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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA
JOSÉ GARCIAS DA CONCEIÇÃO
RAILSON ALVES MORAIS
GESTÃO ESCOLAR: Os desafios da educação inclusiva no município de Parauapebas – PA no período de outubro de 2015 a janeiro de 2016
Parauapebas – Pará 2016
JOSÉ GARCIAS DA CONCEIÇÃO
RAILSON ALVES MORAIS
GESTÃO ESCOLAR: Os desafios da educação inclusiva no município de Parauapebas – PA no período de outubro de 2015 a janeiro de 2016
Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Gestão Pública, como requisito para a obtenção de nota referente à Conclusão de curso, elaborado pelos alunos: José Garcias da Conceição e Railson Alves Morais, sob a orientação do Prof. José Raimundo B. Trindade e coordenação do Prof. André Luiz Ferreira e Silva.
Parauapebas – Pará
2016
GESTÃO ESCOLAR: Os desafios da educação inclusiva no município de Parauapebas – PA
Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Gestão Pública, como requisito para a obtenção de nota referente à Conclusão de curso, elaborado pelos alunos: José Garcias da Conceição e Railson Alves Morais, sob a orientação do Prof. José Raimundo B. Trindade e coordenação do Prof. André Luiz Ferreira e Silva.
Banca Examinadora:
_______________________________________
Orientador (a)
_______________________________________
Examinador (a)
Apresentado em: ___/___/_______
Conceito: _________________
Parauapebas – Pará 2016
Em primeiro lugar, agradecemos a Jesus Cristo, o Santo filho de Deus, que tem realizado grandes feitos em nossas vidas. Ele resgatou em nós sonhos que haviam se perdido e nos fez entender que todas as coisas são possíveis ao que crê. Agradecemos, ainda, aos nossos familiares, filhos, pais, esposas, etc., os quais nos incentivaram a conquistar nossos objetivos e, sobretudo, acreditaram em nossa capacidade. O apoio e o amor de vocês foram essenciais para que pudéssemos nos tornar as pessoas que somos hoje. Amamos vocês.
Somos gratos aos nossos queridos amigos, os quais nos ajudaram a relaxar nos momentos difíceis, nos dando incentivo e, lembrando sempre que devemos viver com intensidade e alegria. Agradecemos toda a equipe de mestres que fizeram parte do quadro de profissionais da Universidade Federal do Pará e nos deram suporte durante este percurso. Obrigado pela atenção de sempre.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
1. Processo de inclusão: enfoque histórico da educação especial ................... 10
1.2 Concepção da educação especial ..................................................................... 13
1.3 Concepção de inclusão ..................................................................................... 15
2. Gestão Escolar e o desafio da inclusão escolar .............................................. 16
2.1 O papel do gestor escolar frente às práticas educacionais inclusivas ................ 18
3. A importãncia da Gestão Escolar no processo de inlcusão.............................21
3.1 Aspectos orçamentários para a educação ......................................................... 23
3.2 A gestão escolar no processo de construção da educação incluisva ................. 24
4 Considerações finais .......................................................................................... 30
5 Referências ......................................................................................................... 32
6 Apêndices............................................................................................................ 35
6.1 Dados das Escolas pesquisadas ....................................................................... 36
6.2 Questionário de pesquisa - Gestor ..................................................................... 37
6.2 Questionário de pesquisa – Coordenador Peagógico...... ................................. 42
6.3 Questionário de pesquisa - Professor ................................................................ 46
GESTÃO ESCOLAR: Os desafios da educação inclusiva no município de Parauapebas – PA
José Garcias da Conceição e Railson Alves Morais
RESUMO: Este artigo traz um breve estudo acerca dos desafios da educação inclusiva, bem como da gestão escolar junto a essa realidade no município de Parauapebas – PA. O termo inclusão escolar tem sido bastante difundido na atualidade, pois é impossível pensar atualmente uma escola que não valorize a diversidade. A LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 conceitua a educação inclusiva como uma modalidade de educação que permeia todas as etapas e níveis de ensino. Portanto, o presente estudo busca contribuir para a reflexão sobre o papel do gestor escolar frente ao processo da construção da educação inclusiva em todos os aspectos, ou seja, como se dá a inclusão, qual a proposta da mesma no âmbito escolar e, principalmente, qual o papel dos gestores educacionais nesse processo. Por entender que educação e cidadania são inseparáveis, fez-se necessário uma fundamentação teórica objetivando identificar não só o amparo legal mais também as políticas públicas nos níveis nacional, estadual e municipal. Constatou-se que os desafios dos (as) gestores (as) frente à questão da inclusão são similares e que ainda existe muito a ser feito para garantir uma educação inclusiva no município de Parauapebas.
PALAVRAS-CHAVE: educação inclusão e gestão escolar.
ABSTRACT
This article provides a brief study about the challenges of inclusive education and school management at this reality in the municipality of Parauapebas - PA. The term school inclusion has been widespread today, it is impossible today to think a school that does not value diversity. The LDBEN - Law of Directives and Bases of Education - Law No. 9.394 / 96 conceptualizes inclusive education as a form of education that permeates all stages and levels of education. Therefore, this study aims to contribute to the reflection on the role of the school front manager to the construction process of inclusive education in all aspects, that is, how is the inclusion, which proposed the same in schools and, especially, the role of educational managers in this process. Understanding that education and citizenship are inseparable, it was necessary a theoretical foundation aiming to identify not only the legal protection also more public policies at the national, state and municipal levels. It was found that the challenges of (the) managers (the) front of the issue of inclusion are similar and that there is still much to be done to ensure an inclusive education in the municipality of Parauapebas.
KEYWORDS : Education Inclusion and school management .
7
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como eixo central estabelecer uma ponte entre
a gestão escolar e a educação inclusiva no Município de Parauapebas – PA,
apresentando-se como reflexão de cunho teórico uma análise sobre a
importância da gestão escolar frente ao processo de inclusão.
A educação ocupa lugar central na acepção coletiva da cidadania. Cada
cidadão representa uma parte elementar nesse processo; em se tratando de
educação inclusiva, então, a união de forças é um passo importante para a
superação das práticas meramente discursivas. O Brasil é cenário de um longo
processo histórico em busca de uma educação de qualidade e que atenda a
todos.
Analisar a educação inclusiva implica trazer todo o contexto
socioeconômico e político em que ela está inserida, só assim as pessoas com
deficiência terão a oportunidade de ter acesso a instituições escolares
devidamente aparelhadas e com profissionais qualificados. Por essa razão é
importante analisar, além do trabalho dos professores, o trabalho do gestor
escolar, pois a responsabilidade não é apenas do professor, mas também do
gestor escolar, uma vez que cabe a ele direcionar as atividades dentro e fora
da sala de aula. Ao longo da análise também não se prescinde da atenção ao
papel fundamental dos órgãos oficiais de Gestão da Educação, nesse contexto
especificamente, a Secretaria Municipal de Educação.
Como o foco deste é educação inclusiva, ao longo do trabalho será
utilizada a terminologia “educação inclusiva”, a qual segundo Amaral (1998) diz
respeito a uma nova postura da escola regular que deve propor no projeto
político-pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas
estratégias de ensino ações que favoreçam a inclusão social e a diversidade de
práticas educativas que atendam a todos os alunos.
A escolha do tema “... desafios da educação inclusiva no município de
Parauapebas – PA” se deu em razão de que o tema é por demais importante e
atual, além de que dados do Ministério da Educação apontam que
Parauapebas aparece muito bem posicionado no ranking estadual sobre
8
educação, posicionada em 4º lugar com 0,6943 (IFDM – Firjan/2013) e sendo
medalha de prata no IDEB estadual aparecendo com média 5,0 (até o 5º ano) e
média 4,2 para as séries finais do Ensino Fundamental (Inep/2013). Esses
dados, sem dúvida, orgulham mas também despertam a curiosidade para o
cenário real de se os dados, de fato, evidenciam a realidade municipal no
assunto.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação, o Município conta
com quase 80 (oitenta) escolas, de Educação Infantil e Ensino Fundamental, o
que inviabilizaria uma pesquisa mais ampla em face desse grande número de
escolas. Diante disso, optou-se por efetivar a pesquisa junto a escolas que
mais se aproximassem do contexto a ser pesquisado.
