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Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG - Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008 GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Luiz Henrique da Silveira VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Leonel Arcângelo Pavan SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA Antonio Marcos Gavazzoni DIRETOR GERAL Pedro Mendes DIRETOR DE CONTABILIDADE GERAL Wanderlei Pereira das Neves Contador CRC-SC nº 15.874

GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE … · 2017-09-04 · Excelência a Prestação de Contas relativa ao exercício financeiro de 2008, segundo ano

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  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG - Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Luiz Henrique da Silveira

    VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Leonel Arcângelo Pavan

    SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA Antonio Marcos Gavazzoni

    DIRETOR GERAL Pedro Mendes

    DIRETOR DE CONTABILIDADE GERAL

    Wanderlei Pereira das Neves Contador CRC-SC nº 15.874

  • Estado de Santa Catarina Gabinete do Governador

    Centro Administrativo – Rodovia SC 401 - km. 5, nº 4600 Saco Grande - Florianópolis - SC

    Ofício GABGOV nº /2009 Florianópolis, 16 de março de 2009.

    Excelentíssimo Senhor,

    Em cumprimento ao disposto no inciso IX do artigo 71 da Constituição do Estado, apresento a Vossa Excelência a Prestação de Contas relativa ao exercício financeiro de 2008, segundo ano do meu segundo mandato.

    Nos termos do artigo 56 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a referida prestação de contas abrange em seus demonstrativos todos os atos e fatos referentes à execução orçamentária, financeira e contábil da Administração Direta e seus Fundos Especiais, das Autarquias, das Fundações e das Empresas Estatais Dependentes.

    Atenciosamente,

    LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA Governador do Estado

    Excelentíssimo Senhor JOSÉ CARLOS PACHECO Presidente do Tribunal de Contas Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina Florianópolis - SC

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Gabinete do Secretário

    E.M nº 040 - SEF/GABS Florianópolis, 16 de março de 2009.

    Excelentíssimo Senhor Governador do Estado,

    Dentre as atribuições privativas do Governador, previstas no artigo 71 da Constituição do Estado, destaca-se a obrigatoriedade de prestar as contas referentes ao exercício anterior à sociedade catarinense, via Assembléia Legislativa. O prazo para essa prestação de contas é de até sessenta dias após a abertura da primeira sessão legislativa.

    Relacionado ao mesmo tema, o artigo 56 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), determina que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

    Em cumprimento aos dispositivos constitucionais e legais apresento a Vossa Excelência o Balanço Geral do Estado relativo ao exercício financeiro de 2008, que abrange em seus demonstrativos sintéticos todos os atos e fatos referentes à execução orçamentária e financeira da Administração Direta e seus Fundos Especiais, das Autarquias, das Fundações, das Empresas Estatais Dependentes, bem como demonstrativos contábeis consolidados dos três Poderes e Órgãos referentes ao período governamental citado.

    A Sua Excelência o Senhor Luiz Henrique da Silveira Governador do Estado de Santa Catarina NESTA

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Gabinete do Secretário

    Este documento, na condição de instrumento de transparência da gestão fiscal, deverá ficar disponível, durante todo o exercício, no Poder Legislativo do nosso Estado, bem como na Diretoria de Contabilidade Geral desta Secretaria, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade, conforme determina o artigo 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Para facilitar a compreensão dos demonstrativos contábeis, bem como para atender à exigência da Egrégia Corte de Contas, a Diretoria de Contabilidade Geral elaborou um Relatório circunstanciado sobre a execução do orçamento e a situação da administração financeira estadual ao término do exercício financeiro de 2008.

    O documento se reveste da maior importância, pois é um dos principais instrumentos de transparência da gestão fiscal de que trata o artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal e retrato fiel das execuções orçamentária, financeira e patrimonial do exercício de 2008, demonstrando ao cidadão catarinense a real situação do Estado ao término daquele exercício.

    Trata-se ainda de um documento fundamental para a preservação dos registros dos dados oficiais da arrecadação, da aplicação dos recursos públicos, dos ativos e passivos do Estado, que ficarão disponíveis para consultas e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

    Assim, submeto a Vossa apreciação a prestação de contas relativa ao segundo ano do segundo mandato de Vossa Excelência, com a sugestão para que a mesma seja remetida à Assembléia Legislativa, por intermédio do Tribunal de Contas do Estado, conforme mandamento constitucional.

    Respeitosamente,

    Antônio Marcos Gavazzoni Secretário de Estado da Fazenda

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    SUMÁRIO

    1 – Apresentação .......................................................................................................................................................................... 14

    2 – Relatório Técnico Sobre a Prestação de Contas do Exercício de 2008 .................................................................................. 18

    2.1 – Introdução............................................................................................................................................................................. 19

    2.1.1 – Descrição Analítica Das Atividades Dos Órgãos E Entidades Do Poder Executivo .......................................................... 20 2.2 – Resultado da Execução Orçamentária ................................................................................................................................. 21

    2.2.1 – Receitas............................................................................................................................................................................. 22

    2.2.1.1 – Receita Prevista.............................................................................................................................................................. 23

    2.2.1.2 – Receita Arrecadada........................................................................................................................................................ 25

    2.2.1.3 – Metas de Arrecadação.................................................................................................................................................... 27

    2.2.1.4 – Repasse Constitucional aos Municípios ......................................................................................................................... 29

    2.2.1.5 – Receita Líquida Disponível – RLD.................................................................................................................................. 29

    2.2.1.6 – Repasse aos Poderes e UDESC.................................................................................................................................... 30

    2.2.1.7 – Receita Corrente Líquida – RCL..................................................................................................................................... 32

    2.2.1.8 – Receita Líquida de Impostos – RLI................................................................................................................................. 33

    2.2.1.9 – Receita Líquida Real – RLR ........................................................................................................................................... 34

    2.2.2 – Despesas........................................................................................................................................................................... 35

    2.2.2.1 – Despesa Fixada.............................................................................................................................................................. 35

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    2.2.2.2 – Despesa Orçada e Realizada......................................................................................................................................... 36

    2.2.2.3 – Investimentos por Função e por Fonte ........................................................................................................................... 38

    2.3 - Limites Constitucionais e Legais ........................................................................................................................................... 39

    2.3.1 – Saúde ................................................................................................................................................................................ 39

    2.3.2 – Educação .......................................................................................................................................................................... 40

    2.3.3 – Ensino Superior ................................................................................................................................................................. 42

    2.3.4 – Ciência e Tecnologia ......................................................................................................................................................... 43

    2.3.5 – Gastos com Pessoal.......................................................................................................................................................... 43

    2.3.6 – Serviço da Dívida Consolidada.......................................................................................................................................... 45

    2.3.7 – Resultado Primário ............................................................................................................................................................ 45

    2.3.8 – Resultado Nominal ............................................................................................................................................................ 46

    2.3.9 – Demonstrativo da Despesas Inscritas em Restos a Pagar (posição em 31/12/08) ........................................................... 46

    2.3.10 – Disponibilidade de Caixa (art. 42 da LRF) ....................................................................................................................... 47

    2.4 – Análise dos Balanços ........................................................................................................................................................... 48

    2.4.1 – Balanço Orçamentário ....................................................................................................................................................... 48

    2.4.2 - Balanço Financeiro............................................................................................................................................................. 50

    2.4.3 - Balanço Patrimonial............................................................................................................................................................ 52

    2.4.4 – Demonstração das Variações Patrimoniais ....................................................................................................................... 57

    3 – Relatório da Diretoria de Auditoria Geral ................................................................................................................................. 60

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    4 – Anexos..................................................................................................................................................................................... 74

    4.1 – Balanços e Demonstrações Contábeis (relatórios exigidos pela Lei 4.320/64 e Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal)............................................................................................................................................................... 74

