gramatica ao alcance de todos - comercial e redacao

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS

    Gramtica e Redao Comercialsem Mistrios

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    Todos os direitos desta edio reservados ao autor.Publicado por Editico Comercial Ltda.

    Av. Paulista 2073 - Conjunto Nacional - Ed. Horsa I - cj. 222Cerqueira Csar Cep:01310-940 So Paulo/SP

    Tel: (11) 3179-0082 Fax: (11) 3179-0081e-mail:[email protected]

    Na internet, publicao exclusiva da iEditora:www.ieditora.com.br

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS

    Gramtica e Redao Comercialsem Mistrios

    CLUDIA SILVA FERNANDESMARISADOS SANTOS DOURADO

    So Paulo - 2002

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    2002 de Cludia Silva Fernandes e Marisa dos Santos Dourado

    Ttulo Original em Portugus:Portugus ao alcance de todos: gramtica e redao comercial sem mistrios

    Reviso:Elina Miotto

    Capa:Vivian Valli

    Editorao Eletrnica:Vivian Valli

    PROIBIDA A REPRODUO

    Nenhuma parte desta obra poder ser reproduzida, copiada, transcritaou mesmo transmitida por meios eletrnicos ou gravaes, assim como

    traduzida, sem a permisso, por escrito do autor. Os infratores seropunidos pela Lei n 9.610/98.

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    ISBN: 85-87916-62-9

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    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos aos nossos pais e lhosque nos ajudaram na conquista demais um sonho em nossas vidas.

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    APRESENTAO

    Feliz o homem que acha sabedoria, e o homemque adquire conhecimento; porque melhor olucro que ela d do que o da prata, e melhor sua

    renda do que o ouro mais fno.Provrbios 3,13

    Esta obra o resultado de experincias e vivncias adquiridas emvrios cursos ministrados por ns, cujos objetivos eram rever conceitosgramaticais e aplic-los no dia-a-dia, modernizar, de modo prticoe eciente, diferentes tipos textuais, capacitando, dessa maneira, osprossionais a desempenharem com segurana e agilidade tarefas queenvolvessem a comunicao escrita.

    Com o objetivo de alcanar um pblico heterogneo, porm,com os mesmos anseios: solucionar dvidas freqentes no uso efetivoda lngua, informamos que no temos a lmpada mgica e que nopoderemos resolver seus problemas lingsticos num piscar de olhos. Isso

    iluso!

    Entretanto, se voc assumir uma postura crtica diante dasdiversas modalidades textuais que se apresentam no cotidiano, dominaralguns recursos lingsticos e reetir sobre a realidade, com certeza, vocproduzir textos mais ecientes.

    A m de orient-lo nessa sua jornada, elaboramos, reformulamose organizamos este manual, para que voc tenha um instrumentofacilitador do desenvolvimento dessa habilidade to indispensvel:escrever.

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    SUMRIO

    1.QUALIDADESDA COMUNICAO ESCRITAE TCNICAS

    PARASUA OBTENO.............................................................11

    2. OBJETIVOS BSICOSDEUMA REDAO EMPRESARIAL.......................17

    3. O ENFOQUEDAS CARTASNOS DIFERENTES RECEPTORES ...................19

    4. O TEXTODA CARTA: PLANEJAMENTO..........................................23

    5. COMPONENTESDE CARTAS COMERCIAIS, ESTTICA, ESTILO

    E ERROS GERAIS..................................................................27

    6. CARTASDE COBRANAEOS DIVERSOS GRAUSDE RIGOR..................49

    7. NARRAO, RELATO, DESCRIOE DISSERTAO ...........................55

    8. RELATRIOS........................................................................59

    9. ORTOGRAFIA.......................................................................67

    10. HFEN ...............................................................................77

    11. PONTUAO........................................................................81

    12. PRONOMES .........................................................................89

    13. ACENTUAO GRFICA.........................................................101

    14. CRASE.............................................................................105

    15. CONCORDNCIA NOMINALE VERBAL.........................................111

    16. REGNCIA NOMINALE VERBAL ................................................121

    BIBLIOGRAFIA ....................................................................127

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    1 QUALIDADESDA COMUNICAO ESCRITAE TCNICASPARASUA OBTENO

    So qualidades que voc deve cultivar ao redigir: a conciso, aclareza, a coerncia, a coeso, a correo e a elegncia.

    CONCISO

    O que ?

    Ser conciso ser exato, no abusar das palavras. Deve-se ir diretoao assunto. Um texto considerado conciso quando elimina tudoaquilo que desnecessrio.

    Para que serve?Serve parao leitor chegar informao o mais rpido possvel, ou seja,para atingir o objetivo da sua redao (informar, solicitar, relatar etc.).

    Como obter?V direto ao assunto;Mantenha-se dentro do assunto, tema, matria. Redatores

    distrados costumam desviar-se para assuntos secundrios nodecorrer do texto, fugindo daquilo que interessa;Evite palavras ou frases desnecessrias. Veja alguns exemplos:

    evidente que....................................em geral, quando evidente noprecisamos dizer e, quando no, mentira dizer.

    a nalidade desta ............................por que no apresentar direto?

