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Gerontologia

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Gerontologia

Gerontologia (do grego gero = envelhecimento + logia = estudo), segundo Elie

Metchnikoff em 1903, é a ciência que estuda o processo de envelhecimento em

suas dimensões biológica, psicológica e social.

De acordo com Anita Liberalesso Neri, a Gerontologia trata-se de um “campo

multi e interdisciplinar que visa à descrição e à explicação das mudanças

típicas do processo de envelhecimento e de seus determinantes genético-

biológicos, psicológicos e socioculturais”.

A Gerontologia é o campo de estudos que investiga as experiências

de velhice e envelhecimento em diferentes contextos socioculturais e

históricos, abrangendo aspectos do envelhecimento normal e patológico.

Investiga o potencial de desenvolvimento humano associado ao curso de vida e

ao processo de envelhecimento. Caracteriza-se como um campo de estudos

multidisciplinar, recebendo contribuições metodológicas e conceituais da

biologia, psicologia, ciências sociais e de disciplinas como a biodemografia,

neuropsicologia, história, filosofia, direito, enfermagem, psicologia educacional,

psicologia clínica e medicina.

Para G. E. Alkema e D. E. Alley (2006) a Gerontologia estuda os processos

associados à idade, ao envelhecimento e à velhice, sendo uma área de

convergência entre a biologia, sociologia e a psicologia do envelhecimento. O

envelhecimento, nesse sentido, representa a dinâmica de passagem do tempo

e a velhice inclui como a sociedade define as pessoas idosas. A biologia do

envelhecimento estuda o impacto da passagem do tempo nos processos

fisiológicos ao longo do curso de vida e na velhice. A psicologia do

envelhecimento, por sua vez, se concentra nos aspectos cognitivos, afetivos e

emocionais relacionados à idade e ao envelhecimento, com ênfase no

processo de desenvolvimento humano. A sociologia baseia-se em períodos

específicos do ciclo de vida e concentra-se nas circunstâncias sócio-culturais

que afetam o envelhecimento e as pessoas idosas.

Seria Celeste Soares de Miranda com a colaboração do seu marido, Herberto

Manuel de Miranda, que fundaria a revista "Gerontologia" numa acção

da Universidade Internacional da Terceira Idade (U.I.T.I]), em Lisboa,

igualmente criada por si

O estudo da velhice e dos fatores associados ao envelhecimento cresce de

forma sem precedentes após a 2.ª Guerra Mundial, com o aumento das

populações idosas e com o envelhecimento de pesquisadores que se

interessavam em investigar as fases iniciais do curso de vida. No entanto, a

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velhice já era objeto de reflexão por filósofos e sociedades da idade

antiga. Cícero (106-42 antes de Cristo), cidadão e filósofo grego, no

manuscrito Senectude, levanta inúmeros dilemas sobre a velhice, abordando

os estereótipos e a heterogeneidade dos anciãos em relação ao convívio

social, a manutenção da capacidade física e mental. Para o filósofo, já idoso, a

disciplina e as atitudes diante da vida eram conceitos importantes para se

envelhecer bem. A velhice, nesse contexto, não remetia necessariamente a um

quadro de decrepitude e senilidade. Mesmo com a redução das habilidades

físicas e mentais ainda era possível se adaptar, continuar socialmente

engajado e participar de contextos de aprendizagem (Birren e Schroots, 2001).

Ao longo da Idade Média e da Idade Moderna a velhice é tratada por

estudiosos que se propunham a descrever os processos associados à

patologia, à anatomia e à fisiologia do organismo dos adultos idosos. O

conhecimento acumulado nesse período reuniu suposições que embasaram

pesquisas e estudos posteriores. A diminuição da eficiência dos processos

fisiológicos, aliada à diminuição da capacidade de enfrentar estressores, foi

amplamente descrita.

A teoria de Charles Darwin (1801-1882) sobre a evolução das espécies

impactou o desenvolvimento de ciências como a biologia e a psicologia do

desenvolvimento. Os princípios da teoria de Darwin compreendiam:

progressividade da evolução das espécies, seletividade, criatividade,

continuidade das mudanças e multidirecionalidade. Com base nesses

princípios, psicólogos como Gesell, Bühler, Freud, Jung e Piaget

desenvolveram teorias que organizavam o desenvolvimento humano em

estágios, nas quais a velhice não estava incluída. Essas teorias se fundavam

nas seguintes premissas:

sequencialidade das transformações;

unidirecionalidade;

orientação à meta;

irreversibilidade;

característica estrutural-qualitativa das transformações;

unidirecionalidade dos processos de mudança.

Ao longo do século XX, o estudo de temas relacionados ao curso de vida,

desenvolvimento e inteligência evoluiu de forma contínua e gradual. A partir de

1950, a teoria de ciclos de vida proposta por Erik Erikson forneceu as bases

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para teorias que versavam sobre o desenvolvimento ao longo do curso de vida

(life-span). Dedicava-se a estudar a meia-idade e a velhice, com ênfase nas

boas condições associadas a essas etapas e ao potencial de desenvolvimento

inerente ao final da vida. Paralelamente, as ciências sociais e psicológicas

passam a considerar que o desenvolvimento é influenciado por trajetórias

evolutivas socialmente construídas.

O modelo deficitário de desenvolvimento mental na vida adulta e velhice, que

versava sobre a aparente “involução” das capacidades intelectuais em adultos

de meia-idade e idosos (período da 1.ª Guerra Mundial), passa a ser

substituído por teorias que consideram as mudanças sócio-históricas e as

influências culturais sobre o desenvolvimento. Muitos dados importantes foram

gerados pelo estudo longitudinal conduzido por K.W. Schaie a partir de 1955,

em Seattle – Estados Unidos. Schaie e colaboradores observaram que adultos

e idosos expostos a condições sociais e educacionais favoráveis em fases

anteriores da vida apresentavam melhor desempenho intelectual ao longo do

curso de vida.

Nas décadas de 1980 e 1990, com o avanço da Gerontologia e dos estudos,

novas linhas de investigação foram conduzidas. A Gerontologia passa a se

interessar por temas como: plasticidade (capacidade de mudança em face da

experiência e uso); adaptação, seleção e otimização de recursos e habilidades

(referenciados pela teoria de Paul Baltes e Margret Baltes); sabedoria;

dependência aprendida (referenciada em Margret Baltes); seletividade

emocional (Laura Carstensen); hormesis (estressores de pouco impacto que

beneficiam o organismo e o preparam a enfrentar estressores de maior

impacto); e modelos teóricos para mensurar a velhice bem-sucedida

(referenciados pela pesquisa conduzida por Rowe e Kahn) e a velhice

acompanhada por incapacidades e fragilidade (como Linda Fried e

colaboradores).

A Gerontologia é a ciência que estuda de maneira multi e interdisciplinar o

processo de envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e

social. Busca compreender as experiências de velhice e envelhecimento em

diferentes contextos socioculturais e históricos, abrangendo aspectos do

envelhecimento normal e patológico. Investiga o potencial de desenvolvimento

humano associado ao curso de vida e ao processo de envelhecimento.

O aumento da expectativa de vida ou a esperança de vida ao nascer, a

diminuição da natalidade e o acelerado processo de envelhecimento da

população brasileira têm preocupado cada vez mais cientistas, intelectuais e

formuladores de políticas públicas. Estima-se que em 2050 um quarto da

população mundial será composta por idosos, o que equivalerá a 2 bilhões de

habitantes.

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Ao contrário dos países desenvolvidos, o aumento da população idosa nos

países em desenvolvimento, como o Brasil, é acompanhado por necessidades

sociais e de saúde como: analfabetismo, pobreza, elevada projeção de

doenças crônicas, pouco acesso aos serviços sociais e de saúde, número

insuficiente de programas para a população idosa, e ausência de políticas

voltadas para a prevenção e promoção de saúde que considere o curso de

vida.

O desafio da Gerontologia como um campo de estudos e de atuação

profissional concentra-se em garantir que a velhice e o processo de

envelhecimento sejam processos orientados e bem-assistidos. Torna-se

imprescindível que o aumento da expectativa de vida seja acompanhado por

ganhos na qualidade de vida, satisfação e bem-estar.

O Gerontólogo

O Gerontólogo é um profissional generalista, com conhecimento teórico sobre

os aspectos biopsicossociais envolvidos no processo de envelhecimento. Este

profissional está capacitado para compreender, criar, planejar, desenvolver e

avaliar formas de apoio ao idoso, seus cuidadores familiares e ações de

promoção do envelhecimento saudável.

Gestão de casos: com atuação individual ou integrando a equipe

multiprofissional, o gerontólogo fornece uma visão generalista e integral sobre

o processo de cuidado, preocupando-se com os aspectos biopsicossociais

envolvidos e com a promoção da qualidade de vida e bem estar.

Gestão organizacional: em instituições que prestam serviços à população idosa

e voltados para a promoção do envelhecimento ativo.

Gestão de programas e projetos: planejando e/ou acompanhando ações

voltados para a linha de cuidado e/ou para a promoção do envelhecimento

ativo.

Socioeducação: atua na educação permanente de profissionais e na educação

de cuidadores. Pode atuar com diferentes grupos etários na construção de

conhecimento sobre o processo de envelhecimento e na valorização da pessoa

idosa.

Apoio familiar: atuar no aconselhamento e orientação psicológica de familiares

a fm de elevar a qualidade de vida dos idosos.

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Atendimento: integrar equipes multiprofissionais em hospitais e clínicas

geriátricas para realizar a avaliação ampla do idoso e de seu contexto social.

Capacitação: preparar cuidadores de idosos – ocupação reconhecida pelo

Código Brasileiro de Ocupações.

Gestão: trabalhar na administração de instituições que prestam serviços à

população idosa.

Planejamento: elaborar, promover e coordenar ações para informar a

população sobre os cuidados específicos com os idosos. Propor projetos e

políticas públicas para solucionar os problemas da terceira idade, levando em

conta as principais doenças e os fatores sociopolíticos e culturais.

Docência e pesquisa: orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e

práticas.

O Gerontólogo

O Gerontólogo é um profissional generalista, com conhecimento teórico sobre

os aspectos biopsicossociais envolvidos no processo de envelhecimento. Este

profissional está capacitado para compreender, criar, planejar, desenvolver e

avaliar formas de apoio ao idoso, seus cuidadores familiares e ações de

promoção do envelhecimento saudável.

Gestão de casos: com atuação individual ou integrando a equipe

multiprofissional, o gerontólogo fornece uma visão generalista e integral sobre

o processo de cuidado, preocupando-se com os aspectos biopsicossociais

envolvidos e com a promoção da qualidade de vida e bem estar.

Gestão organizacional: em instituições que prestam serviços à população idosa

e voltados para a promoção do envelhecimento ativo.

Gestão de programas e projetos: planejando e/ou acompanhando ações

voltados para a linha de cuidado e/ou para a promoção do envelhecimento

ativo.

Socioeducação: atua na educação permanente de profissionais e na educação

de cuidadores. Pode atuar com diferentes grupos etários na construção de

conhecimento sobre o processo de envelhecimento e na valorização da pessoa

idosa.

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Estatuto do Idoso

Conforme o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de

Hollanda Ferreira, Estatuto é Lei orgânica de um Estado, sociedade ou

organização. Nesse sentido, o Estatuto do Idoso é uma Lei Federal, de nº

10.741, de 1º de outubro de 2003, isto é, uma Lei Orgânica do Estado

Brasileiro destinada a regulamentar os direitos assegurados às pessoas com

idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos que vivem no país.

Para esclarecimento amplo, o Estatuto do Idoso é o resultado final do trabalho

de várias entidades voltadas para a defesa dos direitos dos idosos no Brasil,

entre as quais sempre se destacou a Sociedade Brasileira de Geriatria e

Gerontologia e também de profissionais das áreas da saúde, direitos humanos

e assistência social, além de parlamentares do Congresso Nacional.

O documento, vigente desde janeiro de 2004, veio ampliar direitos que já

estavam previstos em outra Lei Federal, de nº 8842, de 04 janeiro de 1994 e

também na Constituição Federal de 1988 e dessa forma se consolida como

instrumento poderoso na defesa da cidadania dos cidadãos e cidadãs daquela

faixa etária, dando-lhes ampla proteção jurídica para usufruir direitos sem

depender de favores, amargurar humilhações ou simplesmente para viverem

com dignidade.

