25
FACULDADE BOA VIAGEM CENTRO DE CAPACITAÇÃO EDUCACIONAL GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis RECIFE 2014

GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

FACULDADE BOA VIAGEM

CENTRO DE CAPACITAÇÃO EDUCACIONAL

GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO

INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis

RECIFE

2014

Page 2: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO

INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis

Monografia apresentada à Faculdade Boa

Viagem e ao Centro de Capacitação

Educacional, como exigência do Curso de Pós-

Graduação Lato Sensu em Citologia Clínica.

Orientador: Prof. Esp. Danilo Pontes de Oliveira

Barros

RECIFE

2014

Page 3: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

C331i Carvalho, Gledson Barbosa de, 1982-

Infecção genital ocasionada por Chlamydia Trachomatis / Gledson Barbosa de

Carvalho. – Recife : Ed. do Autor, 2014.

22f. : il.

Orientador: Prof. Esp. Danilo Pontes de Oliveira Barros.

Monografia (Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Citologia Clínica) – Facul-

dade Boa Viagem. Centro de Capacitação Educacional.

Resumo em português e inglês.

Inclui referências.

Inclui anexo.

1. INFECÇÕES POR CLAMÍDIA – DIAGNÓSTICO. 2. APARELHO GENITAL

– DOENÇAS – PREVENÇÃO. 3. GINECOLOGIA PATOLÓGICA. 4. DOENÇAS

SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – TRATAMENTO. 5. EXAMES CITOPATO-

LÓGICO. 6. INFECÇÕES POR CLAMÍDA – PESQUISA. I. Barros, Danilo Pontes

de Oliveira. II. Título.

CDU 616.97

CDD 616.92

PeR – BPE 14-167

Page 4: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO

INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis

Monografia para obtenção do grau de Especialista em Citologia Clínica.

Recife, 09 de Abril de 2014

EXAMINADOR

Nome:________________________________________________________________

Titulação:_____________________________________________________________

PARECER FINAL:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 5: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

RESUMO Chlamydia trachomatis é uma bactéria do tipo cocos, gram-negativa. Ela atua como parasita intracelular obrigatório de células eucarióticas, sendo incapaz de sintetizar adenosina trifosfato (ATP). Infecta somente célula humana e está frequentemente associada à infecção do trato genital humano, se constituindo um dos principais agentes sexualmente transmissíveis entre as populações humanas. A infecção é assintomática em até 50% dos homens e em 70% das mulheres. No Brasil, são raros os Serviços de Saúde que oferecem a pesquisa dessa bactéria sistematicamente como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal, mesmo existindo no mercado vários métodos de diagnósticos baseados em: pesquisa de ácidos nucléicos, pesquisa de antígenos (Ag), cultura e pesquisa de anticorpos (Ac). O presente estudo buscou realizar um levantamento bibliográfico dessa bactéria, muitas vezes presente mas desconhecida na população por se apresentar frequentemente de forma assintomática, frisamos seu ciclo de desenvolvimento, seu modo de infecção e seus possíveis métodos de diagnóstico.

Palavras-chave: Chlamydia trachomatis; Infecção genital; diagnóstico.

Page 6: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

ABSTRACT

Chlamydia trachomatis is a bacteria like cocci, gram-negative. It acts as an obligate

intracellular parasite of eukaryotic cells, being unable to synthesize adenosine

triphosphate (ATP). Infects only human cell and is often associated with human

genital tract infection, constituting a major sexually transmitted agents in human

populations. The infection is asymptomatic in 50% of men and 70% women. In Brazil,

there are few that offer health services research this bacterium systematically as part

of a gynecological or prenatal care, even though there are various methods of

market-based diagnostics: research nucleic acids, search antigen (Ag) culture and

antibodies (Ab). This study sought to conduct a literature review of this bacterium

often present but unknown in the population is often present asymptomatically, we

stress its development cycle, its mode of infection and its possible diagnostic

methods.

Keywords: Chlamydia trachomatis; Genital Infection; diagnosis.

Page 7: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................5

2.OBJETIVOS..............................................................................................................6

2.1.OBJETIVO GERAL................................................................................................6

2.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................6

3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................7

3.1.Chlamydia Trachomatis..........................................................................................7

3.1.1. CICLO DE VIDA.................................................................................................7

3.1.2. A INFECÇÃO......................................................................................................9

3.1.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL....................................................................11

3.1.3.1.PESQUISA DE ANTICORPOS (AC)..............................................................12

3.1.3.2.CULTURA.......................................................................................................12

3.1.3.3.PESQUISA DE ANTÍGENOS (AG)................................................................14

3.1.3.4.PESQUISA DE ÁCIDOS NUCLÉICOS..........................................................14

4.CONCLUSÃO..........................................................................................................15

REFERÊNCIAS..........................................................................................................16

Page 8: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

5

1. Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada ano ocorram em

torno de 92 milhões de novos casos de infecção pela clamídia, dos quais a maioria é

observada em países em desenvolvimento, afetando principalmente adolescentes e

jovens (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013).