Dessa feita, universo do estudo abrangeu três escolas municipais de
ensino fundamental, quais sejam EMEF Eduardo Angelim, EMEF Paulo
Fonteles de Lima e EMEF Cecília Meireles, além da Secretaria Municipal de
Educação - SEMED, que também fez parte do universo da pesquisa enquanto
Órgão Gestor das políticas públicas educacionais em âmbito Municipal.
A escolha das escolas, então, levou em consideração a informação de
que, a primeira escola indicada - EMEF Eduardo Angelim – é uma escola
recém-inaugurada, já construída no modelo de acessibilidade proposto pelo
Ministério da Educação. Além disso, essa Escola é considerada Escola-Polo,
recebendo alunos com necessidades educacionais especiais de outras escolas
próximas, por possuir Sala de Recursos. A Escola também, por conta dessa
característica física, possui um quadro discente com representatividade de
várias necessidades especiais.
A EMEF Paulo Fonteles de Lima, embora seja uma Escola construída há
mais tempo e seja de dois pavimentos, possui também estrutura bem
adaptada, contando inclusive com salas de recursos e possuir em seu quadro
docente os professores que receberam maior número de horas de formação
específica para atendimento dessa demanda e há mais tempo atuam junto a
esses alunos. A escola da EMEF Cecília Meireles como lócus de pesquisa deu-
se também em razão de possuir número considerável de alunos com
necessidades educacionais especiais e possuir ambientes preparados para a
9
recepção desses alunos, como sala de recurso e recursos materiais para
atendimento da demanda, sem falar que, junto à Escola Paulo Fonteles de
Lima, é uma das primeiras a priorizar esse tipo de atendimento.
Dada a complexidade e abrangência do tema, a pesquisa foi
desenvolvida sob um enfoque qualitativo utilizando os recursos metodológicos
das pesquisas bibliográficas e de campo, além da observação participante. Os
dados empíricos foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada, que
segundo Triviños (1987), é aquela que parte de certos questionamentos que
interessam a pesquisa.
O texto, então está estruturado em três tópicos. O capítulo I apresenta o
processo de inclusão como um desafio da realidade educacional, abrangendo o
enfoque histórico da educação especial no Brasil e no Mundo; as concepções
de educação especial e de Inclusão e o acesso e qualidade como caminhos da
inclusão. Já o capítulo II apresenta a Gestão e educação inclusiva, onde se
aborda o contexto histórico de gestão, o papel do gestor frente às práticas
educacionais, a conscientização do gestor escolar no que diz respeito à
organização inclusiva e a contribuição do gestor em relação ao
desenvolvimento de estratégias no processo de educação inclusiva.
O capítulo III apresenta os resultados da pesquisa, nos quais se
constatou inúmeros desafios da gestão escolar em relação ao processo de
inclusão, bem como a necessidade de uma efetiva implementação de políticas
educacionais inclusivas por parte do poder público municipal, como decorrência
do cumprimento não só da legislação vigente, mas também como um dever do
município de atender esta parcela da comunidade que tem o direito a ter uma
formação digna e de qualidade como todos os demais cidadãos. Exibe ainda os
aspectos orçamentários da educação no município, bem como a importância
da gestão no processo de construção da inclusão social.
O estudo expressa a possibilidade de análise e reflexão acerca do tema
em questão, além da compreensão sobre a educação inclusiva e qualificada
para agregar a todos, sem discriminação, segregação, desrespeito à
diversidade, e acima de tudo com gestores e professores qualificados e
comprometidos com essa realidade.
10
I. PROCESSO DE INCLUSÃO: ENFOQUE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Para entendermos o processo de Inclusão como um desafio da gestão
municipal frente à realidade educacional é preciso fazer um resgate histórico
para que se identifique a posição do Brasil na implementação de políticas
inclusivas, bem como observar a relação dessas políticas no contexto mundial.
Outro fator importante é perceber quais concepções norteiam essas políticas.
O conhecimento da história da educação especial não nos ajuda apenas a
acumular conhecimentos, mas também a uma reflexão sobre o tipo de política
de inclusão que está sendo implementada, seja internacional, nacional,
Estadual e/ou Municipal.
Historicamente o cenário brasileiro se caracteriza por novos e
numerosos exércitos de excluídos que disputam palmo a palmo todos os
espaços sociais. Nesse emaranhado, podemos “olhar” aspectos da educação
especial. Jannuzzi (1985, p. 41-2), referindo-se ao Decreto-lei 1.216 de 1904
do Estado de São Paulo, explicita uma série de preconceitos, entre eles o
tratamento de “imbecis”, “incapazes”, ás pessoas com deficiência, o que
marginalizava o educando com necessidades educacionais especiais.
A fundação de duas instituições públicas para o atendimento de pessoas
com deficiência como, por exemplo, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos
(atual Instituto Benjamin Constant) em 12 de outubro de 1854, e o Instituto dos
Surdos-Mudos (atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos-INES) em
1856, por D. Pedro II, pode ser considerada um ato isolado no que se refere à
preocupação com a educação das pessoas com deficiência, pois nesse
momento, não há ainda nenhuma legislação nacional em termos de educação,
de âmbito geral, principalmente em relação à educação especial. O que temos
é a Constituição Brasileira de 1824 registrando “compromisso” com a
gratuidade da instrução primária a “todos os cidadãos” e com a criação de
colégios e universidades “onde serão ensinados elementos das ciências, belas-
letras e artes”. No entanto, o grupo de “todos os cidadãos” não incluía a massa
de trabalhadores, que em sua maioria era escrava, e certamente também não
dizia respeito às pessoas com deficiências.
11
As classes especiais públicas vão surgir pautadas na necessidade
científica da separação dos alunos “normais” e anormais na pretensão de
organização de salas de aula homogêneas, sob a supervisão de inspeção
sanitária, a partir dos preceitos de racionalidade e modernidade.
Só com o advento da Constituição Brasileira de 1934 é que se
estabelece, pela primeira vez, como competência da união, a incumbência de
traçar as diretrizes da educação nacional (o que vai ocorrer em 1961), ao
mesmo tempo em que fica estabelecida como competência tanto da união
como dos Estados a difusão da instrução pública em todos os graus.
A Constituição de 1988 inova ao priorizar o atendimento do aluno
deficiente no ensino regular. O eu significa um grande avanço no
reconhecimento dos direitos educacionais a todos, independentemente de
necessidades e limitações do estudante. Dois anos depois, em 1990, é
aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei número 8.069/90,
que vem substituir o código de Menores, garantindo e reafirmando direitos às
crianças e adolescentes.
Os dispositivos legais respaldam a Educação Especial enquanto
modalidade de educação escolar, segundo a Política Nacional de Educação
Especial (Brasil, 1994) fundamenta-se na Declaração Universal dos Direitos do
Homem (1948), na Convenção sobre Direitos da Criança (1990), na Declaração
sobre Educação Para Todos (1990) e na Conferência Mundial sobre
Necessidades Educativas Especiais – Declaração de Salamanca (1994) sendo
que a partir desta última surge o conceito de educação inclusiva.
A Lei de Diretrizes de Bases da Educação – Lei 9.394/96 de 20 de
dezembro 1996 tem suas discussões iniciadas na Comissão de Educação da
ainda no bojo das discussões da Constituição Federal de 1988, com o primeiro
projeto apresentado no mesmo ano, dois meses depois da promulgação da
Carta Constitucional em outubro. No conflito das forças sociais, o texto que vai
se estabelecendo durante os oito anos de debates em sua tramitação
apresenta a educação como “dever da família e do Estado”.