    4.1.1 Balanço Orçamentário (Anexo 12, da Lei 4.320/64)

    4.1.1.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 75

    4.1.1.2 Administração Direta ..................................................................................................................................... 76

    4.1.1.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 77

    4.1.1.4 Empresas Dependentes ................................................................................................................................ 78

    4.1.1.5 Fundações..................................................................................................................................................... 79

    4.1.1.6 Fundos........................................................................................................................................................... 80

    4.1.1.7 Por Poder e Órgão

    4.1.1.7.1 – Poder Executivo .................................................................................................................................... 81

    4.1.1.7.2 – Assembléia Legislativa .......................................................................................................................... 82

    4.1.1.7.3 – Tribunal de Contas ................................................................................................................................ 83

    4.1.1.7.4 – Poder Judiciário..................................................................................................................................... 84

    4.1.1.7.5 – Ministério Público .................................................................................................................................. 85

    4.1.2 Balanço Financeiro (Anexo 13, da Lei 4.320/64)

    4.1.2.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 86

    4.1.2.2 Administração Direta ..................................................................................................................................... 89

    4.1.2.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 92

    4.1.2.4 Empresas Dependentes ................................................................................................................................ 94

    4.1.2.5 Fundações..................................................................................................................................................... 96

    4.1.2.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 98

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    4.1.2.7 Por Poder e Órgão

    4.1.2.7.1 – Poder Executivo .................................................................................................................................... 101

    4.1.2.7.2 – Assembléia Legislativa.......................................................................................................................... 104

    4.1.2.7.3 – Tribunal de Contas................................................................................................................................ 106

    4.1.2.7.4 – Poder Judiciário .................................................................................................................................... 108

    4.1.2.7.5 – Ministério Público .................................................................................................................................. 110

    4.1.3 Relação dos Suprimentos Concedidos ............................................................................................................... 112

    4.1.4 Balanço Patrimonial (Anexo 14, da Lei 4.320/64)

    4.1.4.1 Consolidado Geral......................................................................................................................................... 117

    4.1.4.2 Administração Direta ..................................................................................................................................... 120

    4.1.4.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 123

    4.1.4.4 Empresas Dependentes ................................................................................................................................ 125

    4.1.4.5 Fundações..................................................................................................................................................... 127

    4.1.4.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 129

    4.1.4.7 Por Poder e Órgão

    4.1.4.7.1 – Poder Executivo .................................................................................................................................... 131

    4.1.4.7.2 – Assembléia Legislativa.......................................................................................................................... 134

    4.1.4.7.3 – Tribunal de Contas................................................................................................................................ 135

    4.1.4.7.4 – Poder Judiciário .................................................................................................................................... 137

    4.1.4.7.5 – Ministério Público .................................................................................................................................. 139

    4.1.5 Demonstração das Variações Patrimoniais (Anexo 15, da Lei 4.320/64)

    4.1.5.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 141

    4.1.5.2 Administração Direta ..................................................................................................................................... 144

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    4.1.5.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 146

    4.1.5.4 Empresas Dependentes ................................................................................................................................ 148

    4.1.5.5 Fundações..................................................................................................................................................... 150

    4.1.5.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 152

    4.1.5.7 Por Poder e Órgão

    4.1.5.7.1 – Poder Executivo .................................................................................................................................... 154

    4.1.5.7.2 – Assembléia Legislativa.......................................................................................................................... 157

    4.1.5.7.3 – Tribunal de Contas................................................................................................................................ 158

    4.1.5.7.4 – Poder Judiciário .................................................................................................................................... 159

    4.1.5.7.5 – Ministério Público .................................................................................................................................. 160

    4.1.6 Demonstrativo da Receita e Despesa Segundo as Categorias Econômicas (Anexo 1, da Lei 4.320/64)

    4.1.6.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 161

    4.1.6.2 Administração Direta ..................................................................................................................................... 162

    4.1.6.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 163

    4.1.6.4 Empresas Dependentes ................................................................................................................................ 164

    4.1.6.5 Fundações..................................................................................................................................................... 165

    4.1.6.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 166

    4.1.7 Demonstrativo Geral da Receita por Fontes e da Despesa por Funções do Governo

    4.1.7.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 167

    4.1.7.2 Administração Direta ..................................................................................................................................... 168

    4.1.7.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 169

    4.1.7.4 Empresas Dependentes ................................................................................................................................ 170

    4.1.7.5 Fundações..................................................................................................................................................... 171

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    4.1.7.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 172

    4.1.8 Programa de Trabalho (Anexo 6, da Lei nº 4.320/64)

    4.1.8.1 Consolidado Geral......................................................................................................................................... 173

    4.1.9 Dem. da Despesa por Funções, Subfunções e Programas (Anexo 7, da Lei nº 4.320/64)

    4.1.9.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 344

    4.1.10 Dem. Desp. Por Funções, Subfunções e Programas cfe. o Vínculo dos Recursos (Anexo 8, da Lei nº 4.320/64)

    4.1.10.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 356

    4.1.11 Execução Orçamentária de Programas e Ações – janeiro à dezembro/2008

    4.1.11.1 Consolidado Geral......................................................................................................................................... 365

    4.1.12 Demonstrativo da Despesa por Órgão e Funções (Anexo 9, da Lei 4.320/64)

    4.1.12.1 Consolidado Geral ....................................................................................................................................... 423

    4.1.13 Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada (Anexo 10, da Lei 4.320/64)

    4.1.13.1 Consolidado Geral ....................................................................................................................................... 441

    4.1.13.2 Administração Direta .................................................................................................................................... 470

    4.1.13.3 Autarquias..................................................................................................................................................... 481

    4.1.13.4 Empresas Dependentes ............................................................................................................................... 490

    4.1.13.5 Fundações.................................................................................................................................................... 496

    4.1.13.6 Fundos.......................................................................................................................................................... 501

    4.1.14 Despesas por Créditos Especiais e Extraordinários .......................................................................................... 512

    4.1.15 Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada (Anexo 11, da Lei nº 4.320/64)

    4.1.15.1 Consolidado Geral ....................................................................................................................................... 530

    4.1.15.2 Administração Direta .................................................................................................................................... 535

    4.1.15.3 Autarquias..................................................................................................................................................... 539

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    4.1.15.4 Empresas Dependentes ............................................................................................................................... 541

    4.1.15.5 Fundações.................................................................................................................................................... 543

    4.1.15.6 Fundos.......................................................................................................................................................... 545

    4.1.16 Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada (Anexo 11 - Lei nº 4.320/64) – por Unidade Orçamentária

    4.1.16.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 548

    4.1.17 Demonstrativo da Despesa por Unidade Orçamentária Segundo Grupos de Natureza de Despesa

    4.1.17.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 561

    4.1.18 Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada (Mês a Mês)

    4.1.18.1 Consolidado Geral ....................................................................................................................................... 565

    4.1.18.2 Administração Direta .................................................................................................................................... 578

    4.1.18.3 Autarquias..................................................................................................................................................... 584

    4.1.18.4 Empresas Dependentes ............................................................................................................................... 589

    4.1.18.5 Fundações.................................................................................................................................................... 592

    4.1.18.6 Fundos.......................................................................................................................................................... 594

    4.1.19 Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada por Poderes e Entidades

    4.1.19.1 Consolidado Geral – Por Poder ................................................................................................................... 599

    4.1.19.2 Consolidado Geral – Por Entidade ............................................................................................................... 623

    4.1.20 Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada por Órgãos – mês a mês

    4.1.20.1 Administração Direta .................................................................................................................................... 646

    4.1.20.2 Autarquias..................................................................................................................................................... 651

    4.1.20.3 Empresas Dependentes ............................................................................................................................... 659

    4.1.20.4 Fundações.................................................................................................................................................... 663

