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Governador

Vice Governador

Secretária da Educação

Secretário Adjunto

Secretário Executivo

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC

Cid Ferreira Gomes

Domingos Gomes de Aguiar Filho

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Maurício Holanda Maia

Antônio Idilvan de Lima Alencar

Cristiane Carvalho Holanda

Andréa Araújo Rocha

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Controle de Qualidade Químicona Indústria Têxtil

Têxtil - CONTROLE DE QUALIDADE QUÍMICO NA INDÚSTRIA TEXTIL

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1. Introdução

Quando fabricamos tecidos, sempre temos que dar a devida atenção à qualidade do produto final, ou seja,ter a certeza de que o produto final esteja dentro dos padrões de qualidade preestabelecidos.

Podemos afirmar que a qualidade final do produto resulta da soma dos controles de todas as etapasintermediárias pelas quais o produto passou. Portanto, torna-se possível concluir que não basta somentecontrolar a matéria-prima empregada, mas também cada operação, para que possamos conhecer asvariáveis que podem intervir no processo, e também na qualidade final do produto.

Pode-se dividir o controle de qualidade em um beneficiamento têxtil em três distintas fases:

Controle de matéria-prima:

- material têxtil- água: consumo e caldeira- produtos químicos- matérias corantes

Controle de processos

Controle do produto acabado

2. Controle de matéria-prima

2.1. Material têxtil

Deve-se verificar se o tecido ou fio cru está dentro das especificações estabelecidas e o número dedefeitos que apresenta, a fim de classificá-lo em função do seu uso final.

Em função dos beneficiamentos que este material irá receber, deve-se também verificar algumaspropriedades físicas do mesmo, pois tais beneficiamentos podem afetar em maior ou menor grau aresistência desse material têxtil.

Detalhes a serem controlados no tecido cru

- Composição (fibras)- Gramatura- Largura- Armação- Título dos fios- Densidade (n0 de fios por polegada ou centímetro)- Testes físicos (resistência à tração, ao rasgo, etc.)- Variação dimensional após a lavagem

2.2. Água

2.2.1. Água para consumo

A água é a matéria-prima essencial para o funcionamento de uma indústria de beneficiamentos têxteis.

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Participando de reações químicas, integrando sistemas de refrigeração, seu emprego deve seracompanhado de maior ou menor purificação. O ideal seria utilizar, em quaisquer circunstâncias, águaquimicamente pura, mas o custo operacional de grandes quantidades de água destilada é totalmenteinviável.

Se a água fosse simplesmente H2O, ou se todas as águas contivessem as mesmas impurezas, o tratamentopoderia ser resumido em uma prescrição quase uniforme para cada uso. Mas a água pura nunca ocorre nanatureza e as impurezas variam em função da procedência da água (água da chuva, da superfície, dosubsolo, das profundezas). Portanto, o processo de depuração deve ser entendido como um conjunto deoperações escolhidas em cada caso, segundo as características da água a disposição e de acordo com a suautilização posterior.

2.2.1.1. Tipos de impurezas

A água apresenta impurezas que poderão interferir nas mais diversas reações químicas.

As impurezas insolúveis são os sólidos em suspensão onde, através de uma clarificação, podem sereliminados.A clarificação, que é o primeiro tratamento que a água recebe, remove a turbidez e os sólidos através deuma sedimentação e filtragem.A sedimentação é realizada em grandes reservatórios, dispostos em séries ( sedimentação ), onde a águaflui lentamente para que a matéria em suspensão se agrupe, deixando a água clara. Adicionam-se aossedimentadores substâncias coagulantes (normalmente sulfato de alumínio em pH 5 – 6), que tem afunção de agrupar as matérias em suspensão (finamente divididas) ou coloidais (em partículas maiores),facilitando assim, sua sedimentação e filtragem posterior.

Após a clarificação, devemos tratar as impurezas solúveis.As impurezas solúveis são mais difíceis de serem separadas da água. Essas impurezas podem sercompostas de uma grande variedade de substâncias como, compostos orgânicos, sais de amônio, nitratosou nitritos de origem vegetal ou animal. Se esses compostos estiverem presentes em consideráveisquantidades, eles indicam a possibilidade da água estar sendo contaminada por descargas de esgotos.

Esta forma de poluição é prejudicial para a maioria das operações têxteis porque podem conterorganismos putrefáticos ou cromogenéticos que podem causar lugares descoloridos ou degradação demisturas usadas no beneficiamento de materiais têxteis. Algumas vezes a água contém sais de ferro emsolução, uma impureza altamente indesejável, porque causa problemas no grau de branqueamentoprovocando dano catalítico e em tingimentos provoca um esmaecimento das cores brilhantes .

A água às vezes contém nitrogênio, oxigênio e CO2 em solução. O nitrogênio é bastante inerte, mas ooxigênio não deixa de influir quando se tinge com corantes a cuba e, tanto o CO2 quanto o oxigêniopodem participar em reações que irão provocar corrosão.

Impurezas presentes na água bruta:

a) Dureza:

A dureza é a soma das concentrações de cálcio e magnésio. Suas concentrações em água doce podemvariar de 10 a 200 ppm; em águas salgadas suas concentrações chegam até a 2.500 ppm. A dureza total deuma água é devida a bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio.

A dureza devida a bicarbonatos de cálcio e/ou magnésio é chamada temporária. A dureza devida aos

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outros sais de cálcio e/ou magnésio é chamada dureza permanente.

b) Alcalinidade total:

Geralmente é devida a bicarbonatos de cálcio, magnésio e sódio, cujas concentrações em águas brutasvariam de 10 a 30 ppm.

c) Sulfatos:

Geralmente estão presentes como sulfatos de cálcio, sódio e magnésio. Suas concentrações variam muito,podendo apresentar valores de 5 a 200 ppm, dependendo da região de onde são originárias.

d) Sílica solúvel:

Também chamada de reativa, geralmente está presente em águas brutas na forma de ácido silícico esilicatos solúveis, cuja concentração pode variar desde 2 a mais de 100 ppm.

e) Cloretos:

Geralmente estão presentes em águas brutas nas formas de cloretos de sódio, cálcio e magnésio. Suaconcentração em água doce pode variar desde 3 a algumas centenas de ppm. Na água do mar suaconcentração alcança valores de até 26.000 ppm.

f) Gás carbônico:

Apresenta-se dissolvido nas águas brutas. Sua concentração pode variar de 2 a 15 ppm.

g) Oxigênio dissolvido:

Está presente na forma de O2. Sua concentração pode atingir cerca de 10 ppm.

h) Amoníaco:

Apresenta-se muitas vezes dissolvido nas águas brutas em concentrações que podem variar desde traçosaté cerca de 20 ppm. Às vezes, apresenta-se combinado na forma de compostos orgânicos.

i) Gás sulfídrico:

Sua presença não é muito freqüente. Quando presente, encontra-se na forma livre de H2S em pequenasconcentrações.

j) Ferro:

Geralmente presente nas águas brutas na forma de bicarbonatos. Suas concentrações podem variargrandemente dependendo da região. Tem-se encontrado ferro em águas brutas, variando desde poucasppm até 100 ppm.

k) Manganês:

Geralmente presente em águas brutas como bicarbonato. Sua concentração é normalmente baixa, podendovariar de 0 a 5 ppm.

