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Prof. Rodrigo Zeidan 2012 Programa Gestão Financeira Manaus Gestão Financeira

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Prof. Rodrigo Zeidan 2012

Programa Gestão Financeira Manaus

Gestão Financeira

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COMO PENSAR FINANÇAS?

Risco e Retorno

Liquidez

Curto Prazo x Longo Prazo

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

• Conceito: Administração Financeira é a administração dos recursos dentro da empresa. É a avaliação das origens e aplicações dos recursos.

• Objetivo: Buscar a melhor adequação de recursos, ou seja, definir quais as origens e aplicações de recursos, de forma a obter a melhor rentabilidade com o menor nível de risco, agregando valor à empresa.

• Eficiência na captação e alocação de recursos de capital = Estrutura de Capital.

Objetivos:

• maximizar o lucro

• maximizar a fatia de mercado

• maximizar o foco no cliente

• maximizar o faturamento

• maximizar o tamanho da empresa

• buscar o bem estar social (empregos) Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Princípios

Decisão de Investimento

Retorno x TMA

Risco

Custo capital

Decisão de Financiamento

Mix das fontes

Compatibilizar prazos

Decisão sobre dividendos

Quanto ?

Qual forma ?

Maximize o valor da Firma

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

EMPRESA

Investidores

Fornecedores

Bancos

Governo

Órgãos de Classe Concorrentes

Outros

Stakeholders

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Investidores: através das informações econômico-financeiras identificam a capacidade de uma empresa.

Fornecedores de bens e serviços: usam as informações econômico-financeiras para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora.

Bancos: utilizam as informações econômico-financeiras para aprovar empréstimos, limite de crédito.

Governo: não apenas utilizam as informações econômico-financeiras com finalidade de arrecadação de impostos, como também para os dados estatístico, no sentido de melhor redimensionar a economia (IBGE).

Sindicatos: utilizam as informações econômico-financeiras para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários.

Outros interessados: funcionários (querem saber se a empresa tem condições de pagar seu salário ou não), órgãos de classe, pessoas e diversos institutos, como CVM (Comissão de Valores Mobiliários), CRC (Conselho Regional de Contabilidade), concorrentes.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Integração Contábil e Fiscal

Custeio Pós cálculo

Controle de Estoque

Compras

Comercial

Comissões

Faturamento Fluxo

de Caixa

Contas à Pagar

Controle Bancário

Contas à Receber

Gestão Comercial

Gestão de Produção

Gestão Administrativa

Informações Gerenciais

Workflow

CRM

NFe

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• Situação Financeira

• Situação Econômica

• Desempenho

• Eficiência na Utilização dos Recursos

• Pontos Fortes e Fracos

• Tendências : ameaças e oportunidades

• Adequação das Fontes às Aplicações de Recursos

• Causas das Alterações na Situação Financeira

• Causas das Alterações na Lucratividade e na rentabilidade

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA & PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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CRIANDO EMPRESAS - I

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

EIRELI

Ativo Passivo

Destino dos Recursos

Fonte dos Recursos

Ativo Passivo

Aplicações Financeiras 62.200

Capital social 62.200

Destino dos Recursos

Fonte dos Recursos

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CRIANDO EMPRESAS - II

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Qual o “CUSTO” desse capital

social?

Ativo Passivo

Estoque 1.000

Capital social

Destino dos Recursos

Fonte dos Recursos

Ativo imobilizado 100.000

Bancos CP 1.000

100.000

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DINÂMICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS

• Planejamento financeiro: onde obter e como alocar recursos.

• Controle financeiro: análise e correção de desvios entre previsto e realizado.

• Administração de ativos: melhor estrutura dos investimentos em termos de risco e retorno.

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Decisões de investimento

Aplicação de recursos

Decisões de financiamento

Captação de recursos

Decisões de dividendos

Financiamento das atividades

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Decisões de investimento

• Envolvem todo o processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações na expectativa de benefícios econômicos futuros.

• São avaliadas pela relação risco-retorno.

• São atraentes quando o retorno esperado da alternativa supera o retorno exigido pelos proprietários de capital.

• Avaliação do Custo de Oportunidade.

Decisões de financiamento

• Escolha das melhores ofertas de recursos.

• Descrevem as taxas de retorno exigidas pelos detentores de capital.

• Devem adequar o passivo às características de rentabilidade e liquidez das aplicações de recursos.

DINÂMICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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Parâmetros para a tomada de decisões financeiras

• Agregação valor econômico: lucro operacional > custo capital

• Equilíbrio financeiro: Interdependência de prazos entre ativos e passivos

INTERDEPENDÊNCIA ECONÔMICA E FINANCEIRA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

• Risco econômico (operacional): Relacionado às decisões de investimento

• Risco financeiro: Quanto maior o nível de endividamento, maior o risco.

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Restrições ao endividamento das empresas:

• Nível das taxas de juros;

• Intensidade de capital fixo;

• Prejuízos (“sunk costs”);

• Investimentos com perfil de retorno longo;

• Ciclos financeiros grandes aliados a crescimento acelerado de receita (“overtrading”)

• Inflação / Recessão;

• Endividamento excessivo;

• Risco cambial.

INTERDEPENDÊNCIA ECONÔMICA E FINANCEIRA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Análise das Demonstrações

Contábeis

Lucrativid

ade

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OS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

• A principal fonte de informação econômico-financeira de uma empresa está na sua base contábil.

• Os demonstrativos contábeis são a expressão analítica dessa base de dados fundada em princípios, conceitos e regras consistentes.

Lei 6.404/76

Lei 11.638/2007

Normas CVM

Normas do Bacen

IBRACON

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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• Balanço Patrimonial

• Demonstração do Resultado do Exercício

• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

• Demonstração do Fluxo de Caixa

• Notas Explicativas

Nos demonstrativos contábeis, busca-se obter:

• visão econômica;

• visão financeira da realidade.

OS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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O BALANÇO PATRIMONIAL

• O Balanço Patrimonial demonstra a posição patrimonial da empresa em um determinado momento.

• Reflete as decisões de investimento e financiamento da empresa.

Bens e

Direitos Obrigações

Ativo Passivo Visão contábil

Aplicação de

Recursos

Fonte de

Recursos

Ativo Passivo Visão analítica

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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• A construção do Balanço Patrimonial privilegia o interesse analítico do seu leitor.

Balanço Patrimonial

ATIVO

Aplicações de Recursos

Mais liquidez

Menos liquidez

Exigível

Não exigível

PASSIVO

Fonte de Recursos

O BALANÇO PATRIMONIAL

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O BALANÇO PATRIMONIAL REFINARIA DE PETRÓLEOS DE MANGUINHOS S.A.

