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Gestalt-terapia, segundo Perls é uma abordagem existencial na medida em que não se limita a lidar com sintomas e estruturas de caráter.
A Gestalt-terapia se ocupa com a existência total da pessoa, cujos fenômenos são claramente identificados em sonhos.
Sonhos: criação mais espontânea do homem, pois se dá a conhecer sem intervenção da intenção, do desejo ou da escolha deliberada. O sonho simplesmente surge.
Sonhos = mensagem existencial , tentativa de lidar com situações inacabadas
Criação mais espontânea: surge sem intervenção do desejo, intenção ou escolha deliberada; cada elemento, parte, personagem sendo criação do sonhador. Considerando-se a memória e a realidade, há o elemento projetivo na seleçào de determinados conteúdos em detrimento de outros.
Cada elemento do sonho representa um fragmento da personalidade do sonhador.
* afirmação de quem se é : cada elemento é uma polaridade * awareness com o que se identifica / o que nega em si * parte que falta
Dramatização : identificação com os elementos do sonho como uma forma de assimilar e recuperar as projeções.
* contrapartida da alienação ( isso é alguma coisa que não me pertence, não sou eu )
* resistência de representar a parte alienada
Perls orienta-se pelo entendimento de que as diferentes partes do sonho são fragmentos da personalidade do sonhador.
Para tornar-se uma pessoa unificada e inteira, seria necessária a reapropriação dos fragmentos projetados, bem como o potencial oculto neles.
REAPROPRIAÇÃO: Intensificação de awareness
Sonhos = mais que uma projeção, exploram as possibilidades de contato disponíveis. * sonhador e o terapeuta * sonhador e membros do grupo * sonhador e aspectos da sua vida.
sonho = um palco onde o contato pode ser ativado, destrinchando a existência a existência do sonhador
Ampliação do sentido de diversidade, da experiência de self, e centramento no próprio mundo. Energia para um alinhamento com um novo material intrapessoal. A auto-imagem estagnada onde os conflitos internos levam à uma negação de polaridades, há uma liberdade para buscar uma nova integraçào com a própria multiplexidade.
“ O gestalt terapeuta tem uma variedade de alternativas entre as quais ele pode escolher qual lhe parece a maneira mais eficaz para ele trabalhar o material onírico. A seleção vai depender do paciente, o qual pode trabalhar melhor a partir de um ponto de vista que de outro. Ou pode depender do terapeuta, que conhece qual a sua habilidade especial e trabalha de forma compatível com seu estilo pessoal” Erv & Miriam Polster
Clientes escrevem o sonho
1.Dar um título ao sonho
2.Escrever um provérbio (afirmações com relação de causa e efeito) que faça sentido para o sonho
3.À partir do provérbio, escrever uma mensagem de vida para as pessoas
4.Aplicar essa mensagem de vida a si mesmo, ao seu momento existencial.
5.Qual a micro ação que pode ser feita como um primeiro passo para por em prática o que foi refletido á partir da mensagem de vida?
6.Partilha grupal
MÉTODO MARIA BOWEN
1. Cliente escreve o sonho- 2.Escrever, no formato de coluna, todos os elementos do sonho na ordem em que aparecem, exceto artigos, pronomes pessoais e possessivos, preposições, que virão acopladas aos respectivos substantivos- 3. Escrever, junto a cada palavra da coluna, a primeira associação que lhe ocorrer - 4.Com as palavras novas, escrever uma dissertação sobre si mesmo- 5.Ler o que escreveu e aplicar ao seu momento existencial7.Partilha grupal
MÉTODO MARIA BOWEN
MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA 1. Contar o sonho como se
estivesse contando uma história
* descobrir sobre o que é o sonho
* perceber alterações na voz, postura, mobilização de sentimentos
2. Repetir o sonho no presente, primeira pessoa, dramatizando ou não
* usar elementos do ambiente para criar o setting do sonho
* movimentar-se adotando as posições descritas no sonho
MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA 3. Identificar-se com cada
elemento do sonho * diálogo entre elementos/
símbolos que demonstrem alguma relação / conflito * mudar de posição em
função do diálogo * tentar chegar a alguma resolução com o diálogo
4.Procurar no sonho algo que esteja obviamente faltando
5.Identificação com o sonho na sua totalidade
6. Integrar o conteúdo trabalhado a outros conteúdos da vida do cliente
MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA
Considerações GeraisConsiderações Gerais
* * trabalhar primeiro a parte com a qual o cliente menos se identifica
* primeiro objetos, * primeiro objetos, depois lugares, pessoas depois lugares, pessoas por último; iniciar com o por último; iniciar com o mais vago, abrangente, mais vago, abrangente, locais mais amplos, e daí locais mais amplos, e daí para o mais específicopara o mais específico; ;
MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA
Considerações GeraisConsiderações Gerais
**Sonhos longos : negociar a parte que será trabalhada
Sonhos vagos : trabalhar a imagem / fragmento / sensação
Não lembrar = não querer encarar a própria existência
1.O cliente narra o sonho
2.Cliente narra de novo o sonho no presente
3.O grupo relaciona os elementos do sonho
4.Cada membro do grupo escolhe um elemento do sonho a ser personificado por ele ; caso mais de uma pessoa deseje personificar um mesmo elemento, o grupo ou ambos podem decidir o impasse ou ambos poderão personificar o mesmo elemento, já que cada um o fará à sua maneira.
