Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE. v2 n3 set dez 2002.pdf · 3 Sumário Editorial Eudes Rodrigues da Silva Desejo a você Acontece no PGP/LIDERE Sua

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Revista do Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERECentro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público - ISP

Universidade Federal da Bahia - UFBALinha Temática Política e Gestão em Educação

v.2, n.3, setembro/dezembro 2002Salvador-BA

ISSN 1676-0840

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PGP/LIDERE em destaque Salvador v.2 n.3 p.5-70 set./dez. 2002

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PGP/LIDERE em destaque é a revista informativa do Programa Gestão Participativa com Liderança emEducação - PGP/LIDERE. Aceita parcerias e colaborações, reservando-se o direito de publicar ounão, a matéria enviada espontaneamente à redação. As matérias assinadas são de responsabilida-de de seus autores. Essa revista é publicada com os recursos da Fundação Ford e do ProgramaGestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE.

Periodicidade: Quadrimestral Tiragem: 1.500 exemplares

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAReitorDr. Naomar Monteiro de Almeida Filho

Vice-ReitorDr. Francisco José Gomes Mesquita

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-GraduaçãoDra. Maria Hilda Paraíso

Pró-Reitor de ExtensãoDr. Antonio Neri

CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARESPARA O SETOR PÚBLICO - ISPDiretorDr. Robert E. Verhine

PROGRAMA GESTÃO PARTICIPATIVA COMLIDERANÇA EM EDUCAÇÃO - PGP/LIDEREDiretor InternacionalDr. Robert Girling

CoordenadoraDra. Katia Siqueira de Freitas

Vice-CoordenadoraMara Schwingel

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIACentro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público - ISP

Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDEREAV. Adhemar de Barros, Campus Universitário de Ondina, PavilhãoIV, Salvador -Bahia - Brasil

CEP: 40170-110 tel./fax: (71) 235-8290 ou 237-1018 r.233. e-mail:[email protected]: http://www.liderisp.ufba.br

EDITORDra. Katia Siqueira de Freitas

EQUIPE DE PRODUÇÃODra. Katia Siqueira de FreitasHelane Monteiro de Castro LimaLéia Verônica de Jesus BarbosaMara Schwingel

NORMALIZAÇÃOSônia Chagas Vieira

REVISÃORegina Maria de Sousa FernandesMara SchwingelNatacha d’Almeida Monteiro

CAPA E PROJETO GRÁFICOHelane Monteiro de Castro LimaLéia Verônica de Jesus Barbosa

DIAGRAMAÇÃOLéia Verônica de Jesus Barbosa

IMPRESSÃOGráfica Esperança

PGP/LIDERE em destaque: revista do Programa Gestão Participativa com Liderança emEducação - PGP/LIDERE - v.1, n.1 (2001) Salvador: ISP/UFBA, 2001 -

Quadrimestral

ISSN 1676-0840

1.Educação - Periódicos. 2. Liderança - Periódicos. I Universidade Federal da Bahia.Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público.

CDU 37 (05)CDD 370.5

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Sumário

EditorialEudes Rodrigues da Silva

Desejo a você

Acontece no PGP/LIDERE

Sua apresentação vale dezMaria Lúcia Ganem Assmar

O desafio de ser talentoso e inteligenteMara Schwingel

Oficina de Conselho EscolarRosemy Soares Marques

Participação do PGP/LIDERE no II ENPAERoberta Adorno Lima

Marli Raquel Dias Souza

Maria Ednalva Araújo Clemente

Cristiane Santos Brito

Ana Gilena Ferraz de Novaes Lisboa

Seminário Temático II promovido pelo PRADEMEudes Rodrigues da Silva

Noélia da Silva Souza Calmon

Reginaldo Pereira dos Santos Junior

Jaqueline Dourado do Nascimento

Lindnoslen Guelnete Costa Pinna

Maria Cleide de Sousa Mira

I Congresso Brasileiro de Extensão UniversitáriaDenise Abigail Britto Freitas Rocha

José Cláudio Rocha

XII Seminário de Integração PGP/LIDERE e IISeminário PEEFMarli Raquel Dias Souza

Seminário Internacional Violências nas Escolas-educação e cultura para a pazGilka Santana do Espirito Santo

Oficina Vivenciando a paz na escolaRoberta Adorno Lima

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Oficina de LeituraNatacha d’Almeida Monteiro

Oficina Prática Pedagógica: uma abordagem lúdicaGilka Santana do Espírito Santo

UNIVATES visita o PGP/LIDERERegina Maria de Sousa Fernandes

Artigos

Uma escola a altura de seu tempoReginaldo Pereira dos Santos Junior

Competência e compromisso superam barreirasEudes Rodrigues da Silva

Literatura Comentada

Sites Comentados

PGP/LIDERE Responde

Informativos

Fundação FORD comemora 40 anos no BrasilNoélia da Silva Souza Calmon

PGP/LIDERE frente e verso

Os Três conselhosAutor Desconhecido

Entre em contato

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Editorial

PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.2, n.3, p. 05-06, set./dez. 2002

Esta edição inicia-se com um

texto de Vitor Hugo que levará

o leitor a algumas reflexões so-

bre a vida.

No tópico Acontece no PGP/

LIDERE, a professora Maria

Lúcia Genem Assmar da Esco-

la de Belas Artes da Universi-

dade Federal da Bahia - UFBA,

dá dicas e sugestões de como

devemos nos preparar para apresentações em publico (trabalhos,

palestras e apresentação de monografias), aponta pontos básicos

para uma boa apresentação e frisa bem que o principal é o preparo

prévio (estudo do tema) por parte da pessoa que vai apresentar o

trabalho.

Posteriormente, Rosemy Soares Marques, estudante de pedagogia

da UFBA e estagiária do PGP/LIDERE, faz um relato sobre a realiza-

ção da Oficina de Conselho Escolar organizada pelo Projeto Escola

Efetiva (PEEF), que ocorreu no dia 17/10/02 no Centro de Aperfeiço-

amento Pedagógico de Salvador (CAPS).

A revista faz a síntese de alguns seminários e congressos realizados

por alguns órgãos ligados à educação como: a Associação Nacional

de Política e Administração da Educação (Anpae), o Programa de

Apoio ao Desenvolvimento da Educação Municipal (PRADEM),

Programa de Gestão Participativa com Liderança em Educação ( PGP/

LIDERE) e UNESCO.

EudesRodriguesda Silva1

1 Estudante de Geografia - UCSAL. Estagiário PGP/LIDERE. Email: [email protected]

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Apresenta artigos de estudantes de graduação como o artigo: Uma escola a

altura do seu tempo, de Reginaldo Pereira dos Santos Junior, estudante de

Pedagogia -UFBA que faz uma síntese dos estágios da aprendizagem humana,

trazendo um confronto com os avanços tecnológicos e a prática educativa

atual.

O artigo de Eudes Rodrigues da Silva, Estudante de Geografia da Universidade

Católica do Salvador (UCSAL), com o titulo Competência e compromisso su-

peram barreiras, relata a culminância de um projeto realizado em uma das esco-

las parceiras do PEEF, demonstrando que mesmo com todas as dificuldades

encontradas pelas escolas publicas do país é possível fazer uma educação de

qualidade a partir de um processo de democratização da escola.

Visando promover uma gestão democrática na educação, o PGP/LIDERE traba-

lha com o foco na melhoria da qualidade do ensino publico e, conseqüente-

mente no auxilio à formação das nossas crianças e jovens, para que possamos

ter uma nação mais justa e igualitária.


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Desejo a você

Víctor Hugo

(texto recebido via

e-mail 03/10/02)

“Desejo primeiro que você ame,E que amando, também seja amado.E que se não for, seja breve em esquecer.E que esquecendo, não guarde mágoa.Desejo, pois, que não seja assim,Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,Que mesmo maus e inconseqüentes,Sejam corajosos e fiéis,E que pelo menos num delesVocê possa confiar sem duvidar.E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.Nem muitos, nem poucos,Mas na medida exata para que, algumas vezes,Você se interpele a respeitoDe suas próprias certezas.E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,Mas não insubstituível.E que nos maus momentos,Quando não restar mais nada,Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,E que fazendo bom uso dessa tolerância,Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,Não amadureça depressa demais,E que sendo maduro, não insista em rejuvenescerE que sendo velho, não se dedique ao desespero.Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor eÉ preciso deixar que eles escorram por entre nós.


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Desejo por sinal que você seja triste,Não o ano todo, mas apenas um dia.Mas que nesse dia descubraQue o riso diário é bom,O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,Com o máximo de urgência,Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,Alimente um cuco e ouça o joão-de-barroErguer triunfante o seu canto matinalPorque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,Por mais minúscula que seja,E acompanhe o seu crescimento,Para que você saiba de quantasMuitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,Porque é preciso ser prático.E que pelo menos uma vez por anoColoque um pouco deleNa sua frente e diga "Isso é meu",Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,Por ele e por você,Mas que se morrer, você possa chorarSem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,Tenha uma boa mulher,E que sendo mulher,Tenha um bom homemE que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,E quando estiverem exaustos e sorridentes,Ainda haja amor para recomeçar.E se tudo isso acontecer,Não tenho mais nada a te desejar ".


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Sua apresentação vale dez

Como orientadora de trabalhos conclusivos em cursos de gradua-ção que exigem apresentação em seminário público, estou sempre

observando os diversos vícios de argumentações e de posturas dos

alunos. Na medida do possível tento corrigi-los, na esperança decontribuir para deixar os estudantes mais confiantes. Costumo falar

para os alunos que ter boas idéias é uma coisa, falar sobre elas é

outra...e também, que os bons projetos precisam ser passados parauma platéia sem muito temor.

Consultores especialistas em apresentações indicam o quanto énecessário se fazer uma leitura prévia consciente do que será

explanado, fazendo disso, o ponto de partida para explorar a própria

voz, acertar no volume, no tom, na velocidade. Também recomen-dam: reservar alguns minutos antes da apresentação para praticar

técnicas de relaxamento e exercícios de respiração para aliviar a

tensão: (inspirar e expirar profundamente é uma técnica simples eeficaz) ; mentalizar imagens positivas que aconteceram no decorrer

da fase de elaboração dos trabalhos; focalizar a atenção, escolhendo

aleatoriamente algumas pessoas na platéia, que passam a ser referên-cias, dando a sensação de que se estar falando para conhecidos;

não ter tanto receio em enfrentar objeções ou perguntas para as

quais ainda não se esteja preparado; deixar sempre excluídos osvícios da linguagem ("né", "tá"...).

Comum numa apresentação esperarmos encontrar a delimitação cla-ra do objeto de pesquisa, correção linguística, pertinência da

metodologia adotada e dos recursos utilizados, domínio de conteú-

do e relevância nas conclusões. Portanto, o máximo de pesquisa, deinformação e sinceridade devem servir de apoio à apresentação. Na

possibilidade de surgirem perguntas que não se está muito apto a

responder, não deve haver precipitação em correr o risco de passar

uma informação errada, (a resposta muitas vezes, deverá ser


MariaLúcia

GanemAssmar1

1 Professora nível Adjunto IV - Departamento de Expressão Gráfica e Tridimendional - Escola de BelasArtes/ UFBA.


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pesquisada, e dada posteriormente, até mesmo pelas vias das novas tecnologias,

nos correios digitais).

Pontos básicos para uma apresentação nota dez:

Faça um roteiro listando os pontos principais da apresentação; eviteficar lendo, dando a impressão de que não há preparo suficiente paraas defesas das idéias;

Explore a voz, evitando um tom linear para que a apresentação nãose torne monótona;

Adapte a linguagem ao público, esquecendo sempre as gírias e namedida do possível evite expressões em línguas estrangeiras;

Apresente-se falando da sua experiência, fazendo um rápido resu-mo do que vai ser abordado;

Use recursos audiovisuais, enriquecendo o conteúdo e passandouma imagem sintonizada com as novas tecnologias, com os temposatuais;

Evite uma postura estática, lembrando-se também que gesticulardemais sugere insegurança e desconforto desviando a atenção doassunto explanado;

Tente manter o rosto relaxado, sempre com uma expressão simpáticae de cordialidade, evitando assim intimidar a platéia;

A roupa e os acessórios nunca devem se sobressair demais;

Respeite o tempo previsto para a apresentação;

Prepare-se para as perguntas ao final. Espere ouvir elogios, críticasou pontos de vista contrários, mantendo sempre o bom humor;

Finalize a apresentação com algo marcante, pois o final de tudo oque foi dito é sempre muito mais observado.