Companhia Aberta CNPJ Nº 33.412.081/0001-96

Ativo Controladora Consolidado

Circulante 2011 2010 2011 2010

Caixa e equivalentes de caixa 799 524 856 680

Contas a Receber 84.008 23.750 75.563 47.493

Tributos a Recuperar 11.534 2.131 15.101 4.018

Estoques 17.043 86.197 36.337 105.584

Adiantamento a fornecedores 78.062 41.814 91.922 51.816

Outras contas a Receber 57.724 36.651 67.834 53.851

Outros Ativos Circulantes 582 450 669 545

249.752 191.517 288.282 263.987

Não Circulante

Depósitos Judiciais 8.229 7.474 6.318 5.558

Tributos a Recuperar 14.048 33.390 14.048 33.390

Contas a Receber - - - 1.500

22.277 40.864 20.366 40.448

Permanente

Investimentos 2.993 13.625 - -

Imobilizado 275.647 260.810 193.653 278.812

Intangível - - 76 144

Total do Não Circulante 300.917 315.299 314.095 319.404

Total do Ativo 550.669 506.816 602.377 583.391

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Passivo Controladora Consolidado

Circulante 2011 2010 2011 2010

Empréstimos e Financiamentos 10.299 5.006 23.828 24.138

Fornecedores 38.778 40.562 46.745 70.519

Obrigações Tributárias 80.471 100.731 122.804 123.126

Obrigações Trabalhistas e Sociais 2.005 925 2.295 1.212

Adiantamento de Clientes 809 5.504 1.443 21.447

Outras Contas a Pagar 134 177 137 177

132.496 152.905 197.252 240.619

Não Circulante

Empréstimos e Financiamentos 60.061 76.506 41.672 59.681

Adiantamento de clientes - 89.620 - 89.620

Provisões para Contingências 407.043 277.798 406.231 281.470

Impostos, Taxas e Contribuições 91.544 48.821 92.037 50.640

Outras Contas a Pagar 1.041 - 1.060 -

Impostos Diferidos 67.599 72.839 73.310 72.839

627.288 565.584 614.310 554.250

Participação e Minoritários - - (70) 195

Passivo a Descoberto

Capital Social 94.580 69.887 94.580 69.887

Reservas de Capital 19.528 19.528 19.528 19.528

Ajuste Avaliação Patrimonial 131.034 141.208 131.034 141.208

Prejuízos Acumulados (454.257) (442.296) (454.257) (442.296)

(209.115) (211.673) (209.115) (211.673)

Total Passivo e Passivo a Descoberto 550.669 506.816 602.377 583.391

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O BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

BALANÇO PATRIMONIAL

Aplicações Bens + Direitos

Origens Obrigações

ATIVO PASSIVO

- Disponível - Aplicações Financeiras - Títulos a Receber Clientes (-PDD) - Estoques / Adiant. a Fornecedores - Ativos Operacionais de Curto Prazo - Ativos Não Operac. de Curto Prazo - Impostos a Recuperar

ATIVO CIRCULANTE

- Fornecedores - Instituições Financeiras - Impostos e Obrigações Sociais - Passivos Operacionais de Curto Prazo - Passivo Não Operac. de Curto Prazo - Coligadas / Controladas

PASSIVO CIRCULANTE

- Ativos Operacionais de Longo Prazo - Ativos Não Operac. de Longo Prazo - Coligadas / Controladas

REALIZÁVEL DE LONGO PRAZO

- Instituições Financeiras de Longo Prazo - Passivos Operacionais de Longo Prazo - Passivos Não Operac. de Longo Prazo

EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO

- Participações em Associadas - Outros Investimentos - Imobilizado Técnico Líquido - Diferido (excluída amortização)

ATIVO PERMANENTE

- Capital Social - Reservas - (=/-) Lucros / Prejuízos Acumulados

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL

LIQUIDEZ

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O BALANÇO PATRIMONIAL: SUAS PRINCIPAIS CONTAS

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

ATIVO TOTAL (Aplicação)

Disponível Clientes a Receber

Estoques Tributos a Recuperar Despesas de Exerc.Seguintes Adiantamento a Fornecedores

Tributos a Recuperar Depósitos Judiciais

Imobilizado Bruto

Intangível Bruto (-) Amortização Acumulada

(-) Provisão Créditos Duvidosos

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

PASSIVO TOTAL (Fonte)

Empréstimos e Financiamentos Fornecedores

Impostos a Recolher Adiantamento de Clientes Dividendos a Pagar

Empréstimos e Financiamentos Provisões para Contingências

Capital Social Reservas de Lucro

Lucros ou Prejuízos Acumulados Ajustes de Avaliação Patrimonial

Pessoal a Pagar

Realizável no Longo Prazo

(-) Depreciação Acumulada

Encargos Sociais a Recolher

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ESTRUTURA “SINTÉTICA” DE UM BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

AC

RLP

PC

ELP

AP PL

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O BALANÇO PATRIMONIAL: ATIVO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

• Características dos ativos:

São bens ou direitos.

São mensuráveis em dinheiro.

Geram benefícios presentes ou futuros.

Aplicações de

Recursos

Ativo

Aplicações que se transformam em caixa num prazo de até 360 dias.

Aplicações que se transformam em caixa num prazo superior a 360 dias ou por prazo indeterminado .

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

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O BALANÇO PATRIMONIAL: PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

• Por razões didáticas, o Passivo é subdividido em grupos:

Fontes de

Recursos

Passivo

Fontes que vencem num prazo de até 360 dias.

Fontes que vencem num prazo superior a 360 dias.

Fontes de recursos que representam o capital dos acionistas.

• O Patrimônio Líquido reflete a seguinte subtração, daí a sua denominação:

Ativo

PC

PNC

Patrimônio Líquido

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

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1) A empresa conseguirá, sem problemas, pagar as sua contas?

2) Pressuponha que a empresa esteja atrasando um tipo de obrigação. Qual é?

3) A composição do endividamento (Capital de Terceiros) é boa?

4) As aplicações no Permanente são “sensatas”?

5) Você compraria ações desta empresa? Por quê?

6) A proporção de Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros é boa?

7) Qual seria sua atitude como administrador desta empresa?

8) O volume dos investimentos dos sócios é satisfatório?

EXEMPLO DE TOMADA DE DECISÕES NO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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FORMAS BÁSICAS DE ANÁLISE DE BALANÇO PATRIMONIAL

1) Análise Horizontal: consiste na comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes períodos. A finalidade da análise horizontal é elucidar as variações de cada conta ou grupo de conta com o objetivo de identificar tendências.