No Brasil, como tais afecções não se incluem entre as doenças sexualmente

transmissíveis (DSTs) de notificação compulsória, estima-se que ocorram cerca de

1.967.200 novos casos de clamídia a cada ano (PIAZZETTA, R.C.P.S. et al., 2011) .

São raros os serviços de saúde que oferecem sistematicamente a pesquisa dessas

bactérias como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal. Nos serviços

privados de saúde, só se pesquisa Chlamydia trachomatis (C. trachomatis) em casos

sintomáticos ou quando um dos parceiros sexuais relata a presença desta bactéria.

Mesmo nessas situações, a pesquisa laboratorial não faz parte da rotina da maioria

dos serviços de saúde (JALIL, E.M. et al., 2008).

O diagnóstico é dificultado pela inadequação laboratorial e pela dificuldade de

caracterizar os sintomas específicos, particularmente em mulheres, das quais

aproximadamente 70% podem ser assintomáticas (ORTIZ, L. et al. 1996).

Nas que apresentam sintomatologia, ocorreu uma associação significativa com a

positividade para a C. trachomatis e a presença de corrimento e ectrópio, o que

coincide com os achados de alguns estudos, os quais encontraram a presença de

corrimento vaginal dito anormal, definido como secreção, com características

diferentes das produzidas nos períodos cíclicos de mudanças hormonais, como o

sintoma mais frequente entre as mulheres com infecção por C. trachomatis

(BARCELOS, M.R.B. et al., 2008; JALIL, E.M. et al., 2008; BENZAKEN, A.S. et al.,

2010; BOZICEVIC, I. et al., 2011) e considerado como um dos fatores essenciais

para o diagnóstico da doença inflamatória pélvica (GRAY-SWAIN, M.R.; PEIPERT,

J.F., 2006).

Sendo assim, o presente estudo visa fazer um levantamento bibliográfico dessa

bactéria, muitas vezes assintomática, mas bastante presente em nossa população,

enfatizando seu ciclo de desenvolvimento, seu modo de infecção e seus possíveis

métodos de diagnóstico.

Page 9: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

6

2. Objetivos

2.1 Objetivo geral

Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis

2.2 Objetivos específicos

Descrever:

O Ciclo de vida

A Infecção

O Diagnostico laboratorial

Page 10: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

7

3. Fundamentação teórica

3.1 Chlamydia trachomatis

3.1.1 Ciclo de vida

Chlamydia trachomatis é uma bactéria do tipo cocos, gram-negativa, que varia

de 0,2 a 1,5 µm. Ela atua como parasita intracelular obrigatório de células

eucarióticas, sendo incapaz de sintetizar ATP. Infecta somente célula humana e está

frequentemente associada à infecção do trato genital humano, se constituindo um

dos principais agentes sexualmente transmissíveis entre as populações humanas

(PEREIRA, 2011).

A família Chlamydiaceae é composta pelo gênero Chlamydia, o qual apresenta

três espécies patogênicas ao homem, C. trachomatis, C. pneumoniae e C. psittaci.

As duas últimas são agentes etiológicos de grande parte das infecções respiratórias

(MANAVI, 2006; POIARES, et al. 2008). Já a espécie Chlamydia trachomatis é

responsável pela etiogenia de patologias diferentes, associadas às biovariedades

tracoma, linfogranuloma venéreo e infecções genitais (WARFORD, et al. 1999). Os

sorotipos podem ser classificados de acordo com as diferentes apresentações

clínicas: os sorotipos A, B, Ba (está correto), C estão associados ao tracoma

endêmico; L1, L2, L3 ao LGV; D, E, F, G, H, I, J, K a infecções genitais e em

neonatos (BLACK, 1997; BARNES, 1989; WARFORD, et al., 1999).

Ela é uma bactéria imóvel, com ciclo de desenvolvimento bifásico e replicação

dentro de vacúolos na célula hospedeira, formando inclusões citoplasmáticas

características (BARNES, 1989). A replicação apresenta um ciclo multimórfico e sem

sincronismo de desenvolvimento. Dentro deste ciclo multimórfico ocorrem duas

formas bem distintas: os corpos elementares (EB) e os corpos reticulares (RB)

(HALL, 1997; SCHACHTER; STAMM, 1999). Os corpos elementares são a forma

infecciosa, entram no endossoma da célula hospedeira, depois de penetrar através

de receptores na superfície da célula epitelial suscetível à clamídia (SCHACHTER;

STAMM, 1999).

Page 11: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

8

Figura 1. Ciclo de desenvolvimento da Chlamydia trachomatis (The intracellular life of

chlamydiae, 2013)

Aproximadamente oito horas após a entrada da C. trachomatis na célula,

começa a replicação por divisão binária, completando-se o ciclo dentro do

endossoma. O RB é maior em tamanho e mais rico em RNA; é a forma metabólica e

não-infecciosa da clamídia. Em 24 a 72 horas o RB retorna à forma EB, formando

vacúolos contendo de 100 a 1.000 EB. Quando estes vacúolos substituem quase

todo o citoplasma da célula hospedeira, ocorre lise e lançamento de EB para o meio

extracelular, podendo dar início a um novo ciclo de infecção (WARFORD, et al.,

1999).

