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Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Departamento de Fisiologia Alterações Hemodinâmicas e Neuro-humorais na Hipertensão Um Rim, Um Clipe (1R1C) do Camundongo Giulianna da Rocha Borges Ribeirão Preto 2008

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Universidade de São Paulo

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Departamento de Fisiologia

Alterações Hemodinâmicas e Neuro-humorais na

Hipertensão Um Rim, Um Clipe (1R1C) do Camundongo

Giulianna da Rocha Borges

Ribeirão Preto

2008

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Giulianna da Rocha Borges

Alterações Hemodinâmicas e Neuro-humorais na

Hipertensão Um Rim, Um Clipe (1R1C) do Camundongo

Orientador: Prof. Dr. Helio Cesar Salgado

Ribeirão Preto

2008

Tese apresentada ao Programa de Pós-

graduação do Departamento de Fisiologia

da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

da Universidade de São Paulo, para

obtenção do título de doutor(a) em Ciências.

Área de concentração: Fisiologia.

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE

TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA

FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Borges, Giulianna da Rocha

Alterações hemodinâmicas e neuro-humorais na hipertensão um

rim, um clipe (1R1C) do camundongo.

Ribeirão Preto, 2008. 183p.

Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto/USP. Área de concentração: Fisiologia.

Orientador: Salgado, Helio Cesar

1. Camundongo. 2. Hipertensão renovascular. 3. Tono simpático.

4. Tono vagal. 5. Barorreflexo.

FICHA CATALOGRÁFICA

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3

Folha de Aprovação

Giulianna da Rocha Borges

Alterações hemodinâmicas e neuro-humorais na hipertensão um rim, um clipe

(1R1C) do camundongo.

Aprovado em: ______/______/______

Banca Examinadora

Prof. Dr. ____________________________________________________________

Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________

Prof. Dr. ____________________________________________________________

Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________

Prof. Dr. ____________________________________________________________

Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________

Prof. Dr. ____________________________________________________________

Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________

Prof. Dr. ____________________________________________________________

Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________

Tese apresentada ao Programa de Pós-

graduação do Departamento de Fisiologia

da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

da Universidade de São Paulo, para

obtenção do título de doutor(a) em Ciências.

Área de concentração: Fisiologia.

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O que realmente enriquece um homem não é a experiência: é a observação.

(1HHenry L. Mencken)

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minha avó querida e segunda mãe, Benedita.

Luís Felipe, amado marido, amigo e companheiro

de todas as horas.

minha família, Maria Carmem, René, Diego,

Hernando, Sissianne e Sebastião, exemplos de

amor, carinho, alegria e luta.

Dedico esse trabalho às pessoas mais

importantes da minha vida:

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Agradecimentos

Agradeço a Deus por nunca me abandonar e por sua misericórdia infinita,

por me dar saúde e força sempre;

Agradeço ao Prof. Dr. Rubens Fazan Jr, meu orientador no mestrado e de

grande parte no doutorado, por sua acolhida e confiança, pela clareza de idéias e

pela amizade dispensada;

Ao Prof. Dr. Helio Cesar Salgado, meu atual orientador, pessoa ímpar. Por

sempre arranjar tempo na sua agenda para encaixar correções de artigos e teses e,

principalmente, pelas ótimas partidas de tênis com essa “pangaré”;

Agradeço eternamente meu marido, Luís Felipe (Tatu), por sempre estar ao

meu lado, pela grande ajuda na discussão dos meus dados, por suportar os dias de

mau humor e “troca de projeto”. Agradeço mais do que nunca o amor, carinho,

amizade, companheirismo e cumplicidade. Amo você;

Gostaria de agradecer a Profa. Dra. Terezila Machado Coimbra e Cleonice

Silva pelo imenso auxílio na marcação da angiotensina II renal, a Profa. Dra. Dulce

Elena Casarini e Zaíra Palomino pela realização da medida da atividade da renina

plasmática, e também ao Prof. Dr. Marcos A. Rossi e à Dra. Cibele M. Prado pela

análise morfológica; vocês são partes fundamentais desse trabalho;

Aos membros dessa banca examinadora, Profa. Dra. Dulce Elena Casarini,

Profa. Dra. Maria Urbana Pinto Brandão Rondon, Prof. Dr. Fernando Morgan de

Aguiar Corrêa e Prof. Dr. José Eduardo Tanus dos Santos pela grande contribuição

e sugestões para a conclusão deste trabalho;

Agradeço também a minha família pelo apoio e, principalmente, meu pai,

René, e minha mãe, Maria Carmem, que sempre prezaram pela minha educação;

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À minha segunda família, Maria Inêz, Bruna e Fabrício que me abraçaram e

fizeram me sentir parte de tudo;

À minha irmã de coração, (Profa. Dra!!!) Maria Ida, que me acolheu de

braços abertos (duas vezes!!!). Por todos os dias de alegria, amizade e “BBB” (ops!).

Amo você minha amiga-irmã-madrinha;

Aos meus grandes amigos, aos quais levarei pra sempre no fundo do

coração: Patrícia e Leandro Marques, Manuela e Márcio Coutinho, Flávia e Mateus,

Josiane e Flávio, Poliana e Daniel Zoccal. Que a distância nunca atrapalhe tudo o

que construímos esses anos com tanto amor e amizade;

Ao meu grande amigo, Carlos Alberto (Beto), pela amizade e pela imensa

ajuda na realização deste trabalho. Obrigada pra sempre!!!

Aos amigos que deixam saudades, Valter e Josi. Obrigada por tudo,

sempre. Obrigada por serem tão fraternos e gentis. Obrigada por cuidarem do Tatu;

Pela amizade e companhia no dia-a-dia, agradeço meus amigos de

laboratório, mesmo que alguns deles já estejam tocando suas vidas pelo mundo

afora: Renata, Daniel Penteado, Jussara, Fernanda Luciano, Fernandinha Machado,

Marina, João Paulo, Ricardo, Patrícia Fidelis, Géssica (Keka), Álvaro, Domitila, Ana

Patrícia;

Ao grande amigo, Rubens Fernando, por ser essa pessoa incrível e alegre;

Agradeço a Leni, Mauro e Jaci pelas conversas, cafezinhos e apoio técnico

durante todos esses anos;

Aos amigos do Departamento de Fisiologia: Mirela, Lígia, Lys, Miriam,

Jalile, Renato, Carlos Eduardo, Fabiana Luca, Valéria Ernestânia, Danúbia, Érica,

João Henrique, Bruno, Waldeci, Lílian, Andréia, Angelita (obrigada por cuidar do

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Hermeto), Viviana, Paula, Fabiana, Glauber, Ernane, Augusto, Ana Catarina, Luiz

Artur, Terence, Renato Soriano, Carlos Giovani, Gisela, Dawit, Eduardo Lira;

À todos os professores dos departamentos de Fisiologia e de Farmacologia

que tanto contribuíram para minha formação;

Em especial, gostaria de agradecer a Profa. Dra. Leda Menescal de

Oliveira, por ser muito mais que uma professora, por ser uma mãe, amiga,

companheira e, acima de tudo, humana. Obrigada por tudo;

A amiga Maria Luíza (Lô) por toda sua gentileza como pessoa, por manter

nossos laboratórios limpos e pelo cafezinho de todo dia;

Aos amigos da secretaria deste departamento: Elisa, Cláudia, Fernando e

Carlos que sempre cuidaram tão bem e com tanta competência de seus alunos;

Aos bioteristas e amigos, Eduardo e Leonardo, pela alegria e pelo cuidado

com nossos animais experimentais;

E por falar em animais experimentais, agradeço aos camundongos e todos

os animais que são submetidos aos protocolos experimentais em nome da ciência;

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

pelo suporte financeiro oferecido para a realização desse trabalho;

Obrigada a todos que de certa maneira fazem ou fizeram parte da minha

vida. Obrigada, porque de alguma forma vocês são responsáveis pela pessoa que

me tornei.

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Lista de Abreviaturas

1R1C .................................................................................................. um rim, um clipe

2R1C ................................................................................................ dois rins, um clipe

SRA ................................................................................. sistema renina-angiotensina

ANGII .................................................................................................... angiotensina II

PA ........................................................................................................ pressão arterial

PAM .......................................................................................... pressão arterial média

PAS ........................................................................................ pressão arterial sistólica

PAD ..................................................................................... pressão arterial diastólica

FC ................................................................................................. freqüência cardíaca

ECA ..................................................................... enzima conversora de angiotensina

ARP .............................................................................. atividade da renina plasmática

FIMP .................................................................. freqüência intrínseca de marcapasso

bpm ............................................................................................. batimento por minuto

mmHg ........................................................................................ milímetro de mercúrio

EPM ........................................................................................... erro padrão da média

g ......................................................................................................................... grama

mg ................................................................................................................. miligrama

μg .............................................................................................................. micrograma

kg ................................................................................................................ quilograma

mm ................................................................................................................. milímetro

μm .............................................................................................................. micrômetro

nm ............................................................................................................... nanômetro

Hz ......................................................................................................................... Hertz

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min ................................................................................................................. minuto(s)

mL ..................................................................................................................... mililitro

μL ................................................................................................................... microlitro

mM .................................................................................................................... milimol

PE ................................................................................................................. polietileno

i.p. ......................................................................................................... intra-peritoneal

C ....................................................................................................................... Celcius

CN ................................................................................................ controle normotenso

i.v. ............................................................................................................. endovenoso

rpm ................................................................................................ rotações por minuto

HPLC ......................................................... High Performance Liquid Chromatography

v/v ................................................................................................... volume por volume

HE ................................................................................................. hematoxilina-eosina

PBS ..................................................................................... phosphate buffered saline

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Lista de Figuras

Figura 1 .................................................................................................................... 22

Figura 2 .................................................................................................................... 36

Figura 3 .................................................................................................................... 39

Figura 4 .................................................................................................................... 42

Figura 5 .................................................................................................................... 50

Figura 6 .................................................................................................................... 51

Figura 7 .................................................................................................................... 53

Figura 8 .................................................................................................................... 55

Figura 9 .................................................................................................................... 57

Figura 10 .................................................................................................................. 59

Figura 11 .................................................................................................................. 63

Figura 12 .................................................................................................................. 64

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Lista de Tabelas

Tabela 1 .................................................................................................................... 61

Tabela 2 .................................................................................................................... 62

Apêndice ................................................................................................................. 107

Tabela 1 ....................................................................................................... 107

Tabela 2 ....................................................................................................... 107

Tabela 3 ....................................................................................................... 108

Tabela 4 ....................................................................................................... 108

Tabela 5 ....................................................................................................... 109

Tabela 6 ....................................................................................................... 109

Tabela 7 ....................................................................................................... 110

Tabela 8 ....................................................................................................... 110

Tabela 9 ....................................................................................................... 111

Tabela 10 ..................................................................................................... 111

Tabela 11 ..................................................................................................... 112

Tabela 12 ..................................................................................................... 112

Tabela 13 ..................................................................................................... 113

Tabela 14 ..................................................................................................... 114

Tabela 15 ..................................................................................................... 115

Tabela 16 ..................................................................................................... 116

Tabela 17 ..................................................................................................... 118

Tabela 18 ..................................................................................................... 120

Tabela 19 ..................................................................................................... 121

Tabela 20 ..................................................................................................... 122

Tabela 21 ..................................................................................................... 123

Tabela 22 ..................................................................................................... 124

Tabela 23 ..................................................................................................... 125

Tabela 24 ..................................................................................................... 126

Tabela 25 ..................................................................................................... 126

Tabela 26 ..................................................................................................... 127

Tabela 27 ..................................................................................................... 127

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Tabela 28 ..................................................................................................... 128

Tabela 29 ..................................................................................................... 128

Tabela 30 ..................................................................................................... 129

Tabela 31 ..................................................................................................... 129

Tabela 32 ..................................................................................................... 130

Tabela 33 ..................................................................................................... 131

Tabela 34 ..................................................................................................... 132

Tabela 35 ..................................................................................................... 132

Tabela 36 ..................................................................................................... 133

Tabela 37 ..................................................................................................... 134

Tabela 38 ..................................................................................................... 135

Tabela 39 ..................................................................................................... 136

Tabela 40 ..................................................................................................... 137

Tabela 41 ..................................................................................................... 137

Tabela 42 ..................................................................................................... 138

Tabela 43 ..................................................................................................... 138

Tabela 44 ..................................................................................................... 139

Tabela 45 ..................................................................................................... 139

Tabela 46 ..................................................................................................... 140

Tabela 47 ..................................................................................................... 140

Tabela 48 ..................................................................................................... 141

Tabela 49 ..................................................................................................... 141

Tabela 50 ..................................................................................................... 142

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Sumário

RESUMO .................................................................................................................. 16

ABSTRACT .............................................................................................................. 18

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 19

O Camundongo como Animal de Experimentação ........................................ 19

O Modelo de Hipertensão 1 Rim, 1 Clipe e suas Implicações Humorais e

Neurais ........................................................................................................... 20

O Barorreflexo e o Modelo de Hipertensão 1 Rim, 1 Clipe ............................ 27

A Variabilidade de Parâmetros Cardiovasculares, Risco Cardiovascular e

Lesão de Órgão Alvo ..................................................................................... 30

OBJETIVOS ............................................................................................................. 33

MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 34

1. Animais ..................................................................................................... 34

2. Cirurgia para Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C ............................. 34

3. Medidas da Pressão Arterial .................................................................... 37

Medida Indireta ................................................................................... 37

Medida Direta ...................................................................................... 37

4. Protocolos e Grupos Experimentais ......................................................... 40

5. Análise dos Dados .................................................................................... 43

Parâmetros Hemodinâmicos Basais ........................................................ 43

Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca ......... 43

Tono Autonômico e FIMP ......................................................................... 43

Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo .............................................. 44

6. Análise da Atividade da Renina Plasmática ............................................. 44

7. Estudo Imuno-histoquímico para Marcação de Angiotensina II Renal ..... 45

8. Análise Morfológica .................................................................................. 46

9. Análise Estatística .................................................................................... 47

RESULTADOS ......................................................................................................... 49

1. Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C .................................................. 49

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2. Freqüência Cardíaca, Balanço Simpato-vagal e Freqüência Intrínseca de

Marcapasso .............................................................................................. 52

3. Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo .............................................. 54

4. Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca no

Domínio do Tempo ................................................................................... 56

5. Atividade da Renina Plasmática e Análise Imuno-histoquímica ............... 58

6. Pesos e Análises Morfológicas ................................................................. 60

DISCUSSÃO ............................................................................................................ 65

SUMÁRIO E CONCLUSÕES ................................................................................... 84

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 86

APÊNDICE ............................................................................................................. 107

ANEXO (ARTIGO) .................................................................................................. 143

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RESUMO

O balanço simpato-vagal e o controle barorreflexo da freqüência cardíaca

(FC) foram avaliados durante o desenvolvimento (1 e 4 semanas) da hipertensão um

rim, um clipe (1R1C) em camundongos não-anestesiados. O desenvolvimento de

hipertrofia cardíaca e fibrose também foi examinado. A variabilidade da pressão

arterial (PA) sistólica e da FC no domínio do tempo (desvio padrão) e a sensibilidade

do barorreflexo foram calculados a partir dos registros basais. Metil-atropina e

propranolol permitiram a avaliação do balanço simpato-vagal e da freqüência

intrínseca de marcapasso (FIMP). A marcação de angiotensina II renal e a atividade

da renina plasmática (ARP) também foram avaliadas. Uma e 4 semanas após o

clampeamento da artéria renal, os camundongos estavam hipertensos e

taquicárdicos e exibiram tono simpático elevado e tono vagal reduzido. A FIMP

estava elevada apenas nos camundongos 1R1C de 1 semana. A variabilidade da PA

sistólica estava elevada, enquanto a variabilidade da FC e a sensibilidade do

barorreflexo estavam reduzidas nos hipertensos de 1 e 4 semanas. A marcação da

angiotensina II renal e a ARP estavam elevadas apenas 1 semana após o

clampeamento. Hipertrofia cardíaca concêntrica foi observada nos hipertensos de 1

e 4 semanas, enquanto que fibrose cardíaca foi observada apenas após 4 semanas

de hipertensão. Concluindo, o desenvolvimento da hipertensão 1R1C em

camundongos revelou taquicardia, tono simpático aumentado e tono vagal reduzido

para o coração. Além disso, redução da sensibilidade do barorreflexo cardíaco,

aumento da variabilidade da PA sistólica, diminuição da variabilidade da FC,

hipertrofia concêntrica e fibrose também foram observados. Aumento da FIMP e

hiperatividade do sistema renina-angiotensina foram observados apenas nos

camundongos hipertensos de 1 semana.

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Palavras-chave: hipertensão renovascular, tono simpático, tono vagal, FIMP,

barorreflexo.

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ABSTRACT: HEMODYNAMIC AND NEURO-HUMORAL CHANGES IN ONE KIDNEY, ONE CLIPE (1K1C) HYPERTENSION IN MICE

Sympathovagal balance and baroreflex control of heart rate (HR) were

evaluated during the development (1 and 4 weeks) of one kidney, one clip (1K1C)

hypertension in conscious mice. The development of cardiac hypertrophy and fibrosis

was examined as well. Variability of systolic arterial pressure (AP) and HR in the time

domain (standard deviation), and baroreflex sensitivity were calculated from basal

recordings. Methyl atropine and propranolol allowed the evaluation of the

sympathovagal balance to the heart and the intrinsic HR. Staining of renal

angiotensin II in the kidney and plasma renin activity (PRA) were also evaluated. One

and 4 weeks after clipping the mice were hypertensive and tachycardic and exhibited

elevated sympathetic and reduced vagal tone. The intrinsic HR was elevated only at

1 week after clipping. Systolic AP variability was elevated while HR variability and

baroreflex sensitivity were reduced 1 and 4 weeks after clipping. Renal angiotensin II

staining and PRA were elevated only 1 week after clipping. Concentric cardiac

hypertrophy was observed at 1 and 4 weeks, while cardiac fibrosis was observed

only at 4 weeks after clipping. In conclusion, the development of 1K1C hypertension

in mice revealed tachycardia, increased sympathetic and decreased vagal tone to the

heart. In addition, attenuated baroreflex sensitivity of HR, increased AP variability,

decreased HR variability and concentric cardiac hypertrophy and fibrosis were

observed as well. An increase of the intrinsic HR and overactivity of the renin-

angiotensin system were observed only at 1 week after clipping.

Key Words: renovascular hypertension, sympathetic tone, vagal tone, FIMP,

baroreflex.

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INTRODUÇÃO

O CAMUNDONGO COMO ANIMAL DE EXPERIMENTAÇÃO

Parte do conhecimento da fisiopatologia da hipertensão arterial foi obtido por

meio de estudos realizados em diversas espécies, como o cão (GOLDBLATT ET AL.,

1934), o coelho (HEAD; BURKE, 2001) e o rato (HEAD; ADAMS, 1988; CABRAL; VASQUEZ,

1991; DIBONA; JONES; SAWIN, 1997; SALGADO ET AL., 2007). Entretanto, as últimas

décadas foram marcadas por avanços tecnológicos que permitiram maior

conhecimento do genoma humano e de outras espécies animais, gerando a

expectativa de que a manipulação individual de genes pudesse ser um passo

decisivo para o tratamento de diversas doenças (FINKEL, 1999; FRANCIS ET AL., 2001).

No âmbito experimental, o camundongo foi a espécie que apresentou maior

susceptibilidade à manipulação genética, tornando-se referência em estudos dos

fatores moleculares e genéticos envolvidos na regulação de funções fisiológicas e na

fisiopatogenia de doenças (BECKER; GOTTSHALL; CHIEN, 1996; CHRISTENSEN; WANG;

CHIEN, 1997; GASSMANN; HENNET, 1998), incluindo as doenças do sistema

cardiovascular (BADER ET AL., 2000; CVETKOVIC; SIGMUND, 2000; DALLOZ; OSROBBINS,

2001; MA; ABBOUD; CHAPLEAU, 2003), como por exemplo, a hipertensão arterial

(CERVENKA ET AL., 2002; LAZARTIGUES ET AL., 2004). Por se tratar de espécie

geneticamente manipulável, inúmeros estudos em camundongos geneticamente

manipulados foram desenvolvidos com o objetivo de investigar o papel de genes

específicos relacionados com a instalação e desenvolvimento da hipertensão

(CERVENKA ET AL., 2002; LAZARTIGUES ET AL., 2004); porém, são poucos os trabalhos

que avaliam a fisiopatogenia da hipertensão arterial em camundongos não

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manipulados geneticamente (WIESEL ET AL., 1997; PEOTTA ET AL., 2007; STEC ET AL.,

2008).

O MODELO DE HIPERTENSÃO 1 RIM, 1 CLIPE E SUAS IMPLICAÇÕES HUMORAIS E

NEURAIS

Os modelos de hipertensão renovascular têm fornecido consideráveis

contribuições para o estudo da fisiopatogenia da hipertensão arterial (GOLDBLATT ET

AL., 1934; KATHOLI; WINTERNITZ; OPARIL, 1981; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987;

CABRAL; VASQUEZ, 1991; MOYSES ET AL., 1994). O primeiro modelo foi desenvolvido por

Goldblatt et al. (1934) em experimentos realizados em cães e, posteriormente, foram

adaptados para pequenos animais, como o rato (SCHAFFEMBURG, 1959) e o

camundongo (JOHNS ET AL., 1996; WIESEL ET AL., 1997). É amplamente aceito na

literatura que a instalação e o desenvolvimento dos modelos de hipertensão

renovascular do tipo 1 rim, 1 clipe (1R1C) e 2 rins, 1 clipe (2R1C) envolvem

mecanismos humorais e neurais complexos (GOLDBLATT ET AL., 1934; MACHADO;

SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; CABRAL; VASQUEZ, 1991;

DE SIMONE ET AL., 1993; WIESEL ET AL., 1997).