Esses ítens podem garantir o sucesso de uma apresentação; outros, constam

dos cursos ministrados por consultores em comunicação verbal e marketingpessoal para quem precisa de mais ajuda para atuar nos diversos contextos da

comunicação.


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O desafio de ser talentoso e inteligente

A historicidade dos portadores de deficiência e sua base de amparo

legal têm desafiado os órgãos e entidades envolvidas, que lutam por

um tratamento digno a estes indivíduos que possuem características

específicas e que nem por isso podem e devem ser tratados de uma

forma diferenciada.

Vamos tratar do amparo legal do PPAH (Pessoa Portadora de

Altas Habilidades) no Brasil e de suas características. Elas estão

legalmente amparadas: do ponto de vista filosófico, tendo por

base a Declaração dos Direitos Humanos, a Declaração das Na-

ções Unidas (Declaração de Salamanca) e as Regras Padrões

sobre a Equalização de Oportunidades para Pessoas com Defici-

ências; do ponto de vista legal, a Constituição da República Fe-

derativa do Brasil (1988), mais especificamente no artigo 208 e do

ponto de vista pedagógico, fundamentando-se na Política Naci-

onal de Educação Especial (1994).

A superdotação caracteriza-se pela elevada potencialidade de apti-

dões, talentos e habilidades. Podemos identificar uma PPAH através

de traços comuns, como: grande curiosidade a respeito de objetos,

eventos ou situações; auto-iniciativa; talento incomum em artes,

música, dança e desenho; produção de idéias e respostas variadas;

aprendizado rápido, fácil e eficiente, especialmente no campo da sua

dotação; espírito crítico, capacidade de análise e síntese; impaciência

com detalhes e com as aprendizagem que requerem treinamento,

entre outros. Caracterizam-se por serem agitadas, extremamente

criativas e sedentos de conhecimento. Eles estressam pais e pro-

fessores com perguntas muito acima da média e podem ter um

desempenho escolar pior do que crianças sem superdotação.

MaraSchwingel 1

1 Pedagoga- UFBA. Especialista em Educação Inclusiva da UNIVATES. Vice-coordenadora PGP/LIDERE.


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O trabalho diário sobre uma habilidade conduz a melhoras e é necessário parao desenvolvimento de talento. Nas palavras do psicólogo Howard Gruber, que

estudou adultos criativos como Charles Darwin e Jean Piaget: "A prática não é

tudo, mas pode estar em toda parte." O desejo de trabalhar com persistência em

algo, praticar e explorar durante horas a fio, vem de dentro, não de fora. Tal motiva-

ção intrínseca ocorre quando há uma habilidade inata elevada e a vontade de

dominar tal desafio é típica de um talentoso.

Os pais que detectam uma superdotação em seu filho tendem a protegê-lo e o

instigam a ser sempre melhor, podendo provocar “stress”, desânimo e falta de

interesse naquilo que ele mais sabe, em virtude das pressões externas.

É importante valorizar esta habilidade que a criança desenvolve, mas é necessário

deixá-lo caminhar sozinho conforme seus desejos e seu interesse próprio, como

diz o provérbio popular: "O que se colhe cedo, apodrece cedo", justifica toda a

estrutura criada em cima da criança, podendo levá-la ao desengajamento do seu

talento pelas superexigências, pela dominação e privação emocional externos.

Por isso, os pais de crianças com alguma superdotação (alta habilidade), devem dar

mais liberdade a seu filho, proporcionando apoio e acompanhamento simultâneo.

Referência Bibliográfica

BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil.Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Plano Decenal de Educação para Todos. Brasília, DF: Ministério da Educaçãoe do Desporto, Secretaria de Educação Especial (SEESP/MEC), 1993.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, DF: Ministério da Educaçãoe do Desporto, Secretaria de Educação Especial (SEESP/MEC), 1994.

BRASIL. Subsídios para Organização e Funcionamento de Serviços de Educação Espe-cial - Área de Altas Habilidades, Série: Diretrizes, n.9. Brasília, DF: Ministério daEducação e do Desporto, Secretaria de Educação Especial (SEESP/MEC), 1995.

WINNER, Ellen. Crianças superdotadas- mitos e realidades. Porto Alegre:

Artmed,1998.


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Oficina de Conselho Escolar

Com o objetivo de apoiar a implementação do Conselho Escolar nasescolas municipais parceiras do Projeto Escola Efetiva: a equipegestora liderando o sucesso, foi realizada no dia 17 de outubro de2002, no Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico de Salvador - CAPSa Oficina sobre Conselho Escolar. A oficina foi ministrada pelosestagiários PGP/LIDERE, Eudes Rodrigues da Silva, Noélia da SilvaSouza Calmon e Rosemy Soares Marques e contou com a participa-ção dos representantes da Coordenadoria Regional de Ensino - CRESubúrbio, Secretaria Municipal de Educação e Cultura -SMEC eequipe PGP/LIDERE.

A atividade contou com a participação das equipes gestoras das20 escolas parceiras do Projeto Escola Efetiva: a equipe gestoraliderando o sucesso.

Durante a apresentação da oficina foi desenvolvida a seguinteagenda:

• apresentação dos mediadores;• leitura do objetivo da oficina;• momento da coordenação (Prêmio Aluno Criativo);• sensibilização: música "Sal da Terra";• tempestade de idéias;• fundamentação teórica;• atividade: "Construindo com as Borboletas";• intervalo;• fundamentação teórica;• situações-problema;

• avaliação e encerramento.

A oficina de Conselho Escolar teve grande relevância, pois possibi-litou a equipe gestora atualizar seus conhecimentos sobre o procesode democratização esolar, , a eleição da mesa coordenadora, a im-

portância, a composição, a função, as competências e normas de

funcionemento do Conselho Escolar.

RosemySoares

Marques1

1 Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.2, n.3, p. 13, set./dez. 2002

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Nos dias 5 e 6 de novembro de 2002, ocorreu o II Encontro de Pesqui-

sadores de Políticas e Administração da Educação (ENPAE) - com o

tema "Em busca de novas soluções para antigos problemas", sendo

promovido pela ANPAE - Associação Nacional de Política e Admi-

nistração da Educação, regional Bahia.

O evento foi realizado no auditório da Faculdade de Educação da

Bahia, da Instituição Olga Mettig, situada na Rua da Mangueira nº

33, Nazaré, Salvador-BA, com a participação de integrantes da equipe

PGP/LIDERE: Maria Áurea Santos Ribeiro, Soraia da Silva Sousa,

Jaqueline Dourado do Nascimento, Noélia da Silva Souza Calmon,

Cleonice da Silva Santos, Fernanda Santos Bastos, Ana Gilena Ferraz

de Novaes Lisboa, Maria Ednalva Araújo Clemente, Denise Abgail

Britto Freitas Rocha, Cristiane Santos Brito, Marli Raquel Dias Souza,

Roberta Adorno Lima, Mara Schwingel, Maria Cleide de Sousa Mira,

Daelcio Ferreira Campos Mendonça, Carmem Luciana Cardoso

Martins e Doralice Marques de Araújo Cerqueira.

A abertura do evento foi realizada pelo Prof. Nelson Wanderley

Ribeiro Meira, diretor da ANPAE - Sessão Bahia e Mestre em

Educação. Em seguida a Profª Katia Siqueira de Freitas fez um

breve relato sobre a ANPAE, fazendo considerações sobre seu

surgimento, objetivos e importância no meio educacional.


RobertaLima1 ,

MarliRaquel

Souza2,

MariaEdnalva

Clemente3,

Cristiane Brito4,

Ana GilenaLisboa5

FernandaBastos6

1 Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

Participação do PGP/LIDERE no II Encontro Estadual de

Políticas e Administração da Educação (ENPAE)


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Durante o Encontro foram debatidos e elucidados vários temas referentes ao cam-

po educacional, dentre as quais destacamos:

Professor e Liderança, ministrado por Katia Siqueira de Freitas, Ph. D. em Educa-ção e professora da Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universi-dade Federal da Bahia;

Plano de Desenvolvimento Escolar, ministrado por Doralice Marques de AraújoCerqueira, professora e Mestre em Educação, vice-diretora da ANPAE/BA;

Educação a Distância: vantagens e limitações, ministrado por Nelson WanderleyRibeiro Meira, professor, Mestre em Educação, diretor da ANPAE/BA;

O papel do gestor escolar, ministrado por Graziela Miranda, professora eMestre em Educação;

Usos e aplicações da Informática Educacional, ministrado por Alfredo Matta,

professor e doutor, vencedor do Prêmio Jovem Cientista - CNPq.

Houve também apresentações de mestrandos (Sônia Maria Moraes Ferreira, Luciene

Souza Santos Cerqueira, Briolângia Bispo da Cruz e Penildo da Silva Filho) e bolsis-

tas do PIBIC/CNPq (Daelcio Mendonça, Carmem Martins e Jaqueline Dourado) em

torno de questões referentes à área de educação.

O objetivo do Encontro foi discutir alguns temas relacionados ao contexto atual da

educação brasileira.

Ficou evidente que, no contexto atual da educação brasileira, existe uma necessidade

de desenvolver uma gestão democrática que venha a superar os modelos tayloristas

e fordistas da Administração Científica, implementando-se políticas públicas de

descentralização, mobilizando todos os envolvidos no processo educacional.

O evento foi rico em conhecimentos na medida em que proporcionou uma reflexão

sobre a prática e a possibilidade de ressignificação, desenvolvendo uma melhoria

da qualidade educacional.

O encerramento deu-se com uma homenagem ao professor José Newton Alves de

Souza, sócio da ANPAE há 40 anos.


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Nos dias 26 e 27 de setembro de 2002, a equipe do Programa Gestão

Participativa com Liderança em Educação (PGP/LIDERE), represen-

tada pelos estagiários Eudes Rodrigues da Silva, Noélia da Silva

Souza Calmon, Reginaldo Pereira dos Santos Junior, a bolsista PIBIC/

CNPq Jaqueline Dourado Nascimento, e as bolsistas Maria Cleide

de Sousa Mira e Lindnoslen Guelnete Costa Pinna participaram do

Seminário Temático II, que teve como tema: Formação inicial em

serviço de profissionais da educação: busca de uma nova qualidade

para a educação municipal? Promovido pelo Programa de Apoio ao

Desenvolvimento da Educação Municipal (PRADEM), realizado no

Auditório do Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria

Municipal de Educação e Cultura de Salvador (CAPS) - localizado na

Rua Rio Grande do Sul, 509 - Pituba, Salvador-BA e contou com a

participação de coordenadores de cursos de nível superior, profes-

sores e alunos egressos do curso supracitado.

Os trabalhos foram abertos com uma palestra proferida pela diretoraexecutiva da revista Nova Escola Guiomar Namo de Melo, que fez

uma bela explanação sobre a formação de profissionais da Educa-

ção, contextualizando o debate atual.

Após sua fala, abriu-se espaço para questionamentos sobre a temática

explicitada, quando a palestrante respondeu a todas as questões

com serenidade e segurança.


Eudes da Silva1

NoéliaCalmon2

ReginaldoJunior3

JaquelineNascimento4

LindnoslenGuelnete

Pinna5

MariaCleide

Mira6

1Estudante de Geografia - UCSAL. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] de Pedagogia - UFBA. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] de Pedagogia - UFBA. Bolsista PIBIC. E-mail: [email protected]óga - UFPE. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail: [email protected] - UFBA. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

Seminário Temático II - promovido pelo Programa deApoio ao Desenvolvimento da Educação Municipal(PRADEM)


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À tarde foram apresentadas propostas e experiências de formação inicial em

serviço de profissionais da educação com:

Sílvia Lúcia Soares - Coordenadora pedagógica do programa "Pedago-gia para professores em exercício" - apresentou a experiência da Univer-

sidade de Brasília;

Bernadete Biase- Coordenadora do projeto Magister- apresentou a

experiência da Universidade do Ceará;

Esmeralda Moura- Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância-

apresentou a experiência da Universidade Federal de Alagoas;

Maria Beatriz Mandelert Padovani - Pró-Reitora administrativa do Cen-

tro Universitário Hermínio Ornetto - apresentou a experiência da

UNIARARAS de São Paulo.