Apesar de ser antigenicamente complexa, são dois os antígenos mais

relacionados ao diagnóstico e à patogênese da infecção por essa bactéria. São eles:

o antígeno lipopolissacarídico (LPS), mais encontrado no RB, constituído

principalmente por ácido cetodeoxietanóico; e o antígeno da major outer membrane

protein (Momp) (WARFORD, et al., 1999). Os antígenos da Momp são espécie e

subespécie-específicos; por isso são utilizados para a sorotipagem (caracterização

realizada através de painel de anticorpos monoclonais) (SCHACHTER; STAMM,

1999). Essa bactéria possui restrições metabólicas, sendo incapaz de sintetizar ATP

e necessitando de fonte externa de energia. A parede celular é característica de

bactéria gram-negativa, mas, por ter vida intracelular obrigatória, foi originalmente

Page 12: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

9

considerada um vírus. Entretanto, diferentemente dos vírus, possui RNA e DNA

(BARNES, 1989; HALL, 1997; SCHACHTER; STAMM, 1999).

3.1.2 A Infecção

A infecção urogenital por C. trachomatis é a causa de doença sexualmente

transmissível bacteriana mais prevalente no mundo, causando infecções genitais

sintomáticas e, mais comumente, assintomáticas (FERNANDEZ, R.N.; XIMENES,

A.C.; ALVES, M.F.C, 2005; GÖRANDER, S. et al., 2008).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que anualmente cerca de 100

milhões de novos casos ocorrem em todo o mundo. Estudos mostram que as

infecções por clamídia é a doença bacteriana transmitida mais comum em países

europeus e nos Estados Unidos, com mais de 2,8 milhões de novos casos

estimados para ocorrer a cada ano. Em 2009, mais de 1,2 milhões de casos de

infecção por clamídia foram notificados para Centros de Controle de Doenças

(CDC). A prevalência de infecção por clamídia foi de 6,8% entre as mulheres

sexualmente ativas com idade entre 14-19 anos (BORBOREMA-ALFAIA, 2013).

No Brasil, de acordo com estudos epidemiológicos de doenças sexualmente

transmissíveis (DSTs) em grupos específicos de mulheres que participaram

ginecologia, planejamento familiar, pré-natal e clínicas mostrou uma prevalência de

2,1-27,1% para a infecção genital por C. trachomatis (MIRANDA A. E., GADELHA A.

M. J., PASSOS M. R. L., 2003).

No homem, a clamídia é responsável por 30% a 50% dos casos de uretrite não

gonocócica, e, quando não tratada, pode levar à síndrome de Reiter (BLACK, M.C.

1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E. 1999; WARFORD, A. et al. 1999). Uma

característica desta síndrome é a recorrência, e inclui uretrite, artrite, uveíte e,

frequentemente, lesões de pele e de membranas mucosas (MCCORMACK, M.W. et

al. 1995; WARFORD, A. et al. 1999).

A co-infecção poderia ainda, induzir respostas inflamatórias, diminuindo a

eficiência da resposta imune celular e a capacidade de eliminar o HPV nas células

da camada basal, facilitando a persistência viral (SMITH et al., 2002, 2004; ZEREU

et al., 2007; PABA et al., 2008). Finan; Musharrafieh; Almawi (2006) também

comentam que a infecção por C. trachomatis pode induzir a expressão de

Page 13: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

10

mediadores pro-inflamatórios, alterando a adesão célula-célula e afetando o

processo de diferenciação celular.

Na mulher, a infecção genital pode causar salpingite, cervicite, uretrite,

endometrite, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade e gravidez ectópica

(BLACK, M.C., 1997; GAYDOS, C. et al., 1998; HILLIS, D.S. et al., 1996;

MCCORMACK, M.W. et al., 1995; QUINN, T.C. et al., 1996). Quando sintomática,

observam-se corrimento vaginal, disúria e sangramento após as relações sexuais. A

infecção se inicia usualmente pela endocérvice, podendo ocorrer na uretra e no reto,

sendo incomum apenas na uretra (5% a 30%). Ocorre mais frequentemente na

endocérvice e na uretra, em 50% a 60% dos casos (BLACK, M.C., 1997).

A ascensão do microrganismo do trato geniturinário para o endométrio e para as

trompas de Falópio pode ser causa de dor no baixo ventre e de anormalidades

menstruais (WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994). O paradoxo em relação à infecção

por clamídia é que, mesmo assintomática, pode causar severa imunopatologia

tubária. Os testes de triagem para o diagnóstico e o tratamento promoveram uma

redução de aproximadamente 56% na incidência de Doença Inflamatória Pélvica

(SCHOLES, D.S. et al., 1996). Múltiplos estudos (BLACK, M.C., 1997; GAYDOS, C.

et al., 1998; HILLIS, D.S. et al., 1996; QUINN, T.C. et al., 1996; WEINSTOCK,

H.M.D. et al., 1994) apontam a infecção sintomática ou assintomática como

associada à gravidez ectópica. A salpingite latente e não tratada é uma importante

causa de infertilidade (BLACK, M.C., 1997, WARFORD, A. et al., 1999).

