema, no caso, Microsiga, com seus módulos de

Gestão de Contratos, Medições de Subempreiteiros, Logística, Suprimentos,

PMS, que é o módulo de controle de custos, associado ao módulo de

planejamento de custos, PLANORC. Todos esses módulos tem a mesma base

e são integrados, ou seja, quando o fechamento de custo é finalizado, todas as

informações contábeis, folha de pessoal, suprimentos, são migrados para um

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único relatório onde são distribuídos, segundo classificação da EAP, definida

no início do processo de planejamento da obra. Sendo possível assim,

analisar-se se o que foi gasto está de acordo com o que foi planejado, caso

contrário, apresenta-se um relatório de análise de desvios para os gestores de

cada área, para eu sejam definidos os planos de ação.

Conforme relatado, a equipe de custos que não possui

conhecimento do sistema da empresa líder teve que ser treinado.

Durante esse processo de treinamento, houve o período de

reprogramação da obra, e para tanto, a obra teve que ser reorçada e analisado

novo plano de Risco.

O orçamento a ser adotado, foi da empresa líder, que por já possuir

todas as composições de serviços em seu sistema de orçamento, Compor.

Mais uma vez, esbarrou-se na dificuldade de se operar o sistema, uma vez que

o orçamento era baseado na EAP e esta estrutura muito expandida, o que

gerava muitas atividades repetidas, e uma grande dificuldade de controle dos

custos dessas atividades.

Segunda grande dificuldade, agrupar todas as atividades repetidas

de forma a controlar por fases, ou seja, agrupar todas as fundações em uma

única fase de Infraestrutura, da mesma forma, para Mesoestrutura e

Superestrutura. Por se tratar da construção de uma ponte, um píer, e dolfins,

estes serviços se repetiam em casa fase deste projeto. O que se pôde

observar, foi que os valores unitários eram variáveis para o mesmo serviço, em

fases diferentes, por exemplo, o mesmo concreto Fck 40MPa, possuía valores

diferenciados para a ponte, píer e dolfins de atracação, esse recurso foi

adotado pelo departamento comercial, vislumbrando possíveis aditivos em

determinadas fases, fato esse que alterava inclusive as composições de

serviços com seus respectivos insumos.

Muitas horas foram utilizadas para estudar estas composições de

serviços para que se pudesse chegar a valores médios sem que fosse

comprometida a confiabilidade das composições adotadas. Após a aprovação

da nova estrutura de acompanhamento de custos pelo Gecon, partiu-se para a

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implantação de fato no sistema Logix, da empresa líder. Apesar do apoio

conseguido da área de TI, para a importação das composições do orçamento

que gerou a proposta, a consolidação dessas composições na nova estrutura

de acompanhamento foi muito demorada, tendo um serviço muito operacional

não restando tempo para as análises cabíveis. Após dois meses de

implantação da estrutura analítica, iniciou-se assim o cadastramento do novo

planejamento de custo da obra.

Após todo o trabalho operacional de implantação do sistema da

líder, mais uma vez todo um trabalho operacional para implantar o outro

sistema, uma vez, que ambas as diretorias desejam ver seu sistema rodando

plenamente e apresentando seus índices.

Terceira grande dificuldade, a questão conceitual. Duas empresas

com conceitos e culturas diferentes. Até que os conceitos fossem alinhados,

vários retrabalhos foram gerados.

Foram quase três meses de implantação, até que se chegasse a

uma receita acumulada e esta comparada com a programada e a medida com

o cliente. Foi realizada a primeira reunião de apresentação do custo com suas

variáveis e análises para todas as gerências da obra e apresentadas as

análises de desvios e definidos os planos de ação.

A avaliação do Gecon foi que em função de todas as dificuldades

encontradas, o resultado superou todas as expectativas, apesar da estrutura

necessária pra se rodar dois sistemas distintos ser duplicada.

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CONCLUSÃO

A gestão de custos em projetos é tarefa árdua e árida para os

gerentes de projetos, incluindo variáveis que devem ser consideradas:

Nem sempre quem fez a estimativa dos custos no passado é o

mesmo profissional que gerencia o projeto no momento;

Nem sempre as estimativas são realistas, ou seja, muitas vezes

para viabilizar uma aprovação interna subestimam-se intencionalmente alguns

custos do projeto, ou, no caso de projeto vendido por empresa de consultoria a

cliente, a mesma “infração” ocorre com vistas a ganhar o negócio;

Por vezes, os sistemas de informação disponíveis como instrumental

de apoio ao gerente de projetos são precários, obsoletos e pouco confiáveis.

Falta de cultura interna (inclusive, dos diretores) para utilização de

indicadores de desempenho de custos em projetos.

Gerenciar custos não é tarefa fácil para o gerente de projetos,

sobretudo porque é algo dinâmico, ou seja, novos custos podem ser

identificados em tempo de execução do projeto, bem como deixar de existir.

Porém, há uma certeza, essa dinâmica tem se ser retratada no dia a dia pelos

gestores, e feito um realinhamento constante do orçamento e

conseqüentemente das projeções e análises de risco.