Após, houve um debate, momento em que a platéia fazia questionamentos sobre a

eficiência e eficácia desses cursos. Desta forma foi encerrado o primeiro dia de

atividades.

No dia 27, os trabalhos começaram com a apresentação de experiências de formação

inicial em serviço para profissionais de educação com as universidades baianas:

Norma Neide Q. Moraes - Coordenadora do Programa UNEB 2000,apresentou a experiência da UNEB;

Maria de Lourdes C. B. Cerqueira - Coordenadora do Colegiado delicenciatura para o ensino fundamental, séries iniciais, apresentou aexperiência da Universidade Estadual de Feira de Santana;

Nalva Nunes Neri- Diretora do Instituto Paulo Freire, em Manaus,apresentou o Projeto do Instituto Paulo Freire de Educação Superiore aproveitou o ensejo para solicitar parcerias para implantação doreferido curso no Estado da Bahia.

Maria Inês S. Carvalho - Professora do departamento de Educação II daFaculdade de Educação da UFBA -FACED, apresentou o projeto da

UFBA.


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Para finalizar o evento, foi concedido a alguns municípios baianos, um espaço

para que pudessem fazer uma explanação sobre a visão que têm dos cursos de

formação inicial para professores.

A professora municipal de Alagoinhas - BA, Clementina Lima Leal; a Secretária de

Educação do Município de Maracás - BA, Maria das Graças S. Costa; a diretora de

Ensino da Secretaria Municipal de Educação de Senhor do Bonfim - BA, Rita de

Cássia Braz Mello; a professora municipal de Santo Antonio de Jesus - BA, Fernanda

Karla de Santana Reis; deram seus pareceres sobre a eficiência e dificuldades do

curso de formação inicial de professor.

Em seguida, foi proferido o resumo dos trabalhos realizados pelo chefe de depar-

tamento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, profº. Arnon Andrade.

Esse seminário trouxe contribuições para um debate que nos últimos anos têm

permeado a área educacional, possibilitando aos participantes a discussão sobre o

tipo e a modalidade do curso, seus aspectos positivos e negativos, bem como das

instituições, para que possam analisar o que lhe convém, e assim tornar-se aptos

no cumprimento das exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-

LDB.


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O I Congresso Brasileiro de Extensão Universitária foi realizado no

período de 09 a 12 de novembro de 2002, no Espaço Cultural José

Lins do Rego em João Pessoa - Paraíba, com a temática "Universidade:

conhecimento e inclusão social".

O evento foi promovido pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das

Universidades Públicas Brasileiras e a Universidade Federal da

Paraíba com o objetivo de pensar, repensar, discutir, trocar experiên-

cias, propor alternativas e definir estratégias para os caminhos da

extensão Universitária no Brasil e ampliá-la como um fazer acadêmico

o qual sempre foi um desejo dos gestores, coordenadores, orientadores

e estudantes que compõem a comunidade universitária extensionista.

A partir da temática central do Congresso - Universidade: conheci-

mento e inclusão social - as instituições de Ensino Superior tiveram

a oportunidade de apresentar suas reflexões e práticas conquis-

tadas através do trabalho da Extensão, comprometido com o processo

de inclusão social como estratégia de conquista da Cidadania.

As instituições de Ensino Superior e a sociedade tiveram a dimensão

da Extensão Universitária, no que tange a inserção do conhecimento

como fator de inclusão e transformação social, promovendo, deste

modo, o intercâmbio e o aprofundamento a respeito da prática da

Extensão Universitária.

DeniseRocha1

JoséCláudioRocha2

I Congresso Brasileiro de Extensão Universitária

1Pedagoga - UNEB. Mestranda em Educação - UFBA. Líder de Cursos e Oficinas do PGP/LIDERE.E-mail: [email protected]

2Advogado e Economista - UFBA. Doutorando e Mestre em Educação - UFBA. Especialista em Adminis-tração Pública - UEFS. Bolsista do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


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A participação de todos que fazem Extensão Universitária, neste momento em que

se repensam e refazem os Projetos Pedagógicos das Instituições de Ensino

Superior, confirmou os significativos avanços da extensão como fazer acadê-

mico necessário à formação cidadã e ao conhecimento comprometido e social-

mente conseqüente.

Este momento foi de grande importância para avaliarmos e propormos alternativas

de como a universidade pode contribuir para a concepção e implementação de

políticas públicas de inclusão, nas suas mais diversas possibilidades de organiza-

ção social, capacitação profissional, iniciativas cooperativistas e associativistas,

que em última instância contribuirão para o enfrentamento da questão social no

país.

Referência Bibliográfica

CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. 1., 2002, João

Pessoa. Universidade: conhecimento e inclusão social. Editora Universitária UFPB,

2002.

LUBISCO, Nidia M. L.; VIEIRA, Sônia C. Manual de estilo acadêmico:monografias, dissertações e teses. Revisão de Isnaia Veiga Santana. Salvador:EDUFBA, 2002.


21


O PGP/LIDERE promoveu, no dia 19 de dezembro de 2002, no

Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria Municipal

de Educação e Cultura de Salvador - CAPS, o XII Seminário de

Integração das Escolas Públicas Parceiras do PGP/LIDERE e II

Seminário de Integração das Escolas Públicas Municipais Parceiras

do Projeto Escola Efetiva: a equipe gestora liderando o sucesso -

PEEF, objetivando integrar as escolas parceiras dos projetos e

socializar as atividades desenvolvidas pelos mesmos.

O Seminário foi mediado pela vice-coordenadora do PGP/LIDERE,

Mara Schwingel, contando com a colaboração entusiasmada do

aluno Iago da Silva Santos, estudante da Escola Municipal Paulo

Mendes de Aguiar, ajudando a conduzir as atividades desse mo-

mento importante e significativo para todos os parceiros presentes

que através da exibição de clipping de fotos poderam relembrar

atividades desenvolvidas nas oficinas durante o ano de 2002 com

as escolas parceiras dos dois projetos.

Em seguida, a professora Regina Maria de Sousa Fernandes coordenou

a mesa redonda composta por representantes das escolas parceiras do

PEEF. Essa ocasião foi marcada por depoimentos e agradecimentos à

atuação do PEEF durante o ano 2002.

O Seminário foi marcado por momentos de alegria, integração,

participação e homenagens. O primeiro homenageado foi o pro-

fessor Robert Verhine, diretor do Centro de Estudos

Interdisciplinares para o Setor Público (ISP). Dando continuida-

de a essa atividade o professor Robert Verhine homenageou o

MarliRaquel Souza1

1Estudante de Pedagogia UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


XII Seminário de Integração PGP/LIDERE e II Seminário

do Projeto Escola Efetiva (PEEF)

22

doutor Nigel Brooke, representante da Fundação Ford, o qual agradeceu as

escolas parceiras por acreditarem no trabalho que elas vêm realizando. Algu-

mas pessoas que se destacaram pela participação e freqüência às oficinas do

PEEF, foram homenageadas com trabalhos artesanais produzidos pela equipe

PGP/LIDERE.

Os talentos dos alunos, professores, pais, diretores e demais membros da equi-

pe gestora das escolas parceiras, foram apresentados e aplaudidos pelo públi-

co presente, que foram agraciados pela apresentação teatral realizada pelos

alunos da Escola Municipal Valdomiro Vieira sob o título "Violência e Paz na

Escola" mostrando para a platéia o mundo das drogas, principalmente, para os

adolescentes e jovens. Outra apresentação belíssima foi do coral da Escola

Municipal Esther Felix da Silva fazendo com que todos os presentes participas-

sem animadamente.

A hora do encerramento também contou com o talento da mãe de um aluno, Ana

Maria Santos, da Escola Municipal Mirantes de Periperi que recitou emociona-

da um poema tendo como mensagem um tema de Natal produzido pela equipe

PGP/LIDERE. Finalizando as atividades dessa tarde, a vice-coordenadora Mara

Schwingel agradeceu à presença de todos, desejando-lhes um Feliz Natal e

Próspero Ano Novo.

O sucesso desse Seminário deve-se à integração, movimentação, mobilização e

articulação da equipe PGP/LIDERE e a participação ativa dos alunos, gestores,

visitantes etc. O que traduz e expressa quanto um trabalho alcança bons resul-

tados quando feito em equipe.


23

A UNESCO promoveu no período de 27 a 28 de novembro de 2002,

no Hotel Nacional em Brasília, o Seminário Internacional "Violências

nas Escolas - educação e cultura para a paz" sob a coordenação do

Doutor Cândido Alberto Gomes, professor da Universidade Católica

de Brasília e contou com a presença de inúmeros representantes de

escolas públicas nacionais e internacionais, ONGs, associação de pais,

universidades e o Programa Gestão Participativa com Liderança em

Educação - PGP/LIDERE representado pelas estagiárias Cleonice da

Silva Santos, Gilka Santana do Espirito Santo e Roberta Adorno

Lima.

Esse evento teve como objetivo de relatar experiências exitosas que

vêm sendo desenvolvidas em diversos países para reduzir a vio-

lência nas escolas.

Os temas abordados foram: Encontrando alternativas para violên-

cias nas escolas: um panorama das experiências internacionais pe-

los professores Égide Royer (Universidade de Laval - Canadá);

Rosario Ortega Ruiz (Universidade de Sevilha- Espanha); Helen

Cowie (Universidade de Surrey Roehampton- Inglaterra) e Franco

Prina (Universidade de Turim- Itália). E Panorama da violência nas

escolas: o caso brasileiro pelos professores Miriam Abramovay

(Universidade Católica de Brasília); Maria Helena da Silva Ramos

(Colégio Estadual Guadalajara - Rio de Janeiro); Marileine da Silva

(Colégio Estadual Márcia Meccia - Bahia) e Miriam Maria da Paz

(Colégio Estadual Padre Nércio Rodrigues- Pernambuco). Os rela-

tos demonstram que estas escolas estão sendo abertas no finais de

Gilka do Espirito Santo1

1 Estudante de Administração - Fundação Visconde Cairu. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]


Seminário Internacional Violências nas Escolas- educaçãoe cultura para a paz


24

semana, para comunidades de baixa renda, disponibilizando espaços alternativos

oficinas e diversas atividades artísticas e culturais, que atraem os jovens, colabo-

rando para a reversão do quadro de violência e para a construção de espaços de

cidadania.

Nesta oportunidade, foi realizado o lançamento do Observatório de Violências nas

Escolas, uma parceria entre a UNESCO, a Universidade Católica de Brasília e a

Universidade de Bordeaux.

O referido Seminário Internacional Violências nas Escolas educação e cultura para a

paz, foi bastante produtivo para todos, porque adquirimos conhecimentos sobre a

temática violência no seu sentido mais amplo tanto no âmbito nacional quanto

internacional, proporcionando uma visão comparativa entre as diversas realidades

e encontramos alternativas para a implantação de uma cultura para a paz nas

famílias e nas escolas.


25

Oficina Vivenciando a paz na escola

O PGP/LIDERE promoveu no dia 21 de novembro de 2002, das 13h30

às 17h, no Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico de Salvador

(CAPS) a oficina Vivenciando a Paz na Escola, tendo como

facilitadoras as estagiárias Cleonice da Silva Santos, Gilka Santana

do Espirito Santo e Roberta Adorno Lima.

A oficina objetivou refletir sobre ações que visam promover uma

cultura de paz na escola e na família. O público alvo era composto

pelas equipes gestoras das escolas parceiras do Projeto Escola

Efetiva: a equipe gestora liderando o sucesso e representantes das

Coordenadoria Regional de Ensino- CRE do subúrbio.

Entre outras atividades, foi realizada a apresentação de uma mini-

peça com fantoches abordando o Estatuto da Criança e do Adoles-

cente, ECA, apresentando de forma lúdica aspectos importantes na

vida da criança. Ressaltando direitos e deveres assegurados pela

lei e que não são conhecidos por boa parte da comunidade. Investir

na criança é um dos caminhos em busca de uma cultura de paz.