Quanto aos mecanismos humorais, encontra-se bem estabelecido que o

sistema renina-angiotensina (SRA) exerce um papel fundamental na fase de

instalação dos modelos 1R1C e 2R1C (GOLDBLATT ET AL., 1934; SCHAFFEMBURG, 1959,

WIESEL ET AL., 1997). O hormônio biologicamente ativo, angiotensina II (ANGII),

possui uma ação significativa na elevação da pressão arterial (PA) (REID; MORRIS;

GANONG, 1978; SWALES, 1979). Assim como no modelo 2R1C, a fase precoce da

hipertensão 1R1C é caracterizada por uma pronta elevação da atividade da renina

plasmática (ARP) em resposta à baixa pressão de perfusão renal. A renina é uma

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enzima proteolítica sintetizada, armazenada e secretada pelas células do aparelho

justaglomerular do rim (TIGERSTEDT; BERGMAN, 1898 apud BOUCHER; ROJO-ORTEGA;

GENEST, 1977). Por meio de digestão tríptica, o angiotensinogênio, uma α-globulina

sintetizada no fígado, gera um tetradecapeptídeo. A renina desencadeia uma

cascata de eventos que se inicia com a hidrólise específica da ligação Leu10-Leu11

do seu substrato natural (angiotensinogênio) ou do tetradecapeptídeo, para formar o

decapeptídeo angiotensina I (SKEGGS ET AL., 1957). Entretanto, a angiotensina I não

possui ação significativa no sistema cardiovascular (OPARIL, 1977). Por fim, a

angiotensina I sofre ação da enzima conversora de angiotensina, uma peptidil-

dipeptidase abundante no endotélio vascular, principalmente nos pulmões, que por

meio da quebra da ligação Phe8-His9, é convertida no octapeptídeo ANGII (Figura 1)

(MUNOZ ET AL., 1939; SKEGGS ET AL., 1957; OPARIL, 1977; CAMPBELL, 1987). A ANGII

medeia numerosas respostas comportamentais e fisiológicas como o aumento da

ingestão de água e sódio, liberação de aldosterona e vasopressina, e constrição do

músculo liso vascular, por ação direta em receptores AT1, ou por ativação do

sistema nervoso simpático (MUNOZ ET AL., 1939; FERRARIO; CARRETERO, 1984).

Portanto, a maioria das ações da ANGII contribui, coletivamente, para a expansão

do volume extracelular e aumento da resistência periférica total (FERRARIO;

CARRETERO, 1984) produzindo alterações hemodinâmicas como a elevação da PA

(SWALES, 1979; FERRARIO; CARRETERO, 1984; JOHNSON; THUNHORST, 1997; FITZSIMONS,

1998). O aumento do volume plasmático e do fluido extracelular promove aumento do

débito cardíaco elevando ainda mais os níveis pressóricos. Em geral, nos modelos

de hipertensão 1R1C e 2R1C, o aumento da PA se inicia poucos minutos após a

redução do fluxo renal, atingindo um platô em 2 a 3 semanas (FERRARIO;

CARRETERO, 1984).

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Figura 1: Vias clássicas de produção de angiotensina II. ECA: enzima conversora de

angiotensina (Modificado de Boucher; Rojo-Ortega; Genest, 1977).

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Os mecanismos da fase crônica da hipertensão renovascular diferem entre os

dois modelos. No modelo 1R1C ocorre retenção de volume devido à ausência de um

dos rins, cessando, dessa forma, o estímulo para a liberação de renina no rim com a

artéria clampeada. Portanto, cronicamente, esse é um modelo de hipertensão

renovascular volume-dependente com baixa-renina plasmática (DE SIMONE ET AL.,

1993; CORBIER ET AL., 1994). Nesse sentido, Wiesel et al. (1997) mostraram em um

estudo detalhado que o padrão de instalação e desenvolvimento da hipertensão

1R1C em camundongos é semelhante ao de outras espécies já descritas na

literatura. Nesse estudo, os autores (WIESEL ET AL., 1997) demonstraram que a

expressão renal, assim como a ARP nos camundongos hipertensos 1R1C, é

semelhante à do grupo normotenso 2 a 4 semanas após o clampeamento da artéria

renal e nefrectomia contralateral.

A avaliação da atividade do SRA tem sido realizada utilizando-se várias

abordagens, como por exemplo, a análise da ARP (DE VITO; FASCIOLO, 1965;

BOUCHER; GENEST, 1966; FREITAS ET AL., 2007). Com esse método a atividade do SRA

pode ser avaliada por meio da transformação, in vitro, do angiotensinogênio ou

tetradecapeptídeo exógeno, em angiotensina I, sendo que, quanto maior a

concentração de angiotensina I gerada, maior a quantidade de renina presente no

plasma e, consequentemente, maior a atividade do SRA (BOUCHER; GENEST, 1966;

FREITAS ET AL., 2007). Além do método da ARP, estudos demonstraram que o rim é

capaz de captar ANGII proveniente do plasma ou gerada no próprio tecido renal

(ZOU ET AL., 1996, 1998; NAVAR; HARRISON-BERNARD, 2000; NAVAR ET AL., 2002; ZHUO ET

AL., 2002), permitindo, assim, que a marcação tecidual para ANGII possa ser utilizada

como um índice para a avaliação da atividade do SRA. Nesse contexto, Zou et al.

(1996) mostraram que ratos submetidos à infusão crônica de ANGII apresentaram

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níveis plasmáticos, desse hormônio, progressivamente aumentados, e após 10 dias

de infusão apresentaram aumento da captação de ANGII no rim. Além disso,

estudos mostraram que esse aumento ocorre por captação mediada por endocitose

por meio do acoplamento da ANGII a receptores AT1 (ZHUO ET AL., 2002). Portanto, os

métodos para a medida da atividade do SRA descritos acima serão empregados no

presente trabalho.

Evidências sugerem que o aumento do volume extracelular é um fator

relevante para o aumento da PA durante a fase crônica do modelo 1R1C, porém,

sabe-se que aspectos neurais também contribuem, amplamente, para a elevação

dos níveis pressóricos nesse modelo (KATHOLI; WINTERNITZ; OPARIL, 1981;

WINTERNITZ; KATHOLI; OPARIL, 1982; OPARIL, 1986; CABRAL; VASQUEZ, 1991). No início da

década de 80 Katholi et al. (1981) demonstraram, em ratos com hipertensão 1R1C,

que a desnervação renal farmacológica com fenol promoveu redução dos níveis

pressóricos dos animais hipertensos, sugerindo que a interrupção da atividade

aferente renal poderia diminuir o tono simpático por meio de um mecanismo de

retroalimentação direto. Além disso, esse mesmo grupo de pesquisadores

(WINTERNITZ; KATHOLI; OPARIL, 1982) demonstrou que o conteúdo de noradrenalina

hipotalâmica está aumentado em ratos com hipertensão 1R1C e que ratos

submetidos à desnervação renal apresentavam níveis de noradrenalina hipotalâmica

normais. Esse conjunto de dados forneceu importantes evidências do envolvimento

do sistema nervoso central na manutenção da hipertensão, além de indicar que a

participação dos nervos renais, especificamente as aferências renais, exercem papel

modulatório sobre a atividade noradrenérgica hipotalâmica (KATHOLI; WINTERNITZ;

OPARIL, 1981; WINTERNITZ; KATHOLI; OPARIL, 1982).

Estudos de bloqueio farmacológico de receptores para ANGII mostraram que

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a PA diminui em ratos hipertensos 2R1C, enquanto que esse efeito não foi

observado em ratos hipertensos 1R1C, indicando que a fisiopatologia da hipertensão

na fase crônica difere entre os dois modelos (BRUNNER ET AL., 1971). O sistema

nervoso simpático participa da regulação da PA e exerce papel significativo na

fisiopatologia da hipertensão. Vários estudos mostraram que o aumento da atividade

simpática parece contribuir de maneira eficaz na manutenção dos altos níveis de PA

na fase crônica da hipertensão 1R1C (SCROOP; LOWE, 1969; REID ET AL., 1976;

ESTRUGAMOU; DE LA RIVA, 1977; DEQUATTRO ET AL., 1978; CABRAL; VASQUEZ, 1991).

Inúmeros achados suportam essa hipótese mostrando aumento dos níveis

plasmáticos de catecolaminas, principalmente noradrenalina (REID ET AL., 1976),

aumento do seu metabolismo (TANAKA ET AL., 1982), aumento dos níveis de

metabólitos no plasma e coração (REID ET AL., 1976; VLACHAKIS ET AL., 1984),

acentuada redução da PA após bloqueio ganglionar (TARAZI; DUSTAN, 1973; BELLINI ET

AL., 1979), reversão ou prevenção da hipertensão por meio da destruição seletiva de

regiões do hipotálamo anterior (HAYWOOD ET AL., 1983), e depleção dos estoques

centrais de catecolaminas (GORDON ET AL., 1979). Além disso, o modelo de

hipertensão 1R1C apresenta grande incidência de complicações cardiovasculares,

fato que é observado com menos freqüência no modelo 2R1C, o qual não apresenta

tantas alterações no sistema nervoso simpático de mesma magnitude que o modelo

1R1C (IKEDA; FUJII; SEKI, 1973).

Ainda com relação à caracterização dos aspectos neurais envolvidos na

hipertensão 1R1C, Cabral e Vasquez (1991) mostraram que o desenvolvimento da

hipertensão 1R1C em ratos está relacionado a um aumento significativo do tono

simpático e, mais tardiamente (30 dias), a uma diminuição do tono vagal; além disso,

o desenvolvimento da hipertensão foi acompanhado por aumento da freqüência

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cardíaca (FC). Estudos prévios realizados em nosso laboratório já haviam

demonstrado a ocorrência de taquicardia transitória durante a fase precoce da

hipertensão 1R1C em ratos, sendo que essa taquicardia foi acompanhada,

temporalmente, por elevação da freqüência intrínseca de marcapasso (FIMP)

(MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987). Tendo em

vista a importância do envolvimento do sistema nervoso simpático na fisiopatologia

da hipertensão arterial, inclusive no modelo 1R1C, faz-se necessária a

caracterização desse sistema em camundongos hipertensos 1R1C, uma vez que

esse assunto não foi, ainda, abordado na literatura. Por outro lado, visto que existem

relatos do comprometimento do sistema nervoso parassimpático para o coração na

hipertensão 1R1C, e dada a interatividade de ambos os componentes do sistema

nervoso autônomo (simpático e parassimpático), o estudo do componente vagal

nesses animais também é entendido como altamente pertinente.

Do ponto de vista metodológico, diversas abordagens têm sido utilizadas para

avaliação do controle autonômico cardiovascular, dentre elas, o uso de

bloqueadores farmacológicos de receptores autonômicos (VASQUEZ; KRIEGER, 1982;

CABRAL; VASQUEZ, 1991; FAZAN ET AL., 2005; PEOTTA ET AL., 2007). A modulação

autonômica cardíaca pode ser avaliada pela administração de bloqueadores

autonômicos, os quais permitem uma apreciação da ação vagal e/ou simpática sobre

o coração. Desse modo, a taquicardia observada após a administração de

metilatropina (bloqueador muscarínico) pode ser considerada como um índice do

tono vagal cardíaco, enquanto que a bradicardia observada após a administração de

propranolol (bloqueador β-adrenérgico) representa um índice do tono simpático

cardíaco (VASQUEZ; KRIEGER, 1982). Após a administração de ambos bloqueadores

autonômicos a FC observada representa a ritmicidade espontânea cardíaca

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desprovida de qualquer modulação autonômica, conhecida como FIMP (VASQUEZ;

KRIEGER, 1982; MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO,

1987). Desse modo, no presente estudo, a avaliação do tono autonômico e da FIMP

será realizada por meio de bloqueadores farmacológicos, como o propranolol e a

metilatropina.

Vale a pena ressaltar, também, que as diferentes classes de anestésicos

alteram de maneira apreciável a modulação autonômica eferente para o coração e

vasos sangüíneos (TABORSKY ET AL., 1984). Observa-se na literatura que, de uma

maneira geral, é preconizado que nos estudos de controle reflexo da PA e FC sejam

utilizados, preferencialmente, animais acordados, desprovidos dos efeitos

indesejáveis da anestesia. Assim, no presente estudo, os protocolos propostos no

modelo de hipertensão 1R1C em camundongos serão desenvolvidos com os

animais já recuperados dos efeitos da anestesia, ou seja, 24 a 48h após a cirurgia

para canulação dos vasos sangüíneos.

O BARORREFLEXO E O MODELO DE HIPERTENSÃO 1 RIM, 1 CLIPE

O sistema nervoso central controla, reflexamente, a atividade eferente

autonômica para o coração e vasos sangüíneos na determinação da homeostase

cardiocirculatória. O barorreflexo arterial é o principal responsável pela manutenção

da PA em uma faixa de variação relativamente estreita. Barorreceptores localizados

no seio carotídeo e na crossa da aorta detectam alterações na PA, desencadeando

ajustes autonômicos com a finalidade de restaurar, imediatamente, os níveis normais

de pressão (KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982).

O barorreflexo consiste em uma porção aferente que envia informações

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relacionadas às alterações da PA para o sistema nervoso central, o qual, por sua

vez, integra essas informações, e por meio de vias eferentes autonômicas (simpática

e parassimpática), promove ajustes na PA. O componente simpático do sistema

nervoso autônomo é o principal determinante do tono vasomotor, atuando

diretamente na resistência periférica. Entretanto, a atividade cardíaca é modulada

por ambas as divisões, simpática e parassimpática do sistema nervoso autônomo

(KIRCHHEIM, 1976; KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982; CHAPLEAU; ABBOUD, 2001).

Assim, a ação simpática, por meio da noradrenalina, promove vasoconstrição

periférica, e respostas inotrópicas e cronotrópicas positivas. Já a ação

parassimpática sobre o sistema cardiocirculatório se expressa, fundamentalmente,

por meio de seu mediador químico acetilcolina, o qual promove uma resposta

cronotrópica negativa e, também, embora menos expressiva, uma resposta

inotrópica negativa (KIRCHHEIM, 1976; BROWN, 1980; KRIEGER; SALGADO; MICHELINI,

1982). Desta forma, ao serem ativados por um aumento da PA, os barorreceptores

induzem uma diminuição da atividade simpática para o coração e os vasos, e um

aumento da atividade vagal cardíaca, promovendo uma redução da FC, da

resistência periférica total e, também, do débito cardíaco, contribuindo para o retorno

da PA aos níveis normais. Por outro lado, uma queda na PA promove uma redução

da atividade dos barorreceptores, a qual induz um aumento da atividade simpática

para o coração e os vasos, e uma redução da atividade vagal cardíaca, para que a

PA retorne aos níveis normais (SHEPHERD; VANHOUTTE, 1979; KRIEGER; SALGADO;

MICHELINI 1982).

Estudos mostram que a redução da sensibilidade do barorreflexo cardíaco é

uma característica da hipertensão arterial clínica (MILAN ET AL., 2007), assim como,

experimental (MOYSES ET AL., 1994; HEAD; BURKE, 2001; OLIVEIRA ET AL., 2005; SALGADO

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ET AL., 2007). Sabe-se que em ratos 1R1C ocorre a atenuação da sensibilidade do

barorreflexo nas fases de instalação e manutenção da hipertensão (MOYSES ET AL.,

1994; OLIVEIRA ET AL., 2005). Moyses et al. (1994) mostraram que ratos com

hipertensão 1R1C apresentam atenuação da sensibilidade do barorreflexo a partir

do primeiro dia após o clampeamento da artéria renal e nefrectomia contralateral,

sendo o maior comprometimento observado após 30 dias de hipertensão. Além

disso, estudo realizado em nosso laboratório (OLIVEIRA ET AL., 2005) mostrou que

ratos que desenvolveram hipertensão 1R1C durante 4 semanas apresentaram

redução da bradicardia e taquicardia reflexas. Alguns trabalhos realizados em

camundongos hipertensos (MADEDDU; SALIS; EMANUELI, 1999; XUE; PAMIDIMUKKALA;

HAY, 2005), inclusive trabalho recente realizado em camundongos hipertensos 2R1C

(PEOTTA ET AL., 2007), também apresentaram esse tipo de comprometimento

barorreflexo. Porém, até o momento, nenhum estudo foi realizado com o objetivo de

caracterizar a função barorreflexa em camundongos hipertensos 1R1C.

O componente cardíaco do barorreflexo é freqüentemente determinado pela

magnitude das alterações reflexas da FC em resposta a alterações na PA induzidas

por drogas vasoativas, como por exemplo, a fenilefrina e o nitroprussiato de sódio

(MOYSES ET AL., 1994; OLIVEIRA ET AL., 2005; CHEN ET AL., 2008). Entretanto,

camundongos não toleram injeções endovenosas repetidas, devido ao seu pequeno

volume sangüíneo e, provavelmente, uma certa dificuldade para a diluição de drogas

nesse pequeno volume sangüíneo, o que dificulta a avaliação do barorreflexo

nesses animais (PATON; BUTCHER, 1998; MA; ABBOUD; CHAPLEAU, 2003). Assim,

métodos alternativos para o estudo da sensibilidade do barorreflexo são

especialmente interessantes quando o animal experimental em questão é o

camundongo. Um método comumente utilizado para se avaliar a sensibilidade do

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barorreflexo é o método da seqüência (BERTINIERI ET AL., 1985; LEGRAMANTE ET AL.,

1999; LAUDE; BAUDRIE; ELGHOZI, 2008), descrito por Bertinieri et al. (1985). Esse método

consiste na identificação de oscilações espontâneas da PA e FC em direções

opostas, ou seja, na presença de aumentos espontâneos da PA, tem-se,

reflexamente, bradicardia e, em presença de quedas na PA, a desativação

barorreceptora promove, reflexamente, taquicardia (BERTINIERI ET AL., 1985;

LEGRAMANTE ET AL., 1999; LAUDE; BAUDRIE; ELGHOZI, 2008). Recentemente, Laude et

al. (2008) demonstraram a eficácia desse método de análise espontânea em

camundongos, comparando-o ao método de análise do barorreflexo por análise

espectral cruzada. Esses autores mostraram que o método da seqüência aplicado

para a análise do barorreflexo espontâneo é, perfeitamente, aplicável ao

camundongo, e apresenta valores de sensibilidade semelhantes àqueles obtidos

quando foram utilizados outros métodos de análise da sensibilidade do barorreflexo.

A VARIABILIDADE DE PARÂMETROS CARDIOVASCULARES, RISCO CARDIOVASCULAR E

LESÃO DE ÓRGÃO ALVO

A variabilidade de parâmetros cardiovasculares como a PA e FC tem se

revelado excelente ferramenta para a inferência de risco cardiovascular (PARATI ET

AL., 1987; PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL., 1991). O conhecimento de que flutuações

da FC e PA refletem a interação do sistema nervoso simpático e/ou parassimpático

tem instigado, com certa freqüência, o estudo da função autonômica a partir da

variabilidade da FC e PA (AKSELROD ET AL., 1981; PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL.,

1991). Sabe-se que o organismo é capaz de corrigir variações súbitas de parâmetros

fisiológicos. Todavia, está bem descrito que existe certa variabilidade da PA e FC em

torno dos níveis normais (PARATI ET AL., 1987; CERUTTI ET AL., 1991). A análise da

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variabilidade espontânea da PA e FC tem permitido examinar a modulação

autonômica sobre o sistema cardiovascular, e pode ser facilmente mensurada por

métodos estatísticos, como pelo cálculo do desvio padrão ou variância de séries

temporais da PA ou FC (variabilidade no domínio do tempo) (DIAS DA SILVA ET AL

2006). Apesar de que estudos realizados em outras espécies mostraram a

importância relativa do sistema nervoso autônomo e da regulação barorreflexa da

FC durante a instalação e manutenção da hipertensão 1R1C, bem como a

importância da avaliação da variabilidade da PA e FC (AKSELROD ET AL., 1981; PAGANI

ET AL., 1986; MOYSES ET AL., 1994; CABRAL; VASQUEZ, 1991), não foi encontrado, na

literatura, nenhum estudo avaliando esses parâmetros em camundongos com

hipertensão 1R1C.

Complicações associadas com a hipertensão arterial, as quais incluem

acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e infarto do

miocárdio são, frequentemente, letais. As lesões em órgão alvo, como por exemplo,

hipertrofia cardíaca, aterosclerose e lesões renais ocorrem durante a fase precoce

dessas complicações decorrentes da hipertensão arterial (SU; MIAO, 2005). Portanto,

julga-se imperativo realizar a avaliação do comprometimento em órgãos, como o

coração, durante a instalação e desenvolvimento da hipertensão 1R1C em

camundongos. Vale ressaltar que com o desenvolvimento da hipertensão o nível de

PA é um fator importante para a indução de lesão em órgão alvo, como o coração,

tanto em pacientes (PARATI ET AL., 1987) como em animais de experimentação (SU;

MIAO, 2005). Entretanto, a elevação da PA não é o único determinante de lesões em

órgãos alvo (SHAN; DAÍ; SU, 1999; SU; MIAO, 2001, 2005; XIE ET AL., 2006). Consistente

com achados clínicos (PARATI ET AL., 1987; PARATI; MANCIA, 2001), o desenvolvimento

de lesão em órgão alvo em ratos SHR correlacionou-se positivamente ao aumento

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da variabilidade da PA (SU; MIAO, 2001, 2005). Dessa maneira, foi proposto que o

aumento da variabilidade da PA pode ser um dos principais determinantes de lesão

tecidual na hipertensão arterial, tais como, hipertrofia e fibrose cardíaca (PARATI ET

AL., 1987; SHAN; DAÍ; SU, 1999; SU; MIAO, 2001, 2005; PARATI; MANCIA, 2001; XIE ET AL.,

2006). Assim, Parati et al. (1987) demonstraram a primeira evidência sobre a relação

entre o aumento da variabilidade da PA e a severidade da lesão em órgão alvo.