    4.1.20.5 Fundos.......................................................................................................................................................... 667

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    4.1.21 Demonstrativo da Despesa Orçamentária Empenhada (Mês a Mês)

    4.1.21.1 Consolidado Geral ....................................................................................................................................... 678

    4.1.21.2 Administração Direta .................................................................................................................................... 690

    4.1.21.3 Autarquias..................................................................................................................................................... 698

    4.1.21.4 Empresas Dependentes ............................................................................................................................... 704

    4.1.21.5 Fundações.................................................................................................................................................... 709

    4.1.21.6 Fundos.......................................................................................................................................................... 715

    4.1.22 Demonstrativo da Despesa Orçamentária Empenhada por Poderes e Entidades

    4.22.1 Consolidado Geral - Por Poder..................................................................................................................... 723

    4.22.2 Consolidado Geral – Por Entidade ............................................................................................................... 741

    4.1.23 Receita Líquida Disponível................................................................................................................................. 759

    4.1.24 Receita Corrente Líquida – segundo à LRF........................................................................................................ 760

    4.1.25 Gastos com Pessoal – segundo à LRF

    4.1.25.1 Gastos com Pessoal - Limites ...................................................................................................................... 761

    4.1.25.2 Gastos com Pessoal – por Poder e Órgão – janeiro à dezembro/2008........................................................ 762

    4.1.26 Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino............................................................. 764

    4.1.27 Receita Líquida de Impostos e Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde ........................ 768

    4.1.28 Repasses Constitucionais aos Municípios ......................................................................................................... 770

    4.1.29 Demonstrativo da Dívida Flutuante (Anexo 17, da Lei 4.320/64)

    4.1.29.1 Consolidado Geral ....................................................................................................................................... 779

    4.1.29.2 Administração Direta .................................................................................................................................... 780

    4.1.29.3 Autarquias..................................................................................................................................................... 781

    4.1.29.4 Empresas Dependentes ............................................................................................................................... 782

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG Balanço Geral do Estado do Exercício de 2008

    4.1.29.5 Fundações.................................................................................................................................................... 783

    4.1.29.6 Fundos.......................................................................................................................................................... 784

    4.1.30 Controle da Inscrição dos Restos a Pagar – por Fonte de Recursos................................................................. 785

    4.1.31 Posição das Ações do Estado de Santa Catarina.............................................................................................. 790

    4.1.32 Demonstração da Dívida Fundada Interna (Anexo 16, da Lei 4.320/64) ........................................................... 791

    4.1.33 Extratos por Empréstimo da Dívida Fundada Interna ........................................................................................ 792

    4.1.34 Demonstrativo das Apólices Inalienáveis........................................................................................................... 802

    4.1.35 Demonstrativo Analítico dos Pagamentos da Dívida Fundada Interna e Encargos dos AROS ......................... 803

    4.1.36 Resumo dos Recebimentos e Pagamentos dos Empréstimos da Dívida Pública.............................................. 805

    4.1.37 Demonstração da Dívida Fundada Externa (Anexo 16, da Lei 4.320/64) .......................................................... 806

    4.1.38 Extratos por Empréstimo da Dívida Fundada Externa ....................................................................................... 807

    4.1.39 Demonstrativo Analítico dos Pagamentos da Dívida Fundada Externa ............................................................. 812

    5 – Equipe Técnica da Secretaria de Estado da Fazenda (exercício de 2008) ............................................................................. 813

    6 – Órgãos e Entidades da Administração Estadual e respectivos Responsáveis pela Escrita Contábil (exercício de 2008) ...... 815

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    Apresentação

    Página: 14 de 818

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    1 - APRESENTAÇÃO

    O Estado de Santa Catarina

    Neste documento estão sintetizadas as principais informações relativas a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil do Estado de Santa Catarina, extraídas do Balanço Geral do Estado referente ao segundo ano do segundo mandato da gestão do Governador Luiz Henrique da Silveira.

    Para compreender a grandeza dos números que serão demonstrados é recomendável, primeiramente e de forma sucinta, ter uma visão geral do Estado, seu território, sua história, seus habitantes e culturas.

    Santa Catarina está situada no Sul do Brasil, bem no centro geográfico das regiões de maior desempenho econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica no Mercosul. O Estado faz fronteira com a Argentina na região Oeste. Florianópolis, a Capital, está a 1.850 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 Km do Rio de Janeiro e 1.673 Km de Brasília. Sua posição no mapa situa-se entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste.

    O Estado de Santa Catarina possui uma área de 95.346,2 quilômetros quadrados e uma população residente de 5.866.252,11, tendo como principais cidades:

    1 Fonte: Sítio da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão de Santa Catarina. www.spg.sc.gov.br, acesso em 05/03/2009.

    Florianópolis, que é a capital do Estado, Joinville, Blumenau, Lages, Criciúma, Itajaí, Tubarão, Brusque e Chapecó.

    Na economia tem-se uma agricultura forte, baseada em minifúndios rurais, que divide espaço com um parque industrial atuante, o quarto maior do país. Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se pelo Estado, ligadas aos centros consumidores e portos de exportação por uma eficiente malha rodoviária. Estradas que também incrementam o turismo, vocação inata de Santa Catarina, hoje terceiro maior pólo turístico nacional.

    O equilíbrio e o dinamismo da economia catarinense refletem-se nos elevados índices de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, muito superiores à média nacional.

    No sítio do Estado de Santa Catarina, http://www.sc.gov.br, podem ser encontrados dados mais amplos sobre a sua geografia, sua história, sua colonização, seu povo, sua cultura e atrativos turísticos.

    A Prestação de Contas Anual

    Após esta breve apresentação do Estado de Santa Catarina, passamos a apresentar a composição deste trabalho e sua finalidade.

    O Balanço Geral do Estado é uma exigência estabelecida no art. 71, inciso IX, da Constituição Estadual, de 5 de outubro de 1989. Conforme o mandamento constitucional, dentre as atribuições privativas do Governador do Estado destaca-se a obrigatoriedade de prestar, anualmente, à Assembléia Legislativa, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as

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    contas referentes ao exercício anterior. Exigência esta prevista também na seção V da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000 – a denominada Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, em seu artigo 56, a seguir transcrito:

    Art. 56 – As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

    Sua elaboração foi realizada em observância à legislação supracitada e de acordo com a Resolução nº TC - 16/94, de 21 de dezembro de 1994, Resolução nº TC – 06/01, de 03 de setembro de 2001, Resolução nº TC – 11/04, de 06 de dezembro de 2004 e Resolução nº TC - 29/2008, de 30 de julho de 2008, as quais regulam e normatizam a remessa de informações e demonstrativos contábeis ao Tribunal de Contas do Estado.

    A Resolução nº TC – 16/94 do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina dispõe em seu art. 11:

    As contas anuais de gestão do Governador do Estado serão remetidas ao Tribunal de Contas, por meio documental, no prazo constitucional, consubstanciadas em:

    I - Relatório circunstanciado do órgão competente, sobre a execução do orçamento e a situação da administração financeira estadual;

    II - Demonstrativos dos resultados gerais do exercício, na forma do Balanço Orçamentário,

    Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais e dos quadros demonstrativos constantes dos anexos 1, 6, 8, 9, 10,11, 16 e 17.