É preciso educar as crianças e jovens com princípios éticos, morais e

de convivência pacífica, princípios norteadores da vida. Dirigindo-os

para o espírito de cooperação mútua porque se o educando permear-se

destes valores, a transformação da sociedade estará garantida.

Várias atividades foram realizadas durante a oficina, destacando-se

os jogos lúdico-pedagógicos ("Na trilha da paz" e "O que você

faria") que objetivando discutir questões do cotidiano impedem o

ser humano de trilhar um caminho de paz e, simultaneamente, de

propor mudanças. Agradou aos participantes.

1Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE E-mail: [email protected].


RobertaAdorno

Lima1


26

Nesta oficina, percebeu-se o quanto é importante discutir e refletir sobre a

realidade que nos cerca, voltando-se para a escola que é uma das instituições

mais afetadas com a violência.

A atividade foi muito proveitosa para todos, na medida em que possibilitou uma

reflexão sobre a necessidade de mobilizar e conscientizar todos os segmentos da

sociedade para trabalharem juntos na construção de uma cultura de paz na escola

e na família.


27

Oficina de Leitura

O PGP/LIDERE promoveu, nos dias 30 e 31 de outubro e nos dias26 e 27 de novembro de 2002, na sala de aula do ISP/UFBA, Ofici-

nas de Leitura, ministradas pelas professoras Agda Rocha da Cruz,

Denise Abigail Britto Freitas Rocha, Marli Raquel Dias Souza,Natacha d’ Almeida Monteiro e Regina Maria de Sousa Fernandes.

As Oficinas tiveram como objetivo incentivar o prazer pelaleitura, através de metodologias inovadoras. Essas oficinas

foram desenvolvidas através de metodologia dinâmica e

participativa, permitindo uma relação agradável da teoria com aprática, sendo possível por meio da exposição co-participada,

histórias e interpretações, dramatizações, jogos e trabalhos em

grupos. O público-alvo constava de professores atuantes nasséries iniciais do Ensino Fundamental e coordenadores pedagógi-

cos da rede pública e privada de ensino.

As oficinas de Leitura foram abertas por Denise Abigail Britto

Freitas Rocha, líder de cursos e oficinas do Programa Gestão

Participativa com Liderança em Educação.

Nas Oficinas de Leitura, entre os assuntos tratados, destacamos:o que é saber ler, a dificuldade na aprendizagem que surge pela

falta no domínio da fisiologia da leitura, a diferença entre ler em

voz alta e ler em voz baixa, como se constrói o sentido do objetoleitura, o que o bom texto apresenta e habilidades necessárias

aos alunos do Ensino Fundamental.

As Oficinas de Leitura tiveram um bom aproveitamento por par-

te do público-alvo. Os coordenadores e professores demonstra-

ram sat isfação e um grande entusiasmo para inovar a

metodologia com seus alunos.

1Estudante de Letras UNIFACS.Estagiária PGP/LIDERE.E-mail: [email protected]

Natachad' AlmeidaMonteiro1



28

O Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação- PGP/LIDERE promoveu, no dia 02 de outubro de 2002, na Escola EstadualCleto Araponga a oficina "Prática Pedagógica: uma abordagemlúdica", sob a coordenação das mediadoras Cáritas Vanucci BatistaSantos, Cleonice da Silva Santos e Gilka Santana do Espirito Santo,estagiárias do PGP/LIDERE.

A oficina teve como objetivo implementar a prática pedagógica doprofessor, possibilitando a reflexão sobre sua ação numa abordagemlúdica, tendo em vista a diversidade em sala de aula.

O trabalho realizado naquela tarde foi bastante proveitoso pois, houveuma participação ativa dos professores que durante a realização dasatividades comportaram-se como bons alunos, integrados que es-tavam na Oficina.

O trabalho foi desenvolvido ao som da música infantil “Direitos daCriança” e fundamentado com alguns artigos do Estatuto da Criançae do Adolescente - ECA.

A atividade seguinte foi realizada com o conto da história infanto-juvenil "O piquenique do Catapimba" de Ruth Rocha e em subgrupos,atendendo a proposta de trabalho, os professores, contaram a históriautilizando recursos didáticos: fantoches, cartazes, lápis coloridos, etc.

Durante a oficina os professores socializaram as suas experiênciasprofissionais, possibilitando a reflexão na sua prática docente e oenriquecimento de idéias para novas atividades.

Os resultados alcançados desta atividade puderam ser constatadosna avaliação realizada no final dos trabalhos que apontou pontospositivos em relação às dinâmicas, facilitadoras e objetivos propos-tos e colheu sugestões para o aprimoramento de futuras realizaçõesde oficinas.


Gilkado Espirito

Santo1

1Estudante de Administração - Fundação Visconde de Cairu. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

Oficina Prática Pedagógica: uma abordagem lúdica


29


ReginaFernandes1

1 Licenciada em Letras - UFBA. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

O Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação recebeu,

no período de 17 a 20 de setembro de 2002, as visitas das professoras

Norma Lai von Mühlen Einloft e Dalia Schneider. A primeira,

coordenadora dos Cursos de Formação Pedagógica de Docentes, e

Pós-Graduação em Gestão Educacional, a segunda,coordenadora

dos Cursos de Graduação em Pedagogia, Habilitação em Magistério

nas séries iniciais do Ensino Fundamental e, também, Magistério das

Matérias Pedagógicas do Ensino Médio. As referidas professoras

pertencem ao quadro de docentes da Univates-Centro Universitário,

localizado em Lageado, Rio Grande do Sul.

No dia 17/09, acompanhadas por integrantes do PGP/LIDERE, as

professoras visitaram a Escola Municipal Paulo Mendes de Aguiar,

uma das escolas parceiras do Projeto Escola Efetiva (PEEF) no

subúrbio ferroviário de Salvador, em Rio Sena.

No18/09, as professoras visitaram, ainda, em companhia de membros

do PEEF, a Escola Municipal Cleto Araponga pela manhã, e à tarde,

estiveram na Municipal Colina do Mar, participando das atividades

da Oficina sobre Liderança e Motivação. Ambas escolas ficam loca-

lizadas no subúrbio ferroviário de Salvador; aquela, em Periperi e

esta, em Paripe .

No dia 19/9, quinta-feira, quando acontecem as reuniões do PGP,

destinadas, principalmente,à avaliação dos trabalhos realizados

durante a semana no LIDERE, as professoras gaúchas participaram

das discussões da equipe do PGP/LIDERE e avaliaram a semana de

trabalho, sobretudo, a Oficina "Liderança e Motivação", acontecida

na Escola Municipal Colina do Mar.


Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior

(UNIVATES) visita o PGP/LIDERE

30

Elas evidenciaram o interesse e a boa receptividade das diretoras e também das

professoras das escolas visitadas pelo Projeto.Na mesma ocasião ressaltaram a

boa impressão que tiveram das crianças: alegres, limpas e participativas.

Além da programação educacional, às professoras não faltou interesse em ver as

fortes marcas da herança afro-portuguesa mostradas em cada canto da cidade: nas

rodas de samba, na dança de capoeira, no afoxé, legados estes, que nos deram os

africanos; e os sobrados com balcões, as casas com eiras e beiras, denotando ao

visitante o quanto podia o senhor seu dono. Também as seculares igrejas erguidas

em sua maioria por mãos negras que atravessaram o Atlântico, e ajudaram a terra

desconhecida a formar um povo.Foram muitas as histórias ouvidas pelas visitantes

nas subidas e descidas das ladeiras,no passar das estreitos becos e ruas em fim de

tardes quentes ou noites frescas.


31

Artigos

Uma escola a altura de seu tempo

Resumo : Este artigo faz uma síntese dos estágiosde aprendizagem humana, a partir da concepçãointeracionista, confrontando os avanços científi-cos/tecnológicos da nossa sociedade, da informaçãoe da tecnologia, com a prática educativa atual.

Palavras-chave : aprendizagem; ensino; conheci-mento; autonomia.

Este artigo tem a intenção de refletir sobre o processo de aprendi-

zagem humana, seus estágios e características, confrontando-o com

o ensino escolar oferecido hoje, numa sociedade da informação e

tecnologia, quando rápidos avanços tecnológicos e científicos

acontecem diariamente transformando a nossa maneira de viver,

ver e aprender.

Tomando por base os recentes avanços e descobertas das teorias

psicogenéticas, que se propõem a demonstrar a gênese do conheci-

mento e a relação entre o indivíduo e o saber - do ponto de vista de

quem aprende -pode-se subdividir a experiência humana da constru-

ção do conhecimento em três grandes estágios de aprendizagem:

O primeiro estágio é iniciado com o nascimento humano, pois a

criança nasce aprendendo: explorando as coisas, tocando, pegando,

colocando objetos na boca, balbuciando. É uma aprendizagem expe-

rimental e prazerosa, na qual aprender é uma diversão e a diversão é

uma aprendizagem auto-dirigida pela própria criança. Embora ela sofra

influência das pessoas, o processo está acontecendo e sendo con-

duzido por ela. Esse estágio começa a entrar em declínio e a ser finali-

zado quando a criança começa a indagar e fazer perguntas sobre as

Reginaldodos Santos

Junior 1

1Estudante de Pedagogia - UFBA, Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


32

coisas que estão fora do seu alcance, quando ela deseja conhecer e ver um mundo

muito maior, fora do seu "domínio experimental", não mais ao alcance das suas mãos

e esse modelo de aprendizagem (experimental) não consegue mais atender as suas

expectativas e ansiedades de conhecimento e entendimento. São os "porquês"

sem fim...

Pode-se dizer que o fim do primeiro e o início do segundo estágio no qual, de

acordo com Seymour Papert, a criança deixa de aprender para aceitar ser simples-

mente ensinada, atinge o seu auge na escola, onde os livros e professores são as

únicas fontes de saber. É justamente neste ponto, a princípio paradoxo, que a

maioria dos filósofos da educação criticam a atuação da escola: os modelos de

escola que temos, hoje, retiram e sufocam a autonomia da criança em seu processo

de construção de conhecimento, pois ela não só aceita a ser ensinada, mas também

a ser transformada, segundo Paulo Freire, num mero "depósito" de conhecimentos,

sem questioná-los ou recriá-los, vítima de uma "educação bancária".

A experiência vivida pelas crianças no segundo estágio pode ser comparada à

experiência de um jovem passarinho que depois de alguns meses de vida em seu

habitat natural, lutando pela sua sobrevivência, voando e caçando o seu próprio

alimento, é capturado e confinado numa gaiola durante anos, recebendo comida e

água em sua pequena cela. Se esse pássaro domesticado e aprisionado, cuja auto-

nomia de sua sobrevivência lhe foi retirada, fosse libertado novamente em seu

antigo habitat, ele sobreviveria? Conseguiria superar e vencer a feroz e competitiva

vida na selva? Talvez.

Da mesma forma que pouquíssimos pássaros, domesticados durante anos, conse-guiriam retomar à vida em seu habitat natural, poucas pessoas conseguem - após

anos dentro de uma "escola gaiola" - reavivar o prazer e a autonomia de aprender.

O terceiro e último estágio é caracterizado por uma aprendizagem criativa, livre eoriginal. É uma espécie de retorno ao primeiro estágio e ele é formado pelos sobrevi-

ventes do segundo estágio, pelas pessoas que - apesar do tipo de educação que

receberam - descobriram um jeito de viver com criatividade, são semelhantes àscrianças que exploram tudo e com autonomia, sem esperar que alguém lhes diga o

quê e como fazer, se autodirigem, descobrem novos horizontes e tornam-se cida-

dãos e profissionais críticos e inovadores "dentro dos laboratórios, nos seminários

de filosofia, artistas, empresários, jornalistas..." (O FUTURO da escola, 1995).


33

Esta análise nos permite perceber uma primeira contradição: A grande maioria dasescolas apresentam nos seus Projetos Pedagógicos, como uma de suas principais

missões, a formação de um cidadão crítico e criativo. No entanto, o modelo de

educação que as escolas oferecem tende a fazer justamente o inverso: formampessoas que não questionam e se deixam levar por qualquer caminho, pessoas que

estão sempre esperando um direcionamento preciso do que o professor quer e

espera (que tipo de assunto vai cair na prova, como o professor quer que o seminárioseja apresentado etc.), pessoas que ao invés de aprender são simplesmente ensinadas.