Estudos mais recentes correlacionaram não somente o aumento da PA, como

também o aumento da variabilidade da PA sistólica (PAS) às lesões de órgãos alvo

(SU; MIAO, 2001, 2005; PARATI; MANCIA, 2001; XIE ET AL., 2006). Apesar da contribuição do

aumento da variabilidade da PA para o aumento da morbidade e mortalidade estar

bem estabelecido, o(s) mecanismo(s) pelo(s) qual(is) o aumento da variabilidade da

PA causa(m) lesões em órgãos alvo na ausência de hipertensão ainda

permanece(m) aberto(s). Visto que o aumento da variabilidade da PA possui boa

correlação com o desenvolvimento de lesão em órgão alvo em outros tipos de

hipertensão arterial (PARATI ET AL., 1997; PARATI; MANCIA, 2001; SU; MIAO, 2001, 2005)

julga-se oportuna a avaliação desse tipo de comprometimento na hipertensão 1R1C

em camundongos. Além disso, alguns trabalhos relatam, especificamente, o

desenvolvimento de hipertrofia cardíaca em camundongos hipertensos (WIESEL ET

AL., 1997; PEOTTA ET AL., 2007), entretanto, uma avaliação mais detalhada desse tipo

de lesão no coração, como o estudo da morfologia (medida do menor diâmetro do

miócito e espessura da parede do miocárdio) e quantificação do volume relativo de

colágeno (presença de fibrose), bem como do aumento da variabilidade da PA e

diminuição da variabilidade da FC, ainda não foram abordados no camundongo com

hipertensão 1R1C.

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OBJETIVOS

Caracterizar do ponto de vista hemodinâmico e neuro-humoral o modelo de

hipertensão 1R1C em camundongos durante as fases de instalação (1 semana) e

desenvolvimento (4 semanas). Para tanto serão avaliados:

1. Hemodinâmica (PA e FC);

2. Controle barorreflexo da FC;

3. Variabilidade da PAS e da FC no domínio do tempo;

4. Balanço simpato-vagal cardíaco (tono simpático, tono vagal e FIMP);

5. Atividade do SRA (ARP e marcação renal de angiotensina II);

6. Grau de lesão cardíaca (hipertrofia e fibrose).

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MATERIAL E MÉTODOS

1. Animais

Os experimentos foram realizados utilizando-se camundongos machos

adultos, da linhagem Swiss, pesando em torno de 30 g, provenientes do Biotério

Central da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. Nos dias que

precederam os experimentos, os animais foram mantidos no Biotério do

Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP em

estantes ventiladas (Alesco Indústria e Comércio LTDA, modelo 9902-001, Monte

Mor, SP, Brasil), sob temperatura controlada (21 ± 2°C). Os camundongos foram

mantidos em ciclo claro/escuro de 12 horas, com livre acesso a água e ração

(Nuvilab CR-1, Nuvital, Colombo, PR, Brasil). Os protocolos experimentais utilizados

no presente estudo estão de acordo com os Princípios Éticos na Experimentação

Animal e aprovados pelo Comitê de Ética de Pesquisa Animal da Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto, USP (protocolo n° 054/2006).

2. Cirurgia para Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C

Os camundongos foram anestesiados com tribromoetanol (250 μg/g, i.p.,

Johnson Metthey Company, Heysham, Lancs, EUA) e posicionados em uma mesa

cirúrgica sob ampliação visual por meio de um microscópio cirúrgico (DF

Vasconcellos S.A., modelo MC-A186, São Paulo, SP, Brasil). A cirurgia para produzir

a hipertensão 1R1C foi realizada como descrita por Wiesel et al. (1997). Para isso, a

artéria renal direita foi isolada através de uma incisão no flanco do animal, e um clipe

de prata (abertura interna de 0,15 mm) foi colocado ao redor da artéria renal. O clipe

utilizado no presente estudo está apresentado na Figura 2 e foi construído com prata

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pura, rígida, e sua abertura interna foi cuidadosamente mensurada utilizando-se o

microscópio óptico. Para a nefrectomia contralateral foram realizadas ligaduras ao

redor do pedículo vascular renal e ureter. O rim esquerdo foi removido deixando-se a

glândula adrenal intacta. Camundongos controles foram submetidos ao mesmo

protocolo com exceção do clampeamento da artéria renal. Ao final da cirurgia todas

as incisões foram suturadas e os camundongos foram mantidos em caixas de

plásticos nas mesmas condições iniciais (5 animais por caixa), para recuperação

pós-cirúrgica durante 1 ou 4 semanas.

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36

Figura 2: Fotografia de um clipe de prata confeccionado à mão, cuja abertura

interna (0,15 mm) foi estabelecida por meio de um microscópio óptico.

1 mm

162,16 μm 148,65 μm

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37

3. Medidas da Pressão Arterial

Medida Indireta: o desenvolvimento da hipertensão 1R1C foi acompanhado

por meio de medidas indiretas da pressão arterial sistólica (PAS) realizadas ao redor

da cauda dos camundongos. Para isso os animais foram contidos (contendor modelo

306, IITC Life Science, Woodland Hills, CA, EUA) e colocados em uma câmara

aquecida (modelo 306, IITC Life Science, Woodland Hills, CA, EUA) mantida a 31-

33°C. Um cone construído com papel escuro foi colocado na extremidade onde se

encontrava a cabeça do camundongo com a finalidade de proteger os olhos do

animal e tranqüilizá-lo. O aparato formado por um oclusor integrado a um sensor

fotoelétrico (B60-1/4, IITC Life Science, Woodland Hills, CA, EUA) foi acoplado ao

contendor, fazendo com que a cauda dos animais passasse por dentro do oclusor. O

sensor-oclusor foi operado para interromper as pulsações da artéria caudal quando

inflado, e para detectar o retorno das pulsações quando desinflado. Os valores

mensurados são próximos da PAS dos camundongos, e foram coletados antes e

periodicamente (semanalmente) após a cirurgia de clampeamento (ou fictícia).

Medida Direta: os experimentos foram realizados 1 e 4 semanas após a

cirurgia fictícia ou de clampeamento. Vinte e quatro horas antes dos experimentos,

os camundongos foram novamente anestesiados com tribromoetanol (250 μg/g, i.p.,

Johnson Metthey Company, Heysham, Lancs, EUA) e cateteres de polietileno (PE-

10 soldado ao PE-50, Intramedic, Clay Adams, Parsippany, NJ, EUA) foram

inseridos na carótida esquerda e jugular direita, para registro direto da PA e

administração de drogas, respectivamente. Os cateteres foram exteriorizados na

região posterior (entre as escápulas) dos camundongos, e as incisões foram

suturadas. Após a cirurgia, os camundongos foram colocados em caixas individuais,

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e levados novamente ao Biotério do Departamento de Fisiologia da FMRP, USP,

onde permaneceram em condições semelhantes às já descritas anteriormente, para

recuperação pós-cirúrgica por no mínimo 24 horas.

No dia do experimento, sem o efeito indesejável da anestesia, os

camundongos foram levados à sala de registro cerca de 30 minutos antes do início

dos experimentos, para adaptação ao laboratório, e um ambiente tranqüilo foi

mantido para minimização do estresse. O catéter arterial foi conectado a um

transdutor de pressão (modelo P23XL, Statham, Valley View, OH, EUA). O sinal

elétrico do transdutor foi amplificado (CL-6 615422-1, Gould Instruments Systems

Inc., Valley View, OH, EUA) e a PA pulsátil foi continuamente amostrada (4 kHz)

utilizando-se um microcomputador equipado com uma interface de conversão

analógico-digital (Di 220, Dataq, Akron, OH, EUA). Os arquivos gerados foram

armazenados e os dados foram analisados posteriormente.

Na Figura 3 estão representados os traçados típicos do registro direto da PA e

FC de um camundongo do grupo controle normotenso (CN), e de um camundongo

do grupo hipertenso 1R1C de 4 semanas.

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39

Pres

são

Art

eria

l(m

mH

g)

0

100

200

300

Freq

üênc

ia C

ardí

aca

(bpm

)

500

600

700

800

10 s

CN 1R1C

Figura 3: Traçados típicos do pulso arterial e freqüência cardíaca de um

camundongo normotenso (CN) e de um hipertenso 1R1C de 4 semanas. No registro

da pressão arterial a linha branca representa a pressão arterial média. Destacam-se

a hipertensão e a taquicardia desenvolvidas pelo hipertenso 1R1C.

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40

4. Protocolos e Grupos Experimentais

Os experimentos foram realizados em camundongos acordados, e com livre

movimentação em caixas individuais, pelo menos 24 horas após os procedimentos

de canulação. Após o período de adaptação, a PA basal foi registrada

continuamente durante 30 minutos. Com o intuito de calcular o tono vagal, após o

período de registro basal, administrou-se metil-atropina (2 mg/kg, i.v., Sigma

Chemical Co., St. Louis, MO, USA) em bolus. A seguir, após um período de 15

minutos de registro contínuo da PA foi realizada uma injeção de propranolol (4

mg/kg, i.v., Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA), em bolus, para determinação

da FIMP. O tono simpático foi calculado em outros camundongos que não foram

submetidos à determinação do tono vagal. Para o cálculo do tono simpático realizou-

se o protocolo inverso, ou seja, após o período de registro basal foi administrado

propranolol, também em bolus, seguido do registro contínuo da PA por mais 15

minutos. Nesses animais também foi registrada a FIMP após a administração de

metil-atropina. A Figura 4 ilustra os protocolos experimentais realizados. Após os

registros hemodinâmicos, os camundongos foram mortos por sobredose de

anestésico (tiopental sódico, 50 mg/kg, Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA) e

o coração e o rim foram rapidamente removidos, banhados em solução salina (NaCl

0,9%) gelada, e pesados para o cálculo do índice de peso cardíaco e índice de peso

renal por meio das fórmulas abaixo:

(A) Índice de Peso Cardíaco

Peso Cardíaco (mg)

Peso Corporal (g) =

(B) Índice de Peso Renal

Peso Renal (mg)

Peso Corporal (g) =

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Grupos distintos de CN e hipertensos 1R1C tiveram seus componentes

mortos por decapitação, após o registro da PA para verificar o desenvolvimento da

hipertensão (1 e 4 semanas), com o sangue sendo imediatamente coletado para a

medida da ARP. Nestes mesmos animais o rim foi coletado para análise imuno-

histoquímica (angiotensina II renal), e o coração coletado para análise morfológica

(hipertrofia cardíaca e fibrose).

Os grupos experimentais estão descritos a seguir:

CN de 1 Semana: camundongos que foram submetidos apenas à

nefrectomia esquerda, e que se apresentaram normotensos após 1

semana;

Hipertensos 1R1C de 1 Semana: camundongos que foram submetidos

à cirurgia para implantação do clipe, e se apresentaram hipertensos

após 1 semana;

CN de 4 Semanas: camundongos que foram submetidos apenas à

nefrectomia esquerda, e que se apresentaram normotensos após 4

semanas;

Hipertensos 1R1C de 4 Semanas: camundongos que foram

submetidos à cirurgia para implantação do clipe, e se apresentaram

hipertensos após 4 semanas.

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42

A

B

Figura 4: Protocolo experimental. Em (A) protocolo experimental utilizando-se a

administração de metil-atropina para a determinação do tono vagal; em (B) protocolo

utilizando-se propranolol para a determinação do tono simpático. Em ambos os

protocolos, a freqüência cardíaca calculada após o duplo bloqueio farmacológico foi

considerada como a freqüência cardíaca intrínseca.

30 min 15 min 15 min

Registro Basal da PA

Metil-atropina (2 mg/kg, iv)

Propranolol (4 mg/kg, iv)

30 min 15 min 15 min

Registro Basal da PA

Propranolol (4 mg/kg, iv)

Metil-atropina (2 mg/kg, iv)

Tono vagal FIMP

Tono simpático FIMP

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43

5. Análise dos Dados

Parâmetros Hemodinâmicos Basais: os registros de PA pulsátil foram

analisados por um programa de computador apropriado para detectar pontos de

inflexão em sinais periódicos. Uma interface gráfica no programa de análise permitiu

inspeção visual e edição manual de eventos detectados erroneamente. As séries

temporais batimento-a-batimento de PAS, PA diastólica (PAD) e PA média (PAM)

foram geradas. A FC foi derivada de sucessivos intervalos de PAD.

Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca: o cálculo

da variabilidade da PAS e da FC foi realizado utilizando-se em torno de 104

batimentos cardíacos inferidos do registro da PA basal. Foi realizado o cálculo do

desvio padrão a cada 100 batimentos, e a média dos resultados representa a

variabilidade dos parâmetros no domínio do tempo.

Tono Autonômico e FIMP: o tono simpático e tono vagal foram determinados

pelo bloqueio autonômico produzido pela injeção de propranolol e metil-atropina,

respectivamente. A diferença entre a bradicardia registrada após 15 minutos da

administração de propranolol e a FC basal foi considerada como índice do tono

simpático. Já a diferença entre a taquicardia registrada após 15 minutos da

administração de metil-atropina e a FC basal foi considerada como índice do tono

vagal. Ao final de mais 15 minutos de registro, após a administração de ambos os

bloqueadores autonômicos, a FC registrada representa a ritmicidade espontânea

cardíaca, desprovida de modulação autonômica, e conhecida como FIMP do marca

passo cardíaco.

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Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo: o controle barorreflexo da FC foi

investigado utilizando-se as alterações espontâneas da PA e da FC. Para atingir

esse objetivo um período contendo 104 batimentos cardíacos foi selecionado, de

cada registro basal da PA, e a sensibilidade do barorreflexo foi calculada por meio

do método da seqüência descrito por Bertinieri et al. (1985). Para esse cálculo as

séries temporais de PAS e de FC foram analisadas por um programa de computador

(HemoLAB) capaz de identificar a ocorrência de seqüências espontâneas de 3 ou

mais batimentos consecutivos, nos quais a PAS e a FC estivesse variando em

direções opostas, por exemplo, elevação da PA e bradicardia. Após a identificação

das seqüências barorreflexas, regressões lineares foram aplicadas para cada

seqüência individual detectada, semelhante à técnica de Oxford (ΔFC/ΔPA) a qual

utiliza injeção em bolus de drogas vasoativas. A média das inclinações das

regressões lineares (ganho) foi considerada como índice da sensibilidade do

barorreflexo e apenas as seqüências que apresentaram inclinação com r2>0,85

foram consideradas. O número de seqüências encontradas foi normalizado para

cada 1000 batimentos.

6. Análise da Atividade da Renina Plasmática

Para se avaliar a atividade do SRA foi realizado um ensaio para determinação

da ARP. Para isso, após o registro da PA, os camundongos foram mortos por

decapitação e o sangue foi coletado em tubos gelados contendo EDTA (7,5%) e um

coquetel de inibidores enzimáticos: p-OHHBz (1mM), PMSF (1mM), pepstatina

(1mM), O-Fenantrolina (30mM). O sangue foi centrifugado a 4°C e 3000 rpm durante

15 minutos. 30 μL de plasma juntamente com 970 μL de Tris/HCl (50mM, pH7,5) e

20 μL de tetradecapeptídeo (2,0 nmol/mL) foram incubados durante 2 horas.

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45

Alíquotas foram coletadas nos tempos 0, 2h e 24h após a incubação. A reação foi

interrompida com 10 μL de ácido ortofosfórico (50%) para quantificação em HPLC. O

substrato de hidrólise foi analisado por fase reversa em HPLC usando uma coluna

aquapore ODS 300 equilibrada com 0,1% de ácido fosfórico contendo 5% de

acetonitrilo (v/v). A angiotensina I gerada foi separada do tetradecapeptídeo por

eluição isocrática durante 5 minutos seguida por um gradiente linear de 20 minutos

de 5-35% de acetonitrilo em 0,1% de ácido fosfórico (v/v) a 1,5 mL/min. O perfil

cromatográfico de cada amostra foi comparado com o obtido por amostras padrão

contendo tetradecapeptídeo (tempo de retenção = 21,7 minutos) e angiotensina I

(tempo de retenção = 18,98 minutos) com absorbância de 240 nm. Os fragmentos

dos peptídeos foram identificados por posição de eluição e quantificados pela área

de integração usando injeções repetidas de solução de peptídeo padrão para corrigir

pequenas diferenças no tempo de retenção (<6%) e altura do pico (<5%)

[Experimentos realizados no laboratório da Professora Dra. Dulce Elena Casarini da

Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de

Nefrologia].

7. Estudo Imuno-histoquímico para Marcação de Angiotensina II Renal

O total de 5 rins coletados de cada grupo experimental foram submetidos à

análise imuno-histoquímica para a marcação de angiotensina II no córtex renal. Em

seguida, os rins foram seccionados transversalmente e armazenados em solução

contendo 60% de metanol, 30% de clorofórmio e 10% de ácido acético. Após 12

horas, os tecidos foram transferidos para solução de álcool 70% para posterior

inclusão em parafina. Posteriormente, as secções de 5 μm de tecido renal dos

animais foram desparafinizadas e inicialmente incubadas (overnight) com anticorpo

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policlonal (Peninsula Laboratories Inc., San Carlos, USA) para angiotensina II

(1/500) à 4°C. A reação do produto foi detectada por complexo avidina-biotina-

peroxidase (Vector Laboratories, Burlingame, CA, USA). A cor da reação foi revelada

com 3,3’-diaminobenzidina (DAB) (Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA) e o

material foi contra-corado com metilgreen, desidratado e montado. A ligação de

proteínas não-específicas foi bloqueada pela incubação prévia com soro de cabra a

20% em PBS durante 20 min. Controles negativos consistiram na substituição do

anticorpo primário por concentrações equivalentes de IgG de coelho normal. Foram

avaliados em torno de 10 campos com área de 0,245 mm2 cada e a média do

número de células positivas para angiotensina II por área foi calculada.

[Experimentos realizados no laboratório da Professora Dra. Terezila Machado

Coimbra da da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão

Preto, Departamento de Fisiologia].

8. Análise Morfológica

Para a análise morfológica realizamos um corte transversal na porção

medioventricular, eqüidistante entre o ápice e a base dos corações, os quais foram

fixados em formol tamponado 10% e devidamente preparados em blocos de

parafina. Dos blocos compostos foram obtidos cortes seriais de 6 μm em micrótomo

(DuPont Co., Wilmington, DE, EUA) desde a base até o ápice. As secções foram

devidamente coradas com hematoxilina eosina (HE) ou picrosirius vermelho. Para a

análise morfométrica do coração utilizamos os cortes corados com HE, os quais

foram submetidos à análise através do programa ImageJ (desenvolvido pelo U. S.

National Institute of Health e disponível na Internet http://rsb.info.nih.gov/nih-image/).

Foram avaliadas a espessura da parede livre do ventrículo esquerdo e septo. O

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47

menor diâmetro dos miócitos da parede livre do ventrículo esquerdo e septo foi

avaliado utilizando o programa Leica Qwin (Leica Imaging Systems Ltd, Cambridge,

Inglaterra) em conjunto com um microscópio Leica (Leica DMR, Leica Microsystems

Wetzlar GmbH, Wetzlar, Inglaterra), videocâmera (Leica DC300F, Leica

Microsystems AG, Heerbrugg, Suiça) e um computador on-line. Foram obtidos,

aproximadamente, 30 valores por região por animal, obtendo-se um valor médio. As

medidas foram realizadas na porção mediana do miocárdio.

A quantidade relativa de colágeno na parede livre do ventrículo esquerdo e

septo foi avaliada morfometricamente em lâminas de material parafinado coradas

com picrosirius vermelho. Foram medidos 15 campos por região e por animal,

selecionados aleatoriamente. O aumento usado foi de 400x e a quantidade de

colágeno expressa em porcentagem de área medida. Para a análise foram excluídas

áreas de fibrose perivascular. Foi utilizado o programa Leica Qwin para a realização

das medidas. [Experimentos realizados no laboratório do Professor Dr. Marcos A.

Rossi da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,

Departamento de Patologia].

9. Análise Estatística

Os resultados do presente estudo estão apresentados como média ± EPM. As

comparações entre as médias das medidas indiretas da PAS foram realizadas

utilizando-se a análise de variância (ANOVA) de duas vias corrigida para medidas

repetidas seguida pelo pós-teste de Tukey. As médias das medidas diretas da PAM,

FC, tono simpático, tono vagal, FIMP, variabilidade da PAS, variabilidade da FC,

marcação para angiotensina II renal, pesos, análises morfológicas e atividade da

renina plasmática foram comparadas através da análise de variância (ANOVA) de

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duas vias seguida pelo pós-teste de Tukey. Para as comparações entre os períodos

antes e depois da administração de propranolol ou metil-atropina foi utilizado o teste

t de Student pareado. As diferenças entre as comparações foram consideradas

diferentes estatisticamente quando o valor de P apresentou-se menor que 0,05.

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RESULTADOS

Os resultados são apresentados sob a forma de figuras e tabelas contendo a

média ± EPM. Os valores individuais estão apresentados em tabelas no apêndice.

1. Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C

O desenvolvimento da hipertensão 1R1C está demonstrado na Figura 5 pelo

aumento da PAS ao longo de 4 semanas. Nota-se que os animais partiram de

semelhante nível de PAS (105 ± 2 vs 107 ± 1 mmHg). A PAS dos hipertensos 1R1C

apresenta um aumento significativo na primeira semana e alcança um platô na

terceira e quarta semanas. Os CN exibiram níveis estáveis de pressão arterial

sistólica entre 107 ± 1 (semana 0) e 115 ± 2 mmHg (semana 4), ao longo do

protocolo experimental.

Os resultados da PAM obtidos pela canulação da carótida estão apresentados

na Figura 6. A exemplo das medidas indiretas, a PAM em ambos os grupos

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas, é maior que a dos CN. Além disso, os

hipertensos 1R1C de 4 semanas apresentam níveis hipertensores de maior

magnitude que os hipertensos 1R1C de 1 semana.

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50

Semanas

0 1 2 3 4

Pres

são

Arte

rial S

istó

lica

(mm

Hg)

100

120

140

160

180

CN1R1C

**

* *

(35)

(35)

(22)

(22) (22)

(35) (17) (17) (17)

(35)

Figura 5: Pressão arterial sistólica medida na cauda de camundongos normotensos

(CN) e hipertensos 1R1C, antes (semana 0) e após a cirurgia. Entre parênteses o

número de observações. Após 1 semana, parte dos camundongos foi submetida ao

protocolo experimental. Os valores representam média ± EPM.