    Em cumprimento a legislação vigente, apresentam-se os demonstrativos consolidados da execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil da seguinte forma:

    • Consolidado da Administração Direta – reúne os dados relativos aos órgãos da estrutura central dos três Poderes, tais como as Secretarias de Estado, a Polícia Militar, o Tribunal de Justiça, a Assembléia Legislativa do Estado, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado;

    • Consolidado das Autarquias – dados das entidades autárquicas;

    • Consolidado das Fundações – dados contábeis das fundações instituídas e mantidas pelo Estado;

    • Consolidado das Empresas Estatais Dependentes – reúne dados das empresas que recebem recursos do Tesouro do Estado para a sua manutenção, nos termos da LRF;

    • Consolidado dos Fundos Especiais – dados da administração dos recursos vinculados, por lei, a fundos especiais;

    • Consolidado Geral – demonstra os dados gerais dos Poderes do Estado, no seu conjunto de órgãos da Administração Direta, Fundos Especiais, Autarquias, Fundações e Empresas Estatais dependentes;

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    • Demonstrativos consolidados por Poder e órgão, para fins de análise dos limites legais.

    Conforme determina ao art. 56 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, este documento foi elaborado pela equipe da Diretoria de Contabilidade Geral da Secretaria de Estado da Fazenda com base nos registros contábeis órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, armazenados nos sistemas corporativos do Estado de Santa Catarina.

    Com vistas a alcançar os vários segmentos da sociedade, e assim proporcionar maior transparência, procurou-se empregar linguagem simples e didática, por meio de tabelas e demonstrativos contendo análises horizontais e verticais, percentuais e comparativas, bem como análises gráficas.

    Em ordem seqüencial o Balanço Geral do Estado de 2008, em sua íntegra, contempla os seguintes documentos:

    • Relatório Técnico Sobre a Prestação de Contas do Exercício de 2008;

    • Relatório da Diretoria de Auditoria Geral;

    • Anexos - Balanços e Demonstrações Contábeis exigidos pela Lei Federal nº 4.320/64 e Lei Complementar Federal nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como pelos demais normativos vigentes em 31 de dezembro de 2008;

    • Equipe Técnica da Secretaria de Estado da Fazenda (exercício de 2008);

    • Órgãos e Entidades da Administração Estadual Responsáveis pela Escrita Contábil (exercício de 2008).

    Esperamos que o relatório técnico elaborado pela Diretoria de Contabilidade Geral possa contribuir com o cumprimento do art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (LRF), que estabelece como um dos instrumentos da transparência a Prestação de Contas e o respectivo Parecer Prévio a ser emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, bem como as versões simplificadas desses documentos.

    A equipe da Diretoria de Contabilidade Geral fica a disposição de todos para prestar os esclarecimentos necessários para uma melhor compreensão dos resultados alcançados pelo Estado de Santa Catarina no exercício de 2008.

    Wanderlei Pereira das Neves Diretor de Contabilidade Geral Contador CRC/SC nº 15.874

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    Relatório Técnico

    Prestação de Contas

    do Exercício de 2008

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    2 – RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2008

    2.1 - INTRODUÇÃO

    A Contabilidade Aplicada ao Setor Público2 em todos os níveis de governo tem como carro chefe a Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

    Esta Lei instituiu normas gerais de direito financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e dos balanços na Contabilidade Aplicada ao Setor Público Federal, Estadual e Municipal.

    No ano de 2000 foi publicada a Lei Complementar Federal nº 101, Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, a qual também trata de direito financeiro. Esta Lei não trouxe mudanças significativas no modo de fazer a contabilidade, mas sim na forma de extrair dados da contabilidade, possibilitando uma maior transparência das contas públicas.

    Além do Patrimônio e suas variações, a contabilidade aplicada ao setor público demonstra a execução de seu orçamento, ou seja, a previsão e a arrecadação da receita, a fixação e a execução da despesa.

    A execução do orçamento público pressupõe uma programação das atividades governamentais através de instrumentos de planejamento para direcionar as ações do governo, buscando o aperfeiçoamento da gestão pública e, como produto final, atender as expectativas da população.

    2 Conselho Federal de Contabilidade – Resolução nº 1.128, de 21/11/2008, D.O.U. de 25/11/2008.

    Os instrumentos legais para a efetivação do processo de planejamento governamental são:

    • A Lei do Plano Plurianual (PPA) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Tem vigência a partir do segundo exercício financeiro do mandato até o término do primeiro exercício do mandado subseqüente;

    • A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) norteia a elaboração dos orçamentos anuais, definindo as prioridades e metas da Administração Pública, incluindo as despesas de capital, para o exercício subseqüente e as alterações tributárias, bem como estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento; e

    • A Lei Orçamentária Anual (LOA) é elaborada para concretizar o que foi planejado no PPA, obedecendo às diretrizes da LDO. Nela são estimadas as receitas e fixadas as despesas a serem executadas durante o exercício financeiro.

    A execução dessas três leis, bem como todos os demais atos e fatos relacionados à gestão fiscal do Estado, recebem tratamento contábil, com vistas a subsidiar a tomada de decisão dos gestores, bem como a apresentar, ao término do exercício, um documento denominado Balanço Geral do Estado, com a finalidade de prestar contas à sociedade quanto à aplicação dos recursos dela arrecadados.

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    O Balanço Geral do Estado se constitui na prestação de contas que o Governador deve, por força de dispositivo constitucional, apresentar ao Poder Legislativo, por intermédio do Tribunal de Contas do Estado.

    Como nos ensina Slomski3:

    Na administração pública, é, certamente, onde mais deve estar presente a filosofia da accountability (dever de prestar contas), pois, quando a sociedade elege seus representantes, espera que os mesmos ajam em seu nome, de forma correta, e que prestem contas de seus atos.

    A prestação de contas foi elaborada segundo os preceitos constitucionais e de acordo com a legislação vigente no Brasil sobre práticas contábeis.

    2.1.1 – Descrição Analítica das Atividades dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo4

    O artigo 70, inciso II, da Resolução TC nº 06/01 – Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado, determina:

    Art. 70. O relatório do órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo que acompanha as Contas do Governo Estadual deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:

    (...)

    3 SLOMSKI, Valmor – Manual de Contabilidade Pública – Um Enfoque na Contabilidade Municipal – De Acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal – São Paulo: Atlas, 2001, página 267. 4 LEI COMPLEMENTAR Nº 381, de 07 de maio de 2007.

    II - descrição analítica das atividades dos órgãos e entidades do Poder Executivo e execução de cada um dos programas incluídos no orçamento anual, com indicação das metas físicas e financeiras previstas e das executadas.

    Com vistas a atender o disposto no artigo 70 da Resolução TC nº 06/01 ora citada, informamos que as atividades dos órgãos e entidades do Poder Executivo estão discriminadas na Lei Complementar Estadual nº 381/07, Lei esta que dispõe sobre o modelo de gestão e a estrutura organizacional da Administração Pública Estadual, disponível no sítio http://www.pge.sc.gov.br, na opção legislação Estadual PGE (acesso em 02/03/2009). Considerando que a relação das atividades dos órgãos e entidades do Poder Executivo prevista na Lei Complementar Estadual nº 381/07 importa em documento extenso, e está disponível no sítio da PGE, optou-se pela não inclusão dessas informações no Balanço Geral.

    No tocante a execução das despesas por Programas de Governo, informamos que consta em anexo do Balanço Geral, item 4.1.8, o Demonstrativo de Programas de Trabalho – Anexo 6 da Lei Federal nº 4.320/64, onde são apresentadas as despesas detalhadas por Poder, Órgão, Unidade Orçamentária, Função, Subfunção, Programas e Ações.

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    2.2 – RESULTADO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

    O planejamento, orçamento e gestão das finanças e políticas públicas compreendem todo um conjunto de ações que abrangem desde a construção da visão de futuro até a definição e execução de metas físicas e financeiras a serem atingidas e de muitos pormenores que possam ser vislumbrados. Nesse contexto, a Lei Orçamentária passa a ser a expressão monetária dos recursos que deverão ser mobilizados, no ano específico de sua vigência, para execução das políticas públicas e do programa de trabalho do governo5

    Princípios Orçamentários

    O orçamento público, peça capaz de contribuir para melhoria do controle que o Poder legislativo deve exercer dentro do Estado, subordina-se a regras estabelecidas e aos Princípios Orçamentários.