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l) Matéria em suspensão e matéria coloidal:

Suas quantidades são avaliadas pela turbidez e cor. Estão presentes em grandes quantidades em águas desuperfície como as de rios e lagos e, em pequenas quantidades em águas de subsolo, como as de poço. Anatureza da matéria em suspensão na água e a coloidal é a mais diversa. Geralmente são constituídas deargila, areia, lama, óleos, matéria orgânica, sílica coloidal, ácidos húmicos* e fúlvicos (resultantes dadecomposição de vegetais) e organismos como bactérias e esporos.

*ácido húmico

Solução ácida resultante da extração de componentes orgânicos do solo ou do sub-solo, mormente humus, por soluções aquosas percolantes.

Os ácidos húmicos são importantes nos processos de intemperismo e em vários outros processos, afetando o solo e sub-solo por onde migram como, por exemplo, na solubilização de Fe+3 de óxidos e hidróxidos de Fe (oxidado e insolúvel) das limonitas de solos lateríticos através da redução para Fe+2 pelo ácido húmico, propiciando a migração do Fe até locais de maior oxidação onde é novamente precipitado e fixado como óxidos e hidróxidos, podendo formar concreções, veios preenchidos, cimento de partículas, etc..

A turbidez de águas naturais pode variar grandemente em uma mesma fonte, no decurso do tempo edependendo das condições climáticas.

A cor das águas naturais é conferida por certos compostos orgânicos que transferem para elas suas cores.

Da matéria em suspensão em água bruta destacam-se:- Complexos de sílica coloidal- Ácidos húmicos e fúlvicos- Microrganismos

m) Sólidos totais dissolvidos:

Sua concentração varia muito, geralmente oscila entre 50 e 500 ppm.

2.2.1.2. Análise da água

Algumas vezes a água pode ser utilizada sem tratamento. Mas freqüentemente contém impurezas quedevem ser removidas, reduzidas ou estabilizadas. O primeiro passo para selecionar um tratamento é aanálise da água disponível para se detectar a qualidade e quantidade de impurezas nela presentes.

Para que os resultados de uma análise de água representem realmente as condições existentes no sistema,é importante ter-se uma amostragem adequada.

a) Técnica de coleta:

As garrafas usadas para recolher amostras de água podem ser de plástico ou vidro, providas de tampasherméticas. Antes de recolher uma amostra, deve-se deixar fluir a água por alguns minutos; durante estetempo, a garrafa e a tampa devem ser enxaguadas exaustivamente com água de amostragem. Em seguida,reduz-se o fluxo de água para que a garrafa seja cheia completamente com um mínimo de borrifo. Agarrafa tem que ser bem fechada e etiquetada com todas as informações necessárias sobre a amostra.

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b) Tipos de amostras para análise de água:

Na coleta de amostras, deve-se considerar a necessidade de uma amostra simples ou composta.

Como o próprio nome indica, uma amostra simples, é uma única amostra colhida num curto período detempo. Se a origem da amostra é sujeita a variações, como, por exemplo, água de rio afetada pela maré ouriacho sujeito à contaminação industrial, esta amostra não indicará todas as condições reais. Nestes casos,uma amostra composta ou semicomposta é preferível. Em condições estáveis, como, por exemplo, águade um lago grande ou abastecimento de cidades, uma amostra simples pode ser usada.

Uma amostra composta é uma mistura de pequenas porções do fluxo de água, para prover uma amostrarealmente representativa. Como este tipo de coleta é difícil, um método mais prático é misturar, numrecipiente grande, em intervalos regulares, pequenas quantidades de água. A mistura resultante é entãoanalisada.

c) Expressão dos resultados analíticos:

Os resultados de uma análise de água são geralmente expressos em partes por milhão (ppm).

Uma parte por milhão é igual a uma parte de um constituinte em um milhão de partes de solução. Porexemplo, se uma água contém 1 ppm de sílica, teria uma parte da sílica em um milhão de partes da água.Em um milhão de gramas dessa água, teria 1 grama de sílica; em um milhão de libras, 1 libra de sílica.Partes por milhão é uma medida de proporção por peso.

Existem ainda outras unidades de expressão de resultados de uma análise de água, como apresenta atabela de conversão abaixo:

Tabela de Conversão

A B C D E F G H IA 1 1 0,10 0,10 0,001 0,0583 0,07 0,07 0,056B 1 1 0,10 0,10 0,001 0,0583 0,07 0,07 0,056C 10 10 1,00 1,00 0,010 0,583 0,70 0,70 0,560D 10 10 1,00 1,00 0,010 0,583 0,70 0,70 0,560E 1000 1000 100,00 100,00 1,000 58,300 70,00 70,00 56,000F 17,1 17,1 1,71 1,71 0,0171 1,000 1,20 1,20 0,958G 14,3 14,3 1,43 1,43 0,0143 0,829 1,00 1,00 0,80H 14,3 14,3 1,43 1,43 0,0143 0,829 1,00 1,00 0,80I 17,8 17,8 1,78 1,78 0,0178 1,044 1,24 1,24 1,00

A – partes por milhão F – grão por galão americanoB – miligramas por litro G – grão por galão inglêsC – partes por 100 mil H – grau ClarkD – graus francês I – grau alemãoE – Gramas por litro

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2.2.2. Água para caldeira

2.2.2.1. Qualidade da água para produção de vapor

A qualidade de águas de caldeira e os problemas dela decorrentes, como, por exemplo, corrosão,incrustações, depósitos nas superfícies internas dos tubos, contaminação do vapor produzido e outros,dependerão, em grande parte, da qualidade das águas que as alimentam ou que estão envolvidas noprocesso de geração de vapor.Como os processos de remoção de impurezas presentes em água bruta não é total, poucas ppm ou mesmotraços dessas impurezas podem permanecer na água após tratamento e causarem problemas para ossistemas de produção de vapor a que irão servir.