A infecção por Chlamydia trachomatis está associada a resultados adversos na

gravidez, incluindo aborto, ruptura prematura de membranas, trabalho de parto

prematuro, baixo peso ao nascimento, óbito fetal, infecção neonatal e endometrite

pós-parto (MEYERS, D.S.; HALVORSON, H.; LUCKHAUPT, S.; U.S., 2007). A

gravidez ectópica pode causar morte durante o primeiro trimestre de gravidez

(HILLIS, D.S. et al., 1996). A infecção por exposição perinatal ocorre em

aproximadamente dois terços dos recém-nascidos de mães infectadas. A

transmissão ocorre durante o trabalho de parto, sendo a causa mais comum de

conjuntivite de inclusão que se desenvolve dentro de duas semanas após o

nascimento e, quando não tratada, pode causar pneumonia (SEADI, C. F., 2002).

A profilaxia das conjuntivites em recém-nascidos expostos à infecção falha em

15% a 25% dos casos (BLACK, M.C., 1997, WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994). O

tratamento da pneumonia pode necessitar de hospitalização prolongada, podendo

Page 14: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

11

deixar como sequela uma deficiência na função pulmonar destas crianças

(WARFORD, A. et al., 1999).

O Centers for Disease Control (CDC) recomenda a triagem em todas as

mulheres sexualmente ativas com evidência de cervicite mucopurulenta e idade

inferior a 20 anos; em mulheres com idade entre 20 e 30 anos que não utilizam

preservativos regularmente e/ou que tenham trocado de parceiro nos últimos 90

dias, e em todas as mulheres com idade inferior a 30 anos atendidas em clínicas de

planejamento familiar (HOWELL, M.R. et al., 1998).

Ainda, alguns estudos têm sugerido a infecção por C. trachomatis como um fator

de risco independente para o desenvolvimento de câncer cervical (SALCEDO,

M.M.B.P. et al., 2008; OLIVEIRA, M.L. et al., 2008). Como também associado ao

HPV, possivelmente porque essa bactéria teria papel facilitador na carcinogênese do

colo do útero mediado pelo HPV, através das proteínas HSP60, que possuem ação

anti-apoptótica, facilitando a atuação das oncoproteínas virais em células infectadas

pelo HPV (OLIVEIRA, M.L. et al., 2008)

No Brasil, são raros os Serviços de Saúde que oferecem a pesquisa dessa

bactéria sistematicamente como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal

(JALIL, E.M. et al., 2008), embora na maioria das mulheres a infecção seja

assintomática ou com sintomas mínimos. Esse dado é relevante na medida em que

há evidências de que o rastreamento de gestantes assintomáticas pode detectar a

infecção por clamídia e que o tratamento dessa infecção durante o curso da

gestação melhora os resultados sobre a saúde materna e fetal, havendo

recomendação para o rastreamento dessa bactéria durante a gravidez (MEYERS,

D.S.; HALVORSON, H.; LUCKHAUPT, S., 2007).

3.1.3 Diagnóstico laboratorial

O aprimoramento de métodos laboratoriais permitiu um grande avanço no

diagnóstico e avaliação epidemiológica das infecções provocadas pela C.

trachomatis (MELLES, H.H.B. et al., 2000).

Page 15: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

12

3.1.3.1 Pesquisa de anticorpos (Ac)

As técnicas sorológicas mais comuns, como a fixação do complemento, a

imunofluorescência indireta (IFI), que utiliza células infectadas com o sorotipo L2, e o

enzimaimunoensaio heterogêneo, que utiliza antígenos recombinantes, detectam

anticorpos gênero-específicos, ou seja, contra o antígeno LPS presente nos corpos

elementares ou reticulares (BLACK, M.C., 1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E.,

1999).

As técnicas que permitem detectar separadamente anticorpos de classe IgG, IgA

e IgM são mais úteis, embora a pesquisa de IgM seja frequentemente indetectável

quando a infecção é recorrente (BLACK, M.C., 1997; SCHACHTER, J.; STAMM,

W.E., 1999). A presença de anticorpo IgM e/ou IgA e um aumento significativo (pelo

menos dois títulos) de IgG entre uma amostra colhida na fase aguda e outra na

convalescente evidenciam uma infecção recente (WARFORD, A. et al., 1999).

A microimunofluorescência (MIF) descrita por Wangs et al. (1973) para a

pesquisa de anticorpos é espécie e subespécie-específica. O princípio da técnica é o

mesmo da IFI, mas difere nos antígenos, que são utilizados em quantidades

mínimas, representando todas as espécies e sorotipos da clamídia (agrupados

opcionalmente por afinidades).

O MIF é a técnica de escolha para a pesquisa do anticorpo IgM no diagnóstico

de pneumonia por clamídia no recém-nascido e a mais sensível entre as técnicas

sorológicas, mas é laboriosa e de alto custo (BLACK, M.C., 1997; BLACK, M.C.,

1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E., 1999; WARFORD, A. et al., 1999).