2) Análise Vertical: baseia-se em valores percentuais entre contas pertencentes a mesma demonstração financeira (no caso, BP). Calcula-se o percentual de cada conta em relação a um valor base (no BP é o Total do Ativo e do Passivo). A finalidade da análise vertical é apresentar uma ideia da representatividade de uma determinada conta ou subgrupo de uma demonstração financeira em relação a um determinado total ou subtotal tomado como base.

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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FORMAS BÁSICAS DE ANÁLISE DE BALANÇO PATRIMONIAL

31/12/2008 % 31/12/2009 % 31/12/2010 % 31/12/2011 %

-Cash / disponível 527 0% 108 0% 680 0% 856 0%

- Accounts+Receivables / Clientes 12.808 8% 6.786 3% 47.493 8% 75.563 13%

- Inventories / Estoques 11.147 7% 22.999 12% 105.584 18% 36.337 6%

- Other / Outros 23.781 16% 63.599 33% 110.230 19% 175.526 29%

Current Assets - Ativo Circulante 48.263 32% 93.492 48% 263.987 45% 288.282 48%

- Coligadas / controladas 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

- Outros 54.129 36% 56.227 29% 40.448 7% 20.366 3%

REALIZÁVEL DE LONGO PRAZO 54.129 36% 56.227 29% 40.448 7% 20.366 3%

- Participação em associadas 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

- Investimentos 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

- Imobilizado técnico 49.210 32% 45.142 23% 278.812 48% 293.653 49%

- Diferido 379 0% 208 0% 144 0% 76 0%

PERMANENTE 49.589 33% 45.350 23% 278.956 48% 293.729 49%

Total assets / Ativo Total 151.981 100 195.069 100 583.391 100 602.377 100

- Account payable, trade / Fornecedores 76.109 50% 62.180 32% 70.519 12% 46.745 8%

- Banks / Bancos curto prazo 0 0% 29.458 15% 24.138 4% 23.828 4%

- Taxes / Impostos e obrigações sociais 14.659 10% 24.980 13% 124.338 21% 125.099 21%

- Accrued expenses / Adiantamento a Clientes 896 1% 26.625 14% 21.447 4% 1.443 0%

- Other / Outros 115 0% 65 0% 177 0% 137 0%

Current Liabilities / Passivo Circulante 91.779 60% 143.308 73% 240.619 41% 197.252 33%

- Banks / Bancos longo prazo 49.018 32% 48.109 25% 59.681 10% 41.672 7%

- Account payable, trade / Fornecedores 76.858 51% 84.460 43% 89.620 15% 0 0%

- Other / Outros 285.865 188% 154.279 79% 404.949 69% 572.638 95%

Long Term Liabilities / ELP 411.741 271% 286.848 147% 554.250 95% 614.310 102%

Total Liabilities / Exigível Total 503.520 331% 430.156 221% 794.869 136% 811.562 135%

- Additional paid-in capital / Capital Realizado 32.887 22% 37.887 19% 69.887 12% 94.580 16%

- Retained earnings / Lucros/perdas retidas 21.603 14% 19.913 10% -442.296 -454.257 -75%

- Accumulated income or loss / Reservas -406.029 -267% -292.887 -150% 160.931 28% 150.492 25%

Total equity / Patrimônio Líquido -351.539 -231% -235.087 -121% -211.478 -36% -209.185 -35%

Total Liabilities / Passivo Total 151.981 100 195.069 100 583.391 100 602.377 100

REFINARIA DE PETRÓLEO MANGUINHOS S/A

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

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PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Principais Aspectos Revelados pelos Índices

Situação Financeira

Situação Econômica

ESTRUTURA

LIQUIDEZ

RENTABILIDADE

LUCRATIVIDADE

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PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

1) Indicadores de Liquidez:

1.1 – Liquidez Geral

• (Ativo Circulante + Realizável Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Exigível Longo Prazo)

• Quanto a empresa possui de AC+ELP para cada $1 de dívida total

• Quanto maior melhor

1.2 – Liquidez Corrente

• Ativo Circulante / Passivo Circulante

• Quando a empresa possui de AC para cada $1 de dívidas de curto prazo

• Quanto maior melhor

1.3 – Liquidez Seca

• (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

• Quanto a empresa possui de disponibilidades sem estoque para cada $1 de dívidas de curto prazo

• Quanto maior melhor

1.4 – Liquidez Imediata

• Disponibilidades / Passivo circulante

• Quanto a empresa dispõe imediatamente para cada $1 de dívidas de curto prazo

• Quanto maior melhor

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PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

1) Indicadores de Liquidez:

1.1) Liquidez Geral

1.2) Liquidez Corrente

1.3) Liquidez Seca

1.4) Liquidez Imediata

1. Liquidez 2008 2009 2010 2011

1.1 – Liquidez Geral 0,20 0,35 0,38 0,38

1.2 – Liquidez Corrente 0,53 0,65 1,10 1,46

1.3 – Liquidez Seca 0,40 0,49 0,66 1,28

1.4 – Liquidez Imediata 0,01 0,00 0,00 0,00

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PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

2) Estrutura de Capital

2.1 – Participação K terceiros / K Próprio

• Passivo Exigível / PL

• Quanto a empresa tomou de K de terceiros para cada $1 próprio

• Quanto menor melhor

2.2 – Endividamento Total

• Passivo Exigível / Ativo Total

• Quanto a empresa tomou de K de terceiros para cada $1 de investimentos em ativos

• Quanto menor melhor

2.3 – Endividamento Bancário

• Empréstimos e Financiamentos / PL

• Quanto a empresa tomou de K de terceiros, que vão lhe custar juros e correção, para cada $1 de capital próprio

• Quanto menor melhor

2.4 – Imobilização do PL

• Permanente / PL

• Quanto a empresa investiu no seu Ativo Permanente para cada $1 de K próprio

• Quanto menor melhor

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PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

2) Estrutura de Capital

2.1) Participação de Capitais de Terceiros em relação a Capitais Próprios

2.2) Endividamento Total

2.3) Endividamento Bancário

2.4) Imobilização do Patrimônio Líquido

2. Estrutura de Capital 2008 2009 2010 2011

2.1 – Participação K terceiros / K Próprio -1,43 -1,83 -3,76 -3,88

2.2 – Endividamento Total 3,31 2,21 1,36 1,35

2.3 – Endividamento Bancário 0,00 -0,13 -0,11 -0,11

2.4 – Imobilização do PL -0,14 -0,19 -1,32 -1,40

2.5 – Capital de Giro (CDG) -43.516 -49.816 23.368 91.030

2.6 – Necessidade de Capital de Giro (NCG) -44.043 -20.466 46.826 114.002

2.7 – Saldo em Tesouraria (T) 527 -29.350 -23.458 -22.972

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PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