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    desnecessrio dizer que.....................se desnecessrio, no diga.

    Em nome da conciso, claro, no se devem sacricar as idias

    importantes nem eliminar as consideraes pertinentes. O ideal est noperfeito equilbrio entre os dados que se pediram e aqueles que se oferecem.Compare os textos abaixo:

    TEXTO PROLIXO TEXTO CONCISOAgradeo imensamente sua carta eseu interesse em publicar conoscoseus maravilhosos e bem redigidos

    trabalhos. Nossa diretriz editorial,contudo, est sendo gerida pelasatuais e catastrcas diculdades porque atravessa o pas, no podendo,por isso, a empresa investir emnovos e atraentes ttulos no presentemomento. Fossem outras as condiesdo momento, certamente teramosa maior satisfao em publicar

    sua insigne obra. Com nossosmelhores agradecimentos pela oferta,manifestamos ao ensejo as expressesde nossa elevada considerao eapreo. Sem mais para o momento.

    Atenciosamente,Fulano de tal.

    Agradeo sua carta e seu interesseem publicar conosco sua obra.Lamentamos informa-lhe que a

    empresa no est investindo em novaspublicaes no momento, emborareconheamos tratar-se de obra comapuro cientco. Manifestamos nossaconsiderao pela oferta.

    Atenciosamente,Fulano de tal.

    CLAREZA

    O que ?Ser claro tornar o seu pensamento comum aos leitores.

    Para que serve?Serve para ser compreendido rapidamente e para no confundir oleitor.

    Como obter?

    Use palavras conhecidas de todos. Com simplicidade possvel

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    escrever de maneira original e criativa e produzir frases elegantese variadas;Escolha bem as palavras. Evite termos estrangeiros, termos

    tcnicos, termos difceis, enm, palavras ambguas ou com sentidovago;Tome cuidado com os adjetivos e advrbios, pois eles reetem

    seu julgamento a respeito da qualidade ou natureza das coisas,objetos e processos; tambm caremos em dvida quanto interpretao do leitor.Ex: As mquinas sero instaladas rapidamente. (o que rpidopara mim pode no ser para voc);

    Seja preciso: a preciso exige que voc entenda tudo o que vaitransmitir ao leitor;Evite perodos muito longos, v direto ao assunto, adote, como

    norma, a ORDEM DIRETA (sujeito-verbo-complemento-adjunto), pois conduz mais facilmente o leitor essncia doassunto;Pontue adequadamente.

    No existem tcnicas que nos tornem claros se estamos perdidos em nossoprprio pensamento. No devemos pensar que os leitores devem descobriro que queremos dizer.

    Clareza , antes de mais nada, uma questo de atitude.

    Devemos raciocinar, pensar como o leitor. Se for vendedor, pense como

    vendedor; se for adolescente, pense como adolescente; e assim por diante.LEMBRE-SE de que para o leitor que devemos ser claros.

    COERNCIA

    O que ? ter lgica, ligao, nexo entre palavras e idias.

    Para que serve?Serve para evitar contradies.

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    Exemplo de um pargrafo incoerente:No h nenhuma suspeita sobre o comportamento dessa gerncia, masa empresa solicitou que se realize uma auditoria completa, para que...

    Como obter?Planeje: No se esquea do objetivo da redao;Verique se as informaes relevantes encontram-se presentes. A

    ausncia de alguma informao d a impresso de descuido ou dem f na pior das hipteses;No misture fatos e opinies. FATO o que realmente aconteceu.

    OPINIO a interpretao dos fatos;

    Justique as concluses. Elas precisam ter uma origem, uma razo.Precisa car bem claro para o leitor que a sua concluso tem umfundamento lgico;No misture assuntos. Cada assunto em um pargrafo.

    Em qualquer meio de comunicao existem trs interpretaes:A. O que o autor ou orador quis dizer.B. O que ele realmente disse.C. O que a pessoa que recebe a mensagem acha que foi dito.

    Deveramos todos procurar assegurar que A e C sejam idnticos.R.T. Chapell & W.L. Read

    COESO

    O que ? a relao que as partes da mensagem devem guardar entre si.

    Para que serve?Serve para o leitor entender melhor a mensagem e sentir-se levadopela mo, atravs dos diversos pargrafos, at o nal do texto.

    Como obter?A conexo entre os diversos pargrafos ca mais ntida atravs depalavras e expresses de transio.

    Elaboramos um quadro auxiliar com algumas dessas expresses.Veja-o na pgina seguinte.