12
Especificamente quanto ao atendimento às pessoas com deficiência, a
Lei 9.394/96 propõe “o atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de
ensino” (art.4° III) e prevê, pela primeira vez, a existência de serviços de apoio
especializados na escola regular (art. 58° § 1°), abrindo a possibilidade ao
atendimento em classes, escolas ou serviços especializados, quando não for
possível a integração na classe comum. Explicita também a oferta de
Educação Especial como dever do Estado, na faixa etária de zero aos seis
anos, dentro das previsões das mudanças que devem ocorrer na educação
infantil (art. 58, § 3°).
Como não poderia deixar de ser, não se encontra mais em vigência leis
ou decretos proibindo a matrícula de crianças com deficiências nas escolas
regulares, como ocorria no início do Século XX (Decreto-Lei 1.216-A de 15 de
outubro de 1927 do Estado de Minas Gerais). No entanto, a apresentação da
possibilidade de adequação das escolas aos alunos com deficiências apareceu
apenas em 1996.
Imersa nas contradições do movimento social, a explicitação, pela lei de
Diretrizes e Bases de 1996, da possibilidade de implantação de serviços mais
especializados na própria rede regular de ensino, juntamente ao anúncio da
“alternativa preferencial” de ampliação do atendimento ao deficiente na própria
rede pública, pode significar a possibilidade de atendimento de pessoas com
deficiência mais graves nas escolas do país e a efetivação da educação como
direito público subjetivo. Mas para que isso seja possível é necessária e
importante a atuação dos Conselhos Estaduais e Municipais de Educação, no
que se refere à efetivação da conquista desse direito além de outros órgãos
fiscalizadores, sem prejuízo da atuação dos órgãos judiciais caso seja
necessário.
13
1.2. Concepção de educação especial
A Educação Especial é definida, a partir da LDBEN 9394/96, como uma
modalidade de educação escolar que permeia todas as etapas e níveis de
ensino. Esta definição permite desvincular “educação especial” de “escola
especial”. Permite, também, tomar a educação especial como um recurso que
beneficia a todos os educandos e que atravessa o trabalho do professor com
toda a diversidade que constitui o seu grupo de alunos.
Podemos dizer que se faz necessário propor alternativas inclusivas para
a educação e não apenas para a escola. A escola integra o sistema
(conselhos, serviços de apoio e outros), que se efetiva promotora de relações
de ensino e aprendizagem, através de diferentes metodologias, todas elas
alicerçadas nas diretrizes de ensino nacional.
O surgimento da educação especial está vinculado ao discurso social
posto em circulação na modernidade para dar conta das crianças que não se
adaptavam aos contornos da escola. Foi a partir deste lugar de “criança não
escolarizável” que as deficiências foram organizadas em um amplo aspecto de
diagnóstico, recortadas e classificadas com o apoio do saber médico.
A partir daí a educação especial baseou-se em uma concepção de
reeducação por meios de métodos comportamentais, supondo que bastariam
técnicas de estimulação especiais para as crianças alcançarem um nível
“normal” de desenvolvimento.
A Declaração de Salamanca (1994) traz uma interessante e desafiadora
concepção de Educação Especial ao utilizar o termo “pessoas com
necessidades educacionais especiais” estendendo-o a todas as crianças ou
jovens que têm necessidades decorrentes de suas características de
aprendizagem. O princípio é que as escolas devem acolher a todas as
crianças, incluindo crianças com deficiência, superdotadas, de rua, crianças
que trabalham, de populações distantes, de um modo geral abrangendo a
todas as crianças, independentemente de sua cor, raça ou classe social. Para
isso sugere uma pedagogia centrada na relação com as crianças, capaz de
14
educar com sucesso a todos, atendendo as necessidades de cada um,
considerando as diferenças existentes entre elas.
Pensando nas escolas especiais, como um suporte ao processo de
inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola
regular comum, a coordenação entre os serviços de educação, saúde e
assistência social aparece como essencial, apontando, nesse sentido, a
possibilidade das escolas especiais funcionarem como centros de apoio e
formação para a escola regular, facilitando a inclusão dos alunos nas classes
comuns ou mesmo a frequência concomitante nos dois lugares.
Essa seria uma forma de a escola não se isentar das responsabilidades
relativas às dificuldades de seus alunos simplesmente limitando-se a
encaminhá-los para atendimentos especializados. Ao contrário, a manutenção
de serviços especializados de apoio ao processo de ensino-aprendizagem não
caminha na contramão de uma educação radicalmente inclusiva, mas é
essencial para a sua caracterização.
A questão que deve ser colocada é como o atendimento educacional
especializado integra o processo. Com isso, se descaracteriza as necessidades
educacionais especiais como exclusividade “para deficientes” e passa-se a
entendê-las como algo que todo o aluno, em maior ou menor grau, ocasional
ou permanentemente pode vir a demandar.
O desafio da inclusão é que ela objetiva a reestruturação do sistema
para que ele possa responder a uma gama inteira de necessidades especiais.
Logo, devemos encontrar palavras que impeçam a rotulação das crianças, ao
mesmo tempo em que enfatizam os desafios ao sistema.
Assim, podemos concluir que aqueles que professam sua concordância
com os termos da Declaração, não podem ter outra postura que não a de
expressar todos os seus esforços para efetiva inclusão com qualidade no
ensino regular dos alunos com necessidades educacionais especiais.
15
1.3. Concepção de inclusão
O conceito de educação inclusiva surgiu a partir de 1994, com a
Declaração de Salamanca (Conferência Mundial sobre necessidades
educacionais especiais: acesso e qualidade). No que diz respeito às escolas, a
ideia é que as crianças com necessidades educacionais especiais sejam
incluídas em escolas de ensino regular. O objetivo da inclusão demonstra uma
evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser
separada das outras por apresentar alguma espécie de deficiência. Do ponto
de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de permitir a
integração entre as crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, o que
às vezes gera uma imensa dificuldade por parte das escolas em conseguirem
integrar as crianças com necessidades especiais devido à necessidade de se
criar condições adequadas e à própria formação docente que ainda aparece
como elemento que dificulta esse trabalho.
Alguns autores como, Mendes (2006), Rodrigues (2008), Vitaliano
(2002) ao desenvolverem pesquisas na área da Educação Inclusiva, destacam
a Declaração de Salamanca (Brasil, 1994) como sendo o documento que mais
contribuiu para o desenvolvimento de políticas públicas destinadas à educação
de pessoas com necessidades educacionais especiais.
Após a difusão das propostas estabelecidas na Declaração de
Salamanca (1994), os países, entre eles o Brasil, de acordo com as propostas
educacionais inclusivas, deram início ao desenvolvimento de políticas públicas
que contribuíram significativamente com a elaboração de normas e legislações
que possibilitaram a todos os alunos, com ou sem deficiência, o direito de
estarem inseridos nos sistemas regulares de ensino independentemente de
suas necessidades educacionais especiais.
Conforme Mendes (2006) a grande maioria dos países do mundo
começou a implantar políticas de inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais no ensino regular. Um dos fatores fundamentais para a
efetivação desta política foi a perspectiva positiva da construção de um sistema
16
escolar de qualidade para todos, pois foi constatado que toda e qualquer
criança possui características, interesses, habilidades e necessidades únicas e
que, portanto, a escola precisa conhecê-las.
O desafio que confronta a escola inclusiva é o de desenvolver uma
pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas com sucesso, assim,
fica claro que a Declaração de Salamanca apresenta como perspectiva política
a inclusão de toda e qualquer criança no ensino regular, independentemente de
suas condições física ou de sua origem social ou cultural.
Não obstante a Declaração de Salamanca, ao mesmo tempo em que
todos os países adotam o princípio da educação inclusiva em forma de lei ou
política, matriculando todos os alunos em escolas regulares, deixa espaço para
que, em determinados casos, isso não ocorra, quando a própria Declaração
acrescenta, “a menos que existam fortes razões para agir de outra forma”.
Assim, podemos concluir que aqueles que professam sua concordância com os
termos da Declaração, não podem ter outra postura que não a de expressar
todos os seus esforços para efetivar a inclusão com qualidade no ensino
regular dos alunos com necessidades educacionais especiais. Nesse sentido,
Arthur Guimarães (2003) reforça que “mais do que criar condições para os
deficientes, a inclusão é um desafio que implica mudar a escola como um todo,
no projeto pedagógico, na postura diante dos alunos (...)”, e enfim se efetivar
de fato a educação inclusiva.
