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Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Programa Gestão da Logística Pública Escola Nacional de Administração Pública Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos Slides

Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativosrepositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2524/1/GESCON - slides_folhetos... · de Contratos Administrativos Slides. 1 Slides Gestão

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  • Diretoria de Desenvolvimento GerencialPrograma Gesto da Logstica Pblica

    Escola Nacional de Administrao Pblica

    Gesto e Fiscalizao de Contratos Administrativos

    Slides

  • 1

    Slides

    Gesto e Fiscalizao de Contratos Administrativos

    Daniel de Andrade Oliveira Barral

    Braslia 2016

  • 2

    Fundao Escola Nacional de Administrao Pblica

    Presidente Gleisson Cardoso Rubin

    Diretor de Desenvolvimento Gerencial Paulo Marques

    Diretora de Formao Profissional Maria Stela Reis

    Diretora de Comunicao e Pesquisa Marizaura Reis de Souza Cames

    Diretor de Gesto Interna Cassiano de Souza Alves

    Coordenadora-Geral de Programas de Capacitao: Marcia Sera da Motta Brando: Editor: Marizaura Reis de Souza Cames; Coordenador-Geral de Comunicao e Editorao: Janana Cordeiro de Morais Santos; Reviso: Renata Fernandes Mouro, Roberto Carlos R. Arajo e Simonne Maria de Amorim Fernandes; Capa: Ana Carla Gualberto Cardoso; Editorao eletrnica: Alice Prina

    Ficha catalogrfica: Equipe da Biblioteca Graciliano Ramos/ENAP

    ___________________________________________________________________________

    B2688g Barral, Daniel de Andrade OliveiraGesto e fiscalizao de contratos administrativos / Daniel de Andrade Oli-veira Barral. Braslia: Enap, 2016.107 p.

    1. Gesto de contratos. 2.Fiscalizao. 3. Administrao Pblica Brasil. I. Ttulo.

    CDU 351.712___________________________________________________________________________

    ENAP, 2016

    ENAP Escola Nacional de Administrao Pblica

    Diretoria de Comunicao e PesquisaSAIS rea 2-A 70610-900 Braslia, DFTelefone: (61) 2020 3096 Fax: (61) 2020 3178

  • 1

    Gesto e fiscalizao de contratos

    Objetivo do curso

    Dotar o aluno de referencial terico eprtica simulada que permita oplanejamento, controle, acompanhamento efiscalizao do fiel cumprimento dasobrigaes assumidas pelas partes docontrato administrativo.

    2

  • 2

    Os tpicos a serem abordados

    1. Introduo

    2. Do planejamento da contratao

    3. Do contrato administrativo

    4. Da fiscalizao do contrato

    5. Da responsabilizao do servidor pblico

    6. Da extino do contrato administrativo

    7. Aplicao de sanes administrativas

    3

    Objetivos de aprendizagem

    Ao final do curso, o participante dever sercapaz de:

    a) saber a importncia do planejamento para acontratao;

    b) formalizar o contrato administrativo deacordo com as normas aplicveis;

    c) realizar gesto e fiscalizao eficiente, eficaze efetiva do contrato administrativo;

    d) reconhecer a importncia das fases dadespesa;

    e) promover as renovaes contratuais;

    4

  • 3

    Objetivos de aprendizagem

    f) promover as alteraes contratuaisnecessrias dentro dos limites fixados em lei;

    g) praticar os atos necessrios manuteno doequilbrio-econmico financeiro do contrato;

    h) aplicar sanes administrativas pelodescumprimento do contrato;

    i) reconhecer as hipteses de rescisocontratual;

    j) adotar procedimentos preventivos para evitara responsabilidade subsidiria da administraoem face da Smula TST 331.

    5

    1. Introduo

    Problematizao

    p. 6

  • 4

    Um bom contrato no aquele em que uma

    das partes subjuga a outra sua vontade.

    Tambm no o em que as partes, felizes e

    risonhas, caminham em busca de um

    objetivo comum. Um bom contrato o que,

    no s bem celebrado, mas sobretudo bem

    administrado, conduz as partes a

    satisfazerem seus respectivos interesses,

    apesar de serem esses divergentes.

    Antnio Carlos Cintra do Amaral

    Introduo

    7

    Existem objetos contratuais para

    os quais a atividade de

    fiscalizao se resume anlise da

    conformidade do bem entregue

    com aquele contratado.

    Introduo

    8

  • 5

    Introduo

    Em outras situaes, a fiscalizao

    invivel, pois a forma de execuo

    do servio contratado no admite

    fiscalizao e orientao por parte

    do fiscal.

    Ex: servios advocatcios, cuja

    atividade no pode ser

    acompanhada por um representante

    da administrao (em razo da

    independncia tcnica do

    profissional, forma de execuo,

    etc.).

    Introduo

    9

    1. os recursos pblicos esto sendo executados do modo mais

    eficiente possvel;

    2. os recursos (materiais e humanos) esto sendo empregados

    na qualidade e quantidade indicadas na proposta;

    3. Todas as obrigaes legais esto sendo adimplidas.

    J na execuo de servios

    tcnicos ou obras de

    engenharia, a fiscalizao

    fundamental para garantir

    que:

    Introduo

    10

  • 6

    no basta ter um contrato bem elaborado eadaptado s necessidades da administrao eaos interesses do contratado. imperioso quehaja uma gesto atenta e competente dasatividades contratuais, visando tornar efetivasas condies nele inscritas

    Floriano de Azevedo Marques Neto

    O fiscal assegura o resultado

    11

    2. Do planejamento da contratao

    p. 8

  • 7

    um princpio fundamental da administrao federal (art. 6, inciso I do Decreto-lei n 200, de 1967);

    instrumento essencial e indispensvel para acorreta e adequada alocao dos recursospblicos, evitando desperdcios e o mau usodos valores da coletividade (Acrdo n2183/2008 TCU)

    Planejamento

    13

    Impacto de um planejamento defeituoso na fiscalizao

    14

  • 8

    Papel do fiscal no planejamento

    Tradicionalmente os rgos pblicoscostumam dissociar a fase interna dalicitao da atividade de gestocontratual, sob o encargo do fiscal egestor.

    Assim, normalmente, a nomeao dofiscal do contrato ocorre aps aassinatura do contrato, pois se parte dopressuposto de que sua funo somente necessria nesse instante.

    15

    Controle tem incio no planejamento

    Tempo

    INICIAO PLANEJAMENTO

    EXECUO

    ENCERRAMENTO

    CONTROLE

    Esfo

    ro

    16

  • 9

    Papel ativo do fiscal na construo da soluo a ser contratada

    recomendao ao (...) para que, relativamente s suasaquisies, implemente controles internos no sentidode que o fiscal do contrato de determinada soluoarmazene dados da execuo contratual, de modo quea equipe de planejamento da contratao encarregadade elaborar os artefatos da prxima licitao da mesmasoluo ou de soluo similar conte com informaesde contratos anteriores (sries histricas de contratosde servios contnuos), o que pode facilitar a definiodas quantidades e dos requisitos da nova contratao,semelhantemente ao previsto no art. 67, 1, da Lei n8.666/1993 (item 9.3.3, TC-019.615/2015-9, Acrdon 3.016/2015-Plenrio).

    17

    Papel ativo do fiscal na construo da soluo a ser contratada

    Como o fiscal do contrato o representanteda administrao no acompanhamento daexecuo do contrato, ele o agente maiscapacitado para orientar a elaborao dasrotinas a serem implementadas na prximacontratao, de modo que constitui uma boaprtica administrativa a definio de rotinaque insira esses servidores na fase deplanejamento da contratao.

    18

  • 10

    Definio da atuao a ser disciplinada por cada Ente contratante

    O acompanhamento da execuo do contrato tratado de modo muito conciso pela legislao.

    Assim, recomendvel, com fundamento no art.115 da Lei n 8.666/1993, que o ente contratanteregule internamente, os procedimentosfiscalizatrios.

    Art. 115. Os rgos da Administraopodero expedir normas relativas aosprocedimentos operacionais a seremobservados na execuo das licitaes, nombito de sua competncia, observadas asdisposies desta Lei. (...)

    19

    Planejamento

    Na fase de planejamento, so definidasas necessidades da administrao quanto contratao de servios, seguindo-se osseguintes passos:

    a) elaborar o plano de trabalho;

    b) elaborar o projeto bsico ou termo dereferncia;

    c) estimar o custo da contratao;

    d) elaborar o edital.20

  • 11

    Plano de trabalho

    Plano de trabalho o documento essencial proposta de terceirizao. A previso legalpara que se elabore plano de trabalho estcontida no Decreto n 2.271/1997, art. 2, ena IN SLTI/MPOG n 02/2008 em seu art. 6, 3.

    Art. 6 [...]

    3 A contratao dever ser precedida einstruda com plano de trabalho,aprovado pela autoridade mxima do rgoou entidade, ou a quem esta delegarcompetncia, e conter, no mnimo:

    21

    Plano de trabalho

    I - justificativa da necessidade dosservios;

    II - relao entre a demanda previstae a quantidade de servio a sercontratada;

    III - demonstrativo de resultados aserem alcanados em termos deeconomicidade e de melhoraproveitamento dos recursoshumanos, materiais ou financeirosdisponveis.

    22

  • 12

    Termo de referncia

    Concludo o plano de trabalho, o prximopasso elaborar o termo de referncia quedever conter, entre outros elementos:

    1. a avaliao do custo;

    2. as caractersticas essenciais do servio a sercontratado (a exemplo da metodologia deexecuo); e

    3. orientar a execuo e a fiscalizaocontratual.

    23

    Termo de referncia

    A IN SLTI n 02/2008 dispe sobre o TRnos art. 15, 16 e 17, especialmente.

    Alm desses, os art. 42 a 48 reportam-se aos servios de limpeza e conservao,sendo que os art. 49 a 51-B referem-seaos servios de vigilncia.

    24

  • 13

    Termo de referncia

    Resumidamente:

    1) O plano de trabalho um documentoque atesta os elementos mnimosnecessrios ao sucesso da contratao(um esboo da contratao).