Ao longo de seus 118 artigos são tratadas questões fundamentais, desde

garantias prioritárias aos idosos, até aspectos relativos à transporte, passando

pelos direitos à liberdade, à respeitabilidade e à vida, além de especificar as

funções das entidades de atendimento à categoria, discorrer sobre as questões

de educação, cultura, esporte e lazer, dos direitos à saúde através do SUS, da

garantia ao alimento, da profissionalização e do trabalho, da previdência social,

dos crimes contra eles e da habitação, tanto em ações por parte do Estado,

como da sociedade. Cada uma dessas questões tem um tratamento minucioso,

mas fazendo uma síntese, os aspectos mais significativos são os seguintes:

a) Nas aposentadorias, reajuste dos benefícios na mesma data do reajuste do

salário mínimo, porém com percentual definido em regulamento; a idade para

requerer o salário mínimo estipulado pela Lei Orgânica da Assistência Social-

LOAS cai de 67 para 65 anos;

b) Assegura desconto de pelo menos 50% nas atividades culturais, de lazer e

esportivas, além da gratuidade nos transportes coletivos públicos;

c) No caso do transporte coletivo intermunicipal e interestadual, ficam

reservadas duas vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou

inferior a dois salários mínimos e desconto de 50% para os idosos da mesma

renda que excedam essa reserva;

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d) Prioridade na tramitação dos processos e procedimentos dos atos e

diligência judiciais nos quais pessoas acima de 60 anos figurem como

intervenientes;

e) Os meios de comunicação também deverão manter espaços ou horários

especiais voltados para o público idoso, com finalidade educativa, informativa,

artística e cultural sobre o envelhecimento;

f) Os currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal deverão prever

conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, a fim de contribuir para a

eliminação do preconceito, sendo que o poder público deverá apoiar a criação

de universidade aberta para pessoas idosas e incentivar a publicação de livros

e periódicos em padrão editorial que facilite a leitura;

g) Quanto aos planos de saúde, a lei veda a discriminação do idoso com a

cobrança de valores diferenciados em razão da idade, determinando ainda ao

poder público o fornecimento gratuito de medicamentos, assim como prótese e

outros recursos relativamente ao tratamento, habilitação ou reabilitação;

h) O idoso terá prioridade para a compra de moradia nos programas

habitacionais, mediante a reserva de 3% das unidades, sendo prevista, ainda,

a implantação de equipamentos urbanos e comunitários voltados para essa

faixa etária.

Em conclusão, é fato notório que o Estatuto do Idoso representa um avanço

considerável na proteção jurídica aos homens e mulheres com 60 anos e mais

da sociedade brasileira, mas é fundamental que todos eles , assim como seus

familiares, se interessem em buscar informações mais detalhadas sobre o

mesmo, consultando bibliotecas, acessando a internet e acompanhando as

notícias dos meios de comunicação de massa, como jornais, revistas, rádio e

TV, acionando seus órgãos representativos de classe, como associações e

sindicatos, cobrando providências e ações de seus representantes políticos e

dos órgãos públicos e dos governantes, apoiando e participando ativamente de

movimentos reivindicativos ou de protestos, a fim de que tudo o que está

prescrito no texto legal seja devidamente cumprido e que tal conquista não

acabe sendo mais um lei brasileira que fica apenas no papel como letra morta.

No Brasil, o Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10741 de 1 de Outubro de 2003)

é um estatuto no qual são estabelecidos os direitos dos idosos e são previstas

punições a quem os violarem, dando aos idosos uma maior qualidade de vida.

Por essa lei em vigor os filhos maiores de 18 anos são responsáveis pelo bem

estar e saúde dos pais idosos. Por essa lei, em vigor no Brasil, é considerado

idoso as pessoas a partir dos 60 anos de idade e impõe as penalidades a quem

infringir a lei.

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"Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos

assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos."

"Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa

humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-

se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para

preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,

intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade."

"Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder

Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à

vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao

trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência

familiar e comunitária."

O Estatuto do idoso, de iniciativa do Projeto de lei nº 3.561 de 1997 é de

autoria do então deputado federal Paulo Paim, foi fruto da organização e

mobilização dos aposentados, pensionistas e idosos vinculados à

Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (COBAP), resultado

de uma grande conquista para a população idosa e para a sociedade.

Após seis anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em

setembro de 2003 e sancionado pelo presidente Lula no mês seguinte,

ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais

abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à

terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou

abandonar cidadãos da terceira idade.

Envelhecimento e Velhice

A velhice é considerada a terceira idade da vida humana e se caracteriza pela

queda de força e degeneração do organismo, ou seja, ao longo da vida têm-se

várias fases e é com elas que você cresce e amadurece. Segundo os dados

fornecidos pelo IBGE, no Brasil são 21 milhões de pessoas com idade igual ou

superior a 60 anos que, de acordo com a legislação vigente, são consideradas

idosas.

Tal etapa pode ser observada pelas mudanças físicas que tendem a ser

graduais ou progressivas. Algumas delas são:

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• Aparecimento de rugas;

• Perda da elasticidade da pele;

• Diminuição da força muscular;

• Aparecimento dos primeiros cabelos brancos;

• Queda de cabelos;

• Redução da capacidade auditiva;

• Alteração dos reflexos, entre outras.

Já as mudanças psicossociais são as afetivas e cognitivas, como os efeitos

fisiológicos do envelhecimento, aproximação do fim da vida, solidão,

afastamento de pessoas de outras faixas etárias, dificuldade econômica, entre

outros.

Divisão da gerontologia

Primeiro, é preciso saber que o gerontólogo não é um geriatra, o médico que

trata de doenças comuns a pessoas idosas. Hoje, os profissionais da

gerontologia podem trabalhar em funções distintas, principalmente, gerindo

instituições que atendam a população na terceira idade.

“O geriatra é sempre o médico. O bacharel em gerontologia vai trabalhar em

gestão, auxiliando na viabilização de projetos, prestando consultoria e

ajudando na organização de instituições que trabalham com pessoas idosas”

A profissão de gerontólogo ainda não foi regulamentada. Por isso, outra opção

para quem quer trabalhar na área é procurar por cursos de especialização.

Profissionais de qualquer área podem se especializar em gerontologia.

“O profissional dessa área pode vir de qualquer outro segmento. Por exemplo,

podemos ter um fisioterapeuta que, depois de formado, faz uma especialização

na área para atuar em espaços que já atendem a pessoas idosas. Eu posso

também ter um advogado com especialização em gerontologia que pode, por

exemplo, aturar com o direto dos idosos”

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Síntese da história social da velhice

Para Neri, no final do século XIX se instaurou, no Brasil, a categoria social

“pobre”, que passava a ser vista, pela aristocracia, como um problema. A

solução encontrada para administrar a pobreza foi o asilamento desta

população, composta por orfãos, imigrantes, leprosos, mendigos e velhos. Para

a autora, neste mesmo período, foram construídas as associações “negativas”

entre asilo, pobreza e velhice, presentes, no próprio Estatuto do Idoso (2005, p.

09).

Focalizando o mesmo período, Groisman (1999), investigou a constituição

histórica das instituições para velhos, na cidade Rio de Janeiro, a capital

brasileira, na época. Em seu trabalho o autor selecionou uma instituição para

análise, a qual qualifica como “modelar” o “Asilo São Luiz para a Velhice

Desamparada”. Fundado em 1890, por iniciativa do Estado, da Igreja e da

sociedade civil, o que colaborou para que tivesse grande visibilidade social, o

asilo se tornou “um locus privilegiado para a elaboração de representações

sociais sobre o envelhecimento”, devido ao grande interesse que despertava

nos jornais cariocas. Com o intuito de angariar recursos financeiros, para a

instituição, as notícias difundiam imagens carregadas de simbolismo, que

vinculavam a velhice à tristeza, à desilusão, ao desamparo, à invalidez, à

santidade, à morte e à pobreza. Em sua análise, o autor concluiu que tais

imagens logo foram sendo incorporadas ao imaginário coletivo e à própria

velhice, como categoria de pensamento (GROISMAN, 1999, p.70-71)

Haddad (1986) aponta que, no final dos anos 60, do século XX, se inaugurava,

no Brasil, um novo paradigma de serviços à velhice, inicialmente promovido

pelo SESC e, posteriormente, pelas universidades abertas à terceira idade

(DEBERT, 1999). O paradigma emergente tinha como objetivos a promoção do

bem estar social, a ocupação do tempo livre e a refuncionalização da velhice,

implementados dentro de espaços criados especialmente para esses fins,

nomeados como “espaços de convivência”. As atividades desenvolvidas no

SESC estavam atreladas a práticas esportivas, ao lazer, à cultura, ao

conhecimento, enfim, vinculavam a velhice a uma vida ativa. Este modelo de

atendimento à velhice colaborou para a criação de uma nova categoria social: a

“terceira idade”. Diferente da categoria “velhice”, a terceira idade passa a ser

retratada como uma fase ativa da vida repleta de realizações. Podemos

encontrar tais representações nas nomenclaturas vinculadas, ao público idoso,

na contemporaneidade: “melhor Idade”, “feliz idade”, ”maturidade” e outras

designações acompanhadas de valores meliorativos.

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Atentando para os regimes de verdade que forjaram a velhice, Haddad (1986)

nos revela que as práticas e saberes da Gerontologia e da Geriatria, no Brasil,

foram cooptados pelos interesses do Estado buguês. Segundo a autora, essas

duas especialidades ignoraram, na elaboração de seus regimes de verdade, as

questões objetivas do público idoso, principalmente aquelas mais estreitamente

relacionadas à realidade histórica e cultural brasileira. Para Haddad o objetivo

principal da Gerontologia e Geriatria, em cumplicidade com o Estado, era a

disciplinarização dos velhos. No trecho, a seguir, fica bastante evidente tal

cumplicidade, na proposta da abolição da aposentadoria por tempo de serviço

apoiada no regime de saber geriátrico-gerontológico, considerando

exclusivamente, o ônus causado pelos dos benefícios de aposentadoria ao

Estado:

A aposentadoria não é raro uma espécie de doença ou de morte que toma

conta progressivamente do indivíduo, acabando por liquidá-lo, em geral, antes

do tempo. O trabalho é o melhor prêmio que a vida pode oferecer ao homem.

Sem ele a vida perde completamente o sentido, passando a ser pesado fardo.

Pesado e inútil. O que se faz preciso é trabalhar com entusiasmo e, sobretudo

com humor, pois desse é que nasce a sublime alegria de viver (STIEGLITZ,

1978, p.29, apud HADDAD, 1986, p. 43)

O asilo, a aposentadoria, a Gerontologia e a Geriatria, conforme destaca

Groisman (1999), são importantes marcos na diferenciação da velhice no

cenário social e na produção de sentido acerca do envelhecimento. O asilo

veicula fortes imagens de uma velhice decrépita, disfuncional e inapta para a

vida, necessitando, portanto, de um amparo total que demanda e legitima a

tutela, a reclusão e o confinamento. A aposentadoria, na mesma linha de

invalidação, ao desqualificar o idoso para as atividades produtivas, o

desqualifica também para outras atividades e funções sociais. O estigma que

pesa sobre o aposentado é o da inatividade, uma inatividade não só

relacionada ao trabalho, mas a outras esferas da vida. A gerontologia, por seu

turno, valendo-se da autoridade galgada pelo cientificismo no mundo moderno,

irá difundir imagens do envelhecimento como um período de perdas e

limitações, além de ditar as normas de tratamento do idoso.

Mais recentemente, o Estatuto do Idoso irá se consumar como outro marco

fundamental na história social da velhice. Desdobrado da constituiçao de 1988,

como uma lei dirigida especificamente para o idoso, “reflete a influência de

atuação de especialistas, políticos e segmentos da sociedade organizada”

(NERI, 2004, p.07), registrando mudanças significativas no tratamento e nas

figurações da velhice. Indubitavelmente, hoje, ele funciona como uma grande

usina de produção simbólica referente à velhice, por ser o principal orientador

das políticas e práticas que tornam o idoso objeto da gestão pública. Funciona

como um grande guia das ações do Estado e da sociedade civil como um todo

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no tratamento do idoso e, sobretudo, como grande guia do modo como a

velhice é vista e significada.

Idoso

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com

60 anos ou mais. Todavia, para efeito de formulação de políticas públicas, esse

limite mínimo pode variar segundo as condições de cada país. A própria OMS

reconhece que, qualquer que seja o limite mínimo adotado, é importante

considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as

alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes

variações quanto a condições de saúde, nível de participação na sociedade e

nível de independência entre as pessoas idosas, em diferentes contextos.

O estudo do processo de envelhecimento é chamado gerontologia, enquanto o

estudo das doenças que afetam as pessoas idosas é chamado geriatria. Existe,

em alguns países, o Estatuto do Idoso, que garante direitos a essa população

que já tem idade avançada.