3) Giro das Atividades

3.1 – Prazo Médio de Recebimento

• (Clientes médios / Vendas Líquidas) * número de dias

• Indica, em média, quantos dias a empresa espera para receber suas vendas

• Quanto menor melhor

3.2 – Prazo Médio de Compras

• (Fornecedores médios / Compras) * número de dias

• Indica, em média, quantos dias a empresa espera para pagar suas compras

• Quando maior melhor

3.3 – Giro dos Estoques

• (Estoques médios / Custo da Mercadoria Vendida ) * número de dias

• Indica, em média, quantos dias a empresa espera para vender suas compras

• Quanto menor melhor

3.4 – Giro Financeiro

• PMR + GE – PMC

• Indica, em média, quantos dias a empresa fica descoberta financeiramente

• Quanto menor melhor

Page 35: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PRINCIPAIS INDICADORES DO BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

3) Giro das Atividades

3.1) PMR (Prazo Médio de Recebimento)

3.2) PMP ou PMC (Prazo Médio de Pagamento ou de Compras)

3.3) Giro dos Estoques

3.4) Ciclo Financeiro

3. Giro das Atividades 2008 2009 2010 2011

Número de meses 12 12 12 12

Número de dias 360 365 365 365

3.1 – Prazo Médio de Recebimento - 20,25 13,03 16,49

3.2 – Prazo Médio de Compras - 112,51 29,21 15,57

Compras - 224.306 829.092 1.374.725

3.3 – Giro dos Estoques - 29,33 31,43 17,94

3.4 – Ciclo Financeiro - -62,94 15,25 18,86

Page 36: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CICLO OPERACIONAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Compra de Matéria-prima

Início da Fabricação

Fim da Fabricação

Venda Recebimento da Venda

PME(Mp) PMF PMV PMR

PME (Mp) = Prazo Médio de Estocagem de Matéria-prima

PMF = Prazo Médio de Fabricação

PMV = Prazo Médio de Venda

PMR = Prazo Médio de Recebimento

Page 37: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CICLO FINANCEIRO E ECONÔMICO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Compra de Matéria-prima

Início da Fabricação

Fim da Fabricação

Venda Recebimento da Venda

PME(Mp) PMF PMV PMR

Ciclo Operacional

Ciclo Financeiro (Caixa)

Ciclo Econômico

Page 38: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CICLOS FINANCEIRO E ECONÔMICO – REF PETR MANGUINHOS S/A

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Análise “simplificada” da necessidade capital de giro da MANGUINHOS (2011):

PMR = 16,49 dias

PMP = 15,57 dias

EST = 17,94 dias

Ciclo Financeiro = (16,49 – 15,57 + 17,94) = 18,86 dias

Volume financeiro necessário para cobrir esse ciclo:

Receita líquida anual = R$ 1.361.757m = R$ 113.480m mensal

R$ 113.480 ÷ 30 dias (mês) = R$ 3.783m por dia x 19 dias = R$ 71.871m

3. Giro das Atividades 2008 2009 2010 2011

Número de meses 12 12 12 12

Número de dias 360 365 365 365

3.1 – Prazo Médio de Recebimento - 20,25 13,03 16,49

3.2 – Prazo Médio de Compras - 112,51 29,21 15,57

Compras - 224.306 829.092 1.374.725

3.3 – Giro dos Estoques - 29,33 31,43 17,94

3.4 – Ciclo Financeiro - -62,94 15,25 18,86

Page 39: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

• A apuração do lucro ou prejuízo de uma empresa, num certo período de tempo, é feita através do Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE).

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Receita

(-) Custos

(-) Impostos Lucro ou Prejuízo

Page 40: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

• A primeira rubrica de toda DRE é a Receita Bruta gerada pela empresa num certo período.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Receita Bruta

Venda de Produtos

Prestação de Serviços

Page 41: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

• Os impostos indiretos estão contidos na Receita Bruta e a sua dedução permite obter a Receita Líquida gerada num certo período de tempo.

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Receita Bruta (-) Impostos Sobre Venda

ICMS

ISS

PIS Cofins

Receita Líquida

Impostos Indiretos

(-) Custo das Vendas

(-) Custo dos Serviços Prestados

Lucro Bruto

IPI IR

IImp IExp IOF ITR IGF

IPVA ICMS ITCD

ISSQN ITBI IPTU

Impostos

UNIÃO

EST

MUN

Page 42: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Receita Bruta (-) Impostos Sobre Venda

Receita Líquida (-) Custo das Vendas

(-) Despesas com Vendas

(-) Despesas Gerais e Administrativas

Lucro Bruto (-) Custo dos Serviços Prestados

(-) Despesas com Pessoal

Brindes Feiras e Exposições Provisões com Devedores Duvidosos Propaganda e Publicidade Despesas com Cobrança Viagens e Estadias

Etc. Despesas de Depreciação

Page 43: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Receita Bruta (-) Impostos Sobre Venda

Receita Líquida (-) Custo das Vendas

(-) Despesas com Vendas (-) Despesas Gerais e Administrativas

Lucro Bruto (-) Custo dos Serviços Prestados (CSV)

(-) Despesas com Pessoal

Conservação e Manutenção Água e Esgoto Aluguel de Imóveis Locação de Veículos Energia Elétrica Serviços Profissionais

Etc.

(+ -) Outras Receitas e Despesas Operacionais

Despesas de Depreciação

Page 44: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

Receita Bruta (-) Impostos Sobre Venda

Receita Líquida (-) Custo das Vendas

(-) Despesas com Vendas (-) Despesas Gerais e Administrativas

(-) Despesas Financeiras

Lucro Bruto

(+ -) Outras Receitas e Despesas Operacionais

Lucro Operacional

(+) Outros Resultados Não Operacionais Lucro Antes do Imposto de Renda e da CSSL (-) Provisão para Imposto de Renda e CSSL Lucro Líquido

(-) Custo dos Serviços Prestados (CSV)

(-) Despesas com Pessoal

(-) Depreciação e Amortização

(-) Receitas Financeiras

Há dois regimes possíveis para apurar estes tributos:

• Regime de Lucro Presumido ou

• Regime de Lucro Real

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 45: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

A APURAÇÃO DO LUCRO: O REGIME DE COMPETÊNCIA

• O lucro contábil é apurado segundo o regime de competência.

Receitas são reconhecidas no DRE no momento em que são geradas, independentemente de terem sido recebidas ou não.

Uma receita é gerada somente quando há a entrega de um produto ou serviço em uma venda mercantil.

Despesas são reconhecidas no DRE no momento em que são incorridas, independentemente de terem sido pagas ou não.

Exemplo: 1/12 de 13º salários dos empregados que trabalharam na área comercial em janeiro são despesas lançadas nesse mês, embora sejam pagas apenas em dezembro.

O regime de competência permite estabelecer uma relação de causalidade entre a decisão e o seu reflexo sobre o resultado econômico.