Os alunos passam a ser, desde a pré-escola, acostumados e condicionados a sempre

esperar e seguir um modelo, sem o qual nada fazem, pois a maior nota será alcançadapor aqueles que dele mais se aproximarem. Aprender, neste caso, não representa

mais conhecer, descobrir o desconhecido, mas significa enquadrar-se ao modelo

adotado para tirar a melhor nota possível.

Apesar de o ensino2 ser indispensável, pois ele é o resultado da sistematização do

que foi aprendido experimentalmente e cumpre junto com a escola a missão de "dar

conhecimento do conhecimento já existente e produzir novos saberes" (O FUTUROda escola, 1995), é necessário fazer com que as pessoas na escola aprendam muito

mais do que sejam ensinadas. Em outras palavras: é necessário que o aluno seja

protagonista no seu processo de aprendizagem e não apenas coadjuvante. O edu-cador de hoje deverá assumir uma nova postura dentro do triângulo Educador -

Conhecimento - Aluno.

Essa mudança de postura do educador e do próprio papel da escola é necessária

principalmente porque os alunos de hoje trazem para a sala de aula outras expecta-

tivas e anseios:estão acostumados a aprender através dos sons, das cores; atravésdas imagens fixas nas fotografias, ou em movimento, nos filmes eprogramas televisivos. Aprendem através de processos em que exis-tem interações totais entre o plano racional e o afetivo. O mundodesses alunos é polifônico e policrônico. É cheio de cores, imagense sons (KENSKI, 1996).

O mundo realmente mudou, vivemos numa sociedade da informação e da tecnologia

e a escola com seus professores não são mais os únicos e exclusivos detentores do

2 O ensino não pode ser menosprezado de forma alguma e o seu altíssimo valor é incontestável. O que se critica neste artigo são

os desvios e equívocos da sua prática que a escola tem feito, o que na verdade representa um dos principais equívocos do 2º estágio.


34

conhecimento. A quantidade, facilidade e variedade de informação, a que as criançase adultos estão diariamente expostos, tendem a forçar e levar a sociedade a repensar

o modelo de escola que o mundo de hoje precisa. Não há mais espaço para a

dicotomia entre a cultura social e a cultura escolar, em que aluno e professor têmque mudar de comportamento para participar do "culto - escolar", aliás, até os

cultos religiosos estão em constante renovação. A escola não é só um ambiente

para a preservação da tradição cultural, mas também local de produção e transfor-mação dessa cultura.

Enfim, existe uma real incompatibilidade entre o ensino oferecido pela escola e oprocesso de aprendizagem percorrido pelo aluno. A escola está atendendo um

aluno (e uma sociedade) com um perfil bem diferente daquele que ela está preparada

para trabalhar. Portanto, é imprescindível colocar a escola à altura de seu tempo,sob pena dela ser aterrada e extinta. A cultura escolar não pode e nem deve ser -

como até então tem acontecido - vista como algo cristalizado, mas deve ser dinâmica

e criativa, ou em breve se tornará objeto de estudo dos antropólogos. É precisorefazer a escola, corrigir seus desvios e equívocos, colocá-la contemporânea do

nosso século. A escola precisa ser reconstruída. Essa é a tarefa que o mundo

espera dos profissionais da educação do século vinte e um, e ela só será concreti-zada se for realizada por todos aqueles que participam do seu processo: diretores,

coordenadores, professores, alunos, pais de alunos...

Referência Bibliográfica:

KENSKI, Vani Moreira. O ensino e os recursos didáticos em uma sociedade. In: VEIGA,

Ilma Passos Alencastro (Org.) Didática: O ensino e suas relações. 5 ed. São Paulo:

Papirus, 1996.

O FUTURO da escola. Produção da TV PUC de São Paulo. Coordenação de Gabriel

Priolli e Eduardo Ramos. São Paulo: PUC, 1995. 1 fita de vídeo (50 min), VHS, son.,

color.[Debate entre Paulo Freire e Seymour Papert]

Sites Consultados:

http://www.ufba.br/~pretto/textos/jb281199.htm

http://www.senac-nacional.br/boletim/boltec263c.htm


35

Resumo : Este artigo traz a síntese das atividadesocorridas durante a culminância do projeto MeioAmbiente desenvolvido de forma brilhante pela equipegestora: professores, funcionários e alunos da EscolaMunicipal Agripiniano de Barros, demonstrando-secomo é possível proporcionar uma educação de quali-dade, mesmo com todas as dificuldades enfrentadaspelas escolas públicas do país.

Palavras-Chave : Alunos; Competência; Equipe.

A Escola Municipal Agripiniano de Barros está localizada na rua

Pedro Lopes, 34 no bairro de Praia Grande, subúrbio ferroviário de

Salvador, e como tantas outras, do Brasil, sofre com todos os problemas

existentes nas instituições de ensino público. Atende a alunos do CEB

(Ciclo de Estudos Básicos), 3ª e 4ª séries, aceleração e EJA (Educação

para Jovens e Adultos) distribuídos nos três turnos.

Fundada na rua da Frente, conhecida como rua das Palmeiras, no

mesmo bairro, no ano de 1949, a escola funcionava em um cômodo

da casa do Sr. João Vieira, um morador local. De sua formação até

1961 era intitulada Escola Pública de Praia Grande; em 1962, foi

transferida para o seu endereço atual, uma casa construída para este

fim por um irmão de uma de suas professoras. Isto proporcionou maior

número de salas de aula surgindo, também, a necessidade de ampliar

sua administração. Foi nomeada como sua primeira diretora a profes-

sora Abigail Carvalho Pinheiro. Posteriormente, cogitou-se um nome

para a escola, então um inspetor escolar a batizou com o nome do

seu ex-professor, o saudoso Agripiniano de Barros, que lecionava

Artigos

Eudesda Silva1

1 Estudante de Geografia - UCSAL. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

Competência e compromisso superam barreiras


36

música, desenho e arquitetura no Imperial Liceu de Artes e Ofícios e foi diretor de

vários cursos do Arsenal de Guerra, extinto em 1897.

A atual equipe gestora da escola é composta pela diretora Suélia Ribeiro Queirós e

a vice-diretora professora Alaíde de Jesus Andrade, que apoiadas pelo corpo

docente e funcionários têm dinamizado e melhorado o ensino da entidade. No mês

de abril de 2002, a escola assinou uma parceria com o Projeto Escola Efetiva: A

Equipe Gestora Liderando o Sucesso - PEEF, um convênio do Programa Gestão

Participativa com Liderança em Educação PGP/LIDERE e a Secretaria Municipal de

Educação e Cultura de Salvador - SMEC, assim passou a ser acompanhada mensal-

mente e a receber apoio pedagógico da equipe PGP/LIDERE.

No dia 29 de agosto de 2002, a diretora Suélia Ribeiro Queirós entrou em contato

por telefone com o estagiário do PGP/LIDERE, Eudes Rodrigues da Silva, que

acompanha a escola pelo PEEF, pedindo-lhe que se possível participasse da culmi-

nância do Projeto Meio-Ambiente desenvolvido por sua equipe e aplicado na

entidade desde a primeira unidade, este fato aconteceria no dia seguinte e contaria

com a apresentação de trabalhos dos alunos da referida instituição de ensino.

O Projeto Meio-Ambiente tem como proposta trabalhar as áreas do conhecimento,

proporcionando a implantação da interdisciplinaridade que favorecerá à ampliação

dos conhecimentos do aluno e à formação da consciência de cidadania, que lhe

dará uma visão crítica sobre os problemas ambientais existentes na localidade em

que vive, no estado, no país e no planeta de forma geral.

Para atender às ações pedagógicas durante a aplicação do projeto, tornou-se

necessário a divisão dos conteúdos em subtemas, respeitando as etapas de

aprendizagem de acordo com as séries atendidas na escola. Estes subtemas têm

o objetivo de acrescentar no decorrer de cada bimestre os conhecimentos sistema-

tizados, priorizando a contextualização das áreas de conhecimento. Durante a apli-

cação dos temas são feitos trabalhos de conscientização com os alunos.

Seguindo o tema Meio-Ambiente, foram apresentados os trabalhos referentes ao

bimestre julho/agosto, que se dividirá no subtema "Seres Vivos".


37

Coordenados pela professora Norma Souza dos Santos, os alunos do CEB utilizan-

do-se de materiais simples como papel metro, papel ofício e lápis de cera, desenharam

uma árvore destacando suas partes (raiz, caule, folha, flor e fruto), explicando suas

funções para a sobrevivência da planta, e a sua utilização pelo homem.

A professora salientou que durante a unidade vinha trabalhando com as crianças

algumas apostilhas sobre as partes separadas das plantas, explicando sua funcio-

nalidade, passando as informações de forma que elas entendessem, até chegar ao

ponto em que todos soubessem a importância de cada parte para a sobrevivência

daquele ser vivo.

Após esta apresentação, todos se deslocaram para o andar térreo onde as crianças

de outra turma do CEB apresentaram-se, segurando cartazes com desenhos de

animais como: abelhas, minhocas, bichos da seda e outros, explicaram sua função

na natureza e como os seres humanos os utilizam para diversos fins. Na mesma

sala, estavam expostos os trabalhos de artesanato em barro produzidos por alunos

da 3ª série B. Dando seqüência, os alunos da professora Inêz Drumont Souza que

leciona na 4ª série, apresentaram a cadeia alimentar; os estudantes do curso de

aceleração que é ministrado pelo professor Jonas Barbosa, encenaram uma pequena

peça teatral contando a estória "A Lenda da Cigarra e das Formigas".

Salientamos que todos os trabalhos citados neste artigo foram elaborados e execu-

tados de uma forma muito simples, mas com muita competência pela equipe da

Escola Municipal Agripiniano de Barros, que de todas as formas tenta manter o

foco de suas atividades na missão preestabelecida na Proposta Pedagógica, Regi-

mento Escolar e PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola) que é formar cidadãos

críticos e conscientes.

Como essa escola atende às comunidades de baixa renda, seus alunos apresentam

dificuldades diversas como: falta de alimentação, má assistência de pais ou

responsáveis; problemas familiares, e outras, que refletem na aprendizagem;

para sanar este empecilho uma das medidas tomadas é a de proporcionar aulas

dinâmicas que despertem nas crianças o desejo de estudar.

Um fato curioso é que alguns professores acabam "adotando" alunos causadores

de problemas. Quando se percebe que a criança está provocando distúrbios


38

demasiados, a equipe coleta informações com vizinhos e até faz visitas às casas

das crianças com o objetivo de elaborar um histórico da vida deste aluno. Como

vive? Com quem? Sofre alguma repressão? Ou outros fatores que podem alterar

sua convivência com a comunidade escolar. A partir destas informações trabalha-se

de forma diferenciada e, segundo o depoimento de alguns professores quase

sempre o que resolve este problema é um pouco mais de carinho dos professores

e a demonstração de que todos são importantes e têm seu valor.

Em casos extremos a diretora chama os pais para conversar, sobre suas ações,

direitos e deveres em relação à responsabilidade para com os seus filhos, o que

também tem dado bons resultados, e resolvido algumas questões de descaso de

pais ou responsáveis.

No noturno, a escola implantou o projeto "Não à Evasão, Sim à Criação" para

combater o abandono, nele são promovidas a socialização e a valorização pessoal

do educando, através de atividades lúdicas e sistematizadas, como: educação física,

culinária e palestras cujos temas são escolhidos pelos estudantes. Um dos últimos

temas escolhidos foi a AIDS e para surpresa dos alunos, a equipe gestora conse-

guiu uma portadora do vírus HIV que trabalha fazendo seminários e palestras para

falar com os estudantes. A direção da escola sempre tenta atender aos pedidos da

melhor forma possível e é este trabalho que vem conseguindo estabilizar o índice

de evasão e visa recuperar os alunos que desistiram antes da implantação do

projeto PEEF.

