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METODOLOGIA PARA GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS Maio - 2010

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METODOLOGIA PARA GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS

Maio ­ 2010

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Sumário de Informações do Documento 

Tipo do Documento: Roteiro

Título do Documento: Metodologia Gestão Documental

Elaborador: Elisabeth Hoffmann

Palavras­Chaves: GESTÃO, METODOLOGIA, INFORMAÇÃO

Resumo: Documento que descreve a metodologia para o Processo de Gestão Corporativa de Documentos e Sistema Documentador . 

Número de páginas: 85

Software utilizados: OpenOffice

Versão Data Mudanças

1.0 27/02/2008 Elaboração, por Elisabeth Hoffmann

1.1  02/06/2008 Complementos e inclusões de anexos, por Elisabeth Hoffmann

1.2  04/08/2008 Revisão por Elisabeth Hoffmann

1.3 14/11/2008 Complemento dos itens: 1.2, 2.11, 3.3, 3.4, 3.6.1, 3.9 e supressão de parágrafo no item   4.1.1,   inclusão   dos   itens   6,   7   e   8.   Revisão   ortográfica   por   Elisabeth Hoffmann

1.4 12/12/2008 Inclusão de texto nos itens 6 e 6.2 e revisões textuais sem impacto na estrutura  e conteúdo das informações, .por Elisabeth Hoffmann

1.5 16/04/2009 Revisões   diversas Inclusão do item 3.12.1 Formatos de Arquivos Digitais para Preservação e Acesso utilizando Software Livre,­ p23­47 do autor Leslie Halley Watter (GIC) – alterado por Elisabeth Hoffmann

1.6 10/05/2010 Repassado   o   item   3.12.1   Formatos   de   arquivos,     para   a   seção     Anexos, evidenciando que o estudo é apenas uma referência e que deve ser considerado juntamente com a Resolução 31 de 28 de abril de 2010 ­ alterado por Elisabeth Hoffmann

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SUMÁRIOINTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................5

GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS..............................................................................................6

1 MÉTODOS PARA GESTÃO.............................................................................................................................6

1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS..............................................................................................................................61.2 EQUIPE TÉCNICA.........................................................................................................................................61.3 ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA PARA GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS.................8

2 INSTRUMENTOS DA GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS..................................................9

2.1 DOCUMENTO ARQUIVÍSTICO..........................................................................................................................92.2 DOCUMENTO ARQUIVÍSTICO CONVENCIONAL......................................................................................................92.3 DOCUMENTO ARQUIVÍSTICO DIGITAL.................................................................................................................92.4 DIAGNÓSTICO/INVENTÁRIO DOCUMENTAL..........................................................................................................92.5 CLASSIFICAÇÃO........................................................................................................................................102.6 CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO.........................................................................................................................102.7 TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS...............................................................................................102.8 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO...................................................................................................................132.9 MAPEAMENTO E ANÁLISE DE PROCESSOS ......................................................................................................132.10 TABELAS DE TAXONOMIA.........................................................................................................................132.11 “FOLKSONOMIA” ....................................................................................................................................13

3 ATIVIDADES PARA A GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS...............................................14

3.1 ELABORAÇÃO DO PROJETO..........................................................................................................................143.2 APROVAÇÃO DO PROJETO...........................................................................................................................143.3 INSTITUIÇÃO DA CSA................................................................................................................................143.3.1 PROCEDIMENTOS....................................................................................................................................143.4 ELABORAÇÃO/ADOÇÃO DAS TABELAS DE CLASSIFICAÇÃO E TEMPORALIDADE.........................................................143.5 APOIO INSTITUCIONAL E DIVULGAÇÃO...........................................................................................................153. 6 DIAGNÓSTICO/INVENTÁRIO.........................................................................................................................153.6.1 PROCEDIMENTOS....................................................................................................................................163.6.1.1 RECOMENDAÇÕES GERAIS.....................................................................................................................163.7 CLASSIFICAÇÃO E TEMPORALIDADE DOS DOCUMENTOS.....................................................................................193.8 ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS EM SUPORTE PAPEL.....................................................................................203.9 ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS.....................................................................................................................213.10 TRANSFERÊNCIA.....................................................................................................................................223.11 RECOLHIMENTO......................................................................................................................................223.12 PRESERVAÇÃO........................................................................................................................................224 TRABALHO DE CONVERSÃO DE SUPORTE DA DOCUMENTAÇÃO..............................................234.1 ANÁLISE INICIAL DOS DOCUMENTOS ..............................................................................................................234.1.1 MICROFILMAGEM...................................................................................................................................244.1.1.1 MÉTODOS PARA DECISÃO......................................................................................................................244.1.2 PARA DIGITALIZAÇÃO..............................................................................................................................244.1.2.1 MÉTODOS PARA DECISÃO......................................................................................................................24

5 INFRA-ESTRUTURA TECNOLÓGICA - AUTOMAÇÃO ........................................................................26

5.1 UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS BASEADAS ECM (ENTERPRISE CONTENT MANAGEMENT)..........................................265.1.1 ANÁLISE DA TECNOLOGIA A SER ADOTADA..................................................................................................265.1.3 ATIVIDADES .........................................................................................................................................28

6 SISTEMA DOCUMENTADOR.......................................................................................................................29

6.2 PAPÉIS E RESPONSABILIDADES.....................................................................................................................316.3 . ACESSO AO DOCUMENTADOR....................................................................................................................336.3.1 MODO DE ACESSO.................................................................................................................................336.3.1.1 ACESSO PÚBLICO................................................................................................................................33

7 ARQUITETURA................................................................................................................................................34

REFERÊNCIAS....................................................................................................................................................35

GLOSSÁRIO.........................................................................................................................................................37

ANEXOS................................................................................................................................................................40

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ANEXO I................................................................................................................................................................40

MODELO DE FORMULÁRIO PARA DIAGNÓSTICO DO ACERVO ACUMULADO.............................40

ANEXO II..............................................................................................................................................................41

MODELO DE FORMULÁRIO PARA DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO CORRENTE – DOCUMENTOS PRODUZIDOS...........................................................................................................................................41

ANEXO III.............................................................................................................................................................42

MODELO DE FORMULÁRIO PARA DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO CORRENTE – DOCUMENTOS RECEBIDOS.............................................................................................................................................42

ANEXO IV.............................................................................................................................................................43

MODELO DE ETIQUETA PADRÃO........................................................................................................43

ANEXO V..............................................................................................................................................................44

MODELO LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS..............................................................44

ANEXO VI.............................................................................................................................................................45

MODELO - EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO............................................................................45

ANEXO VII...........................................................................................................................................................46

MODELO - TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS................................................................46

ANEXO VIII..........................................................................................................................................................47

MODELO RELAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA OU RECOLHIMENTO....................................................47

ANEXO IX.............................................................................................................................................................48

MODELO - DESIGNAÇÃO DA COMISSÃO SETORIAL DE AVALIAÇÃO...........................................48

ANEXO X - LEGISLAÇÃO................................................................................................................................49

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 2, DE 19 DE MAIO DE 2004.................................................................49RESOLUÇÃO Nº 25, DE 27 DE ABRIL DE 2007..................................................................................................................................................................57RESOLUÇÃO N. 31, DE 28 DE ABRIL DE 2010......................................................................................60ANEXO XI – ESTUDO CELEPAR - FORMATOS DE ARQUIVOS DIGITAIS PARA PRESERVAÇÃO E ACESSO UTILIZANDO SOFTWARE LIVRE...........................................................................................................................................61

• DOCUMENTOS DE ESCRITÓRIO – EDITÁVEIS...............................................................................................62• DOCUMENTOS DE ESCRITÓRIO – NÃO EDITÁVEIS .......................................................................................66• IMAGEM – ALTA RESOLUÇÃO..................................................................................................................69• IMAGEM – USO COTIDIANO....................................................................................................................71• ÁUDIO – PROFISSIONAL ........................................................................................................................76• VÍDEO ..............................................................................................................................................78• DESENHO ARQUITETÔNICO......................................................................................................82

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INTRODUÇÃO

A principal   fonte  de   informação  da  Administração  Pública   está   nos  documentos.  Com a 

explosão de tecnologia de informação apresentada nas últimas décadas, podemos verificar que 

apesar das empresas estarem repletas de dados registrados em documentos, existe uma grande 

lacuna pendente de solução em relação a gestão da informação. A  Gestão Corporativa de 

Documentos   tem   como   objetivo   propiciar   um   arcabouço   de   informações   seguras   que 

possibilitem reuso e gestão do ciclo de vida. O volume dos acervos  em papel  acumulado nos 

órgãos públicos, que já é imenso,  tende a aumentar  e este aumento é ainda maior quando se 

fala   em arquivos  digitais,     o  que  gera   custos  de  armazenamento,  obsolescência   rápida  e 

impossibilidade   de   acesso   .   A   descentralização   da   guarda   dos   acervos   traz   perda   de 

informações e segurança questionável.   Gerir um acervo é um trabalho maior que somente 

guardar arquivos em um repositório,  é um trabalho onde os procedimentos corretos eliminan 

ou preservan de acordo com o ciclo de vida do documento previamente estudado e definido 

por pessoas especialistas.

Quando se trata de tecnologia de suporte, Gestão Corporativa de Documentos é a expressão 

encontrada para traduzir  o ECM – Enterprise Content Management,  definido pela AIIM ­ 

Association for Information and Image Management como: “as tecnologias,  ferramentas e 

métodos   usados   para   captar,   gerenciar,   armazenar,   preservar   e   distribuir   conteúdo   pela 

empresa.   No   nível   mais   elementar,   as   ferramentas   e   estratégias   de   ECM   permitem   o 

gerenciamento   de   informação   não­estruturada   de   uma   organização,   enquanto   aquela 

informação existir”. 

Neste documento é apresentada uma forma de metodologia genérica  para promover a Gestão 

dos Documentos em instituições diversas, visando definir caminhos  efetivos, porém seu foco 

principal é apontado para órgãos da  administração direta e indireta do Poder Executivo do 

Estado do Paraná .  

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS

1 MÉTODOS PARA GESTÃO

Considera­se   gestão   de   documentos   o   conjunto   de   procedimentos   e   operações  técnicas 

referentes  à   sua  produção,   tramitação,  uso,   avaliação  e   arquivamento  em fase   corrente   e 

intermediária,   visando   a   sua   eliminação   ou   recolhimento   para   guarda   permanente.   (Lei 

Federal n.º 8159, de 8 de janeiro de 1991, art. 3.º e Decreto estadual n.º 48.897/2004, art. 8.º)

1.1 Considerações Gerais

O   trabalho   de   Gestão   Documental   é   essencialmente   participativo,   sendo   necessária   a 

integração   dos   responsáveis   pela   coordenação   do   trabalho   e   pelas   áreas   produtoras   e 

acumuladoras de documentos.    Os conceitos e ferramentas adotadas devem fazer parte do 

cotidiano de todos os   profissionais envolvidos na construção do acervo documental, sendo 

imprescindível o apoio das Diretorias e Gerências para um trabalho de sucesso. 

Quando   se   pretende   informatizar,   além   de   um   grupo   de   funcionários   preparados   e 

empenhados em realizar uma efetiva Gestão Corporativa de Documentos, é preciso, antes de 

qualquer ação, pensar numa forma de organização. De nada adianta informatizar um sistema 

desorganizado.   É   imprescindível   avaliar   como   as   diversas   áreas   da   instituição   estão 

organizadas, quais os tipos de arquivos já existentes, qual o volume de documentos, o que está 

em papel, o que é eletrônico e qual a tendência de produção de novos arquivos. 

A   partir   do   resultado   do   levantamento   é   imprescindível   que   a   instituição   normatize   a 

produção e guarda de arquivos. As normas e procedimentos relacionadas a produção, guarda, 

conservação e forma de gestão dos documentos devem ser claras e conhecidas por todos os 

funcionários. 

1.2 Equipe técnica

O conjunto de pessoas que estão diretamente envolvidas com o uso diário da documentação, 

desde a sua produção até a sua eliminação ou guarda permanente, deve ter plena consciência 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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de suas responsabilidades, fazendo com que suas atitudes espelhem uma gestão documental 

eficaz. Uma das maiores dificuldades encontradas em se implantar um programa de gestão 

documental eficiente, encontra­se nas resistências as mudanças de hábitos e costumes antigos.

Para a Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado do Paraná é   exigido, 

instituir   junto   aos   órgãos   do   Poder   Executivo   do   Estado,   com   supervisão   do   DEAP   – 

Departamento   Estadual   de  Arquivo   Público,     a  CSA   ­   Comissão   Setorial   de  Avaliação, 

conforme segue:

● DECRETO 2866 de 22 de abril de 2004

 art. 2º ­ É de responsabilidade dos Secretários de Estado no âmbito da administração 

direta  e   indireta  do  Poder  Executivo  do  Estado  do  Paraná,   constituir  Comissões 

Setoriais   de   Avaliação   de   Documentos   –   CSA,   responsáveis   pela   orientação   e 

realização do processo de análise, avaliação e seleção da documentação produzida e 

recebida, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda intermediária ou 

permanente e a eliminação dos destituídos de valor administrativo legal ou histórico.

● RESOLUÇÃO 3.107 de 25 de setembro de 1995:

art. 6 ­    Instituir junto aos Órgãos Secundários, com supervisão do Departamento  

Estadual   de  Arquivo   Público   ­   DEAP,   Comissões   Setoriais   de   Avaliação   para  

promover   e   acompanhar   o   processo   de   avaliação   dos   documentos,   bem   como 

normatizar a produção, trâmite e arquivamento nos arquivos setoriais e gerais, com o  

objetivo de racionalizar e controlar a produção de documentos normalizando o fluxo 

documental.

art. 7. A comissão setorial de avaliação de Documentos – CSA será constituída por  

até 7 (sete) Membros, sendo:

I. 4 (quatro) representantes com conhecimento técnico e administrativo do Órgão ­  

um deles podendo ser Coordenador;

II. 1 (um) representante da Assessoria Jurídica do Órgão;

III. 2 (dois) representantes do DEAP.

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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Parágrafo 1 ­ Cada membro terá um suplente.

Parágrafo 2 ­  Os membros referidos nos incisos I,   II,   III,  serão designados pelos  

respectivos Secretários de Estado.

 

1.3 Estratégias para o Desenvolvimento de um Programa para Gestão Corporativa de Documentos

● Elaborar  um projeto  correlacionando  a  Gestão  Corporativa  de  Documentos  com a 

missão da instituição; estabelecendo metas, objetivos,  etapas realistíticas e viáveis. O 

projeto deve garantir as disponibilidades de recursos necessários (pessoal, instalações, 

provisões e verbas) e estabelecer critérios pelos quais possa ser avaliado.

Após  a  elaboração  e  aprovação pela  Diretoria  da  instituição,  o  projeto   inicial    de 

Gestão   Corporativa   de   Documentos   (que   leva   em   consideração   as   tarefas   de: 

Construção/adoção  do  Plano   de   Classificação   e   da  Tabela   de  Temporalidade   dos 

Documentos,   incluindo   Levantamento   Quantitativo   da   massa   documental   e   o 

Mapeamento dos Processos relacionados aos documentos),  deverá  ser encaminhado 

aos gerentes das áreas ou responsáveis e aos seus superiores imediatos, com o intuito 

de sensibilizá­los e conscientizá­los da necessidade de apoiarem o trabalho   e para 

fortalecer o relacionamento com as áreas envolvidas.

● O Coordenador da CSA deverá promover reuniões com o pessoal das áreas produtoras 

de   documentos   relativos   às   atividades   onde   o   trabalho   será   executado,   a   fim   de 

oferecer informações a respeito da importância da gestão documental, da legislação 

que dispõe sobre documentos públicos e sobre a metodologia a ser adotada no projeto.

● Instituir Grupos de Trabalho, designados pelos responsáveis das áreas envolvidas, para 

auxiliar na identificação e análise dos tipos documentais relacionados às atividades da 

instituição.

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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2 INSTRUMENTOS DA GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS

Os instrumentos da Gestão Corporativa de Documentos estão intimamente ligados, pois é do 

inventário/diagnóstico dos documentos   que são extraídos os dados para a montagem: dos 

tipos documentais, do código de Classificação e da Tabela de Temporalidade. A Tabela de 

Temporalidade irá se utilizar dos tipos documentais e do código de Classificação.

2.1 Documento Arquivístico

Documento produzido e/ou recebido por uma pessoa física ou jurídica, no decorrer das suas 

atividades, qualquer que seja o suporte, e dotado de organicidade .

*   Organicidade,   ou   relação   orgânica,   no   conceito   de   documento   arquivístico   é   uma 

característica do documento arquivístico, que expressa as relações que este mantém com os 

demais   documentos  do   órgão   ou   entidade   e   que   refletem   suas   funções   e   atividades.   Os 

documentos arquivísticos não são coletados artificialmente, mas estão ligados uns aos outros 

por um elo que se materializa no plano de classificação, o qual os contextualiza no conjunto a 

que pertencem. Os documentos arquivísticos apresentam um conjunto de relações que devem 

ser mantidas (CTDE, 2008).

2.2 Documento arquivístico convencional

É um documento arquivístico produzido, tramitado e armazenado em formato não digital. São 

exemplos de documentos arquivísticos convencionais os registrados em papel, pergaminho, 

película, fita audiomagnética, fita videomagnética, dentre outros (CTDE, 2008).

2.3 Documento arquivístico digital

É   um   documento   arquivístico   codificado   em   dígitos   binários,   produzido,   tramitado   e 

armazenado  por   sistema  computacional.  Podem  se  apresentar   em  formato  digital,   textos, 

imagens fixas, imagens em movimento, gravações sonoras, mensagens de correio eletrônico, 

páginas web, bases de dados (CTDE, 2008).

2.4 Diagnóstico/Inventário documental

Analise  e  descrição  criteriosa  de  documentos  pertencentes  as  áreas.  É  um  trabalho  a   ser 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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realizado, utilizando as tabelas de Classificação e Temporalidade quando já existentes,   ou 

ainda, poderá ser o produto deste trabalho que irá fornecer os dados para a criação das tabelas. 

2.5 Classificação

Análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob a 

qual sejam recuperados, podendo­se­lhes atribuir códigos. (CTDE, 2008)

2.6 Código de Classificação

Conjunto   de   símbolos,   normalmente   letras   e/ou   números,   derivado   de   um  plano   de 

classificação (CTDE,2008).

