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GO SECR UFPR – PROGRAMA D NÚCLEO DE COLÉGIO ESTA PROFE São José dos Pinhais 2008 OVERNO DO ESTADO DO PARANÁ RETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL P E EDUCAÇÃO ÁREA METROPOLITANA SUL ADUAL COSTA VIANA - SÃO JOSÉ DOS PINH ESSOR IRINEU TEIXEIRA DE OLIVEIRA PDE L HAIS

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UFPR – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ÁREA METROPOLITANA SULCOLÉGIO ESTADUAL COSTA VIANA

PROFESSOR IRINEU TEIXEIRA DE OLIVEIRA

São José dos Pinhais

2008

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ÁREA METROPOLITANA SULCOLÉGIO ESTADUAL COSTA VIANA - SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

PROFESSOR IRINEU TEIXEIRA DE OLIVEIRA

PDE NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ÁREA METROPOLITANA SUL

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

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Irineu Teixeira de Oliveira

APRENDENDO A MARCHA ATLÉTICA

São José dos Pinhais

2008

Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, apresentado como atividade do Plano de Formação Continuada do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2008, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. IES: UFPR - Universidade Federal do Paraná Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz Carlos dos Santos

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SUMÁRIO 1 – Introdução........................................................................... 03 2 – História................................................................................ 04 3 – Regras.................................................................................. 05 4 – Metodologia......................................................................... 07 4.1 – Aulas práticas com processos pedagógicos globais......... 08 4.2 – Aulas práticas com processos pedagógicos parciais

e mistos............................................................................. 09

4.3 – Atividades em sala de aula................................................. 11

5 – Considerações finais............................................................ 12

6 – Sugestões de leitura e pesquisa............................................ 13

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1 – INTRODUÇÃO

A utilização da marcha atlética dentro do planejamento do atletismo escolar é parte do tema esporte nos conteúdos estruturantes da educação física, sendo um dos meios para auxiliar o desenvolvimento da cultura corporal dos nossos alunos. A simplicidade e naturalidade dos movimentos das provas de atletismo tornam a ação metodológica da pratica de ensino muito fácil de ser conduzida, principalmente nas séries iniciais do ensino fundamental, onde as crianças estão passando por diversas fases sensíveis do desenvolvimento motor. Este trabalho propõe atividades a serem aplicadas nas 5ª séries, objetivando explorar as experiências de movimentos e favorecermos o desenvolvimento das capacidades motoras dos nossos alunos.

Marcha Atlética: Caminhada ou corrida? A marcha atlética é uma das provas do atletismo criada a

partir dos gestos mais básicos do ser humano que são caminhar e correr, caracterizados por serem esforços sem auxílio de nenhum meio mecânico. Caminhar e correr são desenvolvidos a partir de um sistema de aprendizagem motora complexa pela criança, até se tornarem gestos muito simples do dia-a-dia. A complexidade da marcha atlética esta na forma que os movimentos têm de ser realizados para que estejam dentro das regras do atletismo, o que cria certo “rebolado” durante o deslocamento. A diferença entre caminhar e correr esta na forma da ação de deslocamento que realizamos, quando caminhamos nunca perdemos o contato com o solo, pois só retiramos o pé anterior do solo quando o pé posterior realiza o apoio. A corrida é uma sucessão de saltos, que tem uma fase aérea, onde não há nenhum contato com o solo. Na caminhada temos um momento de duplo apoio, ou seja, por um instante durante as passadas os dois pés estão em contato com o solo ao mesmo tempo, na corrida esse momento não acontece. Podemos considerar que a marcha atlética seja uma forma competitiva da caminhada, normatizada por regras para que os praticantes não cheguem a correr durante a sua pratica, mantendo assim as mesmas formas de contato com o solo como na caminhada.

Foto: Irineu T. de Oliveira - 2007

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A marcha atlética foi criada na Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, período em que

caminhantes cobriam longas distâncias. Na forma competitiva como temos hoje se considera que foi o americano Edward Payson Wetson, o criador, já que o mesmo durante grande parte de sua vida atravessou a America do Norte marchando. Em 1908 passou a ser uma prova olímpica do atletismo, porém nas distâncias de 1500 m e 3000 m. Por ser muito criticada, sua realização foi cancela nas olimpíadas seguintes, voltando aos jogos em 1928. Somente em 1956, a prova passou a ter as atuais distâncias, 20 e 50 km.