    2) J o termo de referncia apresenta odetalhamento do servio a sercontratado, a metodologia de suaexecuo

    25

    O TCU tem recomendado a rgos pblicos queestabeleam diretrizes para rea de aquisies,incluindo:

    a) estratgia de terceirizao;

    b) polticas de compras;

    c) poltica de estoques;

    d) poltica de sustentabilidade;

    e) poltica de compras conjuntas.(itens 9.1.6.1 a 9.1.6.5, TC-022.395/2014-8, Acrdo n 1.520/2015-Plenrio)

    Formalizao da estratgia - refinamento do planejamento

    26

  • 14

    Parmetros gerais para a pesquisa de preos: 1) Parametrizao advinda do adequado

    planejamento da contratao. 2) Generalidade: cesta de preos aceitveis, com

    foco na pesquisa de mercado (Acrdo n1.378/08-1).

    3) Atualidade: sugesto de edio de atonormativo interno para regulamentar a validadetemporal das pesquisas.

    4) Orientaes quanto correta instruoprocessual.

    Jurisprudncia do TCU sobre pesquisa de preos

    27

    Premissas da IN:

    1) Pesquisa em UM dos parmetros do art. 2 (portal,ou mdia especializada, ou outros contratos pblicos,ou pesquisa com os fornecedores).

    2) Se for no portal, basta uma pesquisa de preos: art.2, 1.

    3) Outras inovaes: Critrio de atualidade: 180 dias para outros contratos ou

    pesquisa de fornecedores.

    Excluso dos preos inexequveis ou excessivamenteelevados.

    INSTRUO NORMATIVA N 5, DE 27 DE JUNHO DE 2014

    28

  • 15

    O oramento estimativo da contratao deveser elaborado mediante consulta a fontesdiversificadas, a fim de conferir maiorsegurana no que diz respeito fixao dosvalores dos itens ou servios a seremadjudicados, mostrando-se inadequada a suaelaborao com base apenas em consulta afornecedores.

    AC-1678-27/15-P - AUGUSTO SHERMAN

    TCU, aps a IN n 05, de 2014, reafirma sua jurisprudncia

    29

    Necessidade de observar as portarias da SLTI

    Aos servios de limpeza e conservao e devigilncia, a SLTI edita portarias, estabelecendolimites mximos e mnimos para a contrataodesses servios.

    Os valores limites estabelecidos nessasportarias consideram apenas as condiesordinrias de contratao, no incluindonecessidades excepcionais na execuo doservio que venham a representar custosadicionais para a contratao.

    30

  • 16

    Necessidade de observar as portarias da SLTI

    Existindo tais condies, estas podero serincludas nos preos das propostas, de modo queo seu valor final poder ficar superior ao valorlimite estabelecido.

    Na busca do custo estimado da contratao, aadministrao dever valer-se de planilha decustos.

    A IN SLTI/MPOG n 02/2008, Anexo III,contm o modelo de planilha de custos a serutilizado na contratao.

    31

    Custo estimado da contratao

    A planilha de custos apresentada pela empresavencedora do certame servir de referncia paraa administrao quando da solicitao derepactuao pela contratada e de possveisalteraes contratuais, quer seja para acrscimoquer para supresso.

    32

  • 17

    Edital

    O edital o documento que regulamenta aparticipao das empresas no certame. O editalestabelece a regra do jogo.

    O art. 40 da Lei n 8.666/1993 estabelece asclusulas obrigatrias que devem constar noseditais das contrataes pblicas.

    A IN SLTI/MPOG n 02/2008 regulamentou oassunto em seus art. 19, 19-A e 20.

    33

    Edital

    A Instruo Normativa n 6, de 23 dedezembro de 2013, alterou de forma substanciala IN SLTI/MPOG n 02/2008 no que se refere aositens obrigatrios que devem constar doinstrumento convocatrio, provocado peloAcrdo n 1214/2013-P do TCU.

    34

  • 18

    A obrigao da contratada de autorizar areteno da garantia no caso de inadimplementode verbas trabalhistas (art. 19-A, IV da IN 02).

    A obrigao da contratada de autorizar odesconto e pagamento direto aos trabalhadores,no caso de inadimplemento (art. 19-A, V da IN02).

    Obrigao, em 60 dias, da emisso do CartoCidado (CEF) e de concesso de acesso ao siteda previdncia e receita (art. 19-A, VI e VII da IN02)

    Cuidados essenciais no edital

    35

    3. Do contrato administrativo

    p. 12

  • 19

    contrato

    negcio jurdico bilateralou plurilateral;

    que visa criao,modificao ou extinode direitos e deveres;

    com contedopatrimonial.

    37

    contrato

    Contrato manifestao recproca de vontadesentre dois entes, conformando uma relaojurdica bilateral em que os respectivosinteresses das partes se compem e instituemuma vontade comum nascida do consenso,autnoma e diferenciada das vontadesindividuais originais, que, a ambassubordinando, passar a reger a relao assimformada.

    Diogo de Figueiredo Moreira Neto

    38

  • 20

    Escada Ponteana

    Plano da existncia:

    1) Agente

    2) Vontade

    3) Objeto

    4) Forma

    Plano da validade:

    1) capacidade (do agente);

    2) liberdade (da vontade ouconsentimento);

    3) licitude, possibilidade,determinabilidade (do objeto);

    4) adequao (das formas).

    Plano da eficcia:

    1) condio;

    2) termo;

    3) encargo;

    4) consequncias doinadimplemento negocial (juros,multas, perdas e danos);

    5) outros elementos.

    TARTUCE, Flvio. Direito Civil, v 3, p. 15

    39

    Contrato administrativo

    Quando a administrao pblica uma daspartes contratantes, surgem dois tipos decontratos:

    a) Contratos semipblicos: casos em que aadministrao est em relao de igualdadecom o particular, sem poderes exorbitantes.Ex: a administrao na qualidade de locatria.

    b) Contratos administrativos: contratos em quea administrao rene todas as prerrogativasdo regime pblico. Ex: contrato de obrapblica.

    40

  • 21

    Contrato administrativo

    forma prescrita em lei;

    procedimento legal;

    natureza de contrato de adeso;

    natureza intuito personae;

    presena de clusulas exorbitantes.

    41

    Contrato administrativo

    Prerrogativas:

    Supremacia e indisponibilidade do interessepblico.

    Modificao unilateral - exceto clusulasfinanceiras.

    Extino por ato unilateral da administrao.

    Imposio de sanes.

    Exigncia de cumprimento de prestaesalheias.

    Garantia de equilbrio econmico-financeiro.

    42

  • 22

    3.1 Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    O contrato administrativo a prpria relaojurdica entretida entre aadministrao e oparticular.

    J o termo de contrato ouos instrumentosequivalentes so apenasos documentos queformalizam essa relao.

    44

  • 23

    Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Art. 62. O instrumento de contrato obrigatrio nos casos de concorrncia e detomada de preos, bem como nas dispensas einexigibilidades cujos preos estejamcompreendidos nos limites dessas duasmodalidades de licitao, e facultativo nosdemais em que a administrao pudersubstitu-lo por outros instrumentos hbeis,tais como carta-contrato, nota de empenho dedespesa, autorizao de compra ou ordem deexecuo de servio.

    45

    Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Art. 62 (...)

    2o Em "carta contrato", "nota de empenho dedespesa", "autorizao de compra", "ordem deexecuo de servio" ou outros instrumentos hbeis,aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 destaLei. (Redao dada pela Lei n 8.883, de 1994)

    46

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htm

  • 24

    Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Contrato

    verbal

    Outros instrumentos Termo de contrato

    < R$ 4.000,00

    (art. 60, PU, LGL)

    Convite Concorrncia

    Contratao direta e

    prego com valor de convite

    Tomada de preos

    Qualquer valor, tratando-

    se de compra com entrega

    imediata e integral ou compra

    para pronta entrega, de que

    no decorram obrigaes

    futuras*.

    Contratao direta e prego

    com valor de tomada de preos e

    concorrncia.

    47

    Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    * ilegal autorizar a prestao de servios sem aformalizao do devido termo de contrato. AC-0423-05/11-P- AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI

    *O termo de contrato deve ser formalizado,sempre que houver obrigaes futurasdecorrentes do fornecimento de bens e servios,independentemente da modalidade de licitao.AC-1219-13/07-1 - AUGUSTO NARDES

    48

  • 25

    3.2 Das clusulas necessrias do contrato administrativo

    Necessidade de observar o art. 55 da Lei n8.666, de 1993;

    Deve-se evitar a mera reproduo dosdispositivos legais.

    Ex: tabela de penalidades, em vez de reproduzir oart. 87 da Lei n 8.666, de 1993 conformedisposto no Acrdo n 265/2010-Plenrio.

    Clusulas contratuais

    50

  • 26

    1) Qual o critrio de medio: se posto de trabalho ou aferio porresultados (art. 11 da IN 02). Verificar ainda se existe ANS, pois issoimpactar a forma de cobrar o servio (ver ainda o art. 15, IV eXVII).

    2) Verificar se existe disposio regulamentando o recebimento dagarantia, e quais os seus termos (art. 19, XIX da IN 02).

    3) Em especial, verificar se o contrato possui a previso do art. 19, XIX,K reteno da garantia.

    4) Verificar se o contrato autoriza prorrogao por at 60 meses (art.19, XXI).

    5) Verificar se o reajuste ocorrer por reajuste em sentido estrito (porndice verificar se o contrato j elegeu o ndice) ou porrepactuao, e quais so as suas regras (art. 19, XXII).

    6) Existncia de conta vinculada.7) Tabela de infraes e multas correspondentes.

    Clusulas contratuais

    51

    3.3 Da vigncia do contrato administrativo

  • 27

    Vigncia contratual

    Entende-se por durao ou prazo devigncia o perodo em que os contratosfirmados produzem direitos e obrigaespara as partes contratantes.

    53

    Vigncia contratual

    Prazo de vigncia X prazo de execuo:

    a) Prazo de vigncia - perodo em que produzefeitos jurdicos e vincula as partes prestao e contraprestao assumidas.

    b) Prazo de execuo - perodo previsto nocontrato para que o particular execute asobrigaes contratualmente assumidas (etapas deexecuo, de concluso, de entrega).

    54

  • 28

    Vigncia contratual

    Regra geral no pode ultrapassar os limitesde vigncia dos crditos oramentrioscorrespondentes.

    2016ago set out nov dez

    ago 1

    Data do encerramento do crdito oramentrio

    dez 31

    dez 31

    2016

    Data da celebrao do contrato administrativo

    Data limite de vigncia docontrato administrativoenquadrado na regra geral doart. 57, caput da Lei n 8.666,de 1993.