Se necessário acrescentar outros objetos para facilitar a integração das pessoas e as pontes entre os vários papeis
5. Cada membro do grupo incorpora o seu elemento se descrevendo como tal, dando as características dos elementos e os sentimentos que estejam vivenciando nos seus respectivos papeis
6. As partes dialogam entre si, a princípio à partir da ordem em que aparecem no sonho, e logo o sonho adquire vida própria
7. Chegando à um fechamento os diálogos, cada um irá falar sobre a sua experiência vivenciando o papel, que pontes faz com sua vida, que aprendizados obteve
8. O sonhador coloca então como se sentiu ao longo do processo, e qual a compreensão que pode obter sobre si mesmo com o trabalho do sonho
9. É levantado o tema central do sonho e discutido no grupo, cada membro fazendo pontes com a sua vida pessoal, e até mesmo com o momento grupal, quando é o caso
O terapeuta faz os comentários finais, amarrando ou aprofundando algum processo
CONTINUANDO O ENREDO OU UM TRECHO DO SONHO
# Ideal para sonhos interrompidos; sonhos ou trechos com términos insatisfatórios ou ameaçadores.
# Cliente narra o sonho, relaxa, entra no sonho; através da fantasia ou dramatização revive o sonho e cria a continuação o mesmo até um novo fim
# O resultado é elaborado focalizando-se a parte acrescentada e fazendo um paralelo com o momento existencial do cliente.
CONSTRUINDO SONHOS EM GRUPO - LIKA QUEIROZ
- # Alguns membros do grupo relatam um sonho curto.
- # Cada membro do grupo monta a sua história à partir dos sonhos relatados.
- # Responder individualmente às questões abaixo:
- Dar um título á história escrita.
- - Como se desdobra o enredo, a trama da história?
- -O que acontece com os personagens?
-
INTEGRANDO SONHOS
CONSTRUINDO SONHOS EM GRUPO - LIKA QUEIROZ
- Como são os personagens?
- O que os personagens sentem?
- O que lhe chamou atenção na história?
- O que lhe chamou atenção no que chamou atenção?
- O que você gostaria que tivesse acontecido?
# Refletir sobre o sentido que faz o que foi respondido com o momento. existencial de cada um.
# Partilha grupal ou em sub grupos.
INTEGRANDO SONHOS
Construindo uma história* Cliente narra os sonhos* Constrói uma história com os sonhos* Relacionar a historia com o momento existencial do cliente: - tema e enredo - trechos significativos* dramatização ou fantasia da história resultante
INTEGRANDO SONHOS
Pontos Comuns entre os Sonhos * Cliente narra os sonhos* Identificar os pontos comuns de acordo com as categorias oníricas: - personagens - natureza - objetos - emoções / sensações - cenários - atividades solitárias - resultados / interações* relacionar os pontos comuns identificados com o momento existencial do cliente
INTEGRANDO SONHOS - 2
Temas * Cliente narra vários sonhos de uma noite / semana* Cliente levanta o(s) tema (s ) de cada sonho* Terapeuta acrescenta temas não percebidos* Cliente estabelece a relação entre os temas* Terapeuta facilita a relação dos temas ou padrão mais global resultante com o momento existencial do cliente.
INTEGRANDO SONHOS - 3
TÉCNICA “O QUE CHAMOU ATENÇÃO”
Um membro do grupo relata um sonho.