Os idosos tendem a apresentar capacidades regenerativas decrescentes, o

que pode levar, por exemplo, à fragilidade, um processo de crescente

vulnerabilidade, predisposição ao declínio funcional e, no estágio mais

avançado, a morte. Ademais, mudanças físicas ou emocionais também podem

comprometer a qualidade de vida dessas pessoas.

Além dos sinais mais visíveis do envelhecimento — rugas e manchas na pele,

mudança da cor do cabelo para cinza ou branco ou, em alguns

casos, alopecia — idosos tendem à diminuição da capacidade visual e auditiva,

diminuição dos reflexos, perda de habilidades e funções neurológicas,

como raciocínio e memória diminuídas. Ademais, podem

desenvolver incontinência urinária e incontinência fecal, além de doenças

como Alzheimer, demência com corpos de Lewy e Parkinson

A política nacional do idoso (PNI), Lei nº8. 842, de 4 de janeiro de 1994, e o

estatuto do Idoso,Lei nº 10.741,de 1º de outubro de 2003, define Idoso pessoas

com 60 anos ou mais. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002)

define o idoso a partir da idade cronológica, portanto, idosa é aquela pessoa

com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais

em países desenvolvidos. É importante reconhecer que a idade cronológica

não é um marcador preciso para as mudanças que acompanham o

envelhecimento. Existem diferenças significativas relacionadas ao estado de

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saúde, participação e níveis de independência entre pessoas que possuem a

mesma idade (Brasil, 2005).

Segundo Mendes et al, 2005, envelhecer é um processo natural que

caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas,

psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com

sobrevida prolongada.

Porem torna-se necessário delimitar uma faixa etária para o idoso brasileiro

principalmente na formulação da política pública e na demarcação de grupo

populacional dos beneficiários focalizando os recursos e concebendo direitos a

esta população. (SANTOS, 2004)

Dias (2007) relata que envelhecer é um processo multifatorial e subjetivo, ou

seja, cada indivíduo tem sua maneira própria de envelhecer. Sendo assim o

processo de envelhecimento é um conjunto de fatores que vai além do fato de

ter mais de 60 anos, deve-se levar em consideração também as condições

biológicas, que está intimamente relacionada com a idade cronológica,

traduzindo-se por um declínio harmônico de todo conjunto orgânico, tornado-se

mais acelerado quanto maior a idade; as condições sociais variam de acordo

com o momento histórico e cultural; as condições econômicas são marcadas

pela aposentadoria; a intelectual é quando suas faculdades cognitivas

começam a falhar, apresentando problemas de memória, atenção, orientação e

concentração; e a funcional é quando há perda da independência e autonomia,

precisando de ajuda para desempenhar suas atividades básicas do dia-a-dia

(PASCHOAL, 1996; MAZO, et al., 2007 apoud Dias, 2007).

O idoso tem direito à vida

• A família, a sociedade e o Estado, tem o dever de amparar o idoso

garantindo-lhe o direito à vida;

• Os filhos maiores tem o dever de ajudar a amparar os pais na velhice,

carência ou enfermidade;

• Poder público deve garantir ao idoso condições de vida apropriada;

• A família, a sociedade e o poder público, devem garantir ao idoso acesso aos

bens culturais, participação e integração na comunidade;

•Idoso tem direito de viver preferencialmente junto a família;

• Idoso deve ter liberdade e autonomia.

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O idoso tem direito ao respeito

• Idoso não pode sofrer discriminação de qualquer natureza;

• A família, a sociedade e o Estado tem o dever de:

assegurar ao idoso os direitos de cidadania;

• Assegurar sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem

estar;

• Os idosos devem ser respeitados pelos motoristas de ônibus, que devem

atender suas solicitações de embarque e desembarque, aguardando sua

entrada e saída com o ônibus parado;

• Todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço deverão dar

preferência ao atendimento ao idoso, devendo ter placas afixadas em local

visível com os seguintes dizeres: "Mulheres gestantes, mães com criança de

colo, idosos, e pessoas portadoras de deficiência têm atendimento preferencial"

O idoso tem direito ao atendimento de suas necessidades básicas

• A aposentadoria após completar o tempo de serviço de 35 anos para os

homens e 30 anos para a mulher;

• A aposentadoria proporcional por idade 65 anos para os homens e 60 anos

para as mulheres;

• Ao benefício de prestação continuada, se tiver idade superior a 67 anos e não

possuir outras rendas e sua família não dispuser de meios para assisti-lo;

• receber apoio jurídico do Estado, se não tiver meios de provê-los;

• Acolhimento provisório através de Centros-Dia, e /ou Casas-Lares;

• Ser atendido nos plantões sociais da Secretaria Municipal da Família e Bem-

Estar Social,

recebendo orientação, encaminhamentos, óculos e documentação;

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• Os idosos inscritos no Programa de Atendimento à Terceira Idade da

Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social – FABES – têm o direito de

receber "O Leite para a Vovó".

O idoso tem direito à saúde

O poder público deve:

•Garantir ao idoso acesso à saúde;

• Criar serviços alternativos de saúde para o idoso;

• Prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso;

• Idoso tem direito ao atendimento preferencial nos postos de saúde e hospitais

municipais, juntamente com as gestantes, deficientes, devendo os mesmos

serem adaptados para o seu atendimento;

• Iidoso tem direito de ser vacinado anualmente contra gripe e pneumonia;

• Idoso deve ser informado sobre a prevenção e controle da osteoporose.

O idoso tem direito à educação

• Dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de

ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não

tiveram acesso na idade própria;

• Aos órgãos estaduais e municipais de educação compete:

• Implantar programas educacionais voltados para o idoso, estimulando e

apoiando assim, a admissão do idoso na universidade;

• Incentivar o desenvolvimento de programas educativos voltados para a

comunidade, ao idoso e sua família, mediante os meios de comunicação de

massa;

• Incentivar a inclusão nos programas educacionais de conteúdo sobre o

envelhecimento;

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•Incentivar a inclusão de disciplinas de Gerontologia e Geriatria nos currículos

dos cursos superiores;

• Idoso tem o direito de participar do processo de produção, reelaboração e

fruição dos bens culturais;

• Saber do idoso deve ser valorizado, registrado e transmitido aos mais jovens

como meio de garantir a sua continuidade, preservando-se a identidade

cultural.

O idoso tem direito à moradia

Aos órgãos públicos, no âmbito estadual e municipal, cabe:

• Destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao

idoso, na modalidade de casas-lares;

• Incluir nos programas de assistência ao idoso formas de melhoria de

condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando o seu

estado físico e sua independência de locomoção;

• Elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação

popular;

• Diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas.

O idoso tem direito à justiça

• Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer

forma de negligência ou desrespeito ao idoso;

• Ao Ministério da Justiça (nos âmbitos estadual e municipal) compete zelar

pela aplicação das normas sobre o idoso, determinando ações para evitar

abusos e lesões a seus direitos, assim como acolher as denúncias para

defender os direitos da pessoa idosa junto ao Poder Judiciário.

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O idoso tem direito ao transporte

• O idoso, homem com 65 anos e mulher com 60 anos, está isento do

pagamento de tarifa em todas as linhas urbanas de ônibus e trolebus operados

pela SP Transporte e empresas particulares permissionárias de serviço de

transporte coletivo;

• Todos os veículos empregados nas linhas de transporte coletivo de

passageiros, no município de São Paulo, deverão ter os quatro primeiros

lugares sentados, da sua parte dianteira, reservado para uso por gestantes,

mulheres portando bebês ou crianças de colo, idosos e deficientes físicos.

O idoso tem direito ao lazer

• Os aposentados e idosos têm direito a meia-entrada para ingresso nos

cinemas, teatros, espetáculos e eventos esportivos realizados no âmbito do

município de São Paulo;

• Foi instituído, no âmbito do município de São Paulo, o passeio turístico

gratuito para as pessoas com mais de 65 anos de idade.

O idoso tem direito ao esporte

• As unidades esportivas municipais deverão estar voltadas ao atendimento

esportivo, cultural, de recreação e lazer da população, destinando atendimento

específico às crianças, aos adolescentes, aos idosos e aos portadores de

deficiência;

• O município deve destinar recursos orçamentários para incentivar a

adequação dos locais já existentes e a previsão de medidas necessárias

quando da construção de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes,

de recreação e de lazer por parte dos portadores de deficiências, idosos e

gestantes de maneira integrada aos demais cidadãos;

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• A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação realizará nos mês de

setembro de cada ano a Olimpíada Municipal da Terceira Idade.

O geriatra é um médico que utiliza uma abordagem ampla para a avaliação

clínica, incluindo aspectos psicossociais, escalas e testes; por isso, a consulta

geriátrica é, em geral, mais demorada.

Além de lidar com doenças como as demências, a hipertensão arterial, o

diabetes e a osteoporose, o geriatra também trata de problemas com múltiplas

causas, como tonturas, incontinência urinária e tendência a quedas. Ele

também fornece cuidados paliativos aos pacientes portadores de doenças sem

possibilidade de cura.

Frequentemente, atua em conjunto com equipe multidisciplinar, como na

avaliação de tratamentos adequados e daqueles que trazem riscos e/ou

interações indesejadas.

A Medicina Geriátrica é uma ciência que avança a cada dia, propiciando

longevidade com melhor qualidade de vida para a população idosa.

Gerontologia

É o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, psicológicos, sociais

e outros. Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada,

interagem entre si e com os geriatras.

Campo científico e profissional dedicado às questões multidimensionais do

envelhecimento e da velhice, tendo por objetivo a descrição e a explicação do

processo de envelhecimento nos seus mais variados aspectos. É, por esta

natureza, multi e interdisciplinar. Na área profissional, visa a prevenção e a

intervenção para garantir a melhor qualidade de vida possível dos idosos até o

momento final da sua vida.

Atuação

Na prevenção: propõe intervenções que se antecipem aos problemas mais

comuns que afetam os idosos e orienta a criação de condições adequadas

para um envelhecimento com qualidade.

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Na ambientação: orienta a criação de condições ambientais para uma vida com

qualidade na velhice, focando os mais variados espaços por onde circulam ou

vivem pessoas idosas.

Na reabilitação: propõe intervenções quando ocorreram perdas que são

resgatáveis e, quando irreversíveis, orienta a criação de condições individuais e

ambientais para uma vida digna.

Nos cuidados paliativos: propõe intervenções quando ocorrem doenças

progressivas e irreversíveis, abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e

espirituais, com atenção estendida aos familiares, visando o maior bem-estar

possível e a dignidade do idoso até a sua morte.

Os profissionais da Gerontologia tem uma ampla área de atuação, podendo

abranger, entre outras, as seguintes:

• Ensino

• Pesquisa

• Educação comunitária

• Promoção de saúde

• Controle e tratamento de doenças

• Reabilitação

• Apoio psicológico

• Manutenção e promoção da autonomia e independência

• Adaptação ambiental

• Reinserção no contexto social

• Atividades corporais e comportamentais

• Segurança e defesa de direitos

• Antropologia

• Educação

A gerontologia é a ciência que realiza o estudo do envelhecimento humano,

com o objetivo de atender às necessidades físicas, emocionais e sociais do

idoso. A geriatria é a área médica que estuda e trata das doenças que

acometem as pessoas idosas.

O profissional que atua na Gerontologia é responsável pela criação,

planejamento, organização de projetos que visam a satisfação do idoso em

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diversos aspectos, como: social, físico e psicológico, sendo habilitado a atuar

com grupos inerentes que necessitam de cuidados especiais, como idosos que

vivem sozinhos, apresentam problemas mentais, possibilitando que eles

possam realizar atividades que propiciem a inserção social.

O crescimento da população de idosos e o aumento da expectativa de vida

fazem com que o mercado necessite cada vez mais desses profissionais.

Destacamos as principais áreas de atuação para o gerontólogo:

-ONGs que atuam no atendimento a idosos;

- Ambulatórios;

- Centros de Saúde e Convivência;

- Clínicas especializadas.

O gerontólogo estuda as seguintes disciplinas: nutrição do idoso, assistência

domiciliar, biologia do envelhecimento, programas de saúde do idoso e

psicologia.

A gerontologia compreende o apoio familiar, capacitação, planejamento,

docência e pesquisa, com o objetivo de promover ações para informar a

população sobre os cuidados específicos para com os idosos e promover

qualidade de vida da 3ª idade.