O Código de Classificação de Documentos de Arquivo é um instrumento de trabalho utilizado 

nos  arquivos  correntes  setoriais  para  classificar   todo e  qualquer  documento  produzido  ou 

recebido por determinado órgão no exercício de suas atividades e funções .

Existem vários métodos de classificação de documentos, no Paraná, o Departamento Estadual 

de Arquivo Público,  adotou o  método duplex onde a relação de hierarquia entre as classes de 

assuntos   é   indicada   pelos   traços­de­união.   Assim,   quanto   maior   o   número   de   dígitos 

separados,  cada um, por um traço­de­união, maior sua subordinação ao dígito único (sem 

traço­de­união) correspondente. 

Em   outras   palavras,   classificam­se   os   documentos   em   classes   e   subclasses   de   assuntos, 

sempre do geral para o particular, distribuídas hierarquicamente de acordo com as atividades e 

funções   do   órgão.   Cada   classe   ou   subclasse   de   assunto   possui   um   código   numérico 

correspondente. 

2.7 Tabela de Temporalidade de Documentos

É o instrumento resultante da avaliação documental, aprovado por autoridade competente, que 

define prazos de guarda e a destinação de cada série documental.  (Decreto nº48.897/2004, 

artigo 19).

A Tabela de Temporalidade de Documentos – TTD, é o registro esquemático do ciclo de vida 

dos documentos produzidos e recebidos por um órgão, determinando os prazos de guarda 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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desses   no   Arquivo   Corrente,   transferência   para   o   Arquivo   Intermediário,   eliminação   ou 

recolhimento para o Arquivo Permanente.

A Tabela deve ser desenvolvida com base na legislação e na análise do conjunto documental 

inventariado,  devendo   ser   preparada   através   da   avaliação   e   classificação   dos   tipos   das 

informações  produzidas  por  área  (exemplo:   informação:  sem interesse,  potencial,  mínima, 

crítica,   de   sobrevivência   da   empresa).   Este   trabalho   deve   ser   executado   por   técnicos 

capacitados e em empresas públicas, no Estado do Paraná,   deve ter a participação do CSA – 

Comissão Setorial de Avaliação.

As  tabelas  são compostas  de  itens  de guarda  já  definidos  em lei,  como por  exemplo:  os 

documentos da área de Recursos Humanos,  que   possuem legislação,  e  itens em que não 

existe   referência específica para a determinação do seu ciclo de vida,   precisando   de um 

grupo de técnicos da área  que efetuem o diagnóstico/inventário para elencar os documentos 

existentes e submetam a uma comissão a definição do tempo necessário para a guarda dos 

grupos e tipos documentais elencando­os em uma tabela de classificação. Ao final do trabalho 

de   elaboração,   a   tabela   de   temporalidade   deverá   ser   aprovada   por   parte   de   autoridade 

competente. 

De acordo com a  Resolução  nº  14  de  24  de  outubro  de  2001,  utiliza­se  em Instituições 

públicas,   a   Tabela   de   Temporalidade   do   CONARQ.   Esta   tabela   serve   de   subsídio   ao 

estabelecimento  de  prazos  de  guarda   e   destinação  para   os   documentos  da   administração 

pública, observando os princípios da teoria das três idades(*). A aplicação da tabela deverá 

estar condicionada à aprovação por instituição arquivística pública na sua específica esfera de 

competência, portanto no Paraná,  a Resolução n. 3.107, de 25 de setembro de 1995 ­ Define o 

Departamento Estadual de Arquivo Público como órgão central da organização de arquivos.

As empresas  públicas  do Paraná  devem seguir  o Decreto 2.866,  de 22 de abril  de 2004, 

observando     especialmente   o   artigo   2.   parágrafos   1o.,   2o.   e   3o.   que   referem­se   a 

obrigatoriedade  de  uso  da  Tabela  de  Temporalidade  de  Documentos  para   atividade­meio 

elaborada pelo DEAP ­ Departamento Estadual de Arquivo Público do Paraná  e define as 

responsabilidades pela atividade de elaboração das tabelas de temporalidade das atividades­

fim de cada órgão, como segue:

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Decreto 2.866, de 22 de abril de 2004, art. 2o.:

§   1º   Os   documentos   relativos   às   atividades­meio   deverão   ser   selecionados   pelas 

respectivas Comissões Setoriais de Avaliação de Documentos dos órgãos e entidades 

geradores dos arquivos, obedecendo os prazos de guarda e destinação estabelecidos na 

Tabela   de   Temporalidade   de   Documentos   relativos   às   atividades­meio   da 

Administração Pública do Estado do Paraná. 

§ 2° Os documentos relativos às atividades­meio, não constantes da Tabela referida no 

§ 1°  deste artigo, deverão ser avaliados e selecionados pelas Comissões Setoriais de 

Avaliação de Documentos dos órgãos e entidades geradores dos arquivos, devendo os 

prazos  de  guarda   e  destinação,  daí   decorrentes,   ser   aprovados  pelo  Departamento 

Estadual de Arquivo Público – DEAP. 

§ 3º Os documentos relativos às atividades­fim deverão ser avaliados e selecionados 

pelos órgãos e entidades geradores dos arquivos, devendo as tabelas de temporalidade 

elaboradas pelas  Comissões mencionadas  no  caput  deste artigo,  ser aprovadas pelo 

Departamento Estadual de Arquivo Público – DEAP, para posterior publicação.

As tabelas de Classificação e Temporalidade do DEAP, podem ser encontradas no site http://

www.pr.gov.br/arquivopublico/.

Para   empresas   privadas,   a   elaboração   de   um   plano   de   classificação   é   essencialmente 

fundamentado  na  necessidade  do   tipo  da  massa  documental.  Essa  necessidade  definirá   o 

método mais eficiente  de classificação:  por assunto,  espécie,  tipologia.  Em   alguns casos, 

determinadas instituições que possuem os mesmos tipos documentais, poderão adotar tabelas 

de outras adaptando­as apenas no que for necessário, porém é preciso antes analisar o tipo 

documental e avaliar a possibilidade e custo relacionado ao benefício da adaptação.

(*) TEORIA DAS TRES IDADES : Princípio em que todo documento orgânico tem um ciclo 

de vida. Também é feita uma associação com sua frequência de uso. Logo que nasce há uma 

grande quantidade de acessos à informações registrada, no seu período intermediário a uma 

queda considerável no uso e no último estágio de vida o seu uso é muito pequeno.

Em outras palavras, no que se trata de teoria, o clico de vida dos documentos é definido em 

CORRENTE, INTERMEDIÁRIO e PERMANENTE.

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Page 13: gic_metodologia_Gestao_doc.pdf

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2.8 Levantamento Quantitativo

Levantamento de dados, que consiste em conhecer qual o volume documentos existente na 

instituição e qual o suporte em que se encontra: papel, eletrônico etc. 

As informações produzidas neste levantamento serão importantes para o dimensionamento do 

trabalho   e   serão   utilizadas,   também,   no   momento   de   decidir   pela   digitalização, 

microfilmagem,  automatização, infra­estrutura tecnológica e locais físicos de guarda.

2.9 Mapeamento e Análise de Processos 

É a análise da situação de fluxos de informação atual da empresa e a proposição de novos 

fluxos organizacionais, objetivando    identificar passos desnecessários, otimizar processos e 

procurar a automatização através de um Workflow integrado a um sistema de repositório. 

2.10 Tabelas de Taxonomia

Desenvolvimento da Taxonomia (tabela para construção de vocabulário de termos) para fins 

corporativos.   Taxonomia   é   definida     como   “a   organização   peculiar   de   um   conjunto   de 

informação para um propósito particular.  A organização em taxonomia depende de técnicas 

responsáveis   por   nomear   repositórios,   classificar   e   organizar   informações   relevantes” 

(Figueiredo, Saulo Porfírio). 

2.11 “Folksonomia” 

O termo “folksonomia”,  cunhado por  Thomas Vander Wall,  é a junção da palavra inglesa 

“folks” (para determinar  comunidades)  e  “taxonomia”  (a ciência de classificar),   formando 

algo como “classificação do povo”.  Os sistemas de tags formam também uma rede social de 

informações,   onde  é   feita   a   busca  pelos  usuários,   através  das   relações   formadas   entre   a 

informação em si e suas tags (marcadores) relacionadas (Zanetti, 2008).

Através de tags, o usuário pode recuperar informações e compartilhá­las. Pode visualizar as 

tags  de  outros  usuários,  assim como  identificar  o  grau  de  popularidade  de  cada   tag    no 

sistema, e acessar as informações relacionadas.

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3 ATIVIDADES PARA A GESTÃO CORPORATIVA DE DOCUMENTOS

3.1 Elaboração do Projeto

Os responsáveis  por   coordenar  o projeto de Gestão Corporativa de Documentos  deverão 

elaborar um documento evidenciando o escopo de abrangência,  mapeando a existência de 

documentos arquisvísticos convencionais e digitais, necessidade ou não de procedimentos de 

microfilmagem e digitalização, estimando volume e  propondo  solução a partir da análise do 

contexto e recursos da instituição. 

3.2 Aprovação do Projeto

O projeto deverá ser submetido a aprovação da Diretoria da Instituição.

3.3 Instituição da CSA

Nas   empresa   públicas   do   Paraná,   após   a   aprovação   do   projeto   deverá   ser   instituída   a 

Comissão Setorial de Avaliação, conforme a Resolução 3.107 de 25 de setembro de 1995 ­ 

art. 7, I, II, II. (conforme citados no item 1.2 Equipe Técnica).

3.3.1 Procedimentos

Os órgãos do Poder Executivo do Estado do Paraná, administração direta e indireta, deverão 

entrar em contato com o DEAP – Departamento Estadual de Arquivo Público, através de e­

mail,  comunicando oficialmente   a intenção de criar  a Comissão Setorial  de Avaliação. O 

DEAP irá designar dois membros da SEAP – Secretaria de Estado da Administração e da 

Previdência, através de uma resolução, conforme modelo apresentado no anexo IX. O órgão 

solicitante deverá elaborar sua resolução designando os membros citados na Resolução 3.107 

de 25 de setembro de 1995 – art. 7, II e III.

Os membros da CSA irão reunir­se periodicamente para definir, orientar e aprovar todos os 

procedimentos relativos a Gestão Corporativa de Documentos daquele órgão.

3.4 Elaboração/adoção das Tabelas de Classificação e Temporalidade

As instituições privadas deverão reunir suas comissões para tratar da elaboração e escolha do 

método em que vão constituir suas tabelas de classificação e temporalidade.

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Nos órgãos pertencentes a esfera de governo do poder executivo do Paraná, as tabelas   de 

classificação e temporalidade a serem utilizadas para classificar e definir o ciclo de vida dos 

documentos das atividades­meio foram definidas pelo DEAP, conforme o Decreto 2.866, de 

22 de abril de 2004 art. 2o. par. 1o. a 3o. As instituições poderão solicitar a alteração da tabela 

das atividades­meio aumentando o prazo de guarda ou incluindo itens, porém não poderão 

alterá­la sem a autorização prévia da CSA e anuência do DEAP.

Para as atividades­fim, cada órgão será responsável pela elaboração de sua tabela, vinculada a 

Tabela de Temporalidade, devendo haver a participação da CSA na elaboração das tabelas. 

(Decreto 2.866, de 22 de abril de 2004 art. 2o. par. 1o. a 3o.). 

Desta   forma,   no   Paraná,   procede­se   da   seguinte   forma:     O   DEAP­   Departamento 

Estadual   de   Arquivo   Público   deverá   aprovar   a   inclusão   de   itens   nas   Tabela   de 

Temporalidade, atividade­meio e/ou fim e elaboração da Tabela de Temporalidade das 

atividades­fim  dos   órgãos   do   Poder  Executivo  do  Estado  do  Paraná,   administração 

direta e indireta.

3.5 Apoio Institucional e Divulgação

Após a aprovação do projeto pela Diretoria da instituição, é recomendável  promover eventos 

de apresentação ao corpo funcional  e responsáveis pelas áreas produtoras de documentos, 

evidenciando a importância e finalidade do trabalho a ser realizado, bem como, o cronograma 

previsto para a realização de treinamento.  

3. 6 Diagnóstico/Inventário

O responsável pela área produtora de documentos deve designar ao menos um técnico com 

conhecimento  sobre  produção de documentos  para   realizar  as  atividades  do Programa de 

Gestão Corporativa de Documentos.

O inventário será iniciado, a partir do diagnóstico de todos os documentos da área, levando 

em conta as  relações  hierárquicas  existentes  e a fonte de onde vem as  informações.  Este 

técnico irá contar com a orientação da CSA ­   Comissão Setorial de Avaliação (empresas 

públicas) ou equipe designada por autoridade competente (empresas privadas). 

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A CSA (empresas públicas), ou equipe designada (em empresas privadas), deverá orientar os 

integrantes das áreas, deixando­os cientes da importância do Programa de Gestão Corporativa 

de Documentos, seus objetivos, procedimentos e significado do inventário, prestando suporte 

a problemas que venham a ser detectados. 

Quanto a polêmica sobre a decisão de quais documentos digitais irão participar do trabalho de 

gestão, segundo a Resolução n.20 de 16/07/04,  art. 1 esclarece que: 'Os órgãos e entidades  

integrantes   do   Sistema   Nacional   de   Arquivos   (SINAR)   deverão   identificar,   dentre   as  

informações   e   os   documentos   produzidos,   recebidos   ou   armazenados   em   meio   digital,  

aqueles considerados arquivísticos para que sejam contemplados pelo programa de gestão  

arquivística de documentos', sendo portanto, no Paraná, mais uma atribuição da CSA.

3.6.1 Procedimentos

As empresas públicas, deverão seguir os procedimentos definidos no Manual de Gestão de 

Documentos   do   Estado   do   Paraná.  As   recomendações   apresentadas   neste   documento, 

procuram sintetizar e  contextualizar de maneira genérica o processo a ser seguido.

3.6.1.1 Recomendações Gerais

1) Cada técnico designado pela área para efetivar o diagnóstico/inventário, deverá:

● Conhecer as peculiaridades do órgão ou área. Sabendo qual o sistema de arquivos: possíveis classificações especiais, arquivo central em  área separada para cada unidade ou departamento.  Conhecer como são identificadas  as pastas e procedimentos  para cada modalidade de tarefa.

● Relacionar os documentos da área –   o DEAP – Departamento Estadual de Arquivo Público   do   Paraná,   oferece   modelos   de   formulários   para   Diagnóstico   de   arquivo Acumulado e Corrente, conforme Anexos I, II e III.

● Identificar todos os documentos que, do ponto de vista arquivistico, não se consideram como tal. Os mais comuns de serem encontrados são os seguintes:

● Cópias de correspondência, conservadas somente para facilitar a gestão;

● Cópias para facilitar trâmite;

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● Cópias duplicadas incluídas em uma mesma pasta;

● Manuais e instruções fora de uso;

● Materiais  de atividades  alheios  a  atividade  fim da   instituição,  normalmente programas de natureza social já inativos;

● Folhas   ou   anotações   anexas   a   documentação.   Conservar   somente   as   que incluem alguma informação adicional relevante;

● Rascunhos de trabalho, correspondência e informes;

● Notações de transmissão de documentos;

● Circulares,  comunicações,   folhetos,  catálogos,  publicações  de  distribuição  e similares   recebidas   de   outras   instituições,   publicas   ou   privadas   e   que   não requerem que se tome alguma ação;

● Correspondências e outros tipos de documentos cuja utilidade administrativa seja de curto prazo e que, uma vez cumprida sua finalidade, não tem valor para ser conservado. 

● No caso de cópias,  podem considerar­se documentos  os que cumprem uma função auxiliar  permanente,  porém em geral,  as  cópias  múltiplas  de um só documento não se consideram documentos.

2) Dados básicos a serem observados  no inventário:

● Informações sobre a área e os técnicos envolvidos:● Nome da área● Nome do departamento, se for o caso● Nome e cargo do responsável pela área● Nome e cargo do técnico que irá  prestar suporte ao programa de Gestão de 

Documentos● Nome e cargo do técnico que irá fazer o inventário.● Tipo de Documento

● Volume – Sugestões para cálculo:

Quando se  tratar  de papel      ­  seria em metros  lineares,  tendo como base o 

comprimento das prateleiras das estantes e/ou a profundidade das gavetas dos 

arquivos, como segue:

Prateleira – multiplica­se a medida encontrada, pelo número de prateleiras por 

estante, em seguida, pelo número de estantes ocupadas. Ex.: uma prateleira = 1 

metro linear uma estante com 10 prateleiras = 10 metros lineares

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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Arquivo de aço – multiplica­se a medida encontrada pelo número de arquivos 

encontrados.  Ex.: uma gaveta = 0,60 cm de profundidade um arquivo com 4 

gavetas = 2,40 metros lineares .

No caso de documentação acumulada em pilhas, calcula­se a metragem cúbica 

(comprimento   X  altura   X   largura)   das   pilhas   de   documentos,   seguida   da 

conversão   da   medida   encontrada   em   metros   lineares.   Pode­se   simplificar, 

considerar a mesma altura da pilha dos documentos em metros lineares. Ex: 

uma pilha de documentos de 1 metro de altura = 1 metro linear.

Para documentos eletrônicos ­ Em geral uma página de texto contém 2.500 

caracteres (incluindo espaços, acentuação e outros sinais de controle) e uma 

página com imagem possui 450.000 caracteres gráficos (denominados pixels). 

Estas  medidas  são amplamente  aceitas  como regra  geral  para  o  cálculo  do 

número de páginas de uma dada publicação.

Obs.: O levantamento  do volume dados para documentos  eletrônicos  deve 

considerar a rápida obsolescência da informação.

3) É recomendável que, além dos dados para preenchimento do Formulário Modelo (anexos I, 

II e III), o técnico da área,  obtenha as seguintes informações sobre a documentação:

● Nome da série;

● Descrição – dados suficientes para que se conheça o conteúdo genérico;

● Nome da área a que pertence o documento;

● Período em que compreende cada série, às vezes apenas o ano é suficiente, porém em casos como o das atas, por exemplo,  é interessante conhecer a que período pertence;

● Ordenação das séries, por exemplo: alfabética, por temas, cronológica, por número de comprovante,   por   número   de   contratos   e   outros.   Se   não   houver   uma   ordenação possível deverá constar no inventário;

● Freqüência em que é consultada e natureza da consulta;

● Detectar material duplicado que não cumpre nenhum propósito;

● Condição física em que se encontra a documentação;

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● Verificar documentos eletrônicos e que também se encontram em suporte papel;

● Anotar o local em que está guardado o documento eletrônico; (estação de trabalho, 

rede...)

