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Organizações Sociais Gestão de aprendizagens que valem milhões

Gestão orçamento Familias

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Sistematização de práticas de GOF

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Organizações

Sociais Gestão de aprendizagens que valem

milhões

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Gestão do Orçamento Familiar

&

Literacia Financeira: uma experiencia do KCIDADE

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Enquadramento O programa K´CIDADE criou ao longo de 4 anos projetos experimentais que permitissem as famílias melhorarem a sua literacia financeira e consequentemente as suas finanças pessoais e familiares. Estivemos em conjunto com parceiros locais, lideres e beneficiários na criação de formação e materiais educativos que melhore as aprendizagens em torno da literacia financeira. Estas dinâmicas foram impulsionada no âmbito do CLDS no sentido de animar a educação financeira e a qualidade de vida das famílias. Ao resgatar-mos a experiencia, pretende-mos criar um guia que permita a comunidades e formadores identificarem competências chaves e pontos de partidas estratégicos para a implementação de projetos nestas área.

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Porque projetos para as famílias

Para muitas famílias, uma das maiores áreas de stress

relaciona-se com as finanças familiares. Para muitos o

dinheiro que entra não parece ser suficiente ao dinheiro que

saí.

Controlar as finanças significa mais do que o controlo do

dinheiro, significa consciência e reflexão sobre o dinheiro,

hábitos e rotina dos gastos, objetivos a curto, medio e longo

prazo.

Sendo necessário entender o que é o dinheiro e as finanças,

relação com o dinheiro, gastos e poupanças, ferramentas de

gestão, organização pessoal e dinheiro&crianças.

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Benefícios dos

projetos de

literacia financeira A nível comunitário os benefícios podem se inscrever a três níveis: pessoais (beneficiário), comunitários (redes) e institucionais (recursos qualificados). A nível pessoal entendemos que os beneficiários desenvolvem competências que lhes permitirão: aumentar níveis de bem estar económico, melhorar o seu conhecimento, comportamento e atitudes, e aumentar poupanças. A nível comunitário através do conhecimento de pares e a criação de redes de entre ajuda beneficiam: apoio, possibilidades de aceder a aprendizagens informais, aumento dos níveis de resiliência e identificação de pessoas que advogam valores semelhantes. A nível institucional entendemos que ao formar pessoas nestas áreas estão a criar pessoas mais capazes de enfrentar os problemas financeiros em tempos de crise; tornam a organização mais atrativa para os beneficiários, melhora o compromisso para com a organização, identifica e envolve pessoas com gosto e vontade em passar conhecimentos nesta área especifica.

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Em que consiste os projetos de literacia financeira Estes projetos pretendem desenvolver competências pessoais nas famílias de forma a ajuda-los a gerir da melhor forma as suas finanças pessoais. Por outro lado também nos preocupou a identificação de pessoas que pudessem empreender formações de literacia financeira. Os tópicos dados nas formações relacionavam-se com: IRS, Poupança, Dívidas, Investimentos, Consumo, gestão diária, finanças para casais e formação de mentores. Estas informações foram transmitidas através de worshops e formações (ministrada por formadores especializados e por mentores). Estiveram associadas a estas iniciativas 1)Voluntários 2)Instituições de base local(Associação de Pais das Bandeirinhas; Centro Comunitário de Algueirão; casa de santana; Associação Islâmica da Tapada; Associação Diakonia; Ser Alternativa) 3) Instituições Públicas (Camara Municipal de Sintra – Serviço de informação ao consumidor; centro de saúde de Algueirão e núcleo de imigrantes).

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Como iniciamos os projetos

Ação Estratégia

Criar o

documento

estratégico da

ação

- quando existem vários interlocutores é útil todos

seguirem os mesmo racional e entender qual o

contributo de cada um no alcance dos objetivos

Investigar sobre o tema e reunir a máximo de material

possível criando um banco de recursos (materiais

formativos e recursos humanos)

- definir o plano da ação (que idealmente deve ser feito

de forma simples. Entre 7/10 páginas)