2. GESTÃO ESCOLAR FRENTE AO DESAFIO DA INCLUSÃO ESCOLAR
Ao mencionar a questão de “gestão escolar”, faz-se necessário uma
breve reflexão quanto ao contexto histórico de gestão. Sendo assim, de acordo
com Silva (2007) o termo gestão é de origem latina (gerere e Administrare), e
está relacionado com o ato de governar, gerir, dar vida, entre outras
significações, sendo mais amplo do que o caráter administrativo, que também
está envolvido nessa concepção. Tem sua raiz também em gestatio, ou seja,
gestação isto é: o ato pelo qual traz dentro de si algo novo e diferente: um
novo ente. Ora, o termo gestão tem sua raiz etimológica em gerque significa
fazer brotar, germinar, fazer nascer. Da mesma raiz provêm os termos genitora,
17
genitor, gérmen.
No que cabe ao âmbito educacional, segundo Laranja (2004) há uma
marcante diferenciação entre os termos administração e gestão. Tais
diferenciações estão relacionadas ao contexto de mudanças sócio-políticas
recorrentes no Brasil entre o final do século XX e início do século XXI.
Conforme (ROSA, 2009), a concepção de Gestão é historicamente
recente, já que até o final do século XX predominava nas instituições o uso da
administração tradicional mais ligada a mecanismos operacionais, tendo como
princípios a norma, a ordenação e o controle, estimulados pelo regime militar
implantado nesse período caracterizado pelo autoritarismo. Tal modelo de
administração, no início do século XXI encontrava-se enfraquecido diante de
um contexto de transição de uma administração governamental autoritária e
centralizadora, para uma administração pública descentralizada e democrática.
O autor citado diz ainda que a natureza do processo de gestão escolar
democrática no Brasil foi marcada pela abertura política do país após um
período de regime governamental militar autoritário. Nessa transição, ficou
evidente que politicamente havia forças divergentes em defesa da gestão
escolar democrática. Uma delas de esquerda que entendia a escola como
ambiente de valorização da democracia, por meio da aproximação da
sociedade civil, na participação, nas escolhas e no planejamento. Outra
corrente, a de direita, defendia a gestão democrática visando mais
especificamente atender a interesses políticos e econômicos, seguindo uma
lógica mercadológica em que a escola passava a ser tratada como empresa.
Nesse contexto a gestão escolar surge para garantir o funcionamento
da escola, visando à promoção da aprendizagem, devendo para isso viabilizar
ações que fundamentem os princípios e diretrizes educacionais constantes no
projeto político pedagógico da unidade escolar.
A gestão, no campo educacional, é caracterizada pelo reconhecimento
da participação dos indivíduos nas decisões, sendo associada com a
democratização do fazer pedagógico, sendo que há um compromisso coletivo
visando resultados educacionais efetivos e significativos. Assim, gestão escolar
18
não significa somente técnica, métodos, mas refere-se à capacidade de
compreender e analisar de forma crítica a realidade, coordenar, orientar e
estimular na busca de resultados com qualidade, sua decisão parte da
coletividade, seu trabalho está voltado para as relações sociais.
A Gestão das Escolas vem sofrendo mudanças ao longo dos anos,
aumentando suas responsabilidades na busca da qualidade do ensino. Gerir
uma escola é organizar, mobilizar e articular todas as condições materiais e
humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais
das escolas.
A escola enquanto instituição auxiliadora na construção da identidade
dos sujeitos é formadora de sujeitos críticos, socialmente comprometidos e
atuantes, deve se mobilizar rumo à prática enfaticamente democrática de uma
educação inclusiva. Portanto, é necessária a participação de todos para que
encontrem caminhos para o desenvolvimento do processo de democratização
que, após avaliações, criam uma nova estrutura de educação, recuperando o
verdadeiro sentido da gestão escolar que é melhorar a educação para todos. A
verdadeira democracia escolar só pode ser denominada assim quando houver
a participação de toda a comunidade escolar nos debates, discussões,
reflexões, ações e tomadas de decisões de forma que possam colaborar no
processo educativo e na garantia de uma verdadeira inclusão escolar, e assim
não bastam apenas leis que regulamentem essa participação, e sim a
elaboração de ações que possam assegurá-las de fato pelo gestor escolar.
Ao pontuarmos gestão escolar, de imediato atribuímos a necessidade de
ações compartilhadas, pois quando se almeja o ensino inclusivo, cada
instituição a seu tempo reconhece o seu dever, e ao se perceberem como
conjunto, o processo de inclusão escolar se dá de forma promissora.
2.1. O papel do gestor escolar frente às práticas educacionais inclusivas
Segundo Luck (2004), é do gestor escolar a responsabilidade máxima
quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e
desenvolvimento plenos dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando
e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os
19
recursos para tal. Devido a sua posição central frente à educação, o
desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva, quanto
negativa) sobre todos os setores da escola.
O gestor como líder educacional, deve integrar as ações educativas
com consistência e coerência, mobilizando a comunidade escolar para novas
aprendizagens e novos saberes. A formação continuada muito utilizada nos
dias atuais surge como um novo olhar, uma reconstrução e oportunidade de
reformulação dos conceitos que o gestor com um perfil democrático precisa
demonstrar; agindo assim, o gestor escolar se faz facilitador dos processos de
ensino e aprendizagem, mantendo esse ponto como objetivo principal de sua
atuação e tendo consciência da importância de sua função na escola e perante
a comunidade em que atua.
O funcionamento da escola depende em grande medida de formas
democráticas e eficazes de uma boa gestão, a qual vai garantir a consecução
dos objetivos educacionais conforme preconiza a Constituição Federal e
demais Leis correlatas ao tema. Dessa forma é essencial que o gestor esteja
preparado, capacitado para desenvolver o seu trabalho, de maneira que o faça
refletir sobre suas práticas, analisando se as metas de trabalho foram
atingidas.
A forma como o gestor escolar se coloca diante a essa questão
influencia consideravelmente na posição da comunidade escolar, ou seja, ele é
o espelho dos funcionários e deve ter uma postura que contribua para um
atendimento educacional de qualidade para todos, sem exceção; nesse
contexto específico, inclusive aos que tem necessidade de atendimento
especial.
A imagem de um bom gestor é sempre a de um profissional mais
eficiente, mais criativo, mais empolgado, mais dedicado, aquele que gosta do
que faz e principalmente, tem a preocupação de trabalhar a favor da
diversidade, uma vez que a educação inclusiva é atualmente o foco de diálogos
dentro e fora das escolas.
Segundo Lacerda (2011), o gestor escolar precisa ter foco na
20
educação, saber trabalhar em equipe, comunicar-se com eficiência, identificar a
necessidade de transformações e estimular a promoção da aprendizagem dos
profissionais que trabalham com ele são algumas das competências que um
bom e eficiente gestor deve ter. Esse perfil atual busca vincular a atuação do
gestor escolar efetivamente ao trabalho pedagógico, muito mais do que na
função burocrática que o cargo exige. Ele deve favorecer um ambiente em que
o professor seja eficiente e, sobretudo, saiba ensinar e orientar seus
estudantes, tendo ações permeadas de um profissionalismo interativo, com
uma visão de formação contínua ao longo de sua carreira, elaborando “projetos
de orientação e normas de trabalho que valorizem o trabalho em conjunto, o
oferecimento de ajuda e a discussão de dificuldades” (FULLAN;
HARGREAVES, 2000 p. 28).
As atribuições do gestor estenderam-se consideravelmente, atualmente
ele está focado em manter a organização e funcionamento da instituição em
todos os aspectos: físico, sócio-político, relacional, material, financeiro e,
sobretudo pedagógico visando à qualidade de ensino oferecido em sua
Unidade Escolar. Entretanto, os gestores se deparam constantemente com
situações adversas, devendo ser capazes de solucioná-las em diferentes níveis
e planos, cuidando pra que isso não minimize o tempo dedicado ao fazer
pedagógico envolvido no exercício da função gestora.