Envelhecimento

Envelhecimento, nos seres humanos, é o processo de desgaste do corpo (ou

das células), depois de atingida a idade adulta. As causas do envelhecimento

ainda não são totalmente conhecidas; teorias propõem que acúmulo de danos

(por exemplo, mutações no DNA) possa causar aumento de falhas no

organismo. Outras teorias propõem que o envelhecimento possa ser

programado geneticamente.

O envelhecimento do organismo como um todo relaciona-se com o fato

das células somáticas do corpo irem morrendo e não serem substituídas por

novas como acontece na juventude. O motivo é que para a substituição poder

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acontecer células somáticas têm de se dividir para criarem cópias que vão

ocupar o lugar deixado vago pelas que morrem.

Em virtude das múltiplas divisões celulares que a célula individual registra ao

longo do tempo, para esse efeito, o telómero (extensão final do DNA que serve

para a sua proteção ) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de

comprimento, chamado de limite de Hayflick, ponto em que a célula perde a

capacidade de se dividir, levando a uma consequente diminuição do número de

células do organismo, das funções dos tecidos, órgãos, do próprio organismo e

o aparecimento das chamadas doenças da velhice.

Uma enzima endógena (telomerase) encarrega-se da manutenção dos

telómeros. A cada divisão da célula acrescenta a parte do telómero que se

perde em virtude da divisão, de modo que o telómero não diminui e a célula

pode-se dividir sempre que precisa. Ela realiza essa função unicamente

em células germinativas e em alguns tipos de células cancerosas, fazendo com

que estas sejam permanentemente jovens independentemente do organismo

envelhecer.

As células somáticas têm o gene da telomerase mas não a produzem.

Atualmente a ciência já consegue ativar a telómerase e criar células com

potencial imortal. Revistas científicas como a Science (1998) já trouxeram

artigos sobre este assunto.

O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do

tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais

velho. Esta tradicional definição tem sido desafiada pela sua simplicidade.

No caso dos seres vivos relaciona-se com a diminuição da reserva funcional,

com a diminuição da resistência às agressões e com o aumento do risco de

morte.

Aspectos econômicos e mercadológicos do envelhecimento

A economia do envelhecimento é da maior importância. Crianças e

adolescentes em geral dispõem de pouco dinheiro, mas a maior parte deste é

destinada à aquisição de bens de consumo. Estes também têm grande impacto

no modo como seus pais gastam seu dinheiro.

Adultos jovens são considerados uma coorte muito valorizada pelo mercado.

Estes em geral recebem seu próprio dinheiro e apresentam poucas

responsabilidades, como crianças ou dividas. Em geral, estes ainda não têm

hábitos de consumo fixos e estão mais abertos a novos produtos. Assim, em

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geral, os mais jovens constituem o alvo central das estratégias de marketing.

A televisão é programada principalmente para atrair pessoas entre 15 e 35

anos de idade, e os filmes também são construídos em torno deste apelo.

As pessoas de meia-idade e os idosos tendem a comprar menos e são

tradicionalmente enxergados como possuindo hábitos de compra muito

arraigados e estáveis, portanto, estando menos abertos ao marketing. Idosos

em geral tendem a possuir maior patrimônio, mas tendem a ser mais

económicos, estando assim mais abertos ao marketing de instituições

financeiras do que ao mercado de consumo. É importante notar que isto reflete,

nos países em desenvolvimento, o estado dos idosos das classes média e alta,

enquanto que idosos oriundos das classes menos favorecidas podem não

apresentar renda e depender de seus filhos, por exemplo.

No Brasil, o fenômeno da pobreza e do desemprego tem levado, no entanto, a

situações em que são os idosos aposentados ou pensionistas a sustentar seus

descendentes desempregados.

Finalmente, a diminuição da população jovem (e, portanto, da percentagem da

população contribuidora dos sistemas de pensão e impostos) está projetando

uma situação de queda na arrecadação dos sistemas previdenciários e

aumento nos gastos (com aumento da parcela de aposentados), ameaçando

um colapso dos sistemas previdenciários. Embora diferentes estratégias

tenham sido propostas, esta é ainda uma questão aberta atualmente.

Variações culturais

Certas culturas se encontram diante de uma situação ou entendimento menos

problemático do que o descrito acima, pela própria maneira como entendem o

ser idoso: a idade avançada é vista como um estágio a ser atingido e o idoso,

visto com respeito e status. Isto é particularmente mais comum nas culturas

orientais.

Mudanças cognitivas no envelhecimento

Um declínio constante em muitos processos cognitivos é visto ao longo da vida,

particularmente a partir dos 30 anos de idade. A maioria das pesquisas tem se

focalizado em memória e envelhecimento e tem-se verificado declínio em

diferentes tipos de memória com o envelhecimento, mas não na memória

semântica ou no conhecimento geral, como definições e vocabulário, os quais

tipicamente aumentam ou mantêm-se estáveis.

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Qualidade de Vida

Para garantir uma melhora na qualidade de vida da população idosa é preciso

conhecer as condições de vida, de saúde, econômicas e de suporte social dos

idosos, para que se possa estar preparado para atender às demandas sociais,

sanitárias, econômicas e afetivas dessa parcela da população, que,

atualmente, é a que mais cresce mundialmente.

A maioria das famílias enfrentam inúmeras dificuldades em como cuidar de

idoso com dignidade e respeito. Existem vários programas de saúde que

auxiliam em como cuidar de idoso. Os programas de saúde pública são

insuficientes para dar a assistência necessária que o idoso precisa no seu dia a

dia. Diante dessa realidade as famílias se sentem muito despreparadas.

Fazer uma avaliação completa com um geriatra

Procure conhecer a realidade do idoso em todos os aspectos. Aspectos físico,

cognitivo e emocional.

Converse com o idoso

Para saber a melhor maneira de como cuidar de idoso é necessário interagir

com ele. Converse com o idoso, se for possível, identifique como ele se sente

em relação as mudanças dessa nova fase da vida.

Estimular os contatos sociais

Devemos não apenas nos preocupar com os cuidados diários, mas também

estimular o envolvimento social do idoso. Proporcionar ao idoso novos desafios

evita o isolamento social e previne sintomas depressivos.

Organizar uma rede de apoio familiar

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É importante dividir as atribuições entre os elementos da família. Para saber

exatamente como cuidar de idoso é necessário que o cuidador principal

compartilhe as atribuições ao seu grupo familiar. Isso é importante para evitar a

sobrecarga de atribuições. A maior vantagem é promover maior interação entre

os familiares e o idoso. Essa interação favorece uma velhice com qualidade de

vida.

Oferecer carinho e afeto

Saber como cuidar de idoso necessita de carinho. Com as mudanças da idade

as situações de aconchego e de amor são muito mais relevantes que

atendimentos tecnicamente adequados, mas sem afeto.

Saber como cuidar de idoso pode ser gratificante. Mas também pode roubar

um pouco de tempo e causar amargura. Não é uma tarefa fácil. Por isso reuni

algumas dicas que vão te ajudar a tornar essa fase mais tranquila.

Para cuidar de idoso

Encontre temas de interesse mútuo

Não julgue os idosos pela sua condição física

Ofereça sempre ajuda quando eles se prontificarem para fazerem algo. Por

exemplo: Café, chá.

Leve o idoso constantemente ao médico.

Ajude-os com a higiene pessoal.

Ajude-os a preparar as refeições adequadas.

Sempre que possível leve-os para sair um pouco de casa.

Vivemos em uma sociedade que busca descartar aqueles que nada mais

podem produzir. É a sociedade de consumo, que exclui a dignidade e o

respeito da vida de muitos irmãos e irmãs nossos. Essa realidade é frequente,

principalmente em muitos lares, onde pessoas idosas têm de conviver com a

falta de respeito, o carinho e a atenção de seus familiares.

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A síndrome da eterna juventude tem se infiltrado em muitos corações. O tempo

passa para todos, e a juventude só será eterna no coração. As plásticas podem

esconder as rugas do tempo impressas no rosto, mas não podem impedir os

anos de passarem.

Muitos idosos sofrem em silêncio o descaso de seus familiares. Vivem

isolados, porque não mais encontram um espaço para partilhar a vida. Falta a

paciência e a compreensão dos mais novos, os quais, no futuro, também serão

idosos. Como é triste encontrarmos pais e mães que perambulam pela vida

com o sentimento de terem sido descartados e estarem atrapalhando a vida

dos mais novos! É preciso, urgentemente, uma mudança de consciência das

gerações mais novas. É preciso reavaliarmos o valor daqueles que já

contribuíram com a criação dos filhos e netos; e hoje merecem nosso cuidado,

carinho e atenção.

É inadmissível que os idosos sejam tratados como objetos descartáveis por

filhos, netos e demais familiares. O que somos hoje se deve ao trabalho e

carinho desses nossos irmãos que desejam apenas cultivar o sentimento de

serem amados por seus familiares e entes queridos. Não há desculpa para

quem maltrata uma pessoa idosa. Os vizinhos podem não saber como os

idosos de uma determinada família são, muitas vezes, maltratados, mas a vida

é uma escola, e quem não aprende por bem terá de, um dia, deparar-se com

as consequências das escolhas que um dia fez na vida.

O sentimento de culpa é pessoal, e quem um dia maltratou seu pai ou sua

mãe, seu avô ou sua avô, terá de conviver com o peso desse sentimento até o

último dia de sua vida.

A maioria dos idosos passa bastante tempo em casa, o que significa que, para

além do conforto, é importante assegurar algumas condições de segurança

básicas:

Colocar um alarme em casa.

Instalar detectores de fumo na cozinha e nos quartos.

Isolar portas e janelas para evitar a entrada de frio/calor.

Assegurar que o óculo da porta de entrada esteja à altura do idoso.

Reduzir a temperatura da água na caldeira, para evitar queimaduras no banho.

Evitar a existência de muitos espelhos em casa porque os reflexos podem

assustar o idoso.

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Certificar que não existam artigos inflamáveis (cortinas, panos, etc.) junto do

fogão na cozinha.

Colocar o micro-ondas sobre a banca em vez de o manter elevado.

Assegurar que toda a casa está bem iluminada, incluindo corredores, escadas

e entradas exteriores.

Instalar interruptores iluminados que são mais visíveis durante a noite.

Substituir as maçanetas das portas redondas por maçanetas horizontais que

são mais fáceis de abrir e fechar.

Instalar rampas de acesso, caso o idoso utilizar uma cadeira de rodas ou um

qualquer apoio para se deslocar.

Instalar um chuveiro flexível e uma cadeira de banho para facilitar a higiene

pessoal; colocar uma sanita mais elevada na casa de banho.

Substituir o telefone e os comandos da televisão por modelos com teclas

grandes.

Colocar um telefone na mesa-de-cabeceira do idoso.

Substituir os relógios tradicionais por relógios digitais, que são mais fáceis de

ler.

Organizar o guarda-roupa do idoso através do agrupamento de calças,

camisas, camisolas, saias e vestidos.

Assegurar a limpeza doméstica, a lavagem e engomagem de roupa ou

contratar alguém para o fazer.

As quedas de idosos são mais frequentes do que imaginamos e podem originar

das situações mais normais do dia-a-dia, como calçar uns chinelos

escorregadios ou caminhar sobre um chão encerado. A maioria das quedas de

idosos resultam em dolorosas fracturas, por isso, saiba como as evitar:

Evitar fios suspensos, fios muito compridos ou atravessados no chão.

Retirar tapetes escorregadios ou equipá-los com um anti-derrapante.

Evitar encerar o chão de casa.

Limpar imediatamente qualquer líquido/alimento entornado.

Certificar que todas as escadas tenham um corrimão seguro.

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Instalar barras de apoio nos duches/banheiras e ao lado das sanitas.

Afixar um tapete de borracha no fundo da banheira.

Colocar barras de apoio nas camas para facilitar na hora de levantar e deitar.

Optar por uma cama mais baixa, que torna mais seguros os movimentos de

levantar e deitar.

Organizar o mobiliário de forma a criar um espaço amplo para circular, livre de

obstáculos.

Remover objectos e mobiliário em excesso.

Organizar os armários de forma a colocar os objectos mais utilizados nas

prateleiras mais baixas – tudo deve ser de fácil acesso para o idoso. Desta

forma, o idoso pode evitar as quedas que muitas vezes originam da utilização

de bancos ou cadeiras.

Assegurar que as cadeiras utilizadas pelo idoso são suficientemente altas e

que tenham apoios para os braços; evitar cadeiras com rodas.

Colocar um cadeirão no quarto, onde o idoso se possa sentar para vestir e

calçar.

Evitar calçado com solas escorregadias e vestuário muito comprido.