● Verificar  o meio físico em que o documento eletrônico foi  armazenado;  (servidor, 

disquete, dvd....) 

● Acumulação anual – uma cifra estimativa é suficiente para o momento do estudo da 

temporalidade;

● Verificar se existe alguma documentação que faz referência a outra;

● Verificar se existem restrições de segurança e privacidade na consulta.

3.7 Classificação e Temporalidade dos Documentos

A classificação da atividade corrente deve ser realizada pelos técnicos que conheçam a

estrutura e funcionamento do órgão ou determinada área, dependendo da abrangência do

projeto. Os encarregados das atividades de recebimento, registro, expedição, bem como do

controle da tramitação e arquivamento dos documentos deverão executar o trabalho, de

acordo com os seguintes itens:

● receber o documento para registro e classificação;

● analisar o conteúdo dos documentos verificando a existência ou não de antecedentes e, 

em caso afirmativo, colocar junto.

● determinar o assunto do documento através da leitura e escolher o código numérico 

que   o   representa   de   acordo   com   o   Código   de   Classificação   de   Documentos   de 

Arquivo.   (Administração   Pública   do   Estado   do   Paraná,   utilizar   tabelas   para  

classificar   e   definir   o   ciclo   de   vida  dos   documentos   das   atividades,   conforme  o  

Decreto 2.866, de 22 de abril de 2004 art. 2o. par. 1o. a 3o.);

● anotar a lápis no canto superior direito do documento, o código numérico atribuído ao 

assunto;

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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● Quando o documento estiver acompanhado de anexo(s), este(s) deverá(ão) receber o 

código correspondente ao documento;

● Proceder ou encaminhar arquivamento junto ao setor competente.

3.8 Arquivamento de Documentos em Suporte Papel

● O arquivamento deve considerar  a  Instrução Normativa N. 2, de 19 de maio de 2004 e o Manual de Gestão de Documentos do Estado do Paraná. 

● É   recomendável   que   durante   o   manuseio   dos   documentos   sejam   usados:   luvas, máscara, avental e touca.

● Proceder  o  arquivamento  ou guarda  de  material  considerado documento,  em  local específico   para   tal.     Deve   haver   um   tratamento   diferenciado   para   guarda   de documentos   que   possuem   prazo   de   retenção   curto   da   guarda   de   documentação considerada   de   retenção   permanente.   Este   procedimento   possibilita   economia   de espaço e diminuição dos custos de armazenamento.

● O local de guarda dos documentos deverá  ser planejado,   levando em consideração fatores  como:  possibilidade  de  higienização  periódica,  exclusivo  para  a  guarda  de documentos,   livre   de   umidade/climatização,   iluminação,   mobiliário   adequado   e utilização de materiais de boa qualidade. 

● Durante   o   arquivamento   é   recomendável   proceder   a   limpeza   dos   documentos eliminado, pó, clips de metal, evitar uso de grampeadores, barbantes, fitas adesivas, enfim, evitar  o uso de materiais  que possam trazer danos, com o passar dos anos, como  ferrugem e  deteriorização,   estando  atento    principalmente   a  documentos  de guarda permanente.

● Ao   arquivar   o   documento   na   pasta   (arquivo   setorial),   verificar   a   existência   de antecedentes na mesma pasta e agrupar aqueles que tratam do mesmo assunto, por consequência, o mesmo código.

● Ordenar   os   documentos   que   não   possuem   antecedentes   de   acordo   com   a   ordem estabelecida – cronológica, alfabética, geográfica, verificando a existência de cópias e eliminando­as. Caso não exista original e/ou seja  necessário é recomendável guardar a cópia.

● Arquivar o anexo do documento,  quando volumoso, em caixa ou pasta apropriada, identificando   externamente   o   seu   conteúdo   e   registrando   a   sua   localização   no documento.

● O código de classificação deve ser aposto nas pastas suspensas ou caixas e deve­se 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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arquivar   na sequência dos códigos atribuídos, usando uma pasta para cada código, evitando a classificação 'diversos'. Ao arquivar completar a pasta ou caixa anotar na etiqueta as datas para a contagem da temporalidade.

● Para as caixas arquivo é recomendável utilizar a Etiqueta padrão definida pelo DEAP, conforme anexo IV.

3.9 Eliminação de Documentos

● É   importante   que  as  áreas   promovam  a   eliminação  de  documentos   em  intervalos regulares, especialmente para a documentação que sofre maior acumulo de volume. Esta  prática  é   indispensável  para  bom programa de  Gestão de  Documentos.  Deve haver um planejamento para que a CSA possa reunir­se em determinados períodos do ano, visando analisar a  Listagem de Eliminação de Documentos e aprovar os itens a serem descartados.

● Para empresas  públicas,  a  eliminação é  definida  após  análise  da CSA ­ Comissão Setorial de Avaliação, que julga os valores primário e secundário segundo critérios definidos na Tabela de Temporalidade.Segundo   a   Resolução   Federal   n.   7,   de   20/05/1997,   definida   pelo   CONARQ   – Conselho Nacional de Arquivos, o registro dos documentos a serem eliminados deverá ser efetuado por meio dos seguintes instrumentos, que são de guarda permanente:

● Listagem   de   Eliminação   de   Documentos   –   Tem   por   objetivo   registrar informações   pertinentes   aos   documentos   a   serem   eliminados   (Modelo conforme anexo V).

● Edital  de  Ciência  de  Eliminação  de  Documentos.  Tem por   objetivo   tornar público, em periódicos oficiais, o ato de eliminação dos acervos arquivísticos. O modelo do Edital de Ciência de Eliminação de Documentos, baseia­se na Resolução  Federal   n.   5,   de  30/09/1996,   definida  pelo  CONARQ.   (Modelo conforme Anexo VI).  

● No Paraná, em empresas públicas, a CSA, formada conforme a Resolução 3.107, art 

7º, deverá analisar a listagem de eliminação e somente depois de aprovada, deverá ser 

publicada em Diário Oficial (art 10, Resolução 3.107/95).

● A eliminação  deverá   ocorrer   através  de  destruição   segura  e   inspecionada  por   um 

técnico da área produtora dos documentos e somente após prescrito o prazo de trinta 

dias da data da publicação do edital.

● Os procedimentos de eliminação valem não apenas para os arquivos em suporte papel, 

mas também  para os arquivos em meio eletrônico.

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3.10 Transferência

O procedimento de transferência visa racionalizar o uso de espaços físicos. As transferências 

de documentos do arquivo corrente, geral, intermediário e DEAP (Paraná), deverão seguir os 

prazos de arquivamento definidos na Tabela de Temporalidade.

Sempre que houver a transferência do arquivo corrente para o geral ou intermediário deverá 

ser elaborada a Listagem de Transferência. (Modelo conforme Anexo VII).

Sempre   que   houver   transferência   de   arquivos   para   o   DEAP   é   necessário   seguir   os 

procedimentos   definidos   na   Instrução   Normativa   N.   2,   de   19   de   maio   de   2004   –   que 

estabelece   os   procedimentos   para   a   entrada   de   acervos   arquivísticos   no   Departamento 

Estadual de Arquivo Público – DEAP, conforme anexo X.

3.11 Recolhimento

Os documentos que possuem valor secundário, após cumprirem os prazos de arquivamento 

nos setores e arquivos intermediários dos órgãos ou entidades do Poder Executivo do Estado 

do Paraná, serão recolhidos à Divisão de Documentação Permanente do DEAP, seguindo os 

procedimentos   previstos   na   Instrução   Normativa   n.2/2004.   Utilizando­se   a   Relação   de 

Recolhimento, conforme modelo anexo VIII.   

3.12 Preservação

A forma de preservação deverá ser analisada com o auxilio da CSA, considerando o suporte 

em que se apresenta o documento: filme, papel, eletrônico, ou outros. 

Para os documentos  que se encontram em suporte  papel,  será  necessário  identificar  quais 

serão preservados e qual melhor forma de preservação, avaliando o crescimento do acervo e 

formas de criação de arquivos futuros, levando em consideração alguns fatores:

● Características funcionais da documentação, isto é: quem gera e com que propósito;● Significado e qualidade das informações da documentação;● Relação da documentação com outros documentos;● Potencial  de uso da documentação para fins acadêmicos,  administrativos, legais  ou 

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financeiros;● Custo de preservação da documentação, medido em relação ao benefício de preservar 

informações.

Os documentos a serem preservados poderão se beneficiar das técnicas de microfilmagem, 

digitalização e assinatura digital. 

Para   tomar   decisões   quanto   a   melhor   técnica   a   ser   utilizada   é   necessário   levar   em 

consideração   a   legislação  pertinente   e   necessidades   futuras   de   comprovação   legal   (desta 

matéria   tratam:  A Resolução  no.  31,  de  28  de  abril  de  2010  (Anexo  X),  a   lei  5.433 de 

08/05/1968, medida provisória 2.200­2 de 24/08/2001, lei 11.419 de 19/12/2006,   lei 5.869, 

de 11/01/1973   e o projeto de lei n. 146 de 22/03/2007). A partir da análise legal,   avaliar 

quais os originais serão preservados, qual   a quantidade e forma de organização do espaço 

físico para o armazenamento em quem irá executar, considerando a RESOLUÇÃO Nº 6, DE 

15   DE   MAIO   DE   1997  que   dispõe   sobre   diretrizes   quanto   à   terceirização   de   serviços 

arquivísticos públicos.

Obs.: Em 2009, a GIC Gerência de Inovação Corporativa – fez um estudo sobre formatos de 

arquivos para preservação com foco em software livre (vide anexo XI), porém  em conjunto 

com este documento deve ser considerada a Resolução n. 31 de 28 de abril  de 2010 que 

disciplina e recomenda padrões  técnicos e metodologia adequados à digitalização de acervos 

convencionais de valor permanente (Anexo XI).

4 TRABALHO DE CONVERSÃO DE SUPORTE DA DOCUMENTAÇÃO

4.1 Análise inicial dos documentos 

Estabelecer critérios para digitalização ou microfilmagem dos documentos que  se encontram 

em suporte papel, identificando: 

● legislação pertinente;● a quantidade de documentos;● os tipos de documentos a serem tratados;● condições em que se encontram os documentos; ● periodicidade da digitalização ou microfilmagem;  ● responsável pela digitalização ou microfilmagem;● terceirização – se for o caso, quais etapas do trabalho serão terceirizadas.

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4.1.1 Microfilmagem

A microfilmagem é um sistema de gerenciamento e preservação de informações, mediante a 

captação das imagens de documentos por processo fotográfico sendo juridicamente amparada. 

(lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá 

outras providências)

4.1.1.1 Métodos para decisão

Cada instituição deve avaliar  suas próprias necessidades e analisar a legislação pertinente, 

desenvolvendo  seus planos e projeto de trabalho. As instituições públicas podem contar com 

a participação da CSA (Comissão Setorial  de Avaliação),   instituída no Projeto de Gestão 

Corporativa de Documentos. 

4.1.2 Para Digitalização

Processo de conversão de dados  constantes  em suporte  analógico  (papel)    para o suporte 

digital.

Atenção: ao adotar medidas de digitalização de acervos arquivísticos de sua unidade ou órgão 

público, não é permitido eliminar os documentos convencionais (papel, fitas cassete, VHS, 

etc) sem antes, consultar a legislação pertinente e obter autorização da Comissão Setorial de 

Avaliação ou a Comissão Central de Avaliação de Documentos do SIARQ.

4.1.2.1 Métodos para decisão

Caso a instituição não possua,   uma equipe responsável pela Gestão dos Documentos, será necessário  constituir grupo de estudo para:

● Avaliar as necessidades da instituição e legislação pertinente● Avaliar a quantidade, utilizando equivalência por metro linear● Avaliar média mensal de crescimento e consulta● Identificar localização geográfica das consultas● Consultar o mercado para verificar possíveis software e Hardware

● Escolher software ­ Software deverá ser escolhido dependendo do tipo de documento (imagem, texto...)

● Escolher o Hardware ­ o hardware deverá ser escolhido de acordo com 

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o volume, a média mensal de crescimento de documentos e de consulta● Visitar   instituições   –   poderão   ser   promovidas   visitas   as   instituições   com 

experiência em Gestão de documentos, conhecendo métodos e equipamentos utilizados. 

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5 INFRA­ESTRUTURA TECNOLÓGICA ­ AUTOMAÇÃO 

Em   todas   as   fases   do   trabalho   de   Gestão   Corporativa   de   Documentos,   os   responsáveis 

poderão   ser   apoiados   por   sistemas   ou   pequenos   aplicativos   que   os   auxiliem   em 

levantamentos,   pesquisas,   tabulações,   construção   de   tabelas,   etc,   porém   para   capturar, 

gerenciar,   armazenar   e  distribuir  documentos  é   imprescindível     a   adoção  de  um sistema 

robusto que apoie este trabalho.  

5.1 Utilização de Tecnologias baseadas ECM (Enterprise Content Management)

5.1.1 Análise da Tecnologia a ser Adotada

A   possibilidade   de   controlar   e   gerenciar   documentos   torna­se   hoje   uma   necessidade 

estratégica  para   a   competitividade.  Capturar,  gerenciar,   processar,   armazenar,   e   distribuir 

documentos de maneira eficiente possibilita às empresas tornarem os seus negócios aptos às 

rápidas mudanças de mercado, aos mesmo tempo que aumenta a produtividade e reduz custos.

Sistemas   ECM   (Enterprise   Content   Management)   oferecem   os   recursos   necessários   ao 

gerenciamento   do   ciclo   de   vida   de   um   documento   num   ambiente   colaborativo,   sendo 

necessário  avaliar alguns aspectos técnicos, como: 

● Diagnóstico – entrevistas e análise de processos

● Especificação de requisitos para o sistema de GED/ECM

● Elaboração de tabelas de apoio e definição de Índices

● Decisão pela aquisição ou construção do Sistema

● Definição de novos fluxos e rotinas de trabalho

● Implantação do GED

● Digitalização de documentos

● Microfilmagem de documentos

● Definição   de   tecnologia   para   compressão   de   arquivos   –   normas     definindo   qual extensão mais viável a ser utilizada pelo tipo de documento.

● Definição de Infra­estrutura de servidores (Prover infra­estrutura de servidores e rede para guarda e tráfego das informações) 

● Levantamento de volume de dados X infra­estrutura necessária● Levantamento do número de usuários por área 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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● Levantamento do número de usuários simultâneos 

● Planos para riscos de contingências – Documentação da ferramenta de GED/ECM ­ Backup/Guarda

● Capacitação das equipes em serviço

● Controle de Qualidade

5.1.2 Requisitos para o Software a serem analisadas:

● Considerar   Resolução   Nº   20,   de   16   de   julho   de   2004   ­   Publicada   no   DOU   de 

19.07.2004 e Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007 (anexo X).

● Gerenciamento:  O   sistema   ECM   deve   ser   capaz   de   gerenciar   qualquer   formato 

eletrônico, incluindo diferentes formatos de imagens, textos, documentos compostos, 

arquivos eletrônicos, áudio digital, vídeos etc.

● Armazenamento: Um sistema ECM deve suportar, idealmente, tanto o arquivamento 

off­line, quanto o on­line, em diferentes mídias de armazenamento.  

● Recuperação:  O   sistema   deve   permitir   que   os   documentos   armazenados   sejam 

recuperados a partir de um conjunto de atributos previamente definidos (metadados), 

mas também deve suportar a recuperação através de palavras e frases contidos nos 

documentos.  A  pesquisa   deve   ser   realizada  de   forma  unificada,   de  modo  que  os 

documentos sejam acessados,  recuperados, e visualizados independente do local de 

armazenamento;

● Intercâmbio: Visando o intercâmbio de documentos entre a empresa e entidades sem 

acesso ao sistema ECM, o mesmo deve permitir o acesso a aplicações de terceiros, 

permitindo que os documentos sejam extraídos em seu formato nativo, e transportados 

como desejado; 

● Workflow ­  Fluxo de Trabalho. 

● Internet: Todas as funcionalidades de um sistema ECM, devem estar disponíveis via 

Web.

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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28

● Categorização de Documentos

● Tabelas de Temporalidade 

● Níveis de Segurança

● Base de Informações e Conhecimentos da Instituição.

5.1.3 Atividades 

Elaborar um plano de trabalho e identificar se o trabalho será de contratação/aquisição de uma 

solução de software analisando todos os requisitos a serem atendidos ou se a instituição irá 

construir uma solução própria. Esta decisão deverá ser respaldada por autoridade competente, 

pois qualquer que seja, irá implicar em atender as formalidades previstas na instituição. 

Constituir grupo de trabalho operacional e técnico para:

● Definir  plano  para  migração  dos  documentos   eletrônicos  e   carga  dos  documentos 

digitalizados ­  Estabelecer um plano de migração para os documentos eletrônicos já 

existentes para o sistema de GED/ECM. Avaliar a possibilidade e custo/benefício em 

automatizar   a   migração   ou   executá­la   manualmente,   levando   em   consideração   a 

necessidade   de   cadastrar   os   metadados/propriedades   dos   documentos   para   que   a 

recuperação se torne mais efetiva. 

● Definir   plano   de   trabalho   para   gestão   efetiva,     para   a   manutenção   das   tabelas   e 

manutenção do acervo armazenado no sistema.

● Definir   plano   para   garantir   que   os   formatos   (extensões   de   arquivos)   em   que   o 

documento foi salvo, possibilitarão sua abertura e acesso futuro.

● Definir um plano de capacitação – Todos os usuários deverão ser treinados e entender 

a importância do uso do software conhecendo todas as suas funcionalidades.

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6 SISTEMA DOCUMENTADOR

O sistema  Documentador   foi  projetado  e   construído   inicialmente  para  prover   solução  de 

Gestão de Documentos interna a CELEPAR. Com o avanço dos estudos na área de Gestão 

Corporativa de Documentos, a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados 

de Gestão Arquivísticas  –  e­ARQ Brasil  e  o   reconhecimento  do potencial  da  ferramenta, 

identificou­se a oportunidade de evoluir o trabalho a ponto de prover uma solução única para 

os arquivos setoriais do Estado do Paraná. Seu foco de evolução é o controle completo do 

ciclo   de   vida   dos   documentos,   desde   a   captura   até   a   destinação   final,   seguindo   os 

procedimentos da gestão arquivística de documentos. 