Caldeira Pressão em (psi) Pressão em (Kgf/cm2)

Baixa pressão100 - 400 7 - 28

Média pressão 400 - 800 28 - 57Alta pressão 800 - 3.000 57 - 212Pressão supercrítica Acima de 3.000 Acima de 212

Águas de alimentação de caldeiras de baixa pressão devem ser preferivelmente abrandadas podendo serclassificadas quando contiverem baixa concentração de sólidos dissolvidos para não tornar antieconômicaa produção de vapor.

Águas de alimentação de caldeiras de média pressão devem ser preferivelmente desmineralizadas oudestiladas por evaporadores. Devem ainda ser deaeradas, exigem ajuste de pH e combate ao O2

dissolvido.

Águas de alimentação de caldeiras de alta pressão devem ser desmineralizadas ou destiladas porevaporadores. Devem ser deaeradas e exigem ajuste de pH e combate ao O2 dissolvido.

Os processos de produção de vapor geralmente fazem parte da maioria dos processos industriais e, de algum modo, podem afetar a qualidade de certos produtos direta ou indiretamente pela contaminação da água usada nos processos industriais.

2.2.2.2. Contaminação de água de sistema de produção de vapor

Águas de caldeira e de alimentação podem ser contaminadas com água de refrigeração de condensadoresdevido a vazamentos que esses possam apresentar.

Da mesma forma, os sistemas de produção de vapor podem ser contaminados com água de evaporadoresdevido a arrastamento ou carregamento durante o processo de produção de vapor. Condensados de retornode processos industriais também podem contaminar seriamente as águas de alimentação de caldeiras.

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2.2.2.3. Ciclo da água no circuito de uma caldeira

Qualquer que seja o tipo de caldeira considerado pode-se esquematizar muito simplesmente o ciclo daágua no aparelho da seguinte forma:

O aparelho recebe a água de alimentação, constituída por uma porção variável de água condensadarecuperada, denominada “água de retorno” e de água nova, mais ou menos depurada, chamada “água dealimentação”.

Esta água se transforma em vapor que escapa da zona de vaporização até o exterior. Poderia considerar-seque este vapor é constituído por moléculas de até água pura. Em realidade, contém com muita freqüênciagotículas de água, gases (especialmente gás carbônico devido à decomposição dos carbonatos) e, apressões elevadas, transporta sais, volatilizados mediante um verdadeiro “arraste com o vapor”, cloretos esílica, por exemplo.

A água que se mantém líquida na parte inferior da caldeira, se carrega de todas as substâncias estranhasque continha a água que foi vaporizada.As impurezas se concentram, portanto, cada vez mais, na fase líquida, se não se efetua uma desconcentração sistemática, denominada “purga” ou “extração”, drenando uma parte da água da caldeira.

vapor perdas alimentação água condensada purga

retorno

Fig. 1 Ciclo da água no circuito de uma caldeira

2.2.2.4. Problemas causados a caldeira pelas impurezas presentes na água

a) Incrustações:

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Devidas ao depósito sobre as paredes da caldeira, de precipitados cristalinos que, ao impedir atransmissão do calor, dão lugar a reaquecimentos locais, e podem causar explosões.

Estas incrustações são devidas principalmente a presença na água de sais de cálcio (carbonatos ousulfatos) menos solúveis a quente do que a frio, ou a uma concentração demasiado forte de sílica comrelação à alcalinidade da água contida na caldeira.

b) Projeção:

É a umidade e os sólidos associados, projetados da caldeira juntamente com o vapor.

c) Corrosão:

Pode ser devido à ação do oxigênio dissolvido, ou a correntes de corrosão produzidas por irregularidadesnas superfícies metálicas, ou também ao ataque direto do ferro pela água.

2.2.2.5. Limpeza química

Superfícies internas de tubos de caldeiras, ainda que suas águas sejam convenientemente tratadas,acumulam certa quantidade de depósitos de várias naturezas através do tempo.

Quando se fala em limpeza química de caldeira, devem ser considerados três casos:

1) Caldeiras novas que apresentam apenas óxidos de ferro e carepas no interior dos tubos.

2) Caldeiras usadas sujeitas à contaminação de várias espécies e em quantidades consideráveis.

3) Caldeiras usadas, porém funcionando em condições ideais de operação e cujos depósitos são quaseque exclusivamente óxidos de ferro e de cobre metálico.

1. Limpeza química de caldeiras novas:

Caldeiras novas apresentam quantidade relativamente grande de óxidos de ferro no seu interior devido àcorrosão sofrida pelo metal durante o período de construção. A preocupação em se lavar com ácido umacaldeira nova consiste exatamente em remover do seu interior esses óxidos, tanto aqueles de superfíciequanto os que ficam soltos na caldeira.

Pode-se citar como produtos utilizados para remoção de óxidos de ferro, o ácido clorídrico, ácidofosfórico, ácido fórmico com o ácido cítrico, citrato de amônio, entre outros.

2. Limpeza de caldeiras usadas:

Caldeiras usadas apresentam uma série de depósitos diferentes daqueles de caldeiras novas, além deóxidos de ferro. Na limpeza de caldeiras usadas há dois fatores a considerar: remoção de depósitosconstituídos por compostos de cobre, com óxidos de cobre e cobre metálico e remoção de depósitosdiferentes dos mencionados, incluindo-se óxidos de ferro.

A remoção de depósitos diferentes de compostos de cobre, neste caso, é efetuada em meio ácido(geralmente ácido clorídrico, fosfórico, sulfúrico ou sulfâmico). Esta lavagem sempre que possível deveser feita com recirculação. Todo o esforço deve ser feito para que a recirculação seja a mais perfeitapossível. O tempo que a solução deve permanecer na caldeira depende muito da quantidade e espessurados depósitos.

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Quando se presume que uma caldeira contém depósitos muito espessos e duros costuma-se proceder auma lavagem alcalina antes de efetuar a lavagem ácida. A lavagem alcalina pode ser feita com solução desoda cáustica quente a 30%, durante 1 ou 2 dias. Sua finalidade é amolecer os depósitos e torná-losporosos. Essa operação facilitará a remoção dos depósitos durante a lavagem ácida.

A remoção dos depósitos de cobre é feita em meio alcalino (geralmente com solução de bromato deamônio a 5,0%, hidróxido de amônio a 5,0%, com oxidante ou com agentes complexantes em meio ácido,como, por exemplo, a tiouréia em um processo efetuado juntamente com a remoção do ferro). Quando aquantidade de cobre não exceder a 30% do total dos produtos de corrosão pode-se efetuar a remoçãoconjunta dos depósitos de ferro e cobre; caso contrário, as suas remoções deverão der feitasseparadamente.

2.3. Produtos químicos, auxiliares e matérias corantes

O controle de produtos químicos, auxiliares e corantes tem a finalidade de confirmar as característicasdestes produtos, evitando assim, o uso de produtos fora de especificação.