Colocar luzes de presença em todas as divisões utilizadas à noite, para evitar a

queda do idoso às escuras.

A saúde de pais idosos é uma preocupação constante e tem de ser vigiada

regularmente, tendo em conta os seguintes aspectos:

Assegurar uma dieta saudável e equilibrada, composta por fruta, vegetais,

cereais, alimentos com pouca gorda e baixo teor de sal.

Falar com o médico do idoso sobre a toma de um suplemento de vitaminas

e/ou cálcio.

Certificar que o idoso se mantenha hidratado, bebendo muita água.

Acompanhar o idoso nas suas consultas ao médico.

Ajudar o idoso a organizar a toma dos medicamentos diários, distribuindo-os

em caixas próprias para o efeito.

Estar atento a possíveis efeitos secundários dos medicamentos do idoso.

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Assegurar que os óculos e/ou o aparelho auditivo do idoso está de acordo com

as suas necessidades atuais.

Manter um historial médico atualizado do idoso, assim como os contactos de

todos os seus médicos.

Devolver à farmácia medicamentos que estão fora de prazo ou que o idoso já

não necessita tomar.

Evitar o consumo de álcool, principalmente se o idoso está a tomar medicação.

Manter os pais idosos ativos, através de caminhadas, passeios, aulas de

hidroginástica ou outras atividades físicas exclusivamente pensadas para

idosos.

Bem-Estar Emocional e Psíquico

Cuidar de idosos também passa pela companhia e conversa, ou seja, é

importante que passem tempo de qualidade juntos. Para além disso, os pais

idosos devem ser incentivados a levar uma vida o mais normal possível,

recheada de coisas divertidas e que gostem de fazer:

Faça visitas regulares aos seus pais idosos e incentive-os a fazerem o mesmo.

Motive o idoso a manter os seus amigos, saindo para se encontrar com eles na

pastelaria.

Contacte um vizinho ou amigo que também possa visitar os pais diariamente

ou no caso de alguma emergência.

Incentive o idoso a ir ao cabeleireiro/barbeiro regularmente.

Se o idoso necessitar da ajuda de outra pessoa para se deslocar – ir às

compras, ao médico ou visitar os amigos – coloque-se à disposição para o

levar, combinando sempre estes compromissos com antecedência.

Incentive o idoso a ler e a ver televisão para estar a par do mundo e mantenha-

o informado acerca das novidades familiares, assim como das datas

importantes que se aproximam, caso dos aniversários.

Motive os seus pais idosos para se inscreverem numa universidade sénior ou

num centro de convívio.

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A condição da pessoa que necessita de um cuidador também é muito

heterogênea. Um idoso acamado e que já não consegue controlar suas

necessidades básicas, demanda um trabalho diferente do idoso que faz tudo,

mas às vezes fica confuso e se perde na volta para casa. Tonturas, risco de

quedas, uso de bengalas, falta de ar para caminhar, falta de orientação, são

exemplos de restrições. Saber como evolui cada doença, dará uma idéia de

como se comportar frente a um evento novo. Converse bastante com o médico,

informe-se. A arte de cuidar (sim, isso é uma arte) está em saber até que ponto

ir. Sem fazer pelo idoso o que ele ainda consegue fazer e com isso preservar

ao máximo a funcionalidade que lhe resta. Saber respeitar ao máximo a sua

individualidade sem a necessidade de impor algo que vá contra os seus

princípios e vontades. Saber se adaptar as necessidades de cada situação e

de cada pessoa cuidada.

Gerontologia social

O Gerontólogo tem como principal exercício agir no sentido da promoção de

um envelhecimento bem-sucedido, através da aplicação das metodologias

necessárias à compreensão integral do processo de envelhecimento humano

nos seus aspetos biológicos, psicológicos, sociais e culturais, com vista a

preservar e/ou estimular:

a (i) capacidade cognitiva,

a (ii) capacidade funcional,

o (iii) envolvimento ativo com a vida,

o (iv) equilíbrio psicoafectivo.

Ciência que estuda o processo de envelhecimento do Homem, isto é, investiga

as modificações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais consecutivas

à acção do tempo no organismo humano, independentemente de qualquer

fenómeno patológico (R. Fontaine, 2000; Z. Nicolas, 1981).

Envelhecimento Humano – No sentido “imago hominis”, é um lugar de

Sabedoria, Arte, Fascinação, Imaginação e Criatividade de saber envelhecer

(em-velho-ser).

Envelhecer e envelhecimento, têm como princípio a morfogénese do

conhecimento: o saber, o saber-fazer, o saber-estar, o saber-ser, como valores

de aprendizagens fruídas.Com o prazer de apropriação do melhor e da maior

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parte do património ecológico, cultural, tecnológico e científico, desfrutadas

com o gozo de “aprender a aprender” e a viver em comunidade/sociedade.

A preocupação com o envelhecimento, com a velhice e com os idosos apesar

de mais visível nos dias actuais, já existia desde o início da civilização. Em

1903 Elie Metchinikoff defendeu a a criação de uma nova especialidade, a

Gerontologia

A origem da palavra Gerontologia vem do gero (velhice) + logia (estudo)

Campo de investigação dedicado ao estudo do envelhecimento, velhice e dos

idosos.

Processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas,

funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam perda da capacidade

de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior

vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por

levá-lo à morte. (Papaléo Netto, 1996)

A visão biológica do envelhecimento é o processo de transformação do

organismo de natureza interacional que se inicia em diferentes épocas, com

ritmos direfenciados, acarretando resultados distintos para as diversas partes e

funções do organismo.

Um ciclo de vida vital delimitada por eventos como perdas psicomotoras,

afastamento social, restrição em papéis sociais e especialização cognitiva. Neri

(2001) ; Papaléo Netto (2002)

O Gerontólogo é o profissional responsável pela avaliação, intervenção e

estudo científico do fenómeno do envelhecimento humano e prevenção dos

problemas bio-psico-sociais a ele associado.

Também é o responsável pela promoção de um envelhecimento bem sucedido

bem como pela administração e organização dos serviços de preservação de

cuidados a idosos. Por isso, o Gerontólogo exerce a sua prática profissional em

contacto directo ou indirecto com a população idosa.

Competências do gerontólogo:

Conhecer os processos normais de envelhecimento detectando

atempadamente desvios de carácter patológico;

Gerir, administrar e organizar serviços de preservação do bem-estar das

comunidades em envelhecimento.

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Implementar programas de prevenção e promoção dos processos de

desenvolvimento no idoso;

Avaliar problemas de envelhecimento, qualidade de vida e bem-estar nas

populações idosas;

Participar de forma activa na avaliação multidisciplinar dos idosos,

supervisionando o cumprimento e a vigilância das prescrições clínica e ou

terapêutica, com a finalidade de promover o suporte e a segurança para o bem-

estar dos indivíduos;

Intervir na comunidade, junto dos idosos e prestadores de cuidados (formais e

informais);

Acompanhar e/ou encaminhar os idosos em situações agudas, reabilitação e

finitude;

Participar em trabalhos de investigação clínica e de saúde pública com vista ao

estabelecimento dos padrões de qualidade de vida das populações em

envelhecimento;

Intervir ao nível da prevenção e promoção da saúde;

Intervir nas áreas da investigação científica, de gestão e de ensino, seja em

iniciativas institucionais, seja em projectos interinstitucionais.

Gerontologia Social

O termo gerontologia provém do grego e é formado pela palavra geron (que

significa velho) e logia (conhecimento ou estudo). Assim, a gerontologia é o

estudo do envelhecimento.

A gerontologia social é uma disciplina focada na saúde de pessoas idosas, não

só a partir de uma perspectiva médica, mas também pela concepção social do

indivíduo. Esta especialidade abrange o envelhecimento das pessoas de forma

globalizada.

O envelhecimento apresenta vários planos. Por um lado, tudo o que está

relacionado à fisiologia do indivíduo. Neste sentido, a estomatologia estuda os

processos degenerativos naturais e as doenças próprias de idosos, assim

como uma série de orientações para manter a saúde e a qualidade de vida

dessas pessoas (por exemplo, através de uma alimentação adequada e de

exercícios físicos). Por outro lado, a gerontologia social foca a relação do

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indivíduo com o seu ambiente e todos aqueles aspectos que lhe atingem: a

situação econômica e familiar, a participação na sociedade, o atendimento

domiciliar, as relações humanas e a aposentadoria.

Após um longo período de vida profissional o indivíduo enfrenta uma nova

etapa: a aposentadoria. Esta nova fase significa uma mudança radical de todas

as formas, pois afeta o tempo livre, as relações sociais e o projeto vital em

geral. Por este motivo, a gerontologia social valoriza e dá importância à

aposentadoria como um desafio pessoal para evitar o isolamento do indivíduo,

o sedentarismo e inclusive uma possível depressão.

Após um longo período de vida profissional o indivíduo enfrenta uma nova

etapa: a aposentadoria. Esta nova fase significa uma mudança radical de todas

as formas, pois afeta o tempo livre, as relações sociais e o projeto vital em

geral. Por este motivo, a gerontologia social valoriza e dá importância à

aposentadoria como um desafio pessoal para evitar o isolamento do indivíduo,

o sedentarismo e inclusive uma possível depressão.

A longevidade tem uma contradição: é positiva pelo fato de supor viver por

mais tempo, no entanto, viver mais tempo não significa viver melhor. Esta

contradição é evidente, por isso os especialistas em gerontologia social

consideram que a velhice deve ser compatível à qualidade de vida que se tem.

A importância de estudos sobre o envelhecimento com qualidade de vida na

atualidade surge do fato de que a sociedade na qual vivemos não assegura os

direitos da maioria dos idosos, apesar da existência de leis destinadas a esse

fim como o Estatuto do Idoso e a Política Nacional do Idoso.

O segmento idoso da população brasileira é formado por uma parcela

significativa de pessoas em situação de vulnerabilidade social que têm

inúmeros problemas relacionados à falta de apoio familiar e social, além de

vínculos afetivos fragilizados e muitas vezes inexistentes.

Soma-se a essa realidade a carência de oportunidades, sejam elas providas

pelas políticas públicas ou pela sociedade civil, de programas destinados a

propiciar momentos de convivência comunitária. A concretização de iniciativas

dessa natureza constitui-se como fator favorecedor para que pessoas idosas

possam ter uma vida mais saudável ao superar estigmas e preconceitos que

afetam as relações humanas.

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O aumento demográfico da população idosa gera desafios para a sociedade

que precisa desenvolver meios para enfrentar as demandas específicas

decorrentes dessa nova realidade etária. Nesse sentido, torna-se

imprescindível ressaltar a importância de estudos e pesquisas para um melhor

entendimento do processo de envelhecimento tendo em vista garantir um

melhor envelhecer.

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, e o aumento do

número de pessoas idosas é certamente consequência do prolongamento da

vida que se apresenta como fato inquestionável há mais de uma década. Esse

fenômeno resultou em diversas mudanças sociais, estruturais e,

principalmente, culturais, gerando demandas específicas do segmento idoso.

Para atendê-las, são necessárias ações e projetos inovadores, a fim de

aprimorar o atendimento dispensado a essas pessoas. Todavia, a sociedade

civil e os órgãos públicos não se encontram devidamente preparados para

atender essa faixa etária, levando-se em conta que a realidade do

envelhecimento é muito complexa e ainda pouco conhecida.

Dentre as questões que se colocam, é imprescindível reconhecer que o

envelhecimento não é igual para todos, e as diferenças existentes se referem a

fatores como condições de vida, acesso aos bens e serviços, cobertura da rede

de proteção e as condições de atendimento social.

A contextualização da realidade da velhice apresenta também a sua concepção

como uma fase de decadência, de inutilidade, de isolamento e de incapacidade

para a aprendizagem. Trata-se de preconceitos que rotulam e dificultam o

investimento em ações que podem beneficiar o segmento idoso e sua inclusão

na sociedade atual.

A velhice vista como doença, perda, exclusão, morte, contrapõe-se ao modelo

saúde-beleza, força física e mental, vigor sexual, capacidade produtiva. O

idoso que não se encaixa neste modelo é visto como “culpado”, como se

apenas por sua vontade pudesse corresponder ao modelo proposto. Assim, o

lugar do velho “comum” é o não lugar, tanto no aspecto econômico como na

perspectiva social.

As perspectivas de um envelhecimento digno ainda são limitadas diante da

predominância de uma insistente abordagem de infantilização e tratamento do

idoso como carente e frágil. Esse sentido de vitimização enfraquece sua

autonomia e as possibilidades do idoso se assumir como sujeito de seus atos.