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 46: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PRINCIPAIS INDICADORES DO DRE

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

1) Rentabilidade (resultado)

1.1 – Margem Líquida

• Lucro Líquido / Vendas Líquidas

• Quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 vendidos

• Quanto maior melhor

1.2 – Margem Operacional (s/ res fin)

• Resultado Operacional (sem custos financeiros) / Vendas Líquidas

• Quanto a empresa obtém de lucro da atividade principal para cada $100 vendidos

• Quanto maior melhor

1.3 – Margem Operacional (c/ res fin)

• Resultado Operacional (com custos financeiros) / Vendas Líquidas

• Quanto a empresa obtém de lucro da atividade principal para cada $100 vendidos

• Quanto maior melhor

1.4 – Rentabilidade do PL

• Lucro Líquido / PL médio

• Quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 de K próprio médio investido

• Quanto maior melhor

1.5 – Rentabilidade dos Invest em Ativos

• Lucro Líquido / Ativo Médio

• Quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 de Ativo Médio

• Quanto maior melhor

Page 47: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PRINCIPAIS INDICADORES DO DRE

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

1) Rentabilidade (resultado)

1.1) Margem Líquida

1.2) Margem Operacional (sem resultado financeiro)

1.3) Margem Operacional (com resultado financeiro)

1.4) Rentabilidade do Patrimônio Líquido (“ROE” – return on equity”)

1.5) Rentabilidade dos Investimentos em Ativos (“ROA” – return on assets”)

1. Rentabilidade (resultados) 2008 2009 2010 2011

1.1 – Margem Líquida -223,37% 63,03% -20,92% -1,63%

1.2 – Margem Operacional (s/ res fin) -206,12% 63,32% -17,47% 1,03%

1.3 – Margem Operacional (c/ res fin) -223,40% 37,79% -20,94% -1,60%

1.4 – Rentabilidade do PL - -37,96% 71,23% 10,56%

1.5 – Rentabilidade dos Invest em Ativos - -135,48% -54,33% -32,28%

Page 48: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

DISTRIBUIÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

LUCRO LÍQUIDO

LUCROS ACUMULADOS (SALDO A DESTINAR)

RES.DE LUCROS CAPITAL SOCIAL

DIVIDENDOS

LUCROS ACUMULADOS (SALDO DO BALANÇO)

Page 49: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

RELAÇÃO ENTRE O DRE E O BALANÇO PATRIMONIAL

• O lucro líquido apurado segundo o regime de competência poderá ter as seguintes destinações no Balanço Patrimonial:

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

PASSIVO TOTAL (Fonte)

Empréstimos e Financiamentos

Fornecedores

Impostos a Pagar

Dividendos a Pagar

Capital Social

Ajustes de Avaliação Patr.

Reservas de Lucro

Lucros ou Prejuízos Acumulados

Pessoal a Pagar

DRE

Receita

(-) Despesa

(-) IR e CSSL

(=) Lucro Líquido

Page 50: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

• A receita lançada no DRE segundo o regime de competência pode provocar os seguintes impactos no Balanço Patrimonial:

RELAÇÃO ENTRE O DRE E O BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

PASSIVO TOTAL (Fonte)

Empréstimos e Financiamentos

Fornecedores

Impostos a Pagar

Dividendos a Pagar

Capital Social

Ajustes de Avaliação Patr.

Reservas de Lucro

Lucros ou Prej. Acumulados

Pessoal a Pagar

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

ATIVO TOTAL (Aplicação)

Disponível

Clientes a Receber

Estoques

Créditos Fiscais

Despesas Antecipadas

Investimentos

Imobilizado Líquido

(+) quando recebida

(-) quando não

recebida

Intangível Líquido

Realizável no Longo Prazo

Page 51: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

• O custo dos produtos ou mercadorias vendidos lançado no DRE segundo o regime de competência provoca o seguinte impacto no Balanço Patrimonial:

RELAÇÃO ENTRE O DRE E O BALANÇO PATRIMONIAL

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Saída dos estoques

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

PASSIVO TOTAL (Fonte)

Empréstimos e Financiamentos

Fornecedores

Impostos a Pagar

Dividendos a Pagar

Capital Social

Ajustes de Avaliação Patr.

Reservas de Lucro

Lucros ou Prej. Acumulados

Pessoal a Pagar

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

ATIVO TOTAL (Aplicação)

Disponível

Clientes a Receber

Estoques

Créditos Fiscais

Despesas Antecipadas

Investimentos

Imobilizado Líquido Intangível Líquido

Realizável no Longo Prazo

Page 52: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

FLUXO DE CAIXA NA BASE DIRETA E INDIRETA

l Fluxo de Caixa Base Direta

Trimestre

Ingresso da Receita 120.000

Pagamento de Mercadorias Vendidas -100.000

Pagamento das Despesas -45.000

Fluxo de Caixa Operacional -25.000

l Fluxo de Caixa Base Indireta

Trimestre

Lucro Operacional 165.000

(-) Var. Clientes (Ativo Circulante) -240.000

(+) Var.Fornecedores (Passivo Circ.) 50.000

Fluxo de Caixa Operacional -25.000

• Fluxo de caixa na base direta

Registra as receitas recebidas e as despesas pagas (pocket in, pocket out).

• Fluxo de caixa na base indireta

Parte do lucro operacional (regime de competência), subtraindo-se dele as receitas não recebidas constantes da variação da conta Clientes (ativo circulante) e agregando-se a ele as despesas não pagas constantes da variação da conta Fornecedores (passivo circulante).

• Em ambos os critérios, os resultados são idênticos.

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 53: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

FLUXO DE CAIXA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

CAIXA

RECEBIMENTOS

Vendas a vista

Cobranças

Descontos Dupl.

Rec. Financeiras

Aporte de Capital

Empréstimos

Outros

PAGAMENTOS

Fornecedores

Pessoal

Governo

Desp.Financeiras

Pgto. Dividendos

Pgto.Empréstimo

Outros

Page 54: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE AFETAM O CAIXA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Variações Positivas (Aumentam o Caixa)

• Integralizações (aportes de capital)

• Empréstimos Bancários e Financiamentos

• Venda de itens do Ativo Permanente

• Vendas a vista e Recebimento de duplicatas a receber

• Outras entradas

Variações Negativas (Diminuem o Caixa)

• Pagamento de dividendos

• Amortização de principal e pagamento de juros de empréstimos

• Aquisições a vista de item para Ativo Permanente

• Compra a vista e pagamento a fornecedores

• Pagamento de despesas, Contas a Pagar e Outros

Page 55: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CAIXA

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Depreciação

Amortização Diferido

Exaustão

Provisões Férias 13º Salário

Page 56: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

ANÁLISE DO CRESCIMENTO

• O crescimento da empresa é um dos principais alavancadores de criação de riqueza para os acionistas. Por conta disso, os analistas estão sempre capturando a trajetória de crescimento nos relatórios contábeis.