Com a democratização da gestão escolar, a escola deixa de ser uma
instituição burocrática para se tornar um instrumento efetivo da
intencionalidade política e pedagógica, norteada por princípios fundamentados
em sua proposta pedagógica. Nesse contexto a escola passa a ser um espaço
de formação da identidade profissional do professor em defesa dos interesses
coletivos com vistas a melhores condições de aprendizagem estreitando a
distância entre o discurso e a prática.
Silva (2009) diz que o gestor educacional é o principal articulador na
construção desse ambiente de diálogo e de participação favorável para o
melhor desenvolvimento do trabalho dos profissionais escolares e,
consequentemente, para o sucesso do processo educativo-pedagógico. Para
isso é importante que seja um líder audacioso, com visão de conjunto, unindo e
21
integrando setores, vislumbrando resultados para a instituição educacional que
possam ser obtidos se embasados em um bom planejamento, alinhado a um
propósito bem definido, além de ter uma comunicação eficaz com sua equipe.
De acordo com Silva (2009) o gestor educacional, também deve ter
disponibilidade para superar os desafios que são encontrados nas funções sob
sua responsabilidade. Ao desempenhar seu papel, deve manter em evidência a
necessidade de valorização da escola, dos funcionários e principalmente de
seus alunos, para que os mesmos se sintam estimulados e incentivados a
aprender e assimilar novos conhecimentos.
Ser gestor educacional vai muito além de um cargo ou uma profissão
de grande responsabilidade, implica ser autêntico, ter visão e liderança, pois o
líder envolve todos no trabalho, promove a união dos setores da escola, faz
das suas ações um exemplo, tornando importante cada membro de sua equipe,
motivando para que todos os envolvidos acreditem no seu próprio valor pessoal
e profissional para uma boa gestão, visto que é do seu desempenho e de sua
habilidade em influenciar o ambiente que depende, em grande parte, a
qualidade do clima escolar e do processo ensino-aprendizagem.
3. PROCESSO DE INCLUSÃO NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS E A
IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR
Para assegurar a função social da escola que é a humanização dos
sujeitos, a gestão escolar democrática tem ampliado espaço, vinculando as
questões administrativas com as questões pedagógicas. Sendo assim, o
conceito de democracia, nela contida, apresenta diferentes configurações,
como gestão compartilhada, participativa, ou colegiada, dando a entender que
o excelente é que nela a escola apresenta uma passagem para o exercício da
democracia.
Segundo Gadotti (2004), no Brasil, a autonomia da escola encontra
suporte na própria Constituição Federal de 1988, a qual estabelece a
democracia participativa e cria instrumentos que possibilitam ao povo exercer o
poder diretamente.
Entende-se por autonomia da escola a capacidade de elaboração e
22
realização de projetos educacionais em benefícios dos alunos e com a
participação de todos os interessados no processo educativo. Neste sentido, o
gestor da escola, como um líder, é a peça fundamental no processo de trabalho
coletivo, pois a ele caberá promover o clima de respeito, diálogo e
responsabilidade entre os educadores, bem como motivar os alunos.
Considerando uma educação inclusiva, baseada nos princípios de uma
gestão democrática, anseia-se que o gestor atue de maneira efetiva,
garantindo o acesso de todos a um processo de ensino-aprendizagem de
qualidade. Para isso, o gestor deve desenvolver um trabalho que envolva toda
equipe, formando um grupo comprometido com a transformação social da
escola e da comunidade, visando oferecer um ensino inclusivo de qualidade.
A falta de inclusão para pessoas com deficiência é um fenômeno
globalizado que atinge crianças e adolescentes de todos os segmentos sociais
e em todos os lugares. Analisando o acesso escolar inclusivo no município de
Parauapebas, depara-se com um quadro de carência muito grande, haja vista
que a população local cresce em ritmo acelerado, em razão do crescimento
desordenado da cidade, em decorrência do processo migratório constante.
A evolução populacional do município é impressionante, superando as taxas estaduais e nacionais em muito (...) em menos de vinte anos a população quase que triplica, crescendo a uma taxa geométrica, estimada pelo IBGE com base na Contagem de 2007, em 8,08%. (TRINDADE, OLIVEIRA E BORGES, Pg. 279, 2014)
Sendo assim, os gestores municipais devem buscar soluções para
atender a população em geral, criando políticas públicas direcionadas a todos,
inclusive, oferecendo uma educação que inclua as pessoas com deficiência.
Para isso, o gestor educacional precisa assumir sua missão legal e
constitucional de promover, junto aos professores, "o pleno desenvolvimento da
pessoa" e "seu preparo para o exercício da cidadania" (Constituição Federal,
art. 205).
Verifica-se que a educação inclusiva como parte construtiva do sistema
educacional não vem recebendo a devida atenção da esfera governamental do
município, mesmo com a existência de uma considerável estrutura legal, e de
23
uma política nacional definida para esta modalidade de ensino, o atendimento
às pessoas com algum tipo de deficiência é considerada insuficiente nas
escolas de Parauapebas.
3.1. Aspectos orçamentários para educação
Sabemos que no Brasil existe uma ampla literatura que discute os
gastos realizados pelo governo e seus impactos nos níveis macro e micro da
economia. Entretanto, os estudos relacionados à qualidade desses gastos
ainda são poucos. Vale ressaltar que o sentido de qualidade do gasto
corresponde à eficiência desse gasto, nesse caso específico, resultados
associados a um determinado nível de gasto ou investimento, ou seja, com a
educação.
Conforme Trindade e Oliveira (2013), entre as funções do governo
municipal, duas atividades sociais são as mais importantes: Educação e
Saúde, devido ao alcance social e por serem nos últimos anos, os alvos
principais das políticas de descentralização administrativa, principalmente do
Governo Federal.
Os mesmos autores relatam que:
No caso da universalização da educação básica, o mecanismo de partilha estabelecido foi o FUNDEF, cuja essência tem como proposição destinar, de forma vinculada, parcela das receitas públicas ao Ensino Fundamental (...) por meio de uma redistribuição dos recursos provenientes de impostos aplicados pelos Municípios, Estados e União. (TRINDADE e OLIVEIRA, 2013, p.6)
Segundo o portal de notícias Qedu, um estudo realizado pela Fundação
Lemann e pela Meritt, responsáveis pelo referido portal, mostra que a “Capital
do Minério” está acima da média nacional em se tratando de infraestrutura
escolar e com padrão similar ao dos bons colégios públicos do Sudeste,
segundo dados levantados no Censo Escolar 2013.
Conforme informações colhidas da Secretaria Municipal de Educação,
hoje as escolas da rede municipal de Parauapebas não deixam a desejar no
que se refere à oferta de serviços de infraestrutura básicos. Mas, infelizmente,
a pesquisa revela que a imagem positiva das escolas feita pela Secretaria não
passa de uma utopia, uma vez que há muito para se realizar quanto aos
24
aspectos de infraestrutura.
Quanto ao orçamento destinado à educação no município, a Secretaria
Municipal de Educação (SEMED) afirma que além dos recursos Federais e
Estaduais, dos 90% do capital financeiro que circula localmente no município,
metade é destinada à educação, tanto para promover desenvolvimento quanto
para gerar capital cultural.
Ao longo da pesquisa, percebeu-se que algumas escolas foram
construídas e inauguradas em 2015, sem contar as que foram reformadas e
ampliadas para suportar a demanda de alunos, que aumenta a cada dia e
engrossa o caldo de uma rede educacional que tem mais alunos que a
população total de 4.862 municípios brasileiros (dados da SEMED).
Os dados fornecidos pela SEMED revelam que a educação de
Parauapebas tem uma batalha árdua pela frente, principalmente em relação à
inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais à rede regular
de ensino. Garantir a acessibilidade a todos é um desafio da SEMED, uma vez
que se constata a deficiência estrutural de boa parte dos prédios escolares no
município.