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A longevidade, com qualidade de vida, apresenta-se como um fenômeno

desafiador nos dias de hoje. Esses desafios são amplos e diversos, exigindo

uma atualização da compreensão sobre o processo de envelhecer.

Saúde do Idoso

A Política Estadual de Saúde do Idoso, tem por objetivo garantir a Atenção

Integral à Saúde das pessoas com 60 anos ou mais, promovendo a

manutenção da capacidade funcional e da autonomia, contribuindo para um

envelhecimento ativo e saudável. A construção de uma sociedade para todas

as idades deve incluir ainda a parcela dos idosos frágeis, que apresentam

prejuízo funcional, seja por incapacidade ou perda de autonomia, com o

gerenciamento de ações também voltado a atender as necessidades desse

segmento.

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, Portaria GM 2528 de 19 de

outubro de 2006, define que a atenção à saúde dessa população terá como

porta de entrada a atenção Básica/ Estratégia de Saúde da Família. A Rede de

Atenção Psicossocial (CAPS) e a Rede de Urgências e Emergências (UPAS e

Pronto Atendimentos) também são portas de entrada para atendimento.

O envelhecimento populacional é um fenômeno natural e irreversível dentro do

desenvolvimento humano e seu aumento é observado em nível mundial.

Porém, de forma mais acelerada nos países subdesenvolvidos, como

observamos com a população idosa brasileira. Projeções estatísticas da

Organização Mundial de Saúde, que indicam o crescimento da população idosa

três vezes maior que o da população total, contribuirão para o Brasil ocupar o

sexto lugar em contingente de idosos, alcançando, em 2025, cerca de 32

milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (BRASIL, 2010).

Tais mudanças implicam na necessidade de adequação de políticas sociais a

esta população em especial, voltadas para atender as demandas na área de

saúde, previdência e assistência social.

A alimentação adequada, a prática de exercícios físicos, a exposição moderada

ao sol, a estimulação mental, o controle do estresse, o apoio psicológico, a

atitude positiva perante a vida e o envelhecimento são alguns fatores que

podem retardar ou minimizar os efeitos da passagem do tempo.

O principal objetivo das políticas de saúde do idoso é contribuir para que mais

pessoas alcancem idades avançadas com o melhor estado de saúde possível,

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em uma perspectiva de envelhecimento ativo e saudável, dentro de um

contexto social e cultural mais favorável para a população idosa.

As doenças crônicas não-transmissíveis são as principais causas de óbito na

população idosa, com destaque para as doenças cerebrovasculares e

cardiovasculares, provavelmente associadas à alta prevalência de hipertensão

arterial na população brasileira. Quando analisados parâmetros de morbidade

dos idosos, no caso das internações, as doenças circulatórias se somam às

doenças respiratórias, como a pneumonia.

Com a crescente demanda da população idosa brasileira e em acordo com os

direitos previstos na Constituição de 1988, em 1994 foi promulgada a Política

Nacional do Idoso, através da Lei 8.842/94, regulamentada em 1996 pelo

Decreto 1.948/96. Esta política assegurou direitos sociais à pessoa idosa,

criando condições para promover sua autonomia, integração e participação

efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de

atendimento do SUS (Brasil, 2010).

Caderneta do Idoso: ferramenta de identificação de riscos potenciais para a

saúde do idoso, que possibilita ações de prevenção, promoção e recuperação

pelas equipes de saúde, em especial pelas equipes de saúde da família. Nela

são encontrados dados sobre sua família e sua condição física, tais como a

pressão arterial e a glicemia, o controle de peso, internações anteriores, além

de avaliação para o risco de quedas.

Caderno de Atenção Básica - Envelhecimento e Saúde da Pessoa

Idosa: caderno técnico para capacitação de profissionais que atuam na atenção

básica com idosos. Inúmeros temas são discutidos, como: avaliação global da

pessoa idosa (avaliação nutricional, acuidade visual e auditiva, controle de

esfíncteres, vacinação, avaliação funcional e cognitiva, mobilidade e risco de

quedas); discussão sobre o suporte familiar e temas relativos ao

envelhecimento (osteoporose, quedas, hipertensão arterial sistêmica, diabetes

mellitus, incontinência urinária, depressão, demência, entre outros). Esse

caderno técnico consta de inúmeros anexos, que possibilitam ao técnico

quantificar todo o processo quantitativo, servindo ainda como ferramentas para

o desenvolvimento de pesquisas (BRASIL, 2006).

Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa: o

Ministério da Saúde – MS, por meio da Área Técnica de Saúde do Idoso,

firmou convênio com a Escola Nacional de Saúde Pública/ FIOCRUZ, para

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capacitar, na modalidade a distância (EAD) 500 (quinhentos) profissionais que

atuam na rede de saúde SUS entre os anos de 2011 e 2012, pelas diversas

regiões do país. Visando divulgar as especificidades da saúde do idoso e

envelhecimento e contribuir com a orientação e formação dos profissionais da

rede.

O envelhecimento rápido da população brasileira traz profundas consequências

na estruturação das redes de atenção à saúde. A Organização Pan-Americana

da Saúde é um organismo internacional de saúde pública com um século de

experiência dedicado a melhorar as condições de saúde dos países das

Américas, sempre com uma atenção especial aos grupos mais vulneráveis,

como a população idosa. A Organização exerce papel fundamental na melhoria

de políticas e serviços públicos de saúde, por meio da transferência de

tecnologia e da difusão do conhecimento acumulado por meio de experiências

produzidas nos Países-Membros.

Cognição: é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do

cotidiano. ∙ Humor: é a motivação necessária para atividades e/ou participação

social. Inclui, também, outras funções mentais como o nível de consciência, a

senso-percepção e o pensamento.

Mobilidade: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação do

meio onde o indivíduo está inserido. Depende da capacidade de alcance/

preensão/pinça (membros superiores), postura/marcha/transferência (membros

inferiores), capacidade aeróbica e continência esfincteriana. ∙ Comunicação: é

a capacidade estabelecer um relacionamento produtivo com o meio, trocar

informações, manifestar desejos, ideias, sentimentos; e está intimamente

relacionada à habilidade de se comunicar. Depende da visão, audição, fala, voz

e motricidade orofacial.

A gravidade do declínio funcional nas AVD básicas pode ser classificada em: ∙

Independência: realiza todas as atividades básicas de vida diária de forma

independente. ∙ Semidependência: representa o comprometimento de, pelo

menos, uma das funções influenciadas pela cultura e aprendizado (banhar-se

e/ou vestir- -se e/ou uso do banheiro). ∙ Dependência incompleta: apresenta

comprometimento de uma das funções vegetativas simples (transferência e/ou

continência), além de, obviamente, ser dependente para banhar-se, vestir-se e

usar o banheiro. A presença isolada de incontinência urinária não deve ser

considerada, pois é uma função e não uma atividade. ∙ Dependência completa:

apresenta comprometimento de todas as AVD, inclusive para se alimentar.

Representa o grau máximo de dependência funcional.

O declínio funcional é a principal manifestação de vulnerabilidade e é o foco da

intervenção geriátrica e gerontológica, independentemente da idade do

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paciente. O termo fragilidade é utilizado para descrever o idoso com maior risco

de incapacidades, institucionalização, hospitalização e morte. Todavia, o

conceito de fragilidade ainda é bastante controverso (LACAS; ROCKWOOD,

2012). Fried (2001) definiu algumas exigências para o diagnóstico de síndrome

de fragilidade, baseadas na presença de três ou mais dos seguintes critérios:

perda de peso, fatigabilidade (exaustão), fraqueza (redução da força muscular),

baixo nível de atividade física e lentificação da marcha. Esse fenótipo da

fragilidade ou “frailty” está presente em cerca de 10% dos idosos e é maior com

o aumento da idade, sexo feminino, baixo nível socioeconômico, presença de

comorbidades, particularmente, o diabetes mellitus e doenças

cardiovasculares, respiratórias e osteoarticulares. Nessa classificação há uma

excessiva valorização da mobilidade subestimando-se a importância de outras

determinantes da funcionalidade global (cognição, humor e comunicação),

além de outros indicadores de mau prognóstico, como a presença de

polipatologia, polifarmácia, internação hospitalar recente, idade avançada e

risco psicosociofamiliar elevado (insuficiência familiar)

Envelhecimento Ativo

O termo "envelhecimento ativo" foi adotado pela OMS no ﬕnal dos anos 1990.

Procura-se transmitir uma mensagem mais abrangente do que "envelhecimento

saudável" ao reconhecer que, além dos cuidados com a saúde, outros fatores

afetam o modo como os indivíduos e as populações envelhecem (KALACHE;

KICKBUSCH, 1997). A abordagem do envelhecimento ativo baseia-se no

reconhecimento dos direitos humanos das pessoas mais velhas e nos

princípios de independência, participação, dignidade, assistência e

autorrealização estabelecidos pela Organização das Nações Unidas.

Prevenção em Gerontologia Propõe intervenções que se antecipem aos

problemas mais comuns que afetam os idosos e orienta a criação de condições

adequadas para um envelhecimento com qualidade.

Ambientação em Gerontologia Orienta a criação de condições ambientais para

uma vida com qualidade na velhice, focando os mais variados espaços por

onde circulam ou vivem pessoas idosas.

Gestão em Gerontologia Gerencia serviços visando a qualidade de vida na

velhice, focando os mais variados espaços por onde circulam ou vivem

pessoas idosas.

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Reabilitação em Gerontologia Propõe intervenções quando ocorreram perdas

que são resgatáveis e, quando irreversíveis, orienta a criação de condições

individuais e ambientais para uma vida digna.

Cuidados Paliativos em Gerontologia • Propõe intervenções quando ocorrem

doenças progressivas e irreversíveis, abrangendo aspectos físicos, psíquicos,

sociais e espirituais, com atenção estendida aos familiares, visando o maior

bem-estar possível e a dignidade do idoso até a sua morte.

A Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano

em suas dimensões biológicas, psicológicas e sociais, com ênfase na pessoa

idosa e nas especificidades dessa população.

No Brasil, até o ano de 2005, a formação em Gerontologia acontecia por

intermédio dos cursos de pós-graduação, de caráter stricto e lato senso.

Contudo, em 2005, Universidade de São Paulo (USP) iniciou o curso de

Graduação em Gerontologia, representando um marco importante para a

Gerontologia Brasileira e atualmente outras instituições de ensino oferecem

essa graduação.

Considerando as alterações no perfil sociodemográfico da população brasileira

em função do aumento significativo do número de pessoas com idades acima

dos 60 anos, novas demandas em saúde, educação e na área social são uma

realidade em nossa sociedade. Com isso faz-se necessária a existência de

profissionais altamente capacitados para desenvolver propostas direcionadas

ao envelhecimento, além de gerenciar e integrar as equipes dos serviços e

ações para a população idosa.

O Gerontólogo recebe formação generalista e integrada sobre o fenômeno do

envelhecimento e a velhice, como categoria etária e social. Este profissional

está preparado para propor, programar, gerenciar e avaliar programas e ações

na vertente do envelhecimento.

Esse profissional tem como foco central a pessoa idosa, a sua família e a sua

rede de suporte social, mas também está apto a lidar com demandas advindas

do processo de envelhecimento como um todo. Reconhece as dimensões

físicas, emocionais e sócios familiares que integram a vida das pessoas idosas,

com ênfase na gestão da atenção, pois possuem competências pessoais,

técnicas e gerenciais (liderança, tomada de decisão, gerenciamento de

conflitos, visão sistêmica, planejamento, orientação para resultados), que lhe

permitem desenvolver e programar planos de ação.

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A gerontologia nada mais é do que uma ciência social interdisciplinar que

busca compreender justamente o envelhecimento. Completamente diferente da

geriatria, que é uma especialização médica focada no envelhecimento

individual – ao que a muitos isso poderia confundir – a gerontologia transmite

ao seu aluno um olhar holístico sobre o envelhecimento e a velhice, incluindo

aspectos biológicos, sociais e psicológicos. Quem estuda gerontologia obtém

um conhecimento em várias áreas, incluindo direito, administração, psicologia,

serviço social, políticas públicas, entre outras.

Embora em constante expansão, já que a cada dia mais faculdades oferecem

graduações, pós-graduações e especializações na área, o primeiro ensino

superior em gerontologia no Brasil surgiu há pouco mais de uma década,

apenas em 2005, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da

Universidade de São Paulo (EACH/ USP).

Dotada de um caráter generalista, a formação tem como objetivo, portanto,

abraçar diversas áreas profissionais direcionando o seu olhar e a sua

especialização aos idosos – já que com o envelhecimento crescente da

população brasileira as demandas e oportunidades de trabalho voltadas aos

prateados começam a aparecer no serviço público, privado e até mesmo em

ONGs.

