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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA 2009 Anual (janeiro a dezembro) Cuiabá – Janeiro - 2010

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE … · Ricardo de Oliveiras Faleiros – Fiscal de Tributos Estaduais Thelniza Vieira de Araújo – Agente de Administração Fazendária

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GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE MMAATTOO GGRROOSSSSOO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA

ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA 2009 Anual (janeiro a dezembro))

Cuiabá – Janeiro - 2010

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Secretaria Adjunta da Receita Pública

BLAIRO BORGES MAGGI Governador do Estado de Mato Grosso

SILVAL BARBOSA Vice Governador do Estado de Mato Grosso

ÉDER DE MORAES DIAS Secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso

BENEDITO NERY GUARIM STROBREL Secretário-Adjunto Executivo do Núcleo Jurídico e Fazendário - SEJUF

EDMILSON JOSÉ DOS SANTOS Secretário Adjunto do Tesouro Estadual – SATE

MARCEL SOUZA DE CURSI Secretário Adjunto da Receita Pública - SARP

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Secretaria Adjunta da Receita Pública

SUMÁRIO

Resumo Executivo..........................................................................................................06 Aspectos legais e Metodológicos...................................................................................................12 Aspectos legais................................................................................................................12 Aspectos Metodológicos...................................................................................................13 Códigos das Atividades Econômicas (CNAE’s)...........................................................................................................16 Comportamento da receita tributária............................................................................................................20 Gráficos............................................................................................................20 Tabelas.............................................................................................................20 Potencial, Efetivo e Eficácia Tributária do ICMS................................................................................................................25 Análise do Inconverso.......................................................................................................28 Resumos.........................................................................................................30 Arrecadação do ICMS com valores Nominais e Corrigidos........................................................................................................33 Participação das Ativ.Econ. na Receita do ICMS...............................................................................................................35 Segmentos Econômicos....................................................................................................36 .. Modelo Econométrico.................................................................................................55 ICMS per capita............................................................................................................57

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Secretaria Adjunta da Receita Pública

ICMS, PIB e Carga Tributária por Estados...................................................................................................58 Ranking do ICMS – Arrecadação dos Estados....................................................................................................59 Ranking Transferências Constitucionais........................................................................................ 60 Transferências Constitucionais Per capita por Estado......................................................................................................61 Transferências da CIDE.........................................................................................................63 Transferências Voluntárias...............................................................................................64 Multas, juros e dívida ativa..........................................................................................................65 Créditos tributários “sub judice”......................................................................................................66 Créditos Tributários a recuperar.................................................................................................67 Percentual da realização dos projetos/atividades.................................................................................68 . Perfil do PTA da receita 2009.......................................................................................................78 Transferências a Fundos (FUNGEFAZ/FESP/FUPIS)....................................................................78 Prognósticos e circunstâncias relevantes...............................................................................................80 Anexos....................................................................................................84

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Secretaria Adjunta da Receita Pública

EQUIPE DA SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA - SARP SECRETÁRIO ADJUNTO DA RECEITA PÚBLICA Marcel Souza de Cursi - Fiscal de Tributos Estaduais ASSESSORIA TÉCNICA DE NEGÓCIO DA RECEITA PÚBLICA - ANRP Nardele Pires Rotherbarth – Fiscal de Tributos Estaduais/Assessor Agostinho Hideaki Nohama - Fiscal de Tributos Estaduais César Henrique Ruivo Gatti – Agente de Tributos Estaduais Luciney Martins de Almeida Moreira - Fiscal de Tributos Estaduais Marly Aparecida Tavares Pauletti - Agente de Tributos Estaduais Maira Cristina de Santana Alves – Fiscal de Tributos Estaduais José Serra Neto – Fiscal de Tributos Estaduais Paulo César da Silva - Técnico em Processamento ASSESSORIA DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - APEA Jonil Vital de Souza – Agente de Tributos Estaduais/Assessor Eliézer Pereira da Silva - Técnico da Área Instrumental do Governo Elizeu Gomes de Souza - Técnico da Área Instrumental do Governo Fátima Catarina da Penha - Estagiária Greice Caroline Guerro - Técnica da Área Instrumental do Governo Jacildo Souza – Agente de Tributos Estaduais/Assessor Luiz Silva de Moraes - Técnico da Área Instrumental do Governo Luiz Gonçalo Pereira Ormond - Técnico da Área Instrumental do Governo Paulo Cezar de Souza – Gestor Governamental Reinhard Ramminger – Gestor Governamental Valéria Isaac Marques - Técnica da Área Instrumental do Governo Valdi Simão de Lima - Fiscal de Tributos Estaduais ASSESSORIA DE RELAÇÕES FEDERATIVAS FISCAIS - ARFF Fábio Fernandez Pimenta - Fiscal de Tributos Estaduais Iara Xavier – Fiscal de Tributos Estaduais Lucas Elmo Pimentel Filho – Fiscal de Tributos Estaduais Lucymar Regina Padoan S. Froés - Agente de Tributos Estaduais Ricardo de Oliveiras Faleiros – Fiscal de Tributos Estaduais Thelniza Vieira de Araújo – Agente de Administração Fazendária Zilanda Sorai de Oliveira – Agente da Área Instrumental do Governo ASSESSORIA EXECUTIVA DA RECEITA PÚBLICA - AERP Maria Célia de Oliveira Pereira – Fiscal de tributos Estaduais Janete Sichoski Ferro – Fiscal de Tributos Estaduais Alexandre Paulino Monea – Fiscal de Tributos Estaduais Carlos Henry Dantas de Souza – Fiscal de Tributos Estaduais Paulo da Silva Nardes – Técnico da Área Instrumental do Governo Nathália Roncada de Freitas – Estagiária

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Secretaria Adjunta da Receita Pública

ASSESSORIA DE POLÍTICA E TRIBUTAÇÃO - APTR Jorge Luiz da Silva – Fiscal de Tributos Estaduais Benedito Pedro Pouso Curvo – Fiscal de Tributos Estaduais Laerte Santana – Fiscal de Tributos Estaduais Leonel Macharet – Agente de Tributos Estaduais Moisés de Campos Ferreira – Técnico da Área Instrumental do Governo Tayná Jully Ferreira Costa – Estagiária PRÓ-FISCO Maurício Guimarães – Agente de Tributos Estaduais Cristiane Alves dos Santos – DGA-9 APOIO DIRETO AO GABINETE Valéria Cristina Cunha Cintra – Assistente Técnica Juliana C. Zanin Cintra – Técnica em Processamento Natália Paula de Campos - Estagiária

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Secretaria Adjunta da Receita Pública

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho avalia o comportamento da receita pública do Estado de Mato Grosso no ano de 2009, cumprindo assim dispositivo do Art. 12 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Parte do conteúdo deste documento compara as receitas efetivamente ingressadas no erário estadual com os montantes de receitas que foram previstas pela Secretaria de Estado de Fazenda.

Art. 12 As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas (LRF, 2000)

As análises da receita visam prevenir riscos futuros, além de permitirem correções de eventuais desvios das metas legais e econômicas. Desse modo, o esforço em antecipar as distorções das metas pode ser corrigido em tempo como tentativa de evitar desequilíbrios das contas públicas.

Uma visão geral de receita como a elaborada neste documento é uma tentativa de sintetizar informações e evidenciá-las a todos os gestores, possibilitando a estes o cumprimento da gestão fiscal (acompanhamento e avaliação permanente através de análises, estudos e diagnósticos da receita) como estabelecido no Art. 67 da LRF, inc.4).

Ao auferir resultados obtidos referente ao ano anterior pretende-se motivar todos os gestores públicos a realizarem as receitas cabíveis ao Estado de Mato Grosso de acordo com os princípios tributários e com o potencial da economia.

Procurou-se identificar o potencial de algumas das Receitas Tributárias e suas componentes (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS) como também, o FETHAB que, no presente trabalho foram denominadas “receitas analisadas”.

A distância entre a receita realizada e a analisada representa possibilidades de o Estado avançar na arrecadação sem aumentar alíquotas dos tributos de sua competência. A diferença entre a arrecadação realizada e a analisada representa também um desafio para os respectivos gestores dessas contas (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS). Procura-se, assim, contribuir tanto para o aperfeiçoamento das atividades fiscais como melhorar os mecanismos ou processos para a operacionalização das receitas.

MARCEL SOUZA DE CURSI

Secretário Adjunto da Receita Pública

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RESUMO EXECUTIVO - RECEITA PÚBLICA Tabela 1 – Código, Especificação e Comparação entre Receita prevista e Realizada

no ano (jan-dez) de 2009.

A tabela 1 ressalta o peso de três contas na composição da receita. As receitas Tributárias, de Contribuições e Transferências Correntes responderam no ano de 2009 por 84,02% de toda a receita estadual. Receita Patrimonial

A receita patrimonial de 2009 foi de R$ 105 milhões, destacando-se neste grupo as

receitas de valores mobiliários (juros e títulos de renda, remuneração de depósitos bancários e outras receitas de valores mobiliários) RECEITA AGROPECUÁRIA A receita Agropecuária foi de apenas R$ 122 mil reais no ano de 2009, possuindo pouca representatividade do total das receitas correntes, participando com apenas 0,001 % do total. As receitas que compõem este grupo são: Receita da produção animal e derivados (48,99%) e Outras receitas agropecuárias (51,01 %).

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RECEITA DE SERVIÇOS A receita de Serviços foi de 209 milhões, representando 2,16 % do total da Receita Pública Total. Dentre as receitas deste grupo destacam-se os serviços relativos ao trânsito, de saúde e os serviços de transportes que participaram com 55,22%, 25,79% e 5,08% respectivamente. Tabela 2 - Especificação da Receita Prevista, Realizada e Participação Percentual

das Receitas, no período de Jan/dez 2009 (em milhões de reais)

A Receita Pública Total realizou R$ 9, 696 bilhões em 2009, superando a prevista em 11,7%.

A tabela 2 permite verificar que pelo potencial, a receita pública total, poderia ter alcançado R$ 9, 845 bilhões no período.

Com exceção do ICMS, a tabela mostra que todas as receitas tributárias obtiveram um valor realizado acima do projetado na LOA.