Para que se tenha uma eficiente gestão de custos, deve haver uma

conscientização dos acionistas, dos gerentes de projeto, das equipes de gestão

de custos. Treinamento e aplicação dos conceitos de gestão de custos e a

utilização de um bom sistema de gestão são fundamentais para uma eficaz

gestão e alcance dos resultados esperados.

Com uma estrutura de custos bem organizada, pode-se identificar

um detalhe primordial: as origens e destinos de cada custo. Assim, o gestor

sempre será capaz de diagnosticar com agilidade e precisão o que deve ser

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mantido e o que deve ser cortado, diante de determinado contexto. Outro

benefício gerado pela boa gestão de custos é o planejamento dos custos. Os

gestores serão capazes direcionar melhor esses recursos.

Entre as principais lições que se aprende, está compreender a

importância de se planejar para, sempre que necessário, adaptarem-se às

mudanças do projeto. E uma condição fundamental para viabilizar tudo isso é

manter um controle bem estruturado dos custos, que produza análises

financeiras mensuráveis e que traduzam a realidade econômico-financeira do

projeto.

Quanto mais intensa a competição a que estiver submetida uma

empresa, mais importante será dispor de instrumentos integrados de gestão

que lhe permitam conhecer seus custos e, a partir daí, encontrar uma posição

competitiva vantajosa diante de seus competidores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEONE, George S. Guerra, LEONE, Rodrigo José Guerra. Dicionário

de Custos . São Paulo: Atlas, 2004

Guía PMBOK, Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em

Gerenciamento de Projetos. Project Management Institute.

LEONE, George S. Guerra, LEONE, Rodrigo José Guerra. Os 12

mandamentos da Gestão de Custos. Rio de Janeiro: FGV, 2004

RIBEIRO, Osnir Moura. Contabilidade Geral Fácil. Rio de Janeiro.

Editora Saraiva.

GITMAN, Lawrence J. Gitman. Princípios da Administração

Financeira. São Paulo. Editora Pearson Addison Wesley.

CASAROTO, Nelson Filho. Análise de Investimentos. São Paulo.

Editora Atlas

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INDICE

1.0 A EMPRESA DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM 07

1.1 Projeto básico 13

1.2 Planejamento de detalhamento 9

1.3 Suprimentos 14

1.4 Produção 14

2.0 O PROJETO 15

2.1 Definições 15

3.0 GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE UM PROJETO 20

3.1 Estimativa de custos 22

3.2 Fluxograma de processo de gerenciamento de custos de projeto 24

3.3 Entradas, ferramentas e técnicas e saídas 25

3.3.1 Entradas para a Estimativa dos Custos 25

3.3.2 Técnicas e Ferramentas para a Estimativa dos Custos 26

3.3.2.1 Estimativa análoga 27

3.3.2.2 Valores de custo de recursos 28

3.3.2.3 Estimativa "bottom-up" 28

3.3.2.4 Estimativa paramétrica 29

3.3.2.5 Software de gerenciamento de projetos 29

3.3.2.6 Análise de proposta de fornecedor 29

3.3.2.7 Análise das reservas 30

3.3.2.8 Custo da qualidade 31

3.3.2.9 Estimativas de custos da atividade 31

3.3.2.10 Detalhes que dão suporte à estimativa de custos da atividade 31

3.3.2.11 Mudanças solicitadas 32

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3.3.2.11.1 Plano de gerenciamento de custos (atualizações) 32

3.3.2.13 Orçamentação 32

3.4. Saídas da Estimativa dos Custos 33

3.4.1 Orçamentação: Entradas 34

3.4.1.1 Declaração do escopo do projeto 34

3.4.1.2 Estrutura analítica do projeto 34

3.4.1.3 Dicionário da EAP 34

3.4.1.4 Estimativas de custos da atividade 34

3.4.1.5 Cronograma do projeto 35

3.4.1.6 Contrato 35

3.4.1.7 Plano de gerenciamento de custos 35

3.4.1.8 Agregação de custos 35

3.4.1.9 Análise das reservas 35

3.4.1.10 Estimativa paramétrica 36

3.4.1.11 Reconciliação dos limites de financiamento 37

3.4.1.12 Linha de base dos custos 37

3.4.1.13 Necessidade de financiamento do projeto 38

3.4.1.14 Plano de gerenciamento de custos (atualizações) 39

3.5.1.15 Mudanças solicitadas 39

3.5 Controle de custos 39

3.5.1 Análise de medição de desempenho 40

ESTUDO DE CASO 43

4.1 As Empresas e o Projeto 43

4.2 O empreendimento 44

4.3 A gestão de Custos 44

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CONCLUSÃO 47

BIBLIOGRAFIA 49

Índice 50

Índice de figuras 53

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INDICE DE FIGURAS

FIGURA 1. Estrutura Organizacional da empresa 8

FIGURA 2. Setores e suas responsabilidades 9

FIGURA 3.1 Visão geral do gerenciamento de custos do projeto 9

FIGURA 3.2 Fluxograma de processo de gerenciamento de custos de projeto 9

FIGURA 3.3 Estimativa de custos, entradas, ferramentas e técnicas e saídas 33

FIGURA 3.4 Exibição de fluxo de caixa, linha de base de custos e financiamento 38

FIGURA 3.5 Controle de custos, entrada, ferramentas, técnicas e saídas 40

FIGURA 3.6 Curvas 41