16
Gestão independência, democracia e luta APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do PR ano XV I • Edição nº 117 Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14 a andar - Ed. Asa - Fone 41 3026-9822 - CEP: 80020-926 - Curitiba - PR - DIA 13 de MAIO - ASSEMBLÉIA Estadual em CURITIBA CATEGORIA Intensifica Campanha SALARIAL Leia NESTA edição: MOBILIZAÇÃO do dia 28 surpreende - pags 03 e 04 Mobilização CONTINUA - pag 05 FUNCIONÁRIOS de Escolas - pags 12 e 13 CATEGORIA Intensifica Campanha SALARIAL GOVERNADOR acha que foi GENEROSO com a educação - pag 07 Medidas do Governo RETIRAM direitos - pags 08 e 09 ENCONTRO DE diretores e Pedagogos - pag 10 - DIA 26 de abril - AULAS de 30 minutos - Equiparação Salarial - Plano de Carreira Abril de 2006

Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

Gestão independência, democracia e luta

APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do PR • ano XV I • Edição nº 117Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14a andar - Ed. Asa - Fone 41 3026-9822 - CEP: 80020-926 - Curitiba - PR

- DIA 13 de MAIO - ASSEMBLÉIA Estadual em CURITIBA

CATEGORIA Intensifica Campanha SALARIAL

Leia NESTA edição:MOBILIZAÇÃO do dia 28 surpreende - pags 03 e 04Mobilização CONTINUA - pag 05FUNCIONÁRIOS de Escolas - pags 12 e 13

CATEGORIA Intensifica Campanha SALARIAL

GOVERNADOR acha que foi GENEROSO com a educação - pag 07Medidas do Governo RETIRAM direitos - pags 08 e 09ENCONTRO DE diretores e Pedagogos - pag 10

- DIA 26 de abril - AULAS de 30 minutos

- Equiparação Salarial- Plano de Carreira

Abril de 2006

Page 2: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

AAAAAGENDAGENDAGENDAGENDAGENDA

EXPEDIENTE

APP-Sindicato - Filiada à CUT e à CNTESindicato dos Trabalhadores em Educação Pú-blica do ParanáRua Voluntários da Pátria, 475, 14º andar, CEP 80.020-926, Curitiba, Paraná -Fone (41) 3026-9822, Fax (41) 222-5261

Sítio eletrônico www.app.com.br

Gestão Independência, Democracia e Luta - 2005-2008José Rodrigues Lemos - PresidenteJosé Ueldes Camilo - Secretaria GeralSaionara Cristina Bocalon - Secretaria de FinançasMarlei Fernandes de Carvalho - Secretaria EducacionalJosé Valdivino de Moares - Secretaria de FuncionáriosMiguel Angel Alvarenga Baez - Secretaria de Políticas SindicaisÉlide Bueno - Sec. Adm. e PatrimônioEdilson Aparecido de Paula - Secretaria de MunicipaisLuiz Carlos Paixão da Rocha - Sec. Imprensa e DivulgaçãoSérgio Marson - Secretaria de Assuntos JurídicosSabina da Silva Turbay - Secretaria de AposentadosSilvana Prestes Rodacoswiski - Secretaria de Políticas SociaisHermes Silva Leão - Secretaria de OrganizaçãoMaria Madalena Ames - Sec. de Formação SindicalMaria do Carmo Resniszek Mendes - Secretaria de SindicalizadosProgramação Visual: Jacqueline Licadiedoff (DRT 4672-PR)Jornalistas responsáveis: Chico Boeing (DRT-772-SC), Edianês Vieira (DRT-7704-RS), Luiz Herrmann (DRT 2331-PR)Impressão: Gráfica e Editora Estado do ParanáTiragem de 55 mil exemplares

EEEEED I T O R I AD I T O R I AD I T O R I AD I T O R I AD I T O R I ALLLLL

0202020202

ABRIL• 24 a 28 - Semana Nacional em Defesa da Educação Públicaorganizada pela CNTE.• 26 - Aniversário de 59 anos da APP-Sindicato em Defesa daEscola Pública, aulas de 30 minutos e debate• 28 a 30- 10º Congresso Estadual da CUT/PR em Praia de Leste,na Associação Banestado.

MAIO• 1º - Dia do Trabalhador.• 5 e 6 - Seminário Microrregional de Organização e Formação,em Londrina, reunindo os Núcleos Sindicais da Região do NortePioneiro.• 12 - Reunião do Conselho Estadual da APP-Sindicato.• 13 - Assembléia Estadual da APP-Sindicato.• Debate com os pré-candidatos ao Governo do Estado do Paranáem 2006.• 16 - Audiência Pública do Projeto de Lei da Saúde doTrabalhador da Administração Pública Estadual, no Plenarinhoda Assembléia Legislativa, na parte da manhã.• 19 e 20 - Encontro de Funcionários de Escolas da MacrorregionalSul/Sudeste da CNTE, no hotel Caravelle, em Curitiba.• 20 - Encontro Estadual da Marcha das Mulheres, no Salão Nobreda APP-Sindicato, das 9 às 17h30min.• 26 - Seminário Estadual de Saúde dos Trabalhadores emEducação, em Londrina.

JUNHO• 6 a 9 - 9º OONCUT, no Centro de Convenções do Anhembi,São Paulo/SP.• 7 a 10 - 5º Jornada de Agroecologia em Cascavel.• 17 - 1º Seminário Estadual dos Trabalhadores da EducaçãoPública Portadores de Deficiência, em Cascavel.

A APP-Sindicato presta homenagem especial a dois professoresfalecidos recentemente e que participavam ativamente das lutas domagistério. São eles o professor Frederico Geraldo Andreata, faleci-do em Londrina, e a professora Tereza de Assis, falecida em Curitiba.

O professor é irmão da ex-presidente da APP, Isolde Andreata etambém atuou como diretor da Secretaria de Aposentados do NúcleoSindical de Londrina, além de ter participado várias vezes daComissãoEleitoral da entidade.

A professora Tereza de Assis, formada em Jacarezinho transferiu-se para Curitiba em 1965 e formou-se em Pedagogia e Administra-ção Escolar pela Universidade Federal do Paraná. A professora élembrada pelo desenvolvimento de intenso trabalho social, coorde-nando campanhas em prol de idosos, crianças, enfermos e portado-res de necessidades especiais, entre outras.

Falecimento

Níveis 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Prog. Des. Educ Nível III 1101,03 1156,08 1213,89 1274,58 1338,31 1405,23 1475,49 1549,26 1626,72 1708,06 1793,46

Especialização Nível II 643,75 675,94 709,73 745,22 782,48 821,61 862,69 905,82 951,11 998,67 1048,60

Lic. Plena Nível I 515,00 540,75 567,79 596,18 625,99 657,29 690,15 724,66 760,89 798,93 838,88

Lic. Curta+AdicNível Esp.III 437,75 459,64 482,62 506,75 532,09 558,69 586,63 615,96 646,76 679,09 713,05

Lic. Curta Nível Esp.II 386,25 405,56 425,84 447,13 469,49 492,96 517,61 543,49 570,67 599,20 629,16

Magistér io Nível Esp.I 360,50 378,53 397,45 417,32 438,19 460,10 483,10 507,26 532,62 559,25 587,22

AGENTE DE APOIO AGENTE DE EXECUÇÃO AGENTE PROFISSIONALClasse Classe Classe

III II I III II I III II I

1- 228,41 365,69 585,48 334,21 540,23 873,24 1.525,25 2.512,42 4.138,492- 237,55 380,32 608,90 347,58 561,84 908,17 1.586,26 2.612,91 4.304,033- 247,05 395,53 633,26 361,48 584,31 944,49 1.649,71 2.717,43 4.476,194- 256,93 411,35 658,59 375,94 607,68 982,27 1.715,70 2.826,13 4.655,245 - 267,21 427,81 684,93 390,98 631,99 1.021,56 1.784,33 2.939,17 4.841,456 - 277,90 444,92 712,33 406,62 657,27 1.062,42 1.855,70 3.056,74 5.035,117 - 289,01 462,72 740,82 422,88 683,56 1.104,92 1.929,93 3.179,01 5.236,518 - 300,57 481,23 770,46 439,80 710,90 1.149,12 2.007,12 3.306,17 5.445,979 - 312,59 500,47 801,28 457,39 739,34 1.195,08 2.087,41 3.438,41 5.663,8110- 325,10 520,49 833,33 475,69 768,91 1.242,89 2.170,91 3.575,95 5.890,3611- 338,10 541,31 866,66 494,71 799,67 1.292,60 2.257,74 3.718,99 6.125,9812- 351,63 562,97 901,33 514,50 831,65 1.344,31 2.348,05 3.867,75 6.371,02R

EF

ER

ÊN

CIA

SA

LA

RIA

L

Tabela Salarial Funcionários

Classes

Tabela de Vencimentos dos ProfessoresCargo: Professor – Jornada 20 horas

OBS: Auxílio-transporte (AT) por 20h - R$ 150,24 Celetista licenciatura Plena - R$ 515,00 + A.T / Celetistacom pós-graduação - R$ 643,75 + A.T / PSS - R$ 515,00 + A.T

Ë com satisfação que mais umavez nos dirigimos a você, através donosso Jornal 30 de Agosto. Espera-mos que você possa ler e discutir asmatérias produzidas pela nossa equi-pe de comunicação.

Esta edição sai em um momentocrucial para a nossa categoria. Mo-mento de uma séria reflexão sobre ovalor do trabalho do educador. Re-flexão que de uma vez por todas pre-cisa ultrapassar os muros da escola.A sociedade brasileira não pode fe-char os olhos a realidade dos educa-dores brasileiros. O educador nãopode continuar a ter seu trabalhovalorizado no discurso e desvalori-zado na prática. Em recente artigo,o colunista da Folha de São PauloGilberto Dimenstein mostra que ossalários de professores do municí-pio de São Paulo estão menores doque o salário de empregadas domés-ticas (o artigo na íntegra está dispo-nível no Portal da APP). Sem ne-nhum desprezo ao trabalho destas,algo está muito errado.No Paraná, asituação não é diferente. Somos pri-oridade nos discursos de políticos,porém, na realidade os salários dosprofessores, equivalem a praticamen-te a metade dos salários de outrosservidores com mesma habilitação;os funcionários continuam sem umplano de careira que traga horizon-tes e perspectivas profissionais.Esta discriminação aos educadoresprecisa ser solucionada o mais rápi-da possível. Para tanto, precisamoscontinuar lutando juntos.

Professor, professora,Funcionário, funcionária,

Campanha salarial - A parali-sação do dia 28 de março foi muitoimportante para nossa categoria.Com uma participação e adesão sur-preendente conseguimos pautar no-vamente a questão salarial e o Planode Carreira dos funcionários no in-terior do governo. Estes temas esta-vam foram da agenda do governo doParaná. Isto é o que demonstra a afir-mação do governador publicada nosdia 14 e 15 de março em diversosjornais do Paraná: “O que podería-mos fazer para os professores doestado já foi feito generosamen-te” (Gazeta do Povo,14/03/06). Parao governo, as reivindicações salari-ais foram atendidas plenamente como plano de carreira do professor erecente aumento para os funcioná-rios. Deste modo, as insatisfaçõessalariais da carreira são criadas peladiretoria da APP. Daí se explica osinúmeros ataques do governo aonosso sindicato.

Assim, não nos resta alternativaa não ser a luta em torno da APP eda categoria.Vamos jogar força no ca-lendário de mobilização da nossacampanha salarial. Vamos acompa-nhar passo a passo a tramitação dosProjetos de Lei Complementar 140/05 e 150/06. O primeiro traz a equi-paração salarial, o segundo instituio Plano de Carreira do Funcionáriode Escola. Dia 26 de abril é dia deaula de 30 minutos.Dia 13 de maio édia de Assembléia Estadual. Boaleitura!

Luiz Carlos Paixão da RochaSecretario de Imprensa da

APP-Sindicato

Os professores de EducaçãoFísica que requereram o cance-lamento de sua inscrição no Con-selho Regional de Educação Fí-sica e receberam, em resposta,ofício e boleto bancário do CREF,devem encaminhar cópia dosdocumentos para o Departamen-to Jurídico da APP-Sindicato atéo dia 30 de abril de 2006, paraque possam ser tomadas asmedidas juduciais cabíveis.

A APP informou, em julho de2005, ao juiz da 2ª Vara Federalde Curitiba, o descumprimentoda sentença que declarou ilegala exigência de inscrição e paga-mento de anuidades dos profes-sores de Educação Física, inte-grantes do magistério do Ensi-no Fundamental e Médio do Es-tado do paraná, pelo ConselhoRegional de Educação Física.

O Ministério Público Federalfoi acionado e solicitou a instau-ração de inquérito criminal, juntoà Polícia Federal, para apurar airregularidade.Como o CREFcontinua exigindo o pagamentode taxa e de anuidades, para ocancelamento da inscrição, odelegado responsável pelo in -quérito solicitou à APP-Sindica-to um levantamento de todos osprofessores que se encontramnesta situação. Então, quem re-querereu o cancelamento e re-cebeu o boleto bancário doCREF, deve encaminhar cópiados documentos para a APP.

Atençãoprofessores de

Ed. Física

* Confira a nova tabela no site www.app.com.br

Page 3: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

Mobilização

0303030303Ocorreram atos em diversas cidades do Paraná e a categoria paralisou as atividades em 80% das escolas

Educadores mostram união e solidariedade

Após a manifestação, a dire-ção da APP-Sindicato foi rece-bida pelo secretário chefe daCasa Civil Caíto Quintana. Elerecebeu as reivindicações e secomprometeu a trabalhar pelasnegociações, que não ocorreram.

Na Assembléia Legislativa aconversa foi em outro nível. Apedido da APP-Sindicato, aComissão de Educação realizouaudiência pública em 28 demarço para debater as deman-das de professores e funcioná-rios das escolas. Os deputadosdefiniram apoio às reivindica-ções e se comprometeram a re-forçar as negociações com o go-

verno. Outro compromisso as-sumido foi por derrubar o vetoao projeto que limita o númerode alunos por turma, da de-putada Luciana Rafagnin (PT).

Projetos - A direção da APP-Sindicato apresentou aos depu-tados as duas propostas de pro-jetos de lei que havia entregueao chefe da Casa Civil, CaitoQuintana. Como não houve res-posta do governo, os projetosforam aceitos e passaram a tra-mitar com as assinaturas de 23deputados de diferentes parti-dos. Na Comissão de Consti-tuição e Justiça, o relator é o de-putado Ademar Traiano.