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TAXAS

Quanto às taxas (Segurança Pública, Serviços Estaduais e Judiciárias), estimou-se na LOA um montante de R$ 44 milhões para 2009; no entanto, o valor realizado foi 68,3 % superior, ou seja, R$ 31 milhões. IPVA

A previsão de arrecadação de IPVA para o período foi de R$ 182 milhões, enquanto o realizado de janeiro a dezembro foi de R$ 240 milhões, portanto 31,9 % em relação ao valor orçado. ICMS

O valor do ICMS projetado na LOA para 2009 foi de R$ 4.408,9 bilhões, sendo realizados 4.282,7 bilhões, portanto 2,9 % a menor, em valores nominais. Imposto sobre transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos (ITCD)

Houve uma significativa melhoria nos índices de recolhimento do ITCD, especialmente devido à ação fazendária de vistoria de imóveis sujeitos ao fato gerador. Anteriormente, o ITCD era recolhido tendo como base o valor cadastral informado pelas prefeituras e nem sempre esses imóveis tinham seus preços regularmente atualizados. Agora, há um esforço para recolher o ITCD com base numa avaliação do imóvel feita por servidor fazendário, o que permitiu um incremento no valor realizado de 158,9 % em relação ao valor orçado. Transferências Correntes (Constitucionais e Legais)

Estava prevista uma receita de R$ 2.172 bilhões de transferências constitucionais e

legais para o ano de 2009, no entanto, verificou-se um montante de R$ 2.457 bilhões, superior em 13,1%. Multas e juros

Os valores efetivamente recebidos a título de Multas e Juros superaram ao orçado em

78,1%, totalizando 113 milhões ante os 64 milhões previstos na LOA. Receita da Dívida Ativa

A Receita orçada da Dívida Ativa era de R$ 19 milhões, realizando-se R$ 23 milhões, portanto, 24,4% acima do valor esperado.

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RECEITAS DE CAPITAL

As receitas de capital apresentaram um excelente resultado em relação ao estimado na LOA, ou seja, estava prevista uma receita de R$ 91 milhões, realizou-se R$ 294 milhões. Dos componentes das receitas de capital [operação de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos (concedidos), transferências de capitais e outras receitas de capital], as operações de crédito foi de 95, 566 milhões, representando 32,5% do total, Alienação de Bens foi de R$ 30, 943 milhões, representando 10,5 % , enquanto que a Transferência de Capital foi de R$ 162,673 milhões, 55,3 %, as Amortizações de Empréstimos de R$ 3,41 milhões, 1,16% e Outras Receitas de Capital R$ 1,366 milhões, 0,5 % do total. Salientamos que houve receita referente a operações de crédito uma vez que o estado recuperou as possibilidades de contrair novos empréstimos pelo fato de possuir capacidade de endividamente, conforme preceitua a Resolução 43 do senado federal. Tabela 3 - Arrecadação ICMS, Nominal e Corrigido, para o Período entre 2002 a

2009 (em Milhões de Reais)

Observando-se o valor do ICMS, no intervalo de sete anos (2002 – 2009), verificamos a variação nominal de 133% e a corrigida de 32% na arrecadação do referido tributo.

O decréscimo na variação do ICMS de 2009 em relação ao ano anterior, em valores corrigidos foi de apenas 0,2%.

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Tabela 4 – Tributos (ICMS, IRRF, IPVA, ITCD e Taxas), Valores Projetados na Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Receita Realizada em 2009.

Os dados mostram que o montante da arrecadação de receita tributária ficou 0,5% acima das projeções iniciais, resultando uma receita de R$ 26,0 milhões superior à prevista.

A análise do efetivo comportamento da economia no período indica que essa arrecadação poderia ter sido 2,6% (R$ 131,7 milhões) maior, o que indica que há espaço para incrementar a receita, sem alteração de alíquotas de tributos. Tabela 5 - Análise da Receita Projetada e Analisada obtida com o IPVA de 2009.

O valor previsto para o IPVA na LOA/2009 foi de R$ 181,9 milhões, ultrapassando os R$ 239 milhões, superior 22,2% ao arrecado em 2008.

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Tabela 6 - Transferências Constitucionais - 2009.

A tabela acima demonstra os repasses constitucionais e legais para o Estado de Mato Grosso de 2009. Há que se destacar como positivos as Transferências de: IOF-OURO; Transf.Rec. SUS e Aux.Fin.Fom.Exp. – Negativos: FPE; Transf.Rec.Financ. e CIDE. Tabela 7 – Receita potencial, inconverso, FETHAB efetivo e índice de incoverso para

soja, gado, diesel, algodão, e madeira. Valores realizados em 2009.

Observa-se para o ano de 2009, uma receita potencial de R$ 504,9 milhões para o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB). A receita efetiva foi de R$ 487,7 milhões. Em princípio, pode se presumir que as bases econômicas sob as quais incide a contribuição para o Fundo (Soja, Gado, Diesel, Algodão e Madeira) poderiam ter gerado um montade de FETHAB superior em 3,42%.

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ASPECTOS LEGAIS E METODOLÓGICOS ASPECTOS LEGAIS

1. DISPOSIÇÕES LEGAIS

Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina a realização, a cada dois meses, de uma avaliação de desempenho da receita.

Uma das vantagens dessa análise é que ela propicia um contexto mais amplo das causas que estão influenciando o comportamento das receitas. Naturalmente que a observação das causas permite correção de rumos. Entre as mudanças possíveis, destaca-se a atuação do aparelho fiscal movido pela necessidade de desdobramento e cumprimento de metas bimestrais de receitas.

O acompanhamento da arrecadação visa garantir as metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

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§ 3º No caso de o Poder Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. (Constituição Federal, art. 166, § 1º... Comissão permanente de Senadores e Deputados).

A LRF prevê também a prestação de contas periódicas à sociedade das realizações do Poder Executivo no campo tributário. Trata-se da divulgação do seu programa de melhoria da arrecadação e de sua política tributária.

Conforme se interpreta o Art. 12 da LRF, caso a receita própria venha mostrar-se declinante, o Estado poderá:

Adotar medidas para atualização do cadastro de contribuintes; Focar o aparelho fiscalização para evitar sonegação de tributos; Rever as isenções concedidas; Adequar taxas ao custo real dos serviços e outras medidas. Decidir sobre outras ações recuperadoras de créditos. Nesse sentido, a LRF estabelece:

Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.

ASPECTOS METODOLÓGICOS METODOLOGIA Projeção da Receita do ICMS

A metodologia de estimativa da receita de ICMS adotada pela SEFAZ/MT, em março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva do Estado, ao invés da tendência histórica de comportamento da receita. O acelerado processo de crescimento e transformação produtiva da economia local, a partir da segunda metade da década de 90, motivou essa decisão. Entendeu-se que o ritmo e a trajetória do ICMS de hoje não guardava aderência com o verificado nos últimos 10 anos.

Assim, a previsão de receita de ICMS deu-se a partir de informações sobre o potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em agrupamentos denominados SEGMENTOS.

Esse agrupamento poderia ser feito sob a ótica do produto ou da sua cadeia produtiva. Optou-se pelo agrupamento da cadeia produtiva, pois tal procedimento guarda sintonia com a abordagem adotada pelo Governo do Estado em sua Política de Desenvolvimento Regional. Além disso, essa estruturação contribui para a padronização do

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Sistema de Administração Tributária, em consonância com o modelo de gestão da SEFAZ/MT e permite maior eficácia na projeção e acompanhamento da receita. Permite ainda mensurar e avaliar o efeito multiplicador da renda e de tributos decorrentes da produção.

Apesar desse entendimento, não foi possível enquadrar todos os Segmentos no conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do produto. Adotou-se, portanto, o conceito misto, conforme demonstrado na tabela 8. Tabela 8 - Segmentos da Economia Mato-Grossense e seu Respectivo Conceito

Misto (sob a Ótica de Cadeia Produtiva e da Ótica de Produto)

SEGMENTO CONCEITO MISTO

1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização 2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada

por outros segmentos) 3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos 4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização 5. Combustíveis Diesel, Álcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene 6. Comunicação Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet 7. Energia Elétrica Consumo 8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira 9. Medicamentos Distribuidores e Farmácia 10. Pecuária Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos,

casas de carnes, etc) 11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno 12. Supermercados Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive

substituição tributária) 13. Transportes Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial 14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição

tributária 15. Veículos Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios 16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados

pelos segmentos)

Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.

Para os diversos PIBs setoriais – PIB dos Segmentos - adotou-se a hipótese de elasticidade unitária PIB - receita tributária, ou seja, para cada ponto de crescimento/redução no PIB registra-se um incremento/queda de um ponto na receita de ICMS.

Como Proxy do PIB considerou-se a estimativa do faturamento de cada Segmento, com base em informações sobre a demanda local, obtida a partir de indicadores de consumo per capta e do volume de produção do Segmento. Essa informação permitiu identificar a capacidade contributiva potencial dos agentes econômicos.

O ICMS potencial, obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento no valor do faturamento, refere-se ao valor da arrecadação em uma situação ideal (ausência de externalidades na gestão tributária, tais como, renúncia, inadimplência, medidas judiciais que anulem a obrigação tributária, contencioso administrativo e sonegação).

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A renúncia por segmento foi calculada a partir de levantamento das concessões de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, crédito outorgado, isenção, diferimento) e de programas de incentivos fiscais.

O ICMS potencial menos a renuncia, o aproveitamento de crédito e o inconverso é igual ao ICMS efetivo. O inconverso por sua vez é composto de quatro variáveis: contencioso administrativo, contencioso judicial, conta corrente ou inadimplência e um valor residual configurado como fraude (ver ilustração 1).

ICMS efetivo é obtido com base no registro das receitas recolhidas ao erário.Essa metodologia permitiu identificar um importante indicador de desempenho da receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a receita efetiva e receita potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em termos de arrecadação.