3.2. A gestão escolar no processo de construção da educação inclusiva
A construção de escolas inclusivas, como elemento constitutivo da
política educacional do município é de responsabilidade da Gestão Municipal
de Educação/Secretaria Municipal de Educação- SEMED. Sendo assim, para
que se entenda como se dá o processo de construção da inclusão educacional
no município foi-se em busca de respostas na própria SEMED, bem como em
três escolas de ensino fundamental.
A instituição escolar possui uma característica muito própria no que diz
respeito às relações humanas que a diferencia de qualquer outra instituição ou
empresa, ou seja, a interatividade e troca de conhecimento com fins
educativos. Toda relação interpessoal no interior da escola deve convergir para
a aprendizagem, e o gestor deve estar atento a esse fator, pois é ele o principal
ator na organização e tomada de decisões na escola.
25
Segundo Libâneo (2005) o funcionamento da escola e, sobretudo, a
qualidade da aprendizagem dos alunos dependem de boa direção e de formas
democráticas e eficazes de gestão do trabalho escolar. É preciso estar claro
que a direção e a administração da escola são meios para garantir os objetivos
educacionais.
Em visita à SEMED em busca de informações sobre qual a proposta da
Secretaria em relação à educação especial foi esclarecido que a Secretaria de
Educação tem como foco oferecer aos seus profissionais vários cursos de
capacitação voltados à educação inclusiva, a fim de melhorar as práticas
docentes junto aos alunos com deficiência.
Quanto à parte estrutural dos prédios escolares a meta da Secretaria é
adaptar a maioria das escolas do município às normas estabelecidas pelo
Ministério da Educação – MEC, para garantir o acesso a todos.
As propostas da SEMED frente à construção de uma educação inclusiva
são reveladas na fala de uma das entrevistadas ao afirmar que
A gestão municipal tem a educação como prioridade e vem se esforçando através de políticas públicas voltadas ao combate à exclusão social dos alunos com deficiência aqui no município. Estamos desenvolvendo vários projetos, os quais irão possibilitar uma educação de qualidade e igualitária. (Gestor 1)
Percebe-se através dessa fala que a educação é sempre apresentada
como a prioridade das políticas públicas de todo o governo municipal. Talvez, a
justificativa para essa prioridade seja que, por consenso, o progresso tenha sua
pedra fundamental na educação, na valorização e na capacitação dos
indivíduos, reduzindo assim as desigualdades sociais.
Para Canário (2001) enquanto não houver uma descentralização das
tomadas de decisões, a possibilidade de escolas inclusivas em todo o território
nacional continuará sendo uma utopia.
26
Redefinir o papel do Estado, favorecendo uma maior participação das diversas forças sociais nas decisões e na execução de políticas educativas, em todos os níveis da administração, o que permitirá garantir um equilíbrio dinâmico entre, por um lado, as funções centrais de concepção, arbitragem, regulação e identificação/correção das assimetrias. (CANÁRIO, 2001, p.988)
Nota-se na fala do autor que somente dessa forma o Estado estará
cumprindo o seu verdadeiro papel: combatendo a exclusão social em todas as
esferas. O Estado é o maior responsável por uma educação inclusiva.
Ainda sob a análise dos dados apresentados pela SEMED, verifica-se
que o número de professores especializados é insuficiente para o atendimento
de alunos matriculados nas escolas do município. Vê-se também que a
quantidade de salas com recursos multifuncionais é escassa, contudo, a atual
gestão tem como foco a implantação de escolas com tecnologias assertivas
para atender todos os estudantes com deficiência.
Em visita a algumas escolas de Parauapebas, nota-se que os prédios
escolares necessitam, em sua grande maioria, de adaptação ao padrão de
infraestrutura normatizado. Mas ciente dessa necessidade, verifica-se que uma
das metas da SEMED é atingir todas as escolas do município com essas
adaptações, as quais beneficiarão a todos, sem exceção. Desta forma, a
educação no município irá aos poucos se expandindo na tentativa de mudar o
quadro de educação excludente, e acelerar o processo de inclusão social das
pessoas com deficiência.
O acesso escolar, direcionado a “Todos”, como garante a Constituição
Federal em vigor (1988), deveria ser uma constante no ensino fundamental
deste município. Constata-se que na teoria há um esforço concentrado de
várias frentes de trabalho, mas não é o que se percebe refletido na prática, em
especial no que diz respeito à acessibilidade.
Vale lembrar que as escolas de Parauapebas, infelizmente, ainda tem
um déficit em relação a profissionais especializados na educação especial.
Neste sentido, foram entrevistadas três gestoras educacionais, as quais deram
significativa contribuição nesta pesquisa. As profissionais, a partir dos seus
27
conhecimentos, falaram sobre a importância da gestão no processo de inclusão
de pessoas com deficiência, bem como, da participação da família no processo
de educação inclusiva no município.
A importância da gestão no processo de inclusão de pessoas com
deficiência na rede escolar na visão de uma profissional da área é ampliar o
quadro de gestão educacional, intervindo juntamente com pedagogos,
psicólogos na questão da participação familiar em todo o processo educativo
dos alunos, mesmo daqueles que não manifestem necessidade de atendimento
especializado ou especial:
Uma boa gestão vai facilitar o contato dos pais com a escola, pois através de uma visão especializada poderemos verificar junto com as famílias as dificuldades encontradas pelos alunos deficientes e seus responsáveis, para assim, elaborar projetos que elimine os obstáculos encontrados na escola pelo deficiente. (Gestora 2)
Percebemos através dessa fala que o principal desafio de um gestor
escolar é o de conseguir envolver a família no processo de planejamento
educacional. Gerenciar uma escola na percepção da entrevistada é trabalhar
em sintonia com a família e com os próprios alunos, pois com essa
aproximação os profissionais do ensino estarão conhecendo as dificuldades
encontradas pelos alunos com deficiência, assim como, pelos responsáveis.
Um dos primeiros desafios que um gestor enfrenta é conseguir envolver
toda a equipe da escola em relação aos objetivos a serem alcançados. Há
várias diversidades dentro do ambiente, e é necessário estar atento a isso.
Cabe ao gestor se relacionar com as pessoas e ouvir muito; promover aos
professores oportunidades de discussão, deixá-los colocar as suas ideias e
acatá-las, se necessário; perceber dentro do universo de trabalho qual o tipo de
profissional tem o compromisso com a educação inclusiva e investir na
capacitação.
Para mim o principal desafio é conseguir um espaço completamente adaptado para nossos alunos. Acredito ser esse o primeiro passo para acabar com a exclusão social, apesar de saber que no ramo da educação falta muita coisa, principalmente profissionais capacitados para atender alunos com necessidades especiais. (Gestora 2)
Os nossos gestores precisam investir na acessibilidade, disponibilizar transportes e ruas adequadas, sem falar nas escolas que precisam
28
oferecer acesso a todos. (Gestora 1)
Depreende-se das falas a dificuldade em relação a espaços com
infraestrutura adequados para o atendimento inclusivo. Outro fator
preponderante que uma das entrevistadas salientou, é que Parauapebas
precisa investir na acessibilidade desde o percurso das pessoas com
deficiência ao colégio, facilitando os meios de transportes, melhorando as vias
públicas e também no sentido estrutural e físico das escolas as quais precisam
ser adaptadas para receber a todos os alunos, independentemente de ter ou
não deficiência.
Sabemos que a figura do professor em uma escola que trabalha numa
perspectiva de Educação Inclusiva é de essencial relevância, todavia, não
podemos menosprezar o papel do gestor escolar frente a este processo.
Mesmo porque a educação inclusiva traz à emergência de se prever e prover
uma escola que atenda a todos os alunos, sem nenhum tipo de discriminação,
com o compromisso de toda comunidade escolar estar envolvida, de forma a
contribuir com a transformação destes espaços educativos (TEZANI, 2004;
SOUSA, 2007).
Tendo em vista a importância da gestão no processo de construção de
escolas inclusiva, este estudo teve como objetivo identificar por meio de
revisão da literatura da área especializada, as recomendações referentes ao
papel dos gestores escolares no que diz respeito à inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais, com destaques à organização de
escolas inclusivas.