O centro de Curitiba parouna manhã de 28 de março,

numa manifestação queuniu trabalhadores da

Educação aos trabalhadoresrurais e de outras

categorias na Praça SantosAndrade, seguido de

caminhadas pela cidade.

Cerca de 10 mil professorese funcionários de escolas aten-

deram à convocação da APP-Sindicato para o ato pelas rei-vindicações de professores efuncionários das escolas. Nafrente do edifício histórico daUFPR, eles se aliaram aos de-mais trabalhadores no protestocontra a OMC (OrganizaçãoMundial do Comércio), nummomento em que Curitibasediava a Conferência da Bio-diversidade, da ONU (COP8).

A OMC é hoje o principalorganismo internacional querepresenta a investida das em-presas transnacionais para pri-vatizar serviços públicos, comoeducação e saúde, e bens dahumanidade, como a água e abiodiversidade.

O ato contra a OMC foi con-vocado pela Coordenação dosMovimentos Sociais (CMS),Central Única dos Trabalhado-res (CUT), Via Campesina,Rede de Integração dos Povos(Rebrip) e Marcha Mundial deMulheres (MMM).

Eram aproximadamente deze meia da manhã quando osprofessores e funcionários saí-ram em caminhada por ruascentrais de Curitiba. Os demaistrabalhadores se perfilaram logoatrás formando uma marcha devários quilômetros.

Na esquina das marechais,os educadores rumaram ao Cen-tro Cívico. Os demais seguiramaté a Desembargador Westpha-len e para se dirigirem ao Cen-tro de Convenções do Shop-ping Estação, onde ocorre a 8ªConferência das Partes da Con-venção sobre Diversidade Bio-lógica (COP8).

No Centro Cívico, os edu-cadores permaneceram paraacompanhar as negociações, aaudiência pública da Comissãode Educação e a votação da PECque proíbe o nepotismo no ser-viço público paranaense.

Educadores obtêm apoiono legislativo

Projeto de Lei Complementar 149/06Dispõe sobre a equiparação salarial entre os professores e

agentes profissionais.Incorpora o auxílio transporte e propõe reajuste de 28,47%,

a partir de 1° de junho de 2006, e outro de 22,16% a partir de1° de dezembro de 2006.

Projeto de Lei Complementar 150/06Institui o Plano de cargos, Carreiras e Vencimentos do Qua-

dro dos funcionários da Educação Básica da Rede Pública Es-tadual do Paraná.

O texto apresentado tem como base a proposta negociadaentre a APP-Sindicato e a Secretaria da Educação no ano passa-do. Desde maio de 2005 a categoria esperava que o governoenviasse a proposta ao legislativo.

Presidente da APP, José Lemos, expôs reivindicações da categoria aos deputados

Cerca de dez mil pessoas caminham pelo centro de Curitiba

Educadoresde todo oestadorumam atéo PalácioIguaçu edeixam asruas dacidadecolorida

Projeto 149/06de iniciativa dolegislativo éconstitucional

A alegação de algunsde que o Projeto de Lei149/06 teria vício de ori-gem por não vir comomensagem do Executivo,contradiz o aumento con-cedido aos secretários deestado do Paraná, no finalde 2004, através da Lei14.554/04. O Projeto deLei foi de autoria do de-putado Antônio Anibeli,do PMDB, portanto nãochegou à Assembléia Le-gislativa como mensa-gem do Executivo.

Foto

: Ed

ianê

s Vi

eira

Foto

: C

hico

Boe

ing

Foto

: C

hico

Boe

ing

Page 4: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 0404040404Cerca de 80% dos professores e funcionários paralisaram as atividades realizando atos e debatesMobilização

Além da grandemanifestação em

Curitiba, professores efuncionários da

Educação fizeramatos e reuniões

em todo o Estado.

Cerca de 80% das escolasparalisaram suas atividades,aderindo à luta por melhoressalários para professores e peloplano de carreira dos funcio-nários. Nos maiores centros aparalisação, chegou a superar90%.

Foi o caso de Londrina,onde 90% das escolas pararame cerca de 1 mil educadores re-alizaram passeata pela cidade.Em Curitiba, em 85% das es-colas não teve aulas.

Em Foz do Iguaçu, a ade-são chegou a 95% e a passeatareuniu 500 pessoas.

O índice mais alto de ade-são foi em Jacarezinho, com98% das escolas paradas. Pro-fessores e funcionários se reu-niram num clube local.

Em Cascavel 85% das 49escolas ficaram sem aulas. Umato público foi realizado no cal-çadão da Avenida Brasil, cen-

tro da cidade, com cerca de300 pessoas. Os manifestan-tes entregaram panfletos à po-pulação.

Aproximadamente 300pessoas participaram do pro-testo em Maringá. O ato co-meçou às 8h30 na Praça Ra-poso Tavares, centro da cida-de. Contou com faixas e siste-ma de som e durou poucomais de duas horas.

Aproximadamente 90% da

O Paraná inteiro parou em 28 de março

categoria participaram da mobi-lização na região de FranciscoBeltrão. Na cidade, a paralisa-ção atingiu 98% das escolas. Naárea do Núcleo Sindical, ape-nas um município não aderiu.

O dia de mobilização come-çou com panfletagem no termi-nal de coletivo urbano em Cam-po Mourão. Depois, os mani-festantes se concentraram naPraça São José, com o mote pro-fessores e funcionários doamsangue pela educação. O atounificado em conjunto com osservidores municipais, quetambém reivindicam reposiçãosalarial, foi realizado na frenteda Prefeitura Municipal e doNúcleo Regional de Educação.A adesão na região foi de 70%.

Das escolas de Paranavaí,pararam 90%. Na região, foi de80%. Segundo a direção doNúcleo Sindical, pessoas doNúcleo Regional de Educaçãoforam escola por escola criar cli-ma repressivo. O NRE não aten-deu ninguém, pois colocou to-dos os seus funcionários naescola.

Em Ponta Grossa, cerca de85% dos educadores aderiramà paralisação de um dia. Nãohouve ato local. Os manifestan-tes formaram uma enorme ca-ravana com educadores de di-versas cidades que se deslocoua Curitiba por ônibus e vans.

Professores e funcionáriosde Guarapuava se reuniram nasede do Núcleo Sindical e for-maram uma comissão que levouao Núcleo Regional da Educa-ção um documento, com a posi-ção da categoria. Na região, a ade-são ao movimento foi de 70%.

A paralisação no Núcleo deIvaiporã atingiu 80%.

Em Toledo, a adesão chegoua 98%. Vários trabalhadores emeducação estiveram em Curiti-ba e outros reuniram-se na Pra-ça Willi Barth, pela manhã. Elesreceberam reforço do pessoal deMal. Rondon, que também fezcaravana para o ato em Curiti-ba. Seis escolas estaduais pa-ram em Santa Helena, envolven-do mais de 70% dos trabalha-dores em educação estadual.Vários educadores reuniram-sepela manhã para discutir osproblemas que atingem a cate-goria. Foi consenso entre os pre-sentes que a pauta é justa e to-dos devem integrar o movimen-to de luta.

Equiparação dos professorestem baixo impacto na folha

O impacto financeiro daequiparação salarial entre pro-fessores e agentes profissionaisserá pequeno na folha salarialdo Estado. O Dieese estima queo aumento de gastos na receitacorrente líquida é de 1,77% em2006 e de 2,51%, em 2007.

Em 28 de março, a direçãoda APP-Sindicato apresentouao Executivo e ao Legislativodois anteprojetos de leis comas principais reivindicações dacategoria. O governo Requiãonão deu resposta. Na Assem-

O governo do Estado nãoestá impedido de repor as per-das salariais da categoria nodecorrer do ano de 2006. Em-bora a Lei Eleitoral coloque adata de 3 de abril como limitepara a concessão de aumentosalarial, a Lei de Responsabili-dade Fiscal permite a reposi-ção das perdas salariais.

Além do mais, o governotem outros mecanismos paraimplementar a equiparação. Em

Calendário eleitoral nãoimpede reposição salarial

julho de 2002, a apenas trêsmeses da eleição, o governo Ler-ner criou o Quadro Próprio doPoder Executivo, que instituiuma nova tabela de vencimen-tos aos funcionários que entãocompunham o quadro geral.

Além destes, há outrosexemplos de atendimento àsreivindicações salariais por par-te de governos aos servidorespúblicos durante calendárioeleitoral.

Leia às quartas-feiras na Folha de Londrina, a

Página da Educação

Foz do Iguaçu foi um dos destaques da mobilização

Mobilização em Cianorte reuniu professores e funcionários da região

Em Umuarama educadores se reúnem em espaços públicos

bléia Legislativa, 23 deputadosendossaram os projetos.

O Projeto de Lei Nº 150/06trata do Plano de Carreira dosFuncionários. O Projeto de LeiNº 149/06 propõe a equipara-ção salarial entre professores ea-gentes profissionais. Para tan-to, prevê reajuste de 28,47% emjunho e 22,16% em dezembro.

Com este reajuste, o compro-metimento da folha de paga-mento do Estado em relação àreceita corrente líquida fica em46,36% em 2006. Abaixo do li-

mite prudencial da Lei de Res-ponsabilidade Fiscal, de46,55%

Com a segunda parte do re-ajuste proposto para dezembro,em 2007 a folha de pagamentodeve subir para 46,77%, ultra-passando o limite em 0,22%.Porém, este percentual será per-feitamente assimilável pelascontas públicas, devido ao com-portamento de crescimento dareceita e o gasto com pessoalobservados nos últimos anos.

Page 5: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 0505050505Educadores do Paraná reduzirão as aulas para 30 minutos e farão os debates sobre os temas nacionais e estaduaisMobilização

No dia 26 as aulas serão de 30 minutos

Temas para debates no dia 26• Direito à Educação Pública de Qualidade;• Mais recursos para Educação Pública;• Derrubada dos vetos ao PNE;• Fundeb e Conversão da dívida externa em recursos para a Educação;• Valorização profissional como forma de qualificar a Educação Pública;• A saúde do trabalhador em Educação, a precariedade do trabalho e odireito à aposentadoria;• Democratização da gestão escolar e dos mecanismos de controlesocial.

• Número de alunos por turmaO Projeto de Lei 486/05 que institui a redução gradativa do númeromáximo de alunos por turma, aprovado na Assembléia Legislativa,foi vetado pelo governador. Solicite a cada parlamentar que vote peladerrubada do veto.

• Equiparação salarial de professoresO Projeto de Lei Complementar 149/06 propõe a equiparação salari-al entre os professores e agentes profissionais em duas etapas. Aprimeira em junho, com reajuste de 28,47%, e a segunda em dezem-bro, com aumento de 22,16%.

• Plano de Carreiras dos FuncionáriosO Projeto de Lei Complementar 150/06 foi feito entre a APP-Sindicatoe a Seed. Como o governo não enviou ao legislativo, o sindicato fez.

Principais projetos na Assembléia

A direção sindical está acompanhando a tramitação dos pro-jetos de interesse da Educação nas comissões da Assembléia Le-gislativa e convocará a categoria quando ocorrerem as votações.

É importante que os professores e funcionários de escolas detodo o estado também acompanhem. Também é preciso que bus-quem o apoio de todos os parlamentares, especialmente os dasua região. Envie mensagem a eles!

Vamos pedir apoio dos deputadosem favor dos projetos da Educação

Principais projetos no Congresso Nacional• FundebAprovado na Câmara dos Deputados, o projeto que cria o Fundo deDesenvolvimento da Educação Básica.• PL 1592/03Fixa as diretrizes nacionais para a carreira dos profissionais da Edu-cação• PL 2738/03Regulamenta o PSPN (Piso Salarial Profissional Nacional)• PL 4671/04Estende a aposentadoria especial a todos os profissionais do magis-tério. Aprovado no Senado, foi para a sanção do presidente Lula.• PL 507/03, no SenadoReconhece os funcionários de escolas na LDB como profissionaisda Educação.• PEC 481/05Estende a regra de transição da PEC Paralela da Previdência aosprofissionais do magistério

Ademar Traiano - PSDB (41) 3350-4096 - [email protected] Bier - PMDB (41) 3350-4097 - [email protected] Araújo - PPS (41) 3350-4037 - [email protected] Khury - PMDB (41) 3350-4058 - [email protected]é Vargas - PT (41) 3350-4053 - [email protected]Ângelo Vanhoni - PT (41) 3350-4081 - [email protected] Annibelli - PMDB (41) 3350-4013 - [email protected] Caramês - PPS (41) 3350-4056 - [email protected]ão Junior - PMDB (41) 3350-4079 - [email protected] Zucchi - PDT (41) 3350-4048 - [email protected] Neto - PDT (41) 3350-4085 - [email protected] Simões - PTB (41) 3350-4006Cesar Seleme - PMDB (41) 3350-4272 - [email protected] Noroeste - PL (41) 3350-4092 - [email protected] Borghetti - PP (41) 3350-4071 - [email protected] Kielse - PMDB (41) 3350-4075 - [email protected] Bradock - PMDB (41) 3350-4047 - [email protected] da Silva - PMDB (41) 3350-4038 - [email protected]ílio Genari - PP (41) 3350-4042 - [email protected] Amaral - PFL (41) 3350-4127 - [email protected] Praczyk - PMR (41) 3350-4126Élio Rusch - PFL (41) 3350-4059 - [email protected] Welter - PT (41) 3350-4039 - [email protected] Correia - PMDB (41) 3350-4063 - [email protected] Buhrer - PSDB (41) 3350-4067- [email protected] Cartário - PMDB (41) 3350-4077 - [email protected] Brandão - PSDB (41) 3350-4040 - [email protected] Fonseca - PT (41) 3350-4083 - [email protected] Canto - PTB (41) 3350-4069 - [email protected]é Domingos Scarpellini PSB (41) 3350-4072 - [email protected]é Maria Ferreira - PMDB (41) 3350-4025 - [email protected] Rafagnin - PT (41) 3350-4087 - [email protected] Accorsi - PSDB (41) 3350-4043 - [email protected] Carlos Martins - PDT (41) 3350-4076 - [email protected] Fernandes Litro - PSDB (41) 3350-4320 - [email protected] Nishimori - PSDB (41) 3350-4170 - [email protected] Isfer - PPS (41) 3350-4098 - [email protected] Moraes - PMDB (41) 3350-4029 - [email protected] Pupio - PSDB (41) 3350-4068 - [email protected] Beraldin - PDT (41) 3350-4078 - [email protected] Garcia - PSDB (41) 3350-4057 - [email protected] Justus - PFL (41) 3350-4065 - [email protected] Moura - PMDB (41) 3350-4034 - [email protected] Paulo - PT (41) 3350-4066 - [email protected] Ivo - PT (41) 3350-4086 - [email protected] Miró - PFL (41) 3350-4015 - [email protected] Greca - PMDB (41) 3350-4088 - [email protected] Junior - PPS (41) 3350-4226 - [email protected] Gaúcho - PDT (41) 3350-4035 - [email protected] Pereira - PSB (41) 3350-4091 - [email protected] - PT (41) 3350-4261 - [email protected] Veneri - PT (41) 3350-4094 - [email protected] Rossoni - PSDB (41) 3350-4095 - [email protected] Leite - PPS (41) 3350-4192 - [email protected]

Publicamos abaixo a relação de faxes e endereços eletrônicosdos deputados do Paraná. Envie mensagens a eles pedindo apoioaos projetos de interesse da Educação e dos educadores.