Outros testes podem ser realizados como complementação e principalmente quando se quer compararprodutos.

2.3.1. Produtos químicos

Produto Pontos a controlar

ÁcidoConcentração, impurezas

Bases Concentração, ferro, manganêsSais Concentração, impurezas, solubilidadeOxidantes / Redutores Concentração

2.3.2. Produtos auxiliares

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Produto Pontos a controlar

Aprestantes

(amaciantes, antichamas,anti-esgarçantes, encorpantes,hidrofugantes, impermeabilizantes,resinas)

Concentração, pH, caráter iônico, densidade, cor,odor, solubilidade, teor de sólidos.

Para tinturariaCarriersDispersantesIgualizantes

Poder tintorial concentração, pH, cor, Poderde dispersão odor, caráter iônico,Poder de igualização densidade

Para estamparia

Emulsionantes

EspessantesFixadoresLigantes

Concentração, pH, caráter iônico, densidade, cor,odor, solubilidade.

pH, caráter iônico, cor, odor, viscosidade.pH, caráter iônico, melamina, odorpH, formação de filme, amarelamento, toque, solidez

DiversosDetergentesUmectantesEstabilizadores de H2O2

Poder de detergência concentração, pH, cor, Poderde umectação odor, caráter iônico, densidade, solubilidade

EnzimasPoder enzimático, pH, caráter iônico

2.3.3. Matérias corantes

Produto Pontos a controlarCorantes (classe)Ácidos, básicos, reativos esubstantivos

Dispersos, azóicos, a cuba e aoenxofre

Concentração (colorimetria ou tingimentoscomparativos), análise de mistura.

Concentração (tingimentos comparativos)

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PigmentosConcentração (estampas comparativas)

Alvejantes óticosConcentração (alvejamentos comparativos)

Além de todos os pontos citados, para todas as classes de corantes, para os pigmentos e alvejantes óticos,pode-se também controlar os índices de solidez da cor.

3. Controle de processos

O controle de processos consiste do acompanhamento de todas as operações executadas durante oprocessamento do material têxtil, a fim de assegurar que todas as especificações preestabelecidas paraesse processamento sejam seguidas rigorosamente, evitando assim o risco de se obter material têxtilmanchado, fora da cor, etc.

São etapas a se controlar nos processos:

- Colocação do material têxtil nas máquinas;- Metragem e largura do material têxtil antes e depois de cada operação;- Tempos de operação;- Temperaturas;- Concentração dos banhos;- pH dos banhos;- Velocidade das máquinas;- pH do material têxtil depois de processado;- Cor do material têxtil após tingimento ou estampagem;- Grau de branqueamento após o alvejamento;- Toque do material têxtil depois de processado;- Pick-up;- Nip.

O controle de processos é realizado sensorialmente (principalmente, visão e tato) e com o auxílio deinstrumentos, como por exemplo, termômetros, velocímetros, dosadores, etc. Tais instrumentos podem seros já existentes em cada equipamento ou acoplando-se a estes, sistemas de controle de tempo,temperatura, concentração de banhos, pH, etc., fornecem gráficos e realizam controle automático,mediante programação prévia.

Pontos a controlar nos principais beneficiamentos têxteis:

• Desengomagem enzimática : temperatura, concentração e pH do banho; tempo de processamento;pick-up (em processos por impregnação).

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Eficiência do processo: teste de iodo, perda de peso, encolhimento.

• Mercerização : concentração e temperatura do banho; tensão aplicada ao material têxtil; velocidade.

Eficiência do processo: grau de mercerização, resistência, encolhimento, afinidade a corantes e toque domaterial têxtil.

• Cozinhamento : concentração, temperatura e pH do banho; tempo de processamento.

Eficiência do processo: pH, hidrofilidade, toque, perda de peso, resistência, encolhimento do materialtêxtil.

• Alvejamento : concentração, pH e temperatura do banho; tempo de processamento.

Eficiência do processo: grau de branqueamento, pH, resistência e cloro residual do material têxtil.

• Tinturaria : temperatura, pH, concentração, potencial de oxidação e redução do banho; tempo deprocessamento; velocidade; pick-up.

Eficiência do processo: cor (intensidade e tonalidade), pH e solidez à lavagem do material têxtil.

• Estamparia : fluidez da pasta, raport, pressão exercida sobre o tecido (cilindros ou quadros); limpezados cilindros ou quadros; velocidade; temperatura (secagem, vaporização, polimerização, etc.).

Eficiência do processo: cor (intensidade e tonalidade) e solidez à fricção do material têxtil.

• Aprestos : pH e temperatura do banho; tempo de processamento; velocidade e pick-up.

Eficiência do processo: toque, largura e pH do material têxtil.

CONTROLE DE PRODUTO ACABADO

1- Introdução

O produto acabado deve ser revisado e testado a fim de verificar se esta dentro dos padrões de qualidade estabelecidos e prepará-lo para a expedição, conforme especificações estabelecidas pelos clientes.

Os testes a serem realizados variam em função da utilização do material. Por exemplo, um tecido que sedestina à confecção de cortinas, não necessita de um teste para verificação da resistência da cor ao suor

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humano.Logo, ao estabelecermos os testes que devem ser realizados em cada artigo produzido, devemos levar emconsideração a sua utilização posterior e o custo operacional.

2- Padrões de Qualidade

Ao realizarmos um teste no produto acabado, precisamos ter um padrão de qualidade já estabelecido parapodermos avaliar os resultados e daí, aprovarmos ou não aquele artigo.Os padrões de qualidade a serem utilizados serão aqueles estabelecidos pela própria empresa que produz oartigo ou conforme exigências do cliente.Toda empresa deve estabelecer os padrões de qualidade de seus artigos, porém muitas vezes o clientedetermina os padrões que ele deseja.

3- Revisão

A revisão do produto acabado é realizada em todas as peças produzidas, para que possamos verificar:

- Rasgos e furos- Toque- Manchas- Defeitos de estamparia- Defeitos de tinturaria- Grau de branqueamento- Metragem- Largura- Comprimento - Tonalidade de tecido num mesmo rolo / lote- Desvio da trama

Deve haver um critério para avaliação dos defeitos apresentados, estabelecendo os tipos de defeitos(leves, médios, pesados); e a tolerância de defeitos em cada peça, para que se possa determinar o nível dequalidade da peça produzida.O ideal é que estes defeitos sejam detectados quando o material ainda esta sendo processado, depreferência, no início do processo, para que se evite todo um reprocessamento, que acarreta em um custooperacional elevado e que na maioria das vezes afeta a qualidade do produto. Porém, muitas vezes, devidoa diversos fatores, esses problemas serão detectados na inspeção final.