O ponto-chave para que a escola tenha um desempenho tão bom é que a equipe

gestora mostra-se aberta para diálogos e escuta as opiniões dos professores,

funcionários e alunos que por sua vez sentem-se à vontade para se expressar

dando condições necessárias para que se tenha uma boa comunicação.

Na parede de uma das salas da escola destaca-se uma cartolina com a seguinte

frase: "Como é árduo o caminho e longa a caminhada para quem não quer andar",

José Hermógenes

A Agripiniano de Barros não quer mais andar, está começando a correr!


39

Esta obra de Kebengele Munanga, professor de

Antropologia da USP, está dividida em onze ca-

pítulos que contam como o racismo se apresenta

na cultura brasileira ao longo da nossa história.

O autor trabalha com os estereótipos utilizados

nas estórias ou contos dos livros didáticos, em

que na maioria das vezes o negro representa grupos

desprivilegiados ou que apresentam atitudes negativas.

Aproveitando sua formação em antropologia, o autor conta

como foi formada a população afro-descendente no Brasil, e

cita algumas curiosidades da nossa cultura. Chama a atenção

para a falta de divulgação e a necessidade de estudarmos

nossas raízes.

Mostra como os personagens negros da nossa literatura

infanto-juvenil são apresentados, e como, ainda hoje, são

"escravizados como escravos" nas estórias e cita trechos de

alguns livros como: O Pássaro Azul, Em Busca da Liberdade

e O Negrinho Ganga Zumba.

Denota a mistificação da empregada doméstica negra e sempre

apresentando um ar de pessoa sem cultura e às vezes boba.

Quando relata as obras de Monteiro Lobato destaca o papel

de Tia Nastácia nas primeiras versões de Narizinho Arrebita-

do de 1920 e na primeira versão de O Pica-Pau Amarelo de

Eudesda Silva1

1 Estudante de Geografia UCSAL. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]

MUNANGA, Kabengele. Superando o racismo na escola . Brasília, DF:

MEC, 2001.

Literatura Comentada


40

1955, quando a personagem aparece sempre discriminada pela

boneca Emília e outros personagens.

Após o apanhado histórico, Munanga trabalha formas de

combater o racismo na escola fazendo um trabalho de

conscientização dos alunos.

Nos últimos capítulos, Kabengele Munanga fala sobre a

geografia e os negros brasileiros, e trabalha com mapas e

rotas do tráfico negreiro e o contexto atual do negro no Bra-

sil.

Usa alguns textos e frases do Geógrafo e Sociólogo baiano

consagrado mundialmente, Dr. Milton Santos, falecido em

2001.

Com certeza é uma leitura que contribuirá na formação dos

educadores no que diz respeito a um tema tão polêmico e tão

inerente à população brasileira.

"A grande aspiração do negro brasileiro é ser tratado como um homem comum".

Milton Santos

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina .

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

Esta obra é uma das mais lidas do renomeado Escritor Eduar-

do Galeano e está na sua 40ª edição, não deixando de ser

atual, apesar de ter começado a ser escrita no início dos anos

70. O prefácio do livro na versão americana é assinado pela

Escritora Isabel Allende, autora de vários "best-sellers" in-

clusive: "A Casa dos Espíritos". Allande reforça uma das

frases muita vezes dita por Eduardo Galeano "Vale a pena

morrer por uma coisa sem a qual não vale a pena viver".


41

É um livro que com certeza levará o leitor de volta ao tempo

para que ele apague de sua memória todas as mentiras e

fábulas sobre a colonização da América Latina e refaça seus

pensamentos, colocando no lugar das estórias uma história

real baseada em árduos anos de pesquisas e exílio.

Traz em seu corpo a mais pura verdade de como fomos, so-

mos e, se não tomarmos consciência dos nossos direitos,

sempre seremos explorados pelos "donos do mundo".

Conta a história dos Maias, Incas e Astecas e de outras na-

ções indígenas da América Latina que foram dizimadas pelos

espanhóis, ingleses e portugueses, como já sabemos, mas

para isso relata fatos que nossos livros de história escondem.

É uma leitura que nos leva a refletir sobre os problemas que

vivemos, hoje, e suas causas a 200, 300, 400 anos atrás. Fala

de globalização e de neo-liberarismo em uma época em que

estas palavras nem existiam, e mostra a verdade sobre a guer-

ra do México contra os EUA, o embargo a Cuba, os conflitos

na Venezuela, Argentina, Colômbia, a exploração no Brasil e

em outros países.

Enfim, é uma obra que vai levar o leitor às causas e ao

centro de vários conflitos atuais, deixando-o a par de todas

as tramóias que movimentam as engrenagens do capitalismo

mundial. Por isso, se querem saber um pouco da verdade

leiam AS VEIAS ABERTAS DA AMERICA LATINA.

Eudes da Silva1


1 Estudante de Geografia UCSAL. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]

42

O livro aborda o tema da avaliação escolar, em que o autor

mostra o processo avaliativo tradicional que tem por fun-

ção a classificação, e prioriza a dimensão do aprovar ou

reprovar, esquecendo do aprendizado do aluno. Por isso,

Vasconcellos promove a reflexão, discussão e

aprofundamento por parte do leitor sobre a problemática

da avaliação.

O autor tem por objetivo chamar a atenção da sociedade

sobre a avaliação escolar, precária, existente, podendo

transformar os métodos e técnicas de avaliação, buscando

ampliar suas idéias no sentido de propor esquemas de

mudança para uma ampliação imediata. Porém, assina-

lando harmonia com as grandes preocupações, que é a

tomada de consciência e coragem de promover mudanças

sobre a questão da comodidade social.

Para isso, é proposto que o problema da avaliação seja

encarado dentro do contexto escolar e que passe a ad-

quirir e processar evidêndias necessárias para melhorar o

ensino e a aprendizagem; acabando com as provas

classificatórias e, logo com a imposição de valores com a

alienação e a competição, contibuindo assim, para com a

disseminação desses pensamentos, para a construção só-

lida de uma sociedade mais democrática.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação : concepção dialética libertadora

do processo de avaliação escolar. São Paulo: Lidertad. (Cadernos Pedagó-

gicos do Libertad; 3).

CristianeBrito1

1 Estudante de Pedagogia UFBA.Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


43

Neste livro, o consultor mundial Philip Crosby traz alguns

princípios sobre liderança, apresentando uma série de rotei-

ros que deve ser seguido para se chegar a uma liderança

eficaz. O livro está dividido em onze capítulos, o qual aborda

os seguintes aspectos: definições sobre liderança, perfil de

liderança, princípios absolutos de liderança, o líder e as fi-

nanças, o líder e a qualidade, o líder e os clientes, o líder e os

fornecedores, o líder e os funcionários e o líder e os superio-

res.

Dentro dessas abordagens, o autor busca mostrar que a lide-

rança é o resultado das ações conduzidas por um indivíduo

que esteja disposto a desenvolver um trabalho árduo, desen-

volvendo suas próprias habilidades para uma liderança de

elevada qualidade. Para isso, ele exerce distintos estilos que

poderão ajudar no desenvolvimento pessoal, como também

impedir que os trabalhos desenvolvam-se progressivamente.

Ele também discute o papel dos líderes nas finanças da em-

presa, na qualidade, na negociação com os clientes, com os

fornecedores, com funcionários e superiores. Além de afirmar

que os verdadeiros líderes devem promover o empenho indi-

vidual das pessoas, já que seu sucesso não depende de títu-

los, mas das escolhas que são feitas e dos valores que se

acredita.

RosemyMarques1

1 Estudante de Pedagogia UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. e-mail: [email protected]


CROSBY, Philip. Princípios absolutos de liderança .Tradução Roger David

Frankel. São Paulo: MAKRON Books, 1999.

44

A reflexão político - pedagógica é o cerne da discussão pro-

posta no livro, o que garante o equilíbrio do conjunto de

textos escritos no decorrer de 1992 e discutidos em reuniõesrealizadas, ora no Brasil, ora fora dele, com exceção do texto

"Alfabetização como elemento de formação da cidadania",

escrito em 1987.

Ao discutir os temas presentes nesta obra, Paulo Freire assu-

me uma posição pós - moderna progressista, considerandoque nenhum discurso é neutro e, portanto, depende da posi-

ção política de quem o faz. E ainda que a pós - modernidade,

sobretudo progressista, faz-se radical ao recusar a"domesticação" do tempo, reconhecendo a importância do

papel da subjetividade na História e atuando político peda-

gogicamente no sentido de fortalecer aquela importância. Olivro traz os seguintes temas: Educação permanente e as

cidades educativas, Educação de Adultos hoje. Algumas

reflexões, Anotações sobre unidade na diversidade, Educaçãoe Qualidade, Alfabetização como elemento de formação da

cidadania, Do direito de criticar, Do dever de não mentir, ao

criticar, Educação e Participação Comunitária, Ninguémnasce feito: é experimentando-nos no mundo que nós nos

fazemos, Educação e Responsabilidade, Escola Pública e

Educação Popular e Universidade Católica - reflexões emtorno de suas tarefas.

Como todas as obras de Paulo Freire, também esta não sepropõe a dar certezas, respostas, receitas a serem seguidas

mas, ao contrário, provocar, suscitar indagações e questões

que permitam ao (s) leitor (es) compreender criticamente aHistória e a Educação.

FernandaBastos1

1Estudante de Pedagogia-UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]


FREIRE, Paulo. Política e educação . São Paulo: Cortez, 1995

45

Este livro pretende ser muito prático. Destina-se a homens e

mulheres que têm necessidade premente de dinheiro e que

almejam obter a riqueza que a vida lhes reserva.

É indicado para todos aqueles que visam resultados imedia-

tos e que estão desejosos em aplicar as técnicas simples e

objetivas nele expostas pormenorizadamente. O leitor irá mer-

gulhar nos princípios fundamentais das leis da mente, sem as

quais, conforme o autor, Joseph Murphy, não seria possível

alcançar a prosperidade de que o mundo reserva às pessoas

com plena capacidade de interiorização dos fatos positivos,

ou seja, pessoas com riqueza interior.

O livro se baseia no exercício do poder do subconsciente,

para tanto, o autor recorre a relatos de pessoas bem sucedi-

das na vida que colocaram em prática o poder da mente em

atrair aquilo que elas desejavam, justamente, para comprovar

que é possível captar vibrações positivas e, mais ainda, usar

essas vibrações em benefício próprio.

Com certeza o livro "1001 maneiras de enriquecer" levará você

a ser uma pessoa rica material e espiritualmente. Não perca

tempo, leia-o.

JoséRaimundo

de Almeida1

1 Estudante de Biblioteconomia-UFBA. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


MURPHY, Joseph. 1001 maneiras de enriquecer . 21.ed. Rio de Janeiro:

Record, 1995.

46

Este é um maravilhoso livro escrito por Voltaire, uns dos mai-

ores filósofos do mundo. Um intelectual combativo e um

homem combatido. Um filósofo que viveu no século XVII eque marcou a sua época não aceitando as injustiças e comba-

tendo-as com a força da pena.

Este livro, "Cândido ou O otimismo" foi publicado em 1759,

sendo mais uma obra-prima de Voltaire. Corriam pela Europa

as idéias de Leibniz, o filósofo alemão; segundo ele, o homemvivia no melhor dos mundos possíveis. Voltaire era um pes-

simista; ficaria feliz com o progresso do mundo.

A narrativa gira em torno de Cândido, que é expulso do caste-

lo do seu protetor (o tio, o barão do castelo) e vê-se obrigado

a enfrentar a vida sozinho. Conhece a infelicidade e a injustiça.Mas, o Dr. Pangloss, seu mestre e uma caricatura de Leibniz,

sempre o convence de que ele deve ficar feliz porque as

coisas sempre acontecem da melhor maneira possível.

Ao longo dessa narrativa, Voltaire, também, critica duramente

certos elementos do clero, que se aproveitavam da posiçãoimportante da Igreja nesse tempo para praticar abusos e ob-

ter benefícios pessoas.

O livro é empolgante e filosófico, uma sátira. Centrado nas

aventuras de Cândido e nos debates do seu mestre Pangloss,

que o tenta convencer de que tudo vai bem, melhor não po-dendo ser, apesar das situações deprimentes que ambos pas-

saram na vida. Como dizia Pangloss: "...Quanto mal houver,

bem melhor as coisas vão..." e, assim sustentava essa idéia.