Envie mensagens aos deputados

Os educadores do Paranácontinuam com a campanhapor salários para os professo-res e pelo Plano de Carreiraaos funcionários das escolas.As próximas atividades serãoem conjunto com os trabalha-dores da Educação de todo opaís.

Ocorrerão durante a VII Se-mana Nacional em Defesa daEducação, que a CNTE promo-ve de 24 a 28 de abril. O dia26 será o auge da mobilização.

Para esta data, a CNTE(Confederação Nacional dosTrabalhadores da Educação)convoca paralisação nacionalda categoria. No Paraná, have-rá aulas, mas serão novamen-te reduzidas para 30 minutos.O período restante será utili-zado para debates sobre as lu-tas dos educadores no Estadoe no país. A APP-Sindicatoestá enviando às escolas ma-terial para subsidiar as discus-sões.

No dia 26 será realizado atono Congresso Nacional pelaaprovação do Fundeb e dosprojetos de lei de interesse doseducadores. Conheça os pro-jetos no quadro publicado nes-ta página.

No Paraná, as atividadesjunto aos parlamentares visama aprovação dos projetos de leide interesse da Educação. Leiamatéria abaixo. No dia 26, às14h30min, o presidente daAPP-Sindicato, José RodriguesLemos ocupará a tribuna daAssembléia Legislativa paralembrar o aniversário da APP-Sindicato e solicitar o apoioaos projetos de lei de interes-se da educação.

Além de organizar todas asatividades no Estado, APP-Sindicato enviará caravanapara a manifestação nacionalem Brasília.

Se 26 de abril é dia de luta,também é dia de festa. Nessadata a APP-Sindicato comple-tará 59 anos.

No dia 13 de maio a cate-goria realiza Assembléia Esta-dual em Curitiba

• 26/04 - Aulas de 30 minutos, integrando a SemanaNacional em Defesa da Educação Pública.

• 12/05 - Conselho Estadual da APP-Sindicato

• 13/05 - Assembléia Estadual da APP-Sindicato em Curitiba.

• 26/05 - Seminário Estadual de Saúde dos Trabalhadoresem Educação, em Londrina.

• 01/06 - Mobilização pela data-base.

• Maio e junho - Realização das Conferências Regionais deEducação para debater as propostas dos educadores paraos candidatos ao governo.

• 5 e 6/08 - Conferências Estadual de Educação.

• Segunda quinzena de agosto - Debate com os candidatosao governo.

• 30/08 - Paralisação Estadual.

Calendário de Mobilização

Page 6: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

Por não baixar a cabeça e defender a autonomia do sindicato perante o Estado, ogoverno do Paraná iniciou um amplo ataque contra a APP-Sindicato. Os golpes sãodesferidos com o corte de liberações sindicais, processos administrativos, discursos

destemperados em palanques e matérias caluniosas na TV Educativa.

Em vez de negociar, Requião persegue o sindicatoViolação da liberdade sindical, processos administrativos contra militantes fazem parte do baú de maldadesAutoritarismo

O autoritarismo do governotambém beira o fascismo quan-do Requião afirma que a cate-goria não precisa de sindicatopara representá-la. Óbvio, elequer representantes que lhe di-gam “sim, senhor!”.

Neste quesito, se assemelhamuito a Jaime Lerner, que naPrefeitura de Curitiba criou co-

Enquanto milhares de edu-cadores percorriam as ruas deCuritiba em defesa dos seus di-reitos, em 28 de março, um pro-fessor não podia estar presente.Naquele momento, ClaudemirFigueiredo prestava depoimen-to para o processo administrati-vo aberto contra ele e mais __educadores motivado pela ma-nifestação realizada em dezem-bro na Secretaria da Educação.

O mesmo processo miratambém a diretoria da APP-Sin-dicato, uma vez que os demaisindiciados são o presidente daentidade José Rodrigues Lemos,a secretária educacional MarleiFernandes de Carvalho, o se-cretário de Municipais Edilsonde Paula, o secretário de Fun-cionários José Valdivino de Mo-rais e a presidente do NúcleoSindical Metropolitano NorteVilma Santos Costa. No dia 7de abril prestou depoimento opresidente da APP-Sindicato,José Rodrigues Lemos.

Governo tentadesqualificar sindicato

missões de professores paratentar desqualificar o Sismmac(Sindicato do Magistério Muni-cipal) como representantes dosprofessores.

No governo do Estado, opefelista (hoje no PSB) ensaiouo mesmo movimento para ten-tar isolar a APP-Sindicato, masnão teve forças.

Processo administrativo é aarma contra quem não se cala

A medida é repressiva. Nodia 7 de dezembro de 2005, acategoria fez um ato na frenteda Secretaria da Educação parasolicitar a continuidade doscontratos celetistas, com o ar-gumento de que os aprovadosem concurso não supririam to-das as vagas. A direção da APP-Sindicato já antecipava diver-sos problemas que aconteceri-am no início do ano letivo,como de fato ocorreram.

O secretário Maurício Re-quião não ouviu os apelos dostrabalhadores e também se re-cusou a estabelecer diálogo coma APP-Sindicato. Os manifes-tantes decidiram, então, perma-necer nos corredores que dãoacesso ao gabinete do secretá-rio. A intenção era ficar no lo-cal até que ocorressem negocia-ções. Não conseguiram demo-ver Maurício Requião de suaposição intransigente. Cincodias depois, deixaram o local eforam tentar diálogo por meio

do legislativo.O governo plantou um alca-

güete entre os manifestantes,com filmadora e tudo, para for-jar fatos que pudessem incrimi-nar manifestantes. O auge dafarsa ocorreu com a tentativa decriar uma situação de “cárcereprivado”. As imagens dessacena burlesca foram apresenta-das na TV Educativa. A farsa foidesmontada por fotografias naedição de dezembro do jornal 30de Agosto, página 6.

Talvez por ter sido tão ama-dora, a encenação não geroudenúncia de cárcere privado noprocesso administrativo.

Não é a primeira vez que ogoverno tenta coagir educadorespor defenderem seus direitos.Em 2000, uma manifestação defuncionários na antiga sede daSecretaria da Administração(onde hoje é o Museu OscarNiemeyer) resultou num proces-so idêntico de intimidação.

De maneira despótica, o go-vernador Requião revogou a li-beração de oito dirigentes daAPP-Sindicato. Essas lideran-ças foram legal e legitimamenteeleitas por professores e funcio-nários em pleito democráticoque ocorreu em setembro de2005. No entanto, são os traba-lhadores (e não o governo)quem devem definir quais sãoas pessoas liberadas das esco-las para atuarem na organizaçãoda luta da categoria. Com basenuma lei inconstitucional, Re-quião cortou essas liberações.

A decisão afronta as consti-tuições do Paraná e do Brasil,que proíbem a interferência doEstado nos sindicatos. A liber-dade de organização sindical foi

Tentativa de intervir nosindicato afronta aconstituição

conquistada na Constituição de1988 rompeu com o conceitofascista que Getúlio Vargas in-corporou no modelo sindical.Esta concepção em que o Esta-do regula a relação entre capi-tal e trabalho perdurou por dé-cadas e deu argumento para osditadores militares interferiremnos sindicatos. Agora, é ressus-citada por Requião.

A direção da APP-Sindicatoestá revertendo este ataque dogoverno na Justiça e já obtevedecisão liminar favorável à liber-dade de autonomia dos trabalha-dores na organização sindical.

É lamentável que os trabalha-dores precisem apelar para a jus-tiça para garantir o direito à li-berdade sindical e à organização.

Com as atividades parali-sadas e plantão diante do Pa-lácio Floriano Peixoto, no Cen-tro de Maceió, por 18 dias, osprofessores da rede estadualde ensino de Alagoas obtive-ram importante conquista.Eles conseguiram que o gover-nador assinasse o projeto delei que prevê a isonomia sala-rial para os professores de ní-vel superior.

Professores de Alagoas conquistam isonomia

A cada dia que passa o gover-no se contradiz ou é contraditadoem relação às declaraçõesdivulgadas após a mobilização dedezembro.

O secretário Requião fugiu dodiálogo afirmando que estava proi-bido de manter os funcionáriosadministrativos celetistas. Aoanunciar o concurso público paraos funcionários de serviços gerais,o governo declarou que não demi-tirá aqueles que não passarem.Serão inseridos numa classe espe-

Luta da APP-Sindicato garante direitoscial, provisória, para o pessoal semconcurso.

Esta garantia ao pessoal de ser-viços gerais resultou da mobiliza-ção de dezembro, pois foi devido aela que o governo tomou a inicia-tiva, como forma de evitar possí-veis mobilizações na defesa des-ses servidores.

O pagamento das férias dosdemitidos é mais um exemplo dafalta de razão do governo. Alegan-do que os contratos eram nulos,deixou de pagar este e outros di-

reitos trabalhistas. Em relação àsférias, voltou atrás, mas os demi-tidos ainda lutam na Justiça parareceber os valores da rescisão con-tratual.

Para defender este direito, aAPP-Sindicato acionou a Comis-são de Educação da AssembléiaLegislativa, a Procuradoria do Tra-balho e a Delegacia Regional doTrabalho. Com esta ação conse-guiu manter os empregos das edu-cadoras grávidas e em licençamaternidade e também dos do-entes.

A APP-Sindicato recebeu diver-sas manifestações de apoio às ativi-dades reivindicatórias da categoria emtodo o Estado. Dentre eles, a Câmarade Vereadores de Turvo aprovou porunanimidade a moção de apoio à lutados professores estaduais, através daAPP-Sindicato, proposto pelo verea-dor professor Roberto.

A moção diz “A profissão do ma-gistério ao longo da história tem sidoassumida em sua maioria por mu-lheres. E, no entanto, essa profis-são, que no estado recebe o menorsalário, se comparada a outros pro-fissionais com formação igual, ouseja, nível superior. É, portanto ques-tão de justiça, acabar com essa dis-criminação, fazendo a equiparaçãosalarial do magistério com os demaisservidores. E por assim entender,esta casa de leis manifesta apoio aessa reivindicação como forma devalorizar a Educação e o trabalho das

APP recebe moções de apoio

Em 10 de abril, voltaram asaulas, mas a categoria continuamobilizada, realizando passea-tas e outras atividades, pela aimplementação do Plano deCarreira dos funcionários e al-terações no Plano de Carreirado magistério.

Com a isonomia, os profes-sores em início de carreira (R$550) e os veteranos, com maisde 25 anos de serviço (R$

1.325), receberão salário igualaos demais profissionais de ní-vel superior, que é R$ 2.030,para 40 horas.

A primeira parcela da iso-nomia salarial dos professoresde nível superior será de 20%,a partir de outubro. “O restan-te, até que se complete o valorprevisto pela isonomia, serácreditado nos salários em de-zembro”, afirma a presidente doSinteal, Girlene Lázaro.

mulheres”.A Câmara Municipal de Foz do

Iguaçu igualmente aprovou moçãoproposta pelo vereador Geraldo Mar-tins, na qual destaca a necessidadede que “o governo paranaense cum-pra com os compromissos de cam-panha que ainda não foram atendi-dos”.

Também à Escola EstadualGelvira Correa Pacheco, de EnsinoFundamental, de Curitiba, fez ummanifesto de apoio aos professorese funcionários de escola. Pais, pro-fessores e alunos manifestaram seuapoio à luta da categoria.

O Colégio Estadual Jardim Inde-pendência mostrou sua integraçãoao movimento reivindicatório doseducadores com a manifestação dospróprios alunos. Eles fizeramdezenhos e escreveram mensagemde apoio às reivindicações dos pro-fessores e funcionários.

0606060606

Page 7: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

O professor Sebastião deRocco, de Ponta Grossa, haviaenviado carta ao jornal Gazetado Povo, defendendo as reivin-dicações da categoria. Em res-posta, a assessoria de comuni-cação da Seed enviou respostaao jornal, com dados questio-náveis sobre a situação salarialdos professores paranaenses,que não se sustentam median-te um olhar mais atento.

Uma afirmação oficial é a deque professores em final de car-reira recebem no mínimo R$3.586,92 por 40 horas sema-nais. É o valor que está no Ní-vel III da tabela, mas aconteceque hoje não existe nenhumprofessor neste nível e o PDE éuma barreira quase

intransponível. Na realidade, oprofessor vai para aposentado-ria com salário base de R$2,097, pela jornada de 40 ho-ras. Isto se ele tiver cursos depós-graduação, além da licen-ciatura exigida. O final de car-reira para o professor com ape-nas a licenciatura é de R$ 838,88por 20 horas.

A resposta da Seed não dizque o piso inicial de um profes-sor do estado é a metade do pisoinicial dos demais servidorespúblicos que também possuemo ensino superior. Por 40 horassemanais, um professor em iní-cio de carreira recebe por seutrabalho a quantia de R$ 1.030.Os demais servidores agentesprofissionais receberão a partir

de junho R$ 2.088, mais que odobro. É justo que esses funcio-nários recebam bem. Da mesmaforma, é justo que seja corrigidaessa discriminação com os edu-cadores, por meio da equipara-ção salarial.

Alunos por sala - Quanto aonúmero de alunos por sala deaula, a resposta da Seed é revela-dora. Afirma a nota de que amédia de alunos por turma noParaná é de 31,78 no ensino fun-damental e 33,77 ensino médio.Sendo assim, por que o governovetou por duas vezes os proje-tos de lei aprovados na Assem-bléia Legislativa que instituíamo limite de 35 alunos por sala noensino médio e de 30 no ensinofundamental de 5ª a 8ª séries?

O governo e militantes do seu partido têm disseminado oquestionamento sobre por quê a APP-Sindicato promove asmanifestações se o governo se dispõe a negociar? A perguntaé cavilosa, pois passa a idéia de que o sindicato não busca odiálogo. Faz parte da guerra de contra-informação que ogoverno pratica para dividir a categoria. Na verdade ahistória é outra.