    A Lei Federal nº 4.320/64, em seu artigo 2°, torna obrigatória a obediência aos Princípios Orçamentários da unidade, universalidade e anualidade.

    PIRES6 apresenta definição dos princípios orçamentários, conforme segue:

    5ALBUQUERQUE, Claudiano Manoel; MEDEIROS, Márcio Bastos; DA SILVA, Paulo Henrique Feijó. Gestão de Finanças Públicas – Fundamentos e Práticas de Planejamento, Orçamento e Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. Brasília: Paulo Henrique Feijó da Silva, 2006, 1ª Edição(Revisada). 6 PIRES, João Batista Fortes de Souza. Contabilidade Pública. Brasília: Franco e Fortes, 2002. 7ª edição.

    Unidade: o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir um único orçamento para o exercício financeiro;

    Universalidade: estabelece que o orçamento deve conter todas as receitas e as despesas a serem realizadas no exercício financeiro;

    Anualidade: de acordo com este princípio as previsões de receita e despesa devem referir-se a um período limitado de tempo, denominado Exercício Financeiro. No Brasil, atualmente o Exercício Financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo 34 da Lei Federal nº 4.320/64;

    Ciclo Orçamentário

    O processo de planejamento da execução orçamentária inicia-se no primeiro ano de mandato do Poder Executivo, que elaborará o Plano Plurianual – PPA para quatro exercícios, a contar do segundo ano de seu mandato e com vigência até o primeiro ano do mandato seguinte.

    Com base no PPA, o Poder Executivo elabora o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, o qual servirá de guia para a elaboração da Lei Orçamentária Anual.

    A realização do orçamento público depende do cumprimento do ciclo orçamentário, composto pelas fases de elaboração, aprovação pelo parlamento e sanção governamental, execução, avaliação e controle.

    Diante disto e em observância ao artigo 120 da Constituição do Estado, a execução orçamentária referente ao exercício de 2008 foi amparada nas seguintes Leis:

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    • Lei nº 14.359, de 21/01/2008, instituiu o Plano Plurianual - PPA para o quadriênio 2008-2011;

    • Lei nº 14.080, de 08/08/2007, dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias – LDO para o exercício financeiro de 2008;

    • Lei nº 14.360, de 23/01/2008, Lei Orçamentária Anual - LOA, estima a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício financeiro de 2008.

    2.2.1 - Receitas

    O Estado necessita de recursos para viabilizar a implementação de programas sociais e cumprir suas funções básicas. Esses recursos são denominados de RECEITAS PÚBLICAS.

    Segundo nos ensinam Lima e Castro7:

    A receita pública seria, pois, o recebimento efetuado pela instituição pertencente ao Estado, com a finalidade de ser aplicado em gastos operativos e de administração. Devem-se distinguir duas modalidades de recebimento de receita:

    a) receitas efetivas: quando se realizam entradas de numerário sem as correspondentes saídas de outros elementos do ativo ou outras entradas no passivo;

    b) receitas por mutação patrimonial: cujos recebimentos decorrem da exclusão de valores do ativo ou da inclusão de valores no passivo.

    7 LIMA, D. V. de.; CASTRO, R. G. de. Contabilidade Pública – Integrando União, Estados e Municípios (Siafi e Siafem) – São Paulo: Atlas, 2003, 2ª edição.

    A Lei Federal nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da Federação, classificando-os em dois grupos: Orçamentários e Extra-Orçamentários.

    Silva8 caracteriza os ingressos em:

    Receita Orçamentária: corresponde á arrecadação de recursos financeiros autorizados pela Lei Orçamentária e que serão aplicados na realização dos gastos públicos;

    Receita Extraorçamentária: é um simples ingresso financeiro de caráter temporário, pois pertence a terceiros, e compreende uma entrada de dinheiro que corresponde a créditos de terceiros da qual o Estado é um simples depositário. Não é uma receita no sentido econômico e é mais bem denominada de Ingressos Extraorçamentários, cujo registro sempre provoca o surgimento de passivos financeiros.

    No tocante às Receitas Orçamentárias, a Lei Federal nº 4.320/64, em seu artigo 11, apresenta classificação nas seguintes categorias econômicas:

    • Receitas Correntes (efetivas) e;

    • Receitas de Capital (mutação patrimonial).

    Com o objetivo de evidenciar de forma segregada as receitas decorrentes de operações entre órgãos da mesma esfera de governo, criou-se através da Portaria

    8 SILVA, Lino Martins. Contabilidade Governamental: um enfoque administrativo. São Paulo: Atlas, 2003. 6 ed.

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    Interministerial STN/SOF nº 338/069, duas classificações de receita em nível de categoria econômica, a saber:

    • 7000.00.00 – Receitas Intra-Orçamentárias Correntes e

    • 8000.00.00 – Receitas Intra-Orçamentárias de Capital.

    Cabe destacar que artigo 2º, § 2º, da Portaria STN/SOF nº 338/06 explica que as classificações ora incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas especificações das categorias econômicas corrente e capital.

    2.2.1.1 – Receita Prevista

    A Lei Estadual nº 14.360/07 aprovou o Orçamento Anual para o ano de 2008, estabelecendo a previsão da Receita para o exercício em R$ 10.688.246.050,00, já deduzidas as parcelas pertencentes aos municípios.

    A receita prevista para o ano de 2008 subdividiu-se em:

    • Recursos do Tesouro: foram previstos R$ 8.328.145.370,00 (77,92% da receita total prevista), distribuídos em Receitas Correntes (tributos, contribuições e outras) e Receitas de Capital;

    9 Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, editada pela Secretaria do Tesouro Nacional e Secretaria de Orçamento Federal, publicada no D.O.U. de 28 de abril de 2006.

    • Recursos de Outras Fontes (Administração Indireta, incluindo os Fundos): previsão de R$ 2.016.319.835,00 (18,87% da receita total prevista);

    • Receitas Intra-orçamentárias: previsão de R$ 343.780.845,00 (3,22% do total previsto).

    As receitas previstas em confronto com as receitas arrecadadas nos exercícios financeiros de 2007 e 2008 estão detalhadas na tabela a seguir:

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    Demonstrativo da Execução Orçamentária da Receita – Exercícios 2007 e 2008 CATEGORIAS/

    SUBCATEGORIAS RECEITA % RECEITA %

    ECONÔMICAS 1 - PREVISTA 2 - REALIZADA 1/2 PART 1 - PREVISTA 2 - REALIZADA 1/2 PART Var. 07/08

    RECEITAS CORRENTES 8.811.704.766,00 8.771.914.061,31 99,55 94,31 9.899.018.822,00 10.729.874.941,65 108,39 92,99 22,32

    Tributária* 7.560.209.954,00 8.070.509.401,98 106,75 86,77 9.007.468.891,00 9.202.414.879,31 102,16 79,75 14,03

    De Contribuições* 398.440.346,00 704.471.952,38 176,81 7,57 459.522.470,00 784.857.487,88 170,80 6,80 11,41

    Patrimonial* 286.795.519,00 207.513.284,54 72,36 2,23 224.025.146,00 554.339.217,37 247,45 4,80 167,13

    Agropecuária* 7.095.131,00 2.037.238,74 28,71 0,02 3.095.423,00 2.338.490,68 75,55 0,02 14,79

    Industrial* 13.240.647,00 5.543.200,26 41,87 0,06 14.155.452,00 6.372.482,43 45,02 0,06 14,96

    De Serviços* 196.020.025,00 126.677.939,06 64,62 1,36 139.675.259,00 136.647.581,13 97,83 1,18 7,87