Montar a ação - Definir papeis

- Mobilizar recursos

- Implementar a ação

Mobilizar as

pessoas

- inspirar

-mostrar a pertinência

- equilibrar entre pessoas que tenham discursos e

estratégias mais positivos e outros que não tenham

Avaliar e início

de novo ciclo

- por serem competências especificas, se o ciclo é

quebrado a exigência do inicio de um novo processo

pode ser desgastante

- criando uma rotina que incorpore aprendizagens,

permite garantir não só a aprendizagens individual mas

a criação de novos hábitos e costumes comunitários

Imprensa local - Tanto no inicio e no final da ação dar conta à

comunidade da realização do evento e da partilha de

algumas historias

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Aprendizagens Neste processo fomos entendendo que:

Está é uma área de competência especificas e nem todas as pessoas tem gosto, paixão e vontade de desenvolver competências nesta área;

Tendo em conta a cultura portuguesa o dinheiro é considerado um tabu enquanto conversa;

As ações que tiveram mais sucesso e facilidade a ser replicado foram as relacionadas com o IRS e os investimentos na banca;

As ações de gestão do orçamento familiar têm que se nortear pelo principio da utilidade a curto prazo, ou seja o que aprendo é util para implementar na minha familia ou é útil para eu partilhar e inspirar outros na comunidade; se nenhuma destas 2 variantes se verificam, os participantes desmobilizam e não poem em pratica as suas aprendizagens

As organizações promotoras têm bastante resistência em equacionar os beneficiários como recurso, ou seja de envolver os beneficiários como mentores de outras famílias e de partilha de estratégias aprendidas; este é um processo que se não está na natureza ou vocação da entidade dificilmente é apropriado

As sessões deverão ser o mais criativas possível, uma vez que os conteúdos não são muito apelativos; existem também muitos recursos na net disponíveis para utilização nesta área

Estas ações têm cumprido sobretudo a dimensão da sensibilização para o tema; o impacto real na qualidade de vida das famílias, e a mudança de atitudes e comportamentos só é compatível com um investimento muito maior quer no acompanhamento das famílias quer na criação de espaços de treino destas competências

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Sugestões futuras

Através destas da implementação dos programas entendemos que podemos ser mais criativos e mais efetivos a nível da intervenção. Foram sugeridas ideias que ficaram por implementar como:

Utilizar os serviços existentes e torna-los mais acessíveis e eficientes junto dos beneficiários (como é o caso do apoio financeiro prestado pelos técnicos de ação social)

Criar materiais de comunicação fáceis a ser utilizado pelas famílias que atualize as dicas e procedimentos

Aproveitar as pessoas formadas como mentores de outros

Haver mais programas a decorrer na comunidade

Criar uma rede de educadores e mentores nesta área

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Beneficiários enquanto recursos- uma abordagem inovadora na gestão do orçamento familiar

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As organizações investem tempo para criar estas ações, este esforço pode ser rentabilizado através da identificação de mentores que possam dar continuidade a estas ações. Para isso quando se planeiam as ações de gestão do orçamento familiar, as sessões de formação devem permitir adquirirem conhecimentos com o intuito de os transmitir a outros (numa lógica de formação de formadores). No âmbito da intervenção familiar existem diversas organizações que apoiam as famílias com prestações sociais ou apoios em género, e que por este motivo, tentam desenvolvem ações de formação onde tentam "ensinar" as famílias a superar ou minimizar os problemas que

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enfrentam; Ao longo do tempo verificam que estas ações não tem o impacto esperado.

Propomos uma mudança de paradigma, as formações nesta área devem ser pensadas como estratégias para enfrentar a crise e melhorar a qualidade de vida das famílias, isso significa, que a formação não deve ser um fim mas um meio para ter o impacto pretendido. A estas formações devem estar aliadas espaços onde os conhecimentos adquiridos podem ser treinados e experimentados em grupo de forma regular e aí com um impacto gradual nas suas competências e na mudança de atitudes e comportamentos (saber fazer) - as CAF´s podem ser um bom exemplo de como materializar esta ideia, ou uma bolsa de mentores, grupos informais. Em todos estes processos é essencial a sua animação, fazendo com que as organizações desenvolverem novos projetos mais adequados a realidade das pessoas envolvidas e ganhem pessoas com competências, face a este último as organizações podem apostar nos beneficiários como recurso para dinamizar novas ações com novas famílias

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Iniciativas

2 iniciativas de formação

em gestão do orçamento

familiar Com mentores

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Proposta

Formação e promoção de uma rede de mentores familiares assentes em estruturas de

acompanhamento social às famílias em situação de desvantagem social e económica.