*P<0,05 comparado ao CN.

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51

Pres

são

Art

eria

l Méd

ia(m

mH

g)

0

50

100

150

200

1 Semana 4 Semanas13 18 22 17

*** *

Figura 6: Pressão arterial média dos camundongos normotensos (CN) e hipertensos

1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações se encontra dentro das barras.

Os valores representam média ± EPM.

*P<0,001 comparado ao CN; **P<0,001.

CN 1R1C

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2. Freqüência Cardíaca, Balanço Simpato-vagal e Freqüência Intrínseca de

Marcapasso

Nota-se na Figura 7 que a FC basal (barra preta horizontal), está elevada nos

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas quando comparados aos CN. A taquicardia

(elevação da barra preta horizontal) dos hipertensos 1R1C de 1 semana é de maior

magnitude do que os hipertensos 1R1C de 4 semanas. Observa-se, ainda, na Figura

7, que a bradicardia (magnitude do retângulo branco) induzida pela administração do

propranolol, é maior que a taquicardia (magnitude do retângulo cinza) induzida pela

metil-atropina em ambos os CN. O tono simpático (magnitude do retângulo branco)

dos hipertensos 1R1C é maior do que o tono vagal (magnitude do retângulo cinza).

O tono simpático dos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas é maior do que o tono

simpático dos CN também de 1 e 4 semanas. A Figura 6 mostra, ainda, que o maior

tono simpático dos hipertensos 1R1C de 1 semana é comparável ao tono simpático

dos hipertensos 1R1C de 4 semanas. O tono vagal dos hipertensos 1R1C de 1 e 4

semanas é menor do que o tono vagal dos CN. A redução do tono vagal dos

hipertensos 1R1C de 1 semana é comparável ao tono vagal dos hipertensos 1R1C

de 4 semanas. O dublo bloqueio farmacológico realizado combinação de metil-

atropina e propranolol revelou que a FIMP (linha tracejada) está elevada nos

camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana quando comparada aos demais

grupos experimentais.

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53

Figura 7: Respostas da freqüência cardíaca ao propranolol e à metil-atropina nos

camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. A barra

preta horizontal representa a freqüência cardíaca basal. O retângulo branco

representa o tono simpático enquanto que o retângulo cinza o tono vagal. A linha

tracejada representa a freqüência intrínseca de marcapasso após o duplo bloqueio

com propranolol e metil-atropina. O número de observações das respostas à

atropina/propranolol se encontra entre parênteses (tono vagal/tono simpático). O

número de observações da FC basal e FIMP é representado pela somatória do

número de observações do tono vagal e simpático. Os valores representam média ±

EPM. +P<0,001 comparado aos outros três grupos; *P<0,001 comparado ao tono vagal;

**P<0,001 comparado ao grupo CN.

400

500

600

700

800

550 ± 13

454 ± 13443 ± 16*

630 ± 15

695 ± 14

689 ± 11+

515 ± 11*521 ± 10+

622 ± 25

547 ± 16

443 ± 23*

470 ± 17

671 ± 14

487 ± 10

462 ± 10*

643 ± 12+

Freq

üênc

iaC

ardí

aca

(bpm

)

CN 1R1C CN 1R1C

1 Semana 4 Semanas

**

**

**

**

Tono SimpáticoTono Vagal

400

500

600

700

800

550 ± 13

454 ± 13443 ± 16*

630 ± 15

695 ± 14

689 ± 11+

515 ± 11*521 ± 10+

622 ± 25

547 ± 16

443 ± 23*

470 ± 17

671 ± 14

487 ± 10

462 ± 10*

643 ± 12+

Freq

üênc

iaC

ardí

aca

(bpm

)

CN 1R1C CN 1R1C

1 Semana 4 Semanas

**

**

**

**

Tono SimpáticoTono Vagal

(7/6) (9/9) (11/11) (9/8)

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54

3. Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo

Pode ser observado na Figura 8 (painel A), que o número de seqüências

barorreflexas espontâneas encontrado nos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas é

menor do que seus respectivos CN. Além disso, verifica-se na Figura 8 (painel B),

que a redução do número de seqüências barorreflexas é acompanhada de uma

atenuação significativa da sensibilidade do barorreflexo espontâneo nesses mesmos

animais.

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55

Gan

ho(b

pm/m

mH

g)

0,0

0,5

1,0

1,5

1 Semana 4 Semanas

* *

13 18 22 17

0

A

B

Núm

ero

de S

eqüê

ncia

s/1

000

Bat

imen

tos

0

2

4

6

8

10

1 Semana 4 Semanas

*

*

13 18 22 17

CN 1R1C

Figura 8: Número de seqüências barorreflexas por 1000 batimentos (painel A) e a

sensibilidade barorreflexa (painel B) de camundongos normotensos (CN) e

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações se encontra

dentro das barras. Os valores representam média ± EPM.

*P<0,001 comparado ao CN.

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56

4. Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca no

Domínio do Tempo

A Figura 9 (painel A) mostra que a variabilidade da PAS está elevada nos

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas, quando comparada aos CN. Além disso, os

hipertensos 1R1C de 4 semanas apresentam uma variabilidade da PAS de maior

magnitude que os hipertensos 1R1C de 1 semana. Na Figura 9 (painel B), observa-

se que a variabilidade da FC dos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentam

redução desse parâmetro quando comparado aos CN.

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57

Figura 9: Variabilidade da pressão arterial sistólica (PAS, painel A) e da freqüência

cardíaca (FC, painel B) de camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C, 1 e

4 semanas após as cirurgias. Os números dentro das barras representam o número

de observações. O número de observações se encontra dentro das barras. Os

valores representam média ± EPM.

*P<0,001 comparado ao CN; **P<0,001.

A

B

Varia

bilid

ade

da P

AS

(mm

Hg)

0

2

4

6

8 **

13 18 22 17

1 Semana 4 Semanas

* *

CN 1R1C

Varia

bilid

ade

da F

C(b

pm)

0

5

10

15

20

25

*

13 18 22 17

*

1 Semana 4 Semanas

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58

5. Atividade da Renina Plasmática e Análise Imuno-histoquímica

A ARP dos hipertensos 1R1C de 1 semana (0,53 ± 0,09 nmol/mL/h)está

elevada quando comparada aos CN de 1 semana (0,25 ± 0,06 nmol/mL/h).

Entretanto, a ARP dos hipertensos 1R1C de 4 semanas (0,22 ± 0,04 nmol/mL/h) é

semelhante a dos CN de 4 semanas (0,30 ± 0,04 nmol/mL/h).

A Figura 10 mostra à esquerda fotomicrografias de imunorreações para a

angiotensina II no córtex renal de CN e hipertensos 1R1C representativos dos

grupos de 1 e 4 semanas. Observa-se o grande número de células marcadas

positivamente (setas) para angiotensina II no compartimento tubular do córtex renal

dos hipertensos 1R1C de 1 semana. Ainda na Figura 10, à direita, estão

representadas os números de células positivas para angiotensina II no córtex renal

por área de 0,245 mm2 dos 4 grupos estudados. O número de células positivas para

angiotensina II no córtex renal dos hipertensos1R1C de 1 semana foi maior

(aproximadamente 8 vezes maior) que o número dos demais grupos.

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59

Figura 10: Fotomicrografias de imunorreações para angiotensina II no córtex renal

de animais representativos dos camundongos normotensos (CN) e hipertensos

1R1C de 1 e 4 semanas. O hipertenso 1R1C de 1 semana apresenta maior número

de células angiotensina II-positivas no compartimento tubular do córtex renal

(Ampliação: 280x). No gráfico de barras à direita é apresentada a contagem (média

± EPM) de células positivas para angiotensina II (AII) por campo (0,245mm2) do

córtex renal de CN e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. *P<0,001 comparado aos

outros três grupos.

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60

6. Pesos e Análises Morfológicas

A Tabela 1 mostra que tanto os CN como os hipertensos 1R1C exibem pesos

corporais semelhantes durante o desenvolvimento dos protocolos experimentais. Os

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentam aumento do índice de peso

cardíaco. O índice de peso renal não é diferente entre os grupos estudados.

A Tabela 2 mostra nos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas aumento do

menor diâmetro dos miócitos e espessura da parede do ventrículo esquerdo e septo

interventricular. A Figura 11 ilustra por meio de fotomicrografias, o menor diâmetro

dos miócitos do ventrículo esquerdo de animais representativos dos CN e

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. Na Figura 11 estão representados ainda,

gráficos de barras com os valores do menor diâmetro dos miócitos e o volume

relativo de fibrose do ventrículo esquerdo em CN e hipertensos 1R1C de 1 e 4

semanas. Observou-se por meio da análise das secções coradas com picrosirius

vermelho presença de fibrose intersticial apenas no ventrículo esquerdo de

camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas (Figura 11).

Nota-se na Figura 12 um nítido desenvolvimento de hipertrofia do tipo

concêntrica no ventrículo esquerdo dos hipertensos 1R1C, melhor evidenciada 4

semanas após o clampeamento.

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Tabela 1: Peso corporal (g), índice de peso cardíaco (IPC, mg/g) e índice de peso

renal (IPR, mg/g) de camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4

semanas.

1 SEMANA 4 SEMANAS

CN (n = 13)

1R1C (n =18)

CN (n = 15)

1R1C (n =16)

Peso (g) 30 ± 0,5 31 ± 0,7 34 ± 0,6** 35 ± 0,6**

IPC (mg/g) 4,1 ± 0,13 5,3 ± 0,14* 4,2 ± 0,09 5,3 ± 0,14*

IPR (mg/g) 9,3 ± 0,40 9,8 ± 0,30 9,7 ± 0,21 9,0 ± 0,34

Valores apresentados como média ± EPM; *P<0,001

comparado ao CN; **P<0,05 comparados aos grupos de 1

semana.

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62

Tabela 2: Menor diâmetro dos miócitos e espessura da parede do ventrículo

esquerdo (VE) e septo interventricular de camundongos normotensos (CN) e

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações é apresentado

entre parênteses.

VE Septo VE SeptoCN (n = 5) 13,5 ± 0,47 10,9 ± 0,22 1,3 ± 0,03 1,0 ± 0,06

1R1C (n = 7) 15,3 ± 0,41* 13,1 ± 0,34* 1,5 ± 0,07* 1,4 ± 0,03*

CN (n = 7) 13,4 ± 0,28 10,4 ± 0,22 1,2 ± 0,06 1,1 ± 0,03

1R1C (n = 5) 15,7 ± 0,54* 12,3 ± 0,10* 1,5 ± 0,08* 1,4 ± 0,08*

1 Semana

4 Semanas

Diâmetro dos Miócitos Espessura da Parede(μm) (mm)

Valores apresentados como média ± EPM; *P<0,05 comparado ao CN.

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63

Figura 11: Fotomicrografias do menor diâmetro dos miócitos do ventrículo esquerdo

de camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas (barra

preta = 50 μm). Os gráficos de barras indicam os valores do menor diâmetro dos

miócitos e o volume relativo da fibrose intersticial do ventrículo esquerdo de CN e

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações se encontra dentro

das barras. Os valores representam média ± EPM.

*P<0,05 comparado ao CN.

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64

Figura 12: Fotografias de secções transversais de corações representativos dos

camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas (barra preta

= 2 mm).

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65

DISCUSSAO

Os camundongos hipertensos 1R1C apresentaram taquicardia,

aumento do tono simpático e redução do tono vagal para o coração durante o

desenvolvimento da hipertensão arterial. Além disso, apresentaram, também,

atenuação da sensibilidade do barorreflexo cardíaco, aumento da variabilidade da

PAS, diminuição da variabilidade da FC e hipertrofia cardíaca concêntrica e fibrose

intersticial miocárdica. Aumento da FIMP e hiperatividade do SRA foram detectados

apenas 1 semana após o clampeamento da artéria renal.

O processo de desenvolvimento da hipertensão 1R1C foi acompanhado por

medidas semanais da PAS ao redor da cauda dos camundongos (artéria caudal).

Por meio dessas medidas foi verificado um aumento rápido e progressivo da PAS,

na primeira semana após o clampeamento, o qual atingiu um platô na terceira e

quarta semanas. Esses resultados estão de acordo com dados da literatura

realizados em diversas espécies utilizando esse mesmo modelo de hipertensão

renovascular, como cães, coelhos, ratos, e até mesmo camundongos (KATHOLI;

WINTERNITZ; OPARIL, 1981; MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER;

SALGADO, 1987; FERRARIO; CARRETERO, 1984; CABRAL; VASQUEZ, 1991; WIESEL ET AL.,

1997; ANDERSON ET AL., 2007). Além disso, a exemplo das medidas indiretas, as

medidas diretas realizadas na carótida dos camundongos após 1 e 4 semanas do

clampeamento também apresentaram aumento significativo e progressivo da PAM.

Os resultados (medida direta e indireta) indicam que o aumento da PA no modelo de

hipertensão 1R1C no camundongo possui padrão semelhante, descrito na literatura,

a outras espécies (KATHOLI; WINTERNITZ; OPARIL, 1981; MACHADO; SALGADO; KRIEGER,

1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; FERRARIO; CARRETERO, 1984; CABRAL;

VASQUEZ, 1991; WIESEL ET AL., 1997; ANDERSON ET AL., 2007).

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66

Está bem estabelecido que o SRA circulante exerce papel fisiopatológico

significativo na instalação da hipertensão renovascular (PALS ET AL., 1971; COLEMAN;

GUYTON, 1975; HAYWOOD ET AL., 1983; FERRARIO; CARRETERO, 1984; CORBIER ET AL.,

1994; NAVAR ET AL., 1998). Após o clampeamento da artéria renal e nefrectomia

contralateral, a liberação de renina determina a geração de ANGII. A ANGII medeia

numerosas respostas comportamentais e fisiológicas como o aumento da ingestão

de água e sódio, liberação de aldosterona e vasopressina, e constrição do músculo

liso vascular, por ação direta, ou por ativação do sistema nervoso simpático (REID;

MORRIS; GANONG, 1978; SWALES, 1979; FERRARIO, 1983, TREADWAY; SLATER, 1984;

FERRARIO; CARRETERO, 1984). A maioria das ações da ANGII contribui coletivamente

para a expansão do volume extracelular e aumento da resistência periférica total

(FERRARIO; CARRETERO, 1984), o que produz alterações hemodinâmicas como a

elevação da PA (SWALES, 1979; FERRARIO; CARRETERO, 1984; JOHNSON; THUNHORST,

1997; FITZSIMONS, 1998).

No presente estudo, a atividade do SRA foi avaliada por meio da ARP e

também marcação renal para ANGII. Os resultados obtidos por meio desses

protocolos indicaram que o SRA estava hiperativo durante a primeira semana de

hipertensão 1R1C em camundongos. O aumento da ARP durante a fase precoce

(até 1 semana) de instalação da hipertensão 1R1C, descrita anteriormente

(FERRARIO; CARRETERO, 1984; SANTOS; GREENE; KRIEGER, 1989; DE SIMONE ET AL.,

1992), não havia sido descrita ainda, em camundongos hipertensos 1R1C. O

aumento da marcação de ANGII no rim dos camundongos hipertensos 1R1C de 1

semana também sugeriu maior atividade do SRA, a qual pode refletir uma maior

captação plasmática da ANGII pelo rim, ou aumento da produção renal desse

hormônio (ZOU ET AL., 1996, 1998; NAVAR; HARRISON-BERNARD, 2000; NAVAR ET AL., 2002;

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67

ZHUO ET AL., 2002). Esses resultados mostraram a significativa participação do SRA

durante a fase precoce de instalação da hipertensão 1R1C em camundongos.

Após 4 semanas do desenvolvimento da hipertensão 1R1C, o SRA

apresentou atividade semelhante à dos CN. Vários autores descreveram o perfil da

atividade do SRA na fase tardia (acima de 2 semanas) da hipertensão 1R1C em

outras espécies (COLEMAN; GUYTON, 1975; HAYWOOD ET AL., 1983; FERRARIO;

CARRETERO, 1984), inclusive no camundongo (WIESEL ET AL., 1997). Wiesel et al. (1997)

demonstraram que camundongos com hipertensão 1R1C apresentavam níveis de

expressão renal de renina e ARP semelhantes aos valores controles após 2 ou 4

semanas de hipertensão 1R1C. Dessa forma, apesar da hiperatividade do SRA

durante a fase de instalação da hipertensão 1R1C em camundongos, a fase tardia

de desenvolvimento do estado hipertensor, certamente, prescinde da atividade

desse sistema. Características semelhantes são claramente observadas no modelo

de hipertensão 1R1C desenvolvido no presente estudo, no qual se verifica redução

da ARP e redução da marcação da ANGII renal para valores normais após 4

semanas de hipertensão 1R1C.

Um outro resultado interessante do presente estudo é que a instalação e o

desenvolvimento da hipertensão 1R1C no camundongo foram acompanhados por

taquicardia, a qual foi de maior magnitude na primeira semana. A taquicardia é um

achado usual durante o desenvolvimento da hipertensão 1R1C (MACHADO; SALGADO;

KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; MENANI ET AL., 1988; MACHADO;

BRODY, 1989; CABRAL; VASQUEZ, 1991). Dados semelhantes foram observados em

outros estudos realizados em ratos hipertensos 1R1C em nosso laboratório, porém,

com a taquicardia se restringindo somente à fase precoce (3 a 7 dias) de instalação

da hipertensão (MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO,

1987). Visto que a atividade do SRA encontra-se elevada na primeira semana de

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instalação da hipertensão 1R1C no camundongo, presume-se que esse aumento de

atividade possa estar relacionado à gênese da taquicardia. Estudos têm

demonstrado que a ANGII é capaz de promover efeito cronotrópico positivo

(MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987). Esse efeito parece ser mediado por meio de

sua ação sobre a estimulação do sistema nervoso simpático (HIROOKA; POTTS;

DAMPNEY, 1997; FERGUSON; WASHBURN; LATCHFORD, 2001), da redução do tono vagal

(SCROOP; LOWE, 1969; LEE ET AL., 1980), da supressão central do barorreflexo (GUO;

ABBOUD, 1984; GAO ET AL., 2005; POLSON ET AL., 2007) e por meio de uma ação direta

em receptores AT1 das células marcapasso (MORI; HASHIMOTO, 2006). Assim,

resultados da literatura mostrando que a ANGII tem efeito cronotrópico positivo,

combinados com os resultados do presente estudo, que mostram taquicardia

associada com hiperatividade do SRA, sugerem que o aumento da atividade desse

sistema em camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana pode ser um fator

desencadeador de taquicardia nesses animais.

A avaliação do balanço autonômico nos camundongos normotensos indicou

que os mesmos são simpatotônicos, ou seja, o componente simpático predomina

sobre o componente vagal (relação simpato-vagal deslocada para o componente

simpático). Esses resultados corroboram estudos realizados em camundongos da

mesma linhagem que a utilizada no presente estudo (JANSSEN; LEENDERS; SMITS,

2000) bem como em camundongos da linhagem C57B do nosso laboratório (FAZAN

ET AL., 2005). É interessante ressaltar a diferença entre o balanço autonômico

encontrado no camundongo e o balanço autonômico do rato. Trabalhos mostram

que o rato (MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; CERUTTI ET AL., 1991), a exemplo do

homem (PAGANI ET AL., 1986; MONTANO ET AL., 1994), possui o componente vagal

predominando sobre o componente simpático. Por outro lado, a avaliação do

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balanço autonômico dos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas

mostrou que o tono simpático é maior, enquanto que o tono vagal é menor, quando

comparado aos camundongos normotensos. É importante lembrar que os grupos

hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentaram acentuada taquicardia; assim, o

aumento da atividade do componente acelerador (tono simpático) e, praticamente, a

retirada do componente frenador (tono vagal) do coração podem, em conjunto, ser

responsáveis pelo aumento da FC observado após 1 e 4 semanas de hipertensão

1R1C no camundongo. Entretanto, o aumento do tono simpático foi de mesma

magnitude nos dois períodos de hipertensão (178 ± 15 vs 173 ± 9 bpm), assim como

a redução do tono vagal (24 ± 14 vs 27 ± 9 bpm). Dessa maneira, é de se supor que

a taquicardia observada seria de mesma magnitude em ambos os grupos

hipertensos 1R1C. Porém, o que se observou foi uma taquicardia de maior

magnitude durante a primeira semana de hipertensão, sugerindo que algum outro

fator, além do desequilíbrio autonômico, poderia também estar contribuindo para o

aumento da FC. A propósito, os resultados do duplo bloqueio farmacológico com

metilatropina e propranolol nos hipertensos 1R1C de 1 semana, mostraram que a

FIMP se encontra elevada paralelamente à taquicardia observada na fase precoce

da hipertensão 1R1C (1 semana). Isto posto, sugere-se que a elevação da FIMP

combinada com o aumento do tono simpático e redução do tono vagal podem,

conjuntamente, ser responsáveis pela taquicardia de maior magnitude observada

nos camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

Apesar da abordagem metodológica do presente estudo não prover nenhum

mecanismo para explicar o aumento da FIMP, dados da literatura dão suporte à

hipótese de que a hiperatividade do SRA estaria associada ao aumento da FIMP em

ratos hipertensos 1R1C (MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER;

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70

SALGADO, 1987; MENANI ET AL., 1988). No estudo de Machado et al. (1987) foi

demonstrado, por meio do duplo bloqueio farmacológico com atropina e propranolol,

que na primeira semana de hipertensão 1R1C, em ratos, ocorre taquicardia, a qual

foi acompanhada por aumento da FIMP. Nesse mesmo estudo experimentos

realizados em ratos normotensos mostraram que a infusão de ANGII foi capaz de

aumentar a FC, enquanto que após o duplo bloqueio farmacológico promoveu

aumento da FIMP nesses animais, dando suporte ao efeito cronotrópico positivo da

ANGII. Também foi demonstrado que esse aumento da FIMP induzido pela infusão

de ANGII não poderia ser dependente da ação desse hormônio em receptores β-

adrenérgicos, visto que a infusão de isoproterenol promoveu aumento da FC sem

alterar a FIMP. A taquicardia induzida pela ANGII também não foi dependente do

aumento da PA, uma vez que a infusão de noradrenalina promoveu aumento da PA

e, em paralelo, taquicardia; porém sem alteração na FIMP (MACHADO; KRIEGER;

SALGADO, 1987).