A CELEPAR implantou pilotos na área de Documentação de Sistemas e GIC – Gerência de 

Inovação   Corporativa,   coordenados   pela   GIC.   A   GAD   –   Gerência   Administrativa, 

responsável  pela  implantação da Gestão de Documentos  na CELEPAR deverá  proceder  a 

implantação nas demais áreas da empresa.

Atualmente a CELEPAR  participa como membro da Comissão e­ARQ Paraná, coordenada 

pelo DEAP – Departamento Estadual de Arquivo Público. Neste fórum serão identificados 

requisitos que irão   balizar   a evolução do Documentador como sistema único de suporte a 

Gestão Corporativa de Documentos a ser utilizada no Estado, de acordo com a legislação 

pertinente.

6.1 Funcionalidades  

As   funcionalidades   do     'Documentador'   foram   implantadas   a   partir   de   um   sistema   de 

repositório   central   que   facilita   a   recuperação   e   consulta,   controla   o   ciclo   de   vida   dos 

documentos   e  oferece  a  possibilidade  de  configurar  metadados  que  melhor   identificam a 

massa documental a ser resguardada. Contempla também um sistema de Workflow (trâmites 

de documentos) de utilidade genérica em que cada área tem a prerrogativa de criar seu próprio 

processo de fluxo para trâmite de documentos. O objetivo é facilitar a gestão dos documentos 

de toda a corporação, pela centralização das informações armazenadas em local único, porém 

acessíveis através da internet em qualquer lugar em que o usuário se encontre.

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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30

As funcionalidades atuais da aplicação são basicamente:

● Gerenciamento de conteúdos estruturados e não­estruturados; 

● Trâmite de documentos configurável conforme necessidade fim, possibilitando definir 

regras   para   trâmites,   deixando   registrado   em   base   única   todas   as   ocorrências 

relacionadas   ao   processo   definido.   Todas   as   solicitações   poderão,   ou   não,   conter 

documentos anexos. Os anexos podem ser documentos já existentes no acervo, sendo 

apenas referenciados na solicitação, através de um botão específico que dispara esta 

ação,     ou   diretamente   enviados   pelo   usuário,   anexando   um   arquivo   físico.   As 

configurações  dos   trâmites,  solicitadas  pelas  áreas  usuárias  deverão ser   feitas  pelo 

Administrador   do   sistema   Documentador.   O   processo   de   trâmite,   depois   de 

configurado fica registrado no sistema e poderá ser utilizado sempre que necessário. 

Por exemplo, um trâmite pode ser utilizado para enviar documentos ao responsável 

pela publicação no repositório. 

● Fichas contendo  propriedades (metadados) configuráveis conforme necessidade fim;

● Cadastramento de documentos ;

● Classificação   dos   documentos   através   de   uma   tabela   incorporada   ao   repositório 

através  de  uma estrutura  hierárquica  e  vinculada  as  propriedades  necessárias  para 

definir o ciclo de vida dos documentos;

● Controle de temporalidade através da classificação de documentos. Esta

funcionalidade permite a configuração dos intervalos de tempos e evidenciam o ciclo de

vida dos documentos.

● Disponibilização  de  documentos  de   forma  não   autenticada.  Permite   o   acesso  dos 

documentos   que   oferecem   permissão   pública,   pelos   usuários   não   autenticados   no 

sistema;

● Trilha   de   auditoria   para   documentos.   Registra   as   transações   efetuadas   com   os 

documentos;

● Segurança ­ Restrição de acesso ao sistema e aos conteúdos ;

● Estruturação hierárquica dos conteúdos, dentro do conceito de pastas e arquivos; 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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● Armazenando qualquer formato de arquivo

● Descartes de documentos - o item publicado por engano e descartado pelo usuário,

deverá ter uma justificativa, podendo ser resgatado pelo usuário, por prazo definido no

sistema. Vencido o prazo o Gestor deverá fazer a analise sobre o motivo do descarte,

podendo eliminá-lo ou torná-lo novamente parte do acervo.

● Controle de versionamento de documentos. A funcionalidade de versionamento,

impede que outros usuários procedam qualquer ação em relação ao documento até que

seja liberado/ devolvido ao repositório pelo usuário que o retirou para versionar. A

opção de versionamento é mais indicada para arquivos de documentos, porém é

possível versionar também uma determinada pasta, caso o usuário queira manter um

histórico sobre mudanças ocorridas nos metadados das pastas. Quando uma ficha for

versionada, serão guardados apenas os históricos de seus metadados e não a estrutura

contida nos itens subordinados;

● Pesquisa de documentos com busca interna de textos. Esta funcionalidade possibilita a

busca de palavras registradas nos metadados (propriedades cadastradas para o

documento) ou ainda, efetua busca interna ao texto anexado. Caso o arquivo anexado

seja uma imagem a busca se dará apenas pelos metadados registrados, neste caso, o

sucesso da recuperação dependerá da qualidade de informações registradas nos

metadados.

6.2 Papéis e Responsabilidades

Para que o sistema Documentador possa cumprir seu objetivo é necessária a   existência de 

três diferentes classes de usuário que desempenham certos papéis. Estes papéis são propostos, 

como descrito a seguir:

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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6.3 . Acesso ao Documentador

O sistema Documentador possui uma instância de acesso via internet  através do endereço 

http://www.documentador.celepar.pr.gov.br/.

6.3.1 Modo de Acesso

A tela abaixo, demonstra que o usuário tem a opção de entrar no sistema Documentador de 

forma autenticada, informando seu “login” e senha, ou de forma anônima através do botão 

“Acesso Público” . 

6.3.1.1 Acesso Público

O usuário não autenticado no sistema pode efetuar buscas em documentos que tenham sido 

definidos como de leitura pública (anônima). As buscas podem ser feitas sobre os metadados 

cadastrados para o documento ou internamente ao documento pela verificação do   conteúdo 

do texto, sendo que os seguintes tipos de documentos podem ser recuperados via busca de 

conteúdos:   pdf,   word,   excel,   openoffice,   apresentações,   textos   planos.   Enfim,   onde   for 

associada a  palavra  informada a algum texto encontrado pelo Documentador,  haverá  uma 

correspondente resposta.

6.3.1.2 Acesso Autenticado

Depois de informado o “login” e senha, o Documentador, mostra a tela inicial do sistema, com

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Page 34: gic_metodologia_Gestao_doc.pdf

34

seu menu de funcionalidades liberadas. Ao apresentar a tela inicial é feita a verificação

automática de tarefas dentro de algum trâmite e demonstrado para o usuário o número de

tarefas pendentes.

7 ARQUITETURA

O 'Documentador' foi implementado em tecnologia distribuída e de acordo com o Modelo de

Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos – e-ARQ

Brasil, em linguagem Java e projetado para trabalhar através do software de segurança

Sentinela e motores, tais como: ScribaPinhão, Timoneiro e Tabelião, desenvolvidos com base

na Plataforma de Desenvolvimento Pinhão Paraná.

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Page 35: gic_metodologia_Gestao_doc.pdf

35

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivo se dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 09 jan. 1991.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução nº 5 de 30 de setembro de 1996. Dispõe sobre a publicação de Editais para Eliminação de Documentos nos Diários Oficiais da União, Distrito Federal, Estado e Municípios. Diário Oficial, Brasília, 11 out. 1996.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução nº 7 de 20 de maio de 1997, Dispõe sobre os procedimentos para eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público. Diário Oficial, Brasília, 23 mai 1997.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Resolução 20 , de 16 de julho de 2004.Dispõe sobre a   inserção dos  documentos  digitais  em programas de gestão arquivística  de documentos   dos  órgãos   e   entidades   integrantes   do   Sistema  Nacional   de   Arquivos.Diário Oficial, Brasília, jul. 2004.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS.  Resolução 25  de  27 de abril de 2007.Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados  de Gestão Arquivística de Documentos ­ e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos ­ SINAR. Diário Oficial, Brasília, 27 abr. 2007.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIIVOS. Resolução n. 31, de 28 de abril de 2010. Dipões sobre a adoção de Recomendações para Digitalização de Dcoumentos Arquivísticos Permanentes, disponível em http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=508&sid=46. Acesso em 10 mai 2010.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos, dez 2006.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Classificação, temporalidade e destinação de documentos de arquivo; relativos a atividades-meio da administração pública, Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo nacional, 2001. p. 156

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Legislação Arquivística Brasileira. Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo nacional, mai 2008.

CTDE – Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos, Glossário: Versão 4.0 - Julho de 2008, disponível em <http://www.documentoseletronicos.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/glossario/2008ctdeglossariov4.pdf>. Acesso em: 23 nov 2008.

DCMI (Dublin Core Metadata Iniciative). Dublin Core Metadata Element Set (DCMES), version 1.1: Reference Description. [S.I., 2003]. Disponível em:

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

Page 36: gic_metodologia_Gestao_doc.pdf

36

<http:dublincore.org/documents/dcmes/> Acesso em: 14 jan 2008.

DEAP, Departamento Estadual de Arquivo Público. Manual de Gestão de Documentos, 3. ed. rev. e ampl. - Curitiba, 2007.

FERREIRA, Mauricio Antonio. ECM e GED são a mesma coisa?.Disponível em:<http://www.cenadem.com.br/ged03.php>. Acesso em: 01 set. 2008

LESLIE HALEY WATTER, Padrões de Formatos de Arquivos Digitais para Preservação e Acesso utilizando Software Livre, CELEPAR - Companhia de Informática do Paraná, Curitiba, abr, 2009.

PARANÁ. Decreto 2.866, de 22 de abril de 2004. Estabelece normas para a transferência e/ou recolhimento de acervos públicos e privados para o Departamento Estadual de Arquivo Público – DEAP.

PARANÁ. Resolução nº 3.107 de 25 de setembro de 1995. Define a competência da organização de arquivos no âmbito do Poder Executivo Estadual.

SAESP - Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo, Programa de Gestão Documental, disponível em < http://www.trt02.gov.br/html/tribunal/gesta_doc/apoio/referencia/refer.html> Acesso em: 03 nov. 2008.

ZANETTI HUMBERTO, Tags e folksonomia: o usuário classifica a informação, disponível em <http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/01/12/tags-e-folksonomia-as-pessoas-organizam-a-informacao/>. Acesso em: 20 out 2008

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GLOSSÁRIO

Acervo – no contexto do Documentador  é   local  onde ficam guardados os documentos.  O acervo é formado pelo conjunto de documentos que ficam gravados em uma máquina. Esta máquina normalmente é chamada de  Servidor/Repositório.

Arquivo   Corrente   ­   conjunto   de   documentos   em   curso,   ou   que   mesmo   sem   tramitação, constituem objeto de consultas frequentes, cabendo sua administração e guarda ao órgão de origem (Resolução nº 3.107 de 25/09/1995 ­ art. 2).

Arquivo intermediário  ­  conjunto de documentos  de uso eventual  pela  administração,  que aguardam avaliação e destinação final no Departamento Estadual de Arquivo Público, mas cujo direito de propriedade pertence ainda ao órgão que o originou (Resolução nº 3.107 de 25/09/1995 ­ art. 2).

Arquivo off­line – no contexto do Documentador é o arquivo não disponível para o usuário. Quando o arquivo está nesta condição o usuário poderá recuperar seus metadados em uma pesquisa e saber que existe, porém não poderá manipulá­lo. Caso tenha esta necessidade, o Usuário deverá solicitar ao Gestor que torne permissível a baixa deste arquivo.  

Arquivo  on­line  –  no  contexto  do  Documentador  é  o  arquivo  disponível  para  consulta  e manipulação, por todos os usuários autorizados.

Arquivo   Permanente   ­   conjunto   de   documentos   que   por   seu   valor   legal,   probatório   ou histórico deve ser perpetuado e custodiado pelo Departamento Estadual de Arquivo Público, que os disponibilizará ao público em geral (Resolução nº 3.107 de 25/09/1995 ­ art. 2).

Atividade­fim –  atividade  desenvolvida  em decorrência  da   finalidade  de  uma  instituição. Também chamada de atividade finalística (DEAP, 2007). 

Atividade­meio – atividade que dá apoio a consecução das atividades­fim de uma instituição. Também chamada de atividade mantenedora (DEAP, 2007). 

Configuração –  no contexto do Documentador, vários itens são configuráveis, ou seja, podem ser   atribuídas   formas   ou   representações   de   um   determinado   item.   Exemplo:   a responsabilidade  do  Gestor  é   configurável,  podendo determinar  qual  pessoa  ou  grupo  de pessoas irá(ão) exercer este papel.  

CSA  –   Comissão   Setorial   de  Avaliação     (constituída   conforme     Resolução  nº   3.107   de 25/09/1995, art. 7º).

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38

Descartar – no contexto do Documentador, esta ação permite ao usuário rejeitar um arquivo publicado por algum equívoco, porém o motivo deverá ser justificado. O . Esta função não deve ser confundida com o vencimento do ciclo  de vida do documento determinado pela Tabela de Temporalidade e eliminação oficial de documentos.

Eliminação  ­ Destruição de documentos que, no processo de avaliação, foram considerados sem valor para guarda permanente. A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência (art. 9.º, Lei Federal n.º 8.159, de 08/01/91). A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá ocorrer se prevista na tabela de temporalidade do órgão, aprovada pela  autoridade competente  na esfera de sua atuação e respeitado o disposto no art. 9.º da  Lei Federal n.º 8.159, de 8 de janeiro de 1991 (art. 12, parágrafo único,  Decreto Federal n.º 1.799, de 30/01/96). O sistema mais  indicado para a inutilização de documentos é a fragmentação do papel para reciclagem. (SAESP) .No Paraná, a formalização para a eliminação de documentos consta do Manual de Gestão de Documentos do Estado do Paraná (DEAP, 2007).

Estrutura de Fichas – Conjunto de metadados registrados no sistema Documentador e que ao serem configurados recebem um determinado nome. O conjunto é utilizado no momento da publicação, com o objetivo de identificar e facilitar a recuperação do arquivo que está sendo publicado.

Estrutura do Acervo – Esquema de pastas que podem ser criadas logo abaixo do Acervo, tendo  como objetivo  organizar  os  diversos  pontos  onde   serão  guardados  os  documentos. Exemplo: Pode­se imaginar um arquivo de aço como um acervo e dentro dele diversas pastas com determinados  nomes   e   dentro  das   pastas   documentos  –  o   exemplo  é   equivalente   a 'estrutura do acervo' utilizada no Documentador.

Lista de Valores – Lista dos dados que irão compor uma tabela em um determinado campo. Exemplo: Campo: 'Municípios de Curitiba'. Na lista de valores da tabela deverão previamente ser configurados os itens Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, etc.

Metadado ­ “[...] conjunto de dados estruturados que identificam os dados de um determinado documento  e  que  podem fornecer   informação  sobre  o modo de  descrição,  administração, requisitos legais de utilização, funcionalidade técnica, uso e preservação” .(DCMI, 2004)

Tabela   de   Temporalidade   –   é   o   instrumento   que   define   o   tempo   de   permanência   dos documentos nos arquivos correntes e intermediários e o recolhimento para os arquivos de guarda permanente ou eliminação (Resolução nº 3.107 de 25/09/1995 ­ art. 9).

Trâmites  –  Processos  de   trabalho  com papéis,   rotas  e   regras  definidas.  O Documentador permite a configuração de processos de trabalho a serem definidos pelas áreas usuárias.

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Publicação   –   Para   publicar   um   documento   no   documentador,   deverá   haver   uma   ficha previamente configurada, a partir de metadados que identifiquem o arquivo. Ao publicar um documento,  o  usuário  deverá   registrar  os  metadados  e   setar  o  campo de classificação  do assunto ao qual o documento pertence.

Visões   do   sistema   –   possibilidade   de   configuração   do   modo   como   o   sistema   deve   se apresentar para determinado usuário, ou seja, quais pastas, tabelas, trâmites, serão vistos por determinado usuário/órgão.

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ANEXOS

Os modelos anexos I a IX foram elaborados pelo DEAP – Departamento Estadual de Arquivo Público e constam do Manual de Gestão de Documentos do Estado do Paraná.

ANEXO I

MODELO DE FORMULÁRIO PARA DIAGNÓSTICO DO ACERVO ACUMULADO

DADOS DO ACERVO DO ARQUIVO GERAL

ÓRGÃO:

Conjunto de Documentos Datas­limite Quantidade – metros lineares

Responsável:Data:

Para o  preenchimento:Objetivo   do   preenchimento   do   formulário  –   visualizar   os   dados   básico   sobre   o   acervo acumulado no arquivo geral do órgão.Cabeçalho – preencher por extenso o nome da Secretaria, Departamento, Coordenadoria ou Unidade.Tipo de documento: os documentos caracterizam­se de acordo com a sua forma e conteúdo e, por essa razão, formam­se variados tipos de documentos como projetos, relatórios, pareceres, ofícios, contratos e outros que informam as atividades administrativas do órgão. Relacionar os documentos que fazem parte do acervo do arquivo geral do órgão.Datas­limite: Informar as datas de início e término do período abrangido pelos conjuntos de documentos que fazem parte do acervo do arquivo geral.Quantidade   em   metros   lineares  –   informar   a   quantidade   do   acervo   do   arquivo   geral, mensurando   o   volume   da   massa   documental   em   metros   lineares,   tendo   como   base   o comprimento das prateleiras das estantes (multiplicando a medida encontrada pelo número de prateleiras por estante e em seguida, pelo número de estantes ocupadas com documentação) e/ou a profundidade das gavetas dos arquivos (multiplica­se a medida encontrada pelo número de arquivos ocupados com documentação).   