• Isso é feito através da chamada análise horizontal (AH)

Valor Período 1 % crescimento (AH%) =

Valor Período 0

- 1

Ano 1 Ano 2 Ano 3

l Lucro 90.000 102.000 187.000

Crescimento ABS 12.000 85.000

Crescimento % 13,3% 83,3%

l Imobilizado Líquido 140.300 147.600 195.000

Crescimento ABS 7.300 47.400

Crescimento % 5,2% 32,1%

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 57: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

MARGEM X GIRO: A ESTRATÉGIA DA EMPRESA

• A estratégia de aumentar a margem não é excludente à estratégia de aumentar o giro do ativo total.

• Em algumas indústrias, aumentar a margem pode significar diminuir o volume de vendas (giro do ativo total).

• Quanto mais fora da curva, à direita e acima, maior será o retorno do ativo (ROCE).

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Supermercados Baixa margem

Alto giro

Monopólios Alta margem

Alto giro

Indústria competitiva Baixa margem

Baixo giro

Produtos de luxo Alta margem

Baixo giro Gir

o d

o A

tivo

Eco

mic

o

Margem Operacional

Page 58: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

ESQUEMAS DE GASTOS

• Custos

CUSTO

ALMOXARIFADO OU SUPRIMENTOS

FÁBRICA ou INSTALAÇÕES

ESCRITÓRIO CENTRAL

VENDAS/FILIAIS/ LOJAS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 59: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

ESQUEMAS DE GASTOS

• Despesas

DESPESA

ALMOXARIFADO OU SUPRIMENTOS

FÁBRICA ou INSTALAÇÕES

ESCRITÓRIO CENTRAL

VENDAS/FILIAIS/ LOJAS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 60: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

ESQUEMAS DE GASTOS

• Investimentos

INVESTIMENTO

ALMOXARIFADO OU SUPRIMENTOS

FÁBRICA ou INSTALAÇÕES

ESCRITÓRIO CENTRAL

VENDAS/FILIAIS/ LOJAS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 61: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

ESQUEMAS DE GASTOS

• Perdas

PERDA

ALMOXARIFADO OU SUPRIMENTOS

FÁBRICA ou INSTALAÇÕES

ESCRITÓRIO CENTRAL

VENDAS/FILIAIS/ LOJAS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 62: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

ESQUEMAS DE GASTOS

• Desperdícios

MÃO DE OBRA OCIOSA

PRODUTIVIDADE INFERIOR À

NORMAL

DESPERDÍCIOS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 63: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

CONTABILIDADE FINANCEIRA

CONTABILIDADE GERENCIAL

CONTABILIDADE DE CUSTOS

SISTEMA ORÇAMENTÁRIOS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 64: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS

2) EM RELAÇÃO AO OBJETO DE CUSTO:

• Diretos: são aqueles que podem ser atribuídos a um objeto

de custo de forma clara e objetiva, sendo possível mensurar

quanto de determinado custo está contido naquele objeto de

custo.

• Indiretos: são aqueles atribuídos aos objetos de custo através

de critérios de rateio, seja pela impossibilidade de se apurar

unitariamente ou ainda por não compensar fazer esse tipo de

mensuração.

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 65: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

• Custos variáveis: São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. As principais características dos custos variáveis (marginais) são as seguintes:

• Quanto maior for o volume de vendas, maiores serão os custos variáveis totais.

• Custos fixos: São os que independem do volume de produção ou venda. Representam a capacidade instalada que uma empresa possui para produzir e vender bens, serviços e mercadorias.

CUSTOS

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 66: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

GASTOS (CUSTOS, DESPESAS E IMPOSTOS)

Unitário Total

Variável

Fixo

Quantidade Quantidade

Quantidade Quantidade

$ $

$ $

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 67: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CUSTOS

Custo de Produção: é o custo da combinação mais econômica dos fatores por meio da qual se obtém determinada quantidade de produto.

CT = CVT + CFT

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

CMe = CT

q CVMe =

CVT

q CFMe =

CFT

q

Page 68: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CUSTOS

Caminhões Custo Fixo Total

vendidos (CFT)

(período)

0 2.000

100 2.000

200 2.000

300 2.000

400 2.000

500 2.000

600 2.000

700 2.000

800 2.000

900 2.000

1.000 2.000

Custo Variável Total

(CVT)

0

1.600

2.700

3.360

3.820

4.300

5.100

6.420

8.220

10.520

13.620

Custo Total

(CT)

2.000

3.600

4.700

5.360

5.820

6.300

7.100

8.420

10.220

12.520

15.620

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 69: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CUSTOS

Caminhões Custo Fixo Total Custo Fixo Médio Custo Variável Total Custo Variável Médio Custo Total Custo Total Médio Custo Marginal

vendidos (CFT) (CFMe) (CVT) (CVMe) (CT) (CTMe) (CMg)

(período)

0 2.000 - 0 - 2.000 - -

100 2.000 20,00 1.600 16,00 3.600 36,00 16,00

200 2.000 10,00 2.700 13,50 4.700 23,50 11,00

300 2.000 6,67 3.360 11,20 5.360 17,87 6,60

400 2.000 5,00 3.820 9,55 5.820 14,55 4,60

500 2.000 4,00 4.300 8,60 6.300 12,60 4,80

600 2.000 3,33 5.100 8,50 7.100 11,83 8,00

700 2.000 2,86 6.420 9,17 8.420 12,03 13,20

800 2.000 2,50 8.220 10,28 10.220 12,78 18,00

900 2.000 2,22 10.520 11,69 12.520 13,91 23,00

1.000 2.000 2,00 13.620 13,62 15.620 15,62 31,00

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 70: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

CUSTOS X RECEITAS

Caminhões Preço de Receita Total Custo Total Resultado

vendidos Venda RT = P . Q CT = CFT + CVT RE = RT - CT

(período)

0 0,00 0 2.000 2.000

100 20,00 2.000 3.600 1.600

200 19,00 3.800 4.700 900

300 18,00 5.400 5.360 40

400 17,00 6.800 5.820 980

500 16,00 8.000 6.300 1.700

600 15,00 9.000 7.100 1.900

700 14,00 9.800 8.420 1.380

800 13,00 10.400 10.220 180

900 12,00 10.800 12.520 1.720

1.000 11,00 11.000 15.620 4.620

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 71: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PONTO DE EQUILÍBRIO

Assim: CMe = (CF+CVT)/Q.