    55

    Vigncia contratual

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 39:

    "A vigncia dos contratos regidos pelo art. 57,caput, da Lei n 8.666, de 1993, podeultrapassar o exerccio financeiro em queforam celebrados, desde que as despesas aeles referentes sejam integralmenteempenhadas at 31 de dezembro, permitindo-se, assim, sua inscrio em restos a pagar."

    56

  • 29

    Vigncia contratual

    Regra geral - conforme ON AGU n 39

    set out nov dez

    2017ago out dez fev abr jun ago2016 2017

    Data da celebrao do contrato administrativo

    ago 1

    Data do encerramento da vigncia do contrato

    ago 1

    Data do encerramento do crdito oramentrio

    dez 31

    Data limite para o empenho integral das despesas do contrato

    dez 31

    Obs: O TCU (Acrdo n 2823/2015-Plenrio) alertou que o uso

    desmesurado de inscries e reinscries de obrigaes financeiras na

    rubrica Restos a Pagar configura desvirtuamento do princpio da anualidade.

    57

    Vigncia dos contratos de servios continuados

    Art. 57. A durao dos contratos regidos poresta lei ficar adstrita vigncia dos respectivoscrditos oramentrios, exceto quanto aosrelativos:

    (...)

    II - prestao de servios a serem executadosde forma contnua, que podero ter a suadurao prorrogada por iguais e sucessivosperodos, com vistas obteno de preos econdies mais vantajosas para aadministrao, limitada a sessenta meses.

    58

  • 30

    Vigncia dos contratos de servios continuados

    Q: Quais so os servios que podem serconsiderados contnuos?

    R: A caracterizao de determinado serviocomo contnuo no est relacionada com assuas qualidades intrnsecas, mas, sim, aoatendimento de necessidade perene daadministrao contratante.

    Ex. Passagens areas. AC-0132-02/08-2

    59

    Vigncia dos contratos de servios continuados

    O manual de licitaes e contratos do TCUrecomenda a edio de ato normativointerno, indicando expressamente quais soos servios considerados contnuos paracada um dos rgos pblicos contratantes.

    A ttulo de exemplo, destacamos a Portarian 1.4787, de 27 de novembro de 2014, doMinistrio da Educao (MEC), que indicaquais so os servios que o MEC consideracontnuos.

    60

    https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]

  • 31

    Vigncia dos contratos de servios continuados

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 1: a vignciado contrato de servio contnuo no est adstritaao exerccio financeiro.

    20202016 2017 2018 2019 2020

    Data da celebrao do contrato administrativo

    08/01/2016

    2 termo aditivo

    08/01/2018

    3 termo aditivo

    08/01/2019

    4 termo aditivo

    08/01/2020

    1 termo aditivo

    08/01/2017

    61

    Vigncia dos contratos de servios continuados

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 38:

    Nos contratos de prestao de servios de naturezacontinuada, deve-se observar que:

    a) o prazo de vigncia originrio, de regra, de at12 meses;

    b) excepcionalmente, esse prazo poder ser fixadopor perodo superior a 12 meses nos casos em que,diante da peculiaridade e/ou complexidade doobjeto, fique tecnicamente demonstrado o benefcioadvindo para a administrao; e

    c) juridicamente possvel a prorrogao do contratopor prazo diverso do contratado originariamente."

    62

  • 32

    Vigncia dos contratos de servios continuados

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 35:

    Nos contratos cuja durao ultrapasse oexerccio financeiro, a indicao do crditooramentrio e do respectivo empenho paraatender a despesa relativa ao exercciofuturo poder ser formalizada porapostilamento."

    63

    Vigncia por prazo indeterminado

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 36: "A administrao pode estabelecer a vigncia por

    prazo indeterminado nos contratos em que sejausuria de servios pblicos essenciais de energiaeltrica, gua e esgoto, servios postaismonopolizados pela Empresa Brasileira de Correios eTelgrafos (ECT) e ajustes firmados com a ImprensaNacional, desde que, no processo da contratao,estejam explicitados os motivos que justificam aadoo do prazo indeterminado e comprovadas, acada exerccio financeiro, a estimativa de consumo ea existncia de previso de recursos oramentrios."(NR)

    64

  • 33

    3.3.3 Da vigncia e eficcia

    Vigncia e eficcia

    Como visto, a vigncia de um contratoconsiste no perodo em que os contratosfirmados podem produzir direitos eobrigaes para as partes contratantes.

    Contudo, conforme dispe o art. 61,pargrafo nico da Lei n 8.666, de 1993, ocontrato somente ser eficaz aps a suapublicao na imprensa oficial.

    66

  • 34

    Vigncia e eficcia

    Art. 61. (...) Pargrafo nico. A publicao resumida do

    instrumento de contrato ou de seusaditamentos na imprensa oficial, que condio indispensvel para sua eficcia, serprovidenciada pela administrao at o quintodia til do ms seguinte ao de sua assinatura,para ocorrer no prazo de vinte dias daqueladata, qualquer que seja o seu valor, ainda quesem nus, ressalvado o disposto no art. 26desta Lei. (Redao dada pela Lei n 8.883, de1994)

    67

    Vigncia e eficcia

    Assim, possvel resumir que:

    vigncia contratual tem por finalidadedeterminar o perodo de tempo durante oqual um contrato administrativo seapresenta como obrigatrio para as partes;

    por outro lado, a eficcia consiste napotencialidade de produo de efeitos docontrato.

    68

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htm

  • 35

    Vigncia e eficcia

    O que ocorre com um contrato assinado eno publicado? A doutrina diverge:

    Para Maral Justen Filho, os prazoscontratuais devero ser computados a partirda data da publicao e no a partir da datada assinatura.

    J para Lucas Rocha Furtado, a ausncia depublicao uma ilegalidade de naturezaformal que no deve afetar a execuo ouvalidade do contrato.

    69

    Vigncia e eficcia

    Parecer n 06/2014/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU:

    Assim, conclui-se que os termos de contratono devem condicionar o incio de suavigncia publicao do extrato de quetrata o art. 61, pargrafo nico da lei n8.666/93, mas indicar, como incio de suavigncia, a data de sua assinatura ou deprazo expressamente indicado noinstrumento contratual, ainda que anteriorou posterior publicao.

    70

  • 36

    3.3.4 Forma de contagem do prazo contratual

    Forma da contagem do prazo contratual

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 03:

    Na anlise dos processos relativos prorrogao de prazo, cumpre aos rgosjurdicos verificar se no h extrapolao doatual prazo de vigncia, bem como eventualocorrncia de soluo de continuidade nosaditivos precedentes, hipteses queconfiguram a extino do ajuste, impedindoa sua prorrogao.

    72

  • 37

    Forma da contagem do prazo contratual

    Art. 132. Salvo disposio legal ou convencional em contrrio,computam-se os prazos, excludo o dia do comeo, e includoo do vencimento.

    (...)

    3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igualnmero do de incio, ou no imediato, se faltar exatacorrespondncia.

    20202016 2017 2018 2019 2020

    Data da celebrao do contrato administrativo

    08/01/2016

    2 termo aditivo

    08/01/2018

    3 termo aditivo

    08/01/2019

    4 termo aditivo

    08/01/2020

    1 termo aditivo

    08/01/2017

    73

    3.4 Alteraes no contrato administrativo

  • 38

    Alteraes contratuais

    I Unilateral:

    a) Qualitativa.

    b) Quantitativa.

    II - Acordo entre as partes.

    Art. 65 da Lei n

    8.666/1993

    75

    Renovao contratual

    Os contratos de servios de naturezacontinuada podero ser prorrogados quandohouver autorizao formal da autoridadecompetente e observados os seguintesrequisitos:

    a) previso no edital;

    b) antecedncia;

    c) os servios tenham sido prestadosregularmente;

    d) a administrao mantenha interesse narealizao do servio.

    76

  • 39

    Renovao contratual

    e) a contratada manifeste expressamenteinteresse na prorrogao;

    f) o valor do contrato permaneaeconomicamente vantajoso para a administrao(pesquisa de preos);

    g) indicao dos crditos oramentrios;

    h) anlise da Consultoria Jurdica;

    i) celebrao de termo aditivo.

    77

    Renovao contratual

    No poder haver renovao quando expirado oprazo de vigncia contratual, haja vista que ocontrato encontra-se extinto. Veja o que diz aOrientao Normativa da AGU n 03/2009 sobre oassunto.

    Na anlise dos processos relativos prorrogaode prazo, cumpre aos rgos jurdicos verificarse no h extrapolao do atual prazo devigncia, bem como eventual ocorrncia desoluo de continuidade nos aditivosprecedentes, hipteses que configuram aextino do ajuste, impedindo a suaprorrogao.

    78

  • 40

    Renovao contratual

    De acordo com a IN SLTI/MPOG n 02/2008, avantajosidade econmica para prorrogao doscontratos de servios continuados estarassegurada, sendo dispensada a realizao depesquisa de mercado, quando o contrato contiverprevises de que:

    a) os reajustes dos itens envolvendo a folha desalrios sero efetuados com base em conveno,acordo coletivo ou em decorrncia de lei.

    b) os reajustes dos itens envolvendo insumos(exceto quanto a obrigaes decorrentes de acordoou conveno coletiva de trabalho e de lei) emateriais sero efetuados com base em ndicesoficiais.

    79

    Renovao contratual

    c) no caso de servios continuados de limpeza,conservao, higienizao e de vigilncia, os valoresde contratao, ao longo do tempo e a cadaprorrogao, sero iguais ou inferiores aos limitesestabelecidos em ato normativo da SLTI/MPOG.

    Por outro lado, a administrao no poderprorrogar o contrato quando:

    a) os preos estiverem superiores aos estabelecidoscomo limites pelas portarias da SLTI/MPOG para osservios de limpeza e vigilncia.

    b) a contratada tiver sido declarada inidnea oususpensa no mbito da Unio ou do prprio rgocontratante, enquanto perdurarem os efeitos.

    80

  • 41

    Limites legais para as alteraes

    81

    Deciso n 215/99 Plenrio:

    Tanto as alteraes contratuais quantitativas que modificam a dimenso do objeto quanto asunilaterais qualitativas que mantmintangvel o objeto, em natureza e em dimenso esto sujeitas aos limitespreestabelecidos nos 1 e 2 do art. 65 daLei n 8.666/93, em face do respeito aos direitosdo contratado, prescrito no art. 58, I, da mesmalei, do princpio da proporcionalidade e danecessidade de esses limites seremobrigatoriamente fixados em lei.