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ANEXO II

MODELO DE FORMULÁRIO PARA DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO CORRENTE – DOCUMENTOS PRODUZIDOS

SECRETARIA/ÓRGÃO: ___________________________________________________________________________________DEPARTAMENTO/COORDENADORIA: _____________________________________________________________________UNIDADE: ______________________________________________________________________________________________QUADRO 1 – DOCUMENTOS PRODUZIDOS

Tipo de Documento Procedimento/Tramitação Arquivamento

Original Cópia Método Tempo no Setor

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ANEXO III

MODELO DE FORMULÁRIO PARA DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO CORRENTE – DOCUMENTOS RECEBIDOS

SECRETARIA/ÓRGÃO: ___________________________________________________________________________________DEPARTAMENTO/COORDENADORIA: _____________________________________________________________________UNIDADE: ______________________________________________________________________________________________QUADRO 1 – DOCUMENTOS RECEBIDOS

Tipo do Documento Tramitação Arquivamento

Origem  Destino No Setor

Sim  Não

Original Cópia Método Tempo no Setor

Para o  preenchimento – Anexos II e IIIObjetivo ­  visualizar o fluxo da documentação corrente produzida em cada unidade do órgão.Tipo de documento: os documentos caracterizam­se de acordo com a sua forma e conteúdo e, por essa razão, formam­se variados tipos de documentos como projetos, relatórios, pareceres, ofícios, contratos e outros que informam as atividades administrativas do órgão. Relacionar os documentos que fazem parte do acervo do arquivo geral do órgão.Procedimento/tramitação:  informar a fonte de origem de cada documento produzido pela unidade e qual o destino final do mesmo. Arquivamento: informar se a unidade produtora arquiva cópia ou original do documento.  Se arquiva, identificar qual o método de arquivamento (alfabético, numérico, cronológico ou outros) indicando o tempo de permanência de cada documento na unidade.

Page 43: gic_metodologia_Gestao_doc.pdf

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ANEXO IV

MODELO DE ETIQUETA PADRÃO

Código Classificação

Sigla do Órgão/Entidade

Data – limite

No.Instruções para elaboração da etiqueta padrão (10,5 X 17cm)

Código de Classificação – indicar o código de classificação do assunto conforme Tabelas de 

Temporalidade de Documentos (fonte Arial 48)

Sigla do órgão ou entidade – maiúscula, segundo Manual de Comunicação Escrita Oficial do 

Estado do Paraná. (fonte Arial 48)

Data­limite – indicar a data mais antiga e a mais recente da documentação contida na caixa, 

ou unidade de acondicionamento. 

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ANEXO V

MODELO LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Listagem de Eliminação de Documentos

Órgão:Setor:

Listagem N.Folha N.

Código Assunto/Tipo Documental Datas/Limite Quantidade (m/linear)

Observação/Justificativa

Responsável pelo preenchimentoData _______/ _______ /________

Coord. da Comissão Setorial deAvaliaçãoData ______/______/_______

Titular do órgãoData_____ /______ /_______

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ANEXO VI

MODELO ­ EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO

EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS                                                                                                          N° _________/__________

O  Coordenador  da   Comissão  Setorial   de   Avaliação,   designado  pela  Resolução   ou Portaria n° _____, de ___/__ /__, publicada no Diário Oficial do Estado de ___/__/__, de acordo com   (indicar   a  Listagem   de  Eliminação  de  Documentos),   aprovada  pelo   titular   do   (órgão) informa a quem possa interessar que a partir do trigésimo dia subsequente a data de publicação deste Edital no Diário Oficial do Estado, se não houver oposição, o (indicar o órgão responsável pela eliminação) eliminará os documentos constantes da listagem em anexo.

Os   interessados,   no   prazo   citado,   poderão   requerer,   às   suas   expensas,   o desentranhamento de documentos ou cópia das peças do processo, mediante petição, desde que tenha respectiva qualificação e demonstração de legitimidade do pedido, dirigido à Comissão Setorial de Avaliação do (indicar órgão).Local/Data ______________ , ___/___/___Nome e assinatura do Coordenador da Comissão Setorial de Avaliação

Para o preenchimento:

Título e número do edital;

Nome do órgão ou entidade que efetuará a eliminação;

Identificação da autoridade signatária do edital;

Número   e   data   dos   atos   legais   e/ou  do  documento  oficial   (listagem  de   eliminação)   que 

legitima a eliminação;

Nome do órgão ou entidade produtora dos documentos a serem eliminados;

Local e data do edital;

Nome, cargo e assinatura da autoridade signatária do edital.

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ANEXO VII

MODELO  ­  TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOSAos ____________dias do mês de ________________do ano de _______, (indicar o nome do órgão responsável pela eliminação),  de acordo com o que consta do/da (indicar a Tabela de Temporalidade de Documentos ou a Listagem de Eliminação de Documentos e respectivo Edital de Ciência de Eliminação de Documentos), aprovados pelo (titular do órgão), por intermédio do (indicar o documento de aprovação), e publicada (o) no (indicar periódico oficial), de (indicar a data de publicação da tabela ou do edital), procedeu à eliminação de (indicar a quantificação), de documentos   relativos   a   (referência   ao   assunto   dos   conjuntos   documentais  eliminados), integrantes do acervo do (a) (indicar o nome do órgão produtor/acumulador), do período (indicar as datas­limite dos documentos eliminados).

(nome da unidade orgânica responsável pela eliminação)(nome, cargo e assinatura do servidor)

Para o preenchimento:

Data de eliminação;

Indicação   dos   atos   oficiais/legais   que   autorizam   a   eliminação   e   informação   relativa   à 

publicação em periódico oficial;

Nome do órgão ou entidade produtor/acumulador dos documentos eliminados;

Nome do órgão ou entidade responsável pela eliminação;

Referência aos conjuntos documentais eliminados especificados na Listagem de Eliminação dos 

Documentos, anexa ao Termo;

Datas­limite e quantificação dos documentos eliminados;

Nome da unidade orgânica responsável pela eliminação;

Nome e assinatura do titular da unidade orgânica responsável pela eliminação.

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ANEXO VIII

MODELO  RELAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA OU RECOLHIMENTO

RELAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ou de  RECOLHIMENTO

Órgão:Setor:

Folha n.Quantidade total:

Código Assunto/Tipo Documental Datas/Limite

Quantidade (m. linear)

Observação/Justificativa

Responsável pelo preenchimentoData_____ / _____ /___ __

Coord. da Comissão Setorial deAvaliaçãoData_____ / _____ /_____

Titular do órgão/entidadeData ______/__ __ /__ ___

Para o Preenchimento

Título e n.º da seleção;

Órgão e setor;

Número da folha (páginas que compõem a relação);

Quantidade de documentação transferida (metros lineares);

Código do assunto ou número dos itens documentais listados;

Descrição dos assuntos conforme o Código de Classificação de Documentos;

Datas­limite de cada conjunto documental;

Quantidade e especificação das unidades de arquivamento (pastas, caixas, pacotes)

Observações complementares úteis ao esclarecimento das informações contidas nos demais 

campos ou justificativa quando se tratar de órgãos que ainda não elaboraram as tabelas de 

temporalidade de documentos de suas atividades­fim.

Data   de   transferência   para   o   arquivo   intermediário   do   órgão   ou   para   a   Divisão   de 

Documentação Intermediária do Arquivo Público do Estado;

Rodapé contendo local e data, nome, cargo e assinatura do titular do setor responsável

pela seleção e transferência.

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ANEXO IX

MODELO ­ DESIGNAÇÃO DA COMISSÃO SETORIAL DE AVALIAÇÃO

RESOLUÇÃO N.º

O Secretário  de  Estado  da   ........................,   no  uso  de  suas  atribuições   legais 

conferidas, resolve:

D E S I G N A R

I – (nome do funcionário), RG.........,(nome do funcionário), RG........, (nome do funcionário)

RG........, (nome do funcionário), RG............ e (nome do funcionário), RG........... para sob a

coordenação do primeiro constituírem a Comissão Setorial de Avaliação de Documentos ­

CSA do (da)................. conforme Resolução nº3.107/95, da SEAP.

II ­ (nome do funcionário), RG.............e (nome do funcionário), RG.............como membros

representantes do Departamento Estadual de Arquivo Público – DEAP.

III   –   A   Comissão   poderá   convocar   chefias   e/ou   pessoal   técnico/administrativo   para 

participarem das discussões, se a natureza dos documentos assim o exigir.

IV   ­   Esta   Resolução   entrará   em   vigor   na   data   de   sua   publicação,   ficando   revogada   a 

Resolução n.º........ (se houver).

Curitiba.....de....................... de 200 .

Secretário de Estado da (do) .

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ANEXO X ­ LEGISLAÇÃO

Diário Oficial 6743 de 03/06/2004

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 2, DE 19 DE MAIO DE 2004

Estabelece   os   procedimentos   para   a   entrada   de   acervos   arquivísticos   públicos   no 

Departamento Estadual de Arquivo Público do Paraná ­ DEAP.

O   DIRETOR   DO   DEPARTAMENTO   ESTADUAL   DE   ARQUIVO   PÚBLICO   DO 

PARANÁ ­ DEAP, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o contido no parágrafo 

2º, artigo 3º do Decreto Estadual n.º 2.866, de 22 de abril de 2004,

RESOLVE:

Estabelecer   os   procedimentos   a   serem   observados   quando   da   transferência   ou   do 

recolhimento  de acervos  arquivísticos  públicos  para o  Departamento  Estadual  de Arquivo 

Público (DEAP):

1.  O acervo arquivístico  a ser  transferido ou recolhido deverá  estar  organizado,  avaliado, 

higienizado e acondicionado, bem como acompanhado de instrumento descritivo que permita 

sua identificação e controle.

1.1.   Os   acervos   produzidos   e   acumulados   pelos   órgãos   ou   entidades   estaduais   somente 

poderão ser transferidos ou   recolhidos se devidamente classificados e cumpridos os prazos 

previstos em Tabelas de Temporalidade de Documentos (TTD) para atividades meio e fim, 

aprovadas pelo DEAP.

1.2. Os acervos acumulados nos órgãos ou entidades deverão ser avaliados pelas respectivas 

Comissões Setoriais de Avaliação de Documentos (CSA), instituídas nos termos do art. 7 da 

Resolução n.º 3.107, de 25 de setembro de 1995, com a orientação técnica do Departamento 

Estadual de Arquivo Público (DEAP).

2. Compete ao órgão ou entidade detentores do acervo arquivístico:

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2.1.  Organização,  avaliação  e  seleção  do  acervo  pela  Comissão Setorial  de  Avaliação  de 

Documentos   (CSA),   de   acordo   com   a   metodologia   constante   no   Manual   de   Gestão   de 

Documentos do Estado do Paraná em vigor.

2.2.   Higienização   do   acervo,   liberando­o   de   sujidade   e   outros   resíduos   estranhos   aos 

documentos, como também, barbante, grampo, clipe ou outro material metálico.

2.3.  Acondicionamento  do acervo de documentos   textuais,  em caixa ­arquivo de tamanho 

padrão (0,14m de largura por 0,25m de altura e 0,38m de comprimento) de boa qualidade, e 

de documentos audiovisuais, cartográficos, micrográficos, informáticos, ou que excedam ao 

padrão convencional em embalagens adequadas às suas dimensões.

2.4. Identificação das unidades de acondicionamento com etiqueta­padrão.

2.5. Formalização da solicitação de transferência e/ou recolhimento protocolizada ao DEAP.

2.6. Preenchimento da Relação de Transferência e/ou Recolhimento de Acervos em duas vias, 

a primeira apensada ao processo protocolizado ao DEAP e a segunda arquivada no órgão ou 

entidade   de   origem   também   para   guarda   permanente,   constituindo­se   em   termo   de 

responsabilidade e em instrumento inicial para pesquisa e recuperação da informação. 

2.7. Preenchimento da Relação Descritiva da Unidade de Acondicionamento em duas vias, 

cuja formalização da entrada do acervo dar­se­á após a conferência e assinatura por técnico 

responsável do DEAP, ficando o acervo até  essa data sob a responsabilidade do órgão ou 

entidade que solicitou a transferência e/ou recolhimento.

2.8 Destinação de recursos humanos, materiais e financeiros necessários à consecução dos 

procedimentos   previstos   nos   itens   anteriores,   bem   como   para   o   transporte   do   acervo   ao 

Departamento Estadual de Arquivo Público (DEAP).

2.9. Publicação do extrato do Convênio de Custódia no Diário Oficial do Estado do Paraná, 

quando se tratar de transferência de acervo da administração indireta, conforme o parágrafo 

1º, artigo 3º do Decreto n.º 2.866, de 22 de abril de 2004.

2.10. Efetuar mensalmente os pagamentos previstos no Convênio de Custódia durante sua 

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vigência e enquanto o acervo permanecer no arquivo intermediário do DEAP.

2.11. Efetuar a previsão orçamentária para o exercício subseqüente contemplando os recursos 

necessários ao adimplemento da despesa referida no item 2.10.

3. Compete ao Departamento Estadual de Arquivo Público (DEAP):

3.1.   Orientação   às   atividades   inerentes   à   transferência   e/ou   recolhimento   dos   acervos 

arquivísticos,  considerando aspectos   relacionados  à  organização,  avaliação,  higienização e 

acondicionamento.

3.2. Programação do período de transferência e/ou de recolhimento do acervo do órgão ou 

entidade.

3.3.   Acompanhamento   de   entrada   do   acervo,   orientando   sua   alocação   nos   depósitos 

previamente determinados.

3.4. Comunicação ao órgão ou entidade transferidor (a) do acervo, da referência numérica 

definitiva correspondente à unidade de acondicionamento.

3.5.  Elaboração,  em duas  vias,  do Convênio  de  Custódia  a   ser   firmado com o  órgão ou 

entidade  pertencente  à   administração   indireta   do  Poder  Executivo   do   Estado  do  Paraná, 

conforme prevê o parágrafo 1º, do artigo 3º, do Decreto n.º 2.866, de 22 de abril de 2004.

4. Disposições finais:

4.1. Manter­se­á sob restrição de acesso, exceto nos casos previstos em lei, a documentação 

transferida ao arquivo intermediário do DEAP.

4.2. A consulta e a utilização do acervo arquivístico transferido somente poderão efetuar­se na 

sede do DEAP por servidor previamente autorizado, ou sob forma de empréstimo, mediante 

solicitação formal do órgão ou entidade transferidor (a);

4.2.1. a consulta de terceiros será permitida somente mediante autorização expressa do órgão

ou entidade transferidor (a);

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4.2.2.   o   DEAP   ficará   eximido   de   responsabilidade   por   extravio   ou   dano,   em   caso   de 

necessidade da retirada integral ou parcial do acervo transferido.

4.3.  Os  valores  para  o  Convênio  de  Custódia  a   ser   firmado  no  âmbito  da  administração 

indireta estão definidos na Tabela de Valores de Referência. (anexo IV).

4.4. Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor do Departamento Estadual de Arquivo 

Público (DEAP).

5. Para fins deste ato, considera­se:

5.1. Acervo ­ a totalidade dos documentos conservados num arquivo.

5.2. Organização ­ a utilização de técnicas arquivísticas para classificação, arranjo e descrição 

de documentos de arquivo.

5.3.  Higienização   ­  a   técnica  de  conservação  que consiste  na   retirada  da  poeira  e  outros 

resíduos, com vistas à preservação.

5.4.   Acondicionamento   ­   a   embalagem   e   guarda   de   documentos   de   arquivo   de   forma 

apropriada à preservação.

5.5.   Transferência   ­   a   passagem   de   documentos   do   arquivo   corrente   para   arquivo 

intermediário, onde aguardarão destinação final, que consiste na eliminação ou recolhimento 

para a guarda permanente.

5.6.  Recolhimento   ­  a  passagem de documentos  do arquivo   intermediário  para  o  arquivo 

permanente após processo de avaliação.

6. Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a 

Instrução Normativa n.º 1, de 8 de julho de 2002.

Daysi Lúcia Ramos de Andrade,

 Diretora.

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RESOLUÇÃO Nº 20 , DE 16 DE JULHO DE 2004

Dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística de 

documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS ­ CONARQ, no uso de 

suas atribuições previstas no item no inciso IX do art. 23, de seu Regimento Interno, aprovado 

pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de fevereiro de 2002, de 

conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 34ª reunião ordinária, realizada em 6 de 

julho de 2004,

Considerando que é  dever do Poder Público a gestão documental,  a proteção especial  aos 

documentos de arquivo e as providências para franquear aos cidadãos as informações contidas 

na documentação governamental;

Considerando que o Conselho Nacional  de Arquivos  tem por  finalidade  definir  a política 

nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação normativa visando à  gestão 

documental e à proteção especial aos documentos de arquivo, independente da forma ou do 

suporte em que a informação está registrada;

Considerando  que   a   organização  dos   arquivos   e   o   gerenciamento  das   informações   neles 

contidas   se   constituem   em   instrumento   de   eficácia   administrativa,   contribuindo   para   a 

modernização da administração pública;

Considerando que a gestão arquivística de documentos, independente da forma ou do suporte 

adotados, tem por objetivo garantir a produção, a manutenção, a preservação de documentos 

arquivísticos fidedignos, autênticos e compreensíveis, e o acesso a estes;

Considerando que as  organizações  públicas  e  privadas  e  os  cidadãos  vêm cada vez mais 

produzindo  documentos   arquivísticos   exclusivamente   em  formato  digital   e  que  governos, 

organizações e cidadãos dependem do documento digital como fonte de prova e informação, e 

garantia de direitos;

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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Considerando   que   os   documentos   digitais   são   suscetíveis   à   degradação   física   e   à 

obsolescência tecnológica de hardware, software e formatos, as quais podem colocar em risco 

o patrimônio arquivístico digital;

Considerando que somente com a participação ativa das instituições e profissionais de arquivo 

no   processo   de   gestão   arquivística   serão   assegurados   a   preservação   de   longo   prazo   de 

documentos em formato digital e o acesso contínuo a esses documentos;

RESOLVE:

Art.   1º   Os   órgãos   e   entidades   integrantes   do   Sistema   Nacional   de   Arquivos   deverão 

identificar, dentre as informações e os documentos produzidos, recebidos ou armazenados em 

meio digital, aqueles considerados arquivísticos para que sejam contemplados pelo programa 

de gestão arquivística de documentos. 

§1º  Considera­se  documento  arquivístico  como  a   informação   registrada,   independente  da 

forma ou do suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades de um órgão, entidade 

ou pessoa, dotada de organicidade e que possui elementos constitutivos suficientes para servir 

de prova dessas atividades. 