4- Controle analítico

Chamamos de controle analítico àqueles que para sua realização devemos utilizar algum tipo deinstrumento. Estes controles são feitos segundo normas prescritas por órgãos oficiais.

Alguns órgãos responsáveis pelo estabelecimento de normas técnicas:

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ABNT – Associação Brasileira de Normas TécnicasISO – International Organization for StandardizationAATCC – American Association of Textile Chemistry and ColoristsASTM – American Society for Testing MaterialsAFNOR – Association Françoise de NormalizationDIN – Deutsche Industries NormBSI – British Standard Institute

Cada empresa normalmente adota as normas que melhor se adaptam a sua realidade ou conformeexigência do cliente.

A seguir relacionamos alguns testes de controle, indicando a sua finalidade:

a) Resistência à tração : Determina a força máxima aplicada ao corpo de prova (tecido ou fio) até a suaruptura.

Aparelho: Dinamômetro

b) Resistência ao rasgo : Determina a força necessária para iniciar ou continuar um rasgo no tecido.

Aparelho: Testador Elmendorf

c) Resistência à abrasão : Avalia o desgaste parcial ou total (até ruptura), produzido num tecido por ummaterial abrasivo.

Aparelho: Abrasômetro

d) Formação de pilling : Determina o potencial do tecido à formação de “pilling”.

Aparelho: Pilling tester

e) Desvio de trama : Determina o % de afastamento da trama de seu curso ideal (perpendicular àsourelas).

f) Aparência de tecido (amarrotamento): avalia a aparência do tecido após lavagem ou após sersubmetido a um peso constante por um tempo determinado.

g) Mudança dimensional : Determina o % de encolhimento ou relaxamento do tecido quando submetido àlavagem ou calor (ferro quente e estufa)

h) Índice de Flamabilidade : Avalia a intensidade e rapidez com que um tecido propaga a chama.

Aparelho: Analisador de Flamabilidadei) Repelência à água : Teste do Spray – Avalia a molhagem produzida em um tecido quando espargido

com água através de um chuveiro.

Aparelho: Spray Tester

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j) Repelência à água : Teste do Impacto – Avalia a resistência do tecido à penetração de água sobimpacto.

k) Resistência à água : Coluna hidrostática – Avalia a pressão necessária para uma coluna d’águaatravessar um tecido.

l) Testes de solidez da cor : Avalia a resistência da cor (alteração e/ou transferência) quando submetidaação de:

- Luz solar ou equivalente (alteração)Aparelho: Fadeometer, Xenotest, Suntest

- Lavagem (alteração e transferência)Aparelho: Launderometer, Linitest, Washtester

- Suor (alteração e transferência)Aparelho: Perspirometer, Hidrotest

- Água do mar (alteração e transferência)

- Água clorada (alteração)

- Fricção: Alteração produzida por outro material têxtil (transferência)Aparelho: Crockmeter, Stainingtester

- Álcalis (alteração)

- Ácidos (alteração)

- Alvejamento (alteração e transferência)

- Sublimação: calor seco – termofixação (alteração e transferência)Aparelho: Fixotest, Thermotest

- Vulcanização (alteração)

- Ferro quente (transferência)

- Limpeza a seco (alteração)

- Mercerização (alteração e transferência)

- Enxofre (alteração)

- Pisoamento (alteração e transferência)- Carbonização (alteração)

- Decatizagem (alteração)

- Acabamentos com resinas (alteração)

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- Sais: ferro, cromo, cobre (alteração)

Por solidez da cor se entende a resistência da cor dos materiais têxteis aos diversos agentes aos quaisesses materiais podem ficar expostos durante a fabricação ou durante o uso subseqüente.Na maioria das vezes, métodos individuais de teste estão relacionados à solidez da cor com um únicoagente, sendo que os agentes de interesse, em cada caso particular e o método de aplicação, geralmentevariam.As condições de teste devem procurar uma estreita correspondência com os tratamentos usualmenteempregados na manufatura e nas condições normais de uso. Ao mesmo tempo, devem ser mantidas tãosimples e reprodutíveis quanto possível. Como não se pode esperar que os testes reproduzam fielmente ascondições sob as quais os materiais têxteis são processados ou usados, os índices de solidez devem serinterpretados de acordo com a necessidade particular de cada usuário.Em termos gerais pode-se dizer que um corpo de prova do material têxtil a ser testado, com um tecidotestemunha agregado (caso se deseje avaliar a transferência de cor), é submetido à ação do agente emquestão. São avaliados os índices de alteração de cor ou de transferência de cor para o tecido testemunha,por meios comparativos, e são expressos como índices de solidez.Por tecido testemunha se entende um pequeno pedaço de tecido não tinto, de uma única fibra ou de váriasespécies de fibras (multi - fibra) a ser usado junto com o corpo de prova durante o teste para avaliação datransferência de cor.O tecido testemunha de uma única fibra, caso não haja especificação ao contrário, deve ser de tecidoplano, livre de fibras danificadas por produtos químicos, de acabamentos, de resíduos químicos, corantesou alvejantes óticos.Os tecidos testemunha de multi - fibra são feitos com fios de várias espécies de fibras, cada uma das quaisforma uma faixa de, no mínimo, 1,5 cm de largura, produzindo uma espessura uniforme do tecido.

5- Avaliação dos Resultados

Os resultados dos testes são obtidos pela leitura direta no aparelho (resistência à tração), através da leiturade escalas (mudança dimensional, teste de solidez) ou pela comparação com fotografias (aparência detecidos, repelência a água – teste do spray).

Padrões para avaliação de repelência à água – Teste do spray

Este teste é realizado deixando-se cair água sobre o tecido através de um chuveiro. A avaliação é feitacomparando-se o corpo de prova testado com fotografias que mostram tecidos com diferentes índices derepelência à água (molhagem superficial). Os valores variam de 100 ou ISO 5 (tecido 100% repelente àágua) a zero (tecido que não apresenta nenhuma resistência à molhagem).

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Solidez da cor

A solidez da cor é avaliada separadamente com respeito à alteração da cor do corpo de prova em teste e atransferência de cor para o tecido testemunha. Os corpos de prova e os tecidos testemunha devem seresfriados após a secagem e deverão recuperar sua umidade normal antes da avaliação, exceto se houverespecificação ao contrário.