CMe = CF/Q + CV

LT = (P-CMe)*Q

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 72: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

PONTO DE EQUILÍBRIO

A condição de equilíbrio é então P=Cme, o que significa que: P = CF/Q + CV

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

LT (q)

CT

Q

LT

Q*

Page 73: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

A condição de equilíbrio é então P=Cme, o que significa que: P = CF/Q + CV

PONTO DE EQUILÍBRIO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

P

Q

P

Q*

CMe

Page 74: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

Tipos de equilíbrio:

• Equilíbrio operacional

O cálculo de equilíbrio operacional envolve o LAJI da empresa. Falamos do ponto de equilíbrio operacional.

Nesse caso, os custos fixos e variáveis necessários para o cálculo se referem aos custos da empresa – sem levar em conta os custos financeiros.

Dessa forma, o cálculo do ponto de equilíbrio se daria por...

LAJI = RT - CT

Como o ponto de equilíbrio se dá quando o lucro é zero, nesse caso, LAJI é zero.

PONTO DE EQUILÍBRIO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 75: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

Tipos de equilíbrio:

• Equilíbrio contábil

O cálculo do equilíbrio contábil envolve todo o custo da empresa, inclusive, o financeiro...

LAIR ou LL = RT - CT

O LL igual a zero para o cálculo do equilíbrio representa o ponto no qual a empresa terá lucro real igual a zero, ou seja, o ponto de vendas em que a empresa paga todos seus custos, inclusive os financeiros.

A diferença entre o ponto de equilíbrio operacional e contábil é a quantidade a ser vendida para pagar os encargos financeiros da empresa.

PONTO DE EQUILÍBRIO

Material de responsabilidade do professor Rodrigo Zeidan

Page 76: Gestão Financeira - Rodrigo Zeidan - FDC.pdf

Tipos de equilíbrio:

• Equilíbrio financeiro

O ponto de equilíbrio financeiro é o volume de vendas em que o fluxo de caixa líquido gerado é zero.

Só entram na conta os resultados efetivamente financeiros da empresa – como os desembolsos necessários para amortizar dívidas e pagar dividendos.

Se não houver depreciação, não há diferença entre o equilíbrio financeiro e contábil.

PONTO DE EQUILÍBRIO

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Tipos de equilíbrio:

• Equilíbrio econômico

O equilíbrio econômico relaciona-se ao custo de oportunidade do dinheiro da empresa.

Se uma empresa compra e vende exatamente a mesma quantidade de unidades de mercadoria e seu lucro líquido é zero, ela não obtém nenhum lucro, mas também nenhum prejuízo.

Embora pareça que, a partir desse nível de vendas, passa a existir lucro real, na verdade, não é assim.

O capital próprio investido na empresa – patrimônio líquido – poderia estar investido em uma instituição financeira rendendo juros.

PONTO DE EQUILÍBRIO

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• Exemplo:

Se o equilíbrio contábil da empresa Laplace for de 800 unidades por mês e o financeiro de 1000 unidades por mês, a diferença – 200 unidades – é o que a empresa tem de vender para atender às demandas financeiras.

Se as necessidades de vendas para amortizar as dívidas forem de 100 unidades, o equilíbrio financeiro é concretizado com vendas de 900 unidades – já que o equilíbrio operacional é de 800 unidades.

A empresa tem um patrimônio líquido de R$ 100.000. A taxa de juros oferecida pelo sistema financeiro é de 1% ao mês. Só há resultado econômico positivo se existir uma rentabilidade acima de 1% ao mês – R$ 1.000.

O verdadeiro equilíbrio econômico só se dá quando a empresa vende o suficiente para ter um lucro de R$ 1.000. Para obter um lucro líquido de R$ 1.000, a quantidade vendida tem de ser 1200 unidades.

Com isso, os resultados para o equilíbrio operacional, contábil e econômico seriam...

PONTO DE EQUILÍBRIO

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Cada ponto de equilíbrio revela uma informação sobre o funcionamento da empresa: • equilíbrio operacional – as vendas pagam todos os custos operacionais da empresa;

• equilíbrio contábil – as vendas também pagam os custos financeiros;

• equilíbrio financeiro – são considerados somente os ingressos de caixa e os desembolsos efetivos;

• equilíbrio econômico – as vendas pagam, além do equilíbrio contábil, também o custo de oportunidade dos recursos próprios.

PONTO DE EQUILÍBRIO

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Equilíbrio Cálculo Quantidade Observação

Operacional LAJI = 0 800 Equilíbrio no qual as vendas pagam todos os custos operacionais da empresa.

Contábil LL = 0 1000 Equilíbrio no qual as vendas pagam os custos operacionais, financeiros e impostos da empresa.

Financeiro Fluxo de caixa = 0 900 Equilíbrio no qual o fluxo de caixa é zero, ou seja, somente entram no cálculo os desembolsos efetivos da empresa.

Econômico LL + CO = 0 1200 Equilíbrio no qual as receitas se igualam ao somatório das despesas com o custo de oportunidade dos recursos próprios da empresa.

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70.000: O NÚMERO MÁGICO DE EIKE BATISTA

Setenta mil: essa é a quantidade de barris de petróleo que a OGX Petróleo (OGXP3), controlada pelo mega-empresário Eike Batista, precisa extrair por dia para que tenha fluxo de caixa positivo, ou seja, deixe de queimar o dinheiro que possui em caixa e crie valor aos seus acionistas. A informação é de Roberto Monteiro, diretor financeiro da OGX. Monteiro afirmou que essa produção deve chegar apenas após 2013. A companhia planeja instalar duas unidades adicionais na Bacia de Campos, para elevar em até vinte vezes a capacidade de produção na região, atualmente em 10 mil barris de petróleo por dia. No entanto, Monteiro disse que tudo dependerá da implementação dos atuais projetos e de como os reservatórios irão responder às várias técnicas de extração.

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EMPRESA MULTIPRODUTO – CASO CLÁSSICO

• Podemos visualizar, primeiramente, o caso de uma empresa que produz ou vende dois produtos...

• No caso de uma empresa e dois produtos – chamados de produto 1 e produto 2 –, temos as variáveis...

Q1 = quantidade a ser vendida do produto 1;

Q2 = quantidade a ser vendida do produto 2;

CV1 = custo variável unitário do produto 1;

CV2 = custo variável unitário do produto 2;

CF1 = custo fixo associado somente à produção de 1;

CF2 = custo fixo associado somente à produção de 2;

P1 = preço do produto 1;

P2 = preço do produto 2.

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EMPRESA MULTIPRODUTO

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• Para preservar a coerência da análise do ponto de equilíbrio, devemos separar os produtos e calcular o ponto de equilíbrio para cada produto separadamente... Como se a empresa fosse um conjunto de duas empresas.