    Transferências Correntes* 3.074.732.410,00 2.564.955.765,28 83,42 27,58 3.504.314.676,00 3.427.200.690,20 97,80 29,70 33,62

    Outras Receitas Correntes* 200.698.844,00 233.238.127,70 116,21 2,51 343.202.116,00 376.421.020,77 109,68 3,26 61,39

    Deduções da Receita (2.925.528.110,00) (3.143.032.848,63) 107,43 -33,79 (3.796.440.611,00) (3.760.716.908,12) 99,06 -32,59 19,65

    REC. INTRA-ORÇ.COR. 280.750.040,00 299.515.079,25 0,00 3,22 343.780.845,00 552.922.757,05 160,84 4,79 84,61

    RECEITAS DE CAPITAL 437.549.202,00 227.056.651,75 51,89 2,44 445.446.383,00 253.424.246,79 56,89 2,20 11,61

    Operações de Crédito 182.765.155,00 70.150.446,52 38,38 0,75 134.635.158,00 195.037.003,64 144,86 1,69 178,03

    Alienação de Bens 22.132.000,00 70.710.938,06 319,50 0,76 16.552.928,00 11.818.362,59 71,40 0,10 -83,29

    Amortização de Empréstimos 43.405.000,00 29.859.455,18 68,79 0,32 72.680.199,00 34.019.065,69 46,81 0,29 13,93

    Transferências de Capital 144.708.290,00 13.441.671,97 9,29 0,14 133.171.228,00 12.549.814,87 9,42 0,11 -6,64

    Outras Receitas de Capital 44.538.757,00 42.894.140,02 96,31 0,46 88.406.870,00 0,00 0,00 0,00 -100,00

    REC. INTRA-ORÇ.CAPITAL. 6.685.518,00 2.469.719,58 0,00 0,03 0,00 2.325.260,35 0,00 0,02 -5,85

    TOTAL 9.536.689.526,00 9.300.955.511,89 97,53 100,00 10.688.246.050,00 11.538.547.205,84 107,96 100,00 24,06

    2007 2008

    Fonte:Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada – Consolidado Geral. *Dados Brutos.

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    2.2.1.2 – Receita Arrecadada

    Conforme demonstrado na tabela anterior, a Receita total Arrecadada no ano de 2008 totalizou R$ 11.538.547.205,84, resultando em incremento de 24,06% em relação ao total arrecadado no ano de 2007.

    Do total arrecadado em 2008, as Receitas Correntes representaram 92,99%, as Receitas Intra-orçamentárias Correntes 4,79%, as Receitas de Capital totalizaram 2,20% e as Receitas Intra-orçamentárias de Capital 0,02%.

    Ao fazer análise comparativa entre as Receitas Previstas e as Arrecadadas, verifica-se que no ano de 2008 a Receita Total Arrecadada superou em 7,96% a Receita Prevista. As Receitas Correntes arrecadadas em 2008 superaram em 8,39% os valores previstos, enquanto que das Receitas de Capital foram arrecadadas somente 56,89% do total previsto.

    Quatro itens das Receitas Correntes ultrapassaram o valor previsto, quais sejam: Receitas Tributárias em 2,16%, Receitas de Contribuições em 70,80%, Receitas Patrimoniais em 147,45% e Outras Receitas Correntes em 9,68%.

    No tocante as Receitas Capital verifica-se que as Operações de Crédito ultrapassaram os valores previstos em 44,85% e as Alienações de Bens arrecadaram somente 71,4% do total previsto. Cabe destacar que das Transferências de Capital previstas (R$ 133.171.228,00), representadas principalmente por convênios com a União para a realização de obras e aquisição de equipamentos, foram arrecadados somente R$ 12.549.814,87 (9,42% do total previsto).

    Receitas Correntes

    As Receitas Correntes, compostas pelas Receitas Tributárias, de Contribuições, Patrimoniais, Agropecuárias, Industriais, de Serviços, Transferências Correntes e Outras Receitas Correntes, representaram 92,99% do total arrecadado em 2008, com uma variação positiva de 22,32% em relação ao exercício anterior.

    Cabe informar a diferenciação entre Receita Orçamentária Bruta, que corresponde aos valores totais arrecadados, e Receita Líquida, onde considera a Receita Arrecadada menos as Deduções da Receita Pública, constituindo-se como os valores efetivamente a disposição do Estado. As Deduções das Receitas Arrecadadas concentram-se nas Receitas Correntes, onde são deduzidos: os repasses aos Municípios a título de Transferências Constitucionais e Legais (participação dos Municípios na Receita do Estado); a parte da Receita Arrecadada pelo Estado destinada a formação do FUNDEB; e devoluções de valores de indenizações e restituições.

    A seguir serão analisadas as receitas mais representativas na arrecadação do Estado.

    Receita Tributária

    Conforme demonstrado na tabela a seguir, a arrecadação da Receita Tributária Bruta no exercício de 2008 correspondeu a 60,15% da Receita Bruta Total e 63,51% das Receitas Correntes Brutas. Em comparação com o exercício de 2007, em valores nominais houve um acréscimo de R$ 1.131.905.477,33 (14,03%). Cabe relatar que as Receitas Brutas correspondem aos valores arrecadados sem as deduções dos repasses aos Municípios (participação dos

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    Municípios na Receita do Estado) e dos valores repassados pelo Estado para a formação do FUNDEB.

    Demonstrativo da Receita Tributária Bruta

    FONTES% DE PARTICIPAÇÃO S/ AS

    RECEITAS% DE PARTICIPAÇÃO S/ AS

    RECEITAS

    Totais Correntes Tributária Totais Correntes Tributária

    ITBI* 21.227,07 0,00 0,00 0,00 5.198,90 0,00 0,00 0,00

    IRRF* 476.969.619,87 3,83 4,00 5,91 436.283.414,20 2,85 3,01 4,74

    IPVA* 563.839.443,11 4,53 4,73 6,99 663.913.282,28 4,34 4,58 7,21

    ITCMD* 36.447.439,27 0,29 0,31 0,45 53.627.609,18 0,35 0,37 0,58

    ICMS* 6.756.420.027,29 54,29 56,71 83,72 7.763.384.828,62 50,74 53,58 84,36

    TAXAS* 236.811.645,37 1,90 1,99 2,93 285.200.546,13 1,86 1,97 3,10

    TOTAL 8.070.509.401,98 64,85 67,73 100,00 9.202.414.879,31 60,15 63,51 100,00

    RECEITA ORÇAMENTÁRIA BRUTA

    RECEITA CORRENTE BRUTA

    14.490.591.849,77 11.914.946.909,94

    12.443.988.360,52 15.299.264.113,96

    2007 2008

    VALORES ARRECADADOS

    VALORES ARRECADADOS

    Fonte:Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada – Consolidado Geral. *Valores brutos.

    ICMS

    O ICMS é a principal fonte de receita do Estado. Este imposto foi responsável pela arrecadação no exercício de 2008 de 50,74% da Receita Bruta Total, 53,58% das Receitas Correntes Brutas e 84,36% das Receitas Tributárias Brutas.

    No entanto, se forem consideradas as Deduções da Receita Pública (parcela pertencente aos Municípios, dedução do FUNDEB e demais deduções), as Receitas Tributárias correspondem a 50,23% da Receita Total Arrecadada, e o ICMS corresponde a 41,10% da Receita Total e 81,82% da Receita Tributária Total.

    Transferências Correntes

    As Transferências Correntes, constituídas pelas Transferências Intergovernamentais, Transferências a Instituições Privadas, Transferências do Exterior, Transferências a Pessoas e pelas Transferências de Convênios, representaram no exercício de 2008 29,70% da Receita Total e 31,95% das Receitas Correntes.