Objectivo

Criar nova abordagem de apoio à imergência social e de acompanhamento social às

famílias promovido pelo Centro Comunitário de Algueirão.

Capacitar pessoas voluntárias para o acompanhamento e inspiração de famílias em

situação de desvantagem económica e social

Proporcionar as famílias um acompanhamento mais próximo e que lhes permita

desenvolver competências e adquirir estratégias de resiliência face a adversidade.

Desafio [entendido enquanto ponto de partida]

Os mentores são voluntários de uma dada comunidade que disponibilizam o seu tempo

em apoiar outras famílias em alcançar os seus projectos de vida – este que é definido

com a técnica de acompanhamento. Estes mentores são pessoas cuja as suas vidas

estão organizadas pondo à disponibilidade de outros as suas capacidades, talentos e

tempo à outras famílias da comunidade no alcance de uma melhor qualidade de vida.

Acredita-se que é na relação inter pares, apoiada por organizações que promovem a

intervenção social, que as famílias descobre soluções mais adequados e criativas às

suas necessidade, tendo em conta os seus tempos e a envolvência de todo o agregado

familiar nesta busca de melhorar a qualidade de vida das comunidades.

Neste processo de relação demonstram necessidades em comunicar, capacidade de

gestão da relação entre o mentor e a família, gestão de expectativas, conhecimentos

sobre o acompanhamento escolar das crianças e gestão do orçamento familiar,

necessidades de instrumentos de acompanhamento das famílias.

Estas dificuldades puderam ser atenuadas ao haver um espaço de aprendizagens

técnicas e de reflexão sobre as suas práticas.

Modelo

A ideia assenta no desenvolvimento de acção de educação não formal para voluntários,

tendo em vista a capacitação para: acompanhamento de famílias em situação de

desvantagem económica e social; serem agentes de transformação no seio da sua

comunidade; desenvolverem e consolidarem modelos de relacionamento e de serviço à

comunidade a partir de referencias assentes em processos de empowerment.

Participantes

10 Adultos que se encontrem motivados para o acompanhamento e apoio a

famílias que almejem alcançarem qualidade de vida.

Técnicos sociais que acompanham família

Mobilizar estes voluntários a partir de redes de instituições públicas e privadas

Competências

Capacidade de gestão de conflitos

Comunicação

Serviço à comunidade

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Relação inter pessoal

Sigilo da informação

Definição e divisão de papéis entre os diferentes intervenientes no processo

Ferramentas/técnicas de acompanhamento das famílias [Técnicas de gestão do

orçamento familiar; Técnicas de acompanhamento familiar; Técnicas de quebra

gelo em família; técnicas de disciplina positiva; técnicas de planeamento e

organização; técnicas básicas de higiene e gestão habitacional]

Metodologia

Formação interpares

Educação não formal para o acompanhamento familiar

Em rede e em relação

Resultados

Rede de mentores sociais fortalecida

Desenvolvimento de um roteiro de acompanhamento dos mentores familiares

em parceria com o centro comunitário

Valores para o serviço comunitário e coesão social

Plano de desenvolvimento pessoal [dos mentores? Das famílias? De ambos?

Gerido e promovido por quem?]

Organização

Sessão sobre auto conhecimento e mentoring

Sessão sobre a metodologia do empowerment

Formação em gestão do orçamento familiar

o Tema gestão do orçamento família

o Tema Gestão bancaria

o Tema Gestão do orçamento famílias

o Tema Finanças para casais

o Tema IRS

Estratégias

Convite de alguém representativo da comunidade que passe uma mensagem de

valorização do papel dos mentores e parabenize [que dê os parabéns. Não sei

se existe a palavra] as suas acções

Reflexão sobre situações concretas e construção em conjunto de instrumentos

Convite de técnicos/personalidades adequadas que dinamizem as sessões nos

diferentes temas

Debate

Envolvência dos participantes ao longo da formação como voluntários na ação

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Nome/ Designação do Projecto: COZINHA² - CRES – Criativa, Rápida, Económica, Saudável Público Alvo Beneficiários de Apoio Alimentar Problemática / Contexto Comunitário Identificação de um número elevado de beneficiários de Apoio Alimentar com fracas

competências na área da cozinha no que diz respeito à otimização dos géneros

alimentares recebidos.