    82

  • 42

    Como devem ser calculados os limites de 25% e 50%?

    Acrdo 749/2010-TCU-Plenrio

    Valor inicial atualizado 100.000,00

    Supresso (40.000,00)

    Saldo 60.000,00

    Aplicao do limite legal (25% x 100.000,00) 25.000,00

    Valor final mximo do contrato (c/aditivos) 85.000,00

    83

    3.5 Equilbrio econmico-financeiro do contrato

  • 43

    Equilbrio econmico e financeiro

    O equilbrio econmico-financeiro a igualdadeformada, de um lado, pelas obrigaes assumidaspelo contratante no momento do ajuste e, do outrolado, pela compensao econmica que lhecorresponder.

    Este equilbrio, que formado quando daapresentao da proposta pelo licitante, possuiguarida constitucional no art. 37, inciso XXI.

    85

    Equilbrio econmico e financeiro

    A proteo conferida ao equilbrio econmico-financeiro protege o contrato tanto da leaordinria quanto da extraordinria:

    a) lea ordinria ou empresarial: consiste norisco relativo possvel ocorrncia de umevento futuro desfavorvel, mas previsvel ou

    suportvel, por ser usual no negcio efetivado.(Maria Helena Diniz. Dicionrio jurdico. So Paulo: Saraiva, 1998. p. 157)

    Sua recomposio s devida se houverpreviso legal ou contratual autorizativa. Ex.:reajuste para recompor as perdas inflacionrias.

    86

  • 44

    Equilbrio econmico e financeiro

    b) lea extraordinria: pode ser entendidacomo o risco futuro imprevisvel que, pela suaextemporaneidade, impossibilidade de previsoe onerosidade excessiva a um dos contratantes,desafie todos os clculos feitos no instante dacelebrao contratual (DINIZ, 1998, p. 158).

    Sua recomposio devida a qualquer tempo,independentemente de pedido ou previsocontratual.

    87

    Equilbrio econmico e financeiro

    Agravos econmicos que podem alterar a equaoeconmica do contrato:

    1. os oriundos das sobrecargas decididas pelo contratanteno uso de seu poder de alterao unilateral do contrato;

    2. resultantes de medidas tomadas sob titulao jurdicadiversa da contratual (fato do prncipe);

    3. sofridos em razo de fatos imprevisveis produzidos porforas alheias s pessoas contratantes e queconvulsionam gravemente a economia do contrato;

    4. provenientes das chamadas sujeies imprevistas;

    5. resultantes da inadimplncia da administraocontratante, isto , de uma violao contratual.

    88

  • 45

    Equilbrio econmico e financeiro

    REAJUSTE

    REPACTUAO

    Reequilbrio

    econmico-financeiro

    Procedimentos e/ou instrumentos utilizadospara a manuteno do equilbrio econmico-financeiro dos contratos:

    89

    Reajuste

    O reajuste tem por finalidade recompor oequilbrio financeiro do contrato em razo davariao normal do custo de produo decorrenteda inflao.

    Podem ser utilizados ndices especficos, setoriaisou gerais, desde que oficiais.

    A periodicidade para a concesso do reajuste igual ou superior a um ano, contado a partir dadata limite para apresentao da proposta ou dooramento a que essa se referir.

    90

  • 46

    Reajuste

    Veja a Orientao Normativa AGU n 23, de 01de abril de 2009.

    O edital ou o contrato de servio continuadodever indicar o critrio de reajustamento depreos, sob a forma de reajuste em sentidoestrito, admitida a adoo de ndices gerais,especficos ou setoriais, ou por repactuao,para os contratos com dedicao exclusiva demo de obra, pela demonstrao analtica davariao dos componentes dos custos.

    91

    Reajuste

    admitido o reajustamento dos preos doscontratos de servios continuados sem dedicaoexclusiva de mo de obra, desde que sejaobservado o interregno mnimo de 12 (doze)meses.

    o que estabelece a Orientao Normativa AGUn 24, de 01 de abril de 2009.

    O contrato de servio continuado semdedicao exclusiva de mo de obra deveindicar que o reajuste dar-se- aps decorrido ointerregno de um ano contado da data limitepara a apresentao da proposta.

    92

  • 47

    Reajuste

    No h que se apresentar planilha de custospara que essa seja submetida anlise daadministrao. Ocorre aplicao direta do ndiceindicado no contrato.

    O instrumento administrativo utilizado paramaterializar a alterao do valor do contrato emvirtude da aplicao do reajuste contratual oapostilamento ou o termo aditivo, conforme ocaso.

    93

    Repactuao

    a forma de manuteno do equilbrioeconmico-financeiro do contrato, que deve serutilizada para servios continuados comdedicao exclusiva da mo de obra.

    A repactuao calculada com base naconveno coletiva de trabalho.

    O marco inicial para a contagem do prazo de01 ano, para que a empresa possa solicitar arepactuao, contado da CCT, que serviu debase para a elaborao da proposta de preos.

    94

  • 48

    Repactuao

    No contrato de servio continuado comdedicao exclusiva de mo de obra, ointerregno de um ano, para que se autorizea repactuao, dever ser contado da datado oramento a que a proposta se referir,assim entendido o acordo, conveno ou dissdiocoletivo de trabalho, para os custos decorrentesde mo de obra, e da data limite para aapresentao da proposta em relao aosdemais insumos (Orientao Normativa daAGU n 25/2009).

    95

    Repactuao

    Nas repactuaes subsequentes primeira, aanualidade ser contada a partir da data do fatogerador que deu ensejo ltima repactuao.

    No caso das repactuaes subsequentes primeira, o interregno de um ano deve sercontado da ltima repactuaocorrespondente mesma parcela objeto danova solicitao. Entende-se como ltimarepactuao a data em que se inicia seus efeitosfinanceiros, independentemente daquela em quecelebrada ou apostilada (OrientaoNormativa da AGU n 26/2009).

    96

  • 49

    Repactuao

    O prazo para solicitar a repactuao tem inciocom a data do evento que ensejar o pedido e findana data da prorrogao contratual subsequente oudo encerramento do contrato, conforme o caso. aPrecluso!

    O instrumento administrativo utilizado paramaterializar a alterao do valor do contrato emvirtude da aplicao da repactuao contratual oapostilamento ou o termo aditivo, sendo esseultimo obrigatrio, caso a concesso darepactuao coincida com a prorrogaocontratual.

    97

    Repactuao

    A SLTI publicou, no dia 22/08/2014, aOrientao Normativa n 2 que disciplina oreajuste do vale transporte, nos seguintes termos:

    I - os rgos e entidades da administraopblica federal direta, autrquica e fundacionaldevero observar, nos processos de repactuaoreferentes a servios continuados com dedicaoexclusiva de mo de obra, quando envolverreajuste do vale transporte, as seguintescondies:

    a) a majorao da tarifa de transporte pblicogera a possibilidade de repactuao do itemrelativo aos valores pagos a ttulo de vale-transporte;

    98

  • 50

    Repactuao

    b) o incio da contagem do prazo de um anopara a primeira repactuao deve tomar comoreferncia a data do oramento a que a propostase refere, qual seja, a data do ltimo reajuste detarifa de transporte pblico;

    c) os efeitos financeiros da repactuaocontratual decorrente da majorao de tarifa detransporte pblico devem viger a partir daefetiva modificao do valor de tarifa detransporte pblico;

    d) as regras de repactuao devem observar asdisposies contidas nos art. 37 a 41 daInstruo Normativa n 2, de 30 de abril de2008.

    99

    Reequilbrio econmico-financeiro

    Est previsto no art. 65, inciso II, alnea d, daLei n 8.666/1993, e pode ser requerido aqualquer momento. Decorre da lea extraordinriae extracontratual.

    Trata-se do restabelecimento da relaocontratual inicialmente ajustada pelas partes,desde que a alterao tenha sido provocada pelalea extraordinria superveniente ao originalmentecontratado. Pode ocorrer reviso para mais ou paramenos.

    O 5 do mesmo dispositivo traz um exemplode fato ensejador da reviso do contrato: aalterao dos encargos da contratada em face deimposio legal.

    100

  • 51

    Reequilbrio econmico-financeiro

    Exemplo: publicao da Lei n 12.546/2011, aqual promoveu a desonerao da folha depagamento para alguns setores da economia(mudana da BC para a contribuioprevidenciria).

    O instrumento administrativo utilizado paramaterializar a alterao do valor do contrato emvirtude da aplicao do reequilbrio econmico-financeiro o termo aditivo.

    101

    Resumo

    INSTITUTO REEQUILBRIOECONMICO-FINANCEIRO

    REAJUSTE REPACTUAO

    OBJETIVO Recomposio de custos Restabelecer poder aquisitivo da moeda ou

    insumos.

    Alcanar valor de mercado.

    EMBASAMENTOLEGAL

    Art. 37, XXI, Constituio Federal.

    Alnea d, Inciso II, art. 65 da Lei n 8.666/93.

    Artigo. 40, inciso XI, artigo 55, inciso III,

    ambos da Lei n 8.666/93

    Lei n 10.192/01

    Instruo Normativa/SLTI/MP n

    02/2008Decreto n 2.271/97

    PERIODICIDADENo h. Anual Anual

    NDICEPREDEFINIDO No Sim No

    102

  • 52

    4 Da fiscalizao do contrato

    p. 66

    Fiscalizao de contratos

    Fundamento legal: Obrigatoriedade: art. 58, inciso III,c/c art. 67 da Lei n 8.666/1993.

    Poder-dever da administraopblica.

    104

  • 53

    O que fiscalizar?

    Definio da Portaria TCU n 297/2012:

    Fiscalizao de contrato de servioterceirizado de natureza continuada:conjunto de procedimentos destinados verificao da conformidade daprestao dos servios e da alocaodos recursos necessrios, de forma aassegurar o cumprimento do objeto docontrato, bem como da regularidade fiscal,trabalhista e previdenciria das contratadas ede seus empregados.

    105

    Gesto e fiscalizao

    H distino entre gesto e fiscalizao decontratos?