A APP-Sindicato tem encaminhado ofícios solicitandoaudiência tanto para o secretário de Educação MaurícioRequião quanto para o governador. No entanto, estesinsistem a ignorá-los.

Por onde vai, o governadorRequião anda afirmando que jáatendeu em tudo o magistérioestadual. Diz que já foi generosoao aprovar o Plano de Carreirados Professores, há dois anos.

O governador omite – porquenão lhe interessa – que os avan-ços do Plano de Carreira ocorre-ram devido à participação ativada direção da APP-Sindicato nas

negociações. Também não falaque o acordo feito era limitadoàs possibilidades do governo naépoca, e que as partes continua-riam negociando melhorias, es-pecialmente nos salários. O go-vernador também se cala sobreas diversas medidas de des-construção do Plano que o go-verno vem promovendo.

Avanços ocorreram porqueos líderes sindicais defenderamque os professores celetistas comanos de Estado não poderiamser tratados como iniciantesapós passarem no concurso; queos aposentados deveriam ser en-quadrados no nível correspon-dente à sua formação na épocada aposentadoria. Foram estes e

muitos outros os cuidados de-fendidos pela direção sindicalpara se corrigir de forma justaas distorções resultantes dosmuitos anos sem concurso.

Requião prometeu, em cam-panha, repor integralmente asperdas salariais da categoria.Isto fez com que milhares deeducadores o elegessem comogovernador. Seu mandato estáno fim e a reposição integral nãoveio. Por isso precisamos mu-dar esta visão do governo. Paratanto, precisamos continuar mo-bilizados. Caso contrário, termi-namos o ano sem reposição sa-larial e sem a aprovação do Pla-no de Carreira dos Funcionários.

“O que poderíamosfazer para os profes-sores do Estado já foifeito generosamente”(Frase do governadorpublicada na Gazeta

do Povo, edição dodia 14 /03/06.

Para o governador categoria já foi atendidaSem luta não teremos reposição salarial e plano de carreiraCampanha Salarial

Governo distorce informações sobresalário da categoria

Governo ignora pedidos denegociação

O direito à greve está pre-visto na Constituição Federaldo Brasil. Seu artigo 9º assegu-ra “o direito de greve, compe-tindo aos trabalhadores decidirsobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que de-vam por meio dele defender”.A greve do dia 28 foi definidaem assembléia da categoria. Por-tanto, é legítima e legal. A orga-nização e luta de trabalhadoresé componente central para a so-ciedade democrática.

Mesmo assim, o governo doEstado está pressionando os di-retores a encaminharem faltase, ao mesmo tempo, pressionaas escolas a reporem o dia. Des-ta forma, tenta punir dupla-

Paralisação de 28 de março está amparada legalmentemente aqueles que exerceramum direito legal.

A APP-Sindicato orienta oseducadores que só façam a re-posição das aulas se as faltasnão forem consignadas. O de-partamento jurídico já está es-tudando medidas judiciais paragarantir o direito do educador.

Reposição - O governo tempressionado as escolas a reali-zarem reposição, a fim de ga-rantir os duzentos dias letivosdo calendário escolar. O sindi-cato lembra que, caso não sejalançada a falta, a reposição podeser realizada a qualquer tempo,durante o ano de 2006. A legis-lação vigente garante autonomiapara as escolas organizarem o

seu calendário. É o que dispõee afirma a Deliberação n° 16/99do Conselho Estadual de Edu-cação em seu Art. 2°: “A estru-tura e o funcionamento do en-sino, cuja expressão é o regi-mento escolar, fundamentar-se-ão nos princípios constitucio-nais que regem o ensino”. En-tre estes princípios está garan-tido em seu inciso II “a autono-mia da escola como unidade co-letiva de trabalho”. Não nosnegamos a repor os conteúdos,tendo em vista o nosso compro-misso com a educação públicade qualidade. Porém, nossosdireitos precisam ser respeita-dos.

Estágio probatório - Profes-

Está marcada para esta se-mana a segunda votação da Pro-posta de Emenda ConstitucionalNº 40, que proíbe a contrataçãode parentes para cargos de con-fiança (sem a realização de con-curso público) dos integrantes doExecutivo, Legislativo, Judiciário,Tribunal de Contas, MinistérioPúblico, prefeituras e câmarasmunicipais.

A proposta foi aprovada emprimeira discussão em 29 demarço. Para que tenha validade,precisa ser novamente receberos votos de 33 deputados. Por-tanto, faltar no dia da votação é amesma coisa que apoiar o ne-potismo. O governo tenta evitar aaprovação.

Nepotismopor um fiosores e funcionários em estágio

probatório sofreram um bom-bardeio de informações equivo-cadas por ocasião da paralisa-ção do dia 28. Diziam que a fal-ta causaria a demissão deles.Um absurdo. Qualquer educa-dor corre o risco de demissãopor falta desde que tenha 30faltas consecutivas ou 60 alter-nadas. Isso após conclusão deprocesso administrativo especi-al, garantindo ampla defesa aofuncionário. E mais, desde aépoca da ditadura, governosnão ousaram demitir educado-res por participarem de parali-sação.

0707070707

Page 8: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 0808080808Sem dialogar com a categoria, governo comete injustiçasReivindicações

Medidas do governo atacam direitos deprofessores e funcionários

A APP-Sindicato está ques-tionando na Justiça o Decreto448 de 14 de março de 05 e oEdital 39/06 de 10 de março de2006 que respectivamente regu-lamenta e institui o Programa deDesenvolvimento Educacional.O PDE foi criado pela Lei Com-plementar Nº 103/04, do Planode Carreira dos Professores,para disciplinar o acesso ao ní-vel III da tabela salarial.

Os critérios apresentadostanto no Decreto quanto noEdital restringem ao máximo oacesso dos educadores ao ní-vel III. O PDE foi transformadonum novo concurso, com limi-te de 1.200 vagas por ano e pro-cesso de seleção com provas deconhecimento e de títulos. Éexigida ao professor carga ho-rária de 40 horas. Diretor deescola e diretor auxiliar que secandidate à ascensão precisadeixar o cargo. O PDE não ga-rante que professores com a ti-tulação de mestrado ou douto-

Enquanto o governo traçaespetáculo com seus proje-tos, como o Fera e Arte nas

Escolas, os educadoresficam sem entender a

adoção de medidas queprejudicam a categoria,

como as regras do PDE e oprograma Anjos da Escola,

que acena para a privatiza-ção, entre outros. Vejanesta página algumas

medidas do governo quedesagradam ou atacam

frontalmente a categoria:

Regulamentação do PDErado, reconhecidos pela Capesacessem de maneira automáti-ca ao novo nível além do mais,a forma de progressão no nívelIII, presente no Decreto dificul-ta ao professor a chegada ao fi-nal da carreira. Estes são algunsdos diversos obstáculos.

Ao instituir uma prova parao acesso às vagas, o governoimpossibilita que aqueles queem tese precisariam de umamelhor atualização teórica par-ticipem do Programa deformação.No mínimo, uma in-coerência.

No entendimento do sindi-cato, tanto o Decreto, quanto oEdital foram apresentados pelogoverno sem um debate e umestudo maior. A APP, por exem-plo, foi impedida de debater oscritérios com o governo. Pare-ce, que a preocupação do go-verno, foi mais de cumprir osprazos presentes no Plano deCarreira do que instituir umprograma que de fato contem-

plasse a necessidade de forma-ção continuada da categoria.

Segundo o Plano, o gover-no teria até 15 de março de 2005para regulamentar o PDE, e até15 de março de 2006 para ins-tituí-lo. Se assim não o fizesse,teria que enquadrar de formaautomática todos os professo-res com mestrado ou doutora-do no Nível III.

Na Justiça, a APP-Sindicatoquestiona o fato do PDE ser re-gulamentado por Decreto, quan-do deveria ser por Lei. O artigo20 da Lei Complementar 103/04, que em seu artigo 20 prevêque ele “será disciplinado me-diante Lei, que considere a ex-periência profissional do Pro-fessor e os resultados dela ob-tidos em benefício da educação,e terá início dentro do prazo

DemissõesO Estado cometeu injustiça

nas rescisões contratuais e des-respeitou direitos trabalhistas.APP-Sindicato buscou providên-cias urgentes junto à Delegaciado Trabalho. Nesta semana ogoverno anunciou que as fériasserão pagas aos demitidos.

A APP-Sindicato encami-nhou denúncia à DRT (Delega-cia Regional do Trabalho) sobreirregularidades cometidas peloGoverno do Estado nas resci-sões contratuais que faz com osservidores contratados pelosRegimes CLT (Consolidaçãodas Leis do Trabalho) e PSS(Processo de Seleção Simplifi-cado), além dos servidores daParanaeducação.

Paranaeducação - Os servi-dores da Paranaeducação foramdemitidos sem a realização doexame médico demissional, oque contraria a legislação traba-lhista. As demissões ocorreramde forma indiscriminada, inclu-sive de trabalhadores em licen-ça médica, professoras e funci-onárias grávidas e em licença-maternidade.

CLT - Alegando nulidadedos contratos, o governo demi-tiu professores e funcionárioscontratados pelo regime CLTsem o pagamento dos seus di-reitos trabalhistas. Foram demi-tidos servidores em licençamédica e até servidoras grávi-das. A denúncia da APP-Sin-dicato destaca: Sob a alegaçãoda nulidade contratual enco-berta o desrespeito aos direitostrabalhistas, como pagamentodas verbas rescisórias e multado Fundo de Garantia por Tem-po de Serviço, entre outros.

Muitos professores com con-tratos temporários (PSS) nãorecebem salários há três meses.O pagamento deveria ter sidoefetuado em 31 de março. Adireção da APP-Sindicato jáapresentou pedido ao governopara o pagamento imediato emfolha complementar.

A notícia repercutiu na im-prensa e a Secretaria da Educa-ção foi questionada a respeito.Segundo notícia publicada peloportal da Gazeta do Povo, aSeed acusou os próprios pro-fessores pelo atraso, afirmando

Governo atrasa pagamento deprofessores do PSS

Pela segunda vez o gover-nador Requião impede a redu-ção do número de alunos porturma. Ele vetou o Projeto deLei 486/05, da deputada Lucia-na Rafagnin, contrariando osanseios da comunidade esco-lar. A APP-Sindicato está mo-bilizando a categoria paraacompanhar a votação e pres-sionar os deputados para aderrubada do veto do governa-dor ao Projeto de Lei.

O veto seria apreciado pelaAssembléia Legislativa no dia21 de março, mas foi retiradode pauta. Nova data deverá sermarcada para apreciação damatéria.

O projeto sugerido pelaAPP-Sindicato e aprovado emdezembro pelo Legislativo, pro-

Governador veta lei que limitaalunos por sala

põe a redução gradativa do li-mite do número de alunos porturma. O Paraná é o Estadocom o maior número de alu-nos por turma da região sul.

O veto do governador aoProjeto de Lei 485/05 seriaapreciado pela Assembléia Le-gislativa dia 21 de março, masfoi retirado de pauta. Novadata deverá ser marcada paraapreciação da matéria. A APP-Sindicato mobilizará a catego-ria para acompanhar a votação,pressionando os deputadospara a derrubada do veto.

O projeto prevê o limite de20 alunos para a educação in-fantil e 1º série; 25 para 2º a4º séries; 30 para 5º à 8º séri-es; 35 alunos para o ensinomédio.

máximo de 12 (doze) meses,contados a partir da promulga-ção desta Lei”. O parágrafo 2ºpermite que “enquanto não foraprovada a lei que disciplinaráo programa (...), este poderá serimplantado por decreto”.

Está claro que o Decreto sópode ter função provisória e adireção da APP-Sindicato quernegociar novos critérios para oPDE. Para tanto, quer ver tra-mitando projeto de lei, comdebate aberto sobre o tema, nãoum Decreto impositivo.

Desta forma, a APP preparaum Projeto de Lei e na seqüên-cia o encaminhará para a As-sembléia Legislativa, a fim deregulamentar com critérios jus-tos o acesso ao Nível III da ta-bela de vencimentos da catego-ria.

que “os salários realmente nãoforam pagos, mas por conta danão apresentação de documen-tos por parte dos professorestemporários”.

Proibição decontratação PSS

No início do ano o governoimpediu que educadores commais de dois anos contratadospelo PSS fossem contratadospara 2006. Graças à luta daAPP-Sindicato a Secretaria daEducação passou a aceitar asinscrições desse pessoal.

O pagamento das férias nãopagas por ocasião da demissão deprofessores e funcionários de esco-las celetistas dispensados em de-zembro está sendo feito em formade ordem de pagamento. Por isso,quem foi demitido e tem direito àsférias, deve ir diretamente a qualqueragência do Banco do Brasil munidode documentos de identidade e CPFpara receber a importância.

Após a manifestação realizadaem dezembro, numa mobilizaçãoque durou cinco dias, na Secreta-

Férias são pagas no Banco do Brasilria da Educação, para que os de-mitidos tivessem seus direitos res-peitados, o governo atende uma dareivindicações da categoria e pagaos valores referentes às férias.

A APP-Sindicato continua naJustiça, cobrando o pagamento dasoutras verbas rescisórias não pagas.Os servidores demitidos que qui-serem reclamar na Justiça estasverbas rescisórias devem ir até oDepartamento Jurídico da APP,para providenciar a documentaçãonecessária.

Ao final desta edição, ogoverno do estado publicouum Adendo ao Edital 39/06. OAdendo altera os seguintespontos do Edital. Amplia oprazo limite de inscrição para11 de maio de 2006. Possibilitaa inscrição do professor comcargo de 20 horas, eliminandoa necessidade de média de 14horas extraordinárias e instituia obrigatoriedade do professorparticipante do programa deestudos permanecer em

atividade na rede estadualdurante dois anos após acertificação do PDE.

A alteração que garante aoprofessor de 20 horasinscrever-se no PDE foiconseguida graças à críticaefetuada pela categoria atravésda APP. No entanto, a propostacontinua dificultando o acessoe a progressão do professor noNível III. O sindicato continuaquestionando na justiça aregulamentação do PDE.

Alteração do edital

Page 9: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 0909090909Medidas do governo atacam direitos de professores e funcionáriosEducação

A Seed publicou as Reso-luções n º 2007/05 e 2008/05 que instituiram a propos-ta de formação continuada ea pontuação dessas para oprocesso de progressão,

Resolução 2007/05 - Es-tabelece a formação continu-ada dos profissionais da RedeEstadual de Educação Básica;

Formação Continuada - 1- Através do Programa de De-senvolvimento Educacional(PDE) - 2- Programa de Ca-pacitação, que compreendeaperfeiçoamento e atualiza-ção (presencial e/ou à distân-cia); sendo facultada a parti-cipação.

Observação - Não estãoincluído para a pontuaçãoeventos realizados pela socie-dade civil organizada e outrasinstituições, como Fóruns,seminários, congressos, seestes não forem conveniadoscom a Seed. A Resolução nº1457/04 instituiu o Conselhode Capacitação e a Coorde-nação de Capacitação que re-aliza a análise e a aprovaçãode projetos.

2 - CapacitaçãoAperfeiçoamento: Estdos

ou cursos na área específica,em cursos de graduação, pro-gramas de pós-graduação eformação continuada somen-te ofertados por Instituiçõesde Ensino Superior.

Atualização: reflexão teó-rico-crítica sobre questõeseducacionais através deeventos ofertados pela Seed;convênios da Seed com ou-tras instituições e projetoselaborados pela Seed/NRE.

Observação - Só receberácertificado o participante queobtiver 100% de frequência

nos eventos (congresso, cur-so, encontro, grupo de estu-dos, oficina, seminários, sim-pósio, palestra, mesa-redon-da, painel, fóruns e conferên-cias).

Resolução nº 2008/05 -Dispõe sobre a pontuaçãodos eventos de formação e/ou qualificação e produçãodo professor da rede estadu-al de educação.

Progressão - Títulos obtidos duran-

te o período de dois anos an-teriores ao ano de concessão,iniciando sempre em 1º dejulho;

Os títulos deverão serobrigatoriamente cadastra-dos no sistema de cadastro decapacitação até 20/09 do anoda concessão da progressão;

8 Apresentar os originaise cópia dos documentoscomprobatórios;

eventos e produções re-alizadas e validadas pelaSeed.

Exemplo: Capacitaçãonos Dias Pedagógicos = 5dias X 8 horas = 40 horas X0,15 = 6 pontos com 100%de frequência.

Cursos de capacitação sá-bados (10 sábados de 8 horas)= 80 horas X 0,15 = 12 pon-tos com 100% de frequência.

6 pontos mais 12 pon-tos=18 pontos.

Ainda faltam 12 pontospara conseguir realizar a Pro-gressão das 2 classes (total de30 pontos)

A avaliação de desem-penho realizada em 4 vezes(uma por semenstre) duran-te 2 anos conquista 1 classena progressão (total de 15pontos).

O Dieese apurou que, na realidade, oEstado investiu:

. 2002 - 18,82%

. 2003 - 19,34%

. 2004 - 19,80%

. 2005 - 20,46%• Foram deixados de investir naEducação Básica R$ 1,966 bilhão.

A ampliação dos recursosdestinados à Educação Básicaé imprescindível para a melho-ria da qualidade da educaçãopública paranaense.

Poderíamos ter em todasas escolas bibliotecas, labo-ratórios, quadras de espor-te, mais salas de aula, aces-so à escola para 54% de

Enquanto isso: Governo deixa de investir quase doisbilhões na educação básica

ANO

ARRECADAÇÃO IMPOSTOS

REC EDUC BÁSICA

% INVEST

REC EDUC SUPERIOR

% INVEST

RECURSOS NÃO APLICADOS

1995 2.304.093.000

718.696.000

31,19%

163.726.000

7,11%

1996

2.656.297.000

939.981.000

35,78%

179.548.000

6,76%

1997

2.743.272.000

1.064.073.000

38,78%

265.995.000

9,70%

1998

3.153.426.000

914.927.000

29,01%

271.251.000

8,60%

1999

3.656.396.000

834.904.000

22,83%

267.607.000

7,32%

79.000.000

2000

4.517.016.000

996.701.000

22,06%

283.617.000

6,28%

132.000.000

2001

5.045.649.000

1.075.882.000

21,32%

296.269.000

5,87%

186.000.000

2002

5.819.754.000

1.233.726.000

21,20%

298.653.000

5,13%

387.362.000

2003

6.690.879.000

1.441.812.000

21,54%

310.739.000

4,64%

347.706.000

2004

7.757.829.000

1.776.335.000

22,89%

324.727.000

4,19%

438.993.000

2005

8.748.715.660

1.964.641.000

22,46%

412.857.000

4,72%

397.000.000

Arrecadação do Paraná e recursos para Educação Básica e Superior(Dados Tribunal de Contas do Estado - TCE)

A Secretaria de Estado daEducação lançou em março o“Programa Anjos da Escola” quetem por objetivo arrecadar di-nheiro para as escolas públicaspela “doação voluntária” das fa-mílias dos alunos ou de pessoasjurídicas. As doações são feitaspor meio das faturas da Copel e odinheiro doado é entregue àsAPMFs, que poderão fazer cam-panhas de arrecadação na comu-nidade.

Até serem resolvidos certos

Anjo da Escola retomapolítica neoliberal

A participação dos pais emães sempre foi uma luta pre-sente dos educadores. Mas, infe-lizmente, nos deparamos outravez com uma política que cha-ma pais e mães para contribuí-rem financeiramente, como secom isto eles participassem dadefinição das políticas educacio-nais.

* Leia artigo da secretária deAssuntos Educacionais daAPP-Sindicato no Portalwww.app.com.br.

adolescentes e jovens de 15a 24 anos que estão fora doensino médio no Paraná(dados do INEP), entre ou-tras.

A APP-Sindicato vem de-nunciando a não aplicação dos25% da receita decorrente deimpostos na educação básica.

Dados do próprio Tribunal

de Contas e do Dieese mostramque os investimentos em edu-cação vem caindo ano a ano,tanto na educação básica comono ensino superior.

Segundo os dados do DIE-ESE, de 1999 até 2005 quasedois bilhões deixaram de seraplicados na educação básicado Paraná. Veja o quadro:

“problemas técnicos” (não especi-ficados), o dinheiro será, primei-ramente repassado à Paranaeduca-ção, que remeterá os valores a cadaAPMF.

Educação já viveu essa “priva-tização por dentro”, segundo ter-mos de Pablo Gentile. A idéia decapitalização de recursos por uma“suposta” participação das famíli-as e da sociedade mascara a des-responsabilização do Estado. Elaainda desnuda a concepção de par-ticipação dos pais e mães.

Resoluções da Seed dificultamavanços na carreira

Page 10: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

APP e associações de diretores realizam Encontro Estadual de Diretores e Equipes PedagógicasEducacional

Encontro reivindica melhorias para a Educação

Nós, diretores de escolas, pedago-gos, professores e funcionários, parti-cipantes do Encontro Estadual da APP-Sindicato e Associações de Diretores,aprofundamos as discussões sobre aEducação Pública. Nossa luta está es-truturalmente ligada à luta pela supe-ração das injustiças sociais.

Para que isso ocorra, é necessáriauma educação que aponte para o fimdas desigualdades que marcam a socie-dade brasileira. A Gestão Democráticae as condições da escola e de trabalhopautaram os debates. Mais uma vez fir-mamos compromisso com a democra-tização ampla da sociedade e, também,com o interior das escolas, fortalecen-do o Conselho Escolar, órgão máximode deliberação.

Através desta Carta, tornamos pú-blicas nossas principais reivindicaçõespara o Governo do Estado. São as se-guintes:

• Reposição Salarial: índice de56,94%. Incorporação do auxílio-transporte no piso salarial, atingindoo pessoal da ativa e aposentados e apli-ca-se o índice de 56,94%. Esse índice énecessário para a isonomia salarial dosprofessores com os servidores do Qua-dro Próprio do Poder Executivo comjornada semanal de 40 horas e curso denível superior. O piso salarial inicialdestes servidores do QPPE, hoje, é R$1.625,00. Em junho, passarão a rece-ber R$ 2.088,00, aumentando a dife-rença salarial entre os servidores e osprofessores.

• Aprovação do Plano de Carreirados Funcionários na educação.

• Alteração da Lei 14.231/03, que

O Encontro Estadual de Di-retores e Equipes Pedagógicasda APP-Sindicato, realizadodia 16 de março, no ColégioSagrado Coração de Jesus, foiencerrado com a assinatura daCarta de Curitiba, sobre as prin-cipais reivindicações de direto-res e equipes pedagógicas de todoo Paraná. O documento já foientregue ao Governo do Estado.

Entre os principais pontosdo documento estão a reposi-ção salarial de 56,94%; a alte-ração do porte de escolas, poiso número de trabalhadores daeducação é insuficiente e difi-culta o trabalho de qualidade ea redução do número de alu-

Diretores e equipespedagógicas das esco-

las do Paraná reuni-ram-se em Curitiba, dia

16 de março, paradiscutir reivindicações

nos por sala de aula, cujo pro-jeto foi vetado pelo governadore está na Assembléia Lergislati-va para a derrubada ou não doveto.

Também é reivindicação arealização de mais concursospara professores de todas asáreas do conhecimento e parafuncionários; substituição de

pedagogos e funcionários quan-do entram em licença; conta-gem das gratificações de dire-ção, de período noturno e au-las extraordinárias para a apo-sentadoria; implementação docargo de 40 horas; alteração doscritérios de acesso ao Nível IIIe melhoria do atendimento àsaúde. A alteração da Lei

14.231/03 para ampliação domandato do diretor de escolatambém está na pauta. (Vejanota nesta página).

A proposta do encontro foiabordar a gestão democrática naescola pública, seus desafios, opapel dos diretores e equipespedagógicas, porte nas escolase aposentadoria especial paradiretor de escola e pedagogo.Entre 200 diretores e pedago-gos participam dos debates.

A mesa de abertura contoucom as participações dos pre-sidentes da APP (José Lemos),Apade (Sérgio Monteiro), Age-nepe (Edmilson Izauro), Agne-pg (José Edilson), Associaçãodos Diretores de Curitiba (Os-valdo Alves de Araújo).

A professora Andrea Gou-veia, da UFPR, falou na primei-ra parte da programação. Elaexpôs o tema democracia naescola pública. Primeiro como

política pública de garantir edu-cação para todos. Segundo o dagestão na escola. Por último ademocratização da qualidadena escola pública.

O presidente da APP, JoséLemos, e a diretora de Assun-tos Educacionais da entidade,Marlei Fernandes, debateram aduração do mandato dos dire-tores, porte das escolas e pro-postas para gestão da escolapública, no final da manhã e noinício da tarde.

Logo depois, a professoraSandra Rodrigues Cabral, as-sessora da deputada NeydeAparecida (PT/GO) e ex-presi-dente do Sindicato dos Profes-sores de Goiás, falou sobre oProjeto de Lei 4571/04, que re-conhece as atividades de peda-gogo e diretor como de sala deaula, garantindo aposentadoriaespecial para diretores e equi-pes pedagógicas.

A ampliação do mandatodos diretores de dois paratrês anos é uma antiga reivin-dicação da APP-Sindicato edas associações de diretores.O governador Requião anun-ciou dia 21 de março que en-viará mensagem à Assem-bléia Legislativa para atender

a este pleito.Por ocasião da votação da

lei que restabeleceu as eleiçõespara diretores de escolas, em2003, a APP-Sindicato apre-sentou aos deputados emen-da para o mandato para trêsanos, que acabou rejeitada pororientação do governo.

Mandato de três anospara diretores

Aposentadoria especialpara pedagogos ediretores está aprovada

No dia 12 de abril o Sena-do federal aprovou o Projetode Lei 4571/04, da deputadaNeyde Aparecida (PT/GO).

Agora o projeto segue paraa sanção do presidente Lulaque, logo após publicado noDiário Oficial, já se torna lei.

O Projeto de Lei altera o ar-tigo 67 da LDB, incluindo to-dos os profissionais da área demagistério na função de magis-tério e com isso a garantia daaposentadoria especial.

É uma antiga reivindicaçãodos trabalhadores em educa-

ção que atuam fora da sala deaula e que foram excluídos naLDB. A APP-Sindicato acre-dita ser uma correção impor-tantíssima para todos os edu-cadores, que sempre tiverama compreensão de que todosque atuam na escola têm essedireito.

O papel da APP foi fun-damental para a aprovaçãodo projeto, até mesmo coma realização de abaixo-assi-nado nas Escolas. O Proje-to está no Portal da APP

www.app.com.br

CARTA DE CURITIBAO documento a seguir reproduzido foi distribuído na solenidade de posse dos diretores deescolas, ocorrida na manhã de 21 de março, no Teatro Guaíra.

instituiu eleições diretas para diretoresdas escolas públicas. Defendemos que omandato do diretor deve ser de 03 anose não de 02 anos como está na Lei,com uma reeleição. Entendemos quedois anos é um tempo muito curto paradesenvolver um Plano mais consisten-te de trabalho.

• Alteração do Porte de Escolas vi-gente, pois o número de trabalhadoresda educação é insuficiente e dificulta umtrabalho de qualidade. Esse item é o quetem gerado as maiores dificuldades nasescolas e é urgente o aumento do núme-ro de funcionários e padagogos.

• Redução do número de alunos porsala de aula, que é excessivo para o nú-mero de profissionais, para as instala-ções das escolas e para um trabalho pe-dagógico de qualidade.

• Mais concursos públicos para pro-fessores de todas as áreas do conheci-mento, para as equipes pedagógicas epara funcionários. Defendemos a rea-lização de concurso público para o pre-enchimento de todas as vagas, suprin-do inclusive as substituições, como jáexiste em outras redes.

• Substituição de Pedagogos e Fun-cionários quando estes entram em li-cença de qualquer natureza.

• Contagem das gratificações de di-reção, de período noturno e aulas extra-ordinárias para a aposentadoria. A Re-solução 11/06 dificulta a contagem des-ses benefícios para a aposentadoria.

• Continuidade da contagem de au-las extraordinárias no segundo cargo(padrão).

• Implementação do Cargo de 40horas já aprovado no Plano de Carrei-

ra e debatido com o governo.• Alteração dos critérios de acesso

ao Nível III, assegurando sua universa-lização e acesso.

• Alteração das Resoluções 2007/2005 e 2008/2005 que retardam e difi-cultam a progressão na carreira.

• Melhoria do atendimento à saúde.• Tratamento igualitário aos pe-

dagogos em relação à hora-aula e fériasconforme plano de carreira da catego-ria, já que o plano transformou todosem Professores Pedagogos.

• Defesa da experiência pedagógi-ca do curso Pró-Funcionário, do MEC,voltado para a profissionalização dosfuncionários de escola, com nossa par-ticipação.

É tempo de corrigir distorções ecobrar do governo os compromissosde campanha com os educadores doParaná. Para isso estaremos lutando,para que nossas reivindicações sejamatendidas, certos de que contribuirãopara a melhoria do Ensino Público Pa-ranaense.

Continuamos acreditando na espe-cificidade do nosso Território de Luta: aescola, nosso lugar de encontro paracompartilharmos a cultura, a diversida-de, os valores democráticos. É o lugarde nos mobilizarmos a favor do conhe-cimento, da vida, da emancipação.

APP-Sindicato, APADE, ADEPEC(Curitiba), AGELON (Londrina), AGE-NEP (Paranavaí), AGNEPG (PontaGrossa) e Associações de Diretores deDois Vizinhos, Guarapuava, Foz doIguaçu, Goioerê, Irati, Medianeira,Palmeira e Toledo.

Conquistas:

Diretores e equipes pedagógicas aprovam carta de Curitiba

Foto

: Ed

ianê

s Vi

eira

1010101010

Page 11: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

Os participantes debateram a importância das disciplinas para a formação crítica do estudantesEducacional

Educadores defendem obrigatoriedade doensino de Filosofia e Sociologia

1111111111

O Encontro Estadual de Pro-fessores de Filosofia e Sociolo-gia organizado pela APP-Sindi-cato, pelo Núcleo sobre Educa-ção e Filosofia da UFPR e pelaUniversidade Estadual de Lon-drina, reuniu mais de 200 edu-cadores, no dia 24 de março,em Curitiba superando as ex-pectativas os realizadores doevento. O tema central foi oensino de filosofia e sociologiada legislação à sala de aula.

As principais discussões doevento ficaram em torno das rei-vindicações dos educadorespara tornar obrigatórias no cur-rículo as disciplinas de socio-logia e filosofia e participar dasdiscussões das diretrizes cur-riculares estaduais das duasmatérias no ensino médio.

Com representantesde todas as regiões

do Estado, educado-res das áreas de

Filosofia e Sociolo-gia realizaram

importante eventoem Curitiba.

Ao final do Encontro foi ela-borada carta com estas e outrasreivindicações. A carta foi en-caminhada ao Conselho Nacio-nal de Educação, solicitando,entre outros aspectos, a inclu-são das disciplinas nas Diretri-zes Curriculares Nacionais doEnsino Médio.

A primeira mesa de debatescontou com as participações deAdemir Pinhele Mendes (de-partamento ensino médio daSeed), Emmanuel Appel (de-partamento de Filosofia UFPR),Geraldo Horn, Ileize FiorelliSilva (departamento CiênciasSociais UEL/GAES) e PadreDomenico Costella (ConselhoEstadual de Educação). Elesabordam a obrigatoriedade dafilosofia e da sociologia comodisciplinas no Ensino Médio ea legislação.

Em seguida, a mesa teve aspresenças de Maria Rosa Cha-ves Künzle (APP-Sindicato),Giselle Moura Schnorr (APP-Sindicato e IFIL), Izabel CristinaCouto (Departamento de Ensi-no Médio - Seed), Bernardo

Kestring (departamento ensinomédio Seed) e Geraldo Horn(Coordenador do Nesef/FPR).A abordagem foi sobre a con-tribuição da filosofia e da soci-ologia no currículo do ensinomédio. A carta do encontro estádisponível no Portal da APP-Sindicato: www.app.com.br.

O Fórum Paranaense de Edu-cação de Jovens e Adultos lançounota para contestar decisão daJustiça que suspende a Delibera-ção nº 06/05 do Conselho Estadu-al de Educação. A medida do CEEestabelecia normas para a EJAnos Ensinos Fundamental e Mé-dio no Paraná.

Para o fórum, a deliberaçãorepresenta “avanço na consolida-ção desta modalidade educacio-nal, assimilando-a como políticapública, gratuita e de qualidadepara atender a população jovem,adulta e idosa excluída do proces-so de escolarização”.

A suspensão judicial da deli-beração “atende aos interessesprivatistas e mercadológicos naEducação”.

“A oferta desta modalidade deforma gratuita significa a possibi-lidade de retorno a escolarizaçãoda população que no seu tempocriança não teve possibilidadesde estudar devido a fatores comoa inexistência de escola na regiãode sua moradia, a obrigação detrabalhar para contribuir com a fa-mília, a exclusão gerada pelas pró-prias escolas. A população que ne-

cessita da Educação de Jovens eAdultos é parte daqueles que es-tão econômica e socialmente ex-cluídos e que, portanto, tem invia-bilizado o seu direito de retornarao processo educativo formal senão houver a garantia pública egratuita de sua oferta”.

“Neste sentido, concordamoscom a deliberação quando afirmaque ‘a iniciativa privada poderá ofer-tar cursos de EJA, desde que tal ofer-ta seja gratuita aos educandos’”.

“Quanto à definição da idadepara ingresso nos cursos de EJA,presente na deliberação, de 15 anoscompletos, nas séries iniciais, e 18anos completos, nas séries finaisdo Ensino Fundamental e no Ensi-no Médio, o fórum considera ade-quadas tendo em vista que:

• o artigo 2º do Estatuto da Cri-ança e do Adolescente considera‘criança, (...) a pessoa até dozeanos de idade incompletos, e ado-lescente aquela entre doze e de-zoito anos de idade’.

• a diversidade do público jo-vem, adulto e idoso trabalhadorexige que esta modalidade pos-sa flexibilizar horários e a organi-zação do tempo escolar, bem

Avanços na educação de jovens e adultossofrem ameaças dos interesses privados

como permite que o cumprimentodo currículo possa ser diferente doensino regular.

• o ensino regular de qualida-de é a forma de organização daescolarização mais adequada aosadolescentes e jovens, inclusive,aqueles que apresentam defasa-gem idade-série.

• a EJA jamais deve ser defini-da ou mantida como sinônimo de‘aligeiramento’ da escolarizaçãoou utilizada como mecanismo decorreção de fluxo ou de adequa-ção idade-série.

A APP-Sindicato convida a to-dos para a II Reunião Plenária doFórum Paranaense de EJA, dia 25de abril (3ª feira), às 09h, no Audi-tório da Secretaria Municipal deEducação de Campo Largo, na ruaNatal Pigato, 925, Centro, CampoLargo. O Auditório fica no mesmoprédio da Prefeitura Municipal.

Pauta: Adesão ao Fórum; Deli-beração nº 06/05;ENCCEJA;ENEJA/ EPEJA; Festival Nacional de Apren-dizagens; FUNDEB Informações:41- 3026-9843 ou por e-mail:[email protected]

Reunião doFórum de EJA

Ao concluir processo disciplinar em 2001, a secretaria de Edu-cação (Seed) elaborou relação com nomes de professores portado-res de certificado de especialização da Faculdade São Luiz, de Jabo-ticabal (SP).

A Seed promoveu alguns para o PG-7. Outros, não.A APP-Sindicato então ingressou com ação, com fundamento no

princípio da isonomia, postulando promoção ao PG-7 para todos osprofessores sindicalizados que integravam a listagem.

Lembrete: ação na Justiça ingressada pela APP tão somente paraos professores sindicalizados que faziam parte da listagem.

A ação foi julgada procedente. O juiz já determinou à Seed quefaça o enquadramento dos professores no Nível II, especialização,num prazo de 30 dias

A Seed, no entanto, pediu mais 30 dias para cumprir a decisãoda Justiça.

Outras ações

Tramitam na Justiça várias ações judiciais impretadas pela APP,entre as quais:

• Ação postulando pagamento de um qüinqüênio para cadaano trabalhado após completado o tempo necessário para aposen-tadoria especial da professora (25 anos) até completar 50% sobreo vencimento.

• Ação pleiteando o pagamento do auxílio-transporte para osaposentados, na medida em que a verba integra a remuneraçãopara todos os efeitos legais, de acordo com a Lei Complementar103/04.

• Ação postulando a diferença das aulas extraordinárias incor-poradas aos proventos de aposentadoria anterior a maio de 2004.

• Ação pleiteando aposentadoria integral para os professoresque se aposentaram antes de maio de 2004, optantes pelo regimedo RDT (Regime Diferenciado de Trabalho).

• Ação postulando enquadramento dos professores portadoresde título de mestre ou doutor, que obtiveram o certificado quandoestavam em atividade, no Nível III.

• Ação que pleiteia ressarcimento das contribuições previden-ciárias descontadas dos educadores aposentados do período apósdezembro de 1998.

• Ação que cobra indenização pelo fato de o Estado do Paranánão ter concedido reposição salarial anual no período do GovernoJaime Lerner.

JurídicoEspecialização de JaboticabalA APP ganha na Justiça o direito ao enquadramentoNível II para os professores com pós-graduação emJaboticabal

Professoresde

sociologia esociologia

participamde

seminárioem Curitiba

Foto

: Ed

ianê

s Vi

eira

Page 12: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 1212121212Implantação do Plano de Carreira não trará impacto financeiro para o EstadoEducadores

Funcionários de escolas fortalecem a lutapelo plano de carreira da categoria

Um dos principais pontosde luta dos educadores do

Paraná é a aprovação,pela Assembléia Legislati-

va, do Plano de Carreirados funcionários das

escolas públicas da redeestadual.

Veja proposta de Tabela Salarial do Plano de Carreirados Funcionários de Escolas:

Este plano de carreira dos fun-cionários foi totalmente construí-do em conjunto com representan-tes da categoria e do Governo doEstado, inclusive com o aval dopróprio secretário Maurício Re-quião. O Plano, portanto, está to-talmente adequado às exigênciaslegais impostas pelo governo edentro dos parâmetros financeiros,de modo que não imponha qual-quer impacto financeiro que pos-sa prejudicá-lo. Por isso, a catego-ria revindica que o governo enviecom urgência a proposta à Assem-bléia Legislativa para que possa seraprovada e transformada em lei.

Para uns pode ser cômodo to-mar posse de um cargo efetivo, terum piso salarial reajustado de R$500,00 para R$ 580,00 ou deR$534,21 para R$ 870,00. Mas épreciso pensar no futuro.

Sem sombra de dúvida, umaconquista da categoria, porém,para quem obtiver uma visão defuturo, sabe-se que apenas ter umatabela com valores nominais dis-tribuídos em classes e referênciasnão basta.É preciso ter acesso aestes valores de salário e por issotorna-se necessário conhecer a mo-bilidade que está instituída na leido QPPE e , a partir desta análise,reafirmar a nossa luta pelo Planode Carreira vinculado à Educação.

QUAL É O PROBLEMAENTÃO?

Promoção - O art. 10 do QPPE,define que a promoção ocorrerá

O QUE QUEREMOS?

Nosso plano propõe amesma tabela do QPPE,transformando as classesem níveis distribuídosde acordo com a habili-tação. Queremos a pro-moção automática de umnível para outro a partirdo protocolo de nova ti-tulação, como ocorrecom o plano dos profes-sores:

De olho no futuro

- Criação da profis-são de Funcionário deEscola pelo Ministériode Educação e Cultura;

- Implantação de 38turmas do Ensino Téc-nico Profissionalizantepara os funcionários daEducação no Paraná;

- Inclusão do texto doFundeb no congresso na-cional e debate do con-ceito de funcionáriosProfissionais da Educa-ção;

- Aprovação da Lei daSenadora Fátima Cleide,funcionária da Educaçãono Senado que altera oartigo 61 lei da LDB, es-tendendo o conceito deprofissional da Educa-ção aos funcionários quefizeram o curso técnicoprofissionalizante.

- Aprovação do proje-to de Lei que altera a Ta-bela Salarial dos Funcio-nários.

- Reconhecimento dogovernador do erro co-metido aos funcionáriosadministrativos e a pro-messa de não demissãodos funcionários nãoaprovados no concursopara Serviços Gerais.

- Reconhecimento daSecretaria de Estados daEducação que somoseducadores com mudan-ça nos dias pedagógicosincluindo os funcioná-rios nas discussões e es-tudos.

O que a categoriaconquistou em 2006:

PROGRESSÃO NOPCCV:

O QPPE traz 36 referênci-as. No nosso plano são apenas12. Com isto o funcionário po-derá avançar, a cada dois anos,até duas referências, sendouma por avaliação de desem-penho e outra por titulação acada 40 horas de curso.

O piso inicial do Agente de apoio (serviço gerais) passou de:R$ 228,41 salárioR$100,00 gratificaçãoR$100,00 abono R$71,59 complementação de salário mínimo

Total : R$500,00 remuneração

Para R$ 580,00 de piso salarial inicial na nova tabela com as incorpo-rações para agente de apoio.

O piso de Agente de execução (Administrativo) passou de:R$334,21 salárioR$100,00 gratificaçãoR$100,00 abonoTotal: R$534,21

Para R$ 870,00 de piso salarial inicial da nova tabela com a incorporação dagratificação e abono

Como ficaria apromoção no PCCV:

Agente Educacional I (hojeagente de apoio):Nível I: Ensino FundamentalCompletoNível II: Ensino Médio Com-pletoNível III: Ensino Técnico Pro-fissionalizante de Nível Médio

Agente Educacional II(hojeagente de execução):Nível I: Ensino Médio Com-pletoNível II: Ensino Técnico Pro-fissionalizante de Nível MédioNível III: Ensino Superior emÁrea Correlata ou na Área deEducação.

de quatro em quatro anos, portan-to, de 5 de julho de 2002 a 5 dejulho de 2006. São quatro anos.Quem não conseguiu sua promo-ção ou tomou posse em janeiro de2006, segundo a lei, deverá aguar-dar até 2010, desde que haja va-gas para a promoção, conjugado aoutros critérios, como:

- Avaliação de título;- Tempo mínimo de dois anos

na classe;- Obtenção de conceito satis-

fatório em avaliação de desempe-nho na classe.

Isto quer dizer que se o gover-no não quiser, não haverá promo-ção em 2010. Não fique triste...em2014 você poderá ter mais sorte.

Você pode perceber que estacarreira não é boa .Vamos lembrarque não foi discutido com a cate-goria e todas as nossas emendasforam rejeitadas.

Progressão - A progressão noQPPE, que é a passagem de umareferência à outra, se dará de qua-tro em quatro anos pelos critériosde avaliação de desempenho , sen-do uma referência para quem ti-ver um conceito satisfatório .

Poderá avançar o agente deapoio, mais duas referências, sendouma delas para 40 horas de cursos eduas para quem comprovar 80 ho-ras de curso relativas ao desempe-nho da função e outra ao quinto anode atuação.

O agente de execução poderáavançar uma referência por avalia-ção de desempenho, duas referênci-as para quem comprovar 160 horasde cursos e mais uma por tempo deserviço a cada 5 anos de atuação.

Percentual entre níveis 56,21%Percentual entre Classes 4%

AGENTE EDUCACIONAL I

Nível Classe1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

I 870 900,45 931,97 964,58 998,35 1.033,29 1.069,45 1.106,88 1.145,62 1.185,72 1.227,22 1.270,17II 1.371,79 1.419,80 1.469,49 1.520,93 1.574,16 1.629,25 1.686,28 1.745,30 1.806,38 1.869,61 1.935,04 2.002,77

III 2.162,99 2.238,70 2.317,05 2.398,15 2.482,08 2.568,96 2.658,87 2.751,93 2.848,25 2.947,93 3.051,11 3.157,90

AGENTE EDUCACIONAL II

Percentual entre níveis 57,67%Percentual entre Classes 4%

Page 13: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 1313131313Avançar na profissionalização: este é um dos grandes desafios para os funcionários de escolasProfissionalização

Pró-Funcionários é uma realidade no Paraná

A APP-Sindicato tem rece-bido reclamações de funcioná-rios das escolas públicas esta-duais que perderam o direitoao vale-transporte. Apesar daextrema necessidade.

O problema está ocorrendopor causa do método de distri-buição adotado pelo Governodo Estado através do sistemade geoprocessamento.

Geoprocessamento é um sis-tema informatizado de dadosgeorefenciados.

Usa programas computado-rizados (por meio de mapas eplantas) para saber informaçõesde lugares, ruas, cidades, etc.

Por exemplo: permite aocomputador usar uma plantade cidade para apurar trajetoentre casa e local de trabalho

Funcionários ficam sem vale-transportede certa pessoa. O exemplo ser-ve para o caso dos funcionáriosde escolas.

Ao usar o geoprocessamen-to, o governo mapeia a distân-cia entre a escola (local de tra-balho) e a moradia do funcio-nário.

Além disso verifica linha detransporte coletivo que atendeo local. Só depois disso é quelibera ou não o vale-transporte.

Funcionários dizem que ométodo deixa muita gente noprejuízo.

O sistema adotado pelo Es-tado não leva em conta o traje-to real que o funcionário fazentre a sua casa e o local de tra-balho. Leva em conta, segundofuncionários, trajeto virtual for-necido pelo mapa.

Após a intervenção da APP-Sindicato junto ao Ministé-

rio de Educação e Cultura eà Secretaria de Educação

do Paraná, o Pró-Funcioná-rio já é uma realidade.

A defesa da criação de umacarreira profissional específicapara o funcionário de escola temsido uma constante desde a déca-da de 90.

No Paraná, em outubro de1995, o Sinte - sindicato que re-presentava os funcionários de Es-colas, promoveu o 1º Encontro Es-tadual, tendo como palestrante oprofessor João Monlevade. O en-contro defendia a valorização dosfuncionários, bem como a profis-sionalização da categoria, com otema: Funcionários de Escolas -Profissionais da Educação ou fun-cionários descartáveis. Neste pe-ríodo, também avançava no Bra-sil e no Paraná o processo de ter-ceirização e este questionamentodo Encontro veio como forma deresistência a este processo priva-tista.

Em janeiro de 1998, no Con-gresso Nacional da CNTE, houveuma plenária de funcionários deescolas, quando foi exposto o pro-jeto de profissionalização, que omunicípio de Cuiabá tinha produ-zido, o qual posteriormente tam-bém se estendeu a todo Estado doMato Grosso. A confederação dosTrabalhadores em Educação se-guiu fazendo o acompanhamentodeste projeto, com a experiênciano estado do Acre e uma turmaem Brasília.

No entanto, com Luiz InácioLula da Silva na presidência, vá-rios militantes que atuavam no

meio sindical foram ocupar car-gos no governo. Dentre eles, o pro-fessor e dirigente da CNTE Fran-cisco das Chagas Fernandes, ocu-pando a função de Secretário daEducação Básica do MEC. Ele le-vou em sua bagagem de conheci-mento o nosso projeto de profis-sionalização, buscou criar espaçodentro do governo para a valoriza-ção deste segmento e conseguiuaprovar no Plano plurianual 2004a 2007 recursos destinados a estavalorização.

Nos dias 1º, 2 e 3 de abril de2005 foi promovido um Seminá-rio pela Secretaria de EducaçãoBásica do MEC, com a participa-ção da CNTE, Undime, represen-tantes sindicais, Consed, Univer-sidade Federal do Paraná, repre-sentada pela Professora Etiene;APP-Sindicato representado porJosé Valdivino de Moraes; e a Se-cretaria de Educação, representa-da pela advogada Fabiana GaleraSevero. Nesta oportunidade, alémde fazer as apresentações dos pro-jetos já existentes, o MEC anun-ciou que estaria disponibilizandopara os Estados o valor de oito mi-lhões de reais para investimentosna profissionalização. Com esta in-formação, a APP Sindicato pautoua Seed e conseguiu que o Paranáfosse contemplado com R$ 500 milpara investimentos em cursos dequalificação para funcionários deserviços gerais, como merendeirae inspetor de alunos.

A Secretaria de EducaçãoBásica do MEC pautou o ConselhoNacional de Educação, o qualcriou a 21º Área Profissionalizan-te, como serviços de apoio escolar,com quatro sub-áreas: o Técnicoem Gestão Escolar, Multimeio es-colar, Alimentação escolar e Infra-estrutura escolar.

O Pró-funcionários foi homo-logado pelo ministro da EducaçãoFernando Haddad em 26 de outu-bro de 2005. Um termo de com-promisso foi assinado com a Se-cretaria de Estado da Educação doParaná pela implementação emregime experimental do Pró –Fun-cionário.

Em 11 de março de 2006 foirealizada a aula inaugural em 38turmas, sendo um curso profissio-nalizante de nível médio, aprova-do pelo Conselho Estadual de Edu-cação no dia 5 de abril de 2006.

O Paraná foi um dos cinco es-tados escolhidos para implantar oPró funcionário, o que nos remetea uma grande responsabilidade,para que esta experiência tenhaêxito. A escolha se deu graças aosseminários pedagógicos realizadoscom a APP-Sindicato, os NúcleosRegionais de Educação e a UFPR,através da professora Maria Mad-selva Feiges da UFPR; ao grandeEncontro Estadual, com a partici-pação de cerca de 2,5 mil funcio-nários, com a presença do secre-tário de Educação Básica do MEC,professor Francisco das ChagasFernandes, e do professor e depu-tado Federal Carlos Abicalil; e aoSeminário sobre Profissionaliza-ção, com a presença do professore assessor do Senado João Monle-vade, e da professora Josete, asses-sora do MEC. Todo este trabalhoajudou a trazer o pró-funcionáriosao Paraná.

A lei 15.044/06, que deter-mina o aumento dos saláriosdos servidores públicos quecompõem o Quadro Próprio doPoder Executivo (QPPE) foi san-cionada pelo governador Ro-berto Requião. A reivindicaçãopor reajuste salarial aos servi-dores é uma das principais rei-vindicações da APP-Sindicato.Ao todo, serão beneficiados43.750 servidores, entre apo-sentados, pensionistas e pesso-al da ativa. Neste número estãoincluidos os funcionários de

Reajuste para funcionários é aprovado pelo governadorescolas.

O reajuste salarial para ostrês cargos que formam o QPPE,também chamado de quadrogeral, varia de 25,56% - referen-te às funções de ensino superi-or - a 88,1%, correspondente àsfunções de agentes de execução,e totaliza um acréscimo mensalde R$ 27,1 milhões com des-pesas de pessoal. A lei tambémreestrutura as tabelas de venci-mento do quadro próprio e cor-rige distorções entre os cargose entre o quadro geral e os de-

Governo anuncia concursopara serviços gerais

Governador Roberto Requi-ão anunciou em fevereiro a aber-tura de concurso público paracontratar 11.800 funcionáriosauxiliares de serviços geraispara as escolas públicas estadu-ais. Ele também informou quequem já atua nessa função e nãoseja aprovado no concurso nãoserá demitido, será lotado emfunções gratificadas.

A não demissão dos servido-res auxiliares de serviços gerais éuma conquista da APP-Sindicato,que sempre cobrou dos governosestaduais a regularização dos con-tratados de forma precária.

Estes funcionários dedica-ram parte de suas vidas à educa-ção pública, deram muito pelaescola, por isso não podem pagarpelos erros de governos passados,diz José Rodrigues Lemos, presi-dente da APP.

Segundo o governo, para osnão aprovados será criado, pormeio de projeto de lei, funçõesgratificadas, a serem extintas as-sim que os funcionários se apo-sentarem.

A APP-Sindicato está acompa-nhando atentamente a implanta-ção da medida

Curitiba sediará nos dias 19 e20 de maio o Encontro de Funcio-nários das Regiões Sul e Sudeste.As secretarias de funcionários desindicatos de trabalhadores da edu-cação dessas regiões se reunirão nacapital paranaense para debater oencaminhamento das lutas dos fun-cionários da Educação.

O evento é uma prévia regio-nal para o Encontro Nacional,agendado para ocorrer no períodode 12 a 14 de julho de 2007, emPalmas, no Tocantins.

mais quadros de pessoal. Oprojeto incorporou ao saláriobase do servidor o abono de R$100 e da gratificação de assidui-dade, também de R$ 100.

O pagamento deverá respei-tar os limites da Lei de Respon-sabilidade Fiscal (LRF) e porisso será feito em etapas, segun-do alega o governo. Os agentesde apoio deverão receber o au-mento na folha de maio e osagentes de execução e profissio-nal, no dia 30 de junho.

Encontro de funcionários será em maioDebater e redefinir os passos

da luta pelo reconhecimento daidentidade e da carreira dos fun-cionários das escolas é a principalmeta do encontro. Esta luta temavançado, com a implantação dosprojetos de profissionalização nosEstados, como o Profuncionários,promovido pelo MEC.

Precisamos consolidar avançosna Legislação. Um deles é a apro-vação de planos de carreiras. Ou-tro é a criação da Área 21 (quereconhece os funcionários como

educadores e define sua atuaçãoprofissional), pelo Conselho Na-cional de Educação. Há ainda osprojetos de lei sobre carreira e deinclusão dos funcionários comocategoria profissional na Lei deDiretrizes e Bases, ambos em tra-mitação no Congresso Nacional.

Como é um encontro entre sin-dicatos, pela APP-Sindicato deve-rão participar funcionários de es-colas que atuam na direção esta-dual e dos Núcleos Sindicais daentidade.

Conselho Estadual aprova o por unanimidade o Pró-funcionários

Foto

: Ed

ianê

s Vi

eira

Page 14: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 1414141414Representantes de diversas regiões do Estado debatem a organização para os educadores municipaisMunicipais

Seminário de Municipais supera expectativasda direção da APP-Sindicato

Com o tema Uma Propostade Integração, a Secretaria deMunicipais da APP-Sindicatorealizou em Curitiba, no dia 3de março, o seu Seminário dePlanejamento Estratégico, reu-nindo número expressivo departicipantes e superando asexpectativas iniciais.

O Seminário contou com re-presentação ampla da DiretoriaEstadual, dos funcionários e se-cretários de Municipais de 28dos 29 Núcleos Sindicais, alémde assessores da APP e de di-retores de associações de pro-fessores filiadas à APP-Sindi-cato.

Inicialmente, o diretor deMunicipais, Edilson de Paulafez um resgate do trabalho daSecretaria, que foi criada em1996. Hoje está presente emmais de 100 municípios, atu-ando nas áreas de Política Sin-dical, Financiamento da Edu-cação, Planos de Carreira,

Planejamento Estratégicoda Secretaria de Munici-

pais da APP-Sindicatoreúne representantes de

municípios de todas asregiões do Estado.

Ações Jurídicas, Regime de Tra-balho e Previdência e PolíticaEducacional, contribuindo tam-bém com vários sindicatos e as-sociações de educadores muni-cipais. Além da atuação espe-cífica, a Secretaria acompanhae leva a luta dos trabalhadoresem educação, em conjunto coma Direção da APP e também par-ticipa das lutas gerais dos tra-balhadores.

Esse crescimento aconteceuem razão da demanda existentee, também, pelo reconhecimen-to conquistado junto à catego-ria, graças ao trabalho realiza-

do pela Secretaria e pela refe-rência positiva da APP Sindi-cato em todo o Estado.

Na sequência do semináriofoi apresentado um diagnósti-co da atuação no Estado. A pro-cura dos municípios pela atua-ção da Secretaria é constante ecrescente, requer uma atuaçãoespecializada e pronto atendi-mento cuja demanda nem sem-pre é atendida. Isso é devido,principalmente, à maneira deatuação centralizada, ao esgota-mento dos recursos utilizadosface ao crescimento contínuo dademanda.

Para superação da situaçãoatual foi apresentada uma pro-posta para nova forma de atua-ção da Secretaria para o perío-do, de maneira a contribuirpara a formação do ramo daeducação e superar as dificul-dades operacionais encontra-das.

Resumidamente, a Secreta-ria vai reforçar sua atuação atra-vés dos núcleos sindicais, coma participação mais próximadas diretorias regionais e en-volvendo coletivos regionaisformados com membros de co-missões municipais.

Outro ponto fundamental éa visão integradora das açõesda Secretaria com as demais.Dessa forma, por exemplo,pode-se planejar e implemen-tar um plano de formação sin-dical para os professores darede municipais envolvendo aSecretaria de Formação, bemcomo a discussão de um pla-no educacional para os muni-cípios com a Secretaria Educa-cional, e assim por diante. Ouseja, para potencializar a açãoe dar conta da demanda, a pró-pria estrutura da APP é chave

para isso.Assim, explica o diretor

Edilson de Paula, a Secretariade Municipais propõe a integra-ção de visões, atitudes e proce-dimentos entre as instâncias daAPP como uma maneira de su-perar as dificuldades e os limi-tes encontrados, trabalhando deforma colaborativa e sinergéticacom os diversos atores envolvi-dos.

No seminário também foiapresentada uma proposta deroteiro para sindicalização. Fi-nalmente, foi apresentada anova estrutura da página da Se-cretaria no portal da APP, quedeve funcionar como um muralcom informações básicas sobreorganização dos professores e aatuação da Secretaria nos mu-nicípios.

Cada apresentação dessas foiseguida de uma sessão de de-bate e de perguntas e respostasque ajudaram a validar e melho-rar as idéias apresentadas. Foimostrada também que a imple-mentação dessa proposta, alémde uma fase piloto inicial, seráfeita por adesão dos núcleos.

A 4ª sessão do Fórum Per-manente de Controle e Fiscali-zação do Fundef foi realizadanos dias 6 e 7 de abril, emTelêmaco Borba. O evento con-tou com apoio da APP-Sindi-cato e teve por principal objeti-vo instrumentalizar e fornecermecanismos aos conselheirosdo Fundef para o acompanha-mento eficiente da aplicação dosrecursos.

O secretário de Municipais

APP participa de Sessão do Fundef em Telêmaco Borbada APP-Sindicato, Edilson dePaula, participou do evento e,segundo sua avaliação, a APP-Sindicato está se firmado comouma das entidades de maiorparticipação no Fórum, desen-volvendo papel de fundamen-tal importância para oatingimento dos objetivos pro-postos.

Os trabalhos da 4ª sessão doFórum tiveram início com a pa-lestra A Educação como direi-

to do cidadão- análise de con-juntura, com o advogado espe-cialista em orçamento público,Ludimar Rafanhim. O encerra-mento do dia 6 ficou por contado consultor e especialista emgestão e financiamento da Edu-cação e plano de carreira, Mil-ton Canuto, que falou sobre Fi-nanciamento da Educação -Fundeb/Fundef.

O Controle e a fiscalizaçãodo Fundef foi o tema abordado

pelo Centro de Apoio Operacio-nal às Promotorias de Justiça eProteção à Educação. Logo emseguida, o conselheiro do Tri-bunal de Contas do Paraná, Fer-nando Augusto Mello Guima-rães, falou deu continuidade aomesmo tema, sendo o evendoencerrado com a Plenária Finale esclarecimentos de dúvidas.

O Fórum Permanente deControle e Fiscalização doFundef realiza sessões periódi-

cas com metas de conscientizaros conselheiros do Fundef desuas atribuições e da relevân-cia de suas funções, explicar acomposição da verba do Fundefe as formas pelas quais a comu-nidade pode monitorar a corre-ta aplicação dos recursos e pos-sibilitar clareza para realizar osencaminhamentos de possíveisdenúncias.

A professora Nely Fátima Faquinié professora de Inglês em Santa Lú-cia e teve sua casa incendiada, no dia3 de outubro de 2004 (dia da eleiçãopara prefeito). Perdeu a casa com tudoo que havia dentro, por ação humana,segundo apontaram os laudos perici-ais. Assim ela lembra da triste data:“Pensei que fosse enlouquecer, poisnão dormia nem comia. Imaginem: vocêsai pela manhã deixando sua casacom tudo, e quando retorna não temmais nada, perdeu tudo o que cons-truiu durante toda sua vida. Vivam porum instante o meu dilema. Se imagi-nem agora sem suas casas, roupas,

Passado de cinzas em Santa Lúciacalçados, até sem perfume, cremes...(tudo custa dinheiro), sem contar asrecordações preciosas, como fotos,lembranças que os filhos nos deramno dia das mães, dos pais, aniversá-rios. Isto não há preço que pague. Nãotemos mais nada disso, nem para ma-tar saudades. Bens materiais se cons-troem, mas, e os sentimentos? Há re-volta em saber que alguém planejou eexecutou essa destruição. Imaginemcomo ficou o estado psicológico denossa família, da nossa filha adoles-cente que perdeu tudo. Quantos anosterei que trabalhar, incansavelmentepara conseguir o que já tínhamos? So-

mente porque alguém achou que po-dia brincar de Deus, sentenciando-noscom esta triste pena, sem termos co-metido crime algum”. Passado mais deum ano, a professora e sua famíliaestão reconstruindo aos poucos tudoo que perderam.

A APP-Sindicato está apoiando aluta da professora para reconstruirsua vida. Quem quiser contribuir coma professora pode entrar em contatopelo telefone (45) 3288-1217 ou de-positar qualquer quantia na conta67.422-2 – agência 0531 – Banco doBrasil de Cascavel.

Foto

: C

hico

Boe

ing

Secretário de Municipais, Edilson de Paula, fala na abertura do evento

Page 15: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6

Educadores organizam atividades para o ano de 2006Coletivos

Coletivos da APP realizamreuniões estaduais

Secretaria Estadual deAposentado realiza reuniõesnos Núcleos Sindicais

Os Núcleos Sindicais da APP-Sindicato, por meio de suassecretarias de Aposentados, vão realizar até agosto reuniões re-gionais para discutir a situação dos educadores aposentados eas formas de encaminhar as reivindicações.

As reuniões regionais antecedem ao Encontro Estadual dosAposentados, que acontece de 13 a 15 de setembro.

A Secretaria Estadual de Aposentados, coordenada por Sabinada Silva Turbay, estará em todos as reuniões, conforme delibera-ção das secretarias de Aposentados dos Núcleos Sindicais, numareunião feita em 22 de fevereiro.

A secretária de Aposentados Sabina Turbay e a professoraTerezinha Pichethi (funcionária da APP) já participaram em marçode reuniões em Pato Branco (dia 22) e Francisco Beltrão (dia 23).

Tendo em vista a ne-cessidade da implemen-tação da Lei 10639/03,que tornou obrigatório oensino da história e cul-tura afro-brasileira, aAPP- Sindicato, junta-mente com o Núcleo deEstudos Afro-Brasileiros(NEAB) da UniversidadeFederal do Paraná e oSindicato dos Servidoresdo Magistério de Curiti-ba (SISMAC), organizouum curso de extensãopara educadores da redeestadual do Paraná e redemunicipal de Curitiba.

Desde o início de mar-ço, cerca de 100 educa-dores, divididos em duasturmas, estão participan-do do curso de 160 horas,na Universidade Federaldo Paraná.

Em fevereiro desteano, os coletivos da APPde Gênero e Classe e o dePromoção da IgualdadeRacial se reuniram paraorganizar as atividadesdo ano de 2006.

Os coletivos agregamdiversas lideranças noestado preocupadas comas relações da educaçãocom a discriminação degênero e racial presentesna sociedade.

Os dois eventos con-taram com a apresenta-ção cultural da cantorabaiana Raquel Santana.

Raquel interpreta mú-sicas de origem afro-bra-sileira e pretende desen-volver um trabalho cul-tural em escolas do Para-ná.

Curso de história e cultura afro-brasileiras

Maio. 03 - N. S de Cornélio Procópio. 04 - N. Sindical de Cambará. 05 - N Sindical de Jacarezinho. 16 - N Sindical de Ivaiporã. 17 - N Sindical de Paranavaí. 18 - N Sindical de Umuarama. 19 - N S de Campo Mourão. 31 - NSindical de Arapongas

Junho. 01 - N Sindical de Londrina

Reunião do Coletivo de Igualdade Racial

Reunião do Coletivo de Gênero e Classe

Nota de pesarÉ importante destacar

que a realização do cur-so foi possível pela cola-boração de diversos pro-fessores universitáriosque estão trabalhando deforma gratuita e recursosdo MEC.

Surpreendeu o núme-ro de educadores interes-sados a realizar o curso.

Os organizadores jáestão preparando turmaspara o segundo semestrede 2006. Fique atento.

. 02 - N Sindical de Apucarana

. 20 - NSindical de Mandaguari

. 21 - N Sindical de Marialva

. 22 - Maringá

. 23 - Cianorte

Agosto. 08 - NS de A. Chateaubriand. 09 - N Sindical de Toledo. 10 - N Sindical de Cascavel. 11 - N S de Foz do Iguaçu

Faleceu dia 18 de abril a professora Elianete, umadas intregrantes do Coletivo Estadual de Promoçãoda Igualdade Racial da AP-Sindicato. Ela desenvolviaum projeto voltado para a questão racial no ColégioEstadual Timbó, em Campina Grande do Sul.

Guerreira, seu trabalho tornou-se referência paramovimentos de todos os estados. Homenagens daAPP-Sindicato.

Calendário de reuniões

ReuniãodeaposentadosemFranciscoBeltrão

Reuniãode

aposentadosem PatoBranco

1515151515

Page 16: Gestão independência, democracia e luta CATEGORIA ...sistema.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/jornal30_abril_20… · Gestão independência, democracia e luta ... 7704-RS),

Jornal 30 de Agosto Abril d e 2 0 0 6 1616161616

APP-Sindicato lança campanha desindicalização no aniversário de 59 anos

A APP-Sindicato completaem 26 de abril aniversário

de 59 anos de luta pelaeducação pública estadual,pelos professores e funcio-

nários de escolas.

Nesta data a entidade lançaa campanha de sindicalizaçãode 2006. Hoje mais de 50 mileducadores são filiados à APP.

A APP quer que você tam-bém faça parte da sua história efilie-se ao sindicato.

A APP tem uma históriapermeada de lutas, conquistase resistências.

A ampliação do número desindicalizados representa o for-

Como se sindicalizarQuem pode sindicalizar-se. Professores estaduais. Professores municipais que não tenham um sindicato próprio. Funcionários de escolas estaduaisComo você pode fazer sua contribuição. Contra-cheque - para todos os trabalhadores em educação, inclusive

celetistas e Paranaeducação.. Conta bancária - desconto em conta nos bancos credenciados pela

APP.Valor da contribuição. Funcionário de escola contribui 1,48% do salário base.. Professores 3,48% do nível especial I da tabela de vencimentos, ou

seja, R$ 12,54.Como sindicalizar-seVocê deve procurar o Núcleo Sindical da APP da sua região ou a sede e

preencher as fichas de cadastro, anexando xerox do RG e do contra-cheque.

A APP-Sindicato tem comoprincipal forma de efetivar acontribuição sindical por meiode desconto no contrachequedo sindicalizado.

Porém, nem todos os tra-balhadores apresentam líqui-do consignável suficiente paraisso. Para estes casos, a op-ção oferecida é a contribuiçãovia conta bancária, nas agên-cias do Banco do Brasil, Itaú,HSBC e nos proximos dias aCaixa Econômica Federal.

Com relação a mudançasdas contas do Estado para osbancos públicos, Banco do Bra-sil e Caixa Econômica, salien-tamos que a mudança da con-tribuição sindical será automá-tica, porém se o sindicalizadopreferir manter conta no bancoItaú poderá permanecer com odesconto no mesmo banco.

Forma dedesconto

talecimento da entidade na lutapor uma escola pública de qua-lidade, por uma sociedade jus-ta e solidária, na defesa da car-reira, dos direitos e interessesda categoria por condições dig-nas de trabalho e de vida.

A força da APP está na par-ticipação ativa dos professorese funcionários de escolas. Aoampliar o número de sindicali-zados, a APP se torna mais for-te e com mais poder para lutarpelos educadores e pela educa-ção pública.

As conquistas e lutas mos-tram importância da APP nahistória da educação pública ena carreira dos educadores.

O professor José LázaroBoberg lançou, em janeiro, a 3ªEdição do Livro O poder da Fé. Aobra fala da fé que encontra-seem estado latente em todas aspessoas: “assim como o amor-que está em gérmem na nossaintimidade-, a fé precisa, comofaculdade da alma, ser desenvol-vida pelo esforço pessoal; valedizer: ela não cresce de formamilagrosa! É uma conquista decada um, a ser realizada no lon-go caminho evolutivo, empregan-do, para este objetivo, reflexão eexperiência”.

Boberg é formado em Peda-gogia e Direito. É advogado emestre em Direito. Professoremérito e ex-diretor da Faculda-de Estadual de Direito do NortePioneiro, de Jacarezinho. Atual-mente é professor na Faculdadedo Norte Pioneiro de Santo Antô-nio da Platina, e da FaculdadeEstácio de Sá, de Ourinhos, SP.

Boberg lança 3ª ed.de O poder da fé

Muitas comunidades virtuaisdo site orkut estão estrapolando obom senso e o limite da liberda-de, numa total falta de respeito eaté mesmo de uma maneira cri-minosa. É o que aconteceu no Co-légio Estadual Padre ArnaldoJansen, onde um pequeno grupode alunos criou uma página ex-clusiva para discriminar e ridicu-larizar uma professora.

As manifestações não se limi-tam pela ética ou pela exposiçãoconsciente de opiniões. São ame-aças e manifestações racistas cri-minosas. Por isso a professora pro-curou a polícia, que abriu inqué-rito policial e já identificou os par-ticipantes, que responderão crimi-nalmente e civilmente.

É triste observar que os alunosque criticam uma professora deportuguês mostrem, na mesmapágina do Orkut, um total desco-nhecimento da língua portugue-sa. Assim, os educadores do Colé-gio fizeram abaixo-assinado emcarta de repúdio às manifestaçõese em apoio à professora vítima dosataques:

“Nós, professores, funcionáriose pedagogos do Colégio EstadualPadre Arnaldo Jansen, viemos atra-vés desta, manifestar nossa indig-

“Orkut” é utilizado pradiscriminar professora

nação no que se refere a algunsalunos deste estabelecimento deensino, que pertecem a diversascomunidades virtuais do site“Orkut”. Os referidos alunos cos-tumam utilizar-se deste canal decomunicação para: discriminar,desrespeitar, ameaçar, ridiculari-zar, menosprezar, entre outros cri-mes previstos no Código Penal, al-guns educadores deste colégio, ex-pondo-os publicamente de formavexatória.

Nós, todos educadores, já quetrabalhamos num estabelecimen-to de ensino, temos direito a umprocesso judicial contra qualquerpessoa que venha a cometer o re-ferido delito criminal, virtualmen-te ou por quaisquer outros meios.Existem várias leis que nos prote-gem, entre elas, a de desacato afuncionário público.

Reiteramos, outrossim, quetodos nós sempre estivemos re-ceptivos às críticas e sugestões, nãoesperando recebê-las de forma tãovergonhosa e leviana por um pe-queno grupo de alunos, os quaisnão representam a grande maio-ria dos nossos educandos, quesempre nos recebem e tratam deforma respeitosa e ética.”

CUT realiza CongressosEstadual e Nacional

A CUT-PR (Central Únicados Trabalhadores) realiza dias28, 29 e 30 de abril o 10º Con-gresso Estadual (CECUT).

Três questões são base naagenda do evento: balanço dagestão, estratégi-as da Central(consolidação dae s t r a t é g i aorganizativa re-gional da CUT-PR e definiçãodas políticas ge-rais) e o papel daCentral nas elei-ções 2006

Evento acon-tece em Praia de Leste, Pontaldo Paraná, na Associação Ba-nestado. Participam do congres-so todos os sindicatos, confe-derações e federações filiados àCUT. Mas que estejam com

suas obrigações estatutárias emdia.

O 10º CECUT antecede ao 9ºCongresso Nacional da CUT, oCONCUT, a ser realizado de 6 a 9de junho na cidade de São Paulo.

Além dapauta regional,o 10º CECUTtambém esco-lherá delegadospara o 9º Con-gresso Nacio-nal.

Como maiorentidade sindi-cal do Estado, aAPP participará

do CECUT com 106 delegados.O Congresso Estadual deve terum total de 350 delegados. Osdelegados da APP foram eleitosem assembléias regionais nomês de março.