Oportunidade para desenvolver Agentes Multiplicadores com competêncis na área da cozinha no aproveitamento dos alimentos, de forma a que estes possam colaborar nos workshops promovendo a sustentabilidade do projeto Objectivos Promover formação na área da cozinha económica por forma a criar uma bolsa de

Agentes Multiplicadores;

Desenvolver competências de aproveitamento dos géneros alimentares de forma

económica nas famílias beneficiárias de Apoio Alimentar;

Promover a educação alimentar junto das famílias. Resultados

Envolver 50% dos formandos na bolsa de Agentes Multiplicadores;

Participação de 80% dos beneficiários de apoio alimentar por parte das entidades

envolvidas.

60% dos beneficiários de Apoio alimentar adquiram as competências necessárias à

otimização dos géneros alimentares e alterem hábitos de consumo.

Intervenientes/Parceiros Centro Comunitário da Paróquia de Algueirão Mem Martins / Associação de Fiéis

Diakonia – Promoção e execução do Projeto. Disponibilização de espaço para a

realização de Workshops e envolvimento de beneficiários de Apoio Alimentar.

Ser Alternativa – Associação de Apoio Social - Possibilidade de disponibilização de

espaço para a realização de Workshops e envolvimento de beneficiários de Apoio

Alimentar. Apoio na execução do Projeto.

Comunidade Islâmica - Envolvimento de beneficiários de Apoio Alimentar. Apoio na

execução do Projeto.

Casa de Sant’Ana – Possibilidade de disponibilização de espaço para a realização de

Workshops e envolvimento de beneficiários de Apoio Alimentar. Apoio na execução do

Projeto.

K’Cidade – Apoio económico no funcionamento e desenvolvimento das ações e

honorários do formador. Apoio ao nível da Organização e Estrutura da Formação e

Workshops.

Câmara Municipal de Sintra – Divisão de Ação Social – Disponibilizar alimentos do

Projeto apoio à Alimentação e disponibilizar formadores nas áreas de Gestão

orçamental, Nutrição e Higiene e Segurança. Apoio na execução do Projeto.

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Junta de Freguesia de Algueirão - Mem Martins – Apoio na divulgação do Projeto.

Supermercados Pingo Doce – Reforço no apoio em géneros.

Actividades Realização de Formação e Workshops na área da cozinha económica e saudável.

Definir os critérios de identificação dos Agentes Multiplicadores;

Criar uma bolsa de Agentes Multiplicadores para a realização de Workshops;

Estruturar a Formação e Workshops e respetivos conteúdos;

Duração do projecto De Setembro a Dezembro de 2012 Funcionamento 20 h de formação em horários e datas a definir (Fim de Setembro)

Workshops – 12h - 6h/diárias (2h teóricas e 4h práticas) com 10 formandos e 2

Agentes Multiplicadores (Formadores), com possibilidade de realização simultânea em

três locais distintos, abrangendo deste modo 30 beneficiários de Apoio Alimentar.

Workshops a funcionar duas vezes por semana a partir da segunda semana de

Oututbro, por cada um dos três possíveis locais de realização.

Reunião quinzenal de parceiros para avaliação do Projeto. Sustentabilidade A sustentabilidade do projeto será garantida pela participação e envolvimento dos Agentes Multiplicadores, bem como pela criação de materiais de divulgação criados pelos participantes, como por ex. Livro ou fichas de Receitas culinárias económicas e saudáveis, conselhos de nutrição e dicas para uma melhor gestão doméstica. Avaliação Envolver o mínimo de seis Agentes Multiplicadores;

Participação de 80% dos beneficiários de Apoio Alimentar;

Aplicação de Inquérito/Questionário para aferir as competências adquiridas;

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Filomena Djassi, Técnica de Desenvolvimento Comunitário Fundação Aga Khan Portugal

[email protected]