    A IN SLTI/MPOG n 02/2008 estabeleceu emseu Anexo I as definies de gestor de contrato,fiscal tcnico e fiscal administrativo.

    A Portaria TCU n 297/2012 define gestora decontrato como sendo uma unidade ousubunidade, vinculada ou no ao objeto docontrato, responsvel pela fiscalizao dadocumentao comprobatria da contratada.

    106

  • 54

    Gesto e fiscalizao

    Contudo, diante da falta de legislao especfica quanto aotema, cada administrao deve decidir se ir realizar aseparao das atividades, e as atribuies especficas do fiscale do gestor.Para os fins deste curso, utilizaremos a seguinte diviso deatribuies mais aceita pela doutrina:

    a) Fiscal de contrato: deve verificar a correta execuo doobjeto da avena, de modo a legitimar a liquidao dospagamentos devidos ao contratado, ou, conforme o caso,para orientar as autoridades competentes acerca danecessidade de serem aplicadas sanes ou de rescisocontratual.

    b) Gestor de contrato: o gestor do contrato, a seu turno, aquele a quem incumbe tratar com o contratado. Ou seja, ogestor do contrato tem a funo de conversar com ocontratado, de exigir que este ltimo cumpra o que foipactuado, de sugerir eventuais modificaes contratuais.

    107

    1) A designao como fiscal de contrato pode ser recusada?

    R: Em princpio no, porquanto no se trata de ordem manifestamente ilegal (art. 116, IV, RJU)

    Questes preliminares

    108

  • 55

    Questes preliminares

    2) Contudo, ainda que no possa ser recusada,o fiscal pode solicitar a capacitao para aatividades, alm de solicitar que exista umaavaliao da compatibilidade da suaqualificao com aquela exigida para aatividade

    Questes preliminares

    109

    O fiscal do contrato no pode ser responsabilizado,caso no possua condies apropriadas para odesempenho de suas atribuies.

    Demonstrado nos autos que a responsvel pelafiscalizao do contrato tinha condies precrias pararealizar seu trabalho, elide-se sua responsabilidade.

    (...) Ademais, ainda para a unidade tcnica, oselementos constantes do processo indicariam noserem exequveis as funes de executor tcnico daforma determinada, tendo em conta ser perceptvel aimpossibilidade de uma nica pessoa cumprir todas asfunes que lhe foram atribudas (Info 57/TCU).

    Questes preliminares

    110

  • 56

    Questes preliminares

    3) Ento se preciso ter condies adequadas,posso recusar a designao se j estiverfiscalizando um outro contrato? Qual o limitede contratos?

    R: No. Acrdos n 2.831/2011-P, 38/2013-Pe 1.094/2013-P

    Questes preliminares

    111

    Questes preliminares

    4) Mas se preciso ter qualificao para o exercciodo cargo, posso recusar a fiscalizao de umcontrato de obra pblica se no for engenheiroou arquiteto?

    R: No. Acrdos 2512-P. Contudo, a escolha dofiscal deve recair sobre pessoa que tenhaconhecimento tcnico suficiente do objeto queest sendo fiscalizado, pois falhas na fiscalizaopodem vir a alcanar o agente pblico que onomeou, por culpa in eligendo.

    Questes preliminares

    112

  • 57

    Questes preliminares

    5) No quero ser fiscal. No podemosterceirizar essa atividade?

    R: TCU, Acrdo n 1930/2006-P; Acrdo n606/2009, Plenrio.

    Questes preliminares

    113

    Assistncia de terceiros

    O art. 67 da Lei n 8.666/1993 faculta administrao contratar terceiros para assistir esubsidiar informaes nas atividades defiscalizao e acompanhamento.

    Terceiro a pessoa fsica ou jurdicacontratada para auxiliar o fiscal na sua tarefa.

    A contratao do terceiro no obrigatria,cabendo administrao verificar se acomplexidade do contrato exige a assistnciadesse terceiro.

    114

  • 58

    1) Quem executa no fiscaliza o prpriocontrato. Princpio da segregao de funes

    Com fudamento no princpio da segregao de funes, como garantia daindependncia da fiscalizao, fundamental que o agente fiscalizador noseja ao mesmo tempo executor em um mesmo contrato administrativo.AC-0140-06/07-P - MARCOS VINICIOS VILAA

    Quem no pode ser designado fiscal de contrato

    115

    2) pregoeiro X fiscal - princpio da segregao de funes;

    3) membro da comisso de licitao tambm no;

    Quem no pode ser designado fiscal de contrato

    116

  • 59

    4) conflito de interesses;

    5) parentes do dono da empresa;

    Quem no pode ser designado fiscal de contrato

    117

    A fim de evitar qualquer ingerncia nas atividades defiscalizao, no deve o fiscal de contratos sersubordinado ao gestor de contratos, e, a bem doprincpio da segregao de funes, as atividades degestor de contratos e fiscal de contratos no devem seratribudas a uma mesma pessoa. "No obstante a nosegregao dessas duas atribuies no possam serconsideradas ilegais, ela deve ser evitada".

    FURTADO, Lucas Rocha. Curso de licitao e contratosadministrativos. 4. ed. atual. Belo Horizonte: Frum,2012. p. 440.

    Deve ser evitado

    118

  • 60

    1) Necessidade de edio de ato formal - AC-1534-10/09-1 - AUGUSTO NARDES.

    2) Deve ser nomeado um fiscal para cada contrato - AC-3676-25/14-2 - JOS JORGE.

    3) O fiscal deve ser cientificado formalmente (contendo inclusive atestado de recebimento) - AC-1094-15/13-P.

    4) A portaria de designao ou ato normativo internodo rgo deve definir, taxativamente, as atribuies eresponsabilidades de cada um dos agentes(fiscal/gestor/ordenador de despesas/autoridadesuperior).

    5) Indicar um substituto do fiscal.

    Cuidados da portaria de designao do fiscal

    119

    Preposto

    A indicao do preposto docontratado obrigatria porfora do art. 68 da Lei n8.666/1993.

    O preposto figuraessencial no acompanhamentoda execuo dos servios pelolado da empresa contratada.

    Ele o contato imediato dofiscal do contrato com aempresa contratada.

    120

    http://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.dochttp://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.dochttp://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.dochttp://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.dochttp://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.dochttp://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.dochttp://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.doc

  • 61

    Preposto

    O preposto deve ser designado to logoassinado o contrato e mantido no local em queos servios sero prestados.

    Entende-se como local da prestao dosservios o prdio da contratante ou a cidade emque estiver localizado.

    As comunicaes entre o fiscal do contrato e opreposto da contratada devem ser feitaspreferencialmente por escrito.

    121

    4 Da instruo documental

    Sobre a importncia do processo organizado de fiscalizao

  • 62

    conhecimento do regime jurdico;

    conhecimento dos termos contratuais;

    conhecimento do processo que resultou nocontrato, inclusive atos da fase de planejamento;

    conhecimento do rol de atribuies sob seu encargo,e quais as providncias a serem tomadas diante dosproblemas; e

    organizao.

    Fatores de sucesso para a fiscalizao

    123

    O acompanhamento e controle dos contratosadministrativos devem se dar por meio deprocessos organizados, inclusive com o rol dedocumentos necessrios verificao prvia aospagamentos, bem como devem ser segregados ospapis e responsabilidades dos envolvidos nacontratao, mormente as atividades a seremdesenvolvidas pelos fiscais de campo e gestoresdo contrato.

    AC-0748-10/11-P - UBIRATAN AGUIAR

    Sobre a importncia do processo

    124

  • 63

    1. instrumento convocatrio da licitao (edital);2. termo de referncia ou projeto bsico;3. oramento e planilha de custos;4. cronograma fsico-financeiro;5. necessidade a ser atendida e resultados esperados

    com o contrato;6. conhecimento da realidade do mercado respectivo;7. proposta da contratada;8. documento coletivo de trabalho da categoria envolvida

    na prestao dos servios (conveno, acordo ou dissdio coletivo de trabalho);

    9. instrumento de contrato;

    Reunio dos documentos essenciais fiscalizao

    125

    Reunio dos documentos essenciais fiscalizao

    10. documento de designao do preposto pela contratada;

    11. livro dirio com registro de ocorrncias, de preferncia assinado pelopreposto da contratada;

    12. cpia de atas de reunies realizadas com o preposto da contratada, a fimde discutir a qualidade da contratao.

    Reunio dos documentos essenciais fiscalizao

    126

  • 64

    Portaria n 297 TCU:

    Art. 3 Para cada contrato de terceirizao,devem ser autuados um processo administrativode liquidao e pagamento, por exercciofinanceiro, e um processo administrativo deacompanhamento e anlise da documentaotrabalhista e previdenciria.

    Compilao dos principais documentos para fcilmanuseio do fiscal.

    Sugestes para a organizao do processo de fiscalizao

    127

    A administrao deve formalizar processo paraacompanhamento da execuo dos contratos,com a documentao fsica e financeiranecessria, bem como incluir em sistemacontbil, ou em outro sistema gerencial,informaes sobre o contrato e/ou projeto aoqual est vinculado, a fim de aperfeioar suagesto e atender ao princpio da eficincia.

    AC-2605-38/12-P - MARCOS BEMQUERER

    Sugestes para a organizao do processo de fiscalizao

    128

  • 65

    O edital e o contrato devem prever ametodologia de mensurao dos serviosefetivamente prestados, incluindo os critriosutilizados para verificao das quantidades edos valores expressos nas notas fiscaisemitidas pelas empresas contratadas.

    AC-4665-43/08-1 - VALMIR CAMPELO

    Sobre a importncia de conhecer a metodologia de mensurao dos servios

    129

    Na execuo de contrato administrativo, devehaver documento especfico para controledos servios prestados, para o fim depagamento contratada, que dever conter adefinio e a especificao dos servios aserem realizados e as mtricas utilizadas paraavaliar o volume de servios solicitados erealizados.

    AC-1545-31/08-P - MARCOS BEMQUERER

    Necessidade de observar o contrato

    130

  • 66

    No mesmo sentido

    Os mecanismos de controle de execuo doscontratos administrativos devem sertransparentes, seguros e rastreveis, de modoa permitir a verificao da quantidade equalidade dos servios prestados. Os serviosprestados s podem ser pagos em suatotalidade mediante evidncia documentalde sua realizao, de acordo com a qualidadeprevista no edital da licitao e aps o efetivocontrole dos fiscais do contrato.