A modalidade foi trazida para o Brasil em 1936, por José Carlos Daudt e Túlio de Rose, que assistiram a marcha nos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1937 foi realizada em Porto Alegre, a primeira disputa, da qual o vencedor foi Carmindo Klein.

2 - HISTÓRIA

O competidor desta prova tem que possuir uma grande capacidade de resistência aeróbica, muita flexibilidade, principalmente nos quadris, muita coordenação e um bom nível de velocidade específica, além de muita força de vontade, pois as competições e treinamentos devem ser muito volumosos e intensos. Para aquelas pessoas que praticam sem interesse competitivo, a marcha atlética é muito interessante, já que tem uma intensidade maior que uma caminhada normal, principalmente pela movimentação acentuada de braços, quadris e pernas, pela velocidade do deslocamento, e pela ausência do impacto que acontece durante a corrida, tornado seus movimentos depois de aprendidos muito suaves o que diminui o risco de muitas lesões, além de favorecer uma queima de calorias maior do que nas caminhas tradicionais. Sendo praticada por grandes distâncias e longo tempo de duração, favorecem um aumento da capacidade cardiopulmonar do praticante. Sua aplicação dentro das aulas de educação física desperta muito a atenção dos alunos e torna a aula muito alegre e divertida.

Fonte: http://ch3094.k12.sd.us/images/EvolutionOfRaceWalkingLarge.jpg

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No Brasil, a marcha atlética é praticada apenas por atletas de competição, o sul do país responde pela maioria destes atletas, principalmente o estado de Santa Catarina, nos últimos vem ocorrendo um crescimento no número de atletas competições nacionais, de estados comoPernambuco.

Atualmente a marcha os países com maior destaque são os europeus, a Rússia é a maior potência, seguido de Espanha, Portugal e Itália. Na Ásia, a China e o Japão se destacam, na Oceania a Austrália tem os melhores atletas,maior número de praticantes,nível mundial, são o México, o Equador, a Colômbia, a Bolívia e o Brasil, Estados Unidos além de atletas, tem muitos praticantes de todo as utilizam como atividade física diária.

3 - REGRAS

CONHECENDO AS REGRAS

Segundo o regulamento do atletismo da IAAF, Associação Internacional das Federações de Atletismo, regra 230, a marcha atlética é uma progressão de passos, executados de tal modo que o podendo ocorrer (a olho nu) a perda do contato com o mesmo. A perna que avança deve estar reta (ou seja, não flexionada no joelho) desde o momento do primeiro contato com o solo, até a posição ereta vertical.

Fonte: http://www.coachr.org/correct_race_walking_technique_and_judging.htm

No Brasil, a marcha atlética é praticada apenas por atletas de competição, o sul pela maioria destes atletas, principalmente o estado de Santa

ocorrendo um crescimento no número de atletas estados como, Paraná, Distrito Federal, São Paulo e

Atualmente a marcha atlética é muito praticada em todos os continentes, os países com maior destaque são os europeus, a Rússia é a maior potência, seguido de Espanha, Portugal e Itália. Na Ásia, a China e o Japão se destacam, na

strália tem os melhores atletas, na África, os países do norte temaior número de praticantes, na America, os países com melhores resultados a nível mundial, são o México, o Equador, a Colômbia, a Bolívia e o Brasil,

além de atletas, tem muitos praticantes de todo as idades, que a utilizam como atividade física diária.

Segundo o regulamento do atletismo da IAAF, Associação Internacional das

Federações de Atletismo, regra 230, a marcha atlética é uma progressão de passos, executados de tal modo que o atleta mantenha um contato contínuo com o solo, não podendo ocorrer (a olho nu) a perda do contato com o mesmo. A perna que avança deve estar reta (ou seja, não flexionada no joelho) desde o momento do primeiro contato com o

.

