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Gestão Ambiental de Infraestrutura de Transportes

Gestão Ambiental de Infraestrutura de Transportes - DNIT · Gestão Ambiental no DNIT ! O Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes e do DNIT, passou a considerar

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Gestão Ambiental de Infraestrutura de Transportes

Gestão Ambiental no DNIT

S  O conceito de Gestão Ambiental em empreendimentos rodoviários foi institucionalizado em 2005 com o projeto de duplicação da BR-101, Trecho Sul entre Palhoça/SC e Osório/RS, e é considerado referência pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – no aporte de recursos em obras na América Latina.

Gestão Ambiental no DNIT

S  O  Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes e do DNIT,  passou a considerar o conceito como modelo para todos os seus empreendimentos de infraestrutura de transportes.

Gestão Ambiental no DNIT

S  A Coordenação Geral de Meio Ambiente (CGMAB) do DNIT foi criada a partir da edição da Resolução DNIT nº 06 de 10 março de 2004, evidenciando assim a internalização das diretrizes da Política Ambiental do Ministério dos Transportes, publicada em 2003.

Gestão Ambiental no DNIT

S  A CGMAB desenvolve, implanta e coordena o sistema de gestão ambiental rodoviário, ferroviário e aquaviário do Plano Nacional de Viação de Transportes. Tem como referências critérios técnicos, econômicos e a viabilidade ambiental dos sistemas de transportes.

S  Assegura, ainda, que estejam em consonância com a legislação ambiental vigente, por meio da adoção de práticas sustentáveis de controle e mitigação de impactos ambientais.

Gestão Ambiental no DNIT

A Gestão Ambiental é composta por três etapas:

S  Supervisão Ambiental;

S  Gerenciamento Ambiental;

S  Execução de Programas Ambientais.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como norteador das ações da

CGMAB/DNIT

S  As diretrizes do PAC prevêem a construção de quase 8 mil km de rodovias e 55 mil km em obras de manutenção, que para o DNIT traduzem-se em atividades de implantação/manutenção de 159 empreendimentos nos modais ferroviário, hidroviário e rodoviário, que, acrescidos aos demais empreendimentos em execução no país, culminam num total de 61 emissões de licenças ambientais e 175 empreendimentos em processos de gestão ambiental.

Regularização da Malha Rodoviária Federal

S  2002 - Decreto nº 4340/2002: necessidade de obtenção de licenças ambientais de operação corretiva ou retificadora de todos os empreendimentos implantados em território nacional antes de 2002.

S  2004 - Portaria Interministerial nº 273/2004 visando a criação e o estabelecimento de diretrizes para o Programa Nacional de Regularização Ambiental de Rodovias Federais.

Regularização da Malha Rodoviária Federal

S  2010 - Instrução Normativa nº 02: Concessão de licença ambiental necessária para a regularização da malha rodoviária federal.

S  2011 - Portaria Interministerial dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes nº 423: instituído o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis (PROFAS).

Licenciamento Ambiental

S  O licenciamento ambiental é o mais importante mecanismo de controle do Poder Público por meio do qual são estabelecidas condições e limites para o exercício de determinadas atividades.

Licenciamento Ambiental

Etapas:

S  Abertura de processo e definição do órgão licenciador competente;

S  Aprovação de Termos de Referência para estudos ambientais;

S  Emissão da Licenças Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

Licenciamento Ambiental

S  O licenciamento é influenciado por diversos fatores, dentre eles a localização das obras e seu grau de impacto ao meio ambiente, fatores estes que indicarão a necessidade de estudos, as autorizações e os programas que deverão ser cumpridos, como por exemplo:

Licenciamento Ambiental

S  Relatório de Controle Ambiental (RCA)/ Plano de Controle Ambiental (PCA);

S   Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA);

S   Plano Básico Ambiental (PBA);

S  Estudos para obtenção de Autorização para Supressão Vegetal (ASV).

Licenciamento Ambiental

Em paralelo à elaboração dos estudos necessários acima, pelos demais setores do DNIT envolvidos, cumprem-se as seguintes etapas:

S  Aprovação dos Projetos;

S  Licitação das Obras;

S  Execução das Obras;

S  Operação.

Licenciamento Ambiental

Entes partícipes do processo:

S  Fundação Nacional do Índio – FUNAI;

S  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN;

S  Fundação Cultural Palmares;

S  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO;

S  Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA.

Licenciamento Ambiental

S  Cabe à CGMAB coordenar a contratação e acompanhar a execução dos serviços ambientais executados no âmbito dos processos de licenciamento dos empreendimentos sob responsabilidade do DNIT.