Por outro lado, tem sido dada ênfase ao papel da ANGII circulante sobre as

alterações que ocorrem na relação simpático/parassimpático, principalmente sobre o

coração. Existem fortes evidências de que a ANGII desempenha um papel

importante no sistema nervoso central, sendo capaz de modular direta, e

indiretamente, as atividades parassimpática (LUMBERS; MCCLOSKEY; POTTER, 1979;

LEE; ISMAY; LUMBERS, 1980) e, particularmente, simpática (FERRARIO; GILDENGERG;

MCCUBBIN, 1972; FABER; BRODY, 1983; FERRARIO, 1983; GUO; ABBOUD, 1984; HIROOKA;

POTTS; DAMPNEY, 1997; BEALER, 2002; GAO ET AL., 2005). Uma das possíveis

explicações para o aumento da atividade simpática sobre o coração, sobretudo

durante a fase de hiperatividade do SRA na hipertensão 1R1C, é a ação central da

ANGII circulante nos tecidos periventriculares da região AV3V, a qual é desprovida

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71

de barreira hemato-encefálica (JOHNSON ET AL., 1981; FABER; BRODY, 1983).

Receptores AT1 estão amplamente distribuídos no sistema nervoso central, desde o

córtex até o tronco encefálico (LENKEI ET AL., 1997, 1998). A região AV3V contém uma

alta densidade de receptores AT1, os quais medeiam as principais ações da ANGII

(ALLEN ET AL., 1998). No rato, a microinjeção de ANGII na região AV3V causa

aumento da PA (MANGIAPANE; SIMPSON, 1980), enquanto que lesões eletrolíticas

dessa região afetam o desenvolvimento da hipertensão arterial em vários modelos

experimentais (GOTO ET AL., 1982; SANDERS; KNARDAHL; JOHNSON, 1989), incluindo

aqueles que dependem, significativamente, do SRA para seu desenvolvimento, por

exemplo, o 2R1C (HAYWOOD ET AL., 1983) e o 1R1C (MENANI ET AL., 1988). Menani et

al. (1988) mostraram em ratos 1R1C que após a lesão da região AV3V o

desenvolvimento da hipertensão arterial ocorreu, porém, de forma mais atenuada.

Nesse mesmo estudo, a taquicardia anteriormente detectada durante a fase de

instalação da hipertensão 1R1C não foi observada após a lesão da região AV3V.

Isso indica que a integridade dessa região é importante para o aparecimento da

taquicardia na fase precoce da hipertensão 1R1C, quando é observada

hiperatividade do SRA (FERRARIO; CARRETERO, 1984; MENANI ET AL., 1988; SANTOS;

GREENE; KRIEGER, 1989; DE SIMONE ET AL., 1992). Além disso, observações realizadas

por Bealer (2002) foram consistentes com a hipótese de que a ANGII promove efeito

cronotrópico positivo associado ao aumento da FIMP, mediado pela ação sobre a

região AV3V, visto que após a lesão da mesma a infusão de ANGII não promoveu

aumento da FC e FIMP em ratos normotensos.

Está bem estabelecido na literatura que o tono simpático cardíaco e

vasomotor são mantidos, primordialmente, pela atividade de neurônios localizados

na região bulbar rostro ventro-lateral (RVLM) (GUYENET; HASELTON; SUN, 1989). Além

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disso, é possível produzir hipertensão arterial fulminante por meio de lesões do

núcleo do trato solitário (NTS) ou da região bulbar caudal ventro-lateral (CVLM).

Esse tipo de hipertensão tem sua origem por meio da desinibição de neurônios pré-

motores da RVLM, mostrando que essa é capaz de gerar aumento substancial da

atividade simpática e da PA (DOBA; REIS, 1974; BLESSING; REIS, 1982). Por outro lado, a

ANGII também pode promover simpato-excitação por meio de sua ação em núcleos

responsáveis pela modulação cardiovascular como a RVLM (HIROOKA; POTTS;

DAMPNEY, 1997; GAO ET AL., 2005; DAMPNEY ET AL., 2007). A exemplo da região AV3V, a

RVLM apresenta alta densidade de receptores AT1 (ALLEN ET AL., 1998), e é um dos

principais sítios onde a resposta à administração central de ANGII promove simpato-

excitação (DAMPNEY ET AL., 2007). Além disso, a RVLM é parte essencial da via

central barorreflexa (DAMPNEY; MOON, 1980; GRANATA ET AL., 1983). Nesse sentido,

Hirooka; Potts e Dampney (1997) já haviam demonstrado que a ANGII promove

simpato-excitação por meio de sua ação em receptores AT1 na RVLM de coelhos

normotensos. Gao et al. (2005) demonstraram que a infusão intra-cérebro-venticular

de ANGII, também em coelhos, promoveu simpato-excitação e prejuízo da função

barorreflexa, enquanto que a infusão de losartan, um antagonista seletivo para

receptores AT1, promoveu diminuição da atividade simpática e melhora do controle

barorreflexo. Além disso, a ação central da ANGII poderia ser mediada pela geração

de espécies reativas de oxigênio no RVLM de coelhos (GAO ET AL., 2005). Dessa

maneira, presume-se que a ação da ANGII sobre a atividade do sistema nervoso

simpático poderia contribuir com as alterações observadas no tono desse sistema,

nos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. Porém, na hipertensão

1R1C de 4 semanas no camundongo o tono simpático e o tono vagal continuaram

comprometidos em relação aos camundongos normotensos, mesmo com a atividade

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do SRA circulante em níveis normais. Isso indica que a ativação do SRA circulante

não exerce um papel relevante no desequilíbrio autonômico dos camundongos

hipertensos 1R1C de 4 semanas. Além disso, a ANGII circulante não atravessa a

barreira hemato-encefálica, o que impede sua ação direta em núcleos como a RVLM

e o NTS, protegidos por esta barreira (JOHNSON ET AL., 1981; FABER; BRODY, 1983).

Estudo realizado em ratos hipertensos 1R1C mostrou que a hipertensão

desenvolvida ao longo de 60 dias é caracterizada por taquicardia, aumento do tono

simpático e, mais tardiamente (30 dias), por redução do tono vagal (CABRAL;

VASQUEZ, 1991). Os resultados do presente estudo indicam que a hipertensão 1R1C

no camundongo tem, do ponto de vista autonômico, um padrão de

comprometimento, em parte, semelhante ao descrito em ratos. É importante

ressaltar que os camundongos hipertensos 1R1C apresentaram um

comprometimento autonômico associado à redução da sensibilidade do controle

barorreflexo cardíaco. Apesar de não ter sido utilizado um protocolo com o objetivo

de se elucidar as causas do comprometimento autonômico, dados da literatura

(MOYSES ET AL., 1994) aliados aos obtidos no presente estudo sugerem, fortemente,

que a atenuação da sensibilidade do controle barorreflexo cardíaco observada nos

camundongos hipertensos 1R1C pode ser justificada pelas alterações autonômicas

encontradas nesse modelo de hipertensão. Moyses et al. (1994) avaliaram, em ratos

hipertensos 1R1C, o papel dos componentes simpático e vagal sobre a redução da

sensibilidade barorreflexa. Estes autores sugeriram que a progressiva atenuação da

sensibilidade barorreflexa, durante o desenvolvimento da hipertensão 1R1C no rato,

pode ter sido mediada pela hiperatividade do componente simpático observada

desde o primeiro dia do clampeamento. Assim, após o bloqueio muscarínico com

metilatropina verificaram que a taquicardia reflexa evocada pela queda da PA

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decorrente da administração de nitroprussiato de sódio, e mediada pelo componente

simpático, estava diminuída. Verificaram, também, que mais tardiamente (30 dias) a

diminuição da atividade do componente vagal estava envolvida, ou seja, após o

bloqueio β-adrenérgico com atenolol, a bradicardia reflexa evocada pela elevação da

PA em decorrência da administração de fenilefrina, e mediada pelo componente

vagal, também estava diminuída.

Por outro lado, tanto o desequilíbrio autonômico, como também a taquicardia

registrada nos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas, podem ser

conseqüência da redução da sensibilidade do barorreflexo cardíaco (MOYSES ET AL.,

1994; POLSON ET AL., 2007). É importante ressaltar que esse tipo de alteração

barorreflexa é observado em diversos modelos de hipertensão experimental

(GORDON; MATSUGUCHI; MARK, 1981; SHAN; DAI; SU, 1999; HEAD; BURKE, 2001; XIE ET AL.,

2006), como também em humanos (GAO ET AL., 2002), e poderia contribuir, pelo

menos em parte, com a elevação e manutenção da hipertensão arterial. Essa

hipótese é bastante controvertida, uma vez que há estudos mostrando que o

barorreflexo, aparentemente, não exerce papel importante no controle a longo-prazo

da PA (KRIEGER, 1984, BROOKS; OSBORN, 1995; MALPAS, 2004). Primeiro, os

barorreceptores têm a capacidade de se adaptar às variações sustentadas de PA

(KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982); segundo, a desnervação sinoaórtica não

produz um aumento crônico da PA (KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982; CHAPLEAU;

HAJDUCZOK; ABBOUD, 1991), suportando a hipótese de que os barorreceptores não

participam, efetivamente, do controle a longo-prazo da PA. Vários trabalhos têm

mostrado que alterações do controle cardiovascular barorreflexo podem ser

decorrentes da ação central da ANGII (JONES; FLORAS, 1980; BROOKS; ELL; WRIGHT,

1993; WONG; CHOU; REID, 1993; GAO ET AL., 2005; POLSON ET AL., 2007). Admite-se,

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ainda, que esse hormônio pode atenuar, centralmente, o reflexo barorreceptor,

principalmente por meio da sua ação sobre o NTS, agindo tanto no componente

vagal, como no componente simpático (POLSON ET AL., 2007). O NTS também está

intimamente relacionado com a regulação da PA por meio de projeções para núcleos

relacionados ao controle autonômico cardiovascular como o núcleo ambíguo (NA),

responsável pelo componente vagal do barorreflexo e o CVLM, que envia projeções

inibitórias para o RVLM, o qual excita tonicamente neurônios pré-simpáticos na

coluna intermédio-lateral da medula (SAPRU 1991). Vários trabalhos mostraram que o

componente barorreflexo da FC é atenuado pela ANGII exógena microinjetada no

NTS (CASTO; PHILLIPS, 1986; MICHELINI; BONAGAMBA, 1990; LUOH; CHAN, 1998; PATON ET

AL., 2001; POLSON ET AL., 2007). Estudo recente de Polson et al. (2007) revelou que a

atenuação barorreflexa mediada pela ANGII ocorre devido à simpatoinibição do

componente barorreflexo do NTS e que a atividade do sistema nervoso simpático é

heterogênea, possuindo controle específico dos órgãos efetores. Assim, esses

resultados mostram que a regulação barorreflexa das diversas eferências simpáticas

poderia ser modificada, desigualmente, pela ANGII no NTS. A atenuação

barorreflexa dada pela ANGII, em alguns casos, como por exemplo, para o coração,

seria importante para a manutenção de um débito cardíaco maior. Porém, altos

níveis de ANGII no NTS e as subseqüentes alterações na sensibilidade do

barorreflexo podem ser fatores ontogênicos ou de progressão de doenças

cardiovasculares como a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca. Entretanto,

mais estudos se fazem necessários para o entendimento da seletividade de ativação

do sistema nervoso simpático. Vale ressaltar que Peotta et al. (2007) demonstraram

que camundongos hipertensos 2R1C de 4 semanas, modelo experimental que

apresenta hiperatividade do SRA, apresentaram diminuição da resposta taquicárdica

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à queda da PA pela administração de nitroprussiato de sódio, combinado com o

aumento do tono simpático. Porém, apesar desses animais apresentarem

taquicardia, a FIMP não foi alterada.

Vale ressaltar que, mesmo após 4 semanas de hipertensão 1R1C, os

camundongos apresentaram diminuição da sensibilidade barorreflexa também

associada ao comprometimento autonômico. Todavia, nessa fase de

desenvolvimento da hipertensão a atividade do SRA se encontra em níveis normais

(PRA e ANGII renal). Logo, presume-se que a redução da sensibilidade barorreflexa

observada 4 semanas após o clampeamento da artéria renal poderia ser justificada

por alterações mais complexas, tanto centrais como periféricas, que ainda estariam

influenciando o equilíbrio da relação simpato-vagal, responsável pela regulação da

FC. Nos últimos anos, tem sido obtidas evidências sugerindo que o clássico conceito

sobre o SRA circulante requer revisão (GANTEN ET AL., 1971; FERGUSON ET AL., 2001).

Inúmeros estudos têm indicado a existência de sistemas locais geradores de ANGII,

os quais operam, inteiramente ou em parte, independentemente do SRA circulante

(GANTEN ET AL., 1971; CAMPBELL, 1987; FERGUSON; WASHBURN; LATCHFORD, 2001;

VARAGIC; FROHLICH, 2002). O conceito de sistema SRA local surgiu por meio de

estudos que mostraram que os inibidores da enzima conversora de angiotensina

(ECA) promoviam efeitos anti-hipertensivos em pacientes com hipertensão

essencial, que apresentavam níveis normais ou baixos de ARP (WAEBER ET AL.,

1982). Nesses sistemas locais, como no coração (VARAGIC; FROHLICH, 2002), rins

(CELIO; INAGAMI, 1981; MENDELSOHN, 1982), parede dos vasos (SWALES, 1979; GANTEN

ET AL., 1983b; SWALES ET AL., 1983), adrenais (AGUILERA ET AL., 1981; GANTEN ET AL.,

1983b), testículos (PANDEY; MISONO; INAGAMI, 1984) e encéfalo (OKAMURA; CLEMENS;

INAGAMI, 1981; INAGAMI, 1982; GANTEN ET AL., 1983a, 1983b; CAMPBELL, 1987) foram

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detectados todos os componentes do SRA. Particularmente no encéfalo, estudos

sugerem que a ANGII é produzida, primariamente, por meio de angiotensinogênio

sintetizado dentro dos neurônios (LIND; SWANSON; GANTEN, 1985). Nesse contexto, a

formação local de ANGII em núcleos específicos do sistema nervoso central,

protegidos pela barreira hemato-encefálica e relacionados com a regulação da PA,

tais como o núcleo paraventricular (PVN), CVLM, RVLM, NTS e NA, poderia

contribuir para o desequilíbrio da atividade autonômica e, consequentemente, da

sensibilidade do barorreflexo (LENKEI ET AL., 1997; HIROOKA; POTTS; DAMPNEY, 1997;

TAGAWA; DAMPNEY, 1999; SAKAI; SIGMUND, 2005; ZHOU ET AL., 2006; POLSON ET AL., 2007).

Este conceito poderia ser aplicado no presente estudo nos camundongos

hipertensos 1R1C de 4 semanas, os quais apresentaram níveis circulantes de

atividade do SRA normais, porém, experimentos adicionais se fazem necessários

para sustentar essa hipótese.

Ainda no presente estudo, outro fenômeno interessante encontrado nos

camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas foi o aumento da variabilidade

da PAS e a nítida redução da variabilidade da FC no domínio do tempo. Sabe-se

que a variabilidade espontânea de parâmetros cardiovasculares, tais como FC e PA,

reflete uma interação de diversos fatores, os quais, em sua maioria, envolvem a

influência do sistema nervoso autônomo sobre o sistema cardiovascular (AKSELROD

ET AL., 1981; PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL., 1991; MONTANO ET AL., 1994). No

presente estudo, observou-se que o aumento da variabilidade da PAS é

acompanhado por diminuição da variabilidade da FC devido, provavelmente, à

atenuação da sensibilidade barorreflexa. Existe uma forte correlação entre a

variabilidade da PA e/ou FC e a modulação autonômica sobre o sistema

cardiovascular (PAGANI ET AL., 1986; PARATI ET AL., 1987; CERUTTI ET AL., 1991; MONTANO

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ET AL., 1994). Dessa maneira, flutuações na PA induzem, reflexamente, flutuações na

FC (barorreflexo) (PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL., 1991). Portanto, o

comprometimento do barorreflexo observado nos camundongos hipertensos 1R1C

de 1 e 4 semanas, justifica o porquê das oscilações da PA não serem

acompanhadas por oscilações na FC.

Os camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentaram

corações mais pesados que seus respectivos camundongos normotensos, indicando

o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca. Essa hipótese foi confirmada por meio da

abordagem histológica, a qual mostrou aumento do menor diâmetro dos miócitos e

espessamento da parede do ventrículo esquerdo e septo interventricular, nos

corações dos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. Estudos

experimentais e clínicos mostram que a hipertensão arterial está associada ao

desenvolvimento de hipertrofia do ventrículo esquerdo (SARAGOÇA; TARAZI, 1981;

GREENWOOD ET AL., 2001; SCHLAICH ET AL., 2003; BURNS ET AL., 2007; PEOTTA ET AL.,

2007), e tem sido correlacionada ao aumento da mortalidade devido a diversas

causas, como acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência

renal e infarto do miocárdio (LEVY ET AL., 1990; KANNEL, 1992; SU; MIAO, 2001, 2005). A

hipertrofia concêntrica é um achado usual tanto na clínica (TOMIYAMA ET AL., 2007;

MILAN ET AL., 2007; GRANDI ET AL., 2008; DE SIMONE ET AL., 2008) como em modelos de

hipertensão (TAKENAKA ET AL., 2006; PEOTTA ET AL., 2007; SHINZATO ET AL., 2007). Do

ponto de vista experimental, a hipertrofia cardíaca concêntrica ainda não havia sido

descrita para o camundongo com hipertensão 1R1C. O desenvolvimento de

hipertrofia do ventrículo esquerdo é atribuído a diversos fatores como alterações

hemodinâmicas, humorais e ativação do sistema nervoso simpático (SARAGOÇA;

TARAZI, 1981; DE SIMONE ET AL., 1992; GIBBONS, 1998; GREENWOOD ET AL., 2001;

SCHLAICH ET AL., 2003; BURNS ET AL., 2007). Sabe-se que a manutenção dos níveis

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elevados de PA requer respostas adaptativas, como por exemplo, alterações na

árvore arterial e também aumento na geração de força cardíaca (DE SIMONE ET AL.,

1992). No presente estudo observa-se que o ventrículo esquerdo dos camundongos

hipertensos 1R1C apresentou essa capacidade de adaptação, evidenciada pelo

aumento do menor diâmetro dos miócitos cardíacos e da espessura da parede do

ventrículo esquerdo e septo. Segundo De Simone et al. (1992) a hipertrofia

observada na hipertensão 1R1C em ratos ocorre devido à necessidade de

compensar o aumento da pós-carga (aumento da PA), sendo que uma hipertrofia

cardíaca compensatória permitiria um balanço entre a pós-carga do miocárdio e a

função sistólica do ventrículo esquerdo, sem necessidade de um mecanismo

compensatório adicional. Por outro lado, a contribuição de estímulos não-

hemodinâmicos para o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca como o aumento da

atividade simpática para o coração e ação local da ANGII também são bastante

discutidos na literatura (GREENWOOD ET AL., 2001; SCHLAICH ET AL., 2003; TAKENAKA ET

AL., 2006; BURNS ET AL., 2007). Estudos clínicos revelam que tanto a ativação central

como a periférica do sistema nervoso simpático está relacionada com o aumento de

noradrenalina no tecido cardíaco e ao desenvolvimento de hipertrofia cardíaca

(GREENWOOD ET AL., 2001; SCHLAICH ET AL., 2003; BURNS ET AL., 2007); porém, estudos

mais detalhados devem ser realizados para determinar a relação causa-efeito entre

essas variáveis. No âmbito experimental Vlachakis et al. (1984) demonstraram que

ocorre uma redução na densidade de receptores β-adrenérgicos em corações de

ratos hipertensos 1R1C de 4 semanas, sendo estas alterações atribuídas à

exposição crônica desses receptores ao excesso de catecolaminas. Já a ANGII,

além de promover elevação da PA, exerce efeitos mitogênicos e de crescimento nos

miócitos cardíacos e em elementos não-miocíticos (fibroblastos); efeitos que

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contribuem para o desenvolvimento e progressão da doença cardíaca hipertensiva

(VARAGIC; FROHLICH, 2002). Dessa maneira, a ativação do SRA circulante na fase

precoce (1 semana) da hipertensão 1R1C e, talvez, até mesmo a ativação do SRA

cardíaco neste tipo de hipertensão em camundongos, poderia ser um fator adjuvante

no desenvolvimento de hipertrofia cardíaca e fibrose intersticial observados no

presente estudo. Além disso, está bem descrito na literatura a interação entre SRA e

ativação simpática, o que poderia, conjuntamente, contribuir para o desenvolvimento

de hipertrofia e fibrose cardíaca nos camundongos hipertensos 1R1C.

Por outro lado, está descrito na literatura que a diminuição da variabilidade da

FC é um preditor independente do aumento de risco cardiovascular (KLEIGER ET AL.,

1992; LANZA ET AL., 1998; WATANABE ET AL., 2007). Além disso, o aumento da

variabilidade da PA, isolada ou associada ao aumento dos níveis de PA, possui boa

correlação com o desenvolvimento de lesão em órgão alvo, aumentando o risco

cardiovascular (PARATI ET AL., 1987; SHAN; DAI; SU, 1999; SU; MIAO, 2001, 2005; XIE ET AL.,

2006). Estudos realizados em ratos SHR correlacionaram, positivamente, o

desenvolvimento de lesão em órgão alvo com o aumento da variabilidade da PA.