• Para determinar o ponto de equilíbrio de uma empresa multiproduto, devemos analisar como distribuir o custo fixo comum à produção de 1 e 2 separadamente...

• A equação de custos totais para uma empresa que produz um único produto é CT = CF + CV.Q. Desse modo, para uma empresa multiproduto, temos....

CT = CF + CF1 + CF2 + CV1Q1 + CV2Q2

CT = CF + (CF1 + CV1Q1)+ (CF2 + CV2Q2)

• Cada termo entre parênteses da equação é virtualmente idêntico à equação de custos totais para a empresa que produz somente um produto. O termo excedente, CF, deve ser distribuído aos termos em parênteses, de forma a fazer com que o custo total da empresa multiproduto seja o custo do produto 1 mais o custo do produto 2.

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EMPRESA MULTIPRODUTO

• Forma mais comum de distribuição do custo fixo: utilização de dados históricos. Por exemplo, vejamos os dados históricos de vendas da empresa Acktual. Sua linha de produtos é composta de óleos lubrificantes e óleos resinoides.

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Óleos lubrificantes Óleos resinoides Vendas totais

1999 R$ 100.000,00 R$ 115.000,00 R$ 215.000,00

2000 R$ 200.000,00 R$ 90.000,00 R$ 290.000,00

2001 R$ 150.000,00 R$ 115.000,00 R$ 265.000,00

2002 R$ 125.000,00 R$ 105.000,00 R$ 230.000,00

2003 R$ 175.000,00 R$ 100.000,00 R$ 275.000,00

2004 R$ 130.000,00 R$ 90.000,00 R$ 220.000,00

2005 R$ 170.000,00 R$ 85.000,00 R$ 255.000,00

Média R$ 150.000,00 R$ 100.000,00 R$ 250.000,00

Contribuição 60,00% 40,00% 100,00%

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EMPRESA MULTIPRODUTO

• Ao longo dos anos, a média das contribuições para as vendas da empresa é de 60% para óleos lubrificantes e 40% para óleos resinoides.

• Qual o ponto de equilíbrio se:

O custo fixo comum está em R$ 50.000, o custo fixo para a produção de óleos lubrificantes R$ 40.000 e para a produção de óleos resinoides R$ 30.000. O preço do litro de óleo lubrificante para a revenda é de R$ 8 e o custo variável unitário R$ 3, enquanto o litro de óleo resinoide tem o preço médio de mercado de R$ 4 e custo variável unitário de R$ 1,5.

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MARGEM DE SEGURANÇA

O conceito de margem de segurança é derivado da análise do ponto de equilíbrio.

Trata-se de um conceito relativamente simples, que mostra o quanto a empresa produz acima do ponto de equilíbrio.

Ou seja... mostra a folga que a empresa tem para lidar com eventuais oscilações de mercado.

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MARGEM DE SEGURANÇA

Grande margem de segurança

Produz e vende uma quantidade bem acima do ponto de equilíbrio, é lucrativa e possui boa margem de segurança contra eventuais problemas.

Pequena margem de segurança

Possui pequena folga contra eventuais problemas. Pode apresentar perdas se o mercado lhe for desfavorável por alguma razão – aumento de custos, menor preço de mercado etc.

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MARGEM DE SEGURANÇA

• A margem de segurança pode ser calculada em termos absolutos ou percentuais e representa, de fato, o quanto:

as vendas podem cair sem que a empresa apresente prejuízos;

a firma é resistente à diminuição de preços ou ao aumento de custos.

• Se a margem for negativa, a empresa está vendendo abaixo do ponto de equilíbrio e tem prejuízo.

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MARGEM DE SEGURANÇA

A margem de segurança absoluta representa a quantidade física de unidades que a empresa produz acima do ponto de equilíbrio. A margem de segurança relativa relaciona a quantidade que a empresa efetivamente produz com a quantidade do ponto de equilíbrio. O cálculo para o percentual de margem de segurança relativa é: MS = (Qv - Qpe)/Qv Qv = quantidade vendida atualmente pela empresa; Qpe = quantidade associada ao ponto de equilíbrio.

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MARGEM DE SEGURANÇA

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• Assuma que o ponto de equilíbrio econômico da empresa seja 1.800 unidades.

• No primeiro caso, a empresa produz atualmente 4.500 unidades e a margem de segurança é grande (em termos percentuais, 60%, já que, se as vendas caírem 60%, chegariam a 1800), com a empresa produzindo muito acima do ponto de equilíbrio.

• É importante aqui diferenciar o conceito de margem de segurança relativa e absoluta. No caso anterior, a margem de segurança absoluta seria de 2700 unidades (4.500 – 1.800), enquanto a margem de segurança relativa 60%. A margem de segurança absoluta, então, representa a quantidade física de unidades que a empresa produz acima do ponto de equilíbrio, enquanto a relativa relaciona essa quantidade que a empresa efetivamente produz com a do ponto de equilíbrio.

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MARGEM DE SEGURANÇA

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MARGEM DE SEGURANÇA

No segundo caso, abaixo, a empresa produz atualmente 2.000 unidades e a margem de segurança é pequena (em termos percentuais, 10%), com a empresa produzindo pouco acima do ponto de equilíbrio.

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MARGEM DE SEGURANÇA

Se, por acaso, os custos da empresa aumentarem (no gráfico abaixo de CMe para CMe1), o custo médio aumenta, o ponto de equilíbrio também (no exemplo, aumenta de 1800 para 2400) e a margem de segurança da empresa se torna negativa se o preço de mercado se mantiver o mesmo, o que significa que o custo médio estaria acima do preço e a empresa teria prejuízo, porque o novo ponto de equilíbrio, de 2400 unidades, estaria acima das vendas da empresa, 2.000. Ou seja, uma margem de

segurança pequena resulta em pouca segurança.

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

• Parcela do preço de venda que não é consumida pelos gastos (custos, despesas e impostos) variáveis.

• Esta parcela vai CONTRIBUIR para o pagamento dos gastos (custos e despesas) fixos.

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

RECEITAS

LÍQUIDAS

CUSTOS

VARIÁVEIS _ =

MARGEM

DE

CONTRIBUIÇÃO

Determina o valor disponível para absorver Custos e Despesas Fixas

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

• É através da Margem de Contribuição dos diversos procedimentos realizados na unidade de terapia intensiva é que se pode apurar quais são aqueles que são mais rentáveis, aqueles que geram melhores resultados econômico-financeiros.

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1- Formação de preço de venda com base nos custos

2- Formação de preço de venda com base no mercado

Custos Fixos

+

Custos Variáveis

+

Margem de Lucro

=

Preço de Venda

Preço de Venda

=

Margem de Lucro

+

Custos Fixos

+

Custos Variáveis