JoséRaimundo

de Almeida1


VOLTAIRE, Franceis - Marie A. de. Cândido ou o otimismo . São Paulo:

Scipione, 1985.

1 Estudante de Biblioteconomia - UFBA. Estagiário PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

47

Escrito por um dos mais bem conceituados escritores e edu-

cadores, este livro analisa a relação entre educação e política,

tendo mais de 155.000 (cento e cinqüenta e cinco mil) exem-

plares vendidos.

Saviani começa seu livro levantando questões de dois gru-

pos mais ou menos antagônicos. O primeiro grupo: Teorias

não-críticas, classificadas como a Pedagogia Tradicional,

a Pedagogia Nova e a Pedagogia Tecnicista).

No segundo grupo: Teorias Crítico-Reprodutivistas, subdivi-

didas em teoria de sistema como violência simbólica, Teoria da

escola como Aparelho Ideológico do Estado (AIE) e Teoria da

Escola Dualista).

Por último, propõe uma Teoria Crítica da Educação. Saviani

ressalta que os dois primeiros grupos explicam a marginalização

na forma da relação entre educação e sociedade.

Saviani analisa a escola tradicional e a escola nova, critican-

do-as a partir de suas características específicas.

No capítulo da Teoria da Curvatura da Vara, Saviani justifica

um processo de tentativa de ajustes da educação: quando

uma vara está torta ela fica curva de um lado e se você quiser

endireitá-la, não basta colocá-la na posição correta. É preciso

curvá-la para o lado oposto. Nesta mesma ocasião, afirma

que quanto mais se falou em democracia, mais a escola este-

ve articulada com a construção de uma ordem democrática.

RobertaAdorno

Lima1

DERMEVAL, Saviani. Escola e democracia .Campinas: Autores Associa-

dos, 1999. 104p.

1 Estudante de Pedagogia UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


48

Percebe-se que o objetivo principal de Saviani é sacudir com

força a máquina político-educacional, balançando as Curva-

turas da Vara em busca do seu equilíbrio ideal. A partir de

uma visão crítica, busca-se uma educação que consiga com-

partilhar os aspectos políticos-sociais, altamente complexos.

É possível dizer que esta obra é uma contribuição signifi-

cativa ao pensamento pedagógico, que expressa as

transformações que sofreu nossa sociedade nas últimas déca-

das. Escola e Democracia constituem para os educadores uma

valiosa fonte de reflexão. É um desafio. Incita-nos a valorizar e

a repensar criticamente nosso processo histórico.


49

O livro nos revela toda a crítica de Paulo Freire em relação à

educação bancária que domestica o homem. Defendendo

um tipo de educação que tenha como principal objetivo a

conscientização para a prática da libertação possibilitan-

do ao homem tomar consciência de si e da realidade para

transformá-la. A partir daí, o homem está realmente cum-

prindo sua vocação ontológica que é a de ser sujeito.

O autor enfatiza que essa educação deve ser baseada no

diálogo, sendo esse o primeiro passo que o educador

deve dar para conhecer o educando e investigar seu uni-

verso temático, a partir do qual ele irá definir o conteúdo

de seu programa.

É assim que deve ser a educação libertadora, um proces-

so em que o "educador já não é aquele que apenas educa,

mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o

educando, que ao ser educado, também educa...".

MarliRaquelSouza1



FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação . Uma

introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.

50

O livro em questão é um relato sobre o curso de alfabetização

de adultos, que ocorreu em uma escola carente em Santa

Catarina, fruto do empenho da professora Irene Funk, que

alfabetizou 15 alunos em aproximadamente três meses, sem

evasão e com pleno sucesso.

Traz desde o processo de constituição desta classe de adul-

tos, até as atividades realizadas, inclusive com depoimentos

dos alunos.

O referencial considerado na prática desta experiência foi

o construtivismo pós-piagetiano de Emília Ferreiro. As-

sim, o conceito de aprender a ler e escrever passa obriga-

toriamente pela reconstrução do sistema de representação

da linguagem escrita, não se reduzindo a uma aprendiza-

gem de (de)codificação de um sistema pré-estabelecido. O

papel do professor deve ser aquele que favorece a cons-

trução de novas hipóteses do aluno, sem lhe apresentar

respostas prontas.

A leitura é estimulante e prazerosa. Vale a pena conferir!

MarliRaquelSouza1


FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de adultos : relato de uma experi-

ência construtivista. 8.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.


51

Este livro focaliza a necessidade do desenvolvimento do po-

tencial humano, levando em conta o estímulo das múltiplas

inteligências e que cada vez mais é necessária a participa-

ção ativa de pais e professores.

O autor ressalta que o trabalho de estímulo às inteligências

perde sua força se não houver uma cooperação constante

entre a escola e a família, os espaços ideais para se estimular

o desenvolvimento nos quais, a criança vive grande parte de

sua experiência como ser humano: a sala de aula e a casa.

O autor conclui que é fundamental que os pais assumam a

educação de seus filhos e preparem-os para o mundo futuro.

Considerando que a escola tem papel importante nesse pro-

cesso, existe a necessidade de uma ação conjunta com os

pais, no sentido de melhorar a forma de lidar com esta tarefa.

Gilkado Espirito

Santo 1

1 Estudante de Administração - Fundação Visconde Cairú.Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


ANTUNES, Celso. A Construção do afeto . São Paulo: Augustus,

1999.157p.

52

O livro faz uma retrospectiva histórica da questão da vio-

lência, ressaltando o modo de funcionamento da nossa

sociedade, da família da atualidade e de como a infância e

a adolescência têm recebido tão poucos cuidados neces-

sários à boa formação. Faz um relato das intervenções

psicoterapêuticas no fenômeno da violência.

A obra oferece conhecimentos e subsídios aos profissionais

que atuam com crianças, adolescentes e famílias através

de idéias e sugestões para a compreensão e solução de pro-

blemas da violência em geral.

Gilkado Espirito

Santo 1


FERRARI, Dalka C.A ; VECINA, Tereza C.C (Orgs). O fim do silencio

na violência familiar : teoria e prática.São Paulo: Agora, 2002. 327p.

1 Estudante de Administração - Fundação Visconde Cairú. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

53

Jussara Hoffmann partindo de concepções espontâneas

dos alunos pretende promover a aprendizagem relacionan-

do estruturas cognitivas do aluno aos novos conhecimen-

tos. Baseada na avaliação como forma de problematizar

visando estimular a curiosidade, reflexão, formulação e

reformulação de hipóteses diversas por diferentes alunos.

A validade maior da avaliação mediadora reside na

interação entre alunos e professores, o que permite obser-

var em suas variadas dimensões o conhecimento, facili-

tando a observação do que é questionado e permitindo

refletir as propostas pedagógicas, fazendo anotações que

vão mais além dos certos e errados das tarefas.

Natachad`Almeida

Monteiro 1

1 Estudante de Letras UNIFACS.Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover . As setas do caminho. Porto

Alegre: Meditação, 2001, 217.

54

A obra conjuga a autodefesa de Sócrates, feita diante de

seus impenitentes acusadores. É uma síntese de toda a filo-

sofia socrática, de incalculável valor literário.

Apologia de Sócrates revela toda a grandeza e serenidade

desse filósofo preocupado apenas com o destino dos seus

acusadores e com a verdade.

Com sua morte, Sócrates deu uma lição suprema, foi com ela

que sua missão atingiu sua plenitude, que seus ensinamentos

se impregnam de total sublimidade e grandeza.

Como afirmou Nietzche: "Sócrates aparecer-nos-á como o

primeiro que soube não somente viver, mas, o que é mais,

morrer em conformidade com esse instinto de saber; é por

isso que a imagem do Sócrates morimbundo - do homem

que, pela sabedoria e pelo raciocínio, libertou-se do medo da

morte - transpõe, como um escudo armoriado, a porta da sa-

bedoria, e deve lembrar a todo homem que o seu destino é o

de dar à existência um sentido inteligível, portanto uma justi-

ficação".

RegianeNascimento 1

1 Estudante de Filosofia - Faculdade Batista Brasileira. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


PLATÃO. Apologia de Sócrates .São Paulo: Martin Claret, 2001.

55

Na obra, os autores fazem uma análise holística das rela-

ções estabelecidas entre o homem, seu meio e as influênci-

as que essas relações vêm trazendo ao nosso planeta.

As propostas que interessam em Ecopedagogia são as que

estão relacionadas com o desenvolvimento sustentável e

a formação da cidadania planetária.

Cidadania Planetária é uma expressão que abrange um con-

junto de valores, princípios e comportamentos, revelando

uma nova percepção da Terra como uma única comunidade.

A obra é indicada a todos aqueles, educadores e

educandos, comprometidos com a superação das desigual-

dades, com a eliminação das sangrentas diferenças econô-

micas e com a integração da diversidade cultural da huma-

nidade.

RegianeNascimento 1

1 Estudante de Filosofia - Faculdade Batista Brasileira. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


GUTIÉRREZ, Francisco, PRADO, Cruz. Ecopedagogia e cidadania pla-

netária . Tradução de Sandra Trabucco Valenzuela. São Paulo: Cortez: Ins-

tituto Paulo Freire, 1999. (Guia da Escola Cidadã; v. 3).

56

Este livro retrata experiências reais de acontecimentos do

cotidiano do professor alfabetizador, como as dúvidas em

relação em adotar um determinado método de enino. São

dúvidas da realidade educacional, uma vez que se discute as

questões do analfabetismo repetência e dificuldade na apren-

dizagem, por isso a importância da escolha do método no

processo da alfabetização.

Traz também uma reflexão sobre a forma de ensino da alfabe-

tização no início do século XX; na passagem do ABC ao

construtivismo e as formas de preparação do profissional,

que recebe como orientação pedagógica cursos rápidos so-

bre o construtivismo e por falta de aprofundamento de estu-

do e pesquisa, acabam caindo na cilada dos velhos métodos

sintéticos, mecânicos e altamente tradicionais.

A proposta da autora é levar o leitor a desenvolver o próprio

pensamento crítico e analítico sobre suas pretensões de tra-

balho.

1 Estadante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

Noélia daCalmon 1


CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador . São Paulo: Ática,

1994.

57

Esta obra está organizada em seis capítulos. As autoras te-

cem seus comentários a respeito da formação de professores,

envolvendo um debate sobre professores-pesquisadores

e professores-reflexivos. São trazidos exemplos de experi-

ências vividas pelas próprias autoras que ressaltam a impor-

tância da pesquisa-ensino, o comprometimento com o su-

cesso dos seus alunos e a reforma educacional.

O enfoque da obra leva os leitores a considerar a importância

do professor que pesquisa para que em meio as suas desco-

bertas ele possa saber refletir sobre o que realiza em sala de

aula. Mas, as autoras não se limitam à ação docente, explicitam,

sobretudo o tipo de formação que é oferecida a estes profes-

sores e esclarecem que a efetiva formação reflexiva não pode

ser vista como um instrumento da reprodução dos conceitos

estabelecidos, mas como a efetivação da autonomia dos pro-

fessores no seu saber-fazer.

Cristiane S. Barbosa 1

1 Estadante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]


ESTEBAN, Maria Tereza (Org.). Professora-pesquisadora : uma práxis em

construção. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

58

Sites Comentados

http:// www.educacional.com.br

A internet na educação. Este site é indispensável para osprofissionais de educação e educandos. Traz vários links comdicas e atividades do campo educacional, com entrevistasinterativas, centrais de projetos com resultados obtidos esugestões de atividades para 2003. Ainda permite navegar nosite do Ziraldo e seu divertidíssimo personagem o meninomaluquinho, interessante para as crianças adquirirem dicassobre o dia. Confira e fique antenado com as novidades.

Estudante de Pedagogia - UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

http:// www.portugaljovem.net/mariolima/curriculo/do-

cente/1999_2000/profmat/avaliação/acta/estudos/

avaliação.htm-9k-

Este site é muito interessante, pressupõe objetivos e crité-rios de avaliação. Considera as características da avalia-ção pontual e contínua, classifica o avaliador como o pró-prio professor ou alguém de fora, isto é, avaliação internasou externas. Além disso, refere-se à forma clara, explícita,de fazer a avaliação ou à forma implícita, na qual os apren-dizes não se dão conta de estarem sendo avaliador. A ava-liação é também considerada quanto à comparação entre orendimento dos alunos ou baseando em objetivos a serematingidos. Finalmente, a avaliação é apreciada quanto àformação, podendo ser diagnóstica, somativa e formativa.