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Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s)

Segmento: Algodão CNAES Descrição

1321-9/00 Tecelagem de fios de algodão 1311-1/00 Preparação e fiação de fibras de algodão 0112-1/01 Cultivo de algodão herbáceo 4623-1/03 Comércio atacadista de algodão

Segmento Arroz 1061-9/02 Fabricação de produtos do arroz 0111-3/01 Cultivo de arroz 4632-0/01 Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados 1061-9/01 Beneficiamento de arroz

Segmento Atacado 0114-8/00 a 1749-4/00 2011-8/00 a 2829-1/01 3050-4/00 a 3329-5/99 4623-1/04 a 4693-1/00

Com 212 atividades

Segmento Bebidas

1112-7/00 Fabricação de vinho

1033-3/02 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados

1033-3/01 Fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes

1122-4/01 Fabricação de refrigerantes

1122-4/03 Fabricação de refrescos, xaropes e pós para refrescos, exceto refrescos de frutas

1122-4/99 Fabricação de outras bebidas não-alcoólicas não especificadas anteriormente

1111-9/02 Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas

1113-5/01 Fabricação de malte, inclusive malte uísque

1122-4/02 Fabricação de chá mate e outros chás prontos para consumo

1113-5/02 Fabricação de cervejas e chopes

1121-6/00 Fabricação de águas envasadas

1111-9/01 Fabricação de aguardente de cana-de-açúcar

4723-7/00 Comércio varejista de bebidas

4635-4/02 Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante

4635-4/99 Comércio atacadista de bebidas não especificadas anteriormente

4635-4/03 Comércio atacadista de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4635-4/01 Comércio atacadista de água mineral

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Segmento Bebidas

3520-4/01 Produção de gás; processamento de gás natural

1922-5/01 Formulação de combustíveis

2021-5/00 Fabricação de produtos petroquímicos básicos

1921-7/00 Fabricação de produtos do refino de petróleo

2099-1/99 Fabricação de outros produtos químicos não especificados anteriormente

1922-5/99 Fabricação de outros produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino

1931-4/00 Fabricação de álcool

0600-0/02 Extração e beneficiamento de xisto

0600-0/03 Extração e beneficiamento de areias betuminosas

0600-0/01 Extração de petróleo e gás natural

3520-4/02 Distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas

1910-1/00 Coquerias

4732-6/00 Comércio varejista de lubrificantes

4784-9/00 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)

4731-8/00 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores

4681-8/05 Comércio atacadista de lubrificantes

4682-6/00 Comércio atacadista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)

4681-8/02 Comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador retalhista (TRR)

4681-8/03 Comércio atacadista de combustíveis de origem vegetal, exceto álcool carburante

4681-8/04 Comércio atacadista de combustíveis de origem mineral em bruto

4681-8/01 Comércio atacadista de álcool carburante, biodiesel, gasolina e demais derivados de petróleo, exceto lubrificantes, não realizado por transportador retalhista (TRR)

0500-3/02 Beneficiamento de carvão mineral Segmento: Comunicação

6120-5/01 Telefonia móvel celular

6130-2/00 Telecomunicações por satélite

6110-8/01 Serviços de telefonia fixa comutada - STFC

6120-5/99 Serviços de telecomunicações sem fio não especificados anteriormente

6110-8/99 Serviços de telecomunicações por fio não especificados anteriormente

6110-8/02 Serviços de redes de transporte de telecomunicações - SRTT

6110-8/03 Serviços de comunicação multimídia - SCM

6120-5/02 Serviço móvel especializado - SME

6190-6/02 Provedores de voz sobre protocolo internet - VOIP

6190-6/01 Provedores de acesso às redes de comunicações

6022-5/01 Programadoras

6190-6/99 Outras atividades de telecomunicações não especificadas anteriormente

6143-4/00 Operadoras de televisão por assinatura por satélite

6142-6/00 Operadoras de televisão por assinatura por microondas

6141-8/00 Operadoras de televisão por assinatura por cabo

6022-5/02 Atividades relacionadas à televisão por assinatura, exceto programadoras

6021-7/00 Atividades de televisão aberta

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Segmento: Energia 3512-3/00 Transmissão de energia elétrica

3511-5/00 Geração de energia elétrica

3514-0/00 Distribuição de energia elétrica

3513-1/00 Comércio atacadista de energia elétrica Segmento: Medicamentos

1610-2/02 Serrarias sem desdobramento de madeira

1610-2/01 Serrarias com desdobramento de madeira

0210-1/09 Produção de casca de acácia-negra - florestas plantadas

0210-1/08 Produção de carvão vegetal - florestas plantadas

0220-9/02 Produção de carvão vegetal - florestas nativas

1622-6/99 Fabricação de outros artigos de carpintaria para construção

3101-2/00 Fabricação de móveis com predominância de madeira

1621-8/00 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada

1622-6/02 Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais

1622-6/01 Fabricação de casas de madeira pré-fabricadas

1629-3/01 Fabricação de artefatos diversos de madeira, exceto móveis

2219-6/00 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente

0210-1/07 Extração de madeira em florestas plantadas

0220-9/01 Extração de madeira em florestas nativas

0210-1/04 Cultivo de teca

0139-3/06 Cultivo de seringueira

0210-1/03 Cultivo de pinus

0210-1/01 Cultivo de eucalipto

0210-1/05 Cultivo de espécies madeireiras, exceto eucalipto, acácia-negra, pinus e teca

0210-1/02 Cultivo de acácia-negra

4744-0/02 Comércio varejista de madeira e artefatos

4671-1/00 Comércio atacadista de madeira e produtos derivados

0230-6/00 Atividades de apoio à produção florestal Segmento: Pecuária

0151-2/01 0322-1/99

1011-2/01 1529-7/00

1012-1/02 1012-1/01

4623-1/01 4722-9/01 63 Atividades Segmento: Soja

1042-2/00 Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho

1041-4/00 Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho

0115-6/00 Cultivo de soja

4622-2/00 Comércio atacadista de soja

4637-1/03 Comércio atacadista de óleos e gorduras

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Segmento: Supermercado 4721-1/02 Padaria e confeitaria com predominância de revenda

4721-1/01 Padaria e confeitaria com predominância de produção própria

4711-3/02 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados

4712-1/00 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns

4711-3/01 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados

4724-5/00 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros

4637-1/99 Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente

4639-7/02 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4639-7/01 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral

4637-1/01 Comércio atacadista de café torrado, moído e solúvel

4621-4/00 Comércio atacadista de café em grão

Segmento: Transporte 4911-6/00 4950-7/00

5011-4/01 5320-2/02

48 atividades Segmento: Varejo

1932-2/00

2029-1/00 2869-1/00

3102-1/00 3299-0/04

4615-0/00 4789-0/99

5611-2/01 5620-1/04

168 Atividades Segmento: Outros

0170-9/00 a 1811-3/01 a 1830-0/03

0210-1/06 a 0220-9/99 1922-5/02 0311-6/03 a 0322-1/07 2019-3/01 a 2541-1/00

0500-3/01 a 3211-6/01 a 3900-5/00

0710-3/01 a 0729-4/05 4110-7/00 a 4618-4/99

0810-0/01 a 0899-1/99 5211-7/01 a 5920-1/00

0910-6/00 a 0990-4/03 6010-1/00 a 6920-6/02

1099-6/04 a 1340-5/99 7020-4/00 a 7990-2/00

1531-9/02 8011-1/01 a 8800-6/00

1741-9/02 9001-9/01 a 9900-8/00

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COMPORTAMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA

Gráficos e Tabelas Gráfico 1 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2009 –

algodão, arroz, atacado e bebidas (em Milhões de Reais)

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Gráfico 2 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2009 –

combustível, comunicação e energia (em Milhões de Reais)

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Gráfico 3 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2009, segmentos de madeira, medicamentos, e pecuária (em Milhões de Reais)

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(Gráfico 4 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado para os segmentos de soja, supermercado e transporte em 2009 (em Milhões de Reais)

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(Gráfico 5 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado para os segmentos de varejo, veículos e outros em 2009 (em Milhões de Reais)

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Tabela 9 – Potencial, Efetivo e Eficácia Tributária do ICMS por Segmentos, Anual/ 2009 (em Milhões de Reais)

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Tabela 10 – Comparação entre Receita Projetada, Realizada e Analisada - Anual/ 2009.

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Tabela 11 – Comparação entre Previsto, Realizado e Analisado da Eficácia Tributária por Segmento - Anual/ 2009.

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Tabela 12 – Comparação do Inconverso do ICMS entre Original, Realizado e Analisado por Segmento – Anual/2009. (em Milhões de Reais).

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Tabela 13 – Comparação do ICMS – efetivo e potencial – renúncia fiscal, inconverso estimado e eficácia tributária – Anual/ 2009.

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Tabela 14 – Resumo

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Tabela 15 - Resumo

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Tabela 16 - Resumo

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Tabela 17 – Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos anual janeiro-dezembro (2003 a 2009 em milhões de Reais)

Nom= nominal, Cor = corrigido

Na tabela 17, comparando 2009 com 2008, verificamos que os piores desempenhos em termos de arrecadação são atribuível aos segmentos de algodão, comunicação, pecuária, transporte e madeira. Os melhores desempenhos foram observados na energia, medicamentos, arroz e varejo.

Em valores reais, o ICMS de 2009 foi de R$ 4.267,4 bilhões enquanto que em 2008 esse valor foi de R$ 4.274,5 registrando um equilíbrio no biênio.

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Há algumas justificativas quanto à variação negativa na arrecadação do ICMS 2009/08: no segmento do Algodão houve uma variação negativa na Renda Agrícola de 35,36%, de acordo com dados do MAPA.

Quanto ao segmento de Comunicação, houve um reajuste nos créditos referente ao FUNGEFAZ-Comunicação, que ao final de 2008 passou de R$ 2,50 para R$ 5,00 por terminal instalado, reduzindo dessa forma, a arrecadação no segmento.

O segmento Energia foi caracterizado por um expressivo índice do inconverso 14% resultado principalmente da inadimplência dos contribuintes responsáveis pelo recolhimento do ICMS, outros fatores importantes são: Redução da tarifa de energia elétrica de 30% para 27% (Decreto nº 1.918/2009) para consumidores comerciais e residencias a partir de 01/05/2009 a 31/12/209, representando um perda de R$ 17,5milhões em 8 meses, o que reduz a alíquota média em 2009 para: Jan.-jun.: 23,8%; Jan.-ago.: 23,51%;Jan.-out.: 23,22%; Jan.-dez.: 22,92%; A partir de 2010: 22,33%.

O segmento Madeira, por razões diversas, entre elas, as extrações em discordância com normas ambientais, levaram à deflagração de operações federais e de retração do segmento. Oportuno observar que mais de 30% da madeira é exportada, portanto, não constitui base de cálculo para o ICMS. A maioria das empresas madeireiras é optante do simples nacional, o que também, reduz a arrecadação.

A variação negativa do segmento da Pecuária nesse período é resultado principalmente dos seguintes eventos: Redução da Alíquota Interestadual do Boi em Pé, de 7% para 3,5% (4 meses ) – região noroeste – perda de R$ 10 milhões de ICMS, conseqüentemente, eficácia ajustada para 37%.

Para o segmento de Transporte, o baixo desempenho em relação 2009/2008, refere-se principalmente da alteração da alíquota média que previu na LOA 17% concretizando em 10,7% devido à Renúncia fiscal em relação à redução da base de cálculo transporte de passageiros.

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PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NA RECEITA DO ICMS

Tabela 18 – Segmento Econômico, Faturamento Total, Faturamento Tributável, Renúncia Fiscal ICMS realizado em 2009).

A tabela 18 mostra que do faturamento do agronegócio muito pouco se converte em ICMS. São destacados os percentuais relativos ao faturamento e ao ICMS: agropecuária 41,8% do faturamento e 12,6% do ICMS; comércio 44,4% do faturamento e 61,6% do mesmo tributo, já para os segmentos que integram os serviços, esses percentuais são respectivamente de 13,9% e 21,7%.

