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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana SUPRAM CM Av. Nossa Sra. do Carmo, nº 90, Carmo, BH/MG - CEP 30.330-000 – Tel: (31) 3228-7700 17588/2008/001/2008 Página: 1/21 PARECER ÚNICO SUPRAM CM 346/2011 PROTOCOLO Nº 0542087 /2011 Indexado ao(s) Processo(s): Licenciamento Ambiental Nº :17588/2008/001/2008 DNPM: 830653/2008 Outorgas Nº : 13025/2008 (cadastro de uso insignificante) APEF Nº: 04054/2009 Reserva Legal : Termo de Preservação de Floresta junto a Certidão de Imóvel Empreendimento: Sara do Espírito Santo Dutra de Paula CNPJ: 10.299.551/0001 - 51 Município: Cristiano Otoni Unidade de Conservação: Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe A-02- 09 -7 Extração de rocha para produção de brita com tratamento 3 A-05- 04 -5 Pilhas de rejeito/estéril A-05- 01 -0 Unidade de tratamento de minerais - UTM 3 A-05- 02 -9 Obras de infra -estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas). 1 A-05- 05 -3 Estradas para transporte de minério/estéril. 1 F-06 -01- 7 Posto de abastecimento de combustív el 10m 3 Não passível Condicionantes: SIM Medidas compensatórias: SIM Medidas mitigadoras: SIM Automonitoramento: SIM Responsável Técnico pelo Empreendimento: Eduardo Tavares dos Santos (Engenheiro de minas) Registro de classe : CREA 42.138/D Respon sável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Eduardo Tavares dos Santos (Engenheiro de minas) Thiago Machado Marques (Biólogo) Registro de classe : CREA 42.138/D CRBio 62.800/04-P Auto de fiscalização nº: 527/2009 Datas: 02/03/2009 Data: 21/07/2011 Equipe Interdisciplinar Registro de classe Assinatura Angélica de Araújo Oliveira 1.213.696-6 Flora Misaki Rodrigues 1.274.271-4 Jacqueline Moreira Nogueira 1.155.020-9 Mariangela Evaristo Ferreira 1.262.950-7 De acordo: Isabel Cristina RRC de Menezes (Diretora Técnica da SUPRAM CM) 1.043.798-6 De acordo: Diego KOITI DE Brito Fugiwara (Chefe do Núcleo Jurídico) 1.145.849-4

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PARECER ÚNICO SUPRAM CM nº 346/2011 PROTOCOLO Nº 0542087/2011 Indexado ao(s) Processo(s):

Licenciamento Ambiental Nº :17588/2008/001/2008

DNPM: 830653/2008 Outorgas Nº: 13025/2008 (cadastro de uso insignificante)

APEF Nº: 04054/2009 Reserva Legal: Termo de Preservação de Floresta junto a Certidão de Imóvel

Empreendimento: Sara do Espírito Santo Dutra de Paula CNPJ: 10.299.551/0001-51 Município: Cristiano Otoni

Unidade de Conservação: Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba

Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe

A-02-09-7 Extração de rocha para produção de brita com tratamento 3

A-05-04-5 Pilhas de rejeito/estéril

A-05-01-0 Unidade de tratamento de minerais - UTM 3 A-05-02-9 Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas). 1 A-05-05-3 Estradas para transporte de minério/estéril. 1 F-06-01-7 Posto de abastecimento de combustível – 10m3 Não

passível Condicionantes: SIM Medidas compensatórias: SIM Medidas mitigadoras: SIM Automonitoramento: SIM

Responsável Técnico pelo Empreendimento: Eduardo Tavares dos Santos (Engenheiro de minas)

Registro de classe : CREA 42.138/D

Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Eduardo Tavares dos Santos (Engenheiro de minas) Thiago Machado Marques (Biólogo)

Registro de classe : CREA 42.138/D CRBio 62.800/04-P

Auto de fiscalização nº: 527/2009 Datas: 02/03/2009 Data: 21/07/2011 Equipe Interdisciplinar Registro de classe Assinatura Angélica de Araújo Oliveira 1.213.696-6

Flora Misaki Rodrigues 1.274.271-4

Jacqueline Moreira Nogueira 1.155.020-9

Mariangela Evaristo Ferreira 1.262.950-7

De acordo: Isabel Cristina RRC de Menezes (Diretora Técnica da SUPRAM CM) 1.043.798-6

De acordo: Diego KOITI DE Brito Fugiwara (Chefe do Núcleo Jurídico)

1.145.849-4

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1. INTRODUÇÃO

O empreendimento Sara do Espírito Santo Dutra de Paula, localizado no município de Cristiano Otoni, no local denominado distrito Vargem Grande - DNPM 830653/2008. formalizou em 15 de dezembro de 2008, a solicitação da Licença Prévia concomitante com Licença de Instalação para a extração de rocha (gnaisse) para produção de britas para utilização na indústria de construção civil.

Tendo em vista que o primeiro estudo formalizado na SUP RAM CM foi recusado por inadequação ao termo de referência e insuficiência de dados, foi encaminhado o ofício nº 052/2009. Sendo assim, foi protocolado em 19/08/2009 novo RCA (Protocolo 0442236/2009) e PCA (Protocolo 0442235/2009). Foram solicitadas, ainda, informações complementares, ofício nº 1685/2009 (Protocolo R036824/2010) e esclarecimentos (Protocolo R113907/2011), as quais foram respondidas satisfatoriamente.

Em vistoria realizada dia 02/03/2009 (Protocolo 391745/2009) foram percorridas as áreas de preservação permanente, a área de reserva legal e o local previsto para a frente de lavra e infra-estrutura. No dia 10/11/2009 (Protocolo 644751/2009) foi realizada nova vistoria com o objetivo de analisar a supressão de vegetação, intervenção em APP e reserva legal.

2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

2.1 Localização

A área onde se pretende instalar o empreendimento está em zona rural (imagem 1), no distrito de Vargem Grande. Segundo o PCA, o local é desprovido de povoado, constituído apenas por sítios isolados, situados a mais de 1500 m. Há presença de mineração de gnaisse na área vizinha.

Segundo o RCA – Relatório de Controle Ambiental, o diagnóstico ambiental foi elaborado com base nos levantamentos de dados em campo e dados bibliográficos.

Conforme consulta ao SIAM, foi verificado que o empreendimento não se encontra próximo a nenhuma Unidade de Conservação (imagem 2).

Imagem 01. Vista da área onde se pretende implantar o empreendimento.