Porém, a correlação entre lesão em órgão alvo e o aumento da variabilidade da PA

foi realizado em função de um componente hipertensivo presente nos SHR (SU;

MIAO, 2001). Apesar da contribuição do aumento da variabilidade da PA para a

morbidade e mortalidade estar bem estabelecido, o mecanismo pelo qual o aumento

da variabilidade da PA causa lesão em órgão alvo na ausência de hipertensão ainda

não foi elucidado. Nesse sentido, Su e Miao (2001) descreveram, em elegante

revisão, que o desenvolvimento de lesão em órgão alvo nem sempre está associado

à elevação da PA, dando como exemplo animais sinoaórtico desnervados. Esses

autores demonstraram que ratos com desnervação sinoaórtica apresentavam

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aumento da variabilidade da PAS, enquanto a PA de 24 horas se apresentava

dentro de uma faixa normal. Nesse estudo a hipertrofia cardiovascular se

correlacionou, positivamente, com o aumento da variabilidade da PA. Além disso, os

animais com desnervação sinoaórtica apresentavam, cronicamente, sinais evidentes

de lesão em órgão alvo, tais como, dilatação de cardiomiócitos, cicatrizes fibróticas

localizadas, fibrose intersticial no miocárdio, espessamento da parede de arteríolas

coronárias intramiocárdicas e aumento de colágeno perivascular. Também foram

descritas lesões renais como aumento da matriz mesangial associado com

proliferação leucocitária e espessamento da cápsula de Bowman, além de fibrose

intersticial, hialinização glomerular e diminuição do lúmen e espessamento da

parede de vasos renais. Há evidências sugerindo que os mecanismos que

contribuem para o desenvolvimento de lesão em órgão alvo devido ao aumento da

variabilidade da PA em ratos com desnervação sinoaórtica incluem: lesão endotelial

arterial (MIAO ET AL., 2001; SU; MIAO, 2001), aumento dos níveis de ANGII (MIAO ET AL.,

2001), resposta inflamatória tecidual (ZHANG ET AL., 2003) e apoptose de

cardiomiócitos (TAO ET AL., 2004). Além disso, publicação recente em ratos SHR

mostrou que o desenvolvimento de hipertrofia da parede da aorta e de

glomeruloesclerose possui alta correlação com a redução da sensibilidade do

barorreflexo e aumento da variabilidade da PAS (XIE ET AL., 2006).

Martinka et al. (2005) propuseram a hipótese, por meio de estudo em

camundongos com desnervação sinoaórtica, de que os mecanismos envolvidos no

desenvolvimento de lesão em órgão alvo (como por exemplo, a hipertrofia cardíaca)

por meio do aumento da variabilidade da PA, sem elevação desta última, seriam os

mesmos relacionados com o aparecimento de lesão em órgão alvo na hipertensão

arterial. O embasamento para essa hipótese seria que durante o aumento da

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variabilidade da PA ocorrem muitos episódios onde a mesma oscila acima da PAM,

e episódios onde a mesma oscila abaixo da PAM; as elevações e quedas da PA,

portanto, não resultariam em alteração da PAM. Dessa maneira, mais do que uma

proteção ao coração, os episódios de quedas da PA poderiam ser prejudiciais

devido à hipoperfusão coronariana (PETRETTA ET AL., 1994; SHORTT ET AL., 1997). Os

resultados de Martinka et al. (2005) mostraram que o aumento da variabilidade da PA

causa hipertrofia cardíaca e prejuízo da função miocárdica verificada por meio da

diminuição da dP/dt máxima e aumento da pressão diastólica final do ventrículo

esquerdo. Além disso, a exacerbação dos episódios de elevação da PA poderia

ativar vias mecanossensitivas e autócrinas que levariam à hipertrofia cardíaca e

disfunção miocárdica. Nesse sentido, Martinka et al. mostraram que camundongos

com aumento da variabilidade da PA possuem vias mecanossensitivas ativadas, as

quais foram demonstradas pela indução de uma quinase protéica ativada por mitose

(MAPK), a p38 e por uma quinase de adesão focal (FAK), a p125; ambas quinases

são preditivas de crescimento celular, como por exemplo, hipertrofia cardíaca. O fato

a ser considerado é que sinais mecânicos, como o aumento da variabilidade da PA,

parecem capazes de ser transmitidos aos miócitos e induzir hipertrofia cardíaca.

Apesar das vias envolvidas nesse processo não estarem, ainda, bem estabelecidas,

a visão atual é de que integrinas (p38, p125), localizadas na matriz extracelular, são

capazes de perceber o sinal mecânico e promover a ativação da cascata de

sinalização mecanossensitiva. Além disso, o TGF-β, o qual é considerado um dos

mais importantes fatores de crescimento capazes de promover hipertrofia cardíaca

em resposta à sobrecarga de pressão, também está aumentado nos camundongos

com desnervação sinoaórtica (MARTINKA ET AL., 2005). O TGF-β tem sua secreção

aumentada pela ANGII (FISHER; ABSHER, 1995) e os dados de Martinka et al. (2005)

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dão suporte à hipótese de que o aumento da variabilidade da PA ativa o SRA

cardíaco, evidenciado pelo aumento em 3 vezes da imunorreatividade para a renina,

a qual, por sua vez, seria responsável pelo aumento da secreção de renina no tecido

cardíaco de camundongos com desnervação sinoaórtica. Assim, apesar do objetivo

do presente estudo não envolver a elucidação de mecanismos responsáveis pelo

desenvolvimento de hipertrofia e fibrose cardíaca, é possível que as lesões em

órgão alvo, encontradas nos camundongos hipertensos 1R1C, possam ser

decorrentes de causas multifatoriais; ou seja, não somente devido ao aumento da

PA, mas, também, devido à ativação simpática, aumento da variabilidade da PAS e

redução da sensibilidade do barorreflexo; fenômenos observados nos hipertensos

1R1C de 1 e 4 semanas.

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SUMARIO 1. Os camundongos apresentaram aumento da PA desde a primeira semana

após o clampeamento, o qual foi progressivo e alcançou um platô entre a terceira e

a quarta semana;

2. O aumento da PA na primeira semana de hipertensão 1R1C estava

associado a uma acentuada taquicardia, enquanto que após 4 semanas de

hipertensão 1R1C a taquicardia observada foi de menor magnitude;

3. A taquicardia observada 1 semana após o clampeamento estava associada

ao aumento da FIMP e hiperatividade do SRA;

4. Do ponto de vista autonômico, o tono simpático estava aumentado e o tono

vagal reduzido em ambos períodos da hipertensão 1R1C;

5. Verificou-se também que o controle barorreflexo da FC estava atenuado nos

camundongos hipertensos 1R1C;

6. A variabilidade da FC estava diminuída e da PAS aumentada durante o

desenvolvimento da hipertensão 1R1C;

7. Os camundongos hipertensos 1R1C apresentaram lesão em órgão alvo,

como por exemplo, hipertrofia cardíaca e fibrose intersticial miocárdica.

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CONCLUSAO

Baseado nos resultados discutidos anteriormente foi possível concluir que o

desenvolvimento da hipertensão 1R1C em camundongos é caracterizado por

aumento rápido e progressivo da PA, o qual é acompanhado por taquicardia. Além

disso, a fase precoce de instalação da hipertensão 1R1C está associada à

hiperatividade do SRA e aumento da FIMP, o que poderia contribuir para a

taquicardia exacerbada observada na primeira semana de hipertensão arterial.

Também foi possível verificar que nesse tipo de hipertensão arterial prevalece o

comprometimento do componente autonômico caracterizado por aumento do tono

simpático, redução do tono vagal para o coração e diminuição da sensibilidade

barorreflexa. Além disso, a variabilidade da PA estava aumentada e as oscilações

normalmente verificadas na FC estavam significativamente reduzidas,

provavelmente devido à atenuação da sensibilidade do barorreflexo. Finalizando, as

alterações hemodinâmicas e neuro-humorais observadas durante o desenvolvimento

da hipertensão 1R1C em camundongos foram acompanhadas por alterações na

morfologia cardíaca, como por exemplo, hipertrofia cardíaca concêntrica e fibrose

intersticial miocárdica. Cada componente desse conjunto de alterações, por sua vez,

é considerado fator de risco independente para o aumento da morbidade

cardiovascular e mortalidade na hipertensão arterial.

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107

APENDICE Tabela 1: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de camundongos controle normotensos de 1 semana.

PAS PAM PAD FC N1 129 107 92 532 N2 105 94 85 607 N3 120 104 90 535 N4 114 103 92 452 N6 140 120 104 550 N7 121 108 96 599 N9 119 108 99 597 N10 100 88 77 497 N11 127 115 103 560 N12 123 110 98 499 N13 121 103 84 564 N14 127 112 100 570 N18 132 119 108 582

Média 121 107 94 550 EPM 3 3 2 13

Tabela 2: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

PAS PAM PAD FC H1 170 151 133 731 H2 170 146 123 709 H3 187 153 128 671 H4 185 153 129 688 H5 162 146 132 643 H6 191 163 142 692 H7 186 157 138 636 H8 158 142 127 748 H9 186 160 138 617 H10 179 160 144 648 H11 172 156 141 613 H12 151 135 118 640 H13 183 157 137 747 H14 182 159 139 712 H15 176 157 140 770 H16 154 140 128 719 H17 203 165 141 676 H18 146 133 122 733

Média 175 152 133 689 EPM 4 2 2 11

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Tabela 3: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de camundongos controle normotensos de 4 semanas.

PAS PAM PAD FC N1 135 118 102 590 N2 149 127 108 589 N3 102 87 70 561 N4 125 97 110 629 N5 122 108 94 613 N6 144 124 108 527 N7 135 118 102 586 N8 134 122 111 488 N9 140 127 114 615 N10 127 113 102 447 N11 131 115 101 523 N12 119 100 82 600 N13 122 108 94 504 N14 146 126 110 461 N15 113 101 91 577 N16 122 101 84 617 N17 141 118 100 422 N18 110 97 83 590 N19 117 101 87 537 N20 129 116 102 518 N21 159 133 112 524 N22 146 124 104 520

Média 130 113 99 547 EPM 3 3 2 13

Tabela 4: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

PAS PAM PAD FC

H1 181 147 119 650 H2 186 165 146 637 H3 180 161 142 718 H4 171 157 144 639 H5 154 142 130 635 H6 190 167 146 577 H8 218 204 189 625 H9 210 185 166 595 H10 198 170 148 625 H11 202 173 152 656 H12 225 178 145 626 H13 174 153 135 736 H14 182 159 139 638 H15 208 188 170 715 H16 203 177 157 646 H17 188 156 134 558 H18 178 154 132 654

Média 191 167 147 643 EPM 4 4 4 11

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Tabela 5: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de propranolol de camundongos controle normotensos de 1 semana. O tono simpático está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração do propranolol.

FC Basal FC Propranolol Δ FC

N2 607 455 -152 N4 452 429 -23 N6 550 477 -73 N7 599 483 -116 N9 597 411 -186 N10 497 368 -129 N18 582 475 -107

Média 555 443 -112 EPM 22 16 20

Tabela 6: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de propranolol de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana. O tono simpático está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração do propranolol.

FC Basal FC Propranolol Δ FC

H3 671 501 -170 H5 643 489 -154 H7 636 479 -157 H10 648 517 -131 H13 747 551 -196 H15 770 512 -258 H16 719 582 -137 H17 676 516 -160 H18 733 491 -242

Média 694 515 -178 EPM 17 11 15

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Tabela 7: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de propranolol de camundongos controle normotensos de 4 semanas. O tono simpático está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração do propranolol.

FC Basal FC Propranolol Δ FC

N2 589 479 -110 N3 561 403 -158 N4 629 498 -131 N5 613 527 -86 N8 488 352 -136 N9 615 455 -160 N11 523 444 -79 N14 461 372 -89 N15 577 417 -160 N16 617 505 -112 N18 590 446 -144

Média 569 445 -124 EPM 17 17 9

Tabela 8: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de propranolol de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas. O tono simpático está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração do propranolol.

FC Basal FC Propranolol Δ FC

H1 650 487 -163 H3 718 512 -206 H4 639 476 -163 H5 635 441 -194 H6 577 460 -117 H9 595 423 -172 H10 625 443 -182 H11 656 466 -190 H16 646 477 -169

Média 638 465 -173 EPM 13 9 9

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Tabela 9: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de metil-atropina de camundongos controle normotensos de 1 semana. O tono vagal está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de metil-atropina.

FC Basal FC Metil-Atropina Δ FC

N1 532 655 123 N3 535 573 38 N11 560 623 63 N12 499 656 157 N13 564 667 103 N14 570 607 37

Média 543 630 87 EPM 11 15 20

Tabela 10: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de metil-atropina de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana. O tono vagal está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de metil-atropina.

FC Basal FC Metil-Atropina Δ FC

H1 731 687 0 H2 709 719 10 H4 688 714 26 H6 692 666 0 H8 748 742 0 H9 617 600 0 H11 613 737 124 H12 640 698 58 H14 712 692 0

Média 683 695 24 EPM 16 14 14

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Tabela 11: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de metil-atropina de camundongos controle normotensos de 4 semanas. O tono vagal está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de metil-atropina.

FC Basal FC Metil-Atropina Δ FC

N1 590 705 115 N6 527 549 22 N7 586 705 119 N10 447 562 115 N12 600 678 78 N13 504 657 153 N17 422 558 136 N19 537 559 22 N20 518 586 68 N21 524 630 106 N22 520 550 30

Média 525 613 88 EPM 17 19 14

Tabela 12: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração de metil-atropina de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas. O tono vagal está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de metil-atropina.

FC Basal FC Metil-Atropina Δ FC

H2 637 649 12 H8 625 633 8 H12 626 642 16 H13 736 700 0 H14 638 664 26 H15 715 735 20 H17 558 631 73 H18 654 715 61

Média 649 671 27 EPM 20 14 9

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Tabela 13: Valores individuais da freqüência cardíaca intrínseca registrada após o

duplo bloqueio farmacológico com propranolol e metil-atropina em camundongos

controle normotensos e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.

1 SEMANA 4 SEMANAS

CN 1R1C CN 1R1C

1 475 500 551 459 2 444 570 473 466 3 504 470 388 487 4 480 588 480 483 5 - 497 546 472 6 469 490 486 448 7 465 467 531 - 8 - 549 380 521 9 397 496 450 404

10 341 517 423 438 11 506 532 497 469 12 489 610 544 480 13 480 503 486 523 14 399 493 361 542 15 - 551 492 550 16 - 586 511 455 17 - 493 420 503 18 453 469 499 544 19 - - 350 - 20 - - 497 - 21 - - 524 - 22 - - 433 -

Média 445 518 469 490 EPM 17 10 13 12

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114

Tabela 14: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas

da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e 1 semana após a cirurgia controle

(Grupo controle normotenso de 1 semana).

Semana 0 Semana 1

Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 MédiaN1 28 109 98 - 104 26 107 90 - 99 N2 31 105 119 - 112 27 97 116 - 107 N3 28 101 116 - 109 32 106 121 107 111 N4 27 96 94 - 95 31 113 107 - 110 N6 27 106 100 - 103 29 95 97 - 96 N7 39 98 95 - 97 35 117 112 - 115 N9 31 110 113 - 112 25 115 100 - 108

N10 30 98 100 - 99 31 103 90 - 97 N11 29 100 97 - 99 28 121 107 109 112 N12 28 89 92 - 91 29 112 98 - 105 N13 27 95 99 - 97 27 106 111 - 109 N14 27 100 103 - 102 27 104 103 - 104 N18 28 111 109 - 110 33 86 90 - 88

MÉDIA 29 102 29 104 EPM 0.9 1.9 0.8 2.1

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115

Tabela 15: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas

da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e 1 semana após a cirurgia 1R1C

(Grupo hipertenso 1R1C de 1 semana).

Semana 0 Semana 1

Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 MédiaH1 30 84 87 - 86 33 156 148 - 152 H2 27 85 84 - 85 30 122 129 - 126 H3 29 100 99 - 100 35 115 134 132 127 H4 27 81 85 - 83 31 134 129 - 132 H5 29 113 98 - 106 30 138 151 - 145 H6 28 108 97 - 103 29 150 150 - 150 H7 29 118 95 - 107 27 120 125 - 123 H8 28 97 93 - 95 25 127 141 124 131 H9 27 68 78 - 73 27 113 119 - 116

H10 28 91 96 - 94 27 140 174 - 157 H11 28 101 103 - 102 29 143 150 - 147 H12 27 114 103 - 109 29 164 182 154 167 H13 28 98 98 - 98 32 110 124 - 117 H14 26 117 129 - 123 32 107 109 - 108 H15 26 97 99 - 98 28 103 117 - 110 H16 27 91 107 - 99 28 151 159 - 155 H17 25 106 100 - 103 29 225 211 - 218 H18 28 99 120 101 107 29 117 117 - 117

MÉDIA 28 98 29 139 EPM 0.3 2.7 0.6 6.3

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116

Tabela 16: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas

da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e semanalmente (Semana 1, 2, 3 e 4)

após a cirurgia controle (Grupo controle normotenso de 4 semanas) (tabela continua

na próxima página).

Semana 0 Semana 1 Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média

N1 30 105 124 - 115 29 123 117 - 120 N2 28 104 93 - 99 29 117 121 - 119 N3 31 106 107 - 107 33 111 113 - 112 N4 35 120 118 - 119 34 115 120 - 118 N5 35 108 114 - 111 36 116 109 - 113 N6 36 109 109 - 109 37 115 125 120 120 N7 36 120 121 - 121 34 120 122 - 121 N8 29 112 111 - 112 33 116 118 - 117 N9 25 109 124 121 118 30 118 119 - 119

N10 36 117 118 - 118 33 121 121 - 121 N11 27 98 112 - 105 31 106 109 - 108 N12 34 110 106 - 108 36 110 112 - 111 N13 27 118 104 - 111 28 100 104 - 102 N14 31 112 113 - 113 32 135 137 - 136 N15 30 102 99 - 101 28 106 105 - 106 N16 30 116 114 - 115 34 116 114 - 115 N17 30 104 107 - 106 29 132 126 - 129 N18 34 115 101 - 108 32 109 107 - 108 N19 28 117 95 - 106 26 108 105 - 107 N20 31 117 119 - 118 31 111 121 115 116 N21 35 99 97 - 98 34 99 102 - 101 N22 31 103 90 - 97 33 121 119 - 120

MÉDIA 31 110 32 115 EPM 0.7 1.5 0.6 1.8

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117

Semana 2 Semana 3 Semana 4 Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média

N1 36 124 119 - 122 38 120 98 125 114 39 123 126 - 125 N2 31 109 112 - 111 32 105 111 - 108 32 98 102 - 100 N3 34 120 122 - 121 35 120 117 - 119 37 123 123 - 123 N4 36 131 109 120 120 35 123 120 - 122 38 131 100 111 114 N5 37 108 102 - 105 39 131 108 111 117 41 120 118 - 119 N6 37 123 134 126 128 39 128 123 - 126 42 122 121 - 122 N7 35 118 121 - 120 38 115 111 - 113 39 118 113 - 116 N8 35 113 111 - 112 35 122 103 - 113 39 121 111 - 116 N9 33 125 122 - 124 37 111 110 - 111 40 115 119 - 117 N10 33 101 99 - 100 36 121 119 - 120 40 124 127 - 126 N11 34 113 128 111 117 37 102 106 - 104 39 109 115 - 112 N12 38 114 103 - 109 40 109 113 - 111 41 111 119 - 115 N13 30 97 93 - 95 29 96 118 92 102 33 117 118 - 118 N14 33 108 106 - 107 36 111 109 - 110 37 107 121 121 116 N15 31 102 100 - 101 36 88 90 - 89 36 100 108 - 104 N16 38 109 127 113 116 39 109 108 - 109 41 127 117 - 122 N17 30 124 144 133 134 29 115 125 124 121 32 121 142 125 129 N18 36 109 106 - 108 37 110 121 124 118 39 119 123 - 121 N19 30 121 113 103 112 33 104 102 - 103 35 111 109 - 110 N20 38 111 107 - 109 39 103 96 - 100 38 100 98 - 99 N21 33 101 107 - 104 27 114 94 - 104 30 99 109 - 104 N22 33 111 115 - 113 35 100 122 104 109 35 130 126 114 123

MÉDIA 34 113 36 111 37 116 EPM 0.6 2.0 0.8 1.8 0.7 1.8

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118

Tabela 17: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas

da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e semanalmente (Semana 1, 2, 3 e 4)

após a cirurgia 1R1C (Grupo hipertenso 1R1C de 4 semanas) (tabela continua na

próxima página).