Relação entre faturamento e ICMS Na Tabela 18, observamos que o faturamento da agropecuária representa 41,8%,

mas a parte que se converte em ICMS é de apenas 12,6%. Isso ocorre devido à expressiva renúncia que é concedida para as atividades componentes da agropecuária. Uma das maiores renúncia, de 26,5%, está na pecuária, seguida de 14,4% no veículo e de 13,9% para o segmento transporte. O argumento justificador da renúncia, geralmente leva em consideração os efeitos multiplicadores dessas atividades em toda a economia, já que, em termos de arrecadação direta, o ICMS é bem menor do que em outras atividades.

As atividades ligadas ao comércio, embora contribuíssem com 44,4% em 2009), apresentaram um peso de quase 62% na arrecadação.

Agrupando-se os segmentos de serviços - comunicação, energia e transportes – cujo faturamento alcançou 13,9% nota-se que, praticamente dobraram esse percentual em termos de contribuição para a arrecadação do ICMS (em torno de 21,7%).

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Segmentos econômicos

Segmento Algodão Tabela 19 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o Segmento do Algodão. HIPÓTESES

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Tabela 19a – Memória de Cálculo do ICMS projetada para o algodão em 2009.

No segmento algodão, o faturamento observado na análise foi inferior 30% em relação

ao previsto, as principais causas: Variação negativa da safra 2009/2008 em 26,04; Variação negativa nos preços 2009/2008 em 1,37% e variação negativa do faturamento total em 27,41%. Quanto ao ICMS efetivo a LOA previu R$ 32 milhões, realizando R$ 18 milhões, ou seja, 45% abaixo

É verificável também que houve uma eficácia realizada superior a projetada bem como, uma elevação do índice de inconverso em relação ao original.

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Segmento Arroz Tabela 20 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o arroz. HIPÓTESES

Tabela 20a – Memória de Cálculo do ICMS do Arroz - anual - 2009

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O faturamento no segmento de Arroz realizou-se ligeiramente acima em 23,7% do previsto na LOA em razão da variação do VBP de 16,84% (MAPA, de-09. Porém, o ICMS efetivo ficou abaixo R$ 2 milhões nesse período. Há de se destacar o alto índice de inconverso realizado – 141%.

Segmento Atacado

Tabela 21 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o atacado.

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Tabela 21a - Memória de Cálculo do ICMS projetada para o Atacado.

Para o segmento de Atacado previa-se uma arrecadação para 2009 de R$ 193 milhões

(dados da LOA). O consumo aquecido devido uma variação total da receita nominal de vendas no comércio atacadista jan. a nov. 2009 (ABAD - Assoc. Bras. Atacadistas e Distribuidores): 2,90% que, anualizado = 3,17% juntamente com a elevação da eficácia de 71% para 80%, resultou em uma arrecadação de ICMS a patamares superiores a R$ 222 milhões.

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Segmento: Bebidas Tabela 22 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de bebidas.

Tabela 22a - Memória de Cálculo do ICMS do segmento de Bebidas.

O faturamento do segmento de Bebidas na LOA fora previsto no valor de R$ 1.076 milhões, foi de fato observado no período o montante de R$ 1.090 milhões. A discreta elevação no valor do faturamento não foi suficiente para uma arrecadação positiva em ralação à prevista. Convém destacar neste segmento, o elevado percentual da Eficácia tributária: 86% em 2009.

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Segmento: Combustíveis

Tabela 23 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de combustíveis.

Tabela 23a – Memória de Cálculo ICMS dos Combustíveis.

Aqui é importante justificar dois fatores que podem ter contribuído para a perda de

eficácia no segmento de combustível: (1) a mudança no final de 2008 do valor recolhido ao FETHAB que passou para R$ 0,18 centavos por litro, (quando era R$ 0,10). O segundo fator tem relação com a diminuição da renda proveniente da agricultura em torno de 36%, de acordo com dados do MAPA.

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Segmento: Comunicação

Tabela 24 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de comunicação.

Tabela 24a – Memória de Cálculo ICMS de Comunicação.

A lei Orçamentária Anual previu para 2009 uma eficácia de 84% para o segmento de Comunicação, no entanto realizou-se 68%, a qual deveria ser realizada 75%. Um dos principais fatores dessa queda deve-se à mudança no final de 2008 do valor recolhido ao FUNGEFAZ que passou de R$ 2,50 para R$ 5,00 por terminal instalado.

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Segmento Energia Elétrica Tabela 25 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de Energia

Elétrica.

Tabela 25a – Memória de cálculo ICMS da Energia Elétrica.

A queda na arrecadação em relação ao ICMS previsto, como também, da eficácia tributária no segmento de Energia Elétrica, deve-se principalmente à redução da tarifa de 30% para 27% (Decreto nº 1.918/2009) para consumidores comerciais e residenciais a partir de 01/05/2009 a 31/12/2011, representando uma perda de R$ 17,5 milhões em 8 meses, o que reduz a alíquota média em 2009 para: jan-jun 23,8%; jan-ago 23,51%; jan-out 23,22%; jan-dez 22,92%; a partir de 2010 22,33%

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Segmento Madeira Tabela 26 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de Madeira.

Tabela 26a – Memória de cálculo ICMS da Madeira – anual/2009.

A projeção da Lei Orçamentária Anual apontava para 2009, um cenário um pouco mais pujante para o segmento de madeira. Por razões diversas, entre elas, as extrações de madeira em discordância com normas ambientais, levaram ao longo do ano à deflagração de operações federais e de retração do segmento. Mesmo assim, em termos de ICMS efetivo, a arrecadação ficou um pouco abaixo da prevista na LOA – R$ 95 contra R$ 77 milhões, respectivamente. Oportuno observar que mais de 30% da madeira é exportada, portanto, não constitui base de cálculo para o ICMS. Com o advento do Super Simples muitas empresas migraram para este

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regime, contribuindo para redução do valor arrecadado. A queda de 46% na exportação resultou da crise financeira mundial de 2009, como também, a cotação baixa do dólar e a queda nos preços da madeira no mercado internacional.

Segmento Medicamentos Tabela 27 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de

medicamentos.

Tabela 27a – Memória de Cálculo ICMS do Segmento Medicamentos.

Nota: Redução em 68% do valor da operação a base de cálculo do ICMS incidente nas operações internas e de importação de perfumes e cosméticos , passando a alíquota de 25% para 17%. Efeitos a partir de 01/04/2009. Decreto nº 1.843/2009. Resulta na redução da alíquota média anual para 6,3%, assim distribuída: jan-jun.: para 8,33%; jan.-ago.: 7,88%; jan.-out.: 7,43%; jan.-dez.: 6,98%; a partir de 2010: 6,3%.

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A hipótese inicial do faturamento tributável no segmento de Medicamentos previu para o 2009 um volume faturado de R$ 1.133 milhões. Observando a tabela acima, verificamos que esse valor superou o orçado em 18,7%, sendo alguns dos motivos a autorização da ANVISA para elevação dos preços em 4,39% e a redução da alíquota média, incrementando o faturamento em 14,2%. Nota-se também, uma diminuição do incorverso estimado de R$ 12 milhões para R$ 2 milhões, em decorrência disso, a eficácia tributária passou de 89% inicial para 98%. Segmento: Pecuária

Tabela 28 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de pecuária.

Tabela 28a – Memória de Cálculo ICMS da Pecuária para 2009.

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O segmento da pecuária engloba a cadeia produtiva dos bovinos, das aves e dos suínos. A arrecadação de R$ 183 milhões contra R$ 286 milhões prevista na LOA nesse período é resultado principalmente dos seguintes eventos: Redução da Alíquota Interestadual do Boi em Pé, de 7% para 3,5% (6 meses) – região noroeste – perda de R$ 13 milhões de ICMS, conseqüentemente, redução da eficácia.

O faturamento total previsto para o segmento por ocasião da LOA foi de R$ 10.935 realizando R$ 5.109 milhões, variação negativa de 53,2%.

A expressiva queda na exportação em 2009 refere-se principalmente a uma variação negativa nos preços de 14,77%.

A renúncia de R$ 197 milhões nesse período refere-se aos programas de incentivo do Programa de Desenvolvimento da Política Industrial e Comercial (PRODEIC), do Programa de Desenvolvimento Industrial (PRODEI) e Programa de Incentivo à atividade leiteira (PRÓ-LEITE) e Crédito Presumido. Segmento Soja

Tabela 29 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de Soja.

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Tabela 29a – Memória de Cálculo do ICMS da soja para 2009.

Com base nos volumes de produção e preços atualizados, esse segmento obteve uma

variação do valor bruto da produção 2009/2008 de 5,82%. Descontando-se as exportações no período de R$ 12.005 milhões, o resultado do faturamento tributável prenuncia um total de R$ 3.165 milhões. 79% da produção de soja estão sendo exportada, claramente, devido aos incentivos de desoneração do ICMS.

A receita esperada de ICMS de R$ 186 milhões conforme LOA realizou R$ 238 milhões, aumentando a eficácia tributária para 88% contra 55% prevista.

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Segmento Supermercados

Tabela 30 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de supermercados.

Tabela 30a – Memória de Cálculo do ICMS dos Supermercados para 2009.

A hipótese inicial previa um faturamento tributável de R$ 2.671 milhões, entretanto, realizou-se R$ 2.667 milhões, 0,14% abaixo. A eficácia tributária prevista foi de 56%, ocorrendo uma queda para 51% e um aumento no índice do inconverso: de 49% para 63%. O reflexo disso é direto e pode ser notado pela arrecadação de ICMS que ficou 9,01% abaixo do previsto.

As compras das famílias permanecem em forte ascensão demonstrando o vigor apresentado pelas atividades econômicas inseridas neste segmento. Importante registrar as

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tendências de altas dos preços em diversos gêneros alimentícios, para as quais concorrem vários fatores: especulação com as commodities de alimentos nos mercados futuros, reflexo dos preços por atacado, demandas crescentes da China e da India, aumento de áreas destinadas aos biocombustíveis e supressão de áreas para produção de alimentos, problemas climáticos, entre outros.

Segmento: Transporte

Tabela 31 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de Transporte.

Tabela 31a - Memória de Cálculo do ICMS do Transportes para 2009.

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No Segmento de Transporte se fez necessário o ajuste da hipótese estabelecida na LOA. O ICMS potencial de R$ 621 milhões foi analisado para baixo em 70%, ou seja, para R$ 365 milhões, a necessidade da alteração decorreu da alteração da alíquota média que previu na LOA 17% para 10,7% (Renúncia fiscal em relação à redução da base de cálculo transporte de passageiros).

O ICMS efetivo do segmento arrecadou R$ 152 milhões no período, poderia arrecadar R$ 164 milhões, os resultados negativos são devidos principalmente ao aproveitamento de crédito das indústrias que transportam e exportam È importante ressaltar o elevado valor do incorverso realizado de R$ 110 milhões e a baixa eficácia do segmento de apenas 42% no período.