Alteração de cor

A alteração de cor ocorrida em um teste pode ser uma alteração na intensidade da cor, na tonalidade ouuma combinação delas.A alteração de cor á avaliada baseando-se no contrate visual entre o corpo de prova testado e o corpo deprova original.A alteração na intensidade de cor para os testes de solidez a luz é avaliada pela escala azul e para osdemais testes, pela escala cinza (recomendação ISO 105-A02-1978(E)).A escala cinza para avaliação de alteração de cor consiste de nove pares de “padrões cinza”, cada parrepresentando a diferença de cor ou contraste (intensidade), que corresponde a um índice de solidez (valornumérico).O índice de solidez “5” é representado na escala por duas amostras idênticas, montadas lado a lado, emcinza neutro e tendo uma refletância de 12 1 %.

Os índices de solidez de “4-5” a “1” inclusive, são representados por amostras semelhantes às usadas parao índice “5”, também em pares, sendo que as amostras (uma de cada par) possuem uma variaçãogeométrica na intensidade de cinza (mais escuro para mais claro, à medida que os índices diminuem).Um dos padrões de cada par é igual em todos os pares (mesma intensidade de cinza). Esse padrãorepresenta o corpo de prova original (não testado). Os demais (que variam em intensidade) representam ocorpo de prova testado e as possíveis alterações de cor após o teste.Deve-se colocar o corpo de prova original e o testado, lado a lado, no mesmo plano e orientados namesma direção. A escala deve ser posicionada próxima dos corpos de prova e no mesmo plano. Oambiente onde é feita a avaliação deve ser em cinza uniforme e com um brilho mais suave do que o cinzaapresentado pela parte mais escura da escala. Se necessário, para evitar efeitos de “sombra” (causada pelasuperfície na qual se encontram as amostras), usa-se duas ou mais camadas do corpo de prova original soba amostra original e a testada. Deve-se iluminar a superfície das amostras e da escala cinza com luzbranca, com iluminação de 538 lux (30 lumens por pé quadrado) ou mais. A luz deve formar um ângulode 45 graus com a superfície das amostras e o ângulo de visão (observador) deve ser de aproximadamente90 graus com o plano em que as amostras se encontram. Faz-se então a comparação da diferença visualentre a amostra original e a testada com as diferenças representadas na escala de cinza. O índice desolidez atribuído será o número correspondente na escala de cinza que possua a mesma diferença avaliadavisualmente nas amostras. O índice de solidez “5” é atribuído somente quando não há nenhuma alteraçãode cor no corpo de prova testado em relação ao original.Com a escala de cinza, características de alteração de cor, tais como tonalidade, brilho ou umacombinação delas, não são avaliadas; apenas a alteração de cor (intensidade) do corpo de prova emrelação ao original é a base para a avaliação. Deseja-se avaliar também as características de brilho ealteração da tonalidade do corpo de prova, alguns termos qualitativos podem ser acrescentados ao índicede solidez atribuído, como mostra o exemplo a baixo:

Índices de solidez Interpretação

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3 Houve somente perda na intensidade da cor3 redder Perda na intensidade e alteração da tonalidade (avermelhou)

3 duller, yellower Perda na intensidade e alteração do brilho e da tonalidade4-5 redder Pequena alteração na intensidade e a tonalidade avermelhou

Termos e Siglas Empregadas

Bl = bluer (azulado)G = greener (esverdeado)R = redder (avermelhado)Y = yellower (amarelado)W = weaker (enfraquecido)S = stronger (escurecido)D = duller (esmaecido)Br = brighter (brilhante)

Na avaliação dos testes de solidez a luz, os corpos de prova expostos são comparados com a escala azul,que deve ser exposta simultaneamente com os corpos de prova.

A escala azul é formada por 8 padrões de tecido de lã tintos em azul com os corantes relacionados natabela abaixo. Os padrões azuis são identificados por uma designação numérica que varia de “1” (solideza luz muito baixa) até “8” (solidez a luz muito alta).

Corantes usados para tingimento dos padrões da escala azul

ÍndiceCorante - Colour Index

1 C.I. azul ácido 1042 C.I. azul ácido 1093 C.I. azul ácido 834 C.I. azul ácido 1215 C.I. azul ácido 476 C.I. azul ácido 237 C.I. azul a cuba solubilizado 58 C.I. azul a cuba solubilizado 8

Em alguns testes ocorrem mudanças na aparência da superfície do corpo de prova (por exemplo, posiçãodo pelo, estrutura, lustro, etc.) além da alteração de cor. Em tais casos, a superfície do corpo de provadeve ser restaurada, se possível até suas condições originais, por meio de penteagem ou escovagem. Casoa restauração não seja possível, não só o grau de alteração de cor deve ser relatado, mas também todas asalterações em aparência.

Transferência de cor

O índice de transferência para o tecido testemunha, seja por absorção do corante do banho, seja portransferência direta da cor do corpo de prova, é avaliada por comparação visual da face do tecido

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testemunha que esteve em contato com o corpo de prova; a cor do banho é ignorada, caso não hajaespecificação em contrário.A transferência de cor pode ser avaliada pela escala cinza (recomendação ISO 105-A03-1978(E)) ou pelaescala cromática da AATCC.

A escala cinza para avaliação de transferência de cor consiste de nove pares de amostras brancas e cinzas,cada par representando uma diferença de cor ou contraste (intensidade) que corresponde a um índice desolidez (valor numérico).O índice de solidez “5” é representado na escala por duas amostras idênticas (brancas), montadas lado alado, tendo uma refletância de 85% no mínimo. A transferência de cor neste caso é zero.Os índices de solidez de 4-5 a 1 inclusive, são representados por pares de amostras semelhantes às usadaspara o índice 5, sendo que um dos padrões de cada par é branco. Este padrão representa o tecidotestemunha original (não testado). Os demais (amostras cinzas) possuem uma variação geométrica naintensidade do cinza (mais claro para mais escuro, á medida que os índices diminuem).

A escala cromática da AATCC utiliza 30 amostras coloridas (vermelho, amarelo, verde, azul e púrpura). Acor neutra representada na linha número 5 (branco), assim como o cinza neutro, foram selecionadas paracorresponder às amostras da escala cinza para avaliação de transferência de cor.As amostras da escala são montadas sobre um cartão branco em 5 linhas horizontais. Estas linhas estãodispostas de forma que todas as cores apresentam uma graduação na intensidade na linha vertical,variando da mais clara (no alto) para a mais escura (na parte inferior da escala). Cada linha corresponde aum índice de solidez, sendo o índice “5” correspondente a primeira fileira da escala que é branca; o índice“4”, a segunda linha (com cores menos intensas) e assim sucessivamente até o índice “1”, na parteinferior, de cores mais intensas.As linhas são montadas com espaço suficiente entre elas, para apresentar aberturas redondas no cartão,sobre cada amostra da escala. Existe uma máscara com uma abertura, de forma que quando colocadaverticalmente sobre a escala, deixa a vista uma das aberturas circulares da escala e duas das amostras daescala cromática adjacentes verticalmente.A amostra que será avaliada é colocada por trás da escala, acima de uma das amostras da escala, de formaque a região que será avaliada apareça através de uma das aberturas, na coluna cuja cor corresponda à corda amostra em questão. A amostra é então deslocada para cima ou para baixo de forma que fique entre asamostras da escala de maior e de menor intensidade de cor com relação à amostra que esta sendo avaliada.O índice de solidez atribuído será aquele correspondente a amostra da escala cuja intensidade de corcorresponda à intensidade de cor transferida para a amostra testada. Se a intensidade de cor da amostratestada não corresponder exatamente a uma das amostras da escala, valores intermediários podem seratribuídos. Por exemplo, se a amostra testada não apresenta uma transferência de cor tão intensa quantoíndice “4” da escala e nem tão fraca quanto o índice “3”, atribuímos o índice de solidez “3-4”. O índice desolidez “5” é atribuído somente para amostras que não tenham sofrido nenhuma transferência de cor.