3.1.3.2 Cultura

A técnica de referência para o diagnóstico desse agente ainda é o cultivo, que

possui especificidade de quase 100%; no entanto, a sensibilidade não é muito boa

(HERKENHOFF, Marcos Edgar et al., 2012). A sensibilidade deste método pode

atingir um nível de cerca de 80-90 % com meio de cultura especializada e condições

de cultura , pessoal especializado e, pelo menos, 72 horas de tempo de cultura. Um

elevado nível de suspeita em um clínico alerta é essencial para a escolha do meio

de cultura e as condições para a direita , e uma melhoria significativa na taxa de

Page 16: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

13

cultura pode também ser conseguida por transporte urgente e processamento das

amostras no laboratório (SU W.H.,2011). Esse tipo de exame requer cultivo de

linhagens celulares e estas são de alto custo e de difícil conservação, fazendo com

que muitos laboratórios abandonem essa prática (HERKENHOFF, Marcos Edgar et

al., 2012).

Várias linhagens celulares permitem o cultivo da clamídia, sendo mais utilizadas

as células McCoy distribuídas em monocamadas sobre microplacas. Este método

utiliza a cycloheximida, droga citostática que permite a utilização de células em

plena atividade metabólica, com apenas 24h de incubação, tornando-as mais

sensíveis ao desenvolvimento da clamídia (RIPA, K.T.; MARDH, P.A., 1977). Na

coleta da amostra, quer para fins citológicos, quer para fins de isolamento, devesse

sempre considerar a quantidade de células epiteliais contidas nesse material

(PHILLIPS, R.S. et al. 1987), levando-se em conta que a clamídia é um

microrganismo intracelular obrigatório, com preferência por células do epitélio

colunar. Assim, a presença dessas células reflete a qualidade da amostra para

diagnóstico laboratorial.

A vantagem da cultura é a baixa probabilidade de contaminação e a preservação

do microrganismo para estudos adicionais, como o teste de suscetibilidade à terapia

antimicrobiana e genotipagem (BLACK, M.C., 1997). Devido à alta especificidade,

até meados de 1998, era a única metodologia aceita para fins médico-legais em

suspeita de estupro e abuso sexual, conforme recomendação do CDC.

A cultura tem sido considerada o padrão-ouro (gold standard), podendo, por

vezes, subestimar a especificidade de outras técnicas mais sensíveis. Resultados

discordantes em relação à cultura já foram até mesmo considerados falso-positivos,

quando na verdade faltava sensibilidade à cultura (LEBAR, D.W., 1996). Por outro

lado, avaliar testes menos sensíveis comparando-os com a cultura é superestimar a

sensibilidade do teste em relação à verdadeira infecção (BLACK, M.C., 1997;

HADGU, A., 1996).

O isolamento da C. trachomatis em cultura de células não constitui padrão ouro

com 100% de especificidade e sensibilidade. Entretanto, se processado sob

condições ótimas, é mais sensível que os métodos novos e é específico (BLACK,

M.C., 1997; MAGDER, L. et al. 1990).

A agência americana Food and Drug Administration (FDA) tem ampliado a

definição de um resultado verdadeiramente positivo para a infecção por clamídia,

Page 17: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

14

baseando-se na combinação de dois testes (cultural e não-cultural) (BLACK, M.C.,

1997). De acordo com o Guia da Prática Clínica, publicado pelo CDC, um

diagnóstico é definitivo quando a cultura é positiva ou um teste não-cultural é

confirmado por um segundo teste não-cultural. A associação de duas técnicas não-

culturais positivas é aceita como padrão-ouro expandido (SEADI, C.F. et al., 2002).

3.1.3.3 Pesquisa de antígenos (Ag)

Os testes de detecção de antígenos baseiam-se na reação com os antígenos

contidos no LPS e no Momp. A detecção direta de antígeno também pode ser

realizada por testes de EIA (Enzimaimunoensaio), os quais podem variar quanto ao

tipo de fase sólida (como microplacas, pérolas, tubos) onde está ligado o anticorpo

primário. Quando o antígeno está presente, este reage com um anticorpo marcado

com enzima, cujo produto final pode ser avaliado por espectrofotometria,

fluorescência ou quimiluminescência e correlacionado com a positividade ou não do

teste (SEADI, C.F. et al., 2002).

Técnicas de EIA que empregam anticorpo anti-LPS apresentam a desvantagem

de poderem resultar em reação cruzada com o LPS de outras bactérias (BLACK,

M.C., 1997; WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994), levando a resultados falsamente

positivos.

3.1.3.4 Pesquisa de ácidos nucléicos

A partir de 1980, a tecnologia de detecção de ácidos nucléicos encontrou ampla

aplicação no diagnóstico de infecção por clamídia, por ser mais rápida e sensível e

por não depender da viabilidade da amostra. Sondas de DNA com sequência

complementar ao RNA ribossomal 16S do genoma da clamídia e marcadas com

éster de acridina, ao hibridizar com o DNA da clamídia, são absorvidas por

magnetismo, e a reação é quantificada com o uso de um luminômetro. Amostras

hemolisadas são inadequadas devido ao efeito de autofluorescência, podendo

produzir resultados falso-positivos (BLACK, M.C., 1997).

Boas práticas de laboratório e procedimentos de desinfecção são

imprescindíveis para minimizar problemas de contaminação.