S  Também tem por atribuição a análise do componente ambiental dos projetos de engenharia com a finalidade de recuperar o passivo ambiental porventura existente, evitando a geração de novos passivos e recuperando áreas exploradas ou utilizadas para a execução de obras de infraestrutura de transportes.

Emissão de Licenças Ambientais

S  Para emissão de licenças ambientais junto aos órgãos estaduais e federal de meio ambiente os empreendimentos sob Gestão Ambiental da CGMAB/DNIT precisam estar rigorosamente dentro das especificações exigidas.

Emissão de Licenças Ambientais

Licenças expedidas até 2011

Custos

S  O custo dessa demanda, entretanto, é pequeno (inferior a 1%) quando comparado aos valores empreendidos para a execução das obras e principalmente aos resultados que produzem. Além disso, estão respaldados pelo Decreto nº 95.733, de 12/02/1988, que em seu artigo primeiro, diz:

No planejamento de projetos e obras, de médio e grande porte, executados total ou parcialmente com recursos federais, serão considerados os efeitos de caráter ambiental, cultural e social, que esses empreendimentos possam causar ao meio considerado.

Parágrafo Único: Identificados efeitos negativos de natureza ambiental, cultural ou social, os órgãos ou entidades federais incluirão, no orçamento de cada projeto ou obra, dotações correspondentes, no mínimo, a 1% do mesmo orçamento destinado à prevenção ou à correção desses efeitos.

Custos

S  Os valores que compõem os custos da gestão ambiental voltada aos empreendimentos de infraestrutura de transporte comumente exigem o cumprimento de cerca de 23 programas ambientais básicos, além de programas específicos que serão determinados em função das particularidades da região.

Custos

S  Medidas compensatórias elevam os custos tendo em vista a falta de regulamentação no âmbito do licenciamento ambiental, principalmente no que diz respeito às comunidades indígenas e tradicionais, fato que muitas vezes culmina com a necessidade de cumprimento de ações e medidas que extrapolam a competência do empreendedor.

Custos

Os esforços do DNIT-CGMAB vêm dialogando com as recomendações do Tribunal de Contas da União, já que o investimento para contratação de serviços de supervisão ambiental para os empreendimentos é crescente, representando, inclusive, quase 50% dos recursos do exercício de 2011, como indicado no gráfico a seguir.

Custos

Boas Histórias Para Se Contar

S  Proteção de Sítios Arqueológicos (BR-101 Sul)

S  Investindo em Ações de Qualidade de Vida para o Povo Kaingang (BR-386/RS)

S  Green Wall – Inovando em Tecnologia para Manejo Ambiental (BR-101 NE)

S  Arte-Educação (BR-448/RS)

S  Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

Proteção de Sítios Arqueológicos (BR-101 Sul)

S  A duplicação da BR 101 Sul permitiu o resgate de 13 sítios arqueológicos ao longo da área de impacto direto da rodovia.

S  Maioria eram sambaquis (depósitos de conchas, restos faunísticos, entre outros materiais resultantes da atividade humana, essencialmente grupos de caçadores-coletores, habitantes do litoral brasileiro).

S  Localizados 93 sepultamentos, associados a diversos materiais funerários tais como lâminas de machado em rocha, contas de colar e outros artefatos (datados entre 2.730 AP a 2050 AP).

Proteção de Sítios Arqueológicos (BR-101 Sul)

Proteção de Sítios Arqueológicos (BR-101 Sul)

Proteção de Sítios Arqueológicos (BR-101 Sul)

Investindo em Ações de Qualidade de Vida para o Povo Kaingang (BR-386/RS)

S  Nos municípios de Tabaí e Estrela, são encontradas sete comunidades indígenas Kaingang, das quais uma será diretamente afetada pelas obras e seis estão sujeitas aos impactos indiretos da duplicação.

S  Nenhuma destas comunidades possui território demarcado (as aldeias ocupam áreas de terceiros ou da União, no caso a faixa de domínio da rodovia).

Investindo em Ações de Qualidade de Vida para o Povo Kaingang (BR-386/RS)

S  Os Kaingang têm no artesanato feito a partir de taquaras, cipós e sementes nativas sua principal atividade produtiva.

S  Renda insuficientes para a sobrevivência da comunidade.

S  A ocupação crescente da região tornou exíguas as fontes de materiais para o artesanato e a faixa de domínio da rodovia BR-386/RS figurava como uma das últimas áreas para o extrativismo.

S  A supressão da vegetação impactou a principal fonte de renda da comunidade.