Técnica correta

http://www.coachr.org/correct_race_walking_technique_and_judging.htm

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No Brasil, a marcha atlética é praticada apenas por atletas de competição, o sul pela maioria destes atletas, principalmente o estado de Santa

ocorrendo um crescimento no número de atletas nas Distrito Federal, São Paulo e

atlética é muito praticada em todos os continentes, os países com maior destaque são os europeus, a Rússia é a maior potência, seguido de Espanha, Portugal e Itália. Na Ásia, a China e o Japão se destacam, na

África, os países do norte tem o a America, os países com melhores resultados a

nível mundial, são o México, o Equador, a Colômbia, a Bolívia e o Brasil, os idades, que a

Segundo o regulamento do atletismo da IAAF, Associação Internacional das Federações de Atletismo, regra 230, a marcha atlética é uma progressão de passos,

atleta mantenha um contato contínuo com o solo, não podendo ocorrer (a olho nu) a perda do contato com o mesmo. A perna que avança deve estar reta (ou seja, não flexionada no joelho) desde o momento do primeiro contato com o

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Os árbitros indicados para a prova de

marcha devem eleger um árbitro chefe, se um não tiver sido indicado previamente. Todos os árbitros devem agir individualmente e seus julgamentos devem ser baseados em observaçfeitas a olho nu. Para provas de rua, deve haver normalmente um mínimo de seis e um máximo de nove árbitros incluindo o árbitro chefe.

Para provas de pista, deve haver normalmente seis árbitros incluindo o árbitro chefe.

Os atletas deverão ser avisadde progressão, estejam prestes a infringir as regras acima, mostrando para os mesmos uma placa amarela, com o símbolo da irregularidade cometida, em ambos os lados. Quando um Árbitro observa um atleta cometendo

Perda de contato (Flutuação)

Falta de bloqueio (Joelho flexionado)

Fonte: http://www.coachr.org/correct_race_walking_technique_and_judging.htm

Fonte: http://www.coachr.org/correct_race_walking_technique_and_judging.htm

Os árbitros indicados para a prova de marcha devem eleger um árbitro chefe, se um não tiver sido indicado previamente. Todos os árbitros devem agir individualmente e seus julgamentos devem ser baseados em observações feitas a olho nu. Para provas de rua, deve haver normalmente um mínimo de seis e um máximo de nove árbitros incluindo o árbitro chefe.

Para provas de pista, deve haver normalmente seis árbitros incluindo o

Os atletas deverão ser avisados pelos árbitros, quando, devido ao seu modo de progressão, estejam prestes a infringir as regras acima, mostrando para os mesmos uma placa amarela, com o símbolo da irregularidade cometida, em ambos os lados. Quando um Árbitro observa um atleta cometendo falta por exibição

Perda de contato (Flutuação)

Falta de bloqueio (Joelho flexionado)

http://www.coachr.org/correct_race_walking_technique_and_judging.htm

http://www.coachr.org/correct_race_walking_technique_and_judging.htm

Fonte: http://nacac-rw.org/home/images/img_06.jpg

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Para provas de pista, deve haver normalmente seis árbitros incluindo o

quando, devido ao seu modo de progressão, estejam prestes a infringir as regras acima, mostrando para os mesmos uma placa amarela, com o símbolo da irregularidade cometida, em ambos

falta por exibição

rw.org/home/images/img_06.jpg

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visível da perda do contato com o solo ou a dobra do joelho durante qualquer parte da competição, ele então enviará um cartão vermelho ao árbitro chefe. Quando três cartões vermelhos de três árbitros diferentes são enviadoserá desqualificado e informado de sua desqualificação pelo árbitro chefe ou seu assistente mostrando-lhe uma

As competições são realizadas em pistas oficiais de atletismo ou em percursos de rua que deverão ter no mínprovas em que a saída e a chegada sejam em estádio, o circuito deve estar localizado o mais próximo possí

4 – METODOLOGIA

Esta modalidade é caracterizada

pela especificidade de suas provas, mas todas elas são derivadas dos gestos motores básicos do ser humano, o que facilita iniciar a aprendizagem com a utilização do método global, de forma lúdica, na seqüência o método parcial servirá para o desenvolvimento do gesto específico, a partir daí as atividades poderão ser planejadas também dentro do método misto para favorecer o domínio dos fundamentos. Os pedagógicos deverão partir dos movimentos gerais para os específicos aproveitando as experiências e naturalidade de movimentos dos alunos.

Para a largada da prova é usada a voz de comanda para as saídas altas, “

marcas”, em seguida um árbitro da um tiro de partida, a partir do qual os atletas iniciarão a prova e o tempo começa a ser cronometrado.

Durante o percurso será oferecido aos atletas em postos estabelecido pela competição, água, alimentos, energéticos e isotônicos.

As distâncias olímpicas das provas são 20 km e 50 km para homens e 20 km para mulheres. Para crianças e jovens as provas serão de 1 km, 5 km e 10 km de acordo com a categoria em que se enquadrem.

visível da perda do contato com o solo ou a dobra do joelho durante qualquer parte da competição, ele então enviará um cartão vermelho ao árbitro chefe. Quando três

árbitros diferentes são enviados ao árbitro chefe, o atleta será desqualificado e informado de sua desqualificação pelo árbitro chefe ou seu

lhe uma plaqueta vermelha. As competições são realizadas em pistas oficiais de atletismo ou em

percursos de rua que deverão ter no mínimo 1 km e no máximo 2,5 km. Para provas em que a saída e a chegada sejam em estádio, o circuito deve estar localizado o mais próximo possível deste estádio.

METODOLOGIA

Esta modalidade é caracterizada pela especificidade de suas provas, mas todas elas são derivadas dos gestos motores básicos do ser humano, o que facilita iniciar a aprendizagem com a utilização do método global, de forma

ncia o método parcial servirá para o desenvolvimento do gesto específico, a partir daí as atividades poderão ser planejadas também dentro do método misto para favorecer o domínio

processos pedagógicos deverão partir dos

s para os específicos aproveitando as experiências e naturalidade de movimentos dos alunos.

Para a largada da prova é usada a voz de comanda para as saídas altas, “rbitro da um tiro de partida, a partir do qual os atletas iniciarão a

prova e o tempo começa a ser cronometrado. Durante o percurso será oferecido aos atletas em postos estabelecido pela

competição, água, alimentos, energéticos e isotônicos. distâncias olímpicas das provas são 20 km e 50 km para homens e 20 km para

mulheres. Para crianças e jovens as provas serão de 1 km, 5 km e 10 km de acordo com a

Foto: Irineu T. de

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visível da perda do contato com o solo ou a dobra do joelho durante qualquer parte da competição, ele então enviará um cartão vermelho ao árbitro chefe. Quando três

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As competições são realizadas em pistas oficiais de atletismo ou em imo 1 km e no máximo 2,5 km. Para

provas em que a saída e a chegada sejam em estádio, o circuito deve estar

Para a largada da prova é usada a voz de comanda para as saídas altas, “as suas rbitro da um tiro de partida, a partir do qual os atletas iniciarão a

Durante o percurso será oferecido aos atletas em postos estabelecido pela

distâncias olímpicas das provas são 20 km e 50 km para homens e 20 km para mulheres. Para crianças e jovens as provas serão de 1 km, 5 km e 10 km de acordo com a

to: Irineu T. de Oliveira - 2008

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Podemos iniciar a aprendizagem, utilizando as formas de caminhadas rápidas já experimentadas pelos alunos em seu dia-a-dia, até chegar aos movimentos específicos que requerem um maior desenvolvimento da coordenação para os movimentos da marcha. É muito importante que antes do aprendizado do gesto específico o aluno tenha claro as diferenças entre caminhar, correr e marchar, portanto iniciar com exercícios gerais que contemplem estas três ações, poderão favorecer o aprendizado da marcha atlética.

A movimentação da marcha poderá parecer esquisita aos alunos, principalmente o “rebolado”, causado pela movimentação dos quadris. É muito importante que o professor explique aos alunos o porquê desta movimentação diferenciada e quais os benefícios que ela trás para o deslocamento, além disso o professor poderá explicar que a pratica pode nos parecer estranha, pois conhecemos pouco esta prova no Brasil, quase não é vista na mídia nacional, ou seja, é uma pratica pouco vivenciada em nossa cultura esportiva, diferente de muitos países, onde a marcha é muito conhecida e praticada.

4.1 – Aulas Práticas com processos pedagógicos globais

Objetivos: - Favorecer a percepção das diferenças entre andar, correr e marchar; - Experimentar os diversos ritmos de cada pratica; - Despertar o interesse pela marcha atlética; - Participar de atividade recreativa em grupo.

Exercício 1 Utilizando qualquer espaço em que os alunos possam se deslocar em várias direções, solicitamos que eles caminhem a vontade dentro do espaço determinado, ao sinal do professor, todos deverão mudar o ritmo da caminhada, rápido ou lento.

Exercício 2 Agora os alunos deverão caminhar na maior velocidade que consigam, ao sinal do professor, todos passarão a correr, mudando para caminhada rápida ao novo sinal do professor.

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Exercício 3

No mesmo local os alunos deverão caminhar normalmente para todas as direções, ao sinal do professor eles deverão passar a caminhar o mais rápido que puderem com as pernas completamente estendidas, mudando a forma de caminhar a cada novo sinal do professor.

Exercício 4 Nesta atividade os alunos farão esta caminhada rápida com pernas estendidas e ao sinal do professor, passarão a correr, mudando a cada novo sinal.

Exercício 5 Os alunos serão divididos em duplas, cada dupla terá um aluno chamado de marcha e outro chamado de atlética. Quando o professor gritar, marcha!, os alunos com este nome perseguirão caminhando com as pernas estendidas o mais rápido possível o parceiro chamado atlética, que deverá fugir correndo. Quando o professor gritar, atlética!, este passa a caminhar com as pernas estendidas e o aluno marcha, fugirá correndo.

4.2 – Aulas Práticas com processos pedagógicos parciais e

mistos.

Objetivos: - Desenvolver a coordenação necessária para o aprendizado da técnica; - Estimular a pratica com eficiência, tanto de forma competitiva quanto recreativa.

Exercício 1

Os alunos deverão caminhar em cima das linhas laterais e de fundo da quadra,

ou em linhas demarcadas no solo, procurando realizar os passos de forma que os pés sejam colocados sempre em cima da linha, um a frente do outro, durante toda a caminhada.

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Exercício 2

Os alunos deverão se posicionar lado a lado, parados com as pernas juntas.

Durante um tempo estabelecido pelo professor deverão realizar movimentação dos braços, que deverão estar flexionados nos cotovelos. A mão do braço que avança deverá ir até a altura do externo na linha média do corpo, o braço contrário deverá elevar o cotovelo posteriormente até próximo da linha do ombro, de forma que a mão chegue ao lado do quadril. As mãos deverão permanecer relaxadas e semi-fechadas.

Exercício 3

Como exercício 1, caminhando sobre as linhas, os alunos deverão realizar a extensão da perna que avança ao primeiro contato com o solo, mantendo os braços com movimentação como no exercício anterior.

Exercício 4

Neste exercício os alunos deverão marchar sobre uma linha, cruzando as

passadas, ou seja, o pé direito quando avança apoiará no lado esquerdo da linha e o esquerdo quando avança apoiará no lado direito da linha, sem movimentar os ombros. Este educativo faz com que os alunos percebam as movimentações dos quadris necessárias para facilitarem as passadas.

Exercício 5

Os alunos estarão posicionados lado a lado no fundo da quadra, ou em outro local apropriado que tenha entre 30 a 60 metros. Ao sinal do professor deverão começar a marchar lentamente em linha reta, aumentando o ritmo até chegarem a marchar na maior velocidade possível. O ritmo da progressão poderá ser dirigido pelo professor com um apito, palmas ou gritos.

Exercício 6

Os alunos serão divididos em duas equipes posicionadas lado a lado, no fundo da quadra, ou em outro local adequado, ao sinal do professor os primeiros alunos das equipes sairão marchando rapidamente levando um bastão em uma das mãos até darem a volta em um cone ou algo similar colocado para cada equipe numa distância entre 30 a 50 metros do início. Voltando a sua coluna o aluno entregara o bastão ao próximo da coluna. Vence a equipe que terminar o percurso do revezamento primeiro.

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Os alunos serão separados em dois grupos. O professor deverá marcar um percurso que tenha uma volta completa de 100 metros, se possível 200mque os alunos realizem duas curvas a cada volta. O pripercurso, 1 km, enquanto os alunos do segundo grupo farão a contagem das voltas, de cada aluno que esta marchando. Quando todos do primeiro grupo terminarem, passarão a contar as voltas dos alunos do segundo grupo.

4.3 – Atividades em sala de aula

Recursos pedagógicos

Meios audiovisuais: Vídeos, fotos, figuras e cartazes

Laboratório de informática

Pesquisas bibliográficas

Seminários

Palestras

Mesa redonda

Exercício 7

Os alunos serão separados em dois grupos. O professor deverá marcar um percurso que tenha uma volta completa de 100 metros, se possível 200m, de forma

os alunos realizem duas curvas a cada volta. O primeiro grupo marchara neste percurso, 1 km, enquanto os alunos do segundo grupo farão a contagem das voltas, de cada aluno que esta marchando. Quando todos do primeiro grupo terminarem, passarão a contar as voltas dos alunos do segundo grupo.

Atividades em sala de aula

Sugestão de assuntos

Histórico da prova

Principais eventos de marchBrasil e no Mundo

Resultados de eventosRecordes brasileiros e mundiais A geografia da pratica no mundo

A matemática das distâncias e dos temposA biomecânica do movimento

Transformações orgânicas nos praticantesO planejamento do treinamento

Curiosidades Polêmicas que envolvem esta prova

O perfil de quem praticaEstudo das regras

Os árbitros da marcha

Foto: Irineu T. de Oliveira

Recursos pedagógicos

Meios audiovisuais: Vídeos, fotos,

Laboratório de informática

Pesquisas bibliográficas

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Os alunos serão separados em dois grupos. O professor deverá marcar um , de forma

meiro grupo marchara neste percurso, 1 km, enquanto os alunos do segundo grupo farão a contagem das voltas, de cada aluno que esta marchando. Quando todos do primeiro grupo terminarem,

Sugestão de assuntos

Histórico da prova Principais eventos de marcha atlética no

Brasil e no Mundo Resultados de eventos

Recordes brasileiros e mundiais A geografia da pratica no mundo

ica das distâncias e dos tempos A biomecânica do movimento

ações orgânicas nos praticantes O planejamento do treinamento

lêmicas que envolvem esta prova

O perfil de quem pratica Estudo das regras

Os árbitros da marcha atlética

Irineu T. de Oliveira - 2008

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS As praticas da educação física dentro das escolas públicas sempre foram

limitadas pela falta de instalações e equipamentos adequados, os espaços a serem utilizados nem sempre são os ideais. Este trabalho, desenvolvido para as 5ª séries do ensino fundamental, busca facilitar a atuação do professor, servindo como um instrumento que traz como sugestão para o ensino, a marcha atlética, uma das provas de aplicação mais simples do atletismo escolar, de baixo custo e que desperta muito interesse pelos alunos por suas características diferenciadas, podendo ser explorada de forma lúdica.

Todas as praticas das atividades sugeridas, podem ser realizadas em qualquer espaço que os alunos possam ter alguns deslocamentos, sem ser necessário o uso de nenhum equipamento. As aulas com atividades teóricas poderão utilizar a estrutura que as salas já têm e os equipamentos que já estão a disposição em toda a rede pública estadual paranaense, como TV pendrive, projetores e laboratórios de informática.

Foto: Irineu T. de Oliveira - 2008

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6 - SUGESTÕES DE LEITURA E PESQUISA

ALONGE, Francesco – Tecnica de la marcha. www.ultrawalking.net, 2008. Disponível em: http://www.ultrawalking.net/racewalking/biomecanicarw.html, acessado dia 17/11/2008.

BERTOLINO, Claudio – História da modalidade Marcha Atlética – Webrun,

21/02/2003. Disponível em :

http://www.webrun.com.br/outros/conteudo/noticias/index/id/985, acessado

20/11/2008

CBAT, Confederação Brasileira de Atletismo. Histórico, 2008. Disponível em:

http://www.cbat.org.br/acbat/historico.asp, Acessado em 23/11/2008.

COSTA, A. Atletismo. In: Educação Física na escola primária. Volume II. Iniciação Desportiva. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, 1992.

LIGA DE ATLETISMO DE PUNO. Manual para Jueces de Marcha –2008.

Disponível em:

http://www.ligadeatletismodepuno.com/index.php?option=com_content&task=vi

ew&id=68&Itemid=78, acessado dia 23/11/2008

MARCHADORES.COM, La Marcha Atletica, 14/08/2007. Disponível em:

http://www.marchadores.com/modules/news/article.php?storyid=1936,

acessado dia 20/11/2008.

ORO, U. Enfoques pedagógicos da iniciação ao atletismo. In: Antologia do Atletismo - metodologia para iniciação em escolas e clubes. Florianópolis – SC: Ao livro Técnico, 1984.

PACIEVITCH, Thais. Marcha Atlética. Infoescola, 31/03/2008. Disponível em:

http://www.infoescola.com/atletismo/marcha-atletica/, acessado dia 23/11/2008

WIKIPEDIA, Portugal. Marcha Atlética, Wikipedia.org, 2008. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_atl%C3%A9tica, acessado dia 17/11/2008.