    Em relação ao exercício de 2007, no exercício de 2008 as Transferências Correntes tiveram um crescimento nominal de 33,62%.

    Destacaram-se nas Transferências Correntes a Cota-Parte do Fundo de Participação do Estado - FPE, que representou 17,54%, e a Cota-Parte do IPI-Exportação, que correspondeu 7,22%, ambas em relação ao total arrecadado.

    O recebimento de recursos relativos à Cota-Parte do FPE totalizou, em valores nominais, R$ 600.966.819,47, dos

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    quais 18,33% foram repassadas para a formação do FUNDEB.

    O IPI-Exportação significou para o Estado o recebimento de R$ 247.299.851,28, dos quais 25,00% pertencem aos Municípios (R$ 61.824.962,75), e R$ 33.997.547,01 foram destinados para a formação do FUNDEB (18,33% do IPI-Exportação, deduzida a parte municipal). Em 2007 a arrecadação atingiu R$ 229.800.724,61, o que representou um acréscimo de R$ 17.499.126,67 (7,61)% na relação 2007/2008.

    Os recursos da Contribuição sobre a Intervenção no Domínio Econômico – CIDE representaram no exercício de 2008 em valores nominais R$ 58.545.784,31. No exercício de 2007 totalizaram R$ 69.036.081,75, apresentando um decréscimo de 15,20% em relação ao exercício de 2007.

    Na Subfonte de Receita denominada Transferências Multigovernamentais o percentual arrecadado foi bem significativo, devido ao retorno do FUNDEB, correspondendo a 31,44% das Transferências Correntes.

    Receitas de Capital

    Conforme tabela a seguir, no exercício de 2008 o montante das Receitas de Capital representou 2,20% das Receitas Totais.

    Dentre as Receitas de Capital, as Operações de Crédito representaram 76,96%, com R$ 195.037.003,64, sendo que as Operações de Crédito Internas representaram 67,02% das Receitas de Capital, com destaque para o refinanciamento da Dívida Contratual nº 012/98/STN- PROES, no montante de R$ 169.823.824,28.

    Receitas de Capital Arrecadadas 2007 2008

    % DE PARTICIPAÇÃO % DE PARTICIPAÇÃO

    S/ TOTALS/REC. CAPITAL

    S/ TOTALS/REC. CAPITAL

    OPERAÇÕES DE CRÉDITO 70.150.446,52 0,75 30,90 195.037.003,64 1,69 76,96

    ALIENAÇÃO DE BENS 70.710.938,06 0,76 31,14 11.818.362,59 0,10 4,66

    TRANSFER. DE CAPITAL 13.441.671,97 0,14 5,92 12.549.814,87 0,11 4,95

    AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

    29.859.455,18 0,32 13,15 34.019.065,69 0,29 13,42

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    42.894.140,02 0,46 18,89 0,00 0,00 0,00

    TOTAL 227.056.651,75 2,44 100,00 253.424.246,79 2,20 100,00

    FONTE ARRECADADA ARRECADADA

    Fonte: Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada – Consolidado Geral

    2.2.1.3 – Metas de Arrecadação

    Conforme determina o art. 13 da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF), em até 30 dias após a publicação da Lei Orçamentária Anual as receitas previstas serão desdobradas pelo Poder Executivo em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.

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    As metas são monitoradas mensalmente, por Fonte de Recursos, agrupadas em dois grupos de destinação de recursos, a saber:

    • Recursos do Tesouro - São aqueles geridos de forma centralizada pelo Poder Executivo, normalmente pelo órgão central de programação financeira, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos demais órgãos e entidades integrantes da Lei Orçamentária Anual.

    Principais receitas:

    • Impostos (ICMS, IPVA, ITCMD);

    • Taxas (Segurança Pública e outras);

    • Salário Educação;

    • FUNDEB;

    • Operações de Crédito.

    • Recursos de Outras Fontes - São aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade está geralmente sob responsabilidade dos órgãos e entidades da Administração Indireta (Autarquias, Fundações, Fundos Especiais e Empresas), mesmo nos casos em que dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor desses valores. Geralmente esses recursos têm origem no esforço próprio das entidades: pelo fornecimento de bens; prestação de serviços e exploração econômica do patrimônio próprio.

    Analisando a arrecadação do exercício de 2008 os valores ultrapassaram as metas, tanto nos recursos do tesouro como nos recursos de outras fontes.

    O desempenho da arrecadação de 2007 e 2008 foi o seguinte:

    Meta 7.521.171.657,00 100,00% 8.328.145.370,00 100,00%

    Arrecadado 7.593.720.575,37 100,96% 8.674.914.562,90 104,16%

    Resultado 72.548.918 0,96 346.769.192,90 4,16%

    Meta 2.015.517.869,00 100,00% 2.360.100.680,00 100,00%

    Arrecadado 1.707.234.936,52 84,70% 2.863.632.642,94 121,34%

    Resultado (308.282.932,48) (15,30) 503.531.962,94 21,34%

    Recursos do Tesouro

    Recursos de Outras Fontes

    2007 2008METAS ATÉ O MÊS

    Fonte: Demonstrativo das Metas Bimestrais de Arrecadação – Consolidado Geral

    Do total da Receita Arrecadada pelo Estado, parte é repassada diretamente aos municípios e, grande volume desses valores possui destinação vinculada em decorrência de dispositivos constitucionais e legais.

    Nesse sentido, será apresentado a seguir o montante da receita que o Estado arrecadou e os valores repassados aos municípios no exercício de 2008, por força do mandamento constitucional.

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    2.2.1.4 – Repasse Constitucional aos Municípios

    Do total das receitas arrecadadas pelo Estado com o ICMS, o IPI-Exportação e a Contribuição sobre a Intervenção no Domínio Econômico – CIDE (principal e acessórios), 25% são repassados aos municípios em cumprimento ao preceito Constitucional. Em relação ao IPVA (principal e acessórios), o percentual de repasse é de 50%.

    Sendo assim, o valor total do repasse no exercício de 2008 foi de R$ 2.382.416.887,55. Este montante equivale a 22,20% das receitas correntes e a 20,65% das receitas totais arrecadadas.

    Repasse Constitucional aos Municípios10

    VALORES1% REC. COR.

    % REC. TOTAL

    VALORES1 % REC. COR.

    % REC. TOTAL

    I.T.B.I. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    I.P.V.A. 292.044.109,63 3,33 3,14 345.669.035,60 3,22 3,00

    I.C.M.S. 1.700.375.351,89 19,38 18,28 1.960.286.443,04 18,27 16,99

    ICMS REFIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    I.P.I. 57.450.181,17 0,65 0,62 61.824.962,83 0,58 0,54

    CIDE 17.259.020,44 0,20 0,19 14.636.446,08 0,14 0,13

    TOTAL 2.067.128.663,13 23,57 22,22 2.382.416.887,55 22,20 20,65

    RECEITAS

    CORRENTES2

    RECEITAS TOTAIS2

    2008

    9.300.955.511,89

    10.729.874.941,65

    11.538.547.205,84

    TÍTULOS

    2007

    8.771.914.061,31

    Fonte:Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada – Consolidado Geral Notas:1 – valor principal e acessórios (multas e juros e Dívida Ativa). 2 – Valores líquidos (receita bruta menos os repasses constitucionais e legais aos municípios, FUNDEB e demais deduções da receita pública).