Cada membro responde : O que lhe chamou mais atenção no sonho?
O sonho é mais uma vez contado.
Segunda questão: O que lhe chamou atenção em segundo lugar?
Terceira questão: Ao ouvirem mais uma vez o sonho dêm-se conta do que lhes chamou menos atenção, e / ou o que vocês nem haviam percebido que fazia parte do sonho. (lembrar que o que chama menos ou nenhuma atenção tem a ver com conteúdos que estão na zona cega do cliente, núcleos que podem mobilizar resistência)
Cada um lê o que respondeu em relação às questões, qual o tema, padrão, aspectos trazidos; qual a relação com o seu momento existencial?
I. Ideal para sonhos muito longos ou para clientes que não suportariam trabalhar todo o conteúdo.
¨ Cliente narra o sonho.¨ Cliente seleciona um elemento do sonho que ache intrigante ou inquietante..¨ Cliente fecha os olhos e se imagina sendo esse elemento : o que ele, elemento, pensa, sente, deseja, quer fazer. O cliente dá voz e gesticulação ao elemento.¨ Cliente, no papel do elemento, dialoga com outros elementos do sonho.¨ Cliente se desidentifica do papel e elabora o material que emergiu.
TRABALHANDO UM ELEMENTO INTRIGANTE DO SONHO
Utilizando Recursos Artísticos
Pintura Cliente narra o sonho
Terapeuta pede ao cliente para ficar em contato com o sonho (sensações, sentimentos)
Cliente desenha ou pinta o sonho (cartolina, papel 40kg, lápis cera, de cor, tinta guache, pintura a dedo)
Cliente fala sobre o que pintou, sensações ou sentimentos ao olhar para a sua produção.
Terapeuta elabora com o cliente as relações que ele pode estabelecer com o seu momento existencial; faz pontes com conteúdos de sessões anteriores.
Utilizando Recursos Artísticos 1
Colagem Cliente narra o sonho
Separa figuras que para ele tenham a ver com o sonho, literal ou simbolicamente
Monta uma colagem (pode usar rolinho de fita crepe)
Descreve o que produziu
Terapeuta elabora com o cliente as relações que ele pode estabelecer com o seu momento existencial (temas, crenças, mensagens, conflitos, desejos etc.); faz pontes com conteúdos de sessões anteriores.
Utilizando Recursos Artísticos 2
ArgilaCliente lembra o sonho e, de olhos fechados, vai mexendo na argila em contato com o que vai lembrandoOlha o que fez, o que sua obra lhe pareceFaz os retoques que sente necessário para terminar a sua peça Apresenta o que produziu, descrevendo-se como sendo a sua obraTerapeuta elabora com o cliente as relações que ele pode estabelecer com o seu momento existencial (temas, crenças, mensagens, conflitos, desejos etc.); faz pontes com conteúdos de sessões anteriores
Utilizando Recursos Artísticos
Argila – em grupo Segue os mesmos passos do trabalho individual para a confecção da peça Cada membro apresenta sua peça ao grupo descrevendo-se como a mesma O grupo monta uma cena com as peças Cada membro fala sobre a cena e faz paralelos com sua vida a partir da peça individual e da cena. Com macro-grupos o trabalho é feito em sub-grupos e cada sub-grupo constrói sua cena a partir das obras individuais dos seus membros, e se trabalha no sub-grupo que o ajuda a fazer paralelos com seu momento existencial. O terapeuta pode solicitar que os sub-grupos construam uma cena coletiva do grupo como um todo; aí trabalha o momento existencial do grupo.
CAIXA DE AREIA
Material necessário: caixa retangular ou quadrada, areia, miniaturas diversas.
Cliente conta o sonho.
Terapeuta mostra as miniaturas e convida o cliente a montar o sonho na caixa de areia:
1. - pode montar cena por cena e ir trabalhando cada cena como um processo em si.
CAIXA DE AREIA - 1
- no final pedir que o cliente represente o sonho como um todo com uma ou várias miniaturas, e trabalhar a mensagem do sonho.
2 - O cliente vai montando as
cenas à medida em que o sonho vai se desenrolando e o terapeuta vai trabalhando os diálogos .
- lembrar que o sonho é um material vivo, que adquire vida própria, portanto a história inicial pode ir mudando ao longo do trabalho, com novos símbolos sendo acrescentados.