§2º  Considera­se  documento   arquivístico  digital   o   documento  arquivístico   codificado  em 

dígitos   binários,   produzido,   tramitado   e   armazenado   por   sistema   computacional.   São 

exemplos de documentos arquivísticos digitais: planilhas eletrônicas, mensagens de correio 

eletrônico,  sítios na internet,  bases de dados e também textos, imagens fixas, imagens em 

movimento e gravações sonoras, dentre outras possibilidades, em formato digital. 

§3º Considera­se gestão arquivística de documentos o conjunto de procedimentos e operações 

técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em 

fase   corrente   e   intermediária,   visando   a   sua   eliminação   ou   recolhimento   para   guarda 

permanente.

Art. 2º Um programa de gestão arquivística de documentos é aplicável independente da forma 

ou do suporte, em ambientes convencionais, digitais ou híbridos em que as informações são 

produzidas e armazenadas. 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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Art.  3º  A gestão arquivística  de  documentos  digitais  deverá  prever  a   implantação  de um 

sistema eletrônico de gestão arquivística de documentos, que adotará requisitos funcionais, 

requisitos não funcionais e metadados estabelecidos pelo Conselho Nacional de Arquivos, que 

visam garantir a integridade e a acessibilidade de longo prazo dos documentos arquivísticos.

§1º   Os   requisitos   funcionais   referem­se   a:   registro   e   captura,   classificação,   tramitação, 

avaliação e destinação,  recuperação da informação,  acesso e  segurança,  armazenamento  e 

preservação. 

§2º Os requisitos não funcionais referem­se a: utilização de padrões abertos, independência de 

fornecedor, integração com sistemas legados, conformidade com a legislação e os padrões de 

interoperabilidade   do   governo,   atendimento   a   usuários   internos   e   externos,   facilidade  de 

utilização e desempenho.

§3º  Os metadados  são  informações  estruturadas  e  codificadas  que descrevem e  permitem 

gerenciar, compreender, preservar e acessar os documentos digitais ao longo do tempo. Os 

metadados referem­se a: identificação e contexto documental (identificador único, instituição 

produtora,   nomes,   assunto,   datas,   local,   código   de   classificação,   tipologia   documental, 

temporalidade, destinação, versão, documentos relacionados, idioma e indexação), segurança 

(categoria   de   sigilo,   informações   sobre   criptografia,   assinatura   digital   e   outras   marcas 

digitais),  contexto  tecnológico (formato de arquivo,   tamanho de arquivo,  dependências  de 

hardware  e   software,   tipos  de  mídias,   algoritmos  de  compressão)   e   localização   física  do 

documento.

Art.   4º   Os   profissionais   de   arquivo   e   as   instituições   arquivísticas   devem   participar   da 

concepção, do projeto, da implantação e do gerenciamento dos sistemas eletrônicos de gestão 

de documentos,  a fim de garantir  o cumprimento dos requisitos e metadados previstos no 

artigo 3º.

Art. 5º A avaliação e a destinação dos documentos arquivísticos digitais devem obedecer aos 

procedimentos e critérios previstos na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e às Resoluções 

do CONARQ, nº 5, de 30 de setembro de 1996, nº 7, de 20 de maio de 1997, e nº 14, de 24 de 

outubro de 2001.

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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Parágrafo   único.   A   eliminação   de   documentos   arquivísticos   submetidos   a   processo   de 

digitalização só  deverá  ocorrer se estiver prevista na tabela de temporalidade do órgão ou 

entidade,   aprovada   pela   autoridade   competente   na   sua   esfera   de   atuação   e   respeitado   o 

disposto no art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.

Art. 6º ­ Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JAIME ANTUNES DA SILVA

Presidente do CONARQ

Diário Oficial da União de 19 de julho de 2004

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RESOLUÇÃO Nº 25, DE 27 DE ABRIL DE 2007

Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos ­ e­ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos ­ SINAR. 

CASA CIVILSECRETARIA EXECUTIVA

ARQUIVO NACIONALCONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS

RESOLUÇÃO Nº. 25, DE 27 DE ABRIL DE 2007Dispõe   sobre   a   adoção   do   Modelo   de   Requisitos   para   Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos ­ e­ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos ­ SINAR.

          O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS ­ CONARQ, no 

uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, aprovado 

pela Portaria nº. 5, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de fevereiro de 2002, e de 

conformidade com a deliberação do Plenário em sua 43ª reunião ordinária, realizada no dia 04 

de dezembro de 2006, e

         Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade definir a política 

nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação normativa visando à  gestão 

documental e à proteção especial aos documentos de arquivo, independente da forma ou do 

suporte em que a informação está registrada;

Considerando que a gestão arquivística de documentos, independente da forma ou do suporte 

adotados, tem por objetivo garantir a produção, a manutenção, a preservação de documentos 

arquivísticos confiáveis, autênticos e compreensíveis, bem como o acesso a estes;

          Considerando que as organizações públicas e privadas e os cidadãos vêm cada vez mais 

produzindo  documentos   arquivísticos   exclusivamente   em  formato  digital   e  que  governos, 

organizações e cidadãos dependem do documento digital como fonte de prova e informação, 

bem como de garantia de direitos;

          Considerando que o artigo 3º da Resolução do CONARQ nº 20, de 16 de julho de 2004, 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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prevê a implantação de um sistema informatizado de gestão arquivística de documentos, com 

a especificação de requisitos e de metadados para garantir a integridade e a acessibilidade de 

longo prazo dos documentos arquivísticos;

          RESOLVE:

           Art.   1º   Recomendar   aos   órgãos   e   entidades   integrantes   do   Sistema   Nacional   de 

Arquivos   ­  SINAR a  adoção  do  Modelo  de  Requisitos   para  Sistemas   Informatizados  de 

Gestão Arquivística de Documentos ­ e­ARQ Brasil,  Versão 1.0, aprovado na 43ª reunião 

plenária do CONARQ, realizada no dia 4 de dezembro de 2006, de que trata esta Resolução, 

disponibilizada em pdf na página web do CONARQ, www.conarq.arquivonacional.gov.br.

           §1º Considera­se gestão arquivística de documentos o conjunto de procedimentos e 

operações   técnicas   referentes   à   produção,   tramitação,   uso,   avaliação   e   arquivamento   de 

documentos em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para 

guarda permanente.

           §2º   Consideram­se   requisitos   o   conjunto   de   condições   a   serem   cumpridas   pela 

organização produtora/recebedora de documentos, pelo sistema de gestão arquivística e pelos 

próprios documentos a fim de garantir a sua confiabilidade e autenticidade, bem como seu 

acesso.

          §3º Considera­se sistema informatizado de gestão arquivística de documentos o sistema 

desenvolvido   para   produzir,   receber,   armazenar,   dar   acesso   e   destinar   documentos 

arquivísticos em ambiente eletrônico.

          Art. 2º O e­ARQ Brasil tem por objetivo orientar a implantação da gestão arquivística 

de documentos,   fornecer  especificações   técnicas  e   funcionais,  bem como metadados  para 

orientar   a   aquisição   e/ou   desenvolvimento   de   sistemas   informatizados,   independentes   da 

plataforma tecnológica em que forem desenvolvidos e/ou implantados, referidos no parágrafo 

3º do art. 3º da Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004.

Parágrafo único. Os metadados mencionados no caput desse artigo serão incluídos na próxima 

versão.

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          Art. 3º O e­ARQ Brasil é aplicável para os sistemas que produzem e mantém somente 

documentos digitais ou para sistemas que compreendem documentos digitais e convencionais 

ao mesmo tempo. 

          §1º Para documentos convencionais o sistema inclui apenas o registro das referências 

nos metadados. 

          §2º Para documentos digitais, o sistema inclui os próprios documentos. 

           Art.   4º   O   CONARQ,   por   intermédio   de   sua   Câmara   Técnica   de   Documentos 

Eletrônicos, poderá subsidiar os órgãos e entidades integrantes do SINAR na aplicação do e­

ARQ Brasil.

          Art. 5º Caberá ao CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica de Documentos 

Eletrônicos, proceder à atualização periódica do e­ARQ Brasil. 

          Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JAIME ANTUNES DA SILVA

Presidente do CONARQ

[Publicado no Diário Oficial da União, Edição nº 81, de 27 de abril de 2007 ­ Seção 1]

Link para o e­ARQ Brasil V.1

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

Page 60: gic_metodologia_Gestao_doc.pdf

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RESOLUÇÃO N. 31, DE 28 DE ABRIL DE 2010

CASA CIVILSECRETARIA EXECUTIVAARQUIVO NACIONALCONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS

RESOLUÇÃO Nº 31, DE 28 DE ABRIL DE 2010

Dispõe sobre a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 5 da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 56ª reunião ordinária, realizada em 16 de dezembro de 2009, e

Considerando propiciar o acesso e a disseminação dos documentos custodiados pelos arquivos por meio da digitalização, uma das tecnologias da informação e comunicação aplicadas a arquivos;

Considerando a necessidade de disciplinar e recomendar padrões técnicos e metodologia adequados à digitalização de acervos convencionais de valor permanente, para acesso em longo prazo,

RESOLVE:

Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes, anexas a esta Resolução.

Parágrafo único: O referido anexo será publicado e disponibilizado no sítio do CONARQ em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JAIME ANTUNES DA SILVAPresidente do CONARQ

[Publicado no Diário Oficial da União, Edição nº 82, de 03 de maio de 2010 - Seção 1]

Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes em pdf

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ANEXO XI – Estudo CELEPAR ­  Formatos de Arquivos  Digitais para Preservação e Acesso utilizando Software Livre

O objetivo  deste   item é   fornecer  uma base de conhecimento  para a   tomada de decisão a 

respeito de quais formatos de arquivos serão utilizados para a preservação e armazenamento 

de conteúdo digital de responsabilidade do Estado do Paraná. 

São propostos neste documento padrões de formato de documentos digitais visando a gestão, 

preservação, acessibilidade e autenticidade dos documentos com o decorrer do tempo.

O estabelecimento de padrões facilita o acesso e preservação dos documentos, bem como a 

manutenção   da   utilidade   desses   arquivos.   Definir   os   formatos   a   serem   utilizados   para 

armazenamento  de  longo prazo é  uma  tarefa  que demanda muito  esforço uma vez que a 

evolução   tecnológica   tem   o   poder   de   fazer   com   que   muitos   desses   formatos   possam 

simplesmente vir a desaparecer.   Alguns critérios foram estabelecidos para a sugestão dos 

formatos presentes nesse documento e que nortearam a seleção feita:

● Padrões   abertos.   Priorizou­se   a   sugestão   e   utilização   de   formatos   abertos   e   de preferência de uso gratuito, uma vez que, tendo acesso ao padrão estabelecido é muito mais fácil de se manipular e/ou encontrar software que manipule o formato. A opção por um padrão aberto justifica­se da seguinte maneira: Mesmo que todos os softwares que manipulam o padrão atualmente deixem de ser mantidos/atualizados, será possível num futuro, tendo o padrão aberto e conhecido, implementar um software que leia e converta o(s) arquivo(s) armazenado(s) para um formato atualizado.

● Acessibilidade. Optou­se por sugerir formatos largamente utilizados em razão de uma maior facilidade de acesso ao formato/software.

● Estabilidade. Para que a preservação a longo prazo possa ser feita de maneira mais tranquila, é necessário que o formato esteja minimamente estável e estabelecido.

● Suporte   a   metadados.  A   grande   dificuldade   após   um   longo   período   de armazenamento de um documento é encontrá­lo facilmente. Se o formato suportar a utilização de metadados associados, a busca pode ser muito mais eficiente.

● Interoperabilidade.  A conversão do formato em outros diferentes formatos se faz necessária em muitas ocasiões, como na interação entre diferentes tecnologias.

Este estudo dividiu os formatos de arquivos em grandes grupos e as seções serão divididas entre eles:

1. Documentos de Escritório2. Imagens3. Áudio4. Vídeo

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5. Desenho Arquitetônico6. Desenho Vetorial

Em cada uma das subdivisões anteriores foi incluída uma subseção chamada  Conversão de 

Formatos.  Nessa subseção encontram­se softwares que efetuam a conversão de diferentes 

formatos para o formato especificado. É importante ressaltar que a conversão de formatos em 

sua grande maioria implica na perda de informação e algum retrabalho (p.ex. reformatação de 

documento texto). 

Quaisquer que sejam os formatos escolhidos para a preservação dos documentos, é necessário 

procurar manter sempre o arquivo escolhido em seu formato original. É inegável que qualquer 

conversão, por melhor que seja, modifica e/ou reduz a quantidade de informações presentes 

no arquivo original. 

➢ Documentos de Escritório – Editáveis

Formato: OpenDocumentCriador: OASIS Comitee ­ http://www.oasis­open.org/Regulamentação:  ISO/IEC 26300:2006 Open Document Format for Office Applications   (OpenDocument) v1.0.Descrição:

O formato OpenDocument (ODF) é um formato de documento aberto, baseado no formato 

XML, e é indicado para uso em aplicações de escritório que manipulem documentos contendo 

texto, planilhas eletrônicas, gráficos e imagens. Pelo fato de ser um formato aberto, é possível 

exportar facilmente o conteúdo do formato ODF para outros formatos padrão.

Como um padrão aberto, sob a tutela do comitê OASIS, o OpenDocument também permite  a 

possibilidade  de serem desenvolvidos  novos tipos  de aplicações  e soluções  diferentes  das 

tradicionais suítes de escritório.

As extensões de arquivo mais comuns para documentos no formato OpenDocument são:

• .odt para processadores de texto• .ods para planilhas de cálculo• .odb para bancos de dados orientado a objeto

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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• .odp para apresentações de slides• .odg para gráficos• .odf para fórmulas e equações matemáticas• .txt para arquivos texto puro

Algumas suítes de escritório que suportam o formato OpenDocument:• AbiWord • Google Docs • KOffice • OpenOffice.org • Star Office 

Licença

A especificação do formato OpenDocument, aprovada inicialmente pelo comitê OASIS, está 

disponível para download e uso gratuitos.

Por que usar?

É um padrão aberto e compacto que pode ser editado em várias suítes de escritório como as 

mostradas  acima.  Devido ao  fato  de  ser  um padrão aberto,   torna­se mais   fácil  garantir  a 

preservação do conteúdo existente. Acrescente­se a isso a variedade de aplicativos que editam 

esse formato. 

Até   há   alguns   anos,   a   suíte  MS  Office  dominava   o  mercado  de   suítes   de   escritório.  A 

tendência porém, tem mostrado que, cada vez mais empresas e principalmente governos, tem 

adotado a suíte OpenOffice (em seus mais variados nomes, como por exemplo BROffice), 

para armazenar  e manipular  documentos  oficiais.  A facilidade  de  importação de arquivos 

provenientes do MS Office é um dos atrativos do OpenOffice. Embora em alguns casos essa 

importação   não   mantenha   completamente   o   formato   original,   é   possível,   com   algum 

retrabalho  atualizar  a   formatação  do  documento.  O  fato  de a   suíte  OpenOffice  utilizar  o 

formato  de  arquivo  OpenDocument,   formato  aberto   e   implementado  por  outras   suítes  de 

escritório (vide lista anterior) permite uma maior interoperabilidade com quaisquer aplicativos 

que implementem esse formato.

Conversão de Formatos

Essa seção trata da conversão de formatos existentes para o formato OpenDocument. 

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São listados apenas os formatos importados pela suíte OpenOffice que irá efetuar a conversão 

para o formato OpenDocument. É possível importar os seguintes formatos (alguns com perda 

de formatação) para os aplicativos da suíte:

1. Documentos de texto1. Documento de texto ODF2. Documento de texto do OpenOffice 1.03. Microsoft Word 6.0/95/97/2000/XP/2003 XML/20074. Rich Text Format 5. Texto 6. Texto Codificado7. DocBook8. Lotus WordPro Document9. Microsoft WinWord 510. OpenDocument Text (XML puro)11. Pocket Word12. WordPerfect Document13. WPS 2000/Office 1.0

2. Planilhas1. Planilha ODF2. Planilha do OpenOffice 1.03. Data Interchange Format 4. Pocket Excel5. Microsoft Excel 4.x – 5.0 / 956. Microsoft Excel 97/2000/XP7. Microsoft Excel 2003 XML 8. Microsoft Excel 2007 Binary Spreadsheet Document 9. SYLK10. Texto CSV11. Documento Office Open XML Spreadsheet12. Lotus 1­2­313. Planilha OpenDocument (XML puro) 14. Quattro Pro 6.0

3. Apresentações1. Apresentação ODF2. Apresentação do OpenOffice 1.03. Microsoft PowerPoint 97/2000/XP4. Apresentação OpenDocument (XML puro)

4. Desenhos1. Desenho do OpenOffice 1.0 (OpenOffice Impress)2. CGM – Computer Graphics Metafile 3. Desenho ODF (Impress) 4. Desenho ODF 5. DXF – AutoCAD Interchange Format 

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6. EMF – Enhanced Metafile 7. EPS – Encapsulated PostScript 8. MET – OS/2 Metafile 9. PCT – Mac Pict 10. SGF – StarWriter Graphics Format 11. SGV – StarDraw 2.0 12. SVM – StarView Metafile 13. WMF – Windows Metafile 14. BPM – Windows Bitmap 15. GIF – Graphics Interchange Format 16. JPEG – Joint Photographic Experts Group 17. OpenDocument Drawing (XML puro) 18. PBM – Portable Bitmap 19. PCX – Zsoft Paintbrush20. PGM – Portable Graymap21. PNG – Portable Network Graphic22. PPM – Portable Pixelmap23. PSD – Adobe Photoshop24. RAS – Sun Raster Image25. SVG – Scalable Vector Graphics26. TGA – Truevision Targa27. TIFF – Tagged Image File Format28. Wordperfect Graphics29. XBM – X Bitmap30. XPM – X Pixmap31. PCD – Kodak Photo CD (768x512,192x128,384x256)

5. Documentos Mestre1. Modelo de Documento de texto ODF2. Modelo de documento de texto do OpenOffice 1.0 3. Modelo do Microsoft Word 6.0/95/97/2000/XP4. Modelo de Planilha ODF5. Modelo do Microsoft Excel 97/2000/XP6. Modelo do Microsoft Excel 2007 Binary Spreadsheet Document 7. Modelo do Documento Office Open XML Spreadsheet8. Modelo de Apresentação ODF9. Modelo de Apresentação do OpenOffice 1.010. Modelo de Apresentação  Microsoft PowerPoint 97/2000/XP11. Modelo de Desenho ODF

6. Páginas da Web1. Documento HTML

7. Documentos de Banco de Dados1. dBASE2. Banco de Dados ODF

8. Fórmulas1. Fórmula ODF2. Fórmula do OpenOffice 1.0

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3. MathML 1.01

➢ Documentos de Escritório – Não Editáveis 

Formato: PDFCriador:  Adobe SystemsRegulamentação:  ISO 32000­1:2008

Descrição:

Portable Document Format (PDF) é um formato de arquivo criado pela Adobe Systems  em 

1993 para o intercâmbio de documentos. O formato PDF é usado para representar documentos 

bidimensionais   de   forma   independente   do   software,   hardware   e   sistema   operacionais 

utilizados.