O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender os alunos cujas situações pessoais e características de aprendizagem requeiram uma pedagogia diferenciada. Tudo isto sem demarcações, preconceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados estigmas. Ao contrário pondo em andamento na comunidade escolar, uma conscientização crescente dos direitos de cada um (BEYER 2006, p. 76).
É neste contexto que o papel do gestor escolar se destaca, pois é ele
quem irá contribuir com a estrutura organizacional das escolas, visando uma
29
transformação. Sendo assim, se queremos uma escola regular que atenda às
necessidades educacionais dos alunos, é necessário que se tenha um gestor
comprometido com a proposta da educação inclusiva, disposto a mobilizar toda
a comunidade escolar no que se refere à questão em foco.
Uma gestão pautada no compromisso de construir uma educação de
qualidade funciona como elemento imprescindível de transformação em um
sistema de educação. A cumplicidade entre o professorado e gestores é
importante para a construção de uma educação inclusiva.
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos que a inclusão escolar é uma revolução silenciosa e
irreversível, no entanto a inclusão educacional ainda é um grande desafio para
o sistema regular de ensino, pois para que ela aconteça, é preciso que toda
equipe de gestão escolar pense em conjunto. A ideia precisa estar incluída na
proposta pedagógica e levar todos a conhecerem melhor o assunto, pois as
políticas educacionais inclusivas e suas diretrizes continuam muito teorizadas e
pouco praticadas.
No atual contexto brasileiro, nota-se que o ensino tem se mostrado
insuficiente, no que se refere à quantidade de vagas para o atendimento a
todos os alunos, tendo-se como por um dos grandes desafios à melhoria de
sua qualidade. A educação tem ocupado um lugar central no âmbito das lutas
sociais voltadas para a superação das desigualdades sociais.
A prática de inclusão inferida pelos gestores revela como as políticas de
educação inclusiva ainda estão longe de se concretizarem do modo como
foram prescritas. Um aspecto de fundamental importância nesse contexto
compreende a formação que os gestores possuem acerca da educação
inclusiva, ficando claro não atender ao que descrevem os preceitos legais. O
modo como os gestores articulam esse processo de implementação da escola
inclusiva não vem sendo consolidado na prática; os diretores não desenvolvem
ações pedagógicas que viabilizem o processo legítimo de inclusão, os alunos
estão sendo integrados fisicamente ao ensino comum, no entanto não são
incluídos no processo real que efetiva a educação para os alunos tidos como
“normais”, não tendo acesso aos conhecimentos propostos pelos currículos
comuns. São constantemente subestimados, mediante suas potencialidades de
aprendizagem. As atividades para esses alunos nem sempre são elaboradas
de forma diferenciadas, e quando são, é de acordo com a avaliação errônea
que o professor realiza da necessidade do aluno, posto que muitos destes
docentes não têm formação adequada para atuar na educação especial e a
eles não são disponibilizados recursos que subsidiem suas práticas
pedagógicas.
31
Repensar a escola é pensar em reconstruí-la, já que ela é um local que
deve ser o primeiro a combater o preconceito e defender os direitos humanos.
Mas repensar a formação da escola implica sempre em repensar a formação
dos professores desde os níveis mais elementares de formação docente,
abrangendo as licenciaturas, as pós-graduações e pensar também a
construção e execução de um projeto político pedagógico compartilhado com
toda a comunidade escolar em parceria com os pais ou responsáveis pelos
alunos.
A gestão inclusiva no município de Parauapebas – PA enfrenta o
desafio de se transformar para ser capaz de assegurar possibilidades de inserir
aqueles alunos cujas características são desviantes dos padrões aceitáveis
socialmente, em um contexto educacional mais acolhedor e justo capaz de
atender as diferenças que surgem no interior da escola. Este é, no entanto, um
compromisso de difícil implementação das propostas definidas legalmente de
forma ideal.
A escola inclusiva não é atingida de modo simples, nem rápido. A partir
desse pressuposto os gestores, educadores, educandos e a comunidade em
geral precisam estar cientes de que, somente por meio de ações solidárias que
valorizem o ser humano é que haverá a aceitação das diferenças e a ausência
de atitudes discriminatórias ou de exclusão. Além disso, todos devem refletir
sobre suas atitudes e suas práticas, valorizar o outro como ser humano que ele
é considerando assim de modo natural a diferença.
32
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VYGOTSKI, L.S. Obras escolhidas II. Madrid: Centro de Publicações del MEC y Visor Distribuiciones, 1993.
www.qedu.org.br/
36
DADOS DAS ESCOLAS PESQUISADAS
Escola Municipal de Ensino Fundamental Eduardo Angelim
Nº de Funcionários
Matrícula 1º ao 5º ano
Matrícula 6º ao 9º ano
Matrícula EJA
IDEB/2013
89
295
521
93
4,2
Alunos com NEE
6
8
A Escola recebe alunos com necessidades especiais vindos de outras Escolas para atividades
complementares
Escola Municipal de Ensino Fundamental Cecília Meireles
Nº de Funcionários
Matrícula 1º ao 5º ano
Matrícula 6º ao 9º ano
Matrícula EJA
IDEB/2013
81
437
518
35
4,6
Alunos com NEE
NI
NI
A Escola não quis informar o número de alunos com necessidades educacionais especiais
Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Fonteles de Lima
Nº de Funcionários
Matrícula 1º ao 5º ano
Matrícula 6º ao 9º ano
Matrícula EJA
IDEB/2013
99
466
606
94
4,2
Alunos com NEE
3
5
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QUESTIONÁRIO DE PESQUISA – GESTOR
A Gestão escolar nos dias atuais tem se apresentado cada vez
mais complexa e dinâmica, exigindo um compromisso de estudo permanente e
atuação dinâmica em face das demandas que surgem diariamente . Nos dias
atuais então, em face da complexidade social, da dinâmica familiar e das novas
necessidades educacionais, que envolvem crianças com necessidades bem
específicas e distintas, é necessário estar preparados para as adversidades.
Como estamos em fase de elaboração de estudo e pesquisa sobre a educação
inclusiva em nossa Cidade, pedimos sua colaboração respondendo às
questões abaixo que dizem respeito à sua formação acadêmica, à formação
continuada dispensada nesta instituição de ensino e a sua atuação enquanto
gestor escolar no que tange ao tema educação inclusiva. Lembrando que nesta
pesquisa não haverá identificação dos respondentes, a fim de evitar
transtornos e deixá-los mais à vontade quanto à colaboração.
Desde já nossos agradecimentos.
Instituição/Escola de atuação: ______________________________________
Instituição de formação: ________________________________________
Ano de graduação:________________________________
Idade: ( ) entre 18 e 25 anos ( ) 26 e 29 anos
( ) 30 a 40 anos ( ) mais de 41 anos
1) Como o tema Educação inclusiva tem sido abordado nesta escola?
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2) Enquanto diretor(a), você acredita que os professores estão sendo
capacitados (na faculdade) a identificar alunos com necessidades educacionais
específicas e como trabalhar com eles? Procure justificar sua resposta com
um exemplo.
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3)Os professores aceitam tranquilamente, em suas salas, alunos com
necessidades especiais, ou se percebe alguma rejeição?
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4) Como a Secretaria Municipal de Educação aborda essa temática nos
encontros e reuniões de trabalho?
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5) As escolas que têm alunos com necessidades especiais têm algum benefício
em relação às demais? Se sim, quais são esses benefícios/incentivos?
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6) Os pais/comunidade aceitam bem a diminuição quantitativa no número de
alunos em sala de aula à medida que se tem alunos inclusos?
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7) Quanto ao pessoal escolar de apoio, como se dá a preparação deles para
atuarem junto aos alunos com necessidades especiais?
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8) Os recursos pedagógicos e didáticos da escola são em quantidade
compatível com a demanda?
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9) Quais os principais recursos didático-pedagógico disponibilizados pela
SEMED às escolas que tem alunos com necessidades educacionais especiais?