Page 18: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

15

4. Conclusão

As mulheres com infecções por clamídia frequentemente não são diagnosticadas

até que surjam complicações, tais como a doença inflamatória pélvica (DIP). Mesmo

assim, os sintomas de doença inflamatória pélvica causados por infecção por

clamídia podem estar ausentes ou não ser específicos, aumentando o risco de

complicações a longo prazo. Assim, reafirmamos a conclusão de autores de que não

existe, de fato, sintoma que se possa dizer específico de infecção genital pela C.

trachomatis.

Uma vez infectados, as mulheres tornam-se suscetíveis à sequela da obstrução

tubária bilateral e os homens ao fator masculino de infertilidade. Como a população

jovem é a mais afetada, o rastreamento de casos assintomáticos tem sido

recomendado em alguns países desde os anos de 1990, na maioria das vezes em

populações específicas como em clínicas de DST, pré-natal e planejamento familiar.

No Brasil, o rastreamento para C. trachomatis tem sido meta do Ministério da Saúde

desde 1999 e tem sido realizado dentro da possibilidade dos serviços, em gestantes

e adolescentes em atendimentos específicos como planejamento familiar,

atendimento pré-natal e prevenção do câncer do colo do útero.

Nos métodos de diagnósticos, ao abordarmos a pesquisa indireta, registramos a

existência de situações em que é necessário a coleta de duas amostras em

intervalos de pelo menos 15 dias, com o risco de altos percentuais de reações

cruzadas pelas técnicas de EIA e de IFI. A má administração de tais limites do

método compromete seus resultados. Por outro lado, a cultura, apesar de exigir

infraestrutura pouco acessível da maioria dos laboratórios de rotina, oferece maior

segurança quanto à contaminação de amostras. Sua sensibilidade, mesmo sendo

inferior somente à da PCR, compensa-se pela sua especificidade. Já nos testes

diretos, como a pesquisa de antígenos e ácidos nucleicos, apresentam maior

sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, embora impliquem maior custo.

Os indiretos, como a pesquisa de anticorpos séricos, são frequentemente

utilizados para o rastreamento por se constituírem métodos fáceis para coleta e

manuseio, mas têm restrições por não serem adequados para pesquisa de infecção

ativa e pelos altos percentuais de reações cruzadas. Finalmente, os métodos mais

completos em termos de sensibilidade e especificidade e com menores riscos são os

Page 19: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

16

de detecção de ácidos nucléicos, dos quais a PCR é o mais difundido, apesar de

seus custos elevados.

REFERÊNCIAS

BARCELOS, M.R.B. et al. Infecções genitais em mulheres atendidas em Unidade

Básica de Saúde: prevalência e fatores de risco. Revista Brasileira de Ginecologia

e Obstetrícia. 2008, v. 30, n. 7, p. 349-54.

BARNES, C.R. Laboratory diagnosis of human chlamydial infections. Clinical

Microbiology Reviews, v. 2, n. 2, p. 119-36, 1989.

BENZAKEN, A.S. et al. Prevalência da infecção por clamídia e gonococo em

mulheres atendidas na clínica de DST da Fundação Alfredo da Matta, Manaus,

Amazonas. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissiveis, v.

22, n. 3, p. 129-34, 2010.

BLACK, M.C. Current methods of laboratory diagnosis of Chlamydia trachomatis

infections. Clinical Microbiology Reviews, v. 10, n. 1, p. 160-84, 1997.

BORBOREMA-ALFAIA, Ana Paula B. de et al. Chlamydia trachomatis infection in a sample of northern Brazilian pregnant women: prevalence and prenatal importance. Brazilian Journal of Infectious Diseases, Salvador, v. 17, n. 5, Oct. 2013.

BOZICEVIC, I. et al. Urine-based testing for Chlamydia trachomatis among young

adults in a population-based survey in Croatia: feasibility and prevalence. BMC

Public Health, v. 11, p. 230, 2011.

FERNANDES, A.M.S. et al. Infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria

gonorrhoeae em mulheres atendidas em serviço de planejamento familiar. Revista

Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 5, p. 235-40, 2009.

FERNANDEZ, R.N.; XIMENES, A.C.; ALVES, M.F.C. Detecção do DNA de

Chlamydia trachomatis em espondiloartropatias e artrite reumatoide. Revista

Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 5, p. 280-290, 2005.

Page 20: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

17

FINAN, R. R.; MUSHARRAFIEH, U.; ALMAWI, W.Y. Detection of Chlamydia

trachomatis and herpes simplex type 1 or 2 in cervical samples in human papilloma

virus (HPV)- positive and HPV-negative women. Clinical of Microbiology Infect, v.

12, p. 927-930, 2006.

FRANCESCHI, S. et al. Cervical infection with Chlamydia trachomatis and Neisseria

gonorrhoeae in women from ten areas in four continents. A cross-sectional study

in Sexually Transmitted Infections, v. 34, n. 8, p. 563-9, 2007.

GAYDOS, C. et al. Molecular amplification assays to detect chlamydial infections in

urine specimens form high school female students and monitor the persistence of

chlamydial DNA after therapy. Journal of Infectious Diseases, v. 177, p. 417-24,

1998.