Muitas vezes, o gerontólogo é o responsável pelo desenvolvimento e a

coordenação de programas e serviços assistenciais, por supervisionar a

qualidade do cuidado prestado em instituições, por atuar na gestão de casos

ou até mesmo pode ser o dirigente de programas de prevenção de saúde

dentro das empresas, que veem o seu contingente envelhecer, por exemplo.

As oportunidades estendem-se também para quem deseja trabalhar na área da

educação, tanto no ensino como na pesquisa.

É muito comum ouvir certas palavras no qual achamos que sabemos seu

significado. A palavra longevidade vem sendo cada vez mais pronunciada e

hoje vamos explicar realmente qual o seu significado. Longevidade + qualidade

de vida = exercícios regulares.

Ter vida longa é o que todo mundo procura. Todos almejam retardar o

envelhecimento o máximo possível, mas ao mesmo tempo ter uma boa

qualidade de vida quando envelhecer.

Numa dada população, expectativa de vida à nascença ou expectativa de vida

é o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver.

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A pesquisa é feita desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas no

momento (ano de observação). É calculada tendo em conta, além dos

nascimentos e obituários, o acesso a saúde, educação, cultura e lazer, bem

como a violência, criminalidade, poluição e situação econômica do lugar em

questão.

Porém para conquistar a longevidade é preciso algumas regras que você já

com certeza ouviu de alguns médicos: fazer exercícios, controlar o estresse,

diminuir no sal e comidas gordurosas além de excesso de doces, entre outros

fatores que desmerecem a sua saúde.

O gerontólogo é um profissional com conhecimentos interdisciplinares. Ele

domina aspectos da saúde do idoso, estuda áreas do Direito relacionadas a

este público, a psicologia, políticas públicas, serviço social e diversos outros.

A palavra “gerontologia” é derivada do grego e significa “estudo do

envelhecimento”. Isso quer dizer que a área de formação compreende as

diversas mudanças ocorridas na vida de um indivíduo ao longo do

envelhecimento, e busca meios para adaptá-lo ao dia a dia. Tudo que pode ser

feito para melhorar aspectos físicos, biológicos e psicológicos na melhor idade

é feito pelo gerontologista.

Logo, os profissionais da gerontologia são generalistas. Eles compreendem o

mundo do envelhecimento de forma ampla, e podem oferecer assistência

igualmente ampla. Desse modo, o idoso recebe cuidado para completa

qualidade de vida.

Apesar de cuidarem de um mesmo público, geriatras e gerontologistas têm

atuações diferentes, mas são muitas vezes confundidos. Os contrastes

ocorrem pelas áreas abrangidas. A geriatria é, primeiro, uma área da Medicina,

que aborda as diversas doenças que podem atingir a população da melhor

idade. Nessa etapa da vida, é mais comum, por exemplo, o aparecimento de

problemas no coração, musculatura e ossos, reflexos do desgaste natural do

corpo ao longo do tempo.

A geriatria realiza também medidas de promoção e prevenção para a saúde,

com o acompanhamento médico e prescrição de remédios, dieta e exercícios

específicos.

Por outro lado, a gerontologia trata também da saúde, mas consegue ir bem

além. O especialista dessa área é capacitado, por exemplo, em fundamentos

de arquitetura, para que possa auxiliar no projeto de uma casa adaptada às

necessidades de um idoso. Do mesmo modo, é habilitado para oferecer apoio

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nutricional, terapia ocupacional, fisioterapia, preparação física e até

atendimento jurídico, podendo se utilizar do Estatuto do Idoso brasileiro para

defendê-lo.

Um gerontólogo é também capacitado para promoção de dinâmicas em grupo,

para oferecer assistência social e atendimento a situações de violência ou

abandono. Logo, esse profissional é dedicado a todo e qualquer ramo que

possa afetar a vida do indivíduo da terceira idade.

O gerontólogo, então, trabalha com as dimensões emocionais, físicas e

familiares do idoso. A família, aliás, é um grupo que recebe bastante atenção.

Isso porque o idoso e suas condições físicas e psíquicas são fortemente

influenciados pelas pessoas com que ele convive e o ambiente em que está

inserido.

Um espaço de violência em casa, por exemplo, pode causar imensos prejuízos

ao indivíduo da terceira idade. Assim, o profissional oferece auxílio no combate

dessa violência, prevenção dos casos, e propõe medidas que efetivamente

poderão melhorar a vida do idoso, como a mudança de casa ou tratamento

psicossocial à família.

Apontada como uma das profissões do futuro, a Gerontologia é uma área

emergente que vem aos poucos atraindo a atenção de futuros profissionais. A

atividade não deve ser confundida com a Geriatria, que esta é a área médica

voltada para o estudo e o tratamento de doenças inerentes à velhice. O(a)

gerontólogo(a) tem um leque de atribuições muito mais diversificado.

A gerontologia pode ser definida como uma ciência voltada ao estudo do

processo de envelhecimento do ser humano, com foco no desenvolvimento de

meios para garantir melhorias na qualidade de vida, levando em conta as

alterações sofridas pelo homem neste período e as adaptações e cuidados

necessários.

O profissional que se forma no curso de graduação em Gerontologia atua como

uma espécie de gesto. Ele diagnostica e buscando soluções no cotidiano para

promover o bem estar na terceira idade, abrangendo as dimensões sociais,

físicas e emocionais. Deve estar atento aos conhecimentos e informações

científicas próprias da saúde do idoso e ter uma conduta pautada pelos

princípios e valores éticos.

O mercado de trabalho para o profissional na área de Gerontologia, ainda é

incipiente, mas bastante promissor. É possível atuar nos setores privado e

público, gerenciando ou integrando equipes de saúde em diversos setores,

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como empresas, instituições, hospitais, clínicas geriátricas e fundações

instituídos pela administração pública ou ainda prestar consultoria para os seus

projetos.

A palavra Gerontologia deriva da língua grega e significa estudo do

envelhecimento. O aluno do curso de Gerontologia estuda as mudanças

ocorridas no processo de envelhecimento do ser humano e procura adaptar

essas mudanças para que o idoso tenha uma vida mais tranquila nos aspectos

físicos, psicológicos e biológicos.

Ao contrário do que muitos pensam, Gerontologia e Geriatria não são a mesma

coisa. A Geriatria é uma área dentro da Medicina que trata exclusivamente de

doenças presentes nos idosos. Já a Gerontologia estuda o processo de

envelhecimento e o que fazer para se ter uma melhor qualidade de vida ao

longo dos anos. Desta forma, a Gerontologia está cada vez mais presente na

atualidade, com crescentes estudos e demanda maior diante o mercado de

trabalho.

Gerontólogo administrará necessidades da terceira idade

Identificar e atender as necessidades da crescente população de idosos do

país será a principal atribuição do graduado em gerontologia

A população mundial está envelhecendo cada vez mais. Estima-se que, em

2050, haja 2 bilhões de idosos no mundo. Pela primeira vez na história, haverá

mais velhos do que crianças, mas não sabemos lidar com isso.

Hoje, segundo ela, não há um profissional que centralize os cuidados dos

idosos, entendendo-o como um todo. “Se alguém precisa de assistência, vai

pingando de especialista em especialista, e é a família ou a própria pessoa que

tem de administrar tudo isso. O gerontólogo será a pessoa que gerenciará

essas demandas.”

O profissional, de acordo com ela, não competirá com os médicos geriatras

nem com outras especialidades. A idéia é que essas áreas se complementem,

mas com o gerontólogo sendo o mais apto a indicar os profissionais para cada

caso. “Cada profissão faz o seu recorte, mas nenhuma vê o idoso de forma

global. Com alguém gerenciando essas demandas, é possível dar respostas

mais rápidas e otimizar recursos.”

Além da saúde do idoso, o gerontólogo cuidará de outros fatores relacionados

com o seu bem-estar, como a adequação dos espaços da casa para a sua

condição, o relacionamento com os familiares e até a assistência jurídica, já

que o Estatuto do Idoso trouxe leis específicas na área.

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O formado poderá atuar em hospitais, em centros especializados, em

convênios médicos, em atendimento domiciliar e até mesmo criar serviços.

A população de idosos brasileiros é de aproximadamente 23,5 milhões. Esse

dado é fruto do aumento na expectativa e da melhora na qualidade de vida

geral, além da diminuição no número de nascimentos. O envelhecimento da

população é constante e quem está atento ao mercado sabe que isso provoca

mudanças significativas.

As mudanças voltadas a atender as necessidades dessa população emergente

indicam investimentos maciços na área da saúde. Portanto, o profissional que

pretende destacar-se nesse setor pode considerar a terceira idade como um

público de trabalho vantajoso.

A vantagem dos profissionais de saúde no mercado é sua já

consolidada cultura multidisciplinar e sua presença em diversas frentes de

atuação. Englobando a saúde física, mental e as necessidades sociais, eles

são por si só valiosos. Contudo, a Gerontologia veio para trazer ainda mais

competências a esse profissional.

A especialização engloba saúde, sociedade, legislação e educação, buscando

inserir o idoso como membro social ativo e saudável.

A Gerontologia é uma especialização da área da saúde que ocupa-se em

estudar e intervir sobre fenômenos do envelhecimento humano. Visando

atender às necessidades de cuidado físico, psicológico e social que surgem

com o decorrer da idade para promover melhor qualidade de vida a essa

população.

Diferencia-se da Geriatria, pois esta é uma especialidade exclusivamente

médica, enquanto a Gerontologia possui um caráter multidisciplinar, não se

limitando ao envelhecimento biológico. O especialista em Gerontologia também

atua no âmbito afetivo, social, legal e educacional.Portanto, oferece

competências e possibilidades de intervenção mais amplas.

Medidas de promoção ao Cuidado dos Idosos Dependentes:

1.1. Serviços de Saúde Mental

1.2. Centros de Assistência Diurna/Nocturna

1.3. Cuidado da saúde e bem-estar físico

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1.4. Apoio domiciliário

1.5. Serviços de apoio para cuidadores informais

1.6. Centros de dia, centros de convívio, lares e residências para idosos

1.7. Assessoria/Orientação Jurídica

1.8. Intervenção em negligencia e maltrato de idosos (contexto comunitário e

institucional)

1.9. Programas inovadores e/ou alternativos de cuidados a idosos

1.10. Programas de adaptação ambiental (contexto comunitário e institucional);

1.11. Serviços de informação (telefônicos, on-line e pessoais)

2. Medidas de envelhecimento ativo

2.1. Programas econômicos (metodologias diretas e indiretas)

2.2. Programas educacionais (formais ou não-formais)

2.3. Programas de atividades (contexto comunitário e institucional)

3. Medidas de promoção do envelhecimento produtivo

3.1. Voluntariado sénior e programas inter-geracionais

3.2. Programas de emprego sénior

4. Medidas transversais

4.1. Formação de quadros técnicos e pessoal auxiliar

4.2. Investigação e desenvolvimento

A nível do conhecimento Ao gerontólogo compete perceber as dinâmicas das

diferentes variáveis bio-psicosociais que influenciam a qualidade de vida do

idoso e da sua família, para que possa construir e manipular modelos,

metodologias e instrumentos de avaliação e intervenção, adequados às

circunstâncias psicológicas, familiares e sociais de cada idoso e/ou família. A

nível do conhecimento do idoso, os conhecimentos básicos da Gerontologia

são:

(i) Biológicos: conhecimento e estudos sobre as mudanças que, com a idade se

produzem nos distintos sistemas biológicos do organismo.

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(ii) Psicológicos: conhecimento acerca das mudanças e/ou estabilidade que a

passagem do tempo produz nas funções psicológica, como a atenção e o

tempo de reacção, a percepção, a aprendizagem de novas tarefas e

informações, a memória, e por último, a personalidade e a “sabedoria”.

(iii) Sociais: procura das mudanças, ocorridas com a idade, nos papéis e na

estrutura social, e seu interaccionismo, assim como de que modo as mudanças

culturais e o envelhecimento das populações ocidentais contribuem para esta

mudança.

A nível da avaliação No campo da avaliação compete aplicar o modelo e os

protocolos (com os instrumentos concretos) para a avaliação individual do

idoso e/ou da sua família. Neste sentido, é competência do gerontólogo a

criação do modelo e a escolha dos instrumentos de avaliação, assim como a

sua administração e gestão dos dados recolhidos pelos mesmos. Uma

excepção a estas competências são a selecção dos instrumentos e a

administração dos protocolos médicos e/ou de enfermagem, mas não a gestão

dos dados e a sua integração.