Semana 0 Semana 1 Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média

H1 26 106 109 - 108 32 137 137 - 137 H2 26 93 97 - 95 28 133 127 - 130 H3 34 98 103 - 101 32 146 158 - 152 H4 28 121 120 - 121 27 127 120 - 124 H5 29 111 118 - 115 27 124 137 122 128 H6 27 116 122 - 119 34 154 168 - 161 H8 30 117 121 - 119 33 153 154 - 154 H9 27 101 - - 101 27 132 140 - 136

H10 29 125 124 - 125 29 136 135 - 136 H11 34 143 158 136 146 39 173 187 - 180 H12 28 131 103 - 117 29 124 124 - 124 H13 32 107 104 - 106 33 123 123 - 123 H14 33 106 104 - 105 29 127 120 - 124 H15 34 111 100 - 106 32 123 127 - 125 H16 28 120 117 - 119 27 139 133 - 136 H17 27 115 111 - 113 29 129 142 130 134 H18 30 131 101 103 112 30 133 122 - 128

MÉDIA 30 113 30 137 EPM 0.7 2.8 0.8 3.9

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119

Semana 2 Semana 3 Semana 4 Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média

H1 35 131 136 - 134 35 151 153 - 152 36 162 155 159 159 H2 30 138 141 - 140 36 142 148 - 145 38 145 147 - 146 H3 30 140 121 147 136 35 129 138 140 136 36 133 149 141 141 H4 36 165 167 - 166 30 150 151 - 151 32 154 158 - 156 H5 34 143 151 - 147 34 171 170 - 171 32 171 171 - 171 H6 28 144 143 - 144 27 173 173 - 173 30 179 180 - 180 H8 34 162 143 - 153 34 162 150 139 150 27 181 169 172 174 H9 43 117 120 - 119 45 160 163 - 162 46 184 148 137 156

H10 35 140 111 145 132 37 116 135 124 125 37 163 174 - 169 H11 34 147 148 - 148 33 181 169 179 176 34 153 149 139 147 H12 31 154 161 - 158 33 163 159 - 161 32 161 162 - 162 H13 33 137 132 - 135 37 152 157 - 155 38 151 173 159 161 H14 22 133 133 - 133 25 145 148 - 147 27 153 163 - 158 H15 34 130 120 125 125 34 132 135 - 134 34 160 163 - 162 H16 28 140 141 - 141 30 149 153 - 151 32 163 168 - 166 H17 31 136 137 - 137 32 155 161 - 158 33 170 175 - 173 H18 32 135 135 - 135 34 150 139 151 147 36 165 168 - 167

MÉDIA 32 140 34 152 34 161 EPM 1.1 2.8 1.1 3.3 1.1 2.5

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120

Tabela 18: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia controle (peso

inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de

peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos

controle normotensos de 1 semana.

Peso Inicial

Peso Exp

Peso Cardíaco IPC

Peso Renal IPR

N1 30 29 130 4,48 330 11,38 N2 31 29 110 3,79 270 9,31 N3 27 27 120 4,44 230 8,52 N4 31 30 130 4,33 320 10,67 N6 30 30 140 4,67 300 10,00 N7 30 32 130 4,06 290 9,06 N9 31 30 120 4,00 270 9,00 N10 27 27 80 2,96 240 8,89 N11 28 29 100 3,45 200 6,90 N12 32 30 120 4,00 270 9,00 N13 30 31 140 4,52 370 11,94 N14 30 31 140 4,52 220 7,10 N18 32 34 140 4,12 300 8,82

Média 29,9 29,9 123,1 4,10 277,7 9,28 EPM 0,5 0,5 5,0 0,13 13,3 0,40

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121

Tabela 19: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia 1R1C (peso

inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de

peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos

hipertensos 1R1C de 1 semana.

Peso Inicial

Peso Exp

Peso Cardíaco IPC

Peso Renal IPR

H1 31 30 170 5,67 300 10,00 H2 31 30 180 6,00 310 10,33 H3 33 32 180 5,63 380 11,88 H4 32 28 130 4,64 210 7,50 H5 33 26 150 5,77 300 11,54 H6 32 30 160 5,33 250 8,33 H7 32 31 130 4,19 240 7,74 H8 32 34 190 5,59 350 10,29 H9 32 35 180 5,14 400 11,43 H10 30 27 170 6,30 230 8,52 H11 32 35 160 4,57 390 11,14 H12 30 30 170 5,67 300 10,00 H13 31 33 180 5,45 360 10,91 H14 33 29 150 5,17 280 9,66 H15 32 31 170 5,48 310 10,00 H16 30 32 140 4,38 290 9,06 H17 33 32 150 4,69 290 9,06 H18 28 25 150 6,00 240 9,60

Média 31,5 30,6 161,7 5,31 301,7 9,83 EPM 0,3 0,7 4,2 0,14 13,3 0,30

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Tabela 20: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia controle (peso

inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de

peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos

controle normotensos de 4 semanas.

Peso Inicial

Peso Exp

Peso Cardíaco IPC

Peso Renal IPR

N1 29 33 140 4,24 350 10,61 N2 33 35 130 3,71 370 10,57 N3 29 32 130 4,06 270 8,44 N4 34 35 130 3,71 330 9,43 N5 30 34 160 4,71 350 10,29 N6 34 38 160 4,21 340 8,95 N7 30 32 140 4,38 340 10,63 N8 30 29 130 4,48 280 9,66 N9 31 33 130 3,94 310 9,39 N10 32 33 150 4,55 320 9,70 N11 29 30 140 4,67 290 9,67 N12 31 37 140 3,78 340 9,19 N13 32 38 140 3,68 450 11,84 N14 32 36 150 4,17 300 8,33 N15 30 38 150 3,95 360 9,47 N16 30 36 140 3,89 380 10,56 N17 32 35 150 4,29 380 10,86 N18 31 34 180 5,29 270 7,94 N19 30 32 130 4,06 330 10,31 N20 32 38 140 3,68 330 8,68 N21 34 31 140 4,52 270 8,71 N22 27 33 130 3,94 310 9,39

Média 31,0 34,2 142,3 4,18 330,5 9,66 EPM 0,4 0,6 2,7 0,09 9,3 0,21

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123

Tabela 21: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia 1R1C (peso

inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de

peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos

hipertensos 1R1C de 4 semanas.

Peso Inicial

Peso Exp

Peso Cardíaco IPC

Peso Renal IPR

H1 30 35 190 5,43 330 9,43 H2 28 35 150 4,29 310 8,86 H3 30 35 190 5,43 310 8,86 H4 28 32 190 5,94 320 10,00 H5 30 34 170 5,00 240 7,06 H6 31 37 170 4,59 290 7,84 H8 29 34 170 5,00 300 8,82 H9 31 34 190 5,59 310 9,12 H10 28 35 180 5,14 290 8,29 H11 31 34 200 5,88 310 9,12 H12 29 33 180 5,45 310 9,39 H13 29 34 170 5,00 270 7,94 H14 31 35 210 6,00 290 8,29 H15 30 34 190 5,59 420 12,35 H16 30 35 180 5,14 280 8,00 H17 29 44 180 4,09 530 12,05 H18 29 33 200 6,06 250 7,58

Média 29,6 34,9 182,9 5,27 315,3 9,00 EPM 0,3 0,6 3,5 0,14 16,4 0,34

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124

Tabela 22: Valores individuais do número de batimentos utilizados para a análise do

barorreflexo espontâneo de camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos

1R1C de 1 semana. De cada série foram calculados o número de seqüências

barorreflexas e o ganho (ou sensibilidade) do barorreflexo.

1 SEMANA CN 1R1C

ANIMAL Nº

Batim. Nº

Seq. Ganho Seq.

Nº Batim.

Nº Seq.

Ganho Seq.

1 9844 33 1,33 10177 46 0,17 2 9599 142 0,47 9955 5 0,19 3 10132 11 1,35 10047 4 0,24 4 9839 46 2,01 9480 12 0,31 5 - - - 10461 50 0,65 6 10041 5 1,17 9583 44 0,18 7 10175 7 0,40 6255 9 0,41 8 - - - 9671 18 0,24 9 10189 30 0,61 9846 4 0,64 10 9992 73 0,76 9687 15 0,67 11 10003 42 1,37 9992 33 0,96 12 9937 263 2,41 10662 13 0,49 13 10035 11 1,25 9517 8 0,21 14 9791 99 0,25 10001 9 0,22 15 - - - 10030 12 0,34 16 - - - 9577 11 0,49 17 - - - 10053 0 0,00 18 9952 5 0,71 10078 43 0,43

MÉDIA 9964 59 1,08 9726 19 0,38 EPM 46 20 0,18 217 4 0,06

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125

Tabela 23: Valores individuais do número de batimentos utilizados para a análise do

barorreflexo espontâneo de camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos

1R1C de 4 semanas. De cada série foram calculados o número de seqüências

barorreflexas e o ganho (ou sensibilidade) do barorreflexo.

4 SEMANAS CN 1R1C

ANIMAL Nº

Batim. Nº

Seq. Ganho Seq.

Nº Batim.

Nº Seq.

Ganho Seq.

1 10093 66 0,67 10115 3 0,26 2 10395 78 0,35 10083 80 0,11 3 10174 36 0,69 10358 17 0,18 4 10004 23 0,56 10182 59 0,24 5 10021 23 0,41 10142 56 0,58 6 10548 30 0,68 9979 6 0,19 7 9868 63 0,63 - - - 8 9807 146 1,45 9630 41 0,30 9 9402 15 0,67 10169 12 0,21 10 7968 121 0,77 9899 65 0,17 11 9455 83 0,73 9652 5 0,72 12 10084 21 2,08 10124 7 0,44 13 10082 41 0,92 10467 142 0,27 14 10071 135 0,35 10209 34 0,19 15 9839 14 0,84 9858 16 0,45 16 9957 10 0,79 9666 56 0,10 17 10005 29 2,16 9928 27 0,57 18 10141 214 0,66 9823 4 0,47 19 10042 78 0,97 - - - 20 10088 42 1,40 - - - 21 10059 257 0,83 - - - 22 10371 54 0,87 - - -

MÉDIA 9931 72 0,89 10017 37 0,32 EPM 109 14 0,10 59 9 0,04

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126

Tabela 24: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos controle normotensos de 1 semana.

PAS FC DP PAS DP FC

N1 130 513 3,9 15,9 N2 106 603 4,3 15,1 N3 120 527 2,6 13,7 N4 114 453 3,5 35,7 N6 138 557 1,9 6,9 N7 120 601 3,0 9,9 N9 120 601 2,7 11,2 N10 101 500 2,1 7,4 N11 127 562 3,4 17,5 N12 123 502 2,2 24,9 N13 120 558 2,9 18,9 N14 127 593 5,2 19,6 N18 130 587 2,8 13,6

MÉDIA 121 551 3,1 16,2 EPM 3 13 0,3 2,1

Tabela 25: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

PAS FC DP PAS DP FC

H1 170 731 4,6 9,0 H2 170 710 3,1 7,2 H3 187 671 3,2 5,5 H4 186 633 4,9 14,1 H5 162 633 3,3 11,1 H6 191 690 6,1 9,8 H7 187 638 6,7 11,5 H8 161 740 5,4 11,1 H9 187 618 4,8 9,7 H10 179 647 2,7 10,8 H11 172 610 2,8 13,4 H12 148 636 3,0 12,1 H13 186 733 3,7 10,8 H14 180 708 3,9 11,9 H15 175 772 3,8 14,7 H16 165 699 7,5 15,3 H17 205 672 3,7 6,6 H18 144 724 3,5 15,8

MÉDIA 175 681 4,3 11,1 EPM 4 11 0,3 0,7

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127

Tabela 26: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos controle normotensos de 4 semanas.

PAS FC DP PAS DP FC

N1 136 593 3,5 19,8 N2 151 600 3,5 6,5 N3 105 570 3,6 16,4 N4 125 631 3,3 21,9 N5 118 598 5,9 16,8 N6 139 621 4,7 14,1 N7 136 586 3,8 20,7 N8 135 502 4,1 17,2 N9 141 600 4,0 18,2 N10 127 449 5,3 18,6 N11 132 507 5,2 18,0 N12 116 601 3,8 34,0 N13 123 500 3,8 24,5 N14 148 462 3,6 5,3 N15 112 580 1,9 7,2 N16 113 625 2,4 7,8 N17 142 424 4,1 28,0 N18 111 597 4,1 23,0 N19 117 540 4,8 17,6 N20 129 523 2,5 16,2 N21 159 523 4,3 20,6 N22 146 522 3,9 16,2

MÉDIA 129 564 3,9 16,7 EPM 3 16 0,2 1,7

Tabela 27: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

PAS FC DP PAS DP FC

H1 181 651 3,1 7,0 H2 193 618 9,4 7,2 H3 207 741 5,7 7,6 H4 170 642 4,8 12,4 H5 153 638 3,1 20,2 H6 180 588 3,3 7,0 H8 218 625 5,9 11,3 H9 211 601 4,6 6,8 H10 197 628 9,1 11,4 H11 200 645 3,6 12,0 H12 225 633 5,4 8,9 H13 172 745 4,8 10,5 H14 184 619 6,9 7,6 H15 211 704 3,7 11,8 H16 201 645 9,3 8,6 H17 190 569 6,1 13,8 H18 178 655 3,8 11,0

MÉDIA 192 644 5,4 10,3 EPM 5 12 0,5 0,8

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128

Tabela 28: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II por campo de córtex renal (área = 0,245 mm2) de camundongos controle normotensos de 1 semana.

ÁREA 0,245 mm2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 2 1 5 0 0 0 0 1 0 0 2 1 0 3 0 0 1 0 0 5 0 3 0 0 0 0 0 5 3 0 0 0 4 0 2 5 0 3 0 5 0 1 3 A

NIM

AL

5 0 3 0 1 0 0 1 0 0 0

MÉDIA 0.6 1.2 2.6 0.2 0.6 1.2 1.8 0.2 1.2 0.6

EPM 0.40 0.58 1.12 0.20 0.60 0.97 0.97 0.20 0.97 0.60

Tabela 29: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II por campo de córtex renal (área = 0,245 mm2) de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

ÁREA 0,245 mm2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 15 10 8 7 7 5 2 6 10 11 2 12 10 10 5 9 7 3 3 5 8 3 8 9 10 10 11 10 5 8 10 9 4 5 7 8 4 7 8 9 9 8 8 A

NIM

AL

5 11 12 11 10 11 13 15 17 10 10

MÉDIA 10.2 9.6 9.4 7.2 9.0 8.6 6.8 8.6 8.6 9.2

EPM 1.71 0.81 0.60 1.24 0.89 1.36 2.37 2.34 0.98 0.58

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Tabela 30: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II por campo de córtex renal (área = 0,245 mm2) de camundongos controle normotensos de 4 semanas.

ÁREA 0,245 mm2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 0 3 0 1 1 0 0 1 4 5 2 1 1 4 0 0 1 0 3 0 0 3 4 0 3 0 3 1 0 0 0 3 4 1 2 1 0 3 0 4 1 0 5 A

NIM

AL

5 5 5 3 0 0 0 5 0 0 0

MÉDIA 2.2 2.2 2.2 0.2 1.4 0.4 1.8 1.0 0.8 2.6

EPM 0.97 0.86 0.73 0.20 0.68 0.24 1.11 0.55 0.80 1.12

Tabela 31: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II por campo de córtex renal (área = 0,245 mm2) de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

ÁREA 0,245 mm2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 2 0 0 4 1 0 2 1 1 2 2 4 2 0 4 0 3 2 4 2 0 3 3 3 1 2 1 2 5 2 1 3 4 0 2 0 2 0 0 1 1 0 3 A

NIM

AL

5 4 4 2 2 3 5 2 2 1 0

MÉDIA 2.6 2.2 0.6 2.8 1.0 2.0 2.4 2.0 1.0 1.6

EPM 0.75 0.66 0.40 0.49 0.55 0.95 0.68 0.55 0.32 0.68

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130

Tabela 32: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo

esquerdo por campo de camundongos controle normotensos de 1 semana.

ANIMAL 1 5 6 7 8

1 14.74 16.95 19.36 12.00 14.04 2 14.40 11.76 21.20 13.56 14.09 3 14.55 12.05 17.81 11.26 13.36 4 19.85 11.31 16.49 13.84 13.69 5 14.40 14.12 18.37 13.60 11.21 6 14.14 11.80 18.43 10.03 12.00 7 12.62 11.52 18.25 14.97 12.00 8 15.54 15.34 10.69 10.74 12.19 9 13.34 9.22 15.70 14.42 12.73 10 14.29 12.67 14.75 8.05 12.31 11 16.44 13.19 10.77 12.08 11.52 12 12.70 11.26 17.62 9.74 12.95 13 12.09 16.59 17.48 11.73 13.03 14 17.82 14.82 12.80 9.45 14.75 15 13.51 13.65 12.52 12.78 10.32 16 16.46 15.28 12.26 9.74 12.73 17 14.45 12.70 18.07 11.26 15.19 18 15.48 14.13 16.36 11.06 12.61 19 13.56 12.73 14.82 14.01 9.59 20 13.29 12.78 11.72 12.04 14.36 21 15.20 12.71 11.28 9.40 12.62 22 15.23 9.40 14.61 11.80 10.64 23 14.49 12.80 18.35 11.45 11.43 24 14.04 15.12 16.66 10.56 14.76 25 13.42 12.04 14.13 11.21 12.37 26 13.52 11.76 14.13 13.60 15.52 27 12.48 10.64 12.00 14.36 11.06 28 13.36 10.48 20.16 14.40 10.32 29 11.78 13.68 14.93 13.42 14.42 30 17.20 11.94 12.71 14.92 13.68 31 11.48 13.77 18.08 17.79 13.40 32 12.54 10.70 11.96 14.61 16.36 33 15.20 13.09 11.05 15.33 13.69 34 11.82 13.09 17.00 13.30 13.88 35 10.33 13.36 13.07 14.75 14.52 36 14.42 12.71 12.37 11.43 12.84 37 14.34 11.09 13.72 14.04 13.88 38 12.56 12.80 14.45 13.19 11.58 39 12.54 11.15 15.59 13.82 15.40 40 11.72 10.54 14.82 12.58 14.84 41 11.80 10.33 12.71 12.16 13.84 42 13.35 9.56 17.19 13.69 14.23 43 10.43 11.44 11.52 13.36 12.67 44 13.64 12.12 12.91 16.01 14.68 45 19.38 11.54 14.72 13.28 16.01 46 15.92 14.34 12.08 13.54 47 17.17 14.94 11.05 16.33 48 17.39 14.52 13.72 13.69 49 13.34 16.96 11.91 16.96

CA

MPO

50 15.52 14.36 14.84 16.01

MÉDIA 14.19 12.48 15.01 12.69 13.40

EPM 0.29 0.26 0.38 0.27 0.24

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131

Tabela 33: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo

esquerdo por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

ANIMAL 1 2 3 5 7 9 10

1 15.70 13.24 15.69 17.02 19.40 12.54 20.06 2 9.93 15.86 13.50 15.75 13.70 19.72 19.99 3 12.41 12.36 12.09 15.40 18.14 21.64 17.21 4 11.20 14.95 13.97 15.54 14.04 14.01 18.26 5 11.85 12.35 13.34 20.12 14.75 14.86 12.90 6 12.50 14.74 15.64 16.63 13.53 20.12 13.99 7 12.87 15.38 14.22 15.20 16.43 15.90 15.48 8 13.06 14.20 14.68 14.38 13.64 19.20 15.18 9 15.14 12.56 18.36 18.84 15.48 17.52 15.49 10 14.12 13.01 14.84 21.28 15.96 15.72 14.53 11 13.72 13.34 12.22 16.22 13.99 16.63 14.91 12 13.35 15.29 13.99 14.40 12.37 13.29 14.93 13 13.46 12.22 13.11 15.20 16.07 16.74 10.27 14 13.24 11.37 14.03 17.82 12.32 13.32 13.36 15 12.41 10.40 12.95 12.71 15.16 15.65 18.64 16 13.82 13.41 12.87 17.47 14.03 16.92 17.84 17 16.28 13.03 17.36 19.94 13.65 15.86 12.44 18 18.43 15.37 16.92 15.41 11.23 14.88 16.01 19 14.64 11.24 14.97 16.59 17.28 15.38 16.19 20 17.98 13.35 20.31 19.54 12.22 14.93 14.01 21 14.18 13.84 15.04 14.04 12.17 14.83 17.59 22 15.12 11.47 16.16 13.72 13.82 16.02 17.24 23 16.33 14.38 12.44 19.76 16.76 15.04 16.44 24 13.57 13.07 17.33 21.13 14.36 11.73 15.84 25 13.08 12.39 17.73 15.49 17.28 16.98 13.70 26 14.03 11.36 14.01 17.40 14.03 11.09 14.68 27 14.61 14.86 15.56 19.23 16.89 14.04 13.80 28 14.01 12.39 12.82 22.64 18.26 12.90 15.78 29 13.72 12.70 18.80 19.91 13.65 12.54 13.72 30 15.51 14.12 15.66 20.44 14.45 17.04 15.96 31 15.12 14.11 14.04 16.48 14.86 15.59 15.88 32 16.71 11.57 15.97 18.47 19.96 15.49 14.86 33 16.07 12.52 16.66 21.39 12.84 13.03 17.31 34 15.64 15.16 13.88 17.73 17.33 17.48 15.86 35 18.30 12.05 18.56 14.75 15.44 19.54 17.20 36 16.13 15.56 20.36 16.61 19.64 15.13 20.81 37 14.46 15.13 17.79 15.92 16.43 13.56 19.08 38 13.56 13.60 17.59 17.88 17.15 15.83 17.02 39 12.04 15.37 18.16 17.48 20.61 14.68 15.17 40 13.60 13.27 24.75 20.31 14.61 16.44 17.40 41 13.54 14.18 21.02 18.43 15.44 16.13 15.92 42 12.84 14.50 21.40 14.01 17.76 16.82 16.53 43 15.75 11.90 16.46 14.83 14.75 16.43 15.70 44 14.86 13.60 18.30 15.34 16.43 15.52 15.76 45 11.66 14.59 18.96 13.84 14.40 15.51 19.95 46 14.38 12.52 12.84 12.71 16.71 19.14 12.09 47 11.44 16.48 20.96 15.55 14.45 11.76 17.98 48 15.62 16.01 15.24 12.04 15.97 13.88 14.23 49 16.66 16.67 17.48 13.90 14.36 12.48 14.38

CA

MPO

50 14.40 14.40 19.74 16.21 17.49 12.97 15.00

MÉDIA 14.26 13.63 16.22 16.86 15.43 15.49 15.89

EPM 0.26 0.21 0.40 0.36 0.30 0.32 0.31

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132

Tabela 34: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo esquerdo por campo de camundongos controle normotensos de 4 semanas.