GEISLER, W.M.; JAMES, A.B. Chlamydial and gonococcal infections 23. in women

seeking pregnancy testing at family-planning clinics. American Journal of

Obstetrics & Gynecology, v. 198, n. 5, p. 502 e 1-4, 2008.

GÖRANDER, S. et al. Soroprevalence of Herpes simplex vírus type 2, five

oncogênico human papillomaviruses, and Chlamydia trachomatis in Katowoice,

Poland. Clinical and Vaccine Immunology, v. 15, n. 4, p. 675-680, 2008.

GRAY-SWAIN, M.R.; PEIPERT, J.F. Pelvic inflammatory disease in adolescents.

Current Opinion in Obstetrics and Gynecology, v. 18, n. 5, p. 503-10, 2006.

HADGU, A. The discrepancy in discrepant analysis. Lancet, v. 348, p. 592-3, 1996.

HALL, S.G. Chlamydia trachomatis: update on laboratory diagnosis. Check sample.

The American Society for Clinical Pathology, v. 40, n. 4, p. 49-61, 1997.

HERKENHOFF, Marcos Edgar et al. Prevalência de Chlamydia trachomathis em

amostras endocervicais de mulheres em São Paulo e Santa Catarina pela PCR.

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Rio de Janeiro, v. 48, n. 5,

Oct. 2012.

Page 21: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

18

HILLIS, D.S. et al. Screening for Chlamydia: a key to the prevention of pelvic

inflammatory disease. The New England Journal of Medicine, v. 334, n. 21, p.

1399-401, 1996.

HOWELL, M.R. et al. Screening for Chlamydia trachomatis in asymptomatic women

attending family planning clinics: a cost-effectiveness analysis of three strategies.

Annals of Internal Medicine, v. 128, n. 4, p. 277-84, 1998.

JALIL, E.M. et al. Prevalência da infecção por clamídia e gonococo em gestantes de

seis cidades brasileiras. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de

Janeiro, v. 30, n. 12, Dec. 2008.

LEBAR, D.W. Keeping up with new technology: new approaches to diagnosis of

Chlamydia infection. Clinical Chemistry, v. 42, n. 2, p. 808-12, 1996.

MACHADO, F.A.C. et al. Prevalência de infecção por HIV, HTLV, VHB e de sífilis e

clamídia em gestantes numa unidade de saúde terciária na Amazônia ocidental

brasileira. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 32, n. 4, p. 176-83,

2010.

MAGDER, L. et al. Effect of patient characteristics on performance of an Enzyme

immunoassay for detecting cervical Chlamydia trachomatis infection. Journal of

Clinical Microbiology, v. 28, p. 781-784, 1990.

MANAVI, K. A review on infection with Chlamydia trachomatis. Best Practice &

Research Clinical Obstetrics and Gynaecology, v. 20, n. 6, p. 941-951, 2006.

MCCORMACK, M.W. et al. Urethrites in principles and practice of infectious

diseases. Nova York: Churchill Livingstone, ed.4 p. 1063-74, 1995.

MELLES, H.H.B. et al. Avaliação de parâmetros para o diagnóstico laboratorial de

infecção genital feminina pela Chlamydia trachomatis. Revista da Sociedade

Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 33, n. 4, Aug. 2000.

Page 22: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

19

MEYERS, D.S.; HALVORSON, H.; LUCKHAUPT, S.; U.S. Preventive Services 21.

Task Force. Screening for chlamydial infection: an evidence update for the U.S.

Preventive Services Task Force. Annals of Internal Medicine, v. 147, n. 2, p. 135-

42, 2007.

MIRANDA A. E., GADELHA A. M. J., PASSOS M. R. L. Impacto da Infecção pela Chlamydia trachomatis na Saúde Reprodutiva. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissiveis, n 15, p 53–8, 2003.

OLIVEIRA, M.L. et al. Infecção por Chlamydia em pacientes com e sem lesões intra-

epiteliais cervicais. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 54, n. 6, p. 506-

12, 2008.

ORTIZ, L. et al. Chlamydia trachomatis major outer membrane protein (MOMP)

epitopes that activate HLA class II-restricted T cells from infected humans. The

Journal of Immunology, v. 157, n. 10, p. 4554-67, 1996.

PABA, P. et al. Co-Expression of HSV-2 and Chlamydia trachomatis in HPV-Positive

cervical Cancer and Cervical Intraepithelial Neoplasia Lesions Is Associated with

Aberrations in Key Intracellular Pathways. Intervirology, v. 51, p. 230-34, 2008.

PEREIRA, V.S.S. Prevalêcia da infecção por papilomavírus humano, herpes simplex

tipos 1 e 2 e chlamydia trachomatis em um segmento da população feminina da

grande natal / RN. In: Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2011, v.

1. Disponivel em <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde_busca/arquivo.php?

codArquivo=4350>. Acesso em: 28 abr. 2013.

PHILLIPS, R.S. et al. Use of a direct fluorescent antibody test for detecting

Chlamydia trachomatis cervical infection in women seeking routine gynecologic care.

Journal of Infectious Diseases, v. 156, p. 575-581, 1987.

PIAZZETTA, R.C.P.S. et al. Prevalência da infecção por Chlamydia Trachomatis e

Neisseria Gonorrhoea em mulheres jovens sexualmente ativas em uma cidade do

Sul do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v.