TESTES PRÁTICOS

1. Determinação da gramatura do tecido

Procedimento:

Cortar uma amostra de 100 cm2 com o Cortador de Amostras Circulares.Colocar a amostra na balança e efetuar a leitura da gramatura.

Não sendo possível uma amostra regular, com dimensões que perfaçam 100 cm2, utilizar a fórmula

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abaixo:

Peso m2 = peso da amostra x 10.000 área da amostra

2. Dosagem de Soda Cáustica – NaOH

PROCEDIMENTO:

Pesar 2,5 g da amostra e dissolver em 500 ml de água destilada.

Pipetar 25 ml da solução para um erlenmeyer de 250 ml contendo 75 ml de água destilada.

Adicionar 5 gotas de solução de fenolftaleína e titular com HCl 0,1 N.

Anotar o volume gasto como Valor 1 - V1

No mesmo frasco, adicionar 5 gotas de solução de Metil-orange e continuar a titulação com o HCl.

Anotar os ml gastos como valor 2 – V2

CÁLCULOS:

Teor de NaOH = V1 - (V2 - V1 ) x N x F x 40 x 500 x100 p. a x 25 x 1000

Teor de Na2CO3 = (V2 - V1 ) x N x F x 53 x 500 x100 p. a x 25 x 1000

Teor de Na2O = V2 x N x F x 31 x 500 x100 p. a x 25 x 1000

Onde:

V1 = Volume gasto com a fenolftaleína

V2 = Volume gasto com a Metil-orange

N = Normalidade do HCl

F = Fator de correção ( caso não tenha, considerar = 1 )

p.a = Peso da amostra

AREÔMETRO

Uma técnica muito comum para determinação da concentração da soda cáustica, é através da leitura diretade AREÔMETRO, com o resultado em º Bé.

PROCEDIMENTO:

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Em uma proveta de 500 ml, coloca-se a solução a ser analisada. Em seguida o AREÔMETRO é inserido,previamente limpo e seco, na proveta, efetuando-se a leitura.

3. Ferro na Soda Cáustica – NaOH

Dissolver 10 g de soda em 25 ml de água.

Colocar HCl concentrado em excesso e aquecer.

Depois de esfriar, tratar com solução de sulfocianeto de potássio.

Coloração vermelha caracteriza presença de ferro.

4. Teor de Pureza do Carbonato de Sódio (Barrilha) – Na2CO3

PROCEDIMENTO:

Pesar 10 g da amostra e diluir em 500 ml de água destilada.

Transferir 100 ml para um erlenmeyer de 250 ml e juntar 5 gotas de Metil-orange.

Titular com HCl 1 N.

Anotar o volume gasto como V.

CÁLCULO:

Teor de pureza como – Na2CO3 = V x N x Fc x 53 x 500 x 100p.a x 100 x 1000

Onde:

V = Volume gasto de ácidoN = NORMALIDADE DO ÁCIDOFc = Fator de correçãop.a = Peso da amostra

5. Teor de H2O2 e Volumes de O2 no Peróxido de Hidrogênio

OBJETIVO:

Determinar o percentual de peróxido ou volume de oxigênio existente em uma bombona ou em um banhode alvejamento.

PRINCÍPIO DO MÉTODO:

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PERMANGANOMETRIA: Titulação com permanganato de potássio onde este passa de uma coloraçãorosa incolor conforme a redução do manganês, em meio ácido.

MATERIAL EMPREGADO:

Pipeta – 10 e 20 mlBalão volumétrico – 100 mlErlenmeyer – 250 mlBureta – 50 mlProveta – 100 ml

REAGENTES:

Ácido sulfídricoPermanganato de Potássio

6. Determinação do Teor de Sólidos – Estufa e Refratômetro

OBJETIVO:

Determinar o teor de sólidos presente em um certo composto. A princípio, se pensava em teor de sólidoscomo sendo a quantidade de matéria ativa composto analisado, e em função desse raciocínio, algunsprodutos tiveram seus sólidos aumentados por certos fabricantes, mas não a sua eficiência. Teor de sólidosé a quantidade de sólidos puros de um produto.Existem dois métodos para a verificação do teor de sólidos: o da estufa e o refratômetro.

PRINCÍPIO DO MÉTODO ESTUFA:

Eliminar todo o líquido existente através de evaporação.

MÉTODO DA ESTUFA: SÓLIDOS NÃO VOLÁTEIS

MATERIAL EMPREGADO:

Vidro de relógioBalança analíticaEstufa Dessecador

PROCEDIMENTO:

Colocar uma porção da amostra no vidro de relógio ;

Pesar a amostra subtraindo a massa do vidro de relógio ( amostra A );

Levar o vidro de relógio à estufa – tempo: 3 horas; temperatura: 105 ºC;

Retirar da estufa e deixar esfriar num dessecador;

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Pesar a amostra subtraindo a massa do vidro de relógio ( amostra B ).

CÁLCULO:

Massa da porção da amostra (A) ----------- 100%Massa após o tempo do dessecador (B) ----------- X

X = 100 x B = %

A

MÉTODO DO REFRATÔMETRO: SÓLIDOS VOLÁTEIS

PRINCÍPIO DO MÉTODO:

Leitura direta no refratômetro.

MATERIAL EMPREGADO:

RefratômetroÁgua destiladaFlanela Pipeta (ou bastão de vidro)

PROCEDIMEMENTO:

Calibrar o refratômetro com água destilada;

Enxugar o prisma;

Colocar uma ou mais gotas da amostra sobre o prisma;

Abaixar a tampa suavemente.

RESULTADO:

Fazer a leitura do percentual de sólidos através do ocular.

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Leitura direta em percentual.

OBS.: tomando certos cuidados, sólidos voláteis também podem ser analisados pelo método da estufa.