Investindo em Ações de Qualidade de Vida para o Povo Kaingang (BR-386/RS)

S  Reconhecendo que a terra é um elemento essencial para a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas o Programa de Comunidades Indígenas está adquirindo e distribuindo 135 hectares de terras para as sete comunidades impactadas, destinadas à moradia, práticas de subsistência e reprodução do modo de vida tradicional.

S  Promoção de ações de sustentabilidade, capacitação produtiva, recuperação de áreas degradadas, comunicação social e incentivo ao conhecimento tradicional.

S  Fornecerá também cestas básicas mensais às 170 famílias Kaingang (durante o período de obras).

Investindo em Ações de Qualidade de Vida para o Povo Kaingang (BR-386/RS)

Green Wall – Inovando em Tecnologia para Manejo Ambiental (BR-101 NE)

S  O empreendimento exigiu soluções inovadoras, tendo em vista a forte inclinação dos taludes e a necessidade de menor movimentação de terra e de supressão da vegetação nativa.

S  Foi utilizada a tecnologia de Green Wall (estrutura de solo reforçada) por ser eficiente, segura e econômica no controle dos processos erosivos, de fácil adaptação e podendo sofrer grandes deformações sem que ocorram problemas de instabilidades ou algum dano à segurança da obra.

Green Wall – Inovando em Tecnologia para Manejo Ambiental (BR-101 NE)

No lote 6 da BR-101 NE, a opção pelo uso d o G r e e n W a l l permitiu que o aterro fosse executado em uma inclinação de 75º, não sendo necessária a supressão da vegetação nativa.

Green Wall – Inovando em Tecnologia para Manejo Ambiental (BR-101 NE)

Arte-Educação (BR-448/RS)

S  Para ampliar o público atingido pelas ações da Gestão Ambiental da BR-448/RS, foi criada a Exposição “Que árvore você quer para o futuro? Não faça do lixo a semente”.

Arte-Educação (BR-448/RS)

S  A mostra é composta por quatro árvores de ferro reciclado, cobertas com lixo e 24 fotografias que trazem elementos inusitados e vêm recebendo elogios da mídia.

S  Criada a partir de resíduos encontrados nas estradas de acesso às obras da BR-448/RS, proporciona uma reflexão acerca da nossa sociedade de consumo e suas consequências para o futuro do Planeta.

Arte-Educação (BR-448/RS)

Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

S  Os Programas de Comunicação Social tem como objetivo garantir, integrar e monitorar o acesso à informações a todos os atores e públicos envolvidos no empreendimento.

S  Objetivo de conscientizar os usuários sobre a importância da integração sustentável das obras da rodovia com o ecossistema, divulgando os conceitos de conservação ambiental e as consequências das ações humanas ao meio ambiente.

Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

Público-Alvo

S  Comunidades lindeiras (associações de moradores, comunidades indígenas, assentamentos);

S  Profissionais da obra (operários e engenheiros);

S  Escolas (profissionais da educação e estudantes);

S  Autoridades dos órgãos municipais, estaduais e federais;

S  Motoristas profissionais de empresas de transporte, sejam caminhões ou ônibus e também seus passageiros.

Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

Ações estratégicas para minimizar atropelamento de fauna

S  Veiculação de músicas

S  Projeção de vídeos/documentários,

S  Conversas informais

S  Palestras

Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

S  Mascote - Uma das primeiras ações foi a cr iação de um personagem central. Devido ao tom da campanha ser também mot ivacional , a cr iação do personagem, além de ampliar e e n r i q u e c e r a e s t r a t é g i a d e comunicação é um representante e porta-voz da mesma, gerando uma i n t e r a ç ã o m a i s d i r e t a e humanizada.

Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

S  Logomarca - A identidade visual (marca) utiliza como símbolo duas folhas, sendo o elemento central das folhas substituído pelas tradicionais faixas de trânsito, simbolizando a convivência harmoniosa das ações humanas com o meio ambiente.

Interação: Obras e Comunidade (BR-262/MS)

S  Jingles - A produção dos jingles e músicas se configuram como estratégia diversificada da campanha e se destinam a um dos públicos mais importantes: os motoristas da região.

S  As 12 músicas criadas possuem ritmos populares diversos, incluindo os regionais como guarânia.

S  CDs disponibilizados para todas as mídias locais e utilizados em ações específicas junto ao Porto Seco, à empresa de ônibus da região e ao posto rodoviário policial, além de comunidades, escolas e poder público.

ALINE FREITAS Coordenadora Geral de Meio Ambiente/ DNIT

[email protected]