Cada arquivo PDF encapsula uma descrição completa do layout de um arquivo 2D que inclui 

o texto, fontes, imagens e gráficos vetoriais 2D que compõe os documentos. O formato PDF é 

um padrão aberto que foi publicado oficialmente em 1° de Julho de 2008 pela ISO, como 

norma ISO 32000­1:2008. 

A extensão de arquivo utilizada para o formato pdf é:

• .pdf Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato pdf:

• xpdf• evince• kpdf• Acrobat Reader (não livre, porém com versões para Linux,Windows e Mac)

Por que usar?

O formato  PDF se   tornou  um padrão   'de   facto'   para   a   transferência  de  arquivos  onde a 

aparência   e   conteúdo   do   documento   devem   ser   preservadas,   com   vários   aplicativos   que 

implementam o padrão.

O formato PDF para arquivos tem alguns pontos fortes a seu favor, como por exemplo o fato 

de manter a formatação de página original permitindo que o mesmo documento possa ser 

reproduzido com a mesma aparência em diferentes tipos de impressora. Outro ponto forte 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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desse   formato  é   o   fato   de   ser   um padrão   atual,   onde  praticamente   todos  os   usuários   já 

tem/tiveram contato com esse formato. O único porém desse formato, neste momento, é o fato 

de não ser possível editá­lo, sendo necessária a manutenção de dois arquivos (original e PDF) 

para   edição   do   conteúdo.   Em   contrapartida   já   existem   planos   para   a   suíte   de   escritório 

OpenOffice permitir a edição de arquivos PDF na sua versão 3.0.

Conversão de Formatos

Essa seção trata da conversão de formatos existentes para o formato PDF. A seguir listamos 

os conversores e conversões efetuadas:

● pdftex – geração de arquivos PDF a partir de arquivos LaTeX (.tex)● ps2pdf – conversão do formato postscript (.ps) para PDF● Outras   conversões   para   o   formato   PDF   podem   ser   feitas   utilizando­se   a   suíte 

OpenOffice que exporta os arquivos por ela suportados  para o formato PDF1.● Conversões indiretas também podem ser executadas, como por exemplo: jpg para ps e 

ps para pdf (utilizando em conjunto GIMP e ps2pdf).

Formato: DjVuCriador: AT&T LaboratoriesDescrição:

DjVu  (pronunciado  déjà   vu)   é   um   formato   de   arquivo   de   computador   desenvolvido 

primariamente para armazenar imagens digitalizadas, especialmente aquelas contendo texto e 

desenhos. O formato utiliza várias tecnologias, tais como separação de camadas de texto e 

imagens,  carga  progressiva,  codificação aritmética  e  compressão com perda para  imagens 

monocromáticas.   Essas   tecnologias   permitem   obter   alta   qualidade   e     imagens   legíveis 

armazenadas em pouco espaço  de modo que possam ser disponibilizadas na Internet.

O   formato   DjVu   foi   promovido   a   uma   alternativa   ao   formato   PDF,   uma   vez   que   os 

documentos digitalizados armazenados neste formato resultam em arquivos menores que os 

mesmos documentos armazenados no formato PDF.

Da mesma maneira que o formato PDF, o formato DjVu pode conter uma camada de texto 

OCR tornando fácil copiar e colar a partir de um documento, bem como efetuar operações de 

busca neste tipo de documento.

1A exportação de bases de dados para o formato PDF se dá através dos relatórios disponíveis.

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Em 2002 o formato de arquivo DjVu (junto com os formatos TIFF e PDF) foi escolhido pelo 

Internet  Archive  como  um  formato  no  qual   seriam disponibilizados  os   livros   do  projeto 

“Million   Book   Project”,   que   disponibiliza   na   Internet   documentos   de   domínio   público 

digitalizados. 

A extensão de arquivo utilizada para o formato DjVu é:

• .djvuAlguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato djvu:

• djvulibre (http://djvu.sourceforge.net)• evince• djview4

Por que usar? 

O formato  DjVu é  um formato   livre  e  que armazena  (em geral)  em arquivos  menores  o 

mesmo conteúdo de arquivos PDF, sendo possível a conversão de PDF para DjVu utilizando 

conversores abertos e  livres.  Além disso é  um formato otimizado para armazenamento de 

imagens digitalizadas (por exemplo, processos judiciais digitalizados). 

Uma das principais  tecnologias  por  trás do formato DjVu é  a capacidade de separar uma 

imagem em uma camada de fundo (textura do papel e figuras) e uma camada de frente (texto 

e desenhos vetoriais). Separando o texto da camada de fundo (imagens), o formato DjVu pode 

manter  o   texto  em alta   resolução   (maximizando  a   legibilidade)   enquanto  que  ao  mesmo 

tempo, pode comprimir o fundo e imagens com uma resolução menor (utilizando a técnica de 

compressão wavelet). 

O formato DjVu é um grande concorrente ao formato TIFF para armazenamento de imagens 

digitalizadas. Comparando o tamanho do arquivo resultante da digitalização de um texto nos 

formatos TIFF e DjVu o formato DjVu fornece qualidade semelhante com um tamanho de 

arquivo 3 a 10 vezes menor. Da mesma maneira que para o formato PDF, também existe 

plugin de visualização do formato DjVu para os principais navegadores existentes, facilitando 

o acesso dos usuários aos documentos nesse formato.

Em contrapartida o formato PDF é  muito mais conhecido dentre os usuários leigos que o 

formato DjVu e a grande maioria das máquinas já tem um leitor de arquivos PDF instalado. 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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Conversão de FormatosA seguir são listadas algumas formas de conversão e conversores para o formato DjVu:

● PDF para DjVu ­ O conversor pdf2djvu(http://code.google.com/p/pdf2djvu/) converte arquivos PDF para o formato DjVu em sistemas Linux na linha de comando.

● Outra   possibilidade   é   utilizar   a   conversão   fornecida   pelo   site  any2djvu (http://   any2djvu.djvuzone.org/   ) que converte dos seguintes formatos para o formato DjVu:○ BMP ○ DjVu ○ GIF ○ JPEG ○ PBM ○ PDF ○ PICT ○ PNM ○ PS/PS.GZ ○ TIFF ○ TIFFG4 

➢ Imagem – alta Resolução

Formato: Tag Image File Format / Electronic Photography" (TIFF/EP)Criador: ISORegulamentação:  ISO   12234­2:2001   Electronic   still­picture   imaging   –   Removable memory – Part 2: TIFF/EP image data format

Descrição:  O padrão  TIFF/EP é  baseado em um subconjunto  do padrão TIFF da Adobe 

Systems e um subconjunto do padrão JEITA Exif com algumas diferenças e extensões. Ver 

descrição completa para formato TIFF 6.0, juntamente com considerações.

Formato: TIFF 6.0 (Tagged Image File Format)Criador: Companhia AldusRegulamentação: Adobe SystemsDescrição:

O formato  Tagged   Image  File   (TIFF)  é   um  formato  de  arquivo  para   armazenamento  de 

imagens, incluindo fotografias e arte em linhas.  Atualmente encontra­se sob o controle da 

empresa Adobe Systems, que adquiriu sua patente juntamente com a empresa Aldus, criadora 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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70

do formato.

O formato TIFF foi originalmente criado como uma tentativa de unificar o formato de arquivo 

gerado pelos scanners de mesa da metade da década de 1980. Inicialmente o formato TIFF era 

apenas um formato binário de imagens (com somente 2 valores possíveis para cada pixel), o 

que era tudo o que os scanners de mesa daquela época conseguiam capturar. Junto com a 

evolução   dos   scanners   o   formato   foi   sendo   modificado   e   atualizado   para   trabalhar   com 

imagens em tons de cinza  e depois  imagens coloridas.  Atualmente o formato TIFF é  um 

formato popular para imagens high­color­depth, juntamente com JPEG e PNG. 

As extensões de arquivo utilizadas para o formato TIFF é:• .tiff• .tif

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato TIFF:• evince• gimp (http://www.gimp.org)• Xara eXtreme LX• inkscape (http://www.inkscape.org/)• cinepaint (http://www.cinepaint.org/)

Por que usar?

O formato TIFF é um formato que se sagrou como formato utilizado para armazenamento de 

imagens na indústria. É praticamente um padrão, e é aberto por inúmeros softwares livres. 

Deve­se   apenas   verificar   se   o   software   suporta   a   edição   dos   metadados   Exif(metadados 

acrescentados na captura/edição da imagem e presentes nos padrões TIFF/EP e JPEG).

Conversão de Formatos

A seguir são listadas algumas das possíveis conversões de formato fornecidas pelo software 

GIMP partindo do formato abaixo para o formato TIFF.

• XCF – Imagem XCF do GIMP • FLI / FLC – Animação FLIC da AutoDesk• WMF – Arquivo WMF da Microsoft• PS – Arquivo Postscript• ICO – Ícone do Microsoft Windows• PSP, TUB – Imagem do Paint Shop Pro• PSD – Imagem do Photoshop

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• EPS – Imagem em PostScript Encapsulado• JPG,JPEG,JPE – Imagem JPG• PCX – Imagem PCX da Zsoft• PNG – Imagem PNG• PNM, PPM, PGM, PBM – Imagem PNM• SVG – Imagem SVG• TIFF,TIF – Imagem TIFF• PDF – Arquivos Portable Document Format 

➢ Imagem – Uso Cotidiano

Formato: PNG (Portable Network Graphics)Criador: W3C (http://www.w3.org/TR/PNG)Regulamentação:  ISO/IEC 15948:2003 Descrição:  

Portable Network Graphics (PNG) é um formato de imagem bitmap que emprega compressão 

de dados sem perda. O formato PNG foi criado para melhorar e substituir  o formato GIF 

(Graphics Interchange Format) como um formato de imagem livre de patentes.

O formato PNG suporta imagens com paletas de cores de 24 bits RGB, tons de cinza ou 

somente RGB, e foi desenvolvido para transferência de imagens na Internet; não sendo seu 

objetivo tratar gráficos profissionais, e portanto não suporta outros padrões de cor, como por 

exemplo CMYK (Ciano, Magenta, Amarelo e Preto). Uma comparação entre os padrões de 

cores   RGB   e   CMYK   pode   ser   encontrada   em 

http://dx.sheridan.com/advisor/cmyk_color.html. 

A extensão de arquivo utilizada para o formato PNG é:

• .pngAlguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato PNG:

• gimp (http://www.gimp.org)• Xara eXtreme LX• inkscape (http://www.inkscape.org/)• cinepaint (http://www.cinepaint.org/)

Por que usar?

O formato PNG é um formato que veio para substituir o formato GIF para imagens estáticas, 

é largamente utilizado na Internet e em inúmeros aplicativos desktop, sendo utilizado tanto 

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para armazenamento de ícones quanto imagens em grandes proporções. Por ser um formato 

aberto, muitos softwares implementam a manipulação desse formato. 

Comparado com o formato GIF, o formato PNG fornece algumas vantagens, dentre elas:

● na maioria das imagens é possível obter uma maior compressão de dados, resultando em um arquivo menor;

● melhor suporte à transparência nas imagens;● maior espectro de cores (com representação em até 48 bits truecolor comparado com 

os 8 bits do formato GIF)

Em contrapartida, o formato PNG não suporta imagens animadas sem que seja incluída uma 

extensão não­oficial ao formato.

Conversão de Formatos

Uma vez que o mesmo software (GIMP) faz a conversão de formatos para TIFF, PNG e JPG, 

considerem­se aqui as mesmas conversões listadas para o formato TIFF.

Formato: JPG / JPEGCriador: Joint Photographic Experts GroupRegulamentação: ISO/IEC 10918­1 e ITU­T Recommendation T.81Descrição: 

Na computação JPEG (“Joint Photographic Experts Group”) é um método de compressão 

comumente utilizado para compressão de imagens fotográficas. O grau de compressão pode 

ser  ajustado,  permitindo  um ajuste  entre  o   tamanho  de  armazenamento  e  a  qualidade  da 

imagem obtida. 

A compressão JPEG é utilizada em um grande número de formatos de imagem, sendo  JPEG/

Exif o formato mais comum utilizado em câmeras digitais e outros dispositivos de captura. 

Uma   das   grandes   vantagens   do   formato   JPEG   é   que   ele   é   o   formato   de   imagem   mais 

trafegado na Internet.  Como JPEG é  um método de compressão com perdas,  que remove 

informações da imagem, ele não deve ser utilizado em imagens aeroespaciais nem médicas ou 

outras onde a reprodução exata da imagem é necessária. Ao invés disso, um formato sem 

perda de dados, como o PNG pode ser utilizado.

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As extensões de arquivo utilizadas para o formato JPEG é:

• .jpg• .jpeg• .jpe• .jif• .jfi• .jfif

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato JPG:• gimp (http://www.gimp.org)• Xara eXtreme LX• inkscape (http://www.inkscape.org/)• cinepaint (http://www.cinepaint.org/)

Por que usar?

O formato JPG é o formato mais utilizado para transferência de fotografias na Internet.  

O formato JPG pode armazenar fotografias em arquivos menores em comparação ao formato 

PNG. O algoritmo de compressão JPEG é otimizado para fotografias e pinturas de cenas reais 

com variações suaves de tons e cores. Por outro lado o formato JPEG não é o melhor formato 

para desenhos de linha e outros gráficos textuais  ou ícones, onde grandes contrastes entre 

pixels adjacentes produzem artefatos visíveis. Tais imagens de iconografia podem ser melhor 

armazenadas nos formatos TIFF, GIF, PNG ou mesmo em formato  raw. O formato JPEG 

também não é adequado para arquivos que sofrerão múltiplas edições, uma vez que uma parte 

da qualidade da imagem será perdida na compressão e descompressão do arquivo toda vez 

que este for editado. 

Conversão de Formatos

Uma vez que o mesmo software (GIMP) faz a conversão de formatos para TIFF, PNG e JPG, 

considerem­se aqui as mesmas conversões listadas para o formato TIFF.

 ÁUDIO – Uso Cotidiano

Formato: MP3

Criador: Fraunhofer Institute, AT&T­Bell Labs, Thomson Brandt, CCET

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Regulamentação:  Fraunhofer Institute

Descrição:

MPEG­1 Audio Layer 3, mais comumente chamado de MP3, é um formato de codificação 

digital de som utilizado em uma compressão com perdas. É um formato de áudio comum para 

armazenamento de som, assim como um padrão de facto para a transferência e reprodução de 

musicas em tocadores de música digital.

O formato MP3 é um formato específico para som desenvolvido pelo grupo “Moving Picture  

Experts”, aprovado como um padrão ISO/IEC em 1991. 

Problemas:  É   necessário   licenciar­se   junto   à   empresa   Thomson 

(http://www.mp3licensing.com) e pagar royalties para poder distribuir arquivos codificados 

com o formato mp3 (http://www.mp3licensing.com/help/index.html  item 5). São poucos os 

casos  de   isenção  do  pagamento  desses   royalties:  uso  privado,   atividades  não­comerciais, 

entidades com retorno financeiro menor que 100 mil dólares anuais, dentre outras.

Nota:  É  possível utilizar  softwares como o Audacity  (http://audacity.sourceforge.net) para 

codificar arquivos de som no formato mp3, porém a distribuição na Internet segue as regras 

de licenciamento junto à empresa Thomson.

Solução: Utilizar um formato aberto, como por exemplo, o formato OGG Vorbis.

Formato: OGG VorbisCriador: Fundação XIPHRegulamentação: Fundação Xiph.orgDescrição:

Vorbis é um projeto de codificação de audio aberto, que admite perda de informações e é 

gerenciado pela fundação Xiph.org. O objetivo do formato Vorbis é que ele seja um substituto 

para o formato MP3. É mais comumente utilizado em conjunto com o container Ogg e assim 

chamado de Ogg Vorbis.

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Ogg é um padrão de container aberto, livre e mantido pela fundação Xiph.org. O formato Ogg 

é   livre   de   patentes   de   software   e   foi   desenvolvido   para   fornecer   fluxo   e   manipulação 

eficientes de conteúdo multimídia de alta qualidade. 

Em   Maio   de   2003   duas   RFCs   (Request   For   Comments   ­­  http://www.ietf.org/rfc.html) 

Internet foram publicadas sobre o formato. O stream de bits Ogg foi definido na RFC 3533 e 

seu conteúdo (application/ogg) na RFC 3534  (que já em 2006, era uma proposta de protocolo 

padrão)

Embora o formato Ogg não tenha atingido a ubiqüidade dos padrões MPEG (MP3/MP4) é 

comumente utilizado para codificar conteúdo livre como p.ex. músicas e conteúdo multimídia 

dos projetos da Wikimedia, bem como arquivos com a licença Creative Commons. Em maio 

de 2007 a Free Software Foundation lançou uma campanha para aumentar o uso do Vorbis 

“como uma alternativa de áudio ética, legal e tecnicamente superior  ao formato MP3” (http://

www.fsf.org/resources/formats/playogg). 

Licença

As especificações do padrão Vorbis estão disponíveis em domínio público, porém a fundação 

Xiph.org se reserva o direito de ditar a especificação e certificar a compatibilidade com o 

padrão Vorbis. As bibliotecas de manipulação do padrão estão disponíveis sob a licença BSD 

(http://www.opensource.org/licenses/bsd­license.php)   juntamente   com   as   ferramentas   de 

manipulação. 

A extensão de arquivo utilizada para o formato OGG é:

• .ogg

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato OGG:

• VLC Media Player (http://www.videolan.org/vlc/)• mplayer (http://www.mplayerhq.hu)• Audacity (http://audacity.sourceforge.net/)• mencoder (http://www.mplayerhq.hu)• oggconvert (http://oggconvert.tristanb.net/)

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Por que usar?