    10 O Relatório analítico integra os anexos do Balanço Geral e está disponível no sitio da SEF www.sefaz.sc.gov.br

    2.2.1.5 – Receita Liquida Disponível

    O conceito da Receita Líquida Disponível - RLD é ditado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e serve de base de cálculo para a definição dos valores a serem repassados pelo Poder Executivo aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

    A RLD consiste no total das Receitas Correntes do Tesouro do Estado, deduzidos: os valores provenientes de Convênios, Ajustes e Acordos Administrativos; Taxas que por legislação específica se vinculem a determinados órgãos ou entidades; Transferências Voluntárias ou Doações recebidas; Cota-Parte do Salário Educação; Cota-Parte da CIDE; Cota-Parte Recursos Hídricos e das parcelas a serem entregues aos municípios por determinação Constitucional.

    Analisando o demonstrativo à seguir, verifica-se que, na comparação entre 2006 e 2007, houve um incremento de 12,02% no total da Receita Líquida Disponível, e entre 2007 e 2008 um incremento de 13,95%.

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    Demonstrativo da Receita Líquida Disponível

    TÍTULOS 2006 2007 2008Var. 07/08

    Receita Líquida Disponível 5.925.635.444,89 6.637.430.081,15 7.563.135.902,95 13,95

    Receitas Correntes 6.721.458.972,88 7.633.976.933,30 8.859.869.862,24 16,06

    Receitas Tributárias 5.119.859.704,37 5.865.441.266,70 6.646.740.801,56 13,32

    Impostos 5.117.250.776,55 5.862.671.874,26 6.644.427.844,45 13,33

    Taxas 2.608.927,82 2.769.392,44 2.312.957,11 (16,48)

    Receita Patrimonial 74.948.392,42 65.876.231,23 108.839.043,56 65,22

    Rec.de Valores Mobiliários 74.948.392,42 65.876.231,23 108.839.043,56 65,22

    Receita de Serviços 56.139,74 11.655,50 28.815,61 147,23

    Transferências Correntes 1.414.448.823,28 1.621.961.881,62 2.015.661.959,02 24,27

    Transf. Da União 784.812.245,44 785.753.951,15 938.214.546,65 19,40

    Partic. na Rec. da União 620.513.756,85 641.777.195,10 786.441.707,92 22,54

    Transf.Fin.do Icms- Des.LC 87/96 - 52.522.908,73 52.522.908,73 0,00

    Outras Transf. da União 160.801.402,48 91.453.847,32 99.249.930,00 8,52

    Transf.da Compens.Financ. 3.497.086,11 - - 0,00

    Transf. Multigovernamentais 629.636.577,84 836.207.930,47 1.077.447.412,37 28,85

    Outras Receitas Correntes 112.145.913,07 80.685.898,25 88.599.242,49 9,81

    Multas e Juros de Mora 75.107.230,14 64.687.714,23 73.903.429,99 14,25

    Indenizações e Restit. 5.663.502,72 4.817.736,65 5.100.949,47 5,88

    Receita da Dívida Ativa 23.169.711,93 6.770.666,26 8.720.620,06 28,80

    Receitas Diversas 8.205.468,28 4.409.781,11 874.242,97 (80,17)

    DEDUÇÕES DA RECEITA (795.823.527,99) (996.546.852,15) (1.296.733.959,29) 30,09

    Ded. de Outras Receitas Correntes (100.955.499,20) (7.549.446,17) (10.139.372,34)

    Deduções do FUNDEF/FUNDEB (694.868.028,79) (988.997.405,98) (1.286.594.586,95) 30,09 Fonte: Demonstrativo da Receita Líquida Disponível – Administração Direta

    6.6377.563

    926

    Até Dezembro -2007

    Até Dezembro -2008

    Variação

    Receita Líquida DisponívelEm Milhões de R$

    13,95%

    2.2.1.6 – Repasse aos Poderes e UDESC

    A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO estabelece os percentuais da Receita Líquida Disponível – RLD a serem repassados mensalmente pelo Poder Executivo à Assembléia Legislativa, ao Tribunal de Justiça, ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e à UDESC.

    No ano de 2008 foram repassados R$ 1.328.190.980,26 (17,55% da Receita Líquida Disponível do período) com um acréscimo de 15,54% em relação ao ano anterior. Os repasses foram assim distribuídos em decorrência dos percentuais serem diferenciados:

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    Poder ou Órgão% de

    Participação da RLD

    Valor Repassado no ano 2008

    Assembléia Legislativa 3,70 280.017.469,31

    Tribunal de Contas 1,30 98.384.527,26

    Tribunal de Justiça 7,40 560.034.938,59

    Ministério Público 3,10 234.609.231,04

    UDESC 2,05 155.144.814,06

    TOTAL 17,55 1.328.190.980,26

    Fonte: Demonstrativo da Participação na Receita Líquida Disponível

    Repasse aos Poderes - Até Dezembro - 2008

    21,08%

    7,41%

    42,17%

    17,66%

    11,68%

    Assembléia Legislativa Tribunal de Contas

    Tribunal de Justiça Ministério Público

    Fundação Universidade do Estado de SC. UDESC

    Cabe destacar que além da participação na RLD anteriormente apresentada, os Poderes recebem recursos do Governo do Estado:

    • Em função de participação nas Receitas do Fundo Social;

    • Derivadas de convênios/ Termos de Cooperação firmados com a Secretaria de Estado da Fazenda;

    • Arrecadação própria (caso dos Fundos especiais do Tribunal de Justiça e Ministério Público);

    • Proveniente do rendimento de suas aplicações financeiras (inclusive o rendimento da Conta Única do Tribunal de Justiça);

    • Recursos de indenizações e restituições (resultantes de anulações de despesas, restituições em folha de pagamento, restituições de convênios, etc.).

    No ano de 2008 os Poderes também receberam repasses resultantes da alienação da conta salário e da restituição da Cota Patronal devida para o IPESC.

    O quadro a seguir demonstra os valores recebidos pelos Poderes no ano de 2008, de acordo com a origem dos recursos:

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    Valores Recebidos pelos Poderes – Ano 2008

    Poder ou ÓrgãoAssembléia Legislativa

    Tribunal de Contas Tribunal de Justiça Ministério Público

    Participação na RLD

    280.017.469,31 98.384.527,26 560.034.938,59 234.609.231,04

    Participação no Fundosocial

    7.232.517,84 2.550.467,97 14.441.407,54 6.063.194,11

    Arrecadação Própria

    - - 102.556.174,88 18.439.589,21

    Convênios com a SEF

    - 5.097.989,00 180.000,00 14.400.000,00

    Repasse SEF - Alienação da Conta

    Salário 4.878.000,00 - 13.262.000,00 3.912.300,00

    Repasse SEF - Restituição da Cota

    Patronal 4.254.238,73 1.142.948,70 9.019.444,50 3.345.103,48

    Repasse SEF - Indenizações e Restituições

    85.572,09 138.122,31 2.758.233,43 125.105,56

    Rendas de Aplic. Financeiras

    3.793.898,47 3.228.673,44 50.792.657,78 1.762.753,29

    TOTAL 300.261.696,44 110.542.728,68 753.044.856,72 282.657.276,69

    Fontes: Demonstrativo da Participação na RLD Demonstrativo da Receita Orçamentária Arrecadada – Fundosocial, Fundos Especiais do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Justiça do Estado Balancete do Razão Analítico – Consolidado Geral

    2.2.1.7 – Receita Corrente Líquida

    O conceito de Receita Corrente Líquida - RCL foi estabelecido pela Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), em seu art. 2º, inciso IV. Esse conceito foi instituído para servir de parâmetro para o cálculo da reserva de contingência e para apuração dos limites da despesa total com pessoal, da dívida pública, das garantias e contragarantias e das operações de crédito11.

    A seguir será apresentado o demonstrativo da Receita Corrente Líquida nos três últimos exercícios e sua variação em relação ao exercício anterior.

    11 BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional: Anexo de Metas Fiscais e Relatório Resumido da Execução Orçamentária: Manual de Elaboração. Portaria STN nº 575/2007. Brasíl