(Fonte: Google Earth)

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Imagem 02. Área onde se pretende implantar o empreendimento em relação as unidades de conservação. (Fonte: SIAM)

2.2 MEIO FÍSICO

A área em questão situa-se na região sudeste do Estado de Minas Gerais, em região de domínio das seqüências vulcano - sedimentares do Quadrilátero Ferrífero. As principais unidades litoestratigráficas definidas no Quadrilátero Ferrífero inicia-se por complexos rochosos granito gnáissicos (migmatitos) pertencentes ao Escudo Brasileiro, denominados de embasamento Cristalino, seguidos por uma seqüência vulcano sedimentar (Supergrupo Rio das Velhas) do tipo Greenstone Belts de idade Arqueana, sobreposta discordantemente pela seqüência sedimentar plataformais de idade proterozóica inferior (Supergrupo Minas) e, finalmente, por coberturas sedimentares mais recentes.

A litologia do referido complexo é principalmente composta de gnaisse, migmatitos, granitos, granodioritos e anfibolitos. A área requerida assenta-se sobre um destes corpos de gnaisse.

O corpo de gnaisse aflorante apresenta coloração rosada, e mostra na superfície uma porção alterada, resultando um solo arenoso rosado.

Trata-se de uma região com predomínio de gnaisses de composição Tonalito-trondhjemito-granodiorítica, ocorrendo subordinadamente anfibolitos, metabásicas e metaultrabásicas, além de granitos e granodioritos.

O solo local é classificado como Cambissolo Háplico Distrófico que são solos com argila de atividade baixa e baixa saturação por bases (V < 50%) na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).

Os principais rios do município de Cristiano Otoni são o Rio Paraopeba e o Córrego Aroeira, situados no domínio da bacia hidrográfica do Rio São Francisco e sub bacia do Rio Paraopeba.

O Rio Paraopeba tem sua nascente localizada ao sul no município de Cristiano Otoni, Minas Gerais e sua foz está na represa de Três Marias, no município de Felixlândia, no mesmo estado. A extensão do rio é de 546,5 km e sua bacia cobre 12.090 km2 e 35 municípios. Seus principais afluentes são o rio Macaúbas, o rio Betim, o rio Camapuã e o rio Manso. É um dos principais afluentes do rio São Francisco.

Dentro da área de interesse há três nascentes que por sua vez vão desaguar em dois córregos que estão localizados próximos a área de interesse que são o Córrego Vargem Grande e o Córrego Água Limpa e posteriormente deságuam no Rio Paraopeba.

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Segundo a classificação climática de Koppen, a região em estudo apresenta cima do tipo Cwb, clima mesotérmico com temperaturas moderadas, verão chuvoso e inverno seco.

2.3 MEIO BIÓTICO

Flora

De acordo com os dados do IBGE, o município de Cristiano Otoni se encontra no Bioma Mata Atlântica. Porém, a região onde se pretende implantar o empreendimento está inserida fisionomicamente, segundo a classificação do botânico e naturalista RIZZINI (1963), na transição entre a Floresta Atlântica e o Cerrado, prevalecendo nas áreas vistoriadas as fitofisionomias do cerrado.

As formações vegetacionais observadas nos terrenos inseridos na área de influência do empreendimento foram caracterizadas por meio de observação direta no campo, onde foram realizados caminhamentos na área e em suas imediações. Os subgrupos de vegetação detectados na área de interesse são o Campo Cerrado e Campo Sujo.

Quanto aos indivíduos presentes na área cita-se Acrocomia aculeata (macaúba), Tabebuia sp (ipe), Cabralea canjerana (canjerana), Solanum lycocarpum (lobeira), Salycophyllum spruceanum (pau mulato), Vernonia polysphaera (assa peixe), Rosmarinus officinalis (alecrim), Zanthoxylum regnelianum (maminha de porca), Michaerium acutifolium (bico de pato), Dalbergia brasiliensis (jacarandá), Cassia fistula (canafistula), Ocotea spixiana (canela), Eremanthus erythopappus (candeia), Sparattosperma leucanthum (cinco folhas), Casearia gossypiosperma (espeto), Campomanesia guazumifolia (sete capote), Cedrela fissilis (cedro), dentre outras. De acordo com as espécies encontradas no estudo somente a Tabebuia sp (ipê) consta como de interesse comum, de preservação permanente e imune de corte de acordo com a Lei Estadual (Lei nº 9.743, de 15 de dezembro de 1988)

Foto – Vista do Maciço Rochoso e das Áreas de Entorno ao Empreendimento

Fauna

Segundo os estudos ambientais, as espécies de répteis encontradas na região, estão o urutu-cruzeiro (Bothrops alternatus ), jararaca (Bothrops jararaca), cascavel (Crotalus terrificus), cobra-coral (Micrurus sp.), cobra-cipó (Chironius carinatus), cobra-campeira (Mastigodryas bifossatus) e cobra-verde (Chironius carinatus). Os anfíbios mais encontrados são os sapos, rãs e pererecas, como: sapo-cururu (Bufo marinus), ferreiro (Hyla faber), perereca (Hyla pardalis), dentre outras espécies.

Em relação as aves, foram destacadas as seguintes espécies: beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea), o beija-flor-de-canto (Colibri serrirostris), o canário-do-campo (Emberizoides herbicola), a perdiz

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(Rhynchotus rufescens), a codorna (Nothura maculosa), o tico-tico-do-campo-verdadeiro (Ammodramus humeralis), a maria-branca (Xolmis cinerea), tesoura-cinzenta (Muscipipra vetula), maria-preta-de-penacho (Knipolegus lophotes), maria-tola (Elaenia mesoleuca), a seriema (Cariama cristata), a trucal (Columba speciosa), o bem-ti-vi (Pitangus sulphuratus ), o gavião pinhé (Milvago chimachima), o pintassilgo (Carduelis magellanicus), a maritaca (Pionus maximiliani), o trinca-ferro (Saltator similis), o sanhaço (Tangara cayana).

Os mamíferos ocorrentes na região do empreendimento são o gambá (Didelphis sp.), o mico-estrela (Callithrix jacchus), tatu-peba (Dasypus sp.), ouriço-cacheiro (Coendou spp.), diferentes espécies de roedores, como camundongo-do-mato (Oryzomis sp.), coelhos e marsupiais. Há relatos de ocorrência de lobo-guará (Chrysocyon brachyurus ), bugio ou barbado (Alouatta fusca), capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), paca (Agouti paca), macaco sauá (Callicebus personatus), dentre outras espécies.

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) originalmente, a espécie se distribui amplamente nas áreas de vegetação aberta do Cerrado, Chrysocyon brachyurus é uma espécie de hábito solitário, cujos indivíduos se juntam em casais apenas na época reprodutiva. O tamanho da área ocupada por casais é bem variável, ao longo de sua distribuição, variando de 6 a 115 km2 (Dietz, 1984; Carvalho & Vasconcellos, 1995; Silveira, 1999; Rodrigues 2002; Paula & Rodrigues, dados não publicados), dependendo da qualidade de habitats disponíveis e da disponibilidade alimentar. A dieta é variada, consistindo principalmente de frutos e pequenos vertebrados. Em decorrência do tamanho de área necessário para sua sobrevivência e da sua característica territorialista é difícil que nesta área em especifico haja algum espécime residindo.

Macaco sauá (Callicebus personatus) todas as espécies de sauás (Callicebus spp.) são tidas como monogâmicas, formando grupos sociais que raramente excedem cinco indivíduos, grupos estes formados pelo casal reprodutor e sua prole (Kinzey, 1981). Aparentemente, os guigós da Mata Atlântica possuem relativa habilidade para colonizar e viver em fragmentos de pequeno tamanho, talvez porque demandem áreas de vida reduzidas (Kinzey, 1981; Pinto et al., 1993; Pereira et al., 1995; Müller, 1996a) e por possuírem dieta generalista, composta basicamente por frutos e folhas. C. personatus ocupa pequenas áreas de vida, entre 10,7 e 12,3 ha (Price et al., 2002). Em conseqüência do habito de vidas da espécie é improvável que ocorra no local do empreendimento, visto que a área preservada não comportaria uma colonização, a área não é respectiva ao tamanho especificado na literatura para que uma colônia se instale.

Alouatta guariba guariba é um primata endêmico da Mata Atlântica. Em termos taxonômicos, é oportuno esclarecer a existência de uma confusão generalizada na literatura sobre qual é a forma correta: Alouatta guariba ou Alouatta fusca. Segundo Cabrera (1957), a denominação A. guariba (Humboldt, 1812) precede em dois meses a de A. fusca (É. Geoffroy, 1812). Além disso, A. guariba não possui um homônimo sênior e A. fusca é um sinônimo júnior (Hill, 1962; Hirsch et al., 1991; Rylands & Brandon-Jones, 1998). Portanto, é recomendado o uso de A. guariba para a forma específica. Vive em bandos de três a doze indivíduos de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto. Sua dieta é predominantemente folívora (folhas). Os outros alimentos são: flores, brotos, frutos, caules de trepadeiras. O horário habitual de alimentação é ao amanhecer e ao pôr-do-sol. Devido o habito do A. fusca e do tamanho da sua colônia dificilmente ele ocorra na área do empreendimento.

Enfim baseado nas observações feitas durante a visita, nos esclarecimentos prestados pelo empreendedor e na revisão de literatura dos espécies é improvável que eles ocorram na área do empreendimento.

2.4 MEIO SOCIOECONÔMICO

O empreendimento esta localizado na cidade de Cristiano Otoni, à 115km de Belo Horizonte, às margem da BR-040. A população é de 5.031 habitantes e encontra-se em uma área de 132, 869km2 com uma densidade de 40,80 habitantes/km², segundo o IBGE/2008.

Na área limítrofe ao empreendimento não foram verificadas residências, sendo a mesma caracterizada por pastagem e outras minerações de gnaisse

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Foi realizado pelo empreendedor entrevista com os moradores para identificar a influência das atividades de mineração na região. Foi solicitada a opinião dos moradores em relação a algumas atividades operacionais e sociais desenvolvidas pelas empresas e que, de alguma maneira, interfere no cotidiano da região. As atividades sugeridas para coleta de opinião foram: transporte, a modificação da paisagem, a conservação do meio ambiente, o emprego e os trabalhos junto à comunidade. A maior parte da população entrevistada enfatizou a melhoria da qualidade de vida, devido o aumento do número de empregos e a utilização de medidas de controle ambiental pelas empresas.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A caracterização do empreendimento foi realizada com base nos estudos apresentados pelo empreendedor e pela vistoria realizada in loco.

A mineração Sara do Espírito Santo Dutra de Paula terá uma produção média mensal de 5.000m³/mês ou 14.000t/mês. O destino principal de seus produtos (brita 2, brita 1, pó de brita, pedrisco, bica corrida) será a indústria de construção civil. Os equipamentos como as áreas de beneficiamento, administrativas e iluminação irão demandar energia elétrica que será fornecida pela CEMIG.

A área útil a ser ocupada pelo empreendimento será de aproximadamente de 1,72ha para (unidade de tratamento de minerais - UTM, prédio de apoio, caixa de decantação, balança, área de deposição de solo, guarita,etc.); 1,79ha para área de lavra de e 1,8 km de estradas para transporte interno.

Processo Produtivo

Segundo informações dos estudos ambientais apresentados a lavra será realizada a céu aberto, descendentemente, pelo método clássico das bancadas sucessivas. O desenvolvimento da mina corresponde aos trabalhos de retirada do capeamento, abertura de acessos e preparação das frentes de lavra.

Será retirada a camada de solo e de rocha estéril que se encontra sobre o minério, utilizando-se uma pá carregadeira e um caminhão basculante. Eventualmente poderá ser necessário o auxílio de um trator de esteira na remoção do capeamento.

A camada de solo será depositada em local apropriado, sob critérios técnicos e será utilizada posteriormente na recuperação da área minerada. A rocha estéril (rocha intemperizada, blocos isolados,etc) será britada e utilizada como pavimento nas vias de acesso da mina e estradas vicinais próximas ao empreendimento para melhorar suas condições de tráfego, aumentando a segurança para a circulação de veículos e o transporte de cargas nestas estradas.

A lavra será iniciada na extremidade Norte/Nordeste da área de lavra, com avanço principalmente no rumo Sudoeste, no sentido crescente das cotas de altitude.

Serão desenvolvidas bancadas de 10 m de altura máxima com inclinação de 15° em relação ao plano vertical, separadas por bermas de 4 m de largura. O piso da área de lavra (praça) será mantido com uma declividade de 1%, para permitir o escoamento das águas pluviais, durante a lavra do minério.O pit final da cava formada ficará na cota 1.130m.

Será construído um sistema de drenagem para a mina, com a construção de canaletas, na praça da lavra, pilha de estéril, nas vias de acesso e na área de beneficiamento que conduzirão as águas pluviais em direção à caixa de decantação que será construída no empreendimento, na parte mais baixa do terreno.

Após a decantação dos finos na caixa de decantação, as águas serão reaproveitadas no processo de britagem e peneiramento no aspersores para abatimento do material particulado e as águas eventualmente excedentes seguirão através de um dreno (tubulação) para um dissipador de energia,

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antes de se infiltrarem no solo da Área de Preservação Permanente ou da Área de Reserva Legal mais próxima.

O desmonte da rocha será efetuado com o uso de explosivos e acessórios de detonação será ultilizado o explosivo tipo-emulsão (encartuchado), juntamente com o detonador de coluna, ligado a um booster, no fundo do furo. Será utilizada a “linha silenciosa”, com detonação furo a furo visando à minimização da geração de ruídos.

Fluxograma do Processo Geral de Produção

Segue abaixo o fluxograma do processo geral de produção

Fluxograma do Processo Produtivo: Fonte RCA/PCA

Equipamentos de beneficiamento

Serão utilizados os seguintes equipamentos:

01 Silo com alimentador vibratório (2,5m X 0,5m)

01 Cabine de comando com painel de controle

01 Britador primário de mandíbulas (80X50) Faço

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01 Rebritador secundário, cônico -90 TS - Faço.

02 Peneiras vibratórias (4,50m X 1,50m) - Faço

02 Caixas de derivação – Transferência de material

01 Alimentador vibratório (0,60m X 0,40m) - Faço

01 Túnel protetor da correia transportadora- CT5

01 Elevador de canecas

01 Rebritador terciário – 90 RS - Faço

11 Estruturas de suporte das correias transportadoras

11 CT- Correias transportadoras

18 Motores elétricos diversos

01 Transformador 550 K.V. A

01 Pá carregadeira Case-W20

Obras de infra-estrutura

As áreas utilizadas para beneficiamento e estocagem de minério correspondem a praças planas com solos bastante compactados pelo trânsito constante de máquinas e caminhões. Será construído um sistema de drenagens que captará as águas fluviais, encaminhando-as através de canaletas, para a caixa de decantação.

Serão construídos uma fossa séptica de câmara única e filtro anaeróbico, um prédio de apoio de 50m² constituído de: escritório, sala de refeição, almoxarifado, vestiário, sanitários e posto de abastecimento de combustível com capacidade de 10m3 .

Estradas para transporte de minério/estéril.

Corresponde a área interna do empreendimento com extensão de s 1,8 km , lembrando que mesma já e existente sendo necessário apenas melhorias e implantação de sistema de controle.

Oficina de Manutenção

A manutenção pesada e lavagem das máquinas e caminhões serão realizadas em área externa da mina, em empresas terceirizadas na cidade de Cristiano Otoni. Os serviços como lubrificação, troca de óleo, borracharia, solda de peças, lavagem de peças, etc serão realizadas na área. Será construído um galpão de oficina de manutenção.

4. DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

4.1 MEIO FÍSICO

Os impactos sobre o meio físico referem-se à movimentação de terra, abertura de bancadas e acessos, remoção do granito.

Alteração da morfologia do relevo e da paisagem refere-se ao impacto visual causado pela configuração das bancadas, abertura de vias de acessos, que causará alterações topográficas irreversíveis sobre o terreno.

Geração de resíduos sólidos na fase de implantação derivada das atividades de construção civil (sucatas metálicas, entulhos, sacos de cimento, sobras de madeiras), sucatas metálicas e resíduos tipo domésticos. Durante a fase de operação, o principal resíduo sólido consistirá no material estéril. Nas

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demais atividades e serviços da operação mina, serão gerados resíduos sólidos domésticos e industriais.

Geração de efluentes líquidos os sanitários serão gerados pelos empregados, durante as obras de implantação da planta de beneficiamento, da estrada de serviço e do dreno de fundo da pilha de estéril e também das instalações de apoio. Na fase de operação, além dos efluentes sanitários gerados pelos empregados envolvidos nas atividades de lavra, disposição de estéril e beneficiamento do minério, serão gerados também efluentes oleosos nas operações de manutenção das máquinas e equipamentos, realizadas na oficina de manutenção. Os pluviais serão os efluentes provenientes das drenagens pluviais existentes na cava, pilha e em todo o terreno utilizado como suporte à mineração.

Alteração da qualidade do ar pela geração de emissões fugitivas provenientes da emissão de poluição atmosférica por poeira e gases, causadas pelo funcionamento de equipamentos pesados (caminhões, tratores e escavadeiras), pelo trânsito local, movimentação de material.

Alteração do nível de pressão sonora , uma vez que haverá a geração de ruído em função da movimentação de veículos e equipamentos para a execução dos serviços de movimentação de terra e obras em geral. Já na fase de operação, a alteração do nível de pressão sonora será proveniente do tráfego intenso de equipamentos pesados e caminhões bem como geração e emissão de ruídos durante a operação ocorrem nas etapas de detonação

4.2 MEIO BIÓTICO

Segundo os estudos ambientais, a retirada da cobertura vegetal da área onde será lavrado o minério provocará impacto sobre a fauna, de forma direta e irreversível, reduzindo locais de abrigo e alimentação.

Impacto sobre a cobertura vegetal

As formações naturais encontram-se bastante alteradas em função das atividades agropastoris desenvolvidas na propriedade. A supressão da vegetação deverá atingir a vegetação rasteira e arbustiva na pastagem abandonada.

Afugentamento da Fauna

O funcionamento de equipamentos, as detonações e a freqüência no tráfego de veículos produzirão ruídos que localmente afugentarão a fauna de maneira sistemática, sendo reversível após o término da lavra. A manutenção da mata natural existente na área do empreendimento e que não será suprimida, atuará como local de abrigo, alimentação e reprodução para a fauna local. A recuperação da área minerada após o término da lavra será também um fator de mitigação deste impacto ambiental.

Alteração do Habitat

Segundo os estudos ambientais, a retirada da cobertura vegetal da área onde será lavrado o minério provocará impacto sobre a fauna, de forma direta e irreversível, reduzindo locais de abrigo e alimentação.

4.3 MEIO ANTROPICO

Geração de empregos: O empreendimento demandará de mão de obra, que contribuirá para o incremento da economia e do comércio local.

Impacto Visual A modificação da paisagem local é inevitável, mas poderá ser minimizada pela evolução organizada da lavra e recuperação da área minerada, após o término da lavra.

5. MEDIDAS MITIGADORAS E PLANOS DE CONTROLE AMBINETAL

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Este item refere-se a um resumo do que o empreendimento já se propôs a executar como forma de mitigação dos impactos listados no Relatório de Impacto Ambiental – RCA e Plano de Controle Ambiental - PCA.

Supressão controlada da vegetação, que deverá ser feita na medida das necessidades mais imediatas, a fim de se evitar a exposição desnecessária de superfícies desnudadas à ação dos processos erosivos. Toda supressão que não seja imprescindível para a consecução da atividade fim deverá ser evitado;

Armazenamento e reutilização do solo orgânico, que será removido para a instalação de todas as estruturas da mina. Será armazenado visando a sua posterior reutilização nos processos de recuperação das áreas impactadas.

Sistema de drenagens de águas pluviais eficiente deverá ser implantado em toda a área da mina, com atenção especial para a borda e interior da semi-cava de lavra e suas imediações, pilha de estéril, as áreas da instalação de tratamento e edificações de apoio e as áreas de estoque de produtos, visando impedir a atuação de processos erosivos e o conseqüente carreamento de material sólido para as drenagens vizinhas.

Lavra racional a céu aberto deverá ser desenvolvida de modo tecnicamente adequado, com bancadas bem definidas, estáveis e eficientemente drenadas.

Os desmontes serão realizados de forma descendente, formando-se bancadas com alturas regulares, dotadas de acessos laterais em seus vários níveis, assim como deverão ser implantados dispositivos de drenagem adequados, visando uma situação final esteticamente mais harmônica e estável pela geometrização do maciço, além de representar uma maior eficiência e segurança nos trabalhos de desmonte.

Os planos de fogo serão dimensionados, prevendo-se uma detonação seqüencial com retardos, através do uso de linhas silenciosos, visando a redução de ruídos e vibrações, além do controle do próprio desmonte.

Disposição controlada de estéril. O solo que recobre o maciço rochoso será retirado e depositado em pilha, de 1,5m de a altura, em local apropriado, sob critérios técnicos. Será feita a drenagem em torno da pilha e a construção de um camalhão de proteção para evitar o início de qualquer processo erosivo neste local. Sobre este solo deverá ser realizada calagem, adubação química baseada em resultados de análise de solo, e posteriormente a semeadura.

Programa de Educação Ambiental deverá ser desenvolvido, no âmbito interno da empresa, bem como com o publico indiretamente ligado ao empreendimento, um programa de educação ambiental, com o objetivo de promover a sensibilização e capacitação de todos os seus funcionários, alertando-os para as ações relacionadas ao empreendimento que tem repercussões negativas e positivas sobre o meio ambiente.

Plano de Recuperação da Área Degradada durante a lavra deverão ser adotadas medidas de controle ambiental relativas ao risco de ocorrência de erosão devido à natureza do solo encontrado no local. Após a desativação do empreendimento não haverá acúmulo de água na cava devido à topografia do entorno, possibilitando seu uso para formação de pastagem através da deposição do solo armazenado proveniente do decapeamento da jazida.

Medidas de caráter edáfico e hídrico a serem implantadas durante a lavra: Quando do avanço da lavra, a camada superior de solo deverá ser armazenada juntamente com a vegetação que a recobre, favorecendo assim a manutenção de sua estrutura e facilitando a colonização da área por vegetação após a recuperação final.

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Manutenção dos equipamentos: Os equipamentos e máquinas utilizados na extração e beneficiamento da rocha devem passar periodicamente por uma revisão e manutenção, com a finalidade de se evitar qualquer vazamento de óleo, graxa ou outro combustível. Essa manutenção preventiva das máquinas, também, diminuirá a emissão de ruído.

Manutenção de vias de acesso: As vias de acesso já existentes, juntamente com aquelas abertas em decorrência do empreendimento, devem ser reparadas periodicamente com o objetivo de melhorar sua segurança e de se evitar a instalação de focos erosivos. Serão instaladas canaletas laterais e amortecedores de drenagens para conduzir as águas pluviais para a caixa de decantação.

Monitoramentos dos recursos hídricos: Não foi apresentado nos estudos ambientais, plano de monitoramento dos cursos d’água próximos ao empreendimento que podem sofrer algum tipo de impacto em decorrência da instalação do empreendimento. Desta forma, será condicionante deste Parecer Único, realizar programa de monitoramento, conforme descrito no anexo II deste Parecer.

6. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

A água para o abastecimento geral no empreendimento será proveniente das nascentes mais próximas ao prédio de apoio, que possui certidão de registro de uso de água com captação de 1.0l/s – Cadastros de Uso Insignificante nº(s) 004022/2010 e 004021/2010.

7. RESERVA LEGAL

A Reserva Legal encontra-se averbada na matrícula 14.101, conforme Termo de Responsabilidade de Preservação Florestal junto ao Instituto estadual de Florestas - IEF, ocupa área total de 7,8307ha, em quatro glebas, não inferior a 20% da área total deste imóvel (39,1538ha). Em vistoria no dia 02/03/2009, pode-se verificar que a área de reserva legal está inserida no bioma cerrado, apresentando vegetação nativa, com presença de árvores esparsas. Diante disso, o empreendedor fica dispensado de apresentação de PTRF (Projeto Técnico de Recomposição da Flora) para recompor a área de Reserva Legal, de acordo com a Declaração do IEF emitida em 12/07/2011.

Conforme Termo de Responsabilidade de Preservação de Florestas firmado com o IEF – Instituto Estadual de Florestas, o proprietário se comprometeu a promover o cercamento das áreas reservadas, com cerca de moirões e arame farpado, a fim de impedir o acesso de animais de criação de grande porte bem como de atividades antrópicas que venham a impedir os processos naturais de regeneração natural da vegetação.

De acordo com o Relatório Fotográfico apresentado a SUPRAM CM em 05/04/2010, parte da Reserva Legal já foi cercada.

8. SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO E INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)

Para a implantação do empreendimento será necessário a supressão de uma área de 9,00 ha das fitofisionomias de campo cerrado e campo sujo, dentro do Bioma Mata Atlântica.

O inventário florestal quantitativo e qualitativo teve todo o seu planejamento baseado na área passível de exploração. Adotou-se o censo ou inventário 100% como método de amostragem, uma vez que o fragmento florestal em estudo possui características peculiares, como área relativamente pequena, com um baixo número de indivíduos, ou seja, totalmente passível de mensuração. Foram encontrados 198 indivíduos, distribuídos em 23 espécies, pertencentes a 13 Famílias. Dentre esses, foram encontrados 21 indivíduos da espécie Tabebuia alba, espécie imune de corte, de acordo com a lei estadual 9.743/1988, estando o empreendedor sujeito à compensação do plantio de 1:1 indivíduos dessa espécie para cada indivíduo suprimido.

O volume total de material lenhoso gerado a partir da supressão vegetal será de 38,8973 m³, e conforme informado pelo empreendedor este será utilizado na própria propriedade para confecções de mourões para cercamentos de áreas internas e também para doação à comunidades locais.

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O terreno apresenta 3,1588ha de APP - Área de Preservação Permanente, no entanto não haverá intervenção neste local.

9 – LEVANTAMENTO ESPELEOLÓGICO/ ARQUEOLÓGICO

Foi apresentado o caminhamento espeleológico da área de implantação do empreendimento. Conforme relatório apresentado e vistoria realizada no empreendimento, não foi verificada o indicativo de cavidades naturais, ou aberturas indicando a presença de caverna e ou grutas.

Também foi apresentado o relatório contendo o caminhamento arqueológico realizado na área, visando localização de sítios arqueológicos, sendo que não foi encontrado quaisquer vestígios de matérias que possam caracterizar um sitio.

10. COMPENSAÇÔES

Compensação Ambiental

O projeto minerário Sara do espírito Santo interferirá em uma área de 9,00ha, acarretando um aumento da erodibilidade do solo; emissão de sons e ruídos residuais; alteração da qualidade físico-química da água e do solo; afugentamento da fauna local; além da supressão de vegetação efetuada na instalação do empreendimento. Deste modo a equipe técnica da SUPRAM CM entende que tanto a implantação quanto a operação das atividades a serem realizadas pelo empreendimento causarão significativo impacto ambiental. Motivo pelo qual incidirá a compensação da Lei nº 9.985/00 e Decreto estadual nº 45.175/09 alterado pelo Decreto nº 45.629/11.

Compensação Florestal

O empreendimento exigirá a remoção de 9,00 ha de vegetação nativa, nas fitofisionomias de campo cerrado e campo sujo, sendo recomendada assim, a cobrança da compensação florestal, de acordo com a Lei Estadual 14.309/02 e Decreto Estadual 43.710/04.

Compensação da Lei da Mata Atlântica

O empreendimento exigirá a remoção de 9,00 ha de vegetação nativa, na fitofisionomia de campo cerrado e campo sujo (Situado Dentro do bioma Mata Atlântica – Município de Cristiano Otoni).

Deste modo, sugere-se a aplicação do estabelecido no Art. 32, da Lei n° 11.428/2006: “A supressão de vegetação secundária em estágio avançado e médio de regeneração para fins de atividade minerarias será admitida mediante: II – adoção de medida compensatória que inclua a recuperação de área equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, independentemente do disposto no art. 36 da Lei n° 9.985, de 18 de jullho de 2000”.

Compensação supressão de espécies da flora ameaçadas de extinção e imunes de corte

Conforme o levantamento florístico da área foi encontrada a espécie Tabebuia alba, conhecido como ipê amarelo, espécie imune de corte. De acordo com a lei estadual 9.743/1988, poderá ser admitida a supressão quando se tratar de atividade de utilidade pública ou interesse social. Neste caso, deverá o empreendedor compensar nos termos do parágrafo único, do artigo segundo da referida Lei.

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11 - CONTROLE PROCESSUAL

O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação listada no FOB, constando dentre outros a declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Cristiano Otoni de que a atividade e o local de instalação do empreendimento estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos do Município.

Trata-se de microempresa, conforme demonstrado através da Certidão Simplificada JUCEMG, fls. 27. Os emolumentos foram pagos e comprovados às fls. 115.

A certidão negativa de débito ambiental foi expedida pela Diretoria Operacional da SUPRAM CM dando conta da inexistência de débitos ambientais até aquela data.

Os estudos apresentados estão acompanhados da ART do responsável anotado junto ao respectivo órgão de classe do profissional.

O empreendimento encontra-se regular junto ao DNPM, conforme consulta ao site do DNPM – Cadastro Mineiro.

Em atendimento ao Princípio da Publicidade e ao previsto na Deliberação Normativa COPAM nº 13/95 foi publicado pelo empreendedor em jornal de circulação regional o requerimento das Licenças Prévia e de Instalação, fls. 88. Pelo órgão ambiental foi publicado no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, fls. 89.

Dispõe o artigo 2º do Decreto 45.175/2009, alterado pelo Decreto 45.629/2011, que, incide a compensação ambiental nos casos de licenciamento de empreendimentos considerados, com fundamento em EIA/RIMA, como causadores de significativo impacto ambiental pelo órgão competente.

Considerando que foi identificada pela análise técnica a ocorrência de significativos impactos ambientais e que o processo foi formalizado em 01/06/2011, antes da publicação do Decreto 45.629/2011, recomendamos a incidência da compensação ambiental, com fundamento no artigo 10 do decreto 45.629/2011, que afasta, nesta hipótese, a obrigatoriedade da apresentação de EIA/RIMA para identificação de impactos significativos e fundamento de tal incidência.

Trata-se de empreendimento classe 3 (três ), a análise técnica conclui pela concessão das licenças prévia e de instalação concomitantemente, com validade de 4 (quatro) anos, considerando os Anexos deste Parecer Único. Deste modo, não havendo óbice, recomendamos o deferimento nos termos do parecer técnico.

Ressalta-se que as licenças ambientais em apreço não dispensam nem substituem a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis.

Além disso, em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o empreendimento passível de autuação.

12 - CONCLUSÃO

Pelo exposto acima neste Parecer Único, a equipe técnica responsável pela análise concluiu que os estudos, projetos e documentos apresentados para a obtenção da LP concomitante com LI atendem à legislação ambiental vigente. Assim sendo, a equipe técnica sugere a concessão da LP+LI para o empreendimento Sara do Espírito Santo Dutra de Paula PA nº 17588/2008/001/2008 pelo prazo de 4 (quatro) anos, para as atividades: A-02-09-7 (Extração de rocha para produção de brita com tratamento); A-05-04-5 (Pilhas de rejeito/estéril) A-05-01-0 (Unidade de tratamento de minerais – UTM) A-05-02-9 (Obras de infra-estrutura -pátios de resíduos e produtos e oficinas). A-05-05-3 (Estradas para transporte de minério/estéril) F-06-01-7(Posto de abastecimento de combustível – 10m3) em sua

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unidade localizada no Local denominado Vargem Grande, zona rural no município de Cristiano Otoni/MG, desde que observadas as condicionantes listadas nos anexos desse Parecer Único, bem como a inclusão/exclusão ou alteração das mesmas pelo COPAM

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ANEXO I

Processo COPAM : 17588/2008/001/2008 Classe: 3 Empreendimento: Sara do Espírito Santo Dutra de Paula Atividade: Extração de rocha para produção de brita com tratamento Endereço: Vargem Grande - Zona rural Município: Cristiano Otoni Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA PRÉVIA + INSTALAÇÃO ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*

1 Realizar programas e ações voltados à educação ambiental com os funcionários da empresa, bem como pessoas indiretamente ligadas ao empreendimento. Relatórios técnicos fotográficos anuais deverão ser enviados a SUPRAM-CM.

120 dias após a concessão desta

Licença.

2 Construir viveiro de mudas na área do empreendimento para receber o material resgatado e as demais mudas que serão adquiridas de outras entidades.

90 dias após a concessão desta

licença.

3 Instalar sistema de fossa séptica, filtro anaeróbico e sumidouro, conforme projeto apresentado nos estudos ambientais.

90 dias após a concessão desta

Licença

4 Instalar o posto de abastecimento, devidamente regularizado, se for o caso, conforme DN COPAM 108/2007 e NBR 17505 e projeto apresentado nos estudos ambientais.

120 dias após a concessão desta

Licença

5 Cadastrar o empreendimento no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos do Setor Minerário conforme DN 117/2008.

30 dias após a concessão desta

Licença

6

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação prevista na Lei da Mata Atlântica 11.428/2006. Apresentar a SUPRAM CM comprovação deste protocolo.

30 dias após a concessão desta

Licença

7

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação prevista na Lei Estadual 14.309/02 e Decreto Estadual 43.710/04. Apresentar a SUPRAM CM comprovação deste protocolo.

30 dias após a concessão desta

Licença

8

Apresentar relatório fotográfico do plantio de 1:1 indivíduos da espécie Tabebuia s.p., espécie imune de corte de acordo com a lei estadual 9.743/1988, totalizando 21 indivíduos de acordo com o inventário florestal apresentado.

Na formalização da LO

9 Apresentar um relatório técnico/fotográfico do cercamento das demais áreas da Reserva Legal a uma distância de 4 metros da mesma, afim de promover a revegetação natural da área.

30 dias após a concessão desta

Licença

10 Implantar aspersão de águas nas vias internas e externas do empreendimento, a fim de mitigar a emissão de particulados pelo tráfego de máquinas, caminhões, etc.

Durante a vigência desta licença.

11 Cumprir integralmente os planos e medidas mitigadoras constantes do PCA. Apresentar relatório comprovando o cumprimento do mesmo, quando da formalização da LO.

Durante a vigência desta licença.

12 Efetuar o Programa de Automonitoramento definido no Anexo II, obedecendo as diretrizes estabelecidas na Deliberação Normativa do COPAM nº 165/2011 de 11/04/2011.

A partir da concessão da Licença

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13 Construir depósito temporário de resíduos classe I, conforme normas vigentes.

120 dias após a concessão desta

Licença

14

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação ambiental, de acordo com a Lei nº 9.985/00 e Decreto estadual nº 45.175/09 alterado pelo Decreto nº 45.629/11. Apresentar a SUPRAM CM comprovação deste protocolo.

30 dias após a concessão desta

Licença

(*) Contado a partir da data de concessão da licença Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste Parecer Único poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante a análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes Destaca-se que todas as condicionantes deverão ser protocoladas junto ao Órgão Ambiental no prazo fixado. OBSERVAÇÕES: I – O não atendimento aos itens especificados acima, assim como o não cumprimento de qualquer dos itens do PCA/RCA apresentado ou mesmo qualquer situação que descaracterize o objeto desta licença, sujeitará a empresa à aplicação das penalidades previstas na Legislação e ao cancelamento da Licença obtida; II - Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM Nº 13/1995, o empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para a publicação, em periódico local ou regional de grande circulação, da concessão da presente licença. III - Cabe esclarecer que a SUPRAM CM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de controle ambiental e programas de treinamentos aprovados para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa, seu projetista e/ou prepostos.

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ANEXO II - AUTOMONITORAMENTO

1 - Efluentes líquidos e qualidade da água

Locais para amostragem Parâmetros Freqüência

Sistema de efluentes Sanitários (entrada fossa séptica e saída

sumidouro)

DBO, DQO, sólidos sedimentáveis, sólidos em

suspensão, pH, óleos e graxas, detergentes.

Semestral Início: Até 90 dias após a

concessão da LI.

Sistema separador de água e óleo

DBO, DQO, sólidos sedimentáveis, sólidos em

suspensão, pH, óleos e graxas.

Trimestral Início: Até 120 dias após a

instalação do sistema

Curso d’água imediatamente à jusante do empreendimento no ponto 20°47’56” – 43°47’49” a

montante do ponto de captação Trimestral Início: Após inicio das obras de

Instalação Curso d’água imediatamente à jusante do empreendimento no ponto 20°47’53” – 43°47’42” a

montante do ponto de captação

Relatórios: Enviar relatório semestral de monitoramento dos efluentes líquidos e Qualidade da Agua, de acordo com a DN Conjunta COPAM/CERH-MG 01/2008, à SUPRAM CM . Os relatórios deverão ser elaborados por laboratórios cadastrados, conforme DN Nº 89/05 e conter a identificação, o registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises, além da quantidade gerada e do número de empregados no período. Nos resultados das análises realizadas, a empresa deverá observar os comandos contidos na DN COPAM n° 165/2011. Método de análise : Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição. 2 - Resíduos sólidos e oleosos Realizar controle mensal, com início até 90 dias após o julgamento da licença, mediante planilha, de notas (cupom fiscal) e/ou contratos com as empresas de destinação de resíduos do empreendimento. Essas planilhas deverão estar disponíveis no empreendimento para fins de fiscalização e revalidação de licença. Deverão ser enviados à SUPRAM, semestralmente , relatórios contendo o compilado das planilhas mensais de controle de geração e destinação/disposição de todos os resíduos sólido-líquidos, contendo, no mínimo, os dados contidos no modelo abaixo, bem como o nome, registro profissional e assinatura do técnico responsável. As empresas recebedoras dos resíduos perigosos deverão possuir Licença de Operação do COPAM.

RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL OBS.

Denominação Origem Classe Taxa de geração

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

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(kg/mês) Razão social

Endereço completo

(*)1– Reutilização 6 – Co-processamento 2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo 3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar) 5 – Incineração

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendimento. As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor. Todos os relatórios requisitados nesta licença deverão ser de laboratórios cadastrados conforme DN COPAM Nº 89/05 e devem conter a identificação, o registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica - ART. 3. Ruídos Enviar anualmente a SUPRAM CM, até 45 dias após a data de realização da amostragem da pressão sonora. As amostragens deverão verificar o atendimento aos limites estabelecidos na NBR 10.151 ABNT, fixada pela Resolução CONAMA 01, de 08 de março de 1990. O relatório deverá emitido por laboratórios devidamente cadastrados, conforme DN COPAM Nº. 89/05 e conter identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas análises, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica. Deverá o empreendedor observar as determinações da DN COPAM Nº. 165/2011. Importante: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de automonitoramento poderão sofrer alterações, a critério da área técnica da SUPRAM CM, face ao desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento e controle ambiental.

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Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana

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ANEXO III DO PARECER ÚNICO

AGENDA VERDE

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO

Tipo de Requerimento de Intervenção Ambiental Número do Processo Data da Formalização

Unidade do SISEMA Responsável

processo 1.1 Integrado a processo de Licenciamento Ambiental 17588/2008/001/2008 15/12/2008 SUPRAM CM

1.2 Integrado a processo de APEF 04054/2009 19/08/2009 SUPRAM CM

1.3 Não integrado a processo de Lic. Ambiental ou AAF

2. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA INTERVENÇÃO AMBIENTAL 2.1 Nome: SARA DO ESPÍRITO SANTODUTRA DE PAULA 2.2 CPF/CNPJ: 10.299.551/0001-51 2.3 Endereço: Rua Telésforo Cândido Rezende, nº 277 2.4 Bairro: Pinheiros 2.5 Município: Cristiano Otoni 2.6 UF: MG 2.7 CEP: 36.426-000 2.8 Telefone(s): (31) 3274-1166 2.9 e-mail: [email protected]

3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL 3.1 Nome: O mesmo 3.2 CPF/CNPJ: 3.3 Endereço: 3.4 Bairro: 3.5 Município: 3.6 UF: MG 3.7 CEP: 3.8 Telefone(s): 3.9 e-mail:

4. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL 4.1 Denominação: Vargem Grande 4.2 Área total (ha): 39,1538 4.3 Município/Distrito: Cristiano Otoni 4.4 INCRA (CCIR): 4310950022918 4.5 Matrícula no Cartório Registro de Imóveis:20-8.468 Livro: 2AE Folha: 8.468 Comarca: Conselheiro Lafaiete 4.6 Nº. registro da Posse no Cartório de Notas: Livro: Folha: Comarca:

4.7 Coordenada Plana (UTM) X(6): 20º 48’ 08.1” S Datum: SAD 69 Y(7): 43º 47’ 47.7” W Fuso: 23

5. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO IMÓVEL 5.1 Bacia hidrográfica: Rio São Francisco 5.2. Sub-bacia ou microbacia hidrográfica: Rio Paraopeba

5.3 Bioma/ Transição entre biomas onde está inserido o imóvel Área (ha)

5.8.1 Caatinga 5.8.2 Cerrado 5.8.3 Mata Atlântica 39,1538 5.8.4 Ecótono (especificar): 5.8.5 Total

5.4 Uso do solo do imóvel Área (ha)

5.4.1 Área com cobertura vegetal nativa 5.9.1.1 Sem exploração econômica 5.9.1.2 Com exploração sustentável através de Manejo

5.4.2 Área com us o alternativo

5.9.2.1 Agricultura 5.9.2.2 Pecuária 5.9.2.3 Silvicultura Eucalipto 5.9.2.4 Silvicultura Pinus 5.9.2.5 Silvicultura Outros 5.9.2.6 Mineração 5.9.2.7 Assentamento 5.9.2.8 Infra-estrutura 5.9.2.9 Outros

5.4.3. Área já desmatada, porém abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada, segundo vocação e capacidade de suporte do solo.

5.4.4 Total

5.5 Regularização da Reserva Legal – RL

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5.5.1 Área de RL desonerada (ha): 7,8307 5.10.1.2 Data da averbação: 06/11/2008

5.5.2.3 Total 5.5.3. Matrícula no Cartório Registro de Imóveis: 20-8.468 Livro: 2AE Folha: 8.468 Comarca: Conselheiro Lafaiete 5.5.4. Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco 5.5.5 Sub-bacia ou Microbacia: Rio Paraopeba 5.5.6 Bioma: Ecótono 5.5.7 Fisionomia: campo cerrado, campo sujo

6. INTERVENÇÃO AMBIENTAL REQUERIDA E PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

6.1 Tipo de Intervenção Quantidade

unid Requerida Passível de

Aprovação 6.1.1 Supressão da cobertura vegetal nativa com destoca 9,00 9,00 ha

6.1.2 Supressão da cobertura vegetal nativa sem destoca ha 6.1.3 Intervenção em APP com supressão de vegetação nativa ha 6.1.4 Intervenção em APP sem supressão de vegetação nativa ha 6.1.5 Destoca em área de vegetação nativa ha 6.1.6 Limpeza de área, com aproveitamento econômico do material lenhoso. ha

6.1.7 Corte árvores isoladas em meio rural (especificado no item 12) un 6.1.8 Coleta/Extração de plantas (especificado no item 12) un 6.1.9 Coleta/Extração produtos da flora nativa (especificado no item 12) kg 6.1.10 Manejo Sustentável de Vegetação Nativa ha 6.1.11 Regularização de Ocupação Antrópica Consolidada em APP ha

6.1.12 Regularização de Reserva Legal

Demarcação e Averbação ou Registro ha Relocação ha Recomposição ha Compensação ha Desoneração ha

7. COBERTURA VEGETAL NATIVA DA ÁREA PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

7.1 Bioma/Transição entre biomas Área (ha) 7.1.1 Caatinga 7.1.2 Cerrado 7.1.3 Mata Atlântica 7.1.4 Ecótono (especificar) Cerrado e Mata Atlântica 9,00 7.1.5 Total

8. PLANO DE UTILIZAÇÃO PRETENDIDA 8.1 Uso proposto Especificação Área (ha) 8.1.1 Agricultura 8.1.2 Pecuária 8.1.3 Silvicultura Eucalipto 8.1.4 Silvicultura Pinus 8.1.5 Silvicultura Outros

8.1.6 Mineração Extração UTM, Obras infra-estrutura, Pilhas rejeito, estrada, posto de combustível 9,00

8.1.7 Assentamento 8.1.8 Infra-estrutura 8.1.9 Manejo Sustentável da Vegetação Nativa 8.1.10 Outro

9. DO PRODUTO OU SUBPRODUTO FLORESTAL/VEGETAL PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

9.1 Produto/Subproduto Especificação Qtde Unidade

9.1.1 Lenha m3

9.1.2 Carvão 9.1.3 Torete 9.1.4 Madeira em tora 9.1.5 Dormentes/ Achas/Mourões/Postes 38,8973 9.1.6 Flores/ Folhas/ Frutos/ Cascas/Raízes 9.1.7 Outros m3

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10. PARECER TÉCNICO, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS FLORESTAIS.

11. RESPONSÁVEIS PELO PARECER TÉCNICO.

Flora Misaki Rodrigues MASP: 1274271-4