Apesar de ainda não ser um padrão oficialmente reconhecido, o formato ogg vorbis já  foi 

publicado como solicitação de padrão nas RFCs mencionadas  anteriormente  e vem sendo 

utilizado já há muito como uma alternativa ao formato MP3 que contém patentes de software. 

É um formato aberto e, sendo assim, qualquer software pode implementar sua especificação, 

tornando a preservação do conteúdo facilitada. Outro fator a ser considerado é a indicação da 

Free   Software   Foundation   para   a   utilização   do   formato   Ogg   Vorbis,   fundação   essa   que 

costuma brigar muito pela liberdade de software.

Um   grande   fator   em   benefício   do   formato   OGG   Vorbis   e   contra   o   formato   MP3   é   a 

possibilidade  de  distribuição  de   arquivos   sem  o  pagamento  de   royalties   para   a   empresa 

Thomson.

Conversão de Formatos

Essa seção trata da conversão de formatos existentes para o formato OGG Vorbis. O software 

livre   Audacity   (http://audacity.sourceforge.net/)   é   capaz   de   ler   e   converter   os   seguintes 

formatos para OGG Vorbis:

● MPEG­2/3 (.MP2 e .MP3) 1

● WAVE (.WAV)● AIFF● AU● OGG

Além   do   Audacity,   vários   outros   softwares   livres,   tais   como   mencoder   e   oggencoder convertem de diferentes formatos para o formato OGG, tanto Vorbis quanto Theora.

➢ Áudio – Profissional 

Formato:  WAVCriador: Microsoft & IBM Descrição:1 Ainda não é suportado o formato MPEG-2 multicanal pela biblioteca que manipula esse formato.

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WAV (ou WAVE), é um acrônimo para “Waveform audio format”, um padrão de formato de 

audio desenvolvido pela IBM e Microsoft para armazenamento de fluxo de áudio em PCs. 

É   uma   aplicação   do   método   empregado   pelo   formato   RIFF   para   armazenar   dados   em 

“blocos”,  estando  próximo dos   formatos   IFF  e  AIFF usados  nos  computadores  Amiga  e 

Macintosh respectivamente. É o principal formato utilizado no sistema operacional Windows 

para áudio sem tratamento (raw) e  áudio não comprimido. 

Tanto o formato WAV e AIFF são compatíveis com sistemas Windows e Macintosh, sendo 

que o formato leva em conta algumas diferenças estruturais de CPUs tais como o sistema de 

ordem de bits, que na arquitetura Intel é little­endian.

Embora um arquivo WAV possa conter áudio comprimido,  a maioria  dos formatos WAV 

contém somente áudio não comprimido no formato LPCM( linear pulse code modulation). O 

formato padrão de arquivos para CDs, por exemplo, é codificado em LPCM, contendo dois 

canais de 44.100 amostras por segundo, 16 bits por amostra. Uma vez que o LPCM usa um 

método não comprimido e sem perdas, que mantém todas as amostras de uma trilha de áudio, 

usuários profissionais e especialistas em áudio podem utilizar o formato WAV para obter a 

melhor qualidade de áudio. 

Arquivos   WAV   não   comprimidos   são   grandes   em   tamanho   e,   com   a   popularização   do 

compartilhamento de arquivos na Internet, o formato WAV acabou perdendo um pouco de 

sua   popularidade.   Entretanto   é   um   formato   que   continua   sendo   muito   utilizado   para 

armazenar a “primeira geração” de arquivos de alta qualidade, onde não pode haver perda de 

informações, e onde espaço em disco normalmente não é uma restrição grande. Também é 

utilizado onde se faz necessária alta fidelidade na reprodução de som.

Limitações

O formato WAV é limitado a arquivos menores que 4GB devido ao uso de um campo inteiro 

de 32 bits no cabeçalho utilizado para armazenar o tamanho de arquivo. Embora esse tamanho 

seja o equivalente a 6.6 horas de áudio em qualidade de CD, para produções profissionais as 

vezes é necessário extrapolar esse limite. Sugere­se então a utilização do formato RF64

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(http://www.ebu.ch/CMSimages/en/tec_doc_t3306­2007_tcm6­42570.pdf?display=EN) 

especificado pela European Broadcasting Union  para solucionar esse problema.

A extensão de arquivo utilizada para o formato WAV é:

• .wav

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato WAV:

• audacity (http://audacity.sourceforge.net/)• atunes (http://www.atunes.org/)• moreamp (http://sourceforge.net/projects/moreamp/)• perl audio converter (http://pacpl.sourceforge.net/)

Por que usar? 

Para manter a maior qualidade de som em um formato largamente difundido recomenda­se o 

uso   do   formato   WAV.   É   necessário   porém   uma   reflexão   a   respeito   da   relação   custo   x 

benefício x necessidade de se armazenar um arquivo no formato WAV devido às dimensões 

desse tipo de arquivo. A preocupação com a preservação do arquivo e suas qualidades podem 

ser   reduzidas   devido   à   grande   quantidade   de   softwares   que   atualmente   manipulam   esse 

formato.

Conversão de Formatos

Da   mesma   maneira   que   para   o   formato   OGG,   o   software   livre   Audacity 

(http://audacity.sourceforge.net/)   também faz  a  conversão entre  os   formatos  especificados. 

Sendo assim, considere­se as mesmas conversões especificadas para o formato OGG.

➢   Vídeo 

Formato: MPEG­2Criador:  Moving Pictures Expert GroupRegulamentação: ISO/IEC 13818Descrição:

MPEG­2 é um padrão para “codificação genérica de figuras em movimento e informações de 

áudio associadas”. Ele descreve a combinação de métodos de compressão de video e áudio 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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com   perda   que   permite   o   armazenamento   e   transferência   de   vídeos   usando   a   mídia   de 

armazenamento  e largura de banda atualmente disponíveis.

O formato MPEG­2 é utilizado como formato de sinal de televisão digital transmitido através 

do ar, cabo e satélite. Ele também especifica o formato de vídeos e outros programas que são 

distribuídos em DVDs e discos similares. Dessa maneira, estações e receptores de TV digital, 

tocadores de DVD e outros equipamentos são desenvolvidos para suportar esse formato. 

O MPEG­2 foi o segundo de vários formatos desenvolvidos pelo “Moving Pictures Expert  

Group”  e é um padrão internacional (ISO/IEC 13818), sendo que as partes 1 e 2 do padrão 

MPEG­2 foram desenvolvidas em conjunto com o ITU­T e dessa maneira tem um número de 

catálogo no ITU­T Recommendation Series.

Enquanto que o padrão MPEG­2 é o núcleo da maioria das televisões digitais e formatos de 

DVDs ele não especifica­os completamente. Instituições regionais podem adaptá­lo às suas 

necessidades   retringindo   ou   aumentando   aspectos   do   padrão.   Devido   à   ampla   gama   de 

aplicações  que o formato  MPEG­2 suporta   (desde aplicações  móveis  até  edição de vídeo 

digital   de   alta   qualidade)   algumas   aplicações   suportam   apenas   um   subconjunto   das 

características do padrão. 

Licença

Aproximadamente  640 patentes   envolvem o   formato  MPEG­2.  O  conjunto  de  patentes  é 

gerenciado e administrado  pela  “Autoridade  de Licenceamento  MPEG”,  uma organização 

privada.

A extensão de arquivo utilizada para o formato MPEG2 é:

• .mpg

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato MPEG2:

• mplayer• cinepaint• cinelerra 

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Por que usar?

Embora envolvido em muitas licenças, é indiscutível a disseminação desse tipo de arquivos 

em mídias de DVD na sociedade atual.  A preocupação em manter esse tipo de arquivo se 

resume ao fato de que muito da produção cinemática tem se distribuído nesse formato.

Conversão de Formatos

O aplicativo  mencoder   (http://www.mplayerhq.hu)   converte  de   inúmeros   formatos  para  o 

formato MPEG2, dentre eles:

● AVI● OGG● FLV● MPEG4

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Formato: Theora OGGCriador: Fundação XIPH.ORGRegulamentação: http://www.ietf.org/rfc/rfc3533.txt

Descrição: 

O formato Theora é um formato livre e aberto de compressão de vídeo desenvolvido pela 

Fundação   Xiph.org.   É   um   formato   que   pode   ser   armazenado   em   qualquer   container 

apropriado, embora seja geralmente encontrado incluído no container Ogg e é freqüentemente 

utilizado em conjunto com o formato Vorbis de fluxos de áudio, resultando em um formato de 

distribuição de filmes livre de patentes de software.

Da   mesma   maneira   que   outros   formatos   de   imagem   e   vídeo,   o   formato   Theora   utiliza 

subamostragem chroma, compensação de movimento baseada em blocos e blocos DCT 8 por 

8, comparáveis aos formatos MPEG­1/2/4. 

A extensão de arquivo utilizada para o formato Theora é:

• .ogv 

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato OGG:

• cinelerra (http://cvs.cinelerra.org/ e http://www.heroinewarrior.com/cinelerra.php)• VLC Media Player (http://www.videolan.org/vlc/)• FFmpeg (http://ffmpeg.org/)• mplayer (http://www.mplayerhq.hu)• oggconvert (http://oggconvert.tristanb.net/)

Por que usar?

Apesar de ser um formato relativamente novo (a primeira versão data de 2002) o formato 

Theora em conjunto com o conteiner Ogg fornece uma alternativa livre de patentes e aberta 

para manutenção de um tipo de mídia dominado por patentes de software e código fechado. A 

manutenibilidade  de   conteúdo   em  um  formato   aberto  é   possível   ao   longo  do   tempo,   ao 

contrário de um formato proprietário.

O formato Theora Vorbis tem como seu principal ponto forte a abertura do formato. Por se 

CELEPAR GIC – GERÊNCIA DE INOVAÇÃO CORPORATIVA

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tratar  de  um formato  que   tem como objetivo   substituir  o   formato  proprietário  MPEG,  o 

formato Theora Vorbis tem sido atualizado para contemplar  e extrapolar as características 

presentes no formato MPEG nas suas várias versões. Um ponto fraco ainda desse formato é 

que   ele   ainda   não   foi   adotado   pelos   grandes   produtores   de   vídeo,   como   as   indústrias 

hollywodianas, sendo necessária a conversão de formatos.

Conversão de Formatos

Os aplicativos mencoder e oggconvert suportam a conversão de inúmeros formatos para os 

formatos livres OGG Vorbis e OGG Theora, dentre eles:

• AVI• MPEG2• MPEG4• WMV1• WMV2• FLV• ASV• MJPEG

• DESENHO ARQUITETÔNICO

Formato: DWGCriador: Mike RiddleRegulamentação:  Não há oficialmente. A Autodesk tem diferentes formatos para o mesmo aplicativo em diferentes versões.Descrição:

O formato DWG (abreviatura de “drawing”) é um formato usado para armazenar desenhos e 

metadados  bi e tri­dimensionais. É o formato nativo para diversos pacotes CAD, incluindo o 

AutoCAD,   Intellicad,   Caddie,   além   do   formato   DWG   ser   suportado   por   várias   outras 

aplicações de CAD.

DWG era o formato nativo do Interact CAD desenvolvido por Mike Riddle no final da década 

de 1970 e subsequentemente licenciado pela Autodesk em 1982 como base para o AutoCAD. 

De 1982 a 2007 a Autodesk criou versões do AutoCAD que gravavam nada menos que 18 

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grandes variantes do formato DWG, nenhuma delas publicamente documentada.

O formato DWG é provavelmente o formato mais amplamente divultado para desenhos CAD. 

A Autodesk  vende uma biblioteca  de   leitura/escrita  chamada  RealDWG sob uma  licença 

seletiva e para uso em aplicações que não sejam suas concorrentes.

Várias companhias   tentaram fazer  a engenharia  reversa do formato DWG da Autodesk, e 

ofereceram bibliotecas de software para ler e gravar arquivos Autodesk. A tentativa mais bem 

sucedida foi da “Open Design Alliance”, um consórcio sem fins lucrativos criado em 1998 

por  desenvolvedores  de   software   (incluindo  competidores  da  Autodesk)  que   liberou  uma 

biblioteca chamada OpenDWG Toolkit. 

Não se tem notícia de bibliotecas DWG de código fonte livre, e nem mesmo o RealDWG ou 

DWGdirect são licenciados em termos compatíveis com a GPL ou quaisquer outras licenças 

livres. A licença das bibliotecas criadas pela “Open Design Alliance” restringem o uso de 

suas bibliotecas aos membros da própria “Open Design Alliance”.

Alternativa:Utilizar o formato DXF.

Formato: DXFCriador: AutodeskRegulamentação:  AutodeskDescrição:

O formato AutoCAD DXF (Drawing Interchange Format, ou Drawing Exchange Format) é 

um formato de arquivo CAD desenvolvido pela Autodesk para permitir a interoperabilidade 

de dados entre o AutoCAD e outros programas de CAD.

O   formato   DXF   foi   originalmente   introduzido   em   Dezembro   de   1982   como   parte   do 

AutoCAD 1.0 e tinha como objetivo fornecer uma representação exata dos dados no formato 

nativo   do   AutoCAD   (DWG),   o   qual,   por   muitos   anos,   a   Autodesk   não   publicou 

especificações.  Por  esse  motivo  a   importação  correta  de  arquivos  DXF era  muito  difícil. 

Atualmente a Autodesk publica as especificações do formato DXF no seu site para versões do 

formato DXF a partir do AutoCAD Release 13 até o AutoCAD 2009.

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A extensão de arquivo utilizada para o formato DXF é:

• .dxf

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato DXF:

• Blender – usando um script para importação

• Qcad

• VariCAD

Por que usar?

Não   há   muito   como   fugir   da   utilização   do   formato   DWG   em   se   tratando   de   desenhos 

arquitetônicos.  A preservação do conteúdo pode se  tornar bem complicada para desenhos 

muito   antigos   uma   vez   que,   para   cada   nova   versão   do   software   um   novo   formato   é 

especificado. A alternativa é  exportar todos esses arquivos para o formato DXF que é um 

pouco mais aberto. De qualquer maneira ainda, há a necessidade de uma discussão a respeito 

do armazenamento desse tipo de desenhos em formatos alternativos, de preferência sem perda 

de informações.

Conversão de Formatos

A suíte  de  escritório  OpenOffice   abre  documentos   .DXF como  desenhos  no  OpenOffice 

Draw, dessa maneira é possível converter com perda de informações os arquivos .DXF para 

os principais formatos de relatório.

Desenho VetorialFormato: SVGCriador: W3C SVG Working GroupRegulamentação: W3CDescrição:

O formato  Scalable Vector Graphics  (SVG)   é uma especificação XML e um formato de 

arquivo para descrição de gráficos vetoriais bidimensionais, tanto estáticos quanto dinâmicos 

(interativos ou animados).

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A especificação SVG é um padrão aberto que tem estado sob o desenvolvimento do World  

Wide Web Consortium (W3C) desde 1999. Imagens SVG e os comportamentos associados a 

essas imagens são definidas em arquivos texto XML. Isso quer dizer que essas imagens pode 

ser indexadas, pesquisadas, scriptadas e, se necessário, comprimidas. 

Arquivos   SVG   podem   ser   editados   em   qualquer   editor   de   textos,   entretanto   aplicações 

específicas para edição de arquivos SVG também são facilmente encontradas. 

A extensão de arquivo utilizada para o formato SVG é:

• .svg

Alguns aplicativos em software livre que abrem arquivos no formato SVG:

• Gimp (http://www.gimp.org)• Xara eXtreme• inkscape (http://www.inkscape.org/)• cinepaint (http://www.cinepaint.org/)• OpenOffice Draw (importação/exportação)

Por que usar?

O formato SVG é um formato muito popular na transferência de arquivos vetoriais. Sendo de 

fácil utilização e compressão. Por ser um formato aberto e mantido por um consórcio já há 

alguns anos, reforça­se ainda mais a preservação do formato.

Conversão de Formatos

A  seguir   listamos   algumas  das   possíveis     conversões   de   formatos   para   o   formato   SVG 

fornecidas pelo software Inkscape:

● SVG ­  Gráfico Vetorial Escalável● PDF – Portable Document Format● AI – Adobe Illustrator 9.0 ● WPG – Gráficos  do Wordperfect● GGR – Degradê do Gimp● XAML – Microsoft XAML● BMP – Bitmap● WMF – Windows Metafile

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ISO – International Organization for Standardization Website: http://www.iso.org

A   ISO   (International   Organization   for   Standardization)   é   a   maior   desenvolvedora   e publicadora  mundial  de  padrões   internacionais.  É  uma rede  de  institutos  de padronização nacionais de 158 países, um membro por país, com sede em Geneva na Suíça, de onde é coordenada toda a organização.

A ISO é  uma organização não­governamental  que faz a  ponte entre  os  setores  público  e privado. Se por um lado muitos de seus membros fazem parte da estrutura governamental de seus países, por outro lado outros membros tem suas raízes unicamente no setor privado, sendo constituídos por associações de indústrias.Dessa  maneira   a   ISO consegue  estabelecer  um consenso  especialmente   em soluções  que atinjam ambos os objetivos de negócios e da sociedade em geral.

IEC – International Electrotechnical CommissionWebsite: http://www.iec.ch/A   IEC   é   a   organização   mundial   que   lidera   a   preparação   e   publicação   de   padrões internacionais   para   todas   as   tecnologias   relacionadas   com   a   elétrica   e   eletrônica   – coletivamente chamada de tecnologia eletroeletrônica.Aonde você encontrar eletricidade e eletrônica, você encontrará a IEC fornecendo segurança e desempenho, o ambiente e energia elétrica eficiente e também energias renováveis.A   IEC   também   gerencia   sistemas   de   aplicação   de   conformidade,   que   certificam   a conformidade de equipamentos, sistemas e/ou componentes com seus padrões internacionais.

OASIS – Organization for the Advancement of Structured Information StandardsWebsite: http://www.oasis­open.org/who/OASIS é um consórcio sem fins lucrativos que direciona o desenvolvimento, convergência e adoção de padrões abertos para a sociedade global da informação. O consórcio produz mais padrões de serviços Internet que qualquer outra organização que trabalhe com padrões para segurança, comércio eletrônico e esforços de padronização no setor público e para mercados específicos.Fundado em 1993, o comitê OASIS tem mais de 5.000 participantes representado mais de 600 organizações  e membros individuais em 100 países.

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