Segmento Varejo

Tabela 32 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de varejo.

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Tabela 32a – Memória de Cálculo do ICMS do Varejo para 2009.

O faturamento tributável previsto para 2009 de R$ 5.579 milhões realizou-se R$ 6.208 milhões - acréscimo de 11,3%. O ICMS efetivo previsto de R$ 543 milhões, efetivou-se R$ 664 milhões - acréscimo de 22,3% no período e uma eficácia tributária de 89%. Este considerável desempenho deve-se principalmente: (a) Redução de Alíquota do IPI nos chamados eletrodomésticos “linha branca” como também, nos produtos da construção civil – (b) Várias ações da SEFAZ tanto a nível administrativo quanto fiscal nesse período – (c) Aproximadamente existem 170 atividades com CNAE’s - Código Nacional da Atividade Econômica inseridas no segmento de varejo, entre elas: lanchonetes, produtos de limpeza, vestuário, calçados, azulejos, pisos, móveis e material elétrico, um acréscimo aproximadamente de um bilhão de reais no faturamento do segmento. Outro fator importante é a variação total da receita nominal de vendas no comércio varejista jan. a nov. (IBGE Pesq. Mensal do Comércio - jan. 2010): 7,5% que, anualizado = 8,209%.

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Segmento Veículos

Tabela 33 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de veículos.

Tabela 33a – Memória de Cálculo do ICMS do segmento de Veículos para 2009.

O segmento de veículos, a exemplo do varejo e supermercados, também mostra percentuais que ratificam um consumo aquecido. A projeção de faturamento no período para o segmento foi de R$ 3.865 milhões e favoravelmente o segmento registrou um faturamento de R$ 4.630 milhões, 19,8% superior ao inicial.

O ICMS efetivo de R$ 339 milhões verificado no período superou o previsto em 26,0%, no caso, R$69,95 milhões. A elevação da eficácia tributária de 66% na prevista para 69,7% são outros comportamentos observáveis na tabela. Há que se registrar o crescimento do seguimento 2009/2008 de 11,4%. (ANFAVEA) - jan. 2010)

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OUTROS

Tabela 34 – Indicador e Hipóteses (Inicial e Analisada) para o segmento de outros.

Tabela 34a – Memória de Cálculo ICMS do segmento Outros.

È importante destacar nesse segmento os valores do ICMS efetivo decorrente de

desempenho - R$ 141 milhões - ICMS ref. Vendas de milho CONAB R$ 34 milhões. A APEA, por orientação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas trabalha com a seguinte premissa: quando o faturamento do segmento Outros apresentar um ICMS cujo percentual ultrapasse 5% do valor do ICMS total, a atividade dentro do segmento Outros que for identificada pelo desempenho será desagregada e se transformará num novo segmento. Desse modo o segmento Outros continuará existindo como um resíduo inferior a 5%. No segmento Outros estão inseridas mais de 600 atividades em todo o Estado de Mato Grosso.

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MODELO ECONOMÉTRICO DE PREVISÃO DA ARRECADAÇÃO DE ICMS

No ano de 2003 a Secretaria de Fazenda, visando testar sua metodologia de projeção da receita do ICMS, contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE para desenvolver um modelo econométrico de previsão da arrecadação. O relatório foi feito com base nos valores históricos da receita do ICMS dos anos de 1992 a 2001.

Optou-se por essa alternativa porque, embora os problemas de economia possam ser analisados de diversas formas, uma das mais importantes dentre elas é a econometria, que é, segundo a literatura, a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos a problemas de economia.

A econometria é o ramo da Economia que trata da mensuração de relações econômicas, isto é, das relações entre variáveis de natureza econômica.

O método mais importante da econometria é a análise de regressão. Ela serve para estimar valores não conhecidos de uma variável dependente (comumente chamada de y) a partir de uma série de valores conhecidos de uma variável independente (geralmente denominada x).

Um das técnicas mais difundidas da econometria consiste em encontrar uma equação que melhor descreva a relação entre os pontos distribuídos num sistema de eixo ortogonais (uma reta horizontal e vertical). Entretanto, é comum trabalhar com um terceiro eixo, ou seja, três variáveis independentes. Quando há mais de três variáveis, os cálculos são apenas algébricos – sem representação gráfica.

As variáveis dependentes são aquelas que recebem influência de outras variáveis, das independentes. As primeiras também são chamadas de variáveis endógenas, variáveis-efeitos ou explicativas. O conjunto de variáveis explicativas mais o termo constante (não captado nas equações) são chamados de regressores.

As etapas metodológicas para a pesquisa em economia com uso de modelos econométricos são três:

Formulação de hipóteses sobre o comportamento da realidade. Nessa etapa aplicam-se conhecimentos sobre a teoria econômica e/ou da observação do mundo real. A seguir essas hipóteses estão reunidas em um modelo matemático, utilizando-se uma função definida, com o acréscimo de um termo aleatório;

A segunda etapa consiste na coleta de dados estatísticos e estimação dos parâmetros; A terceira e última etapa é a avaliação. No presente caso, a avaliação foi feita

comparando-se a arrecadação anual resultante da aplicação do modelo com arrecadações já realizadas em determinado ano (valores previstos x valores observados).

As pressuposições de um modelo de regressão linear, ou seja, as premissas a serem satisfeitas, foram atendidas no modelo. (São elas: Relação linear entre Y e X; erro aleatório com média zero; erro aleatório com variância constante - presença de homocedasticidade; erros aleatórios independentes; variáveis não aleatórias – fixas; os erros apresentaram distribuição normal, com média zero e variância constante; ausência de relação linear exata entre as variáveis explicativas).

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RESULTADOS

Tabela 35 – Previsão de Arrecadação Conforme Modelo Econométrico Desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) comparado com o Método da SARP por segmento econômico em 2009.

Como foi mostrado na tabela 1, o ICMS jan-dez/2009 alcançou R$ 4.283 milhões, e, considerada a sazonalidade do tributo, sua projeção é para mais de R$ 4.414.milhões. Entretanto, este montante difere do obtido no modelo econométrico da FIPE, mas apenas, em 4,21%. A finalidade da tabela é exatamente comparar a previsão de ICMS feita na APEA com o modelo econométrico estimador do ICMS feito pela FIPE.

O modelo econométrico é considerado robusto quando a comparação entre os valores analisados pela APEA e gerados pelo modelo (FIPE) não superem 5%. Então, pode-se considerar que o percentual de 4,21% assegura uma consistência às previsões para 2009.

Evidente que toda estimativa define variáveis e comportamentos relativamente estáveis da economia, de modo que, conjunturas e movimentos imprevisíveis podem distorcer as previsões.

As diferenças geralmente observáveis entre o modelo e as análises devem-se a fatores que o modelo econométrico não consegue captar como: variações na produção agrícola; quantidade exportada; flutuação de preços; ajustamentos dos CNAE’s1 e alterações significativas da eficácia tributária em alguns segmentos.Adicionalmente, convém mencionar que o Modelo econométrico formulado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

1 CNAE – A Classificação Nacional das Atividades Econômicas foi construída para uso federal e amplamente difundida a partir de 1994 após sua publicação do Diário Oficial. Todos os segmentos econômicos utilizados pela SEFAZ (16 ao todo) são compostos por inúmeras atividades, e todas essas atividades têm um CNAE específico. A vinculação das atividades do CNAE a um Segmento não é algo estático, ela muda com o tempo e conforme a necessidade de atualização da economia. Esses ajustamentos dos CNAE não são padrões que possam ser mensurados numa variável e, portanto, não é possível inserir seus efeitos no modelo econométrico.

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(FIPE), define a seguinte relação funcional para o ICMS estadual. A relação [(1 + ).(1 + )-1], onde (beta) significa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual e (gama) reflete o IGP-DI acumulado.

Quando o PIB do Estado de Mato Grosso aumenta em 1% em termos reais, a arrecadação do ICMS a aumenta nas proporções na coluna c. Quando a inflação medida pelo IGP-DI se eleva em 1%, as arrecadações nominais de cada segmento (coluna a) aumentam nas proporções na coluna d. Tabela 36 – Classificação dos Estados Brasileiros, População, ICMS per capita, Produto

Interno Bruto (PIB) e PIB per capita (jan - Dez - 2009).

A tabela mostra que a arrecadação de ICMS média per capita (Estadual) no Brasil de jan-dez de 2009 está em R$ 1.074 - Como é de se esperar, geralmente as médias tendem a distorcer os valores extremos, no caso em tela, temos um limite inferior de ICMS per capta de R$ 361 para o Estado do Maranhão e um limite superior de R$ 1.744 para Espírito Santo. Outro fator importante é que as médias além de ocultarem as disparidades de uma série não dizem muito a respeito do quadro econômico e social do Estado. Obviamente que a avaliação do ICMS per

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capita sem qualquer outro dado adicional, como por exemplo, a qualidade e a quantidade de serviços públicos providos por esses impostos, não favorecem uma análise mais aprofundada.

O Estado de Mato Grosso está nas primeiras posições em termos de ICMS per capita, 4º lugar, abaixo dos Estados de MS, SP e SC.

Tabela 37 – Classificação Renda per capita

A tabela 37 demonstra que a Renda média per capita anual no Brasil é de R$

13.978 mil. O Estado de Mato Grosso classifica-se um pouco acima dessa média com R$ 14.344 na oitava posição a nível nacional. O Distrito Federal ocupa a

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primeira colocação com R$ 38.772 mil, enquanto que o Estado do Piauí ocupa a última colocação com R$ 4.516 mil anuais.

Tabela 38 – Classificação ICMS, PIB e Carga Tributária por Unidade da Federação.

A tabela demonstra que a Carga ICMS no Brasil é de 7,7% em relação ao PIB. Os Estados com percentuais abaixo ou acima dessa participação podem avançar ou regredir na condução da eficácia da arrecadação do ICMS. Mato Grosso possui a 2ª colocação a nível nacional em 2009.

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Tabela 39 – Ranking do ICMS por Unidade da Federação – anual - 2009.

A tabela acima mostra Mato Grosso na 12ª posição em relação ao valor de arrecadação do ICMS a nível nacional. Convém ressaltar que esses valores são provisórios e são fornecidos pela COTEPE.

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Tabela 40 – Ranking dos Estados Brasileiros, FPE, IOF, IPI-EXP, FUNDEB, LC 87/96, CIDE e FEX – anual - 2009).

Considerando todas as rubricas da tabela 40, Mato Grosso foi o décimo nono em recebimento de FPE-IPI-EXP, IOF, FUNDEB, Lei Constitucional 87/96, FEX e CIDE. Um esclarecimento adicional deve ser feito quanto ao IPI-EXP. O critério para compor o montante do IPI-EXP é originado de uma fração de 10% do IPI. Após a apuração desses 10%, os Estados receberão uma parcela conforme a participação deles na exportação de produtos industrializados. São Paulo, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul foram os Estados que mais receberam essa modalidade de transferência constitucional.

Vale ressaltar que no ano de 2009 houve um repasse da União referente ao Fundo de Compensação de Exportações (FEX) no valor de R$ 199 milhões. Esta parcela, contudo, sofrerá dedução de 25%, montante que será repassado aos municípios. Estava previsto 18 milhões, tendo sido repassado ao Estado o montante de 199 milhões em uma única parcela.

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Tabela 41 – Especificação das Transferências Constitucionais e sua Comparação entre o Previsto na Lei Orçamentária Anual e a Realizada de jan-dez de 2009.

O Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) são os valores mais representativos da Tabela. O FUNDEB realizou 5,66% acima da previsão, no entanto, com a queda na arrecadação do IR,IPI da União, o repasse do FPE está abaixo 2,22% do previsto.

Como pode ser visto, o valor de R$ 1.044,5 milhões de FPE recebido por Mato Grosso (conforme tabela 41), esta acima do montante de R$ 835,6 (conforme tabela 40). Essa diferença ocorre porque os dados originam-se do STN e, já estão deduzidos do percentual (18,33%) de repasses do FUNDEB, cálculo não efetuado na tabela 41.

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Tabela 42 – Transferências Constitucionais per capita.

A tabela mostra que as Transferências Constitucionais no Brasil em 2009 chegaram a R$ 73,4 bilhões. Em valores absolutos, São Paulo foi à unidade de federação que recebeu o maior valor, cerca de R$ 11,03 bilhões. Já em termos per capita, Roraima recebeu R$ 2.688,16 por pessoa, foi a unidade da federação que recebeu a maior fração per capita das transferências constitucionais. Mato Grosso com uma população de aproximadamente de 3 milhões recebeu R$ 590,90 reais por pessoa. As transferências têm por finalidade promover o equilíbrio financeiro. Esse mecanismo provê recursos adicionais aos governos subnacionais, de modo a manter os serviços públicos sob suas competências. As transferências não constituem fonte primária de receita, mas alteram a receita disponível dos tesouros subnacionais.

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Transferências Constitucioanais e Legais - CIDE

Tabela 43 – Ranking dos Estados e o Percentual da CIDE de 2009.

A Lei 10.866/2004 acrescentou os artigos 1-A e 1-B à lei 10.336/2001, com o objetivo de regulamentar a partilha da CIDE com os Estados, o Distrito Federal e os municípios. A CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incide sobre a importação e a comercialização de petróleo e gás natural, e também se aplica às operações realizadas com o álcool etílico. Mato Grosso recebeu em 2009 o total de R$ 21,3 milhões, o que o coloca na décima terceira posição.

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Tabela 44 – Transferências Voluntárias por unidade da federação 2009.

Quando se agrega as Transferências Voluntárias de Mato Grosso em 2009, verifica-se

que MT ocupa a 20ª colocação. No interesse em compreender porque a rubrica Transferências Voluntárias apresenta valores distintos na tabela 44 e a tabela 44A, convém esclarecer que na primeira tabela dos dados foram extraídos do sítio do STN (até junho/09), cuja atualização não ocorre simultaneamente com o Sistema Integrado de Planejamento, Contababilidade e Finanças (FIPLAN). Logo, a defasagem temporal entre o envio das informações pela SEFAZ e o lançamento desses números na base do STN é o motivo dessa diferença.

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Transferências voluntárias são os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, Distrito Federal e Municípios em decorrência da celebração de convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos similares cuja finalidade seja a realização de obras e/ou serviços de interesse comum às três esferas de Governo. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal entende-se por Transferência Voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.2

Tabela 44A – Transferências de Convênios da União de suas entidades - jan-dez /2009.

Multas, juros e dívida ativa.

Tabela 45 – Especificação multas, juros e receitas – Anual - 2009.

Milhões

A receita realizada decorrente de Multas e Juros alcançou no total R$ 113 milhões, ou seja, 78,1% a maior do que o valor previsto.

2 http://www.receita.fazenda.gov.br

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Dívida ativa

Tabela 46 – Código, Especificação (Receita da Dívida Ativa), Valor Previsto, Realizado e Analisado- anual – 2009.

A receita da Divida Ativa em 2009 alcançou R$ 23 milhões, ou seja, 24,3% superior ao

previsto na LOA. CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS “SUB JUDICE”.

Tabela 47 – Modalidades, Quantidades de Processos, Processos Analisados (Valor Econômico e Valor da Operação), Projeção (Valor Econômico e Valor da Operação) e Participação percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação em 2009.

Em mil Reais.

Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de Processos Judiciais

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A tabela 47 mostra que os contribuintes ligados aos segmentos de varejo e medicamentos

foram os que mais questionaram os débitos tributários em 2009, respectivamente com 448 e 200 processos. O valor de base para o cálculo de ICMS foi de R$ 121,6 milhões cujo valor econômico estimado está em R$ 13,9 milhões.

Tabela 48 – Objetos de Processo Judicial, Quantidades de Processos, Processos Analisados (Valor Econômico e Valor da Operação), Projeção (Valor Econômico e Valor da Operação) e Participação percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação em 2009.

Em mil reais

A tabela 48 quantifica em 1.232 a totalidade de processos judiciais em 2009. Repetindo situações anteriores, a liberação de mercadorias com 977 processos é o objeto que tem causado maior quantidade de litígios. A soma de tributos em questionamento alcança mais de R$ 13,9 milhões de ICMS.

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CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECUPERAR

Tabela 49 – Créditos Tributários a Recuperar (ICMS), Correção Monetária, Juros, Multas e Total, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009.

A tabela 49 mostra o valor de R$ 148 milhões no c/c fiscal ICMS a recuperar, montante originado em lavraturas de Notificação de Auto de Infração (NAI). Somando-se correção monetária, Juros e Multas, o valor atinge R$ 181 milhões no ano de 2009.

Percentual de Realização das Medidas do Programa da Receita Pública Período de Jan a Dez/2009.

Gráfico 6 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (0236) – Gestão da Receita Pública – jan-dez 2009.

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No Gráfico 6 – Projeto/atividade 0236 - A meta física estipulada para 2009 foi de 100%, ao passo que a média observada ficou em 45,04%. Este projeto tem como objetivo garantir a realização da receita necessária ao financiamento das políticas públicas, tendo como indicador: Índice de Contribuintes Alcançados por alguma ação fiscal=60%, até dez/2011.

Gráfico 7 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3718) – Realização de ativos – jan-dez 2009.

No Gráfico 7 – Projeto/atividade 3718 - A meta física estipulada para 2009 foi de 100% alcançando 67,20% neste período numa escala crescente. O objetivo específico é aumentar o percentual de realização dos créditos tributários. Como meta, reduzir até 2011, em 10% a relação existente entre o estoque dos recebíveis tributários e a receita tributária anual.

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Gráfico 8 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3719) – Controle da obrigação tributária – jan-dez 2009

No Gráfico 8 – Projeto/atividade 3719 – Apesar de a meta prevista ser de 100%, este projeto apresentou oscilações crescentes nas variáveis ao longo desse período, atingindo 54,90%. Meta: Controlar, até 2011, 80% das operações e prestações de interesse tributários através de mecanismos eletrônicos.

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Gráfico 9 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3720)– Lançamento eletrônico do tributo – Jan-Dez/2009.

No Gráfico 9 – Projeto/atividade 3720 – Esse Projeto/atividade, que tem como objetivo aumentar a escala de exigência do tributo a custos decrescentes possibilitou, mediante o contraste eletrônico dos dados constantes em 11 bases fazendárias, a emissão de diversos avisos de cobrança fazendária. Essa quantidade de notificações permitiu a exigência de valores que ultrapassam R$ 22,4 milhões. A partir do 2º bimestre de 2009 se espera incremento na quantidade de contribuintes notificados, pois já foram iniciados os cruzamentos eletrônicos para aferir a regularidade das operações relacionadas com o comércio exterior.

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Gráfico 10 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3721)– Aumento da percepção do Risco Fiscal por parte do contribuinte – jan – dez/ 2009.

No Gráfico 10 – Projeto/atividade 3721 – Meta: Alcançar, até 2011, 60% dos contribuintes com pelo menos um tipo de fiscalização, presencial ou eletrônica. – Avaliação: Foi baixo o percentual de realização desse Projeto/Atividade em função do fraco desempenho das medidas voltadas para a notificação do contribuinte pela não entrega de informações de interesse fiscal, assim como pela dificuldade encontrada para direcionar o cruzamento eletrônico de dados de forma a aferir a regularidade das operações e prestações dos contribuintes classificados nas diferentes faixas de risco, segmentos econômicos, e regiões fiscais do Estado. Também os procedimentos de cobrança ainda não lograram alcançar 15% dos contribuintes dos diversos segmentos econômicos e regiões fiscais, necessitando serem intensificados. Como aspecto positivo, cite-se o esforço de notificação das irregularidades em operações de comércio exterior e no registro de passagem de operações interestaduais destinadas para fora do Estado de Mato Grosso.

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Gráfico 11 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3722) – Simplificação do processo de cumprimento da obrigação tributária – Jan-Dez/ 2009.

No Gráfico 11 – Projeto/atividade 3722 – Este Projeto/Atividade tem como principal objetivo facilitar e ampliar os meios de cumprimento das obrigações tributárias. Para atingir o proposto, foram desenvolvidos diversos mecanismos: ampliação da rede arrecadadora, que passou a ter mais de 85 pontos de arrecadação; ampliação das modalidades de pagamento de forma digital em regime de compensação nacional, que está próximo de 100%. Além disso, visando melhor atendimento ao contribuinte, bem como resposta mais rápida às suas demandas, foi concebido o e-Process que viabilizará demandar, acompanhar o andamento do processo e obter resposta, por meio eletrônico, sendo que se encontra com 60% de implementação, com cronograma já definido para finalização e disponibilização via internet. Outro ponto relevante está na melhoria da comunicação com o Contribuinte, por meio do envio de informativo eletrônico, contendo tanto as respostas às consultas mais freqüentes formuladas à GCPJ, bem como cópia do ato normativo que alcance o respectivo segmento econômico.

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Gráfico 12 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3723) – Aperfeiçoamento da gestão pública da receita – Jan-Dez/ 2009.

No Gráfico 12 – Projeto/atividade 3723 – Este projeto/atividade tem como objetivo o aperfeiçoamento da produtividade dos processos de trabalho dos sistemas da receita pública, sendo de evolução contínua, apoiando e melhorando as demandas que surgem no âmbito da SARP. Já está sendo implementado o apoio à implantação e aperfeiçoamento de unidades de atendimento ao cidadão e ao contribuinte; o apoio à capacitação, treinamento e aperfeiçoamento gerencial, técnico e de apoio operacional; a correção e apoio ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de Sistemas de Informação, Serviços e Processos voltados ao cumprimento das obrigações da gestão da Receita Pública da Administração Estadual; Este aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública é imprescindível para contribuir com a realização de ativos, melhoria da produtividade da arrecadação e controle da obrigação tributária. Sendo de constante evolução e melhoria contínua no desempenho desta medida na Secretaria Adjunta da Receita Pública no intuito de obter melhor efetividade das ações que foram planejadas. Como demonstrado no gráfico a evolução é positiva ultrapassando as metas em mais de 100% no fechamento anual.

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Gráfico 13 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3725) – Aperfeiçoamento do sistema de fiscalização do cumprimento da obrigação tributária – jan-dez/ 2009.

Quanto ao aperfeiçoamento do sistema fiscalização da obrigação tributária, o desempenho vem sofrendo oscilações no decorrer do ano de 2009, fechando o período em 69,20% de realização.

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Gráfico 14 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades (3726)– Superação dos fatores críticos ao sucesso da política tributária – jan-dez- 2009.

No Gráfico 14 – Projeto/atividade 3726 - Superar os Fatores críticos de sucesso é o ponto essencial à concretização da Política Econômica e Tributária, é fator de melhoria contínua, da obtenção de alto desempenho crescente e vetor da transformação planejada. No projeto a cargo da Assessoria de Política e Tributação - APTR, constata-se que em face das novas medidas implementadas nas diversas unidades, bem como a sistematização para que seja dada efetividade ao cumprimento das medidas permitirá o incremento dos indicadores. A implementação de ferramentas eletrônicas e de novos projetos no decorrer de 2009 traduzirá o melhor cumprimento do plano de trabalhos dos diversos setores no âmbito da Receita Pública e a efetividade da concretização da Política Econômica e Tributária.

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Gráfico 15 – Percentual de Realização dos Projetos/Atividades Aperfeiçoamento do processo de gestão e análise da informação de interesse fiscal (3727) – jan-dez /2009.

No Gráfico 15 – Projeto/atividade 3727 - Meta: elaborar, bimestralmente, a partir de junho de 2008, relatório consolidado com as explicações das variações de parcela correspondente a pelo menos 80% da receita pública estadual. Em continuidade ao projeto atividade 3727, sob a responsabilidade da ANRP, medidas que anteriormente, não haviam sido iniciadas, obtiveram uma pequena evolução em seu andamento. Este ganho de status foi possível em função do desenvolvimento de métodos e estudos, em função das inexistência de qualquer estudo. A maioria das medidas que não foram iniciadas, estão sendo confeccionados modelos, que se adeqüem ao solicitado no projeto. A geração de informações, constantes checagem e testes de consistência, norteiam à conclusão dos trabalhos, que no decorrer do ano serão aprimorados, adequando-se as necessidades de quem os utilizam como insumos em sua rotina de trabalho. O layout a ser utilizado para exposição do relatório ainda esta sendo ajustado para melhorar a didática de apresentação. O prazo para confecção do 1º relatório será para o segundo semestre, em função da finalização de algumas medidas, sua análises e a comparabilidade para avaliar o desempenho da Administração Tributária.

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Valores transferidos a fundos.

Tabela 50 – Valores Transferidos a Fundos (FUNGEFAZ, FUPIS, E FESP), Previstos e Realizados durante o ano de 2009.

Como evidenciado na tabela 50, o FUNGEFAZ realizado está acima do previsto em 93,3%, FUPIS e o FESP 102,5% e 25,4%, respectivamente.

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PTA DA RECEITA PÚBLICA – 2008 - 2011 O Plano de Trabalho Anual da Receita Pública – PTA foi elaborado visando atender ao

objetivo proposto no Programa de Gestão da Receita Pública - “Garantir a receita pública por meio da modernização da gestão fazendária, do fortalecimento da consciência fiscal e da valorização das pessoas, visando a qualidade nos serviços públicos, promovendo a justiça fiscal”.

O PTA (metas, medidas, tarefas e respectivos indicadores) foi construído para harmonizar-se com as disposições da Lei do Plano Plurianual de Investimentos – PPA, da Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA.

No ano de 2008 a área da Receita Pública, com base nos fatores críticos de sucesso definidos na Política Econômica e Tributária, formulou e promoveu a execução de medidas voltadas para a eficácia da arrecadação da Receita Pública Estadual.

A Política Econômica e Tributária propõe uma nova forma de gerir a organização. Tem como foco alcançar os resultados projetados para atender as partes interessadas (clientes/usuários, fornecedores, servidores, sociedade, etc) e os objetivos de Governo.

Para tanto, foi necessário introduzir mudanças nas práticas de gestão, inclusive, no que diz respeito às fases de planejamento, que anteriormente estavam direcionadas para a orçamentação. Atualmente as práticas adotadas consideram possíveis cenários de futuro e elas estão articuladas em torno de diretivas que abrangem estratégias, atendimento às partes interessadas e busca de melhoria contínua do desempenho das ações pública.

Neste contexto de significativas reformulações no processo da área da receita pública descrito acima, foi possível alcançar as metas propostas para o programa no ano de 2009.

As mudanças introduzidas em 2008 estão contempladas em 2009. O acompanhamento e controle dos indicadores do programa são efetuados em reuniões sistemáticas de acompanhamento realizadas mensalmente. A medição é feita por meio do Sistema de Gestão e Acompanhamento da Execução – SIGPEX, que possibilita o monitoramento dos progressos efetuados na execução do planejado através do seu conjunto de indicadores: financeiros, clientes, processos internos, aprendizagem contínua e responsabilidade social. Em seguida, é feito um acompanhamento das medidas vinculadas ao programa da Receita Pública.

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PROGNÓSTICOS E CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES Cenário Internacional Em relação ao Cenário internacional e o nacional, decidimos reproduzir abaixo as análises da 147ª Reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM realizada em 8 e 9/12/2009. Sumário dos dados analisados pelo COPOM: “As evidências de retomada da economia mundial consolidaram-se com a divulgação de dados positivos para a variação do PIB dos EUA e da Área do Euro, relativos ao terceiro trimestre do ano, após quatro períodos consecutivos com resultados negativos nos EUA e cinco na Área do Euro. Ao mesmo tempo, a economia japonesa registrou o segundo trimestre consecutivo de crescimento no terceiro trimestre, acelerando em relação à expansão do período anterior. A retomada do crescimento nas duas maiores economias desenvolvidas deu suporte à recuperação do comércio internacional e à atividade econômica em outras regiões do mundo. Entre os emergentes, a China e a Índia seguiram com taxas de crescimento anuais em aceleração, enquanto o México e a Coreia do Sul registraram taxas de expansão trimestrais elevadas. Em função do progressivo esvaziamento dos efeitos de base de 2008, a alta nos preços das commodities, em especial do petróleo, que ocorre desde o início do ano, tem se materializado em mudança no comportamento dos índices de preços ao consumidor (IPCs). Nos EUA, na Área do Euro e na China, os processos deflacionários perderam força com as variações anuais do IPC alcançando, respectivamente, -0,18%, -0,1% e -0,5%. No Reino Unido e em parte das economias emergentes, como Coreia do Sul, Hungria e Turquia, o processo desinflacionário também começou a se reverter. Nos EUA e na Área do Euro, a persistência de reduzidas taxas de ocupação da capacidade instalada, acompanhadas de estabilidade nas expectativas inflacionárias, deve contribuir para que não surjam pressões inflacionárias no curto e médio prazo. Nesse contexto, exceção feita à persistente deflação japonesa, que registrou variação anual de -2,5% em outubro, e à economia do Reino Unido, onde a alta de preços volta a preocupar as autoridades, o cenário inflacionário global ainda é considerado estável. A despeito do anúncio de reestruturação da dívida do fundo soberano Dubai World, que provocou, mais recentemente, crescimento da aversão ao risco, em geral, os mercados financeiros internacionais evidenciaram relativa estabilidade no período. Nesse ambiente, a maioria dos bancos centrais manteve inalteradas as respectivas taxas básicas de juros. Em alguns países, no entanto, as condições locais impuseram comportamento diverso às autoridades monetárias: na Austrália, em Israel e na Noruega, onde a economia tem dado claros sinais de recuperação, os bancos centrais diminuíram o caráter acomodatício de suas políticas monetárias. Em posição oposta, no Reino Unido, no Japão e na Rússia, os bancos centrais voltaram a ampliar o afrouxamento monetário local, respectivamente, pelo aumento do valor das compras diretas de ativos, por injeção adicional de liquidez e pela contínua redução dos juros básicos”.

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Cenário Nacional Inflação “O IPCA variou 0,41% em novembro, mostrando aceleração relativamente ao resultado de outubro, 0,24%, mas recuo ante a variação do IPCA-15 em novembro, 0,44%. Os preços livres aumentaram 0,42% no mês, ante 0,22% em outubro, como resultado da elevação de 0,22% nos preços dos produtos comercializáveis e de 0,59% nos dos não-comercializáveis. Os preços monitorados variaram 0,40%, comparativamente a 0,42% em outubro. O índice de difusão situou-se em 58,9% em novembro, alcançando média de 57,3% em 2009. Em doze meses, o IPCA acumulou variação de 4,22% em novembro, ante 4,17% em outubro, refletindo as altas de 4,10% nos preços livres e de 4,50% nos preços monitorados. As variações acumuladas em doze meses e as taxas mensais dos núcleos de inflação do IPCA registraram aceleração em novembro. O núcleo por exclusão (de itens de alimentação no domicílio e de preços monitorados) variou 0,42% no mês, ante 0,33% em outubro, acumulando alta de 4,92% em doze meses, relativamente aos 4,86% no mês anterior. A variação do núcleo por médias aparadas com suavização passou de 0,31% em outubro para 0,37% em novembro, e, em doze meses, de 4,24% para 4,27%. Pelo critério de médias aparadas sem suavização, o núcleo alcançou 0,36% em novembro, ante 0,28% no mês anterior, acumulando 3,58% em doze meses até novembro, ante 3,50% em outubro. A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), após crescimento de 0,25% em setembro, registrou variações moderadas em outubro (-0,04%) e novembro (0,07%). No acumulado em doze meses, a variação do IGP-DI passou de-0,65% em setembro, para -1,76% em outubro e novembro. Sob esse critério, a desaceleração do IGP-DI se manifesta em seus três componentes, mas refletindo, sobretudo, o comportamento do Índice de Preços por Atacado – Disponibilidade Interna (IPA-DI), que atingiu -4,64% em novembro. O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) variou 4,23% até novembro, na mesma base de comparação, enquanto o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) variou 3,32%. A desaceleração do IPA-DI, em doze meses, decorre tanto do comportamento dos preços agrícolas, cuja variação atingiu -3,26% em novembro, quanto dos industriais, com decréscimo de 5,14% no mesmo período.” Atividade econômica “As vendas do comércio ampliado cresceram 3% em setembro, relativamente ao mês anterior, após alta de 4,7% em agosto e queda de 6,3% em julho, segundo dados dessazonalizados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Como consequência, a variação média do trimestre encerrado em setembro registrou alta de 3,5%, comparativamente ao trimestre encerrado em junho. Em relação a setembro de 2008, houve expansão de 9,1%, acumulando alta de 4,4% no ano e de 3,3% em doze meses. O resultado em relação ao mês anterior registrou elevação das vendas em sete dos dez segmentos pesquisados, com destaque para as altas de 9,1% em veículos e motos, partes e peças; e de 8,8% em equipamentos e materiais para escritório. De outro lado, ocorreram retrações em materiais de construção, 1,5%; artigos farmacêuticos e médicos, 1,1%; e hipermercados, supermercados e produtos alimentícios, 0,5%. Relativamente a setembro de 2008, destacaram-se as vendas de veículos e motos, partes e peças, com aumento de 18,9%; hipermercados, supermercados e produtos alimentícios, 9,7%; livros, jornais, revistas e papelaria, 9,7%; e artigos farmacêuticos e médicos, 8,1%. Entre os

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segmentos com resultado negativo, sobressaiu a retração de 8,2% em material de construção e de 6,6% em tecidos, vestuário e calçados. No acumulado no ano, observou-se alta em seis dos dez segmentos pesquisados, com ênfase nas elevações em equipamentos e materiais para escritório, 11,9%; artigos farmacêuticos e médicos, 11,9%; livros, jornais revistas e papelaria 9,3%; e outros artigos de uso pessoal e doméstico, 8,7%. Entre os segmentos que apresentaram recuo nas vendas, nessa base de comparação, material de construção apresentou a retração mais expressiva, de 9,5%.” Expectativas e sondagens “Segundo a pesquisa mensal da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio – SP), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) decresceu 0,7% em novembro, em relação a outubro, mês em que se registrou patamar recorde da série. Esse resultado decorreu das retrações de 1,4% no Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea) e de 0,3% no Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Em relação a novembro de 2008, o ICC cresceu 15,5%. Segundo a Sondagem de Expectativas do Consumidor, da FGV, de abrangência nacional, o ICC elevou-se 1,5% em novembro, em relação a outubro, considerados dados com ajuste sazonal, registrando o maior nível desde maio de 2008. Em novembro, o Índice da Situação Atual (ISA) alcançou o maior nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005, representando aumento de 2%, e o Índice de Expectativas (IE) cresceu 1,2%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o ICC cresceu 19,2%, refletindo aumento de 24,9% no ISA e de 16,2% no IE. Em relação à confiança dos empresários no setor fabril, a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da FGV, registrou a décima alta consecutiva do índice em novembro, sinalizando a consolidação do processo de recuperação da indústria após a crise econômica internacional recente. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), na série com ajuste sazonal, apresentou expansão de 2,4% em relação a outubro, e de 35,1% em relação a novembro de 2008, na série observada, sendo a maior variação percentual desde julho de 2004, nessa base de comparação. Por componente, na comparação mensal, com ajuste sazonal, foram registradas elevações de 2,9% para o ISA e de 1,8% para o IE, e de 29,9% e 40,9%, respectivamente, em relação a novembro de 2008.” ‘Cenário Estadual Em relação à análise para o Cenário Estadual reproduzimos o Artigo abaixo publicado no Diário de Cuiabá pelo Servidor Público Estadual REINHARD RAMMINGER, gestor governamental lotado na SEFAZ/APEA e Mestre em Economia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Qual será o PIB de MT em 2009? “Em dezembro de 2008 participei de um Grupo Interinstitucional, integrado por representantes do governo estadual e de entidades privadas (Famato, Facmat, Fecomércio e Fiemt), que emitiu uma Nota Técnica explicitando alguns pontos da percepção desse Grupo sobre a crise econômica internacional e seus possíveis efeitos na economia do Estado de Mato Grosso em 2009. A nota, em resumo, afirma que a economia estadual em 2009 teria necessariamente uma retração na taxa de crescimento. No dia 2 de agosto de 2009, em artigo que subscrevi, publicado no Diário de Cuiabá, dizia que, neste ano, considerando o comportamento da arrecadação de ICMS até então e dados do

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Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, sobre a renda agrícola local, poder-se-ia esperar para Mato Grosso um PIB nominal 4,3% superior ao de 2008. Descontada a inflação – e dependendo da sua intensidade – a variação real do PIB ficaria negativa, entre -0,19% e -3,1%. Concluía, portanto, que neste ano a economia de Mato Grosso deveria encolher um pouco, sugerindo estar correta a política de aperto fiscal adotada pelo governo estadual. Neste início de dezembro, com base na carga tributária do ICMS (razão entre ICMS/PIB) e outros indicadores, como renda agrícola, evolução histórica de crescimento do PIB, receita de fundos estaduais como Fesp, Fethab e Fungefaz, é possível fazer-se uma avaliação mais próxima da grandeza da provável variação do PIB em 2009. O IBGE divulgou recentemente os dados até 2007. Constata-se que o desempenho de Mato Grosso tem sido excelente. Nos últimos 13 anos (1995-2007), a taxa média anual de crescimento do PIB foi de 15,83% - a segunda maior dentre os estados brasileiros – e a participação de Mato Grosso no PIB nacional, no mesmo período, saltou de 1,04% para 1,60%, incremento de 55%. Em 2007 o valor nominal do nosso PIB, segundo o IBGE, foi de R$ 42,7 bilhões, 21% acima do de 2006. Para 2008, os cálculos, a partir dos indicadores antes citados, resultam pela primeira vez num PIB estadual superior a R$ 50 bilhões (R$ 50,3 bi), fechando o ano, 17,9% acima de 2007 em valores nominais e 11,34% em valores reais. Seguindo os mesmos critérios e tomando o desempenho dos indicadores entre janeiro e outubro de 2009, pode-se antever agora que o PIB estadual em 2009 deverá totalizar algo em torno de R$ 54 bilhões, 7,4% acima do de 2008 em valores nominais e 3% acima em valores reais, admitindo-se uma inflação – IPCA – de 4,28%. Teremos, portanto, em 2009, uma diminuição do ritmo de expansão da nossa economia, conforme previsto pelo grupo interinstitucional no final de 2008 e no artigo de agosto passado. Observa-se, mais uma vez, que a cautela fiscal recomendada, e adotada pelo governo estadual em 2009 foi uma medida correta, permitindo que o balanço preliminar das secretarias de Estado feito nesta semana pelo Poder Executivo, sinalizasse para o fechamento em dia das contas do atual exercício.” * REINHARD RAMMINGER, gestor governamental e Mestre em Economia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Mesmo com esta queda no PIB, há uma perspectiva favorável que acena rumo à recuperação gradual da economia mato-grossense. O Estado de Mato Grosso tem, entretanto, preferido adotar uma postura de cautela contendo gastos que possam ameaçar o equilíbrio fiscal. A venda do varejo de Mato Grosso permanece dentro de uma variação média brasileira, e ao indicar a sazonalidade de final de ano, o setor tende a melhorar sensivelmente. Deve continuar estável também a venda de automóveis e de móveis da linha branca, ao menos, até a manutenção do IPI reduzido. O Estado continua firme nas investigações e no combate aos possíveis ilícitos contra a ordem tributária. Esta decisão mantém certa estabilidade na arrecadação. A estratégia do Fisco Estadual vai ao encontro de reivindicações empresariais que sugerem uma revisão na forma como o tesouro atualmente enfrenta o problema das suspeitas de evasão de receitas.

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A N E X O

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GLOSSÁRIO

Alíquota média Alíquota resultante da ponderação de cada alíquota com o respectivo faturamento num mesmo segmento econômico

Analisada (Receita)

Dummy (Variable)

Receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas na projeção inicial da receita. Uma variável que considera as alterações exógenas ou mudanças de inclinação de uma curva numa relação econométrica. Por exemplo: as variáveis dummy podem ser utilizadas para estimação das influências sazonais sobre um conjunto de dados. Administrando a uma dummy o valor 1 para os meses de inverno e “zero” para os demais, ela indicará em que medida uma relação econométrica (preços de produtos agrícolas e quantidades produzidas, por exemplo) se alterará durante o inverno, em relação aos demais meses do ano

Eficácia tributária Relação entre a receita efetiva e a potencial.

Elasticidade Mede a reação/sensibilidade de uma variável a uma mudança em outra, sendo as duas variações expressas em termos percentuais. A elasticidade mede um aumento ou diminuição no ICMS dos segmentos econômicos ocasionados por acréscimo ou redução do PIB.

Evasão Fuga ou subtração do contribuinte ao pagamento do tributo, que lhe é atribuído, usando para isso de meios que evitem a incidência tributária a seu cargo.

Execução Cobrança ajuizada

Faturamento tributável Faturamento do segmento econômico sobre o qual incide a alíquota média

ICMS efetivo

ICMS potencial, menos renúncia, créditos e inconverso do ICMS.

ICMS potencial Valor obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento sobre o valor do faturamento.

Inconverso Não convertido; inconvertido.

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Inconverso do ICMS

ICMS que poderia ser ou ter sido arrecadado, mas deixou de sê-lo em virtude de contencioso administrativo, contencioso judicial, inadimplência e fraudes.

Índice de inconverso

Relação entre o inconverso e o ICMS efetivo.

Renúncia A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção de caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado (LRF, Art. 14, Inciso II, § 1º). Os Programas de incentivos fiscais (PROALMAT, PRODEIC, PROARROZ etc) são

Isenção Dispensa legal do pagamento do tributo. Segmento econômico/Segmento Produto ou cadeia produtiva com

representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado.

Sonegação Sonegação simples: Falta de pagamento do tributo sem qualquer malícia, ou sem o emprego de ardil, ou fraude, com que o contribuinte procura furtar-se ao cumprimento da imposição fiscal. Sonegação dolosa (ou fraudulenta): Decorrente da fraude ou da má-fé do contribuinte, usando meios, manobras ou ardis para se furtar, ou se subtrair ao pagamento do tributo.

PIB – Produto Interno Bruto

Proxy

Valor monetário total de todos os bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de uma Nação, mesmo que tenham sido produzidos por estrangeiros. Variável utilizada para substituir outra teoricamente mais satisfatória, nos casos em que não se dispõe de dados para esta última ou estes não podem ser obtidos.

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Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 3415 A Cuiabá – MT – CEP: 78.055-500

Telefone SARP 0xx65 – 3617-2201 www.sefaz.mt.gov.br