ANIMAL 14 15 16 17 18 19 20

1 16.49 13.10 14.99 11.64 12.41 13.72 12.51 2 15.83 15.64 13.85 15.79 18.05 12.11 13.67 3 15.71 16.24 11.85 16.22 14.03 10.70 14.31 4 11.65 12.22 17.61 13.94 17.59 10.70 12.09 5 15.00 12.45 12.67 16.73 16.49 14.44 14.99 6 12.87 15.73 16.72 16.26 15.44 11.75 11.37 7 14.68 15.79 11.93 17.58 14.64 10.30 12.91 8 12.13 13.22 16.07 16.46 14.48 12.73 12.01 9 11.91 12.27 12.60 14.41 15.20 11.64 11.30 10 12.54 13.75 12.62 11.33 11.29 11.36 10.90 11 12.46 14.91 12.89 12.14 14.26 13.53 11.48 12 11.62 12.39 11.50 13.85 11.99 12.00 13.82 13 13.88 14.31 12.86 10.19 12.00 10.85 12.11 14 13.24 13.62 10.60 12.73 14.16 13.35 14.55 15 11.31 10.03 12.11 11.50 11.41 12.14 13.84

CA

MPO

16 12.17 12.91 15.29 14.96 12.00 11.50 13.12

MÉDIA 13.34 13.66 13.51 14.11 14.09 12.05 12.81

EPM 0.42 0.42 0.51 0.57 0.53 0.30 0.32

Tabela 35: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo esquerdo por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

ANIMAL 12 13 14 15 16 17

1 15.86 15.54 18.05 17.28 17.38 16.04 2 15.99 15.06 17.29 14.31 14.26 18.19 3 13.87 14.12 13.85 16.11 17.25 18.16 4 12.43 18.22 16.79 16.15 17.04 12.44 5 12.79 14.40 12.91 18.40 13.24 16.79 6 16.45 21.08 13.22 17.59 13.50 14.26 7 17.30 24.66 12.89 15.23 15.75 13.82 8 13.40 19.53 13.22 17.08 14.15 17.55 9 17.25 18.19 16.24 16.38 13.02 16.43 10 18.57 25.26 18.97 13.89 12.37 13.97 11 14.01 21.02 12.31 11.89 15.79 16.78 12 16.71 18.18 12.95 16.11 13.92 16.02 13 12.56 17.64 14.83 17.82 12.35 17.29 14 18.21 16.83 14.05 16.43 11.96 13.75 15 14.51 17.10 13.99 14.15 12.35 13.63

CA

MPO

16 15.00 15.89 16.83 15.64 11.57 13.85

MÉDIA 15.31 18.30 14.90 15.90 14.12 15.56

EPM 0.50 0.83 0.53 0.42 0.49 0.46

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133

Tabela 36: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo

interventricular por campo de camundongos controle normotensos de 1 semana.

ANIMAL 1 5 6 7 8

1 12.06 11.01 12.18 10.65 9.82 2 10.42 10.98 10.23 11.29 12.16 3 11.09 10.15 10.15 10.11 9.90 4 10.57 10.50 11.81 10.84 10.11 5 10.42 10.50 10.36 10.31 11.15 6 10.42 10.79 12.80 8.70 11.53 7 11.86 11.03 12.01 9.76 11.90 8 9.90 10.98 13.94 10.33 11.90 9 13.10 10.48 11.33 9.90 10.52

10 10.53 10.37 11.04 9.23 10.81 11 12.66 11.31 10.11 9.73 9.76 12 12.31 11.05 10.28 8.71 11.88 13 12.95 12.65 11.15 9.32 10.50 14 9.99 10.79 11.83 9.76 9.84 15 10.63 10.78 11.61 10.34 11.55 16 11.45 11.03 9.64 8.77 11.45 17 12.06 12.41 10.42 10.53 11.15 18 11.55 12.27 9.32 10.63 8.99 19 11.05 11.53 10.21 9.50 11.25 20 11.53 10.42 10.52 11.45 12.32 21 10.41 10.84 11.76 13.38 22 11.62 9.29 9.29 10.41 23 12.27 10.52 9.56 10.41 24 11.15 10.28 11.18 10.01

CA

MPO

25 11.18 10.81 9.84 11.00

MÉDIA 11.33 11.11 10.91 10.06 10.95

EPM 0.22 0.14 0.22 0.17 0.20

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134

Tabela 37: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo

interventricular por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

ANIMAL 1 2 3 5 7 9 10

1 12.27 15.82 12.43 16.24 11.99 10.94 11.16 2 11.92 12.11 15.06 16.70 12.38 11.95 11.92 3 15.62 13.19 15.82 16.00 12.38 11.58 12.27 4 12.66 15.28 13.56 17.14 11.58 13.84 13.06 5 12.27 13.53 12.05 13.08 12.36 13.18 10.04 6 14.58 12.72 13.19 13.33 12.38 12.29 10.78 7 11.55 14.21 13.94 13.14 11.86 12.84 11.90 8 10.84 11.48 14.31 14.71 14.80 11.21 9.67 9 13.40 11.48 13.18 14.01 12.20 12.29 13.40

10 13.01 12.82 13.94 12.79 12.04 13.14 11 11.45 10.58 11.89 13.10 12.29 13.80 12 12.84 13.76 11.80 12.43 14.13 11.54 13 12.62 14.91 12.34 11.76 11.92 12.91 14 13.78 13.53 14.12 10.23 14.13 12.72 15 10.98 13.57 13.85 11.55 12.64 12.10 16 12.01 14.30 10.12 11.99 13.01 13.10 17 15.99 15.61 13.41 11.67 13.48 13.01 18 12.91 15.24 13.18 13.63 13.72 11.90 19 13.99 14.37 13.05 11.40 12.62 11.15 20 13.44 13.39 11.67 12.01 13.08 13.99 21 12.97 13.76 11.88 14.00 11.18 11.97 22 13.64 12.64 11.35 14.61 14.35 13.43 23 13.18 13.39 11.31 11.67 14.03 14.35 24 13.35 13.63 10.34 11.09 13.53 12.43

CA

MPO

25 12.80 13.71 12.64 11.58 11.40 14.07

MÉDIA 12.96 13.56 12.82 14.93 12.30 12.71 12.39

EPM 0.25 0.26 0.28 0.54 0.21 0.21 0.24

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135

Tabela 38: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo

interventricular por campo de camundongos controle normotensos de 4 semanas.

ANIMAL 14 15 16 17 18 19 20

1 8.61 9.22 12.22 8.30 10.91 7.36 12.06 2 9.20 9.65 13.82 9.45 10.91 10.76 11.18 3 9.10 7.79 13.00 8.58 10.36 9.45 13.01 4 10.67 10.40 13.48 11.87 10.91 10.46 11.03 5 9.62 11.09 12.87 8.40 9.10 9.59 9.77 6 10.35 11.06 10.04 9.19 12.04 8.95 12.36 7 10.76 9.19 10.52 11.40 11.18 9.57 10.86 8 10.66 10.46 9.79 8.53 11.33 8.89 9.79 9 10.53 9.19 11.21 9.26 10.17 9.20 11.06

10 10.24 8.49 8.38 8.74 10.93 9.01 10.04 11 9.81 10.12 8.98 10.67 11.18 11.68 10.72 12 11.42 9.30 8.62 11.40 9.81 10.53 11.63 13 9.93 9.40 11.84 10.81 10.86 10.54 13.29 14 9.93 9.01 8.95 10.54 11.87 10.66 9.56 15 9.57 10.72 12.65 9.13 10.10 9.87 9.81 16 11.40 10.10 11.84 10.17 10.38 11.18 10.66 17 12.17 7.39 12.58 9.28 11.13 9.62 12.50 18 11.51 10.04 9.40 10.22 9.42 12.35 12.89 19 10.72 9.56 9.65 10.41 10.74 10.86 12.52 20 9.81 8.95 9.71 9.79 11.04 10.00 9.56 21 11.54 9.01 10.45 9.71 9.22 12.00 12.16 22 10.72 9.71 9.37 10.35 11.36 11.77 11.82 23 13.80 8.95 8.98 10.53 9.22 13.16 12.99 24 12.35 9.65 11.70 10.46 9.62 11.84 11.28 25 11.93 8.22 9.79 8.77 8.68 10.30 10.24 26 9.93 8.38 9.59 10.35 10.14 9.93 11.49 27 9.79 9.22 8.26 10.20 10.61 13.53 11.87 28 9.59 10.10 10.14 10.53 10.17 9.89 12.04 29 11.73 10.35 10.14 8.90 9.37 10.41 11.69

CA

MPO

30 8.90 11.77 11.18 10.97 9.87 12.74 11.54

MÉDIA 10.54 9.55 10.64 9.90 10.42 10.54 11.38

EPM 0.29 0.25 0.40 0.24 0.21 0.35 0.28

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136

Tabela 39: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo

interventricular por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

ANIMAL 12 13 14 15 16 17

1 11.40 13.28 10.54 11.55 14.00 10.97 2 11.42 14.58 10.41 14.49 11.97 14.41 3 10.89 10.81 13.46 11.18 12.16 14.71 4 14.19 11.84 14.07 12.70 10.30 11.55 5 12.66 9.93 13.60 11.18 10.61 11.55 6 12.50 11.84 13.18 15.13 12.87 14.00 7 12.57 13.32 9.87 11.04 12.16 12.36 8 10.38 12.06 10.24 14.13 14.71 10.72 9 12.44 10.04 10.32 11.73 13.20 10.91

10 12.00 12.24 12.14 11.97 12.51 10.24 11 13.50 9.49 12.68 11.52 12.50 11.86 12 14.68 12.84 11.42 13.65 11.03 11.40 13 12.00 11.28 13.82 13.65 12.79 11.22 14 12.65 12.57 12.18 11.75 10.35 11.75 15 12.83 12.22 10.97 12.27 13.14 10.72 16 13.33 13.73 9.57 12.84 14.34 11.20 17 11.84 11.35 11.16 11.54 9.93 12.09 18 12.35 12.51 12.40 12.84 11.42 13.04 19 12.36 12.51 10.04 10.53 17.34 12.84 20 11.77 12.24 14.36 11.84 12.50 12.66 21 11.70 11.36 12.76 10.20 13.24 12.99 22 12.49 10.04 11.06 12.91 11.40 10.66 23 11.18 13.65 12.92 12.99 11.40 11.82 24 12.75 13.78 10.72 10.86 11.77 11.77 25 16.92 11.42 11.20 11.55 15.15 11.40 26 12.87 11.55 13.18 15.13 12.13 11.06 27 12.95 14.00 11.84 11.33 11.40 11.40 28 14.60 13.28 13.00 12.16 12.51 12.40 29 11.70 11.93 12.22 11.77 12.87 11.52

CA

MPO

30 13.48 12.84 14.00 14.89 13.06 13.78

MÉDIA 12.61 12.15 11.98 12.38 12.49 11.97

EPM 0.24 0.23 0.26 0.25 0.29 0.21

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137

Tabela 40: Valores individuais da espessura da parede do ventrículo esquerdo de

camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.

1 Semana 4 Semanas Animal CN 1R1C Animal CN 1R1C

1 1.33 1.39 12 - 1.50 2 - 1.64 13 - 1.60 3 - 1.34 14 1.21 1.26 4 - - 15 1.13 1.73 5 1.33 1.36 16 1.40 - 6 1.27 - 17 1.11 1.36 7 1.30 1.69 18 1.44 - 8 1.18 - 19 1.02 - 9 - 1.39 20 1.28 -

10 - 1.83 21 - - Média 1.28 1.52 Média 1.23 1.49 EPM 0.03 0.07 EPM 0.07 0.08

Tabela 41: Valores individuais da espessura da parede do septo interventricular de

camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.

1 Semana 4 Semanas CN 1R1C Animal CN 1R1C

1 1.01 1.61 12 - 1.60 2 - 1.43 13 - 1.43 3 - 1.39 14 1.12 1.19 4 - - 15 1.00 1.55 5 1.16 1.32 16 1.09 - 6 0.82 - 17 1.12 1.21 7 1.12 1.42 18 1.01 - 8 1.14 - 19 - - 9 - 1.42 20 - -

10 - 1.37 21 - - Média 1.05 1.42 Média 1.07 1.40 EPM 0.06 0.03 EPM 0.03 0.08

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138

Tabela 42: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo

esquerdo de camundongos controle normotensos de 1 semana.

ANIMAL 6 7 10 12 13

1 0.48 0.35 0.46 0.38 0.48 2 0.45 0.22 0.16 0.22 0.26 3 0.12 0.29 0.36 0.26 0.28 4 0.35 0.25 0.13 0.30 0.23 5 0.34 0.51 0.41 0.24 0.28 6 0.37 0.32 0.10 0.40 0.20 7 0.17 0.40 0.26 0.32 0.41 8 0.25 0.23 0.12 0.26 0.29 9 0.23 0.33 0.36 0.24 0.26 10 0.31 0.25 0.14 0.24 0.34 11 0.14 0.37 0.12 0.32 0.33 12 0.40 0.44 0.28 0.30 0.25 13 0.39 0.42 0.32 0.26 0.21 14 0.29 0.40 0.14 0.20 0.39

CA

MPO

15 0.21 0.37 0.30 0.40 0.22 MÉDIA 0.30 0.34 0.24 0.29 0.30 EPM 0.03 0.02 0.03 0.02 0.02

Tabela 43: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo

esquerdo de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

ANIMAL 2 3 4 5 7 9

1 0.20 0.27 0.11 0.20 0.26 0.10 2 0.10 0.51 0.27 0.37 0.17 0.10 3 0.34 0.37 0.28 0.30 0.21 0.18 4 0.14 0.51 0.21 0.21 0.21 0.35 5 0.44 0.39 0.21 0.16 0.36 0.30 6 0.08 0.34 0.19 0.39 0.32 0.32 7 0.18 0.56 0.26 0.20 0.24 0.21 8 0.52 0.57 0.17 0.32 0.09 0.33 9 0.51 0.50 0.35 0.49 0.20 0.42 10 0.19 0.33 0.34 0.15 0.17 0.36 11 0.11 0.62 0.16 0.22 0.22 0.31 12 0.22 0.39 0.24 0.27 0.15 0.20 13 0.42 0.53 0.34 0.21 0.32 0.18 14 0.27 0.21 0.13 0.17 0.23 0.47

CA

MPO

15 0.23 0.30 0.26 0.17 0.35 0.26 MÉDIA 0.26 0.43 0.23 0.26 0.23 0.27 EPM 0.04 0.03 0.02 0.03 0.02 0.03

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139

Tabela 44: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo esquerdo de camundongos controle normotensos de 4 semanas.

ANIMAL 11 12 13 14 17 18 19 21

1 0.23 0.08 0.08 0.26 0.13 0.14 0.22 0.16 2 0.27 0.38 0.18 0.24 0.08 0.28 0.16 0.19 3 0.16 0.07 0.27 0.18 0.40 0.41 0.31 0.08 4 0.31 0.08 0.06 0.15 0.09 0.13 0.45 0.23 5 0.23 0.14 0.14 0.25 0.12 0.18 0.12 0.23 6 0.11 0.16 0.26 0.26 0.11 0.13 0.16 0.40 7 0.14 0.28 0.20 0.15 0.19 0.17 0.28 0.15 8 0.24 0.19 0.23 0.20 0.19 0.16 0.34 0.13 9 0.16 0.21 0.15 0.09 0.22 0.23 0.19 0.20 10 0.12 0.09 0.22 0.17 0.18 0.31 0.19 0.24 11 0.27 0.23 0.20 0.39 0.26 0.33 0.18 0.25 12 0.25 0.11 0.14 0.36 0.20 0.20 0.25 0.15 13 0.27 0.18 0.21 0.24 0.37 0.11 0.13 0.20 14 0.18 0.39 0.17 0.17 0.18 0.21 0.23 0.18

CA

MPO

15 0.21 0.35 0.31 0.22 0.09 0.20 0.17 0.34

MÉDIA 0.21 0.20 0.19 0.22 0.19 0.21 0.23 0.21 EPM 0.02 0.03 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02

Tabela 45: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo esquerdo de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

ANIMAL 11 13 14 15 16 18

1 0.20 0.20 4.48 0.28 0.47 0.28 2 0.31 0.17 2.23 0.27 0.08 0.84 3 0.18 0.19 0.39 0.39 0.10 0.57 4 0.12 0.13 1.10 0.13 0.07 0.56 5 0.24 0.08 0.34 0.29 0.12 0.39 6 0.13 0.14 0.21 0.29 0.06 1.61 7 0.18 0.24 3.64 0.26 0.19 0.06 8 0.08 0.08 0.86 0.28 0.23 0.34 9 0.35 0.19 0.53 0.36 0.24 0.28 10 0.64 0.09 0.15 0.47 0.09 0.47 11 0.07 0.16 0.23 0.34 1.07 0.14 12 0.24 0.39 0.18 0.13 0.17 0.08 13 0.09 0.40 1.09 0.52 0.27 0.17 14 0.23 0.29 0.14 0.20 0.07 0.16

CA

MPO

15 0.11 0.14 0.30 0.14 0.15 0.13

MÉDIA 0.21 0.19 1.06 0.29 0.23 0.41 EPM 0.04 0.03 0.35 0.03 0.07 0.10

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140

Tabela 46: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo

interventricular de camundongos controle normotensos de 1 semana.

ANIMAL 6 7 10 12 13

1 0.40 0.22 0.21 0.40 0.17 2 0.28 0.56 0.24 0.32 0.18 3 0.26 0.34 0.20 0.46 0.31 4 0.39 0.41 0.22 0.62 0.36 5 0.42 0.22 0.38 0.36 0.18 6 0.29 0.37 0.34 0.19 0.44 7 0.35 0.35 0.89 0.27 0.14 8 0.43 0.54 0.33 0.25 0.31 9 0.32 0.50 0.38 0.72 0.09 10 0.15 0.42 0.54 0.44 0.24 11 0.25 0.33 0.31 0.58 0.12 12 0.57 0.54 0.42 0.48 0.34 13 0.41 0.32 0.28 0.22 0.95 14 0.57 0.39 0.35 0.30 0.27

CA

MPO

15 0.61 0.38 0.42 0.22 0.16 MÉDIA 0.38 0.39 0.37 0.39 0.28 EPM 0.03 0.03 0.04 0.04 0.05

Tabela 47: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo

interventricular de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.

ANIMAL 2 3 4 5 7

1 0.51 0.36 0.18 0.36 0.27 2 0.88 0.17 0.44 0.44 0.35 3 1.88 0.16 0.18 0.08 0.31 4 0.88 0.12 0.19 0.18 0.34 5 0.51 0.20 0.22 0.13 0.21 6 0.26 0.15 0.09 0.42 0.29 7 0.33 0.14 0.13 0.26 0.41 8 0.18 0.21 0.99 0.63 0.17 9 0.24 0.18 0.16 0.57 0.27 10 0.41 0.13 0.17 0.35 0.15 11 0.25 0.28 0.26 0.33 0.62 12 0.19 0.19 0.24 1.26 0.30 13 0.42 0.07 0.35 0.7 0.39 14 0.22 0.14 0.11 0.42 0.18

CA

MPO

15 0.28 0.19 0.15 0.63 0.29 MÉDIA 0.50 0.18 0.26 0.45 0.30 EPM 0.11 0.02 0.06 0.07 0.03

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141

Tabela 48: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo

interventricular de camundongos controle normotensos de 4 semanas.

ANIMAL 11 12 13 14 17 18 19

1 0.43 0.07 0.12 0.05 0.12 0.15 0.14 2 0.19 0.06 0.11 0.11 0.14 0.23 0.31 3 0.18 0.11 0.24 0.07 0.08 0.10 0.13 4 0.13 0.12 0.26 0.12 0.16 0.07 0.08 5 0.17 0.15 0.24 0.13 0.16 0.13 0.25 6 0.11 0.13 0.25 0.19 0.12 0.13 0.14 7 0.08 0.16 0.16 0.08 0.18 0.12 0.14 8 0.04 0.19 0.29 0.10 0.11 0.20 0.10 9 0.07 0.08 0.24 0.16 0.05 0.13 0.15 10 0.10 0.08 0.06 0.17 0.06 0.09 11 0.14 0.11 0.30 0.12 0.06 0.13 12 0.19 0.19 0.14 0.10 0.08 0.16 13 0.09 0.23 0.14 0.24 0.04 0.17 14 0.25 0.19 0.18 0.17 0.19 0.20

CA

MPO

15 0.19 0.12 0.17 0.13 0.14 0.20

MÉDIA 0.16 0.13 0.19 0.13 0.11 0.14 0.16 EPM 0.02 0.01 0.02 0.01 0.01 0.01 0.02

Tabela 49: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo

interventricular de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.

ANIMAL 13 14 15 16 18

1 0.08 0.70 0.34 0.24 0.1 2 0.13 0.20 0.35 0.06 0.07 3 0.19 1.18 0.07 0.10 0.07 4 0.09 0.26 0.18 0.07 0.1 5 0.14 0.11 0.21 0.07 0.1 6 0.14 0.11 0.16 0.10 0.16 7 0.10 0.11 0.18 0.34 0.08 8 0.14 0.13 0.13 0.24 0.11 9 0.13 0.08 0.27 0.21 0.07 10 0.04 0.14 0.16 0.13 0.11 11 0.16 0.10 0.20 0.06 0.28 12 0.13 0.75 0.15 0.20 1.44 13 0.06 0.08 0.26 0.07 0.49 14 0.10 0.20 0.13 0.04 0.31

CA

MPO

15 0.14 0.19 0.28 0.05 0.3

MÉDIA 0.12 0.29 0.20 0.13 0.25 EPM 0.01 0.08 0.02 0.02 0.09

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142

Tabela 50: Valores individuais das medidas da atividade da renina plasmática em

camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.

1 Semana 4 Semanas Animais CN 1R1C CN 1R1C

1 0,11 0,44 0,51 0,21 2 0,11 0,28 0,23 0,27 3 0,41 0,26 0,32 0,21 4 0,38 0,59 0,24 0,32 5 0,11 0,26 0,19 0,24 6 0,36 0,91 0,19 0,02 7 0,97 0,58 0,29 8 0,54 0,36 9 0,15 10 0,25 11 0,17 12 0,46

Media 0,25 0,53 0,30 0,22 EPM 0,06 0,09 0,04 0,04

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