33, n. 11, Nov. 2011.

Page 23: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

20

POIARES, L. A. et al. Validação do método de detecção de Chlamydia trachomatis

por Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real. Revista Brasileira de

Análises Clínicas, v. 40, n. 3, p. 229-232, 2008.

QUINN, T.C. et al. Epidemiologic and microbiologic correlates of Chlamydia

trachomatis infection in sexual partnerships. The Journal of the American Medical

Association, v. 276, n. 21, p. 1737-42, 1996.

RIPA, K.T.; MARDH, P.A. Cultivation of Chlamydia trachomatis in cycloheximide-

treated Mccoy cells. Journal of Clinical Microbiology, v. 6, p. 328-331, 1977.

SALCEDO, M.M.B.P. et al. Chlamydia trachomatis e gestação. Femina. v. 36, n. 7,

p. 431-7, 2008.

SCHACHTER, J.; STAMM, W.E. Chlamydia. In: Manual of clinical microbiology. 7.ed.

Washington, D.C. The American Society for Microbiology Press, p. 795-806,

1999.

SCHOLES, D.S. et al. Prevention of pelvic inflammatory disease by screnning for

cervical Chlamydia infection. The New England Journal of Medicine, v. 334, p.

1362-66, 1996.

SEADI, C.F. et al. Diagnóstico laboratorial da infecção pela Chlamydia trachomatis:

vantagens e desvantagens das técnicas. O Jornal Brasileiro de Patologia e

Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. 38, n. 2, 2002.

SMITH, J.S. et al. Chlamydia trachomatis and invasive cervical cancer: a pooled

analysis of the IARC multicentric case-control study. International Journal of

Cancer, v. 111, p. 431-439, 2004.

SMITH, J.S. et al. Herpes Simplex Virus-2 as a human papillomavirus Cofactor in the

Etiology of Invasive Cervical Cancer. Journal of the National Cancer Institute, v.

94, n. 21, p. 1604-13, 2002.

Page 24: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

21

SPILIOPOULOU, A. et al. Chlamydia trachomatis: time for screening? Clinical

Microbiology and Infection, v. 11, n. 9, p. 687-9, 2005.

SU W.H., et al. Diagnosis of Chlamydia infection in women. Taiwanese Journal of

Obstetrics and Gynecology, v 50, n 3, p 261-7, Sept 2011.

The intracellular life of chlamydiae. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/ science/article/pii/S1045187002500066> Acesso em: 6 ab. 2013.

WANGS, S.P. et al. A simplified method of immunological typing of trachoma-

inclusion conjunctivitis-lymphogranuloma venereum organisms. Infection and

Immunity, v. 7, p. 356-60, 1973.

WARFORD, A. et al. Laboratory diagnosis of Chlamydia trachomatis infection. In:

Cumitech. Washington, D.C. The American Society for Microbiology Press,

v.19A, p. 2-18, 1999.

WEINSTOCK, H.M.D. et al. Chlamydia trachomatis infections. In: Sexually

transmitted diseases in the Aids era: part II. Infectious Disease Clinics of North

America, v. 8, n. 4, p. 797-819, 1994.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). 6. Sexually Transmitted Bacterial

Infections. Disponível em: <www.who.int/vaccine_research/documents/

Chapter6_STI_New.pdf> Acesso em: 01 abr. 2013.

ZEREU, M. et al. Herpes simplex virus type 2 and Chlamydia trachomatis in

adenocarcinoma of the uterine cervix. Journal of Gynecology and Obstetrics, v.

105, p. 172-75, 2007.

Page 25: GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL … · Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção

22

ANEXO

DECLARAÇÃO

Eu, Gledson Barbosa de Carvalho, portadora do documento de identidade RG

6322857, CPF n° 041250114-78, aluno regularmente matriculada no curso de Pós-

Graduação em Citologia Clínica, do programa de Lato Sensu da Faculdade Boa

Viagem e do Centro de Capacitação Educacional, sob o n° CC112412 declaro a quem

possa interessar e para todos os fins de direito, que:

1. Sou o legítimo autor da monografia cujo título é: “INFECÇÃO GENITAL

OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis”, da qual esta declaração faz

parte, em seus ANEXOS;

2. Respeitei a legislação vigente sobre direitos autorais, em especial, citado

sempre as fontes as quais recorri para transcrever ou adaptar textos

produzidos por terceiros, conforme as normas técnicas em vigor.

Declaro-me, ainda, ciente de que se for apurado a qualquer tempo qualquer

falsidade quanto ás declarações 1 e 2, acima, este meu trabalho monográfico

poderá ser considerado NULO e, consequentemente, o certificado de conclusão de

curso/diploma correspondente ao curso para o qual entreguei esta monografia será

cancelado, podendo toda e qualquer informação a respeito desse fato vir a tornar-se

de conhecimento público.

Por ser expressão da verdade, dato e assino a presente DECLARAÇÃO,

Em Recife, _____/__________ de 2014.

________________________

Assinatura do (a) aluno (a)

Autenticação dessa assinatura, pelo

funcionário da Secretaria da Pós-

Graduação Lato Sensu