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10) Você considera que a Secretaria Municipal de Educação, na formação de
professores, tratam o conhecimento sobre as necessidades básicas de
aprendizagem e as educacionais especiais?
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11) Você considera o trabalho com educação inclusiva um desafio? Por quê?
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12) As formações e outras ações da SEMED são suficientes para o
enfrentamento da situação da educação inclusiva?
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13) Como você percebe/avalia a participação da família de alunos com
necessidades educacionais especiais nas atividades de rotina da criança no
ambiente escolar?
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14) Desde a matrícula, há um empenho em se atender qualitativamente as
crianças com necessidades educacionais especiais? De que forma?
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15) Nas reuniões/formações há abertura para que os professores de alunos
com necessidades educacionais especiais exponham/relatem suas angústias?
De que mais eles se queixam?
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16) De forma pontual, indique as principais dificuldades enfrentadas pela
Gestão escolar para a superação dos desafios da educação inclusiva.
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QUESTIONÁRIO DE PESQUISA – COORDENADOR PEDAGÓGICO
A Gestão escolar nos dias atuais tem se apresentado cada vez
mais complexa e dinâmica, exigindo um compromisso de estudo permanente e
atuação dinâmica em face das demandas que surgem diariamente . Nos dias
atuais então, em face da complexidade social, da dinâmica familiar e das novas
necessidades educacionais, que envolvem crianças com necessidades bem
específicas e distintas, é necessário estar preparados para as adversidades.
Como estamos em fase de elaboração de estudo e pesquisa sobre a educação
inclusiva em nossa Cidade, pedimos sua colaboração respondendo às
questões abaixo que dizem respeito à sua formação acadêmica, à formação
continuada dispensada nesta instituição de ensino e a sua atuação enquanto
gestor escolar no que tange ao tema educação inclusiva. Lembrando que nesta
pesquisa não haverá identificação dos respondentes, a fim de evitar
transtornos e deixá-los mais à vontade quanto à colaboração.
Desde já nossos agradecimentos.
Instituição/Escola de atuação: ______________________________________
Instituição de formação: ________________________________________
Ano de graduação:________________________________
Idade: ( ) entre 18 e 25 anos ( ) 26 e 29 anos
( ) 30 a 40 anos ( ) mais de 41 anos
1) Como o tema Educação inclusiva tem sido abordado nesta escola?
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2) Como Coordenador Pedagógico, você acredita que os professores estão
sendo capacitados (na faculdade) a identificar alunos com necessidades
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educacionais específicas e como trabalhar com eles? Procure justificar sua
resposta com um exemplo.
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3)Nas formações continuadas são trabalhados temas como Novas tecnologias
da informação e comunicação como metodologias de estudos relacionados
com educação inclusiva? Se sim de que maneira isso ocorre?
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4) É orientado aos professores adequarem métodos de ensino de acordo com
as necessidades individuais educacionais? De que maneira é trabalhado?
Pode exemplificar?
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5) E em relação as adaptações curriculares é orientado aos professores
fazerem-nas de acordo com as necessidades individuais educacionais de cada
aluno? Pode exemplificar?
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6) Se observa que os professores conseguem a adaptar instrumentos de
avaliação para alunos com necessidades educativas? Quais adaptações são
mais perceptivas?
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7) Instrumentos como o computador e a própria internet costumam ser
adaptados e utilizados na melhoria da aprendizagem focando as
individualidades? Como?
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8) Você considera que os professores recém-formados, se comparados com os
professores com mais tempo de carreira, possuem conhecimentos suficientes
para selecionar recursos educativos proporcionando um melhor aprendizado
aos alunos com necessidades educacionais?
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9) Os demais alunos estão preparados a enfrentar uma sala com diversidades?
Pode justificar sua resposta?
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10) Você considera que a Secretaria Municipal de Educação, na formação de
professores, tratam o conhecimento sobre as necessidades básicas de
aprendizagem e as educacionais especiais?
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QUESTIONÁRIO DE PESQUISA – PROFESSOR
A profissão e atuação docente são árduas. Nos dias atuais então,
em face da complexidade social, da dinâmica familiar e das novas
necessidades educacionais, que envolvem crianças com necessidades bem
específicas e distintas, é necessário estar preparados para as adversidades.
Portanto, para que o trabalho qualitativo aconteça, o professor precisa de
formação acadêmica voltada a essa gama de necessidades, mas precisa
também de uma formação contínua com vistas às constantes mudanças que a
clientela educacional apresenta. Como estamos em fase de elaboração de
estudo e pesquisa sobre a educação inclusiva em nossa Cidade, pedimos sua
colaboração respondendo às questões abaixo que dizem respeito à sua
formação acadêmica e à formação continuada dispensada nesta instituição de
ensino a respeito do tema educação inclusiva. Lembrando que nesta pesquisa
não haverá identificação dos respondentes, a fim de evitar transtornos e deixa-
los mais à vontade quanto à colaboração. Desde já nossos agradecimentos.
Instituição/Escola de atuação: ______________________________________
Instituição de formação: ________________________________________
Ano de graduação:________________________________
Idade: ( ) entre 18 e 25 anos ( ) 26 e 29 anos
( ) 30 a 40 anos ( ) mais de 41 anos
1) A Instituição em que estudou, capacitou você enquanto futuro professor, a
identificar alunos com necessidades educacionais?
( ) Sim ( ) Não ( )Não sei o que é necessidade educacional.
2) Na sua graduação teve contato com as Novas Tecnologias da Informação e
da Comunicação como metodologias de estudo relacionadas com educação
inclusiva ?
( ) sim (em sala de aula , palestras e ou cursos propostos pela faculdade)
( ) nunca tive nenhum contato com o tema educação inclusiva durante a
graduação.
3) Durante o período de formação acadêmica, lhe foi proporcionado conteúdos
e atividades com vistas a adequar os métodos de ensino e a fazer adaptações
curriculares de acordo com as necessidades individuais educacionais de cada
aluno?
( ) Sim de forma satisfatória ( ) Sim, de forma superficial
( ) Não, de forma nenhuma.
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4) Na instituição de ensino em que você faz graduação, lhe foi ensinado a
adaptar instrumentos de avaliação para alunos com necessidades educativas,
como o uso do computador e da internet, por exemplo?
( ) Sim de forma satisfatória ( ) Sim de forma superficial
( ) Não de forma nenhuma.
5) Você enquanto profissional que atua com alunos que têm necessidades
educacionais especiais se sente confortável com seus conhecimentos
acadêmicos para selecionar recursos educativos a fim de proporcionar um
melhor aprendizado a esses alunos?
( ) Sim, muito a vontade ( ) Sim, pouco a vontade ( ) Não.
6) A Instituição em que você atua oferece formação continuada?
( ) Sim ( ) Não.
7) As ações de formação continuada abordam a temática da educação
inclusiva?
( ) Sim, sempre o tema é abordado
( ) Não, o tema nunca é abordado
( ) O tema é abordado de forma esporádica, quando os docentes demandam
8) Quando o tema é abordado, é feito:
( ) De forma genérica, falando sobre os mais diversos temas da inclusão
( ) De forma pontual abordando apenas as demandas da escola
9) A formação continuada oferecida pela escola é suficiente para que você se
sinta seguro(a) para atuar com a demanda?
( ) Sim
( ) Não
10) Como você avalia as formações continuadas oferecidas pela escola em
que você atua?
( ) Boas e suficientes, com conteúdos bem estruturados e capazes de atender
as necessidades de formação
( ) Insuficientes, os temas são superficiais e genéricos
( ) A temática só é abordada quando os professores reclamam essa
abordagem.
Em sua opinião, o que poderia ser feito pela Direção/Coordenação da Escola
para melhorar as formações continuadas?
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Caso você atue com alunos com necessidades especiais, quais são as maiores
dificuldades que você enfrenta no dia a dia de sala de aula com esses alunos?
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Se você fosse gestor, o que faria para melhorar a qualidade do trabalho feito
para essa clientela? Favor diferenciar sua opinião em níveis de Gestão: em
termos de Secretaria e em temos de Escola.
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