A nível da intervenção Realizar o planeamento, acompanhamento e avaliação

de planos individuais e globais de intervenção no idoso e da sua família,

especialmente a partir da Gestão Individual de Casos, seja em termos de

intervenção comunitária ou institucional. Em qualquer dos caso, a nível da

intervenção, o gerontólogo deverá ser apto na

1. Identificação do caso

2. Contacto inicial e rastreio

3. Análise integrativa

4. Desenvolvimento do Plano de cuidados

5. Aquisição e Implementação de serviços

6. Monitorização

7. Reavaliação

Psicogerontologia

O gerontólogo deve estar ciente das alterações nos processos cognitivos e

comportamentais, e as suas consequências. É necessário que compreenda as

variações individuais, sociais e culturais do processo de envelhecimento, bem

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como a influência que os estereótipos sobre os idosos têm sobre a auto-

imagem dos mesmos.

O gerontólogo deve conhecer:

- Os principais conceitos e paradigmas psicológicos;

- As teorias essências na psicologia do envelhecimento, incidindo sobre as

competências cognitivas, a personalidade, a adaptação e a integração social;

- A perspectiva de curso de vida no envelhecimento humano, abordando as

variações entre classes, géneros, etnias e geografia;

- Saúde mental e psicopatologia, salientando as patologias características dos

idosos, particularmente a demência e a depressão;

- O envelhecimento bem sucedido e os factores de selecção;

- O stress de fim de vida, os mecanismos de coping e as estratégias de

adaptação à doença, morte, reforma, pobreza e declínio funcional;

- O impacto dos estereótipos na integração social e na qualidade de vida do

idoso;

- De que modo as competências mentais, a personalidade e o comportamento

podem ser moldados pela sociedade, e de que modo a privação de estímulos,

a crítica e outros factores sociais negativos podem ameaçar o envelhecimento

produtivo;

- De que modo o conhecimento produzido na psicologia do envelhecimento

pode ser utilizado, na prática, para melhorar o estilo de vida;

- Como promover a aprendizagem ao longo da vida e a estimulação mental.

Gerontologia Social

O gerontólogo reconhece diversidade e idiossincrasia do processo de

envelhecimento, produto de circunstâncias estruturais, de definições culturais e

de experiências pessoais.

O gerontólogo deve estar ciente:

- Das teorias sociais do envelhecimento;

- Da dimensão temporal no processo de envelhecimento e da sua relação com

a evolução histórica da sociedade;

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- Do impacto, no processo de envelhecimento individual e social, das condições

sociais macro (económicas, estruturais e culturais);

- Dos mecanismos condicionadores na construção de idade e de

envelhecimento;

- Da tensão entre os formatos sociais macro de envelhecimento e a construção

interaccional dos processos de envelhecimento;

- Das diferenças estruturais e institucionais dos contextos de envelhecimento

existentes entre países europeus, do impacto destas diferenças e do modo

como podem ser ultrapassadas, através de processos políticos;

- De que modo os contextos micro sociais desempenham um papel

fundamental na construção do envelhecimento e no suporte emocional e

instrumental, e como se diferenciam esses contextos a nível europeu, incluindo

os prestadores formais de cuidados;

- Da concepção de estratégicas políticas e de prestação de cuidados, no

sentido de promover a qualidade de vida, considerando a experiência de vários

países europeus;

Gerontologia Educativa

O gerontólogo deve perceber a importância da educação e formação ao longo

da vida quer para o idoso, quer para profissionais e outros agentes de apoio ao

idoso. O gerontólogo deve ainda contribuir para a avaliação das necessidades

de formação e programas educativos quer a nível do idoso/família, quer a nível

das organizações.

Envelhecimento Saudável

A atividade física faz com que o organismo adapte-se a um patamar maior de

exigência e de capacidade de resposta. Se olharmos o envelhecimento como

processo contínuo que vai da fase de desenvolvimento máximo até o fim da

vida, veremos que ele se caracteriza pela limitação, pela perda progressiva da

capacidade de adaptar-se, de responder a uma sobrecarga, seja do cotidiano –

correr, subir uma escada, carregar um peso – seja uma sobrecarga artificial ou

incomum, como uma doença ou condições climáticas excepcionais. Por isso,

a gripe preocupa mais nos idosos do que nos jovens e uma onda de calor mata

mais os velhos do que os moços. Na medida em que a atividade física faz com

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que a pessoa, apesar da idade mais avançada, consiga preservar a

capacidade de adaptação funcional, seu organismo terá respostas mais

próximas das encontradas nos indivíduos de menos idade, isto é, preserva-se a

capacidade de dar resposta à demanda funcional.

Do coração, de tédio ou de outra forma de doença agravada pela imobilidade.

Depois, imaginou-se que o indivíduo deveria fazer exercícios que

preservassem sua capacidade cardiocirculatória. Nos anos 1970, vivemos a

onda dos exercícios aeróbios como os grandes responsáveis pela prevenção

de doenças cardiovasculares. Já os anos 1990 e no início do século 21

demostraram que são os exercícios de força que fazem a diferença, quando se

fala na capacidade funcional do idoso e na prevenção de boa parte das

doenças comuns nessa faixa etária. Recentemente, numa entrevista, o próprio

Kenneth Cooper, grande defensor do exercício aeróbio como única forma de

atividade física saudável, disse que intercala exercícios aeróbios com

exercícios de força (aqueles feitos contra uma resistência) para elevar não só

massa, mas a qualidade muscular, ou seja, a capacidade de o indivíduo utilizar

seus músculos quando necessário.

Ou para uma senhora que nunca praticou uma atividade física sistemática, foi

dona de casa e exclusivamente se ateve às tarefas domésticas. A primeira

coisa que faço é mostrar para essas pessoas que existem atividades, que não

o uso de medicamentos, responsáveis por sua saúde. Segundo passo: uma

vez que a pessoa esteja motivada para experimentar uma atividade física como

forma de promoção de saúde, é preciso explicar-lhe os tipos de exercícios que

promoverão o benefício almejado.

Queixa muito comum do indivíduo que envelhece é a restrição para realizar

determinadas ações. Subir um degrau, o degrau do ônibus, por exemplo, é um

desafio ergonômico, tanto do ponto de vista de amplitude de movimentos

quanto de força de impulsão. É fácil demonstrar, mesmo no consultório, que

para realizar esse ato corriqueiro fazem falta força de contração muscular e

amplitude articular. A pessoa que não consegue abotoar um botão nas costas,

levantar os braços acima da cabeça, ou andar alguns metros, não tem

simplesmente idade mais avançada. O fator idade está agravado pela falta de

competência e de treinamento muscular. Os exercícios físicos promovem

benefícios em pouco tempo. Algumas semanas depois de ter começado a

praticá-los contra uma resistência de três quilos, por exemplo, o indivíduo

percebe que já dobrou a carga. Isso lhe dá a convicção de que vale a pena

continuar insistindo.

Continua respondendo a vida toda. Existem evidências científicas das mais

variadas para mostrar que o músculo do idoso, quando submetido a

treinamento organizado, responde de forma semelhante ao do jovem. Levando

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em conta o patamar geralmente mais baixo em que se iniciam os exercícios,

tanto do ponto de vista da função medida com o desempenho, quanto do ponto

de vista histológico, pode-se dizer que o músculo do mais velho responde da

mesma maneira que o do jovem. Isso não quer dizer que o idoso, que treina,

ficará jovem outra vez, mas que terá um acréscimo de força e competência

muscular exatamente igual ao que o jovem sedentário teria começando e

mantendo o treinamento durante o mesmo período. As curvas de ascensão são

absolutamente idênticas e, em algumas semanas de treinamento, o idoso

poderá adquirir condições musculares ou funcionais muito superiores ao do

jovem que não participou do experimento.

O envelhecimento ativo e saudável consiste na busca pela qualidade de vida,

por meio de uma alimentação adequada e balanceada, da prática regular de

exercícios físicos, convivência social, busca por atividades prazerosas e que

diminuam o estresse. Um idoso saudável tem sua autonomia preservada, tanto

a independência física como a psíquica. O apoio da família também é essencial

para que vivam felizes.

Para envelhecer bem, é fundamental para o idoso manter-se ativo, física e

psicologicamente. Hoje em dia, há uma ampliação de serviços que permitem

que eles possam manter o seu corpo em forma com programas diferenciados

em academias, o cérebro ativo com cursos direcionados.

Afaste de si a ociosidade. Falta de ocupação é origem de muitos males e

doenças.

Uma boa dica para manter a disposição mental é exercitar a memória e o

raciocínio com quebra-cabeças, palavras cruzadas, por exemplo. Além

disso, ler bons livros, participar de cursos, exercer trabalhos voluntários

ou ações que ajudam a aprimorar os talentos. Todo mundo, independente da

idade, necessita e sente satisfação em ser útil.

O envelhecimento saudável depende do equilíbrio entre o declínio natural das

diversas capacidades individuais, mentais e físicas e a obtenção dos objetivos

que se desejam. A satisfação pessoal está relacionada com a aptidão para

selecionar objetivos apropriados à realidade circundante e à sua possibilidade

de concretização. A pessoa idosa precisa fazer a adequação entre o que

deseja e o que devido aos recursos individuais e coletivos acessíveis e

disponíveis é possível alcançar e querer. Todos podemos contribuir para que

qualquer pessoa idosa tenha objetivos de vida realistas e concretizáveis e

desse modo encontre a satisfação que irá ter uma influência muito positiva na

sua saúde.

A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento ou diminuindo a sua

gravidade é uma componente fundamental do envelhecimento saudável. De

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seguida salientamos alguns aspectos relacionados com a prevenção das

doenças mais comuns das pessoas idosas.

Doenças cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral (AVC) Para prevenção

destas doenças é conveniente:

Fazer atividade física regular e adequada à idade e ao estado de saúde da

pessoa idosa;

Dar atenção à alimentação, evitando o consumo excessivo de sal, de gorduras,

açúcar e aumentando a ingestão de frutas e vegetais;

Tentar diminuir o excesso de peso;

Diminuir ou cessar os hábitos tabágicos;

Fazer o controlo médico da tensão arterial, dos níveis de glicose e colesterol do

sangue.

Solidão A promoção do envelhecimento saudável tem como uma das suas

principais vertentes a prevenção do isolamento social e da solidão das pessoas

idosas. A qualidade de vida, o bem-estar, a manutenção das qualidades

mentais estão diretamente relacionadas com a atividade social, o convívio, o

sentir-se útil a familiares e/ou à comunidade.

As pessoas idosas devem participar em atividades de grupo, de preferência

intergeracionais, atividades de aprendizagem e de conhecimento de novos

lugares.

É também indispensável participar em grupos de suporte para pessoas

isoladas, viúvas/os, pessoas idosas com deficiência, motora, cognitiva ou outra

e, em certos casos, procurar o aconselhamento por profissionais de saúde

mental, serviço social ou terapeutas ocupacionais.

Medicação As pessoas idosas têm com alguma frequência vários

medicamentos para tomar.

Como é importante não trocar o horário em que se devem tomar os diferentes

medicamentos, tenha consigo uma folha de papel com a informação detalhada

das horas a que deve tomar os diferentes medicamentos para que não existam

enganos.

Caso por qualquer razão não tenha esta informação solicite-a ao seu médico.

Porque tomar os medicamentos de forma diferente do que o médico

aconselhou pode trazer problemas.

Funções mentais e cognitivas

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As funções mentais e cognitivas têm uma enorme importância na autonomia da

pessoa idosa. Estas capacidades têm tendência a diminuir com a idade, mas

pode ser feita a prevenção desse enfraquecimento com atividades de vários

tipos, que devem ser fomentadas.

Em especial, são promotoras das capacidades cognitivas, a leitura, os treinos

da memória, a aprendizagem de novos conhecimentos, as atividades com as

mãos, o convívio com outras pessoas, de preferência de várias gerações.

Conviver, é fundamental para a prevenção de diversos problemas das pessoas

idosas e para a promoção do envelhecimento saudável. Todas as estratégias

que sejam possíveis de desenvolver e que promovam o convívio e a

sociabilidade são de grande valia para as pessoas idosas, tendo um efeito na

sua saúde, qualidade de vida e bem-estar.

O trabalho voluntário pode ser um instrumento essencial para a promoção da

sociabilidade, porque desenvolve o sentido de pertença a uma comunidade, o

sentimento de ajuda e de se sentir útil, com efeitos positivos na auto estima e

na saúde, em suma é uma excelente forma de promover o envelhecimento

saudável.