Estudante de Letras UNIFACS. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

http:// www.niet.com.br

Este site foi criado para atender às necessidades de pro-fissionais que se destinam a trabalhar com pessoas porta-doras de necessidades especiais.

Marli RaquelDias Souza

Natachad’AlmeidaMonteiro

Noélia daSilva Souza

Calmon


59

É um espaço reservado a pesquisa, projetos de acessoriaàs escolas, também, atendimento a pais e professores.

Clicando o Link UNICEF serão encontrados informações epesquisas sobre a situação sócio-econômica das criançase mães brasileiras, entre outros.

No site constam também indicações bibliográficas dediversos livros como: Síndrome de Down, Inclusão,Construtivismo, Desenvolvimento e Aprendizagem entreoutros.

Estudante de Pedagogia UFBA. Estagiária PGP/LIDERE.

E-mail: [email protected]

http:// www.sou professor.pro.br

É um um site educacional bastante interessante, pois trazem sua ‘home page” uma agenda com alguns eventos edu-cacionais, além de disponibilizar gratuitamente “softwares”e vídeos para facilitar o trabalho dos professores. Há umespaço reservado para a socialização de textos, poesias etc,referências bibliográficas recomendadas por profissionaisda área de educação, trabalhos apresentados por alunos,informações sobre meio-ambiente e educação-ambiental, eum cadastro de professores, que poderão receber informa-ções educacionais e culturais dos temas que lhe interessam;há também, um banco de dados com perguntas e reflexõesfeitas por alunos. Ou seja, esse site é um espaço criado paraos educadores e estudantes socializarem a ampliarem seusconhecimentos.

Estudante de Pedagogia UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

http://www.cedipod.org.br

O Centro de Documentação e Informação do Portador deDeficiência (CEDIPOD), criou um canal de informações sobreos deficientes, que está disponível na Internet, para que osinteressados pesquisem e se interem sobre o assunto.

RosemySoares

Marques

CáritasVanucci B.

Santos


60

Esse site traz documentos que relatam experiências dos pró-prios deficientes, traz também Leis, Decretos, Normas, Reso-luções, enfim todo um conhecimento legal e Projetos queesclarecem o internauta sobre os direitos das pessoas porta-doras de deficiências, além de trazer uma visão de comoessas pessoas têm adquirido esses direitos.

No link "outros sites", ele traz vários outros sites que com-pletam sua curiosidade e, ainda lhe permite navegar em sitesde jornais e revistas referentes ao tema principal e também emsites internacionais.

Este site é indicado para médicos, deficientes, psicólogos, ad-vogados, educadores e pessoas interessadas em conhecer avida dos portadores de alguma deficiência, como ele é visto

na sociedade, suas lutas e conquistas.

Estudante de Pedagogia-UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

http://www.connect.com.br

Este site apresenta um artigo da Profª Fábia Magali quecomenta sobre a informática na educação utilizando a Peda-gogia de Projetos. Faz referência à elaboração do ProjetoPolítico Pedagógico da escola; características para o traba-lho com projetos e como organizar um projeto de trabalho.

Público Alvo: estudantes de graduação e pós-graduação,professores, coordenadores pedagógicos e diretores dasescolas públicas ou privadas.

http://www.aen.com.br/prj/projetos.htm

Este site apresenta vários projetos desenvolvidos na escolapara o ensino fundamental de 1998 a 2001. Os temas destesprojetos estão relacionados à alimentação, informática, livrovirtual, paz, leitura e escrita e saúde.

Público alvo: estudantes de graduação, professores, coorde-nadores pedagógicos das escolas públicas ou privadas.

CristianeFarias

Santos


CristianeFarias

Santos

61

http://www.forumeducacao.hpg.ig.com.br/ecopedagogia/ecolista.htm

São encontrados neste site textos relacionados a ecopedagogiadentre eles: A carta da Terra; A educação e a mudança deParadigmas; ecopedagogia e qualidade de vida; susten-tabilidade; Projetos e Práticas em processo; Paz Mundial;Pedagogia e Globalização; Educação Ambiental.

Público alvo: estudantes de graduação, professores, coordena-dores pedagógicos das escolas públicas ou privadas eambientalistas.

Estudante de Pedagogia UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]

http://www.pucsp.br/paulofreire/

Esse site é elaborado pela Universidade de São Paulo emhomenagem a um dos maiores educadores do país, profes-sor Paulo Freire. Nele podemos encontrar dados biográfi-cos, suas principais obra e um espaço aberto para divulga-ção de projetos, práticas sociais, e até instituições que de-

senvolvam trabalhos baseados na filosofia de Paulo Freire.

http://www.eduquenet.na-web.net

Neste site estão disponíveis informações relacionadas àsvárias áreas de conhecimento, pesquisas escolares, temasacadêmicos e vestibulares. Este site é destinado a estudan-tes e demais profissionais da área educacional.

Estudante de Administração - Fundação Visconde de Cairu. Estagiária PGP/LIDERE.

E-mail: [email protected]

CristianeFarias

Santos

Gilka Santanado Espírito

Santo


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PGP/LIDERE Responde


Como podemos definir “Pedagogia de Projetos”e qual a sua finalidade?

Professora Martha Zarth, Itajaí/ SC.(por e-mail)

Prezada professora Martha,

A Pedagogia de Projetos é uma concepção filosófica, resultante da

mudança de postura em relação ao processo ensino-aprendizagem,aproximando os alunos, o máximo possível, do seu contexto social

por meio do desenvolvimento do senso crítico, da pesquisa e da

resolução de problemas.

Os objetivos da Pedagogia de Projetos são:

1) Possibilitar a interação do aluno no processo dacosntrução do conhecimento.

2) Viabilizar a aprendizagem real, interessante, ativa e sig-nificativa.

3) Trabalhar o conteúdo conceitualmente a fim de formaropiniões, de modo procedimental e atitudinal.

4) Proporcionar ao educando uma visão global da realidadee um desejo contínuo de aprender.

Esperamos ter esclarecido suas dúvidas. Em breve, provavelmen-te, no Informativo Gerir, v.9, n.29, jan./fev. 2003, publicaremos o

módulo “Pedagogia de Projetos” completo.

Maria Áurea Ribeiro, Cristiane Farias Barbosa e Cáritas Vanucci

Santos (respectivamente, bolsista e estagiárias PGP/LIDERE).

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Informativos

No dia 19 de novembro de 2002, a Fundação Ford comemorou 40

anos de escritório no Brasil.

O evento aconteceu no Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro

e contou com a presença de seu atual presidente, o Dr. Nigel Brooke,

e da presidente mundial da The Ford Fundation a Sra. Susan

Barresford, além de personagens ilustres como o governador do

Acre, Exmº Sr. Jorge Viana, e demais convidados.

O trabalho que a Fundação Ford tem desenvolvido no Brasil ao

longo dos 40 anos, é de grande relevância não apenas na área educa-

cional como também na área social, com ênfase nos direitos huma-

nos.

Existe na Fundação Ford uma grande preocupação em alinhar as

classes sociais no sentido de tornar a sociedade mais justa e iguali-

tária, por isso não tem contado esforços no apoio a parcerias com

entidades diversas.

Fundação FORD comemora 40 anos no Brasil

Noélia da SilvaSouza

Calmon1



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Um casal de jovens recém casados, eram muito pobres e viviamde favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinteproposta à esposa:

- Querida, eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, vou

arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de

voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável. Não sei

quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: Que você

me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei

fiel a você.

Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encon-trou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar emsua fazenda. Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito.

Sendo assim, pediu para fazer um pacto com o patrão e esteaceitou. Ele disse:

- Patrão eu peço só uma coisa para o Senhor. Deixe-me trabalhar

pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora

o Senhor me dispensa das minhas obrigações.

Eu não quero receber o meu salário. Peço que o Senhor o coloquena poupança até o dia que eu sair daqui. No dia em que eu sair oSenhor me dê o dinheiro e eu sigo o meu caminho.

Tudo combinado, aquele jovem trabalhou durante vinte anos,sem férias e sem descanso.

Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse:

- Patrão eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a

minha casa.

O patrão então lhe disse: - Tudo bem, nós fizemos um pacto e euvou cumprir, so que antes eu quero lhe fazer uma proposta, tudobem?

E o jovem disse que poderia fazê-la.

Os três conselhos

Autordesconhecido


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O patrão lhe disse:- Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e

não lhe dou o dinheiro e você vai embora.

Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos

eu não lhe dou o dinheiro. Vai pro seu quarto, pensa durante a noite e depois

você vem e me dá a resposta.

O rapaz pensou durante dois dias e depois procurou o patrão e lhe disse:

- Patrão eu quero os três conselhos.

O patrão lhe disse:

- Se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.

E o jovem lhe disse:

- Eu quero os conselhos.

O patrão entao lhe falou:01) Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidospodem custar a sua vida;02) Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal podeser mortal;03) Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se

arrepender e ser tarde demais.

Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim:- Rapaz, aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e oterceiro é para comer com a sua esposa quando chegar em sua casa.

O rapaz saiu para seguir o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos

longe de casa e da esposa que ele tanto amava.

Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe

perguntou:- Pra onde você vai? Ele respondeu, vou para um lugar muito distante que fica amais de vinte dias de caminhada por esta estrada.

O viajante lhe disse:- Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez, e você vaichegar em poucos dias.


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O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se doprimeiro conselho do seu patrão.

01) Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidospodem custar a sua vida; então voltou e seguiu o seu caminho.

Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde

pôde hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. Demadrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um

salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.

Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.

02) Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode

ser mortal.

Voltou, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, apos tomar o café, o dono da hospeda-

gem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido.

O hospedeiro disse:

- E você não ficou curioso?

Ele disse que nao. Entao o hospedeiro lhe falou:- Você é o único que sai vivo daqui, pois eu sou louco e grito durante à noite

e quando o hospede sai eu o mato, e lhe mostrou vários cadáveres.

O rapaz seguiu a sua longa caminhada, ansioso por chegar em sua casa. Depois de

muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaçada sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa. O dia

estava escurecendo, mas ele pôde ver que a sua esposa não estava só. Andou mais

um pouco e viu que a sua esposa tinha, sentado em seu colo, um homem a quem elaestava acariciando os cabelos. Quando ele viu aquela cena o seu coracão se derre-

teu de ódio e amargura e ele se decidiu a correr de encontro aos dois e a matá-los

sem piedade. Respirou fundo e apressou os passos, quando se lembrou do terceiro

conselho.03) Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepen-der e ser tarde demais.

Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte


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ele tomaria uma decisão. Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:- Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrãoe pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa

que eu fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu.

Quando a esposa abre a porta e reconhece que é o seu marido, ela se atira ao seu

pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la,mas não consegue. Então

com lágrimas ele lhe diz:

- Eu fui fiel a você e você me traiu.

Ela espantada lhe respondeu:

Como? Eu não lhe traí, antes o esperei durante esses vinte anos.

Ele lhe perguntou:

- E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?

E ela lhe disse:Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava

grávida e hoje ele está com vinte anos de idade.

Então o marido entrou, conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua

história enquanto a esposa preparava o café, e então sentaram-se para tomar o café

e comer o último pão que o patrão havia lhe dado.

Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção, ele parte o pão, e ao parti-lo,

ali estava, para sua surpresa, todo o seu dinheiro...!


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Revista PGP/LIDERE em destaqueUniversidade Federal da Bahia - UFBA

Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público - ISP

Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE

AV. Adhemar de Barros, s/n, Pavilhão IV, Campus Universitário de Ondina.

CEP 40170-110 Salvador – Bahia, Brasil.

A/C: Profa. Katia Siqueira de Freitas

v.2, n.3, set./dez. 2002

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Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE. v2 n3 set dez 2002.pdf · 3 Sumário Editorial Eudes Rodrigues da Silva Desejo a você Acontece no PGP/LIDERE Sua