7. Determinação do Poder de Detergência

OBJETIVO:

Visa estabelecer a capacidade emulsionante e de limpeza de um detergente sobre alguma espécie dematéria suja impregnada em tecidos.

PRINCÍPIO DO MÉTODO:

Após a padronização de sujidades, deixar o tecido sujo sob ação de detergentes e observar sua eficiência.Os detergentes reagem com as sujidades dos substratos tornando-os solúveis em água, podendo também,simplesmente provocar alterações na superfície do substrato, diminuindo sua força de adesão sem quehaja reação.MATERIAL EMPREGADO:

Amostra de tecido pré-alvejado 7 x 13 cmPasta de estampar com 1 g/Kg de grafiteTelaRasquetaBastão de vidroBanho-mariaProveta – 500 mlAmostra de detergenteBalança analíticaTermômetro

PREPARAÇÃO DO TECIDO:

Imprima a pasta de grafite sobre o tecido com tela e pressão padrão, e numere as amostras.

Nesta pasta, pode-se adicionar um pouco de pigmento para deixar a sujeira simulada mais nítida.

É importante que se tenha “sujeira padrão”.

PROCEDIMENTO:

Prepare um banho com 2 e 5 g/l do produto a ser testado num determinado volume.

Coloque uma amostra no banho-maria por 20 minutos à 80ºC. Ao colocar o bastão de vidro nobanho-maria para homogeneização do banho, evite tocar a amostra do lado em que exista a impressão afim de evitar a influência do atrito.

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As amostras retiradas deverão ser enxaguadas em água corrente e secas ao ambiente.

RESULTADO:

Depois que as amostras estiverem secas, avalie-as conforme a coloração, peso e características do banhoque ficou no banho-maria.

8. Determinação do Grau de Polimerização da resina

PROCEDIMENTO:

Preparar uma mistura contendo:

1 g/l Azul brilhante Solophenyl D FF1 g/l Àcido PíricoX g/l Carbonato de sódio ( de forma que fique em pH 8,5 ) Tingir com esta mistura, o tecido acabado, durante 30 minutos à 25 – 30.

Relação de banho : 1:50

Enxaguar a frio e deixar secar ao ar livre.

Avaliação dos resultados

Azul saturado: Tecido não tratado/resina não polimerizada;Verde azulado: Polimerização incompleta;Verde amarelado : Polimerização suficiente

9. Avaliação Quanto a Formação de Filmes de Ligantes

MATERIAL:

PipetaTampa de margarina redondaBalança

PROCEDIMENTO:

Adicionar 20g de ligante a ser testado numa tampa de margarina

Deixar em repouso por alguns dias – 2 à 7 dias dependendo da temperatura ambiente – até que o filme

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fique bem seco dando condições de ser retirado da tampa sem danificar.

AVALIAÇÃO DE FILMES

Formação de filme = UniformidadeAspecto do filme = AparênciaFlexibilidade = Poder de elasticidade ao dobrarDureza = Resistência ao abrasãoResistência = Poder de alongamento do filme

10. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE CORANTES E PIGMENTOS

OBJETIVO:

Determinar o percentual da diferença de concentração entre corantes.

CORANTES E PIGMENTOS – Compostos orgânicos e/ou inorgânicos capazes de dar cor aos substratos.

MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO:

Através de tingimentos padrões comparando os resultados com os padrões de laboratório.

Atualmente, espectrofotômetros são utilizados para as verificações de colorações de forma mais precisa.

11. DETERMINAÇÃO DO “ PICK-UP “ ( RETENÇÃO )

OBJETIVO:

Verificar o grau de retenção de banho no tecido após impregnação no foulard.

PRINCÍPIUO DO MÉTODO:

Determinar o percentual de água absorvida pelo tecido após sua espremedura no foulard.

MATERIAL EMPREGADO:

Tecido absorventeBecker – 1000 ml

Água – 500 ml ( esta poderá Ter 2 ml/l de umectante se houver dúvida quanto a hidrofilidade do tecido ).Balança ( precisão de 2 casas decimais )

PROCEDIMENTO:

Cortar 3 pedaços de tecido.

Identificar o posicionamento do tecido em relação ao foulard ( lado esquerdo, centro, lado direito ).

Pesar os 3 pedaços ( anotar os resultados ).

Têxtil - CONTROLE DE QUALIDADE QUÍMICO NA INDÚSTRIA TEXTIL

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Colocar os 3 pedaços no becker com água.

Definir a pressão do foulard.

Passar cada pedaço do tecido no foulard, na sua posição correta (por exemplo; tecido do lado esquerdo nolado esquerdo do foulard, tendo como referência a frente da máquina).

Se a distância entre o foulard e a balança utilizada para a pesagem do tecido for grande, cada amostradeverá ser protegida através de acondicionamento em saco plástico, após a passagem no foulard.

Cada amostra deve ser pesada para que se possa calcular a retenção, conforme fórmula representada aseguir:

CÁLCULO:

% “Pick-up” = PU - PS x 100PS

OBS.: calcular a retenção da cada pedaço do tecido: lado esquerdo, centro e lado direito.

Caso o foulard tenha 3 cilindros, o “pick-up” deverá ser medido na espremedura de entrada e de saída damáquina.

O critério de padrão de variação de percentual entre extremidades x centro e extremidade x extremidade,deverá ser definido conforme o critério da chefia.

12. NIP

Outra forma de se verificar a regularidade na espremedura do foulard, é através do NIP.

OBJETIVO:

Verificar através de uma imagem formada, a área de contato entre dois cilindros.

PRINCÍPIO DO MÉTODO:

“Checar” o nivelamento dos cilindros do foulard, passando duas folhas de papel fino com carbono entreeles e verificar as marcações formadas.

PROCEDIMENTO:

Com o foulard desligado, limpar as superfícies dos cilindros e deixá-los secos.

Posicionar as duas folhas de papel junto com o carbono ao longo de todo o cilindro.

Acionar a pressão de trabalho e aguardar 3 minutos.

Levantar o cilindro, retirar o papel com o carbono e analisar a impressão obtida.

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RESULTADO:

O NIP irregular, afetará a qualidade dos artigos. Para isso, o conhecimento do BOMBÈ(ABAULAMENTO – diferença de medida no diâmetro do cilindro. Este pode ser extremidade x centro xextremidade), se faz necessário para se poder compensar a ação das pressões em seus respectivos eixos.

No caso de espremeduras irregulares, as conseqüências poderão ser:

Má igualização ouréla – centro – ouréla;

Desgaste desigual da borracha;

Vibração do cilindro;

Quebra dos cilindros espremedores.

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Hino do Estado do Ceará

Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!

Hino Nacional

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!

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