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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Renata Maria Paes de … · 2014. 6. 24. · Adriane Ricieri Brito – Subsecretária de Gestão da Estratégia Governamental COORDENADORA TÉCNICA

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

GOVERNADOR DO ESTADO Antonio Augusto Junho Anastasia VICE-GOVERNADOR DO ESTADO Alberto Pinto Coelho SECRETÁRIOS DE ESTADO DO GOVERNO DE MINAS Renata Maria Paes de Vilhena – Secretária de Estado de Planejamento e Gestão COORDENADORA EXECUTIVA DO PROJETO Adriane Ricieri Brito – Subsecretária de Gestão da Estratégia Governamental COORDENADORA TÉCNICA DO PROJETO Milla Fernandes Ribeiro Tangari – Gestora do Núcleo Central de Inovação e Modernização Institucional SEBRAE MINAS GERAIS

PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO Lázaro Luiz Gonzaga DIRETORIA Afonso Maria Rocha - Diretor Superintendente Luiz Márcio Haddad Pereira Santos - Diretor Técnico Fábio Veras de Souza - Diretor de Operações ELABORAÇÃO TÉCNICA DA CARTILHA: Unidade de Políticas Públicas e Articulação Institucional SEBRAE MINAS GERAIS Nair Aparecida de Andrade – Gerente Jefferson Ney Amaral – Coordenação Univaldo Coelho Cardoso – Consultor de Conteúdo REVISÃO TÉCNICA E DIAGRAMAÇÃO DO CONTEÚDO Kamila Araújo Rola Fontes Moreira COMITÊ TÉCNICO DO PROJETO Janaína Ribeiro Araújo Isabela de Lima Rocha Kamila Araújo Rola Fontes Moreira

Belo Horizonte Abril/2013

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Sumário

1. Introdução ........................................................................................................................................ 4

2. Motivação ......................................................................................................................................... 5

3. Objetivos .......................................................................................................................................... 6

4. Resultados Esperados ...................................................................................................................... 7

5. Conceitos Relevantes ....................................................................................................................... 8

5.1 Vantagens e Desvantagens da Gestão Participativa ............................................................. 10

6. Gestão Participativa na Administração Pública ............................................................................. 12

7. Metodologia ................................................................................................................................... 17

8. Experiência de Minas Gerais .......................................................................................................... 24

9. Dicas e Sugestões ........................................................................................................................... 26

10. Considerações Finais ...................................................................................................................... 28

11. Legislação Pertinente ..................................................................................................................... 30

12. Referencial Teórico ........................................................................................................................ 31

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1. Introdução

O Módulo Empreendedorismo do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão Para

Resultados Municipais é composto por quatro unidades:

Unidade 1: A Gestão do Processo de Mudança no Contexto do Empreendedorismo

Unidade 2: A Importância do Município na Construção do Desenvolvimento Local

Unidade 3: Ambiente e Cenários dos Pequenos Negócios

Unidade 4: A Importância da Dinâmica Participativa na Construção de Planos de Gestão

Com esta Unidade “A Importância da Dinâmica Participativa na Construção de Planos de Gestão” o

servidor público municipal encerra o Módulo Empreendedorismo do Programa Mineiro de

Empreendedorismo e Gestão Para Resultados Municipais.

Fechando o conteúdo de aprendizagem, o servidor público municipal estudará um tema que tem

sido importante no processo de desenvolvimento de Municípios e Organizações, públicas ou

privadas: a participação das pessoas na tomada de decisão, elaboração e execução de políticas

públicas (organizações públicas) e planejamentos estratégicos (organizações públicas e privadas).

Estude com atenção!

Gestão Participativa tem contribuído para gerar sólidos resultados para municípios, organizações e

gestores que a adotam.

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2. Motivação

Despertar o interesse na construção de processos participativos de gestão pública como meio para

criar ambientes favoráveis ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas nos municípios.

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3. Objetivos

A busca das pessoas pela participação ativa nas questões relacionadas à gestão pública, quer na

definição de políticas ou na cobrança por resultados mais efetivos para a sociedade, será um fator

importante na modernização do Estado brasileiro.

Seja pelo voto popular, nas eleições, ou por meio da maior organização da sociedade civil via

entidades de representação política, de classe ou de defesa de interesses dos cidadãos, a demanda

por ampliar a participação social na gestão do Estado influenciará fortemente as práticas e os

modelos de gestão adotados até aqui pela Administração Pública, tanto na esfera federal quanto nas

esferas estaduais e municipais.

A partir disso, o principal objetivo desta Unidade 4 é compreender melhor a dinâmica da Gestão

Participativa, buscando adotar seus princípios na Administração Pública.

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4. Resultados Esperados Espera-se que, ao final desta Unidade 4, os servidores públicos municipais:

Compreendam os conceitos e fundamentos básicos da gestão participativa;

Reconheçam os benefícios que ela pode trazer para o incentivo do empreendedorismo

em seu munícipio;

Identifiquem modelos de gestão participativa, adequados à realidade municipal;

Estejam motivados para adotar práticas e modelos de gestão participativa no trabalho e

no seu município.

Espera-se também que a leitura desta Unidade 4 possa inspirar o desejo pela adoção de práticas

participativas na gestão pública, principalmente no que tange à criação de ambientes favoráveis ao

desenvolvimento das micro e pequenas empresas nos municípios.

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5. Conceitos Relevantes

Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na

verdade, maior elogio que uma inovação pode receber é haver

quem diga: isto é óbvio. Por que não pensei nisso antes? (DRUCKER,

1986).

Para se estudar o conceito de Gestão Participativa é preciso antes trabalhar os conceitos de duas

palavras que o compõe: gestão e participação.

O que você, servidor público municipal, entende por gestão? Já parou para pensar nesta palavra tão

usada hoje em dia: gestão pública, gestão de projetos, gestão para resultados, logística de gestão...

São muitos os seus usos. Mas o que se quer dizer exatamente quando se fala de gestão?

No Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.11ª (FERREIRA, 2004), a palavra é um substantivo

feminino que significa:

Ato de gerir, gerência, administração.

É um conceito simples e, considerando o verbo que o inicia – gerir – tem-se o seguinte significado:

Ter gerência sobre; administrar, dirigir, reger, gerenciar.

Tomando como referência as definições acima, neste texto, gestão será trabalhada como

administrar, que, segundo Fayol (1990, p.10) é o “processo de planejar, organizar, dirigir e controlar

o uso de recursos com a finalidade de alcançar os objetivos das organizações”.

A palavra participação é o ato de participar que, por sua vez, significa:

Fazer saber; informar, anunciar, comunicar;

Ter ou tomar parte.

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Nesta Cartilha será utilizada no sentido de “parte”, fazer parte de alguma associação, tomar parte

numa determinada atividade ou negócio, ter parte, fazer diferença, contribuir para construção de um

futuro melhor para nós e para as futuras gerações. A abordagem é sempre do ponto de vista da

participação ativa e nunca passiva. Na concepção passiva, a pessoa é um mero participante, aquele

que faz parte, mas não contribui para mudanças decisivas para a sociedade.

Antes de seguir na leitura do texto e tendo como referência os conceitos descritos acima, o que o

você, servidor público municipal, entende por Gestão Participativa? Anote seu conceito.

Se você anotou algo relacionado à participação das pessoas na tomada de decisão sobre questões

que lhe afetam, está na direção correta.

A Gestão ou Administração Participativa se refere a um modelo de gestão que enfatiza a

participação dos servidores públicos, dos vários níveis hierárquicos no processo decisório, sobre

questões nas quais estarão envolvidos ou que lhes afetem diretamente, compartilhando os

méritos e as responsabilidades pelos resultados obtidos.

Nesse modelo são convidados a questionar, discutir e propor soluções para as várias situações

vividas por eles. Desde situações relacionadas ao âmbito interno da Prefeitura (processos e práticas

de trabalho) até as relações externas (relação com cidadãos e sociedade).

O princípio geral é o de que as pessoas tendem a se comprometerem com aquilo que ajudam a

construir, pois, além de ser parte do processo da construção, se beneficiam dos resultados gerados.

Assim uma Prefeitura que adota a Gestão Participativa é aquela que cria condições para ouvir seus

servidores públicos, cidadãos e sociedade, entendendo seus problemas e demandas, e buscando

construir juntos, soluções para superá-los, e melhorar o desempenho de seus projetos e ações.

De maneira mais ampla, no setor público, o modelo pode ser adotado tanto no âmbito da gestão

interna (gestão dos servidores públicos), quanto no externo (Estado e população).

No primeiro caso, basicamente reproduz as situações descritas acima. Na relação com a população,

criando condições para que os cidadãos possam opinar e deliberar diretamente sobre os destinos da

gestão do Estado e da aplicação dos recursos arrecadados para seu funcionamento.

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Neste contexto não importa se a organização é pública ou privada, mas sim, a forma como ela se

relaciona com todos que estão envolvidos com ela e, o quanto de participação se permite nessas

relações e na tomada de suas decisões.

Na Gestão Pública essa decisão deverá estar subordinada aos princípios da legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e responsabilidade fiscal, entre outros que a

embasam.

5.1 Vantagens e Desvantagens da Gestão Participativa

O modelo participativo de gestão surgiu e tem avançado na medida em a que sociedade, de modo

geral, se democratiza.

O modelo reflete a primazia da democracia como princípio de organização social e a participação

ativa das pessoas no seu fortalecimento.

Geralmente, o desenvolvimento e a adoção de modelos de Gestão Participativa expressam questões

presentes num mundo cada vez mais competitivo no âmbito privado e mais demandante de soluções

para o setor público. Algumas são:

Psicossociais: como forma de motivar os trabalhadores;

Políticas: como forma de democratizar os governos;

Sociais: como forma de conciliar a liberdade individual com a necessária integração social;

Gerenciais: como forma de melhorar a qualidade do trabalho e dos produtos gerados.

Como processo democrático, algumas das vantagens são:

Propiciar igualdade de condições na participação e distribuição equitativa de poder,

responsabilidades e benefícios;

Criação de espaços de negociação sobre os objetivos do trabalho: a qualidade, a organização

e as condições do trabalho.

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Como participação ativa, podem-se citar:

Identificação mas rápida e consistente dos problemas que afetam as organizações (públicas

ou privadas), interna e externamente;

Definição de objetivos e ações com maior assertividade e possibilidade de serem alcançados;

Maior comprometimento com o alcance dos objetivos e dos resultados desejados.

Como processo democrático, as desvantagens podem surgir como:

Uso do processo para manutenção de poder autoritário;

Manipulação de informação para manter o status dos grupos dominantes;

Morosidade na tomada de decisão;

Dificuldade na tomada de decisão com viés impopular;

Dificuldade na definição de consensos.

Como processo participativo, as desvantagens caracterizam-se por:

Passividade das pessoas envolvidas;

Falta de compromisso com as decisões tomadas;

Ausência das pessoas nos processos decisórios e na execução das ações;

Falta de clareza nos objetivos;

Ausência de benefícios que justifiquem a participação;

Resultados de longo prazo, sem ganhos de curto prazo.

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6. Gestão Participativa na Administração Pública

6.1 Gestão Participativa

A Gestão Participativa no âmbito público avança à medida que a democratização da sociedade

brasileira avança e, guardadas as proporções, do próprio Estado e sua organização política.

Enquanto prática de gestão, Modelo Participativo de Gestão deverá ser adequado às características e

às normas da Administração Pública Municipal.

Como tal, pode-se distinguir a Gestão Pública no atendimento à população e na relação com os

servidores públicos.

Como atendimento à população, os principais avanços encontram-se nos vários mecanismos

adotados para possibilitar maior participação da sociedade civil na aplicação dos recursos públicos e

na adoção e definição das políticas públicas. Como exemplo:

Audiências Públicas;

Conferências;

Conselhos Gestores;

Consórcios (de saúde, por exemplo);

Gestão Orçamentária Participativa;

Iniciativa Popular;

Orçamento Participativo;

Ouvidoria;

Plano Diretor;

Plebiscito;

Referendo.

São iniciativas adotadas pelas várias esferas de governo, em maior ou menor escala, conforme o grau

de maturidade política e relacionamento com a sociedade.

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Neste caso, são iniciativas e práticas que vão ao encontro dos princípios da Administração Pública

que caracterizam uma sociedade democrática e estão expressas no artigo 37 da Constituição Federal

de 1988:

Legalidade;

Impessoalidade;

Moralidade;

Publicidade;

Eficiência.

Com relação aos servidores públicos, a adoção do Modelo Participativo de Gestão dependerá da

crença, da experiência e da vontade dos dirigentes públicos para adotá-lo.

Para os objetivos desta Unidade seguir-se-á abordando o tema na perspectiva da criação de uma

ambiência favorável ao desenvolvimento do empreendedorismo e das micro e pequenas empresas.

Incentivo ao Empreendedorismo e às Micro e Pequenas Empresas pela Administração Pública.

Um dos problemas do mundo moderno é equacionar três temas fundamentais para o futuro da

civilização humana:

Prosperidade econômica,

Progresso social; e

Responsabilidade ambiental.

Num momento em que a população mundial cresce e os recursos naturais se tornam escassos,

encontrar formas de gerar prosperidade econômica é um grande desafio.

Desafio este que está diretamente relacionado com o Desenvolvimento Local conforme o servidor

público municipal viu nas Unidades anteriores a essa.

Para seguir nesta discussão, considera-se importante abordar dois conceitos relacionados com o

trabalho do servidor público municipal: Administração Pública e Política Pública.

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Administração Pública na concepção de José Afonso da Silva (2007, p. 655) é “o conjunto de meios

institucionais, financeiros e humanos, preordenados à execução das decisões políticas”. Essa é uma

noção simples de Administração Pública que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder

Político. Em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de que serve para atingir fins definidos. E,

em terceiro lugar, denota os seus dois aspectos: um conjunto de órgãos à serviço do Poder político, e

um conjunto de operações relacionadas às atividades administrativas.

Hely Lopes Meirelles (2006, pp. 64-65) assinala que, numa visão global, a Administração é, pois,

“todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, visando à satisfação das

necessidades coletivas. A Administração não pratica atos de governo. Pratica, tão-somente, atos de

execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e seus

agentes”.

A partir dos conceitos acima, pode-se sintetizar a Administração Pública como a gestão dos

interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos por meio do conjunto de seus

agentes, de seus órgãos e suas entidades designados para executar atividades administrativas.

Uma das formas que a Administração Pública utiliza para desempenhar suas funções são as Políticas

Públicas, que neste texto são definidas como:

Política Pública é um conjunto de ações estudada, planejada e organizada pelo governo, com ou sem a participação dos setores privado e não governamental voltada para a resolução de problemas específicos ou simplesmente para o desenvolvimento da sociedade (GUIMARÃES, 2010, p. 16).

Pelos conceitos acima, pôde-se perceber que a Administração Pública e seus agentes têm um papel

fundamental na formulação das Políticas Públicas que, por sua vez, contribuem para lidar com

problemas que a sociedade vive ou poderá viver no futuro.

Considerando a questão do Desenvolvimento Local e da Prosperidade Econômica reflita sobre:

Qual é o principal agente do desenvolvimento local e da prosperidade econômica?

Quais questões o servidor público municipal percebe em seu munícipio hoje que carecem de uma

política pública – no âmbito municipal – adequada para lidar com elas?

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O principal é o empreendedor. Por meio de suas empresas eles (os empreendedores) produzem bens

e serviços que irão satisfazer as necessidades dos consumidores. Nesse processo, as empresas criam

riquezas. Essa riqueza é distribuída não só para os empresários, como também para seus

empregados, fornecedores, Estado e sociedade em geral.

Cabe ao Estado, por meio de seus agentes, criar condições e estímulos próprios ao investimento,

incentivando o surgimento, o crescimento e a sobrevivência das empresas.

Com Políticas Públicas adequadas para promover o setor empresarial, a Administração Pública pode

contribuir para a geração de riqueza, de trabalho e de renda no munícipio.

Com elas a Prefeitura e seus servidores públicos podem ser proativos na construção de um ambiente

que seja favorável ao sucesso dos empresários já instalados nos municípios, ou para aqueles que

querem abrir novos negócios.

Podem ainda tornar o município mais atrativo para empresários de outras localidades que buscam

condições favoráveis para expandir seus negócios.

Como exemplo, pode-se citar a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas

(regulamentação no âmbito municipal da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de

2006) e a efetiva aplicação de suas diretrizes no âmbito municipal.

Ela é a principal lei destinada ao incentivo dos pequenos negócios no Brasil e por meio dela pode-se,

por exemplo:

Desburocratizar o processo de abertura, funcionamento e fechamento de empresas;

Priorizar as micro e pequenas empresas nas compras governamentais;

Reduzir a informalidade dos empreendedores municipais.

É inconcebível hoje que um município permita que oportunidades econômicas surjam ao acaso. É

determinante para o sucesso futuro agir de forma local para propiciar condições adequadas para o

desenvolvimento do empreendedorismo e das micro e pequenas empresas.

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Neste contexto, a adoção de Modelos de Gestão Participativa pode ser uma importante ferramenta

para mobilizar a sociedade empresarial da cidade e identificar lacunas que impeçam seu

desenvolvimento, bem como as possíveis soluções para saná-las.

6.2 Gestão Participativa na Formulação de Políticas Públicas para o Desenvolvimento do

Empreendedorismo e das Micro e Pequenas Empresas

Viu-se anteriormente que a Gestão Participativa está relacionada à participação ativa das pessoas na

identificação e solução de problemas que impeçam o desenvolvimento de uma organização.

Está inserida no processo de democratização da sociedade moderna e busca o maior

comprometimento das pessoas com os objetivos a serem alcançados pelas organizações, na medida

em que possibilita a descentralização do poder e dos meios para se obter os resultados desejados.

Em síntese, considera-se que as melhores pessoas para resolver determinado problema são aquelas

envolvidas diretamente com suas consequências.

Desta forma, o Desenvolvimento Local não se faz pela Administração Pública sozinha, nem por

qualquer outro agente da sociedade isoladamente.

Portanto, se a prosperidade econômica, o progresso social e a responsabilidade ambiental estão

relacionados com o universo empresarial e impactam diretamente a vida nos municípios, uma boa

forma de lidar com a questão é envolver os empresários nessa discussão. Um bom começo é utilizar

processos participativos de gestão.

Observe que enquanto parte da Administração Pública, o servidor público municipal tem sua

competência estabelecida por seu cargo, portanto, não pode gerenciar questões fora da esfera da

Administração Pública, mas pode sim, promover a formulação e execução de políticas públicas com

ou sem a participação de agentes da iniciativa privada e do Terceiro Setor.

Considerando as possibilidades e limites de processos participativos de gestão, pondere que os

benefícios de envolver as várias pessoas e entidades ligadas ao universo empresarial pode ser um

excelente começo para mobilizar seu município em prol do Desenvolvimento Local.

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7. Metodologia A seguir, sugere-se um roteiro que pode orientá-lo na estruturação de um processo participativo

para gestão do desenvolvimento das micro e pequenas empresas em seu município.

Começando o Processo:

1) Sensibilizar a Chefia Imediata

Caso servidor público municipal não seja a pessoa com o poder instituído para levar a proposta

adiante, vai precisar antes de tudo, convencer a chefia imediata para torná-lo seu aliado;

Levante o máximo de informações que puder sobre o tema desenvolvimento local,

empreendedorismo e valorização das micro e pequenas empresas do município. Relembre os

sites e fontes de pesquisa indicados na Unidade 2 deste Módulo;

Identifique casos de municípios com perfil parecido com a sua cidade, que estejam conseguindo

resultados exitosos no tema. Procure descobrir o que fizeram;

Construa uma linha lógica de raciocínio e argumentação que lhe permita demonstrar que investir

na criação de um ambiente favorável às micro e pequenas empresas é um grande negócio;

Faça o mesmo exercício, mesmo que não precise convencer nenhuma chefia superior para levar

a proposta adiante. Lembre-se que o servidor público municipal sempre precisará influenciar

outras pessoas em relação ao tema de trabalho, além de precisar de informações consistentes e

subsidiadas sobre a realidade do município em que trabalha.

2) Organizar uma Equipe de Trabalho

Se o trabalho será participativo um bom começo é identificar pessoas da própria Prefeitura para

desenvolvê-lo;

Pode ser um outro servidor público do mesmo setor ou não. O importante é que tenha afinidade

com a proposta e disponibilidade de tempo para trabalhar junto na viabilização do processo;

Procure envolver as principais lideranças da Prefeitura em torno da proposta. Serão eles que

deverão ser primeiramente convencidos do projeto proposto.

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3) Formular Questões Mobilizadoras

Nessa etapa, é importante formular questões para serem trabalhadas e que sejam mobilizadoras

da vontade das pessoas em participar. Não se preocupe em respondê-las como propostas a

serem apresentadas, mas, como elementos para subsidiar os próximos passos. Por exemplo:

o O que se pode fazer no munícipio para gerar prosperidade econômica e possibilitar um

futuro melhor para todos que aqui residem?

o Como criar condições locais para promover o desenvolvimento das micro e pequenas

empresas e do Empreendedorismo na cidade, gerando riqueza, emprego e renda?

Lembre-se, o exercício não é obter as respostas, mas encontrar questões que mobilizem as

pessoas para trabalhar em prol do projeto.

4) Identificar Quem Pode Respondê-las

Formuladas as questões, o próximo passo é identificar as pessoas e os representantes de

instituições que se beneficiariam diretamente dos resultados que as respostas às perguntas

gerassem.

Suponha que parte das respostas seja:

o Desburocratizar a abertura de empresas;

o Desonerar as taxas cobradas;

o Identificar oportunidades de negócios;

o Atrair empresas de outros municípios ou estados;

o Capacitar profissionais;

o Formular Política Pública para fomentar o desenvolvimento das micro e pequenas

empresas.

Quais pessoas, organizações, se beneficiariam com essas soluções?

Faça uma lista com seus nomes, as entidades que representam, formas e meios de entrar em

contato com eles;

Preocupe-se em formular uma lista com pessoas que de fato possam contribuir. Nessa fase a

quantidade de pessoas não é importante, mas a relevância delas com o tema e a força que têm

para ajudar a viabilizar a proposta.

Considere pessoas de variados campos políticos. Essa questão é sempre delicada, mas a

experiência tem demonstrado que os municípios em que seus líderes conseguem superar

divergências políticas, construindo consensos em torno de ideias que promovam o

desenvolvimento municipal têm obtido melhores resultados.

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5) Convidar as Pessoas

Identificadas as pessoas e as organizações, discuta com a equipe a melhor maneira para abordá-

las e convencê-las a participar de um encontro para apresentação das propostas.

Pense no que vai apresentar e nos argumentos que poderiam funcionar com cada pessoa que

pretende convidar.

o Para alguns pode ser o ganho financeiro;

o Para outros a proteção do próprio mercado local frente a concorrentes externos;

o O futuro dos filhos;

o Novas oportunidades de negócios;

o Evitar migração por falta de oportunidades de trabalho;

o Aumentar arrecadação.

Procure argumentos tecnicamente adequados para cada pessoa que for convidar;

Considere que o servidor público municipal proponente do projeto está “vendendo” uma ideia,

uma proposta. O quê levaria determinada pessoa a comprá-la?

Procure concluir a visita com algum tipo de adesão, pode ser a confirmação que participará do

encontro de apresentação, o compromisso de participar em outras visitas a outras pessoas, por

exemplo;

Pergunte sobre qual dia da semana e horário é o mais adequado para que ele participe do

encontro;

Informe que receberá posteriormente um convite formal, confirmando a realização do

encontro, dia, horário e local;

Mantenha cada pessoa que convidou informada sobre novas adesões, pois isso ajuda a percepção de que a ideia está sendo aceita pelas pessoas.

6) Escolher o Local do Encontro

Definidas e confirmadas as pessoas e as organizações, escolha um local adequado para realizar o

encontro;

Deve ser compatível com o número de convidados:

o Nem muito pequeno para que as pessoas fiquem desconfortáveis e não consigam

ficar o tempo necessário para concluir o trabalho;

o Nem muito grande, dando a sensação de vazio e propiciando dispersão.

Certifique-se de que o acesso é fácil e do conhecimento de todos;

Certifique-se de que tenha iluminação adequada e condições para fazer projeção de slide, caso o

servidor público municipal opte por utilizar.

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7) Definir a Data e o Horário

A escolha da data é outro momento muito importante, pois ela deverá permitir que o maior

número de pessoas convidadas participem;

Escolha a data e o horário que o maior número de convidados demonstrou disponibilidade;

Evite datas próximas a feriados prolongados, que coincidam com outros eventos importantes do

município e da vizinhança;

Evite dias e horários que coincidam com jogos de futebol, final de novelas e outros programas

que os convidados possam apreciar.

8) Preparar o Encontro

O primeiro encontro é determinante para o sucesso do trabalho.

Pense nele como uma partida importante de futebol, na qual o time precisa vencer de qualquer

forma.

Prepare uma apresentação que lhe permita demonstrar a pertinência dos argumentos e a

necessidade de todos para conseguir realizar as ações propostas;

O projeto deve conter informações tecnicamente embasadas;

Relacionar a situação presente com a situação futura;

Demonstrar a necessidade e a urgência de fazer algo para promover o fortalecimento das

empresas locais e a criação de ambiência favorável ao desenvolvimento;

Apresentar exemplos de munícipios que adotaram caminho semelhante e que estejam numa

boa situação;

Apresentar que tipo de participação se espera de cada participante;

Passos seguinte ao encontro;

Garanta que as lideranças da Prefeitura que considerou importante para aprovação da proposta

estejam presentes.

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9) Realizar o Encontro

Verifique se todos os equipamentos estejam funcionando perfeitamente;

Evite atrasos desnecessários;

Seja objetivo e claro nas falas;

Desenvolva sua argumentação de forma lógica, demonstrando os argumentos baseados na

realidade do município;

Esteja preparado para esclarecer dúvidas e defender a pertinência dos argumentos;

Conclua com a proposta de trabalhar juntos para chegar ao resultado possível que o servidor

público municipal demonstrou;

Feche por consenso data para o próximo encontro.

10) Criar Compreensão Coletiva sobre a Situação

De modo geral, os processos participativos se iniciam com a compreensão coletiva pelos

participantes sobre as questões que se quer trabalhar. Desta compreensão:

Nasce a orientação para o diagnóstico que irá apontar as causas e efeitos do tema a serem

trabalhados;

Formula-se o planejamento para lidar com as causas e efeitos diagnosticados e, constitui-se um

conselho gestor para acompanhar, viabilizar e avaliar sua execução.

Essa etapa normalmente é realizada em formato de oficinas.

Objetivo: Que as pessoas compreendam o contexto da proposta, o cenário atual e as

tendências do que pode ocorrer caso providências sejam ou não tomadas.

Participantes: As pessoas que no encontro de apresentação aceitaram participar do

trabalho;

Providências: Dados técnicos da realidade do município relacionados com os temas

desenvolvimento local, empreendedorismos e micro e pequenas empresas;

Local adequado para realização do encontro;

Pessoa responsável por moderar o encontro;

Pessoa responsável por todos os registros;

Desdobramentos: Definição do formato da continuidade dos trabalhos;

Definição da próxima agenda;

Definição das providências necessárias para a próxima etapa.

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11) Diagnóstico Participativo

Objetivo: Identificar as causas e efeitos da situação atual do município no tocante ao tema do

trabalho;

Estabelecer as correlações entre eles;

Explicá-los e identificar seus impactos (positivos ou negativos) no futuro do

município;

Participantes: As pessoas que no encontro anterior se comprometeram com a continuidade

do trabalho;

Providências: Dados técnicos da realidade do município relacionados com os temas

desenvolvimento local, empreendedorismos e micro e pequenas empresas;

Local adequado para realização do encontro;

Pessoa responsável por moderar o encontro;

Pessoa responsável por todos os registros do encontro;

Desdobramentos: Definição do formato da continuidade dos trabalhos;

Definição da próxima agenda;

Definição das providências necessárias para a próxima etapa.

12) Planejamento Participativo

Objetivo: Elaborar plano de trabalho para aproveitar as oportunidades identificadas no

diagnóstico, bem como sanar as limitações diagnosticadas;

Elaborar plano viável de ser realizado e compatível com a capacidade de realização

das pessoas que compõem o grupo.

Participantes: As pessoas que no encontro anterior se comprometeram com a continuidade

do trabalho;

Providências: O diagnóstico elaborado na etapa anterior;

Local adequado para realização do encontro;

Pessoa responsável por moderar o encontro;

Pessoa responsável por todos os registros do encontro;

Desdobramentos: Definição do formato da continuidade dos trabalhos;

Definição da próxima agenda;

Definição das providências necessárias para a próxima etapa.

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13) Formação de Conselho Gestor

Objetivo: Formalizar a instância de gestão do Plano de Trabalho elaborado anteriormente;

Suas atribuições e responsabilidades;

Modelo de gestão e meios para gerenciar o plano, sua execução e avaliação dos

resultados.

Participantes: As pessoas que no encontro anterior se comprometeram com a continuidade

do trabalho;

Providências: Plano de Trabalho elaborado;

Local adequado para realização do encontro;

Pessoa responsável por moderar o encontro;

Pessoa responsável por todos os registros do encontro.

Desdobramentos: Definição do formato da continuidade dos trabalhos;

Definição da próxima agenda;

Definição das providências necessárias para a próxima etapa.

14) Execução do Plano Elaborado

Objetivo: Executar as ações definidas no Plano anteriormente elaborado;

Identificar e corrigir gargalos identificados na sua execução

Participantes: As pessoas que no encontro anterior se comprometeram com a continuidade

do trabalho;

Providências: Estabelecer as parcerias necessárias;

Viabilizar os recursos presumidos;

Executar as ações previstas;

Desdobramentos: Monitoramento e avaliação dos resultados obtidos;

Correção de rumos quando necessário;

Comemoração dos resultados alcançados.

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8. Experiência de Minas Gerais

Existem inúmeras experiências bem sucedidas de projetos que envolveram processos participativos

para sua elaboração e execução, em Minas Gerais como no restante do país.

Como exemplo, um caso sobre desburocratização para criar ambiente mais favorável às Micro e

Pequenas Empresas implantado na cidade de Betim:

Desburocratização – Betim, Minas Gerais Objetivo:Modernizar a Administração Pública.

Possibilitar a construção de um ambiente público adequado ao ambiente dos negócios e dos

investimentos privados;

Diminuir o prazo de liberação do Alvará de Localização e Funcionamento de mais de 90 dias

para até 10 dias úteis;

Aumentar o interesse de regularização de empresas no município.

Ficou curioso para conhecer como fizeram?

Acesse o link para conhecer o caso de sucesso da Prefeitura de Betim (CNM, 2013).

<http://www.portaldodesenvolvimento.org.br/detalhes-do-projeto/?chave=6767F4DBD6CC2F338325765F003ADA3D&sequencia=2&mix=6767F4DBD6CC2F338325765F003ADA3D02> Este link o levará ao Portal do Desenvolvimento. Parceria entre a Confederação Nacional dos

Municípios – CNM, Frente Nacional de Prefeitos – FNP e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas – SEBRAE.

Este portal reúne diversas informações de interesse dos servidores públicos municipais e das micro e

pequenas empresas.

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Vale a pena visitar. Nele, o servidor público municipal encontrará o caso de Betim e inúmeros outros

de todo país. Um deles certamente o inspirará a fazer o mesmo em sua cidade (CNM, 2013).

Exemplos de boas práticas de aplicação da Lei Complementar Federal nº 123/2006, inclusive as

experiências construídas em Uberlândia e Taquaritinga, o servidor público municipal poderá

encontrar no livro Boas Práticas Municipais na Aplicação da Lei Geral (CNM, 2012). Acesse-o pelo

link:

<http://www.portaldodesenvolvimento.org.br/boas-praticas-municipais-na-aplicacao-da-lei-geral/>.

O roteiro sugerido no item 7, Metodologia, desta Cartilha é um bom caminho para inicia-los.

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9. Dicas e Sugestões

Caso decida por implantar processos participativos de gestão será importante considerar:

1. Cuide para que as Expectativas sejam Atendidas.

Processos participativos de gestão implicam que as pessoas serão ouvidas nos seus anseios e

necessidades, bem como na proposição de ideias e de soluções para problemas que enfrentam.

Além de criar canais fluidos para que essas manifestações ocorram, será importante estar preparado

para lidar com elas. Quer seja para encaminhá-las de forma a transformar as situações ou concretizar

as ideias, quer seja para concluir que não são possíveis de serem atendidas ou viabilizadas no

momento.

O importante é que as pessoas tenham respostas claras e objetivas sobre o que irá acontecer.

Observe os objetivos, o trabalho de cada um, e as formas de compartilhar os resultados obtidos de

modo que estejam claros desde o início do projeto.

Expectativas frustradas são elementos danosos para o sucesso de processos participativos.

2. Estabeleça Processo de Governança que Funcione

Será fundamental definir os responsáveis por cada etapa do processo, com autonomia e poder de

decisão para executar as ações necessárias ao bom andamento do trabalho.

Defina a forma como as decisões serão tomadas e como os resultados serão controlados. Observe

para que haja canais efetivos de comunicação e para que as informações circulem adequadamente

entre todos os participantes.

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Mantenha atas e registros formais das reuniões, principalmente das decisões e responsabilidades

atribuídas.

3. Esteja Atento para as Diferenças Culturais, de Pensamentos e Crenças entre os Participantes.

A dificuldade em compatibilizar essas diferenças são mais significativas do que elas em si mesmas.

Elas podem dificultar a tomada de decisão e a capacidade de agir conjuntamente dos participantes.

Estabeleça regras claras sobre a participação de cada pessoa e o que se espera que seja feito.

Mantenha sempre a perspectiva do diálogo em evidência e cuide para que os conflitos que surgirem

sejam superados.

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10. Considerações Finais

A Gestão Participativa pressupõe a participação ativa das pessoas que podem beneficiar-se do

processo que está sendo desenvolvido.

Como tudo que envolve participação, a confiança é essencial entre as pessoas e as instituições que

dele participam, podendo ser considerado como um de seus alicerces.

Buscar garantir que os acordos firmados nesse processo sejam cumpridos é fundamental para

manter a coerência e adesão ao trabalho.

As etapas sugeridas não estão descritas em termos de quantidade de encontros ou carga horária,

pois estas irão depender da realidade de cada município e da complexidade neles encontradas.

É importante destacar que para ser bem sucedido precisará de ritmo e frequência adequados de

trabalho. Grandes intervalos de tempo entre um encontro e outro tendem a desmobilizar as pessoas.

O ideal é que não ultrapassem quinze dias de intervalo entre eles.

Será fundamental que se defina o responsável pela coordenação dos trabalhos até que se tenha uma

instância de gestão definida. Ele deverá trabalhar para manter o grupo mobilizado, de modo que as

tarefas delegadas sejam cumpridas e os objetivos do trabalho alcançados.

A comunicação permanente e objetiva entre os participantes contribui para manter a adesão e a

articulação do grupo. Criar e manter um canal de comunicação fluido e focado nos objetivos do

trabalho ajudará a manter a coesão do grupo.

Garantir que prevaleça o compromisso com o futuro do município, o fortalecimento do

empreendedorismo e das micro e pequenas empresas, e não interesses de grupos políticos, será vital

para o sucesso do trabalho.

O desenvolvimento local de qualquer munícipio passa pelo fortalecimento dos pequenos negócios, e

o desenvolvimento do empreendedorismo passa nos âmbitos público e privado.

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É uma tarefa permanente e que não se realiza por agentes públicos e/ou privados trabalhando

isoladamente.

Ele é resultado de um consenso social e político que deve expressar os anseios do município com seu

futuro.

Garantir o bem estar das gerações futuras é responsabilidade de toda liderança local comprometida

com a coletividade e a construção de uma sociedade que busca prosperidade econômica, progresso

social e responsabilidade ambiental.

A participação social e política fortalece esse processo e cria uma dinâmica saudável de mobilização

das forças locais para superar sua realidade presente.

É um exercício de cidadania e uma forma inteligente de otimizar recursos e alcançar resultados que

de forma isolada ou concentrada, simplesmente perpetua um modelo ultrapassado de organização

social.

A gestão participativa, antes de ser um modelo ou técnica, é a crença de que juntas, de forma ativa,

as pessoas podem mais do que quando estão sozinhas. É a crença de que só compartilhando decisões

e responsabilidades se consegue a efetiva participação de todos na construção de um mundo de

todos e para todos.

Como dizia Betinho1: "Só a participação cidadã é capaz de mudar o país" (SOUZA, 2010).

Só ela é capaz de superar os enormes desafios econômicos, sociais e ambientais que o futuro nos

reserva.

1 Alcunha de Herbert José de Souza, sociólogo brasileiro e ativista dos direitos dos direitos humanos (SOUZA,

2010)

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11. Legislação Pertinente BRASIL. Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e nº 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm>.

_________. Lei Complementar Federal nº 128, de 19 de dezembro de 2008. Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nº 8.213, de 24 de julho de 1991, nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, nº 8.029, de 12 de abril de 1990, e dá outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm>.

MINAS GERAIS. Lei Delegada Estadual nº 112, de 25 de janeiro de 2007. Dispõe sobre a organização e a estrutura da administração pública do poder executivo do estado e dá outras providências. Disponível em: <http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=LDL&num=112&comp=&ano=2007>.

_________. Decreto Estadual nº 45.579, de 28 de março de 2011. Regulamenta o processo de pré-qualificação para provimento dos cargos em comissão de recrutamento amplo de empreendedor público. Disponível em: <http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=DEC&num=45579&comp=&ano=2011>.

_________. Decreto Estadual nº 44.490, de 21 de março de 2007. Regulamenta o processo de pré-qualificação para provimento dos cargos em comissão de recrutamento amplo de empreendedor público. Disponível em: <http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=DEC&num=44490&comp=&ano=2007>.

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12. Referencial Teórico CNM, Confederação Nacional dos Municípios; SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Boas Práticas Municipais na Aplicação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas da Lei Geral. Edição de janeiro de 2012. Disponível em: <http://www.portaldodesenvolvimento.org.br/boas-praticas-municipais-na-aplicacao-da-lei-geral/>. Acessado em: 16 mar. 2013.

_________. SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. caso de sucesso da Prefeitura de Betim, Minas Gerais. 2013. Disponível em: <http://www.portaldodesenvolvimento.org.br/detalhes-do-projeto/?chave=6767F4DBD6CC2F338325765F003ADA3D&sequencia=2&mix=6767F4DBD6CC2F338325765F003ADA3D02>. Acessado em: 16 mar. 2013.

DRUCKER, Peter. Inovação e Espírito Empreendedor – Entrepeneurship, Brasil, Thonson/Pioneira, 1986.

FAYOL, Henry. Administração Industrial e Geral: previsão, organização, comando, coordenação e controle, 10.ed. São Paulo: Atlas, 1990

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.11ª. Curitiba: Positivo Informática Ltda, 2004.

GUIMARÃES, Flávio Barcellos. Guia de Políticas Pública para o Desenvolvimento Municipal. Belo Horizonte: SEBRAE MG, 2010.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32.ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

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SOUZA, Herbert José de (Betinho). Democracia serve para todos ou não serve para nada. Gazeta do Povo. Publicado em 10 de agosto de 2010. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/blog/girosustentavel/?id=1034218>. Acessado em: 10 fev. 2013.

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Referencial Teórico Complementar

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