    Sobre a importncia de conhecer a metodologia de mensurao dos servios

    131

    132

  • 67

    Gesto e fiscalizao

    A fiscalizao dos contratos, no que se refereao cumprimento das obrigaes trabalhistas,deve ser realizada com base em critriosestatsticos. (Acrdo 1214/2013-P)

    Deve levar em considerao falhas queimpactem o contrato como um todo e noapenas erros e falhas eventuais no pagamentode alguma vantagem a um determinadoempregado.

    133

    Gesto e fiscalizao

    Atualmente a IN SLTI/MPOG n 02/2008disponibiliza procedimentos a serem adotadospelo fiscal de contratos, de modo a verificar ocumprimento das obrigaes assumidas pelaempresa contratada.

    O Anexo IV da referida instruo normativaremete ao Guia de Fiscalizao dos Contratosde Prestao de Servios com dedicaoexclusiva de mo de obra.

    134

  • 68

    Gesto e fiscalizao

    Esse guia apresenta a seguinte estrutura:

    1. fiscalizao inicial;

    2. fiscalizao mensal (a ser feita antes dopagamento da fatura);

    3. fiscalizao diria;

    4. fiscalizao especial;

    5. fiscalizao por amostragem;

    6. fiscalizao quando da extino ou rescisodos contratos;

    7. providncias em caso de indcios deirregularidade.

    135

    Elaborar uma planilha-resumo de todo o contrato administrativo.Ela conter informaes sobre todos os empregados terceirizadosque prestam servios no rgo ou entidade, divididos por contrato,com os seguintes dados: nome completo, nmero de inscrio noCPF, funo exercida, salrio, adicionais, gratificaes, benefciosrecebidos, sua especificao e quantidade (vale-transporte, auxlio-alimentao), horrio de trabalho, frias, licenas, faltas,ocorrncias e horas extras trabalhadas.

    voc quem vai preencher esta tabela do excel?

    Pedir cpia de todas as CTPS (a conferncia feita aos poucos, poramostragem).

    Atentar para as observaes do Anexo IV da IN SLTI/MPOG 02.

    Sobre a importncia da fiscalizao inicial primeira providncia

    136

  • 69

    realizar reunio com os empregadosterceirizados e inform-los de seus direitosprevistos em contrato, esclarecendo que estoautorizados a noticiar administrao odescumprimento de quaisquer desses direitos.

    Lembrar de fazer essas duas providncias, nocaso de admisso de novos terceirizados.

    Sobre a importncia da fiscalizao inicial segunda providncia

    137

    Como interagir junto ao contratado

    As interaes, num primeiroestgio, devero ser realizadaspelo fiscal com o preposto docontratado.

    As interaes, sempre quepossvel, devero ser realizadaspor escrito, sem prejuzo da trocade informaes e orientaesverbais entre as partes.

    O administrador dever atuarquando esgotadas, sem xito, asaes da alada do fiscal.

    138

  • 70

    Terceirizao

    Contrato de

    prestao de servios

    Contrato

    de trabalho

    NO pode haverPESSOALIDADE eSUBORDINAO.

    139

    Ao constatar alguma irregularidade naexecuo do contrato, quais providncias ofiscal deve tomar?

  • 71

    Art. 67. (...) 1 O representante da administrao anotar

    em registro prprio todas as ocorrnciasrelacionadas com a execuo do contrato,determinando o que for necessrio regularizao das faltas ou defeitos observados.

    2o As decises e providncias queultrapassarem a competncia do representantedevero ser solicitadas a seus superiores emtempo hbil para a adoo das medidasconvenientes.

    Retornando ao art. 67, da Lei n 8.666, de 1993

    141

    Na execuo contratual, o fiscal do ajuste deverealizar o fiel registro de todas as ocorrnciasrelevantes observadas, e a administrao nopode se furtar ao direito-dever de aplicar assanes administrativas previstas, quando foro caso.

    AC-6462-29/11-1 - WALTON ALENCAR RODRIGUES

    Sobre a importncia dos registros na fiscalizao

    142

  • 72

    Sobre a importncia dos registros

    O registro da fiscalizao de obra pblica atovinculado, fundamental para procedimentos deliquidao e pagamento dos servios. controleessencial que a administrao exerce sobre ocontratado, o qual propicia aos gestoresinformaes acerca do cumprimento docronograma das obras e a conformidade daquantidade e qualidade contratadas eexecutadas.

    AC-4593-29/10-2 - JOS JORGE

    Sobre a importncia dos registros na fiscalizao

    143

    hierarquia

    Autoridade superior

    Gestor

    Fiscal

    144

  • 73

    Ordem de atuao

    FISCALRequer

    regularizao das falhas

    SUPERIORESAlterao

    Reviso

    Sanes

    Resciso, etc.

    145

    1. criao de manual de fiscalizao art. 115 da LGL;2. adoo dos editais, contratos e check-lists da AGU - Acrdo n

    1.520/2015-Plenrio;3. realizao de reunies peridicas com o preposto da contratada;4. processo organizado, como j visto;5. formalizao dos atos de fiscalizao;6. utilizao e preenchimento do livro de ocorrncias diariamente

    pelo fiscal do contrato;7. guia de fiscalizao (especialmente nos contratos com alocao

    exclusiva de mo de obra) com regras claras e conhecidas pela contratada;

    8. solicitar o auxlio da assessoria jurdica sempre que houverdvidas na fiscalizao do contrato e, obrigatoriamente, emmomento prvio promoo de alteraes do objeto.

    Recapitulando as boas prticas

    146

  • 74

    Cuidados no ateste e pagamento

    Liquidao

    A despesa pblica passa por trs etapas: oempenho, a liquidao e o pagamento.

    O simples empenho no autoriza o pagamento,que somente ir ocorrer aps sua regularliquidao.

    A liquidao da despesa consiste na verificaodo direito adquirido pelo credor, tendo por baseos ttulos e documentos comprobatrios dorespectivo crdito.

    148

  • 75

    Liquidao

    A liquidao visa verificar a origem e o objetodo que se deve pagar, a importncia exata apagar e a quem se deve pagar a importncia paraextinguir a obrigao.

    Com o ateste do fiscal de contratos, a despesa considerada liquidada e o pagamento, que odespacho exarado por autoridade competente,poder ser efetuado.

    149

    Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto ser recebido:

    I - em se tratando de obras e servios:

    a) provisoriamente, pelo responsvel por seuacompanhamento e fiscalizao, mediantetermo circunstanciado, assinado pelas partesem at 15 (quinze) dias da comunicaoescrita do contratado;

    Ateste da fatura

    150

  • 76

    1. Deve-se evitar a prtica do atesto adistncia. AC-2507-39/11-P

    2. importante verificar a conformidade do quefoi cotado e do que est sendo entregue(gnero e marca). AC-0536-07/11-P

    3. irregular o recebimento de equipamento diverso do indicado na proposta, sem atestao de equivalncia tcnica. AC-0558-09/10-P

    Cuidados essenciais no ateste da fatura

    151

    Pagamento

    O pagamento representa a ltima fase dadespesa.

    Aps a realizao dos servios, a empresacontratada faz jus em receber comocontraprestao o pagamento devido a cargo daadministrao.

    O prazo para a administrao efetuar opagamento estabelecido no instrumentoconvocatrio e no contrato.

    152

  • 77

    Pagamento

    Esse prazo deve representar o tempo necessriopara que a administrao realize todos os trmitesinternos para efetuar o pagamento empresacontratada.

    A Lei n 8.666/1993 estabelece em seu art. 40,inciso XIV, alnea a, que o prazo de pagamentono pode ser superior a 30 dias.

    A IN SLTI/MPOG n 02/2008, por sua vez,estabelece que, na inexistncia de regracontratual, o prazo para pagamento da notafiscal/fatura, devidamente atestada pelaadministrao, no dever ser superior a 5 (cinco)dias teis.

    153

    Pagamento

    O pagamento dever ser efetuado mediante aapresentao de nota fiscal ou da fatura pelacontratada.

    Deve realizar consulta on line no Sicaf arespeito da regularidade fiscal, ou naimpossibilidade de acesso ao referido sistema,mediante consulta aos stios eletrnicos oficiaisou documentao mencionada no art. 29 da Lein 8.666/1993.

    154

  • 78

    Pagamento

    A administrao poder conceder um prazopara que a contratada regularize suas obrigaestrabalhistas ou suas condies de habilitao,sob pena de resciso contratual, quando noidentificar m-f ou a incapacidade da empresade corrigir a situao.

    155

    Pagamento

    De acordo com o TCU, Acrdo n 1.612/2013-Plenrio, o Setor de Contabilidade, que responsvel por efetuar o pagamento, somentepoder efetu-lo aps confrontar todos os atestesdas notas fiscais com as portarias de fiscalizaode contratos, em atendimento ao disposto nosart. 62 e 63 da Lei n 4.320/1964.

    A no observncia pode acarretar pena deresponsabilidade solidria do servidor que efetuouo pagamento, caso a administrao venha sofreralgum dano decorrente da autorizao dopagamento sem a observncia ora mencionada.

    156

  • 79

    4.9 Responsabilidade subsidiria da

    administrao pelos encargos trabalhistas

    Responsabilidade da administrao

    H dois tipos de responsabilidades imputadas administrao, quando na qualidade detomadora de servios, ao celebrar contratos deprestao de servios terceirizao: solidria esubsidiria.

    A responsabilidade solidria refere-se aosdbitos decorrentes do no recolhimento dascontribuies previdencirias.

    Por seu turno, a responsabilidadesubsidiria refere-se aos encargostrabalhistas no honrados pela empresacontratada.

    158

  • 80

    Responsabilidade da administrao

    O amparo legal para a imputao daresponsabilidade solidria encontra-se no 2,art. 71, da Lei n 8.666/1993.

    Na responsabilidade solidria, o credor podecobrar a dvida do devedor principal ou docoobrigado, ou de ambos, indistintamente. Asolidariedade no comporta benefcio de ordem.

    Na responsabilidade subsidiaria, o credor devecobrar primeiramente o devedor principal esomente na impossibilidade deste honrar osdbitos que se pode cobrar a dvida total ouparcial, conforme o caso, do devedor coobrigado.

    159

    Responsabilidade solidria

    Depreende-se da parte final do 2, art. 71,que a responsabilidade solidria da administraopblica decorre, exclusivamente, da execuo decontrato nos termos do art. 31 da Lei n8.212/1991: prestao de servios por cessode mo de obra.

    Art. 31. A empresa contratante de serviosexecutados mediante cesso de mo deobra, inclusive em regime de trabalhotemporrio, dever reter 11% (onze porcento) do valor bruto da nota fiscal ou faturade prestao de servios e [...].

    160

  • 81

    Responsabilidade solidria

    Definio de cesso de mo de obra:

    Cesso de mo de obra a colocao disposio da empresa contratante, em suasdependncias ou nas de terceiros, detrabalhadores que realizem servios contnuos,relacionados ou no com sua atividade-fim,quaisquer que sejam a natureza e a forma decontratao, inclusive por meio de trabalhotemporrio na forma da Lei n 6.019/1974.(IN RFB n 971/2009)

    161

    Responsabilidade solidria

    Excluso da responsabilidade solidria

    O art. 151 da IN RFB n 971/2009 exclui aresponsabilidade do tomador de servios quandoesse fizer a reteno de 11% sobre o valor brutoda nota fiscal, da fatura ou do recibo deprestao de servios e recolher previdnciasocial a importncia retida.

    A prpria IN n 971/2009 apresenta em seusart. 117 e 118 a relao de servios contratadosmediante cesso de mo de obra e sujeitos reteno de 11% sobre o valor bruto da notafiscal, da fatura ou do recibo.

    162

  • 82

    Responsabilidade solidria

    As listagens apresentadas pelos art. 117 e 118so exaustivas quanto obrigatoriedade depromover a reteno de 11% (onze por cento)sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou dorecibo.

    163

    Responsabilidade subsidiria

    A administrao temque contratar bem efiscalizarcorretamente!!!

    - Culpa in eligendo contratao.

    - Culpa in vigilando execuo docontrato.(fiscalizao)

    164

  • 83

    Responsabilidade subsidiria

    Em relao responsabilidade subsidiria,a partir da reescritura do Enunciado TST 331, aresponsabilidade da administrao pblica dotipo subjetiva.

    condicionada evidenciao de condutaculposa no cumprimento das obrigaes da Lein 8.666/1993, especialmente na fiscalizao documprimento das obrigaes contratuais e legaisda prestadora de servio como empregadora.

    A responsabilidade subsidiria do tomador deservios abrange todas as verbas decorrentes dacondenao referentes ao perodo da prestaolaboral.

    165

    Responsabilidade subsidiria

    Segue, in verbis, os incisos IV, V e VI doEnunciado TST 331:

    IV - O inadimplemento das obrigaestrabalhistas, por parte do empregador,implica a responsabilidade subsidiria dotomador dos servios quanto quelasobrigaes, desde que haja participado darelao processual e conste tambm do ttuloexecutivo judicial.

    166

  • 84

    Responsabilidade subsidiria

    V- Os entes integrantes da administraopblica direta e indireta respondemsubsidiariamente, nas mesmas condies doitem IV, caso evidenciada a sua condutaculposa no cumprimento das obrigaesda Lei n 8.666/1993, especialmente nafiscalizao do cumprimento das obrigaescontratuais e legais da prestadora de serviocomo empregadora. A aludidaresponsabilidade no decorre de meroinadimplemento das obrigaestrabalhistas assumidas pela empresaregularmente contratada.

    167

    Responsabilidade subsidiria

    VI A responsabilidade subsidiria dotomador de servios abrange todas asverbas decorrentes da condenao referentesao perodo da prestao laboral.

    De modo a mitigar a responsabilidadesubsidiria, importante fiscalizar a execuocontratual, realizando entrevistas/questionrioscom os empregados contratados, verificando, emespecial, se a empresa contratada efetuou orecolhimento e depsito do INSS e FGTS,respectivamente, e o pagamento das verbastrabalhistas.

    168

  • 85

    5 Responsabilizao do servidor pblico

    So trs as esferas de responsabilizao:1. cvel;2. penal; e3. administrativa.

    Alm dessas trs instncias punitivas, tambm soaplicveis as sanes previstas na Lei n 8.429, de 1992,pela prtica de atos de improbidade administrativa,aquelas aplicadas pelo TCU, tambm podendo responderpor aes ou omisses que infrinjam a Lei deResponsabilidade Fiscal (LC n 101/2000) e ser acionadospor meio da Lei da Ao Popular (Lei n 4.717/1965).

    Responsabilizao do servidor pblico

    170

  • 86

    Cdigo Civil: Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria,

    negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano aoutrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    (...) Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar

    dano a outrem fica obrigado a repar-lo.

    So quatro, portanto, os pressupostos da responsabilidadecivil: (i) conduta (ao ou omisso); (ii) dano (perda oudiminuio); (iii) nexo de causalidade entre a conduta e odano; (iv) culpa ou dolo do agente causador.

    Cvel

    171

    Ademais, importante registrar que oSupremo Tribunal Federal firmou oentendimento de que o servidor pblico nopode ser acionado diretamente peloparticular, mas apenas perante aadministrao, quando essa for condenada eexercitar o seu direito de regresso em face doservidor faltoso. (in RE 327.904, Rel. Min.Carlos Britto, julgamento em 15-8-06, DJ de 8-9-06).

    Cvel

    172

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm

  • 87

    Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa aqualquer modificao ou vantagem, inclusiveprorrogao contratual, em favor doadjudicatrio, durante a execuo dos contratoscelebrados com o poder pblico, sem autorizaoem lei, no ato convocatrio da licitao ou nosrespectivos instrumentos contratuais, ou, ainda,pagar fatura com preterio da ordemcronolgica de sua exigibilidade, observado odisposto no art. 121 desta lei.

    Penal

    173

    Art. 96. Fraudar, em prejuzo da Fazenda Pblica,licitao instaurada para aquisio ou venda de bensou mercadorias, ou contrato dela decorrente:

    I - elevando arbitrariamente os preos; II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria

    falsificada ou deteriorada; III - entregando uma mercadoria por outra; IV - alterando substncia, qualidade ou quantidade da

    mercadoria fornecida; V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais

    onerosa a proposta ou a execuo do contrato.

    Penal

    174

  • 88

    A responsabilidade administrativa (funcional)dos agentes pblicos, atuantes em licitaes econtrataes, decorre de ato comissivo ouomissivo praticado que denote ausncia oudeficincia da atuao fiscalizatria ou, ainda,que d causa emisso de ordem depagamento irregular.

    Administrativa

    175

    Administrativa

    Nesses casos, o fiscal de contratos pode, emvirtude da ao ou omisso, ser responsabilizadopor eventuais danos causados administrao. o que estabelece o Tribunal de Contas da Unio.

    A negligncia de fiscal da administrao nafiscalizao de obra ou acompanhamento decontrato atrai para si a responsabilidadepor eventuais danos que poderiam ter sidoevitados, bem como as penas previstas nos art.57 e 58 da Lei n 8.443/92. (Acrdo n859/2006 Plenrio- TCU)

    176

  • 89

    6 Extino do contrato administrativo

    Extino do contrato

    O fim esperado do contrato a sua extinopela concluso ou execuo do seu objeto,que ocorre quando as partes contratantescumprem perfeitamente as clusulas docontrato.

    178

  • 90

    Extino do contrato

    importante esclarecer, no norte do disposto naON/AGU n 51, que caso a administraoidentifique um vcio mesmo aps a extino docontrato, possvel responsabilizar o contratopelo que foi executado:

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 51:

    "A garantia legal ou contratual do objeto temprazo de vigncia prprio e desvinculado daquelefixado no contrato, permitindo eventual aplicaode penalidades em caso de descumprimento dealguma de suas condies, mesmo depois deexpirada a vigncia contratual."

    179

    Resciso do contrato

    Art. 79 da Lei n 8.666/1993 (tipos)

    a) unilateralmente, por atoescrito da administrao.

    b) amigavelmente, por acordoentre as partes, reduzida a termono processo da licitao, desde quehaja convenincia para aadministrao.

    c) judicial, nos termos dalegislao.

    180

  • 91

    Resciso do contrato

    a) culpa do contratado incisosI ao XI e XVIII do art. 79 da Lei n8.666/1993 inadimplemento ouinexecuo do contrato.

    b) por interesse pblico incisoXII do art. 79 da Lei n 8.666/1993.

    c) pela ocorrncia de casofortuito ou fora maior inciso XVIIdo art. 79 da Lei n 8.666/1993.

    Unilateral

    181

    Resciso do contrato

    Resciso amigvel

    Na resciso administrativa ouamigvel, o rgo ou entidadecontratante no possui a liberdadediscricionria de deixar de promover aresciso unilateral do ajuste, caso sejaconfigurado o inadimplemento doparticular.

    S existe campo para a rescisoamigvel de um contrato administrativoquando houver convenincia para aadministrao e no ocorrer nenhumadas hipteses previstas para aresciso unilateral da avena.

    182

  • 92

    Resciso do contrato

    Resciso amigvel

    A resciso amigvel do contratosem a devida comprovao deconvenincia para a administrao,e de que no restaramconfigurados os motivos para aresciso unilateral do ajuste,configura irregularidade, porafrontar o disposto no art. 79,inciso II, da Lei n 8.666/1993.(Acrdo n 740/2013 -Plenrio)

    183

    7 Aplicao de sanes administrativas

  • 93

    Aplicao de penalidades contratada

    prerrogativa da administrao a aplicao depenalidades sem a necessidade de recorrer aoPoder Judicirio, o que no dispensa a instauraodo devido processo administrativo, com garantiade ampla defesa e contraditrio ao contratado.

    Quando a empresa contratada deixar decumprir o acordo avenado, a administrao deveaplicar penalidade. Trata-se de uma obrigao eno de uma faculdade.

    Os fatos ensejadores de aplicao depenalidade e as respectivas sanes devem estardescritos no edital e no contrato celebrado.

    185

    Aplicao de penalidades contratada

    Para verificao da inexecuo do contrato e deoutras faltas, de suma relevncia a corretafiscalizao do contrato e o devido registro dasfalhas.

    So esses elementos que sero levados aoprocesso administrativo e que serviro demotivao para a prtica do ato administrativo deresciso contratual ou de aplicao de sanes.

    Como materializar a inexecuo parcial docontrato ou o desatendimento das determinaesemanadas pelo fiscal do contrato, seno fazendoo devido registro dessas falhas?

    186

  • 94

    Aplicao de penalidades contratada

    Alis, quanto a esse ponto, a Lei n8.666/1993 expressa, ao dizer que causapara a resciso unilateral do contrato ocometimento de reiteradas faltas na suaexecuo, anotadas em registro prprio deocorrncias relacionadas com a execuo docontrato.

    187

    Tipos de penalidade

    O art. 87 da Lei n 8.666/1993 elenca assanes que a administrao poder aplicar contratada em decorrncia da inexecuo total ouparcial do contrato:

    a) multa de mora;

    b) advertncia;

    c) multa;

    d) suspenso temporria de participao emlicitao e impedimento de contratar com aadministrao;

    e) declarao de inidoneidade.

    188

  • 95

    Tipos de penalidade

    A Lei n 10.520/2002, que institui amodalidade de licitao denominada prego,prev em seu art. 7 outra penalidade a seraplicada s empresas que se comportam deforma inadequada durante a participao dalicitao e/ou durante a execuo contratual.

    A Lei n 12.846/2013, que dispe sobre aresponsabilizao administrativa e civil depessoas jurdicas pela prtica de atos contra aadministrao pblica, nacional ou estrangeira,estabelece em seu art. 6 as penalidades a seremaplicadas.

    189

    Os rgos e as entidades devemregulamentar internamente o fluxoprocessual e a competncia paraaplicao de penalidades sempresas contratadas.

    Procedimento sugesto para a edio de regulamento interno

    190

  • 96

    1 - ocorrncia de infrao contratual; 2 - cincia da administrao da infrao (fiscal ou gestor do

    contrato), formalizada nos autos; 3 - notificao da contratada para apresentar defesa prvia; 4 - produo de provas (se for o caso); 5 - julgamento; 6 - notificao do julgamento; 7 - recurso; 8 - julgamento pela instncia superior; 9 - notificao da deciso administrativa; 10 - registro da penalidade no Sicaf e publicao do DOU (se for o

    caso) e arquivamento.

    Fases

    191

    Os prazos para que o contratado devaapresentar defesa ou justificativas, quandodeixar de cumprir obrigao prevista no edital eno contrato, so de:

    a) 05 (cinco) dias teis contados da notificaoe abertura de vistas ao processo, nos casos deadvertncia, multa e suspenso temporria (2 do art. 87 da Lei n 8.666/1993).

    b) 10 (dez) dias corridos contados danotificao e abertura de vistas do processo,nos casos de declarao de inidoneidade ( 3do art. 87 da Lei n 8.666/1993).

    Prazo para apresentao de defesa

    192

  • 97

    Art. 87. Pela inexecuo total ou parcial docontrato, a administrao poder, garantida aprvia defesa, aplicar ao contratado as seguintessanes:

    Ateno: iniciar processo administrativosancionador, aplicando penalidade e abrindoprazo para defesa ou recurso, caso deNULIDADE ABSOLUTA.

    Muito cuidado na produo da notificao.

    A defesa prvia!

    193

    CJU-SP:http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333

    Deve constar da notificao: a) descrio clara e completa do fato imputado; b) clusula do edital, da lei ou do contrato, em tese, violada

    (passvel de aplicao de penalidade(s) nos termos da clusula ...do contrato);

    c) finalidade da notificao: abertura de prazo para defesa prvia edispositivo legal (art. 87, 2, da Lei n 8.666/93);

    d) informao sobre o acesso aos autos e sobre o local paraprotocolo da defesa.

    O art. 26 da Lei n 9.784/99 enumera os requisitos da notificao.

    Modelos de notificao elementos necessrios

    194

    http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/164333

  • 98

    O prazo para defesa prvia - 5 dias teis - se inicia coma intimao, e no com a juntada do AR positivo.

    A notificao deve ser remetida ao endereo decorrespondncia. A responsabilidade de mant-loatualizado da contratada.

    Recomendao no caso de defesa intempestiva:consignar a intempestividade e analisar a defesa. precauo, pois a revelia no impede o Poder Judiciriode anular a deciso administrativa.

    Observaes

    195

    Orientao Normativa AGU n 48, de25.04.2014:

    competente para a aplicao daspenalidades previstas nas Leis n10.520/2002 e n 8.666/1993,excepcionada a sano de declaraode inidoneidade, a autoridaderesponsvel pela celebrao docontrato ou outra prevista emregimento.

    Competncia para aplicao da penalidade

    196

  • 99

    Art. 40. So sanes passveis de registro noSicaf, alm de outras que a lei possa prever:[...]III suspenso temporria, conforme oinciso III do art. 87 da Lei n 8.666/1993.

    IV declarao de inidoneidade, conforme oinciso IV do art. 87 da Lei n 8.666/1993.

    V impedimento de licitar e contratar com aUnio, Estados, Distrito Federal ou Municpios,conforme o art. 7 da Lei n 10.520/2002.

    Extenso dos efeitos das penalidades

    197

    1 A aplicao da sano prevista no incisoIII deste artigo impossibilitar o fornecedor ouinteressado de participar de licitaes eformalizar contratos, no mbito do rgo ouentidade responsvel pela aplicao dasano.

    2 A aplicao da sano prevista no incisoIV deste artigo impossibilitar o fornecedor ouinteressado de participar de licitaes eformalizar contratos com todos os rgos eentidades da administrao pblica diretae indireta da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios.

    Extenso dos efeitos das penalidades

    198

  • 100

    3 A aplicao da sano prevista no inciso Vdeste artigo impossibilitar o fornecedor ouinteressado de participar de licitaes eformalizar contratos no mbito interno doente federativo que aplicar a sano:I da Unio, caso a sano seja aplicada porrgo ou entidade da Unio.

    II do Estado ou do Distrito Federal, caso asano seja aplicada por rgo ou entidade doEstado ou do Distrito Federal.

    III do Municpio, caso a sano sejaaplicada por rgo ou entidade do Municpio.

    Extenso dos efeitos das penalidades

    199

    A declarao de inidoneidade e aaplicao do impedimento de licitar econtratar no mbito da Unio produzemefeitos para o futuro, ou seja, ex nunc.

    Assim, no alcana os contratos jcelebrados com a empresa sancionada e,portanto, no h necessidade imediata deresciso contratual de todos os contratosporventura vigentes da empresa condenadacom os demais rgos e entidades daadministrao.

    Extenso dos efeitos das penalidades

    200

  • 101

    Cabe s unidades administrativas adoo demedidas com vistas a avaliar a necessidade derescindir o contrato que possuam com aempresa julgada inidnea, caso entendamnecessrio, cumpridas as formalidades legaispara tanto.

    Contudo, no que concerne aos contratosdecorrentes de certames impugnados, nos quaisse verificaram condutas que autorizam adeclarao de inidoneidade e o impedimento delicitar e contratar com a Unio, entende-se queesses devem ser prontamente rescindidos.(Acrdo n 3.002/2010 e Acrdo n1.340/2011, ambos Plenrio).

    Extenso dos efeitos das penalidades

    201

    Campo de aplicao das penalidades

    Corroborando esse entendimento, a AGUexpediu a Orientao Normativa n 49, de25.04.2014, de modo a unificar entendimentosjurdicos e, consequentemente, a realizao deprocedimentos administrativos.

    Aplicao das sanes de impedimento delicitar e contratar no mbito da Unio (art. 7da Lei n 10.520/2002) e de declarao deinidoneidade (art. 87, inciso. IV, da Lei n8.666/1993) possuem efeito ex nunc,competindo administrao, diante decontratos existentes, avaliar a imediataresciso no caso concreto.

    202

  • 102

    Campo de aplicao das penalidades

    Apesar de no existir a obrigatoriedade daresciso contratual com a empresa declaradainidnea ou impedida de licitar e contratar com aadministrao, quando a penalidade no tiverorigem no contrato com ela celebrado, nopoder a administrao prorrog-lo, devendorealizar novo processo licitatrio, haja vista que arenovao contratual nada mais do que umanova contratao, nos mesmos moldesanteriormente avenado, por mais um lapsotemporal, normalmente de 12 meses.

    203

    Registro da penalidade no Sicaf

    O Sistema de Cadastramento Unificado deFornecedores (Sicaf) constitui o registro cadastraldo Poder Executivo federal, na forma do Decreton 3.722/2001, mantido pelos rgos e entidadesintegrantes do Sistema de Servios Gerais(SISG), nos termos do Decreto n 1.094/1994.

    O Sicaf dever conter os registros das sanesaplicadas pela administrao pblica, inclusive asrelativas ao impedimento para contratar com opoder pblico, conforme previsto na legislao.

    204

  • 103

    Registro da penalidade no Sicaf

    Aps o registro da sano, o rgo ou aentidade responsvel por sua aplicao realizarcomunicao ao fornecedor, informando que ofato foi registrado no Sicaf.

    205

    CEIS

    O Cadastro Nacional de Empresas Inidneas eSuspensas (CEIS) um banco de informaesmantido pela Controladoria-Geral da Unio(CGU), que tem como objetivo consolidar arelao das empresas e pessoas fsicas quesofreram sanes das quais decorra como efeitorestrio ao direito de participar de licitaes oude celebrar contratos com a administraopblica.

    A Lei n 12.846/2013 (Lei Anticorrupo)trouxe a obrigatoriedade dos entes pblicos, detodos os poderes e esferas de governo, demanter esse cadastro atualizado.

    206

  • 104

    Suspenso Impedimento Declarao de

    inidoneidade

    Modalidades

    aplicveis

    Todas, inclusive

    prego

    Prego Todas, inclusive prego

    Abrangncia Entidade contratante

    Sancionador (ex:

    INSS)

    Ente federativo (ex.

    Unio)

    Toda a administrao

    pblica (Unio, Estados,

    Distrito Federal e

    Municpios)

    Efeitos No retroagem (ex

    nunc)

    No retroagem (ex

    nunc)

    No retroagem (ex

    nunc)

    Prazo At 2 (dois) anos At 5 (cinco) anos Indeterminado - mnimo

    de 2 (dois) anos

    Quadro resumo

    207

    Obrigado!

    208

  • Escola Nacional de Administrao Pblica

    SAIS - rea 2A 70610-900

    Braslia, DF Brasil

    Telefone: (61) 2020 3000

    Portal: www.enap.gov.br

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