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    QUADRO AUXILIARDE PALAVRASE EXPRESSESDE TRANSIOPARAENUMERAR

    AindaAlm do maisAntes de tudo

    Em primeiro lugarInicialmente

    Por outro ladoPrincipalmente

    Sobretudo

    PARAEXPLICAR,EXEMPLIFICAR, CORRIGIR

    AlisIsto

    Ou melhorPor exemplo

    Quer dizer

    PARAINDICARLUGAR

    AdianteAli

    Ao ladoAondeAquiDentro

    Em frente aL

    Longe de

    OndePerto de

    PARAINDICARTEMPO

    A seguirAnalAgora

    AmanhAo mesmo tempo

    AtualmenteBreve

    Com freqnciaConstantemente

    CostumeiramenteDesde queEm seguidaEnquanto

    HojeImediatamenteOcasionalmenteSimultaneamenteSucessivamente

    PARAINDICARCONDIO

    CasoContanto que

    Desde queMediante

    SeSem que

    Uma vez que

    PARAINDICAROPOSIO,CONCESSO

    Ainda queAo contrrio

    Apesar deContra

    ContudoEmbora

    EntretantoNo obstantePelo contrrio

    Porm

    PARAINDICARCONSEQNCIA, FIM,

    CONCLUSO

    Com issoConseqentemente

    De modo queEm conseqncia disso

    Por conseguintePor isso

    Com o propsito deDe maneira a

    Para quePortantoPor isso

    Como resultadoEm resumo

    Enm

    PARAINDICARCAUSA

    ComoDevido a

    Em conseqnciaEm virtude de

    Em vista de

    Por falta dePor isso

    Por motivo dePor razes de

    PorqueRazo por queUma vez que

    Visto que

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    CORREO

    O que ?

    obedecer gramtica, ou seja, eliminar erros, inadequaes deconcordncia, acentuao, crase etc.

    Para que serve?Serve para a comunicao escrita ocorrer de forma clara, concisa,coerente, elegante etc.

    Como obter?

    Consulte sempre um bom livro de gramtica, dicionrios, livros deredao e estilo, livros como tira dvidas etc;Pea para outra pessoa ler o texto.

    ELEGNCIA (OU CORTESIA)

    O que ? tornar a leitura do texto agradvel ao leitor.

    Para que serve?Serve para motivar, provocar a simpatia dos leitores, estimulando-osa produzirem respostas.

    Como obter?Varie o vocabulrio;

    Evite amabilidades ilgicas, frias e convencionais lanadas no papel;Seja claro, conciso, coerente; Corrija, conra: nomes, cargos, nmeros, datas, horrios,

    regncias, acentuaes etc;Evite palavras de sentido negativo, tais como: negligncia, esqueci-

    mento, erro, culpaetc.

    A cortesia e as boas maneiras sempre pagam bons dividendos, abrandando a

    oposio e o antagonismo. At a pessoa mais obstinada e de mais difcil tratoamansa um pouco sob o impacto constante de uma sincera cortesia.

    Grace Stuart Nutley - adaptao

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    2 OBJETIVOS BSICOSDEUMA REDAOEMPRESARIAL

    Ficamos conhecendo as qualidades da comunicao escrita: conciso,clareza, coerncia, coeso, correo e elegncia. Analisando-as, poderamosarmar que a comunicao escrita ecaz est apoiada num trip, como sepode ver no quadro abaixo:

    COMUNICAO ESCRITAEFICAZ

    TORNAR OPENSAMENTO

    COMUM

    PERSUADIR PRODUZIR RESPOSTAS

    Tornar o pensamento comum ser claro. Persuadir atrair, motivar o leitor a crer ou a aceitar determinada

    informao, respondendo-nos favoravelmente. Produzir respostas fazer com que o leitor nos responda.

    Na prtica, entretanto, ocorrero sempre interferncias quepodero nos atrapalhar, prejudicando, assim, a produo do texto. So essasas interferncias:

    Fsica: diculdade visual, m graa, cansao etc. Cultural: palavras ou frases ambguas e/ou complicadas, diferenas de

    nvel social etc. Psicolgicas: agressividade, aspereza, antipatia (falta de expresses persuasivas).

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    Como evitar essas interferncias?Conhecendo as seis peas da estrutura da comunicao. A saber:

    remetente, destinatrio, cdigo, repertrio, mensagem e veculo.

    1)Remetente, emissor ou locutor: quem envia a mensagem.2)Destinatrio, receptor ou alocutrio: quem recebe a mensagem e deve

    produzir uma resposta para o remetente.3)Cdigo: Lngua Portuguesa. Usam-se palavras claras, objetivas para obter

    respostas rpidas e uniformes.4)Repertrio: valores, conhecimentos culturais, geogrcos e afetivos

    presentes em cada indivduo.

    5)Mensagem: contedo enviado de formaatraenteao destinatrio a m deestimul-lo a produzir uma resposta.

    6)Veculo: o modo pelo qual o remetente ir conduzir amensagem, atravs de relatrios, CI, fax, bilhete etc.

    Um texto tem como objetivo transmitir uma informao do redatorao leitor e, para que esse objetivo seja conseguido, a tcnica de comunicaodeve ser eciente.

    Veja agora os objetivos bsicos da redao empresarial:

    SOLICITAR INFORMAR DOCUMENTARrequisitar, requerer,

    pedir, rogar,rogar com insistncia,

    com urgncia

    avisar, instruir,conrmar,

    dar parecer sobre oassunto

    juntar documentos a,provar determinado

    fato com documentos

    Para que seu objetivo seja alcanado, verique se as seis peas daestrutura da comunicao esto presentes em seu texto, a m de tornar suaredao eciente.

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    3 O ENFOQUEDAS CARTASNOSDIFERENTES RECEPTORES

    Vimos que para escrever bem necessrio:

    Conhecer a estrutura da comunicao (remetente, destinatrio, cdigo,repertrio, mensagem e veculo);

    Tornar o pensamento comum; Persuadir; Produzir uma resposta.

    O comportamento humano complexo e, para usufruir positiva-mente dele, precisamos imaginar de que forma nossa mensagem serrecebida e qual ser a ao ou reao do receptor.

    Dessa forma, se o enfoque da mensagem de cunho empresarial,deveremos nos atera uma linguagem condizente com esta situao, ou seja,com objetividade.

    Ao se tratar de carter social, propriamente dito, os termosempregados devero se relacionar com o cotidiano por meio de umalinguagem simples e breve.

    MECANISMOS DO COMPORTAMENTO

    O comportamento humano normal possui trs caractersticas:

    1) Causa: no ocorre ao acaso.2) Meta: desejo na obteno de algo.3) Motivao: impulso prprio ou de outros.

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    Quando o comportamento parece inconveniente, as pessoas passama agir de maneira diferente. Por isso, para sabermos em que circunstncia ocomportamento de algum capaz de modicar-se, essencial procurarmos

    compreender sua maneira de ser.Considere os aspectos fsico e humano, lembrando-se de que aspessoas so, por vezes, demasiadamente sensveis, da a importncia dalinguagem utilizada.

    Antes de comear a produzir a mensagem, pergunte-se:

    A quem estou escrevendo?

    Qual o repertrio da pessoa a quem estou enviando a

    mensagem?

    Voc deve estar se perguntando: Por que devo pensar em tudo isso?

    RESPOSTA: Para no correr o risco de atirar a sua mensagem nolixo e para voc obter a to esperada resposta.

    Porm, tome cuidado com o esteretipo, que tem como denio:tornar algo xo ou inaltervel. Muitas vezes temos uma idia padronizadados indivduos.

    Ex: Portugus burro.Mineiro devagar.Ele estudado, por isso entender.

    Para o relatrio, CI, carta informativa e outros meios de

    comunicao atingirem os objetivos esperados, so necessrios:

    Tomar cuidado com a automao mental: temos de ter umaateno constante para no cair no piloto automtico. Quandoisso acontece, voc comea a car cada vez mais parecido comuma gravao (e talvez menos eciente). As pessoas so diferentes,cada situao nica e a resposta automatizada sempre soaarticial;

    Conhecer o repertrio do leitor, optando por um vocabulrioadequado, pois devemos v-lo como determinante da forma e docontedo de nossa mensagem;

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    Ter empatia,que signica a capacidade de se colocar no lugar dapessoa.

    A arte da empatia, mais do que a simpatia, o grande segredode uma efetiva comunicao. Alis, a comunicao no o que setransmite ou o que se fala. A comunicao o que chega ao ouvinteou interlocutor. o que interpretado, o estmulo que d no outro,a partir do que escrevemos, dissemos ou zemos. (Reinaldo Passadori- O Estado de So Paulo 31-12-96)

    O GUARDADOR DE REBANHOS

    O meu olhar ntido como um girassol.Tenho o costume de andar pelas estradas

    Olhando para a direita e para a esquerda,E de vez em quando olhando para trs...

    E o que vejo a cada momento aquilo que nunca eu tinha visto,E eu sei dar por isso muito bem...

    Sei ter o pasmo essencialQue tem uma criana se, ao nascer,

    Reparasse que nascera deveras...Sinto-me nascido a cada momento

    Para a eterna novidade do Mundo...

    Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

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    4 O TEXTODA CARTA: PLANEJAMENTO

    Para o planejamento de uma carta devemos:

    1) Conhecer o assunto a ser exposto;2) Levantar dados importantes sobre o assunto da carta. a fase de procura

    e pesquisa;3) Selecionar os dados mais relevantes que devem chegar ao conhecimento

    do destinatrio. O que determina este aproveitamento o objetivo dacorrespondncia;

    4) Ordenar os dados, ou seja, coloca-se cada coisa em seu lugar, emseqncia. Este trabalho possibilita uma exposio mais lgica e coerentedo assunto, alm de oferecer a vantagem de j preparar a diviso da cartaem seus diversos pargrafos, dessa maneira, o leitor compreender maisfacilmente a mensagem da carta;

    5) Rascunhar o assunto. o momento de transformar o esquema inicial num

    texto organizado, estruturando idias em frases e pargrafos. No se deveesquecer de relacionar os diversos pargrafos entre si, atravs de palavras eexpresses conectivas adequadas (veja quadro auxiliar no captulo 1) e verse as qualidades da redao comercial esto presentes em seu rascunho;

    6) Digitar e formatar o texto; e7) Revisar e corrigir os erros.

    Quem se orgulhados textos que elabora deve rev-los com cuidado,

    procurando certicar-se de que suas palavras traduzem efetivamente seuspensamentos e de que o leitor os apreender sem distores.

    Jos Roberto Whitaker

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    necessrio falar do PARGRAFO,pois ser ele que conduzir suamensagem e atrair a ateno do leitor.

    PARGRAFO

    O que ? uma parte do texto que representa as articulaes do raciocnio.

    Para que serve?Serve para expressar as etapas do raciocnio.

    Como construir um pargrafo?Estruturando-o atravs de trs etapas:1) Introduo: anuncia-se o que se quer dizer atravs de frase(s)

    inicial(is), tambm chamadatpico frasal ou frase-ncleo, queresume todo o pensamento que ser desenvolvido no corpo dopargrafo.

    2) Desenvolvimento: desenvolve-se a idia anunciada.3) Concluso: dar-se- um fecho idia explanada.

    OBS: a mudana de um pargrafo marca o m de uma etapa e ocomeo de outra.

    Se cada pargrafo for bem estruturado e houver coerncia e coesoentre suas idias e entre um e outro, o resultado ser um texto de boaqualidade.

    VINTE LEMBRETES PARA O REDATOR DE CARTAS COMERCIAIS

    1. Trate o leitor com a mxima cortesia.2. Responda sem demora as cartas recebidas.3. Antes de escrever, rena todos os dados necessrios.4. V diretamente ao assunto, pois os leitores so pessoas ocupadas.5. Seja claro, conciso, pois assim economizar o tempo do leitor e o seu.6. Quando tiver de redigir, evite o nervosismo e a preocupao; sem

    serenidade, difcil reunir idias apropriadas.7. Seja original.8. No empregue grias nem use, desnecessariamente, termos tcnicos.

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    9. Evite as controvrsias e os antagonismos.10. Se for preciso apresentar queixas, evite o tom ofensivo: Com vinagre

    no se apanham moscas.

    11. Em vez de censurar, pea explicaes.12. Consulte o dicionrio sempre que estiver com dvidas.13. Escreva para expressar-se, no para impressionar.14. A quem voc est escrevendo? Se possvel, forme uma idia do

    destinatrio (sem esteriotip-lo, claro!).15. Suas cartas tm de reetir esprito de cooperao; interesse sincero em

    ajudar, pois cativa os leitores.16. Veja se as qualidades da comunicao escrita esto presentes em seus

    textos.17. Nunca se desvie do objetivo da carta.18. Se possvel, pea para um colega ler seus textos, analisando-os e dando

    algumas sugestes.19. Uma boa esttica complementa a qualidade de seu texto.20. Lembre-se de que uma carta bem redigida assegura bons negcios.

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    5 COMPONENTESDE CARTAS COMERCIAIS,ESTTICA, ESTILOE ERROS GERAIS

    CORRESPONDNCIA

    O que ? a ao ou estado de corresponder, adaptar, relatar. um meio decomunicao escrita entre pessoas que se efetiva por meio de papis,cartas, e-mails, documentos.

    Para que serve?Serve para iniciar, manter ou encerrar transaes.

    Como obter?Evite as adjetivaes abundantes e divagaes inteis;Utilize uma linguagem clara e simples, objetiva, concreta (no

    pode ser vaga) e correta, com normas que a regulam, como:

    vocativo, fecho etc. que sero vistos neste captulo.

    Veja o que diz o Sistema de Consulta Interativa, Help, Estado, sobreas vantagens do texto bem estruturado:

    Os textos produzidos nas empresas geralmente tm uma estruturapadronizada. Quem conhece as possveis estruturas de texto se adapta facilmentea qualquer tipo de texto que precise produzir, seja uma anlise de um produto,

    seja uma explanao de metas, seja um relatrio. O que se deve evitar ocondicionamento a uma estrutura nica, para que no se perca a noo dealcance do texto. Em outras palavras, para no carbitolado.

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    Na correspondncia moderna necessrio deixar de lado chaves,palavras redundantes, repeties incmodas, elogios exagerados e falsos,introdues e fechos que nada transmitem.

    Ser colocado aqui, um modelo de carta comercial atualizada, paraque voc possa vericar o que est certo, errado e aceitvel. Mas, antes dequalquer coisa, necessrio ter bom senso.

    Saiba que voc dono de seu texto e responsvel por ele. Elaborando-o bem, usando bem as palavras e tendo esttica, voc no precisa ter medode nada, apenas... escreva!

    Os tipos de correspondncias so: Ocial

    Comercial ParticularSo inmeros os tipos de correspondncia, entretanto, iremos

    trabalhar as particularidades da correspondncia comercial utilizada naindstria e comrcio com seus clientes e vice-versa, acondicionada emenvelopes.

    No nal deste captulo, seguem algumas denies e modelos decartas ociais.

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    MODELODE CARTACOMERCIAL

    VERBUM Assessoria Ltda.

    LP/33-02 2- NDICE E NMERO

    3 espaos (3x1)

    So Paulo, 22 de agosto de 2002. 3 - LOCAL E DATA5 espaos (5x1)

    Participantes do Curso de Redao 4 - DESTINATRIO2 espaos (2x1)

    Ref.: Curso de Tcnicas de Redao 5 - REFERNCIA3 espaos (3x1)

    Srs. Alunos: 6 - INVOCAO3 espaos (3x1)

    7- TEXTO

    Ao conhecermos as diculdades existentes na redao de um simples bilhetea um complicadssimo relatrio, elaboramos um curso cujo objetivo apresentartcnicas para a obteno de um bom texto, exercitando assim a estruturao dostipos de documentos mais comuns e recordar as regras gramaticais.

    A abordagem desse curso valoriza a busca da prtica argumentativa, doraciocnio, da reexo e da criatividade.

    1 - TIMBRE5 espaos (5x1)

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    LP/33-02

    Fl. 2-2

    Vale ressaltar que no nos preocupamos exclusivamente com as diculdadesdo redator, mas tambm com o receptor, pois atravs dele que a comunicao escritaser realizada.

    Sabemos que tcnicas no trazem benefcios a curto prazo, mas proporcionamcoragem de mudar o que consideramos difcil. Relembramos aqui os versos de CarlosDrummond de Andrade: Lutar com palavras a luta mais v.

    2 espaos (2x1)

    Atenciosamente, 8 - FECHO E ASSINATURA3 espaos (3x1)

    Cludia Silva Fernandes, 3 espaos (3x1)

    Marisa dos Santos Dourado. 4 espaos (4x1)

    Anexos: Envelopes e folha de atividades 9 - ANEXOS

    3 espaos (3x1)

    MSD/CLF 10 - INICIAIS3 espaos (3x1)

    c/c: Participantes do curso 11 - CPIA

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    COMPONENTES DE UMA CARTA COMERCIAL:

    1. Timbre: aparece impresso no papel, contendo os dados da empresa:

    nome, endereo, fax, e-mail, CGC etc.

    2. ndice/no: iniciais do departamento expedidor e nmero da carta, seguidode trao (hfen) e dos dois algarismos nais do ano. colocado antes dadata, ou na mesma linha da data. Ele recomendvel desde que se valhadele e a ele se faa referncia quando da resposta a uma carta da qualconsta um prexo. Ganha-se tempo e a linguagem torna-se mais precisa.Substitua: Na ltima carta que lhe escrevi, pedi...

    Por: Na ltima carta DRH-27, pedi-lhe...

    3. Localidade/data: a referncia do seu leitor. Pode ser colocada namesma linha do ndice. Indique sempre a localidade e a data assim:So Paulo, 22 de agosto de 2002.OBS: Aps a data, coloca-se ponto nal (.), porque se subentende um verbooculto.Carta que foi escrita em So Paulo, 22 de agosto de 2002.

    Outras informaes: Nos nmeros cardinais, quando designam ano, so escritos sem ponto e

    sem espao: 1998, 1999 e no 1.998, 1.999; Use: 02-3-98, coloca-se hfen para separar elemento de uma data, pois

    proporciona clareza grca e economia de tempo; Nmeros indicativos de dias usa-se um zero para evitar fraude; Para os meses, basta colocar zero antes de 1 e 2; para os demais meses no

    h necessidade, pois nenhuma falsicao possvel.

    4. Destinatrio/endereo: basta colocar o nome da empresa e/ou pessoa aque a carta se destina:

    F.Lenza e Cia Ltda.

    ateno de

    ou... Ateno Wanderley Luxemburgoou... At.ou... Em ateno de

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    F.Lenza e Cia Ltda.

    Sr. Wanderley Luxemburgo

    ou... Srta. Adriane Galisteu

    OBS: No necessrio colocar o endereo no cabealho.

    5. Referncia ou Ref.: trata-se do assunto da carta.OBS:Usa-se em cartas longas, pois em cartas curtas pode ser dispensada.

    6. Vocativo/invocao/saudao: se for a primeira vez que escrevemos para

    algum, devemos usar apenas Senhor ou Senhores; caso j exista umrelacionamento com o destinatrio, podemos usar Prezado Senhor ouPrezados Senhores.

    Aps essas expresses, deve-se usar dois pontos, pois no se inicia texto de cartacom letra minscula.

    7. Texto/corpo da carta: o assunto da carta, que dever ser exposto demaneira clara, objetiva e precisa, em pargrafos.

    A carta tem em mdia trs pargrafos:1o Pargrafo: informao2o Pargrafo: desenvolvimento do tema3o Pargrafo: concluso

    OBS: Se a cartafor muito extensa e ultrapassar uma folha, no se deveusar a palavracontinuao na folha seguinte, mas repete-se a referncia

    numrica.(Veja modelo de carta LP/33-02 na pgina 30)

    8. Despedida/fecho/assinatura: deve-se, de preferncia, ocupar um novopargrafo.Os fechos tm-se reduzido a: Atenciosamente, Cordialmente eRespeitosamente que so seguidos de vrgulapor serem advrbios epor algumas vezes o verbo estar subentendido:Atenciosamente, (subscreve-se) - Nem toda carta precisa de fecho.

    Para economizar tempo e aumentar a produtividade, devemos evitarformas complexas e fechos antiquados:

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    Forma complexa:...subscrevo-me,Atenciosamente.

    Fechos antiquados:Sendo o que se apresenta para o momento...Despedimo-nos.

    Sem mais para o momentoNo aguardo de suas breves notcias.

    OBS: Voc colocaruma despedida mais elaboradaquando quiser enfatizaralgo que disse no decorrer da carta.

    O fecho composto da despedida e da assinatura. Na assinatura,dispensa-se,em qualquer documento, o uso do trao para a assinatura:

    Atenciosamente,

    Chico Bento,Diretor de Vendas.

    Restringe-se, atualmente, o uso do carimbo na assinatura, prefere-se, por ser mais esttico, digitar o nome e/ou cargo, funo de quem deveassinar o documento. H casos, porm, em que necessrio o uso do

    carimbo, por exigncia de reparties pblicas.Coloca-se o cargo sob o nome de quem assina. Se voc quiser quesaibam que o remetente advogado, coloque seu registro da OAB; se quiserque saibam que ele engenheiro, coloque o CREA. Assim:

    Cordialmente,

    Tio Patinhas,Assessor Jurdico.OAB no 0011

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    Caso a secretria assine a correspondncia por seu executivo, deverfazer isso de modo que seu nome seja legvel. Coloca-se P/ antes do nomedo executivo o que signica por Fulano de Tal. Assim:

    Respeitosamente,

    P/Tio Patinhas,Assessor Jurdico.OAB no 0011

    9. Anexos: So documentos que acompanham a correspondncia. Observeas seguintes possibilidades no uso da palavra:

    a) Se o anexo for nico:Anexo nico.

    b) Se forem vrios anexos, no primeiro escreve-se:Anexo no 1.E no ltimo:Anexo no X e ltimo.

    c) Quando se faz referncia a alguma pgina de um anexo, procede-se assim:Anexo 1/2 (que signica anexo no 1, pgina 2).Anexo 9/13 (que signica anexo no 9, pgina 13).Anexo no X e ltimo/5 (que signica anexo no X e ltimo, pgina 5).

    d) Quando so vrios anexos, na correspondncia (no texto da carta),coloca-se:

    Anexos 6 (o que indica que os anexos so seis).

    e) Caso tenha um ou mais anexos, escreve-se antes das iniciais do redator edo digitador:Anexo - e o nome do anexo.

    Respeitosamente,

    Fulano de Tal,Gerente de Vendas.

    Anexos: Recibo e nota promissria.

    FL/MS

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    Observe rigorosamente a concordncia nominal:Anexo: pedido assinado por V.Sa.Anexos: documentos assinados.

    Anexa: guiade recolhimento.Anexas: notas promissrias.

    Deve-se evitar a expresso em anexo (alguns gramticos consideramessa expresso errada).

    10. Iniciais: As iniciais do redator so colocadas no rodap, esquerda, soba assinatura.

    MD/CF = Marisa Dourado (Digitadora) e Cludia Fernandes(Redatora)As iniciais tambm podem ser em letras minsculas: md/cfSe o redator e digitador forem os mesmos, coloca-se barra diagonal e, emseguida, as iniciais. Veja:/MD ou /md

    11. Cpias: Usam-se aps as iniciais do redator/digitador, nos casos em quehaja interesse que a correspondncia seja lida por mais de uma pessoa (oudepartamento). Assim:c/c: Departamento Jurdico

    Recursos HumanosSe no quiser colocar em ordem alfabtica, faa-o em ordem hierrquica.

    ENVELOPE E ENDEREAMENTO POSTAL

    No use: ponto nal; formas de tratamento: Ilmo., Sr. etc; Para a, , Ao etc; Nesta cidade; No digite a palavra CEP, apenas coloque os nmeros sem ponto, abaixo

    do endereo; No grife ou sublinhe a cidade.Preste ateno: O nome deve ser escrito corretamentee com a acentuao correta;

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    Coloca-se o cargo do destinatrio; Rua e nmero ou caixa postal; Deve-se abreviar o estado;

    Caso a carta seja condencial, escreva abaixo do selo.

    ATENO DEUsa-se quando se deseja que a correspondncia seja vista por algum

    em particular. No envelope:

    EDITORA ATLAS S.A.Rua Gabriel Monteiro da Silva, 1301

    01221-020 So Paulo - SP - BrasilFone: (011) 3221-9144 (PABX)Fax: (011) 3221-9150/3221-9151

    Verbum Assessoria e Treinamento Ltda. ateno de Marisa dos Santos DouradoRua do Sucesso, 107 - cj. 74

    01128-010 So Paulo SP

    Modelo comum:

    Cludia Silva FernandesR. Paraso, 87404144-010 So Paulo - SP

    Deixar espao de seis toques

    (computador)

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    MODELOS DE ENVELOPES COM OITO QUADRCULAS

    Cludia Silva FernandesRua Paraso, 874So Paulo - SP

    Cludia Silva FernandesRua Paraso, 874So Paulo - SP04144-010

    Manuscrito Digitado

    MODELOS DE ENVELOPES COM CINCO QUADRCULAS

    Marisa dos Santos Dourado

    Rua Bom Sucesso, 107 cj.74So Paulo - SP

    Marisa dos Santos DouradoRua Bom Sucesso, 107 cj. 74

    So Paulo - SP01128-010

    Manuscrito Digitado

    DEFEITOS NA CARTA COMERCIAL

    H na correspondncia comercial uma srie de enganos que podem

    ser evitados, porm, no devemos nos prender em pormenores insignicantesque podem provocar a desateno quanto a erros maiores. Para tanto,precisamos nos atentar, em primeiro lugar, ao contedo do texto edeixar, para segundo lugar, questes presas esttica, gramtica etc.

    No se esquea de que a correspondncia comercial tem comoobjetivo transmitir uma mensagem clara que seja compreendida pelo leitor.

    Enumeramos uma lista de palavras e expresses que devem ser evitadas,

    ou por serem inteis, ou redundantes, ou gramaticalmente incorretas.EVITE: pleonasmos, estrangeirismos, expresses antiquadas,tautologias (dizer a mesma coisa, duas vezes, com palavras diferentes) efalhas gramaticais.

    0 4 1 4 4 0 1 0

    0 1 1 2 8- 010

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    EVITE PREFIRAa razo para isso porquea respeito

    acima citadoacusamos o recebimentoagradecemos antecipadamenteanexo a presenteanexo segueanteriormenteaperfeioarapesar do fato de queapoiamento

    aproveitamos a oportunidade

    at o dia 29-8-02capacidadecarta datada decom o propsito decompatibilizarconforme assunto em referncia

    despendere etcele pediu que zesse a carta

    em anexoempregarencaminhamos em anexoenviandoestruturalizarevidenciarnalizarininterruptamentelevamos ao seu conhecimentolimitados ao expostomobilidademodicaona prxima segunda-feira, 28-8-02numeroso

    o corrente msoutrossimpasso s suas mos

    a razo para isso a esse respeito

    citadorecebemosagradecemoss pode estar anexo a presenteanexo ou seguedetermine o tempomelhorarem virtude de ou devido aapoio

    use somente esta expresso paracumprimentar seu leitor por algumevento ou promooat 29-8-02podercarta deparaou a m deconciliarem referncia acima

    gastaretc. signica: eoutras coisasquem pede, pede algo para algum,portanto, pediu para voc fazer acartaanexo(s) ou anexa(s)usarencaminhamos ou anexamosenviamosorganizarmostrarconcluircontinuamentecomunicamos ou informamosatenciosamente ou cordialmentemovimentomudanause um ou outromuito

    use o nome do msaindaou tambmuso desnecessrio

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    EVITE PREFIRApedimosrealizar

    seguem anexossem mais/sem mais para o momentoservimo-nos da presentetem a presente nalidadetemos em mos sua cartatomamos a liberdadeum cheque no valor de R$5,00utilizaovimos pela presente

    visualizar

    solicitamos ( mais expressivo)fazer

    seguem ou anexamosatenciosamentes pode ser com a presenteparaou a m deuso desnecessriouso desnecessrioelimine o termo: no valorusov direto ao assunto

    ver

    CORRESPONDNCIA OFICIAL

    A correspondncia ocial estabelece relaes de servio naadministrao pblica; relaes que seguem normas de linguagem e padro-nizao no uso de frmulas e estticas, por exemplo:

    ABAIXO-ASSINADODocumento particular, assinado por vrias pessoas e que, em geral,

    contm reivindicao, pedido, manifestao de protesto ou de solidariedadeetc.

    ATADocumento de valor jurdico, em que se registram fatos, ocorrncias,

    resolues e decises de uma assemblia, sesso ou reunio. Sua nalidade divulgada, normalmente, pelo edital de convocao publicado no DirioOcial do Estado e em jornais de grande circulao.

    Ela deve ser assinada pelos participantes da reunio em alguns casos(conforme o estatuto da empresa), pelo presidente ou secretrio, sempre.Para sua lavratura, devem ser observadas as seguintes normas:

    1. Lavrar a ata em livro prprio ou folhas soltas, de tal modo que impos-

    sibilite a introduo de modicaes.2. Sintetizar de maneira clara e precisa as ocorrncias vericadas.3. Consignar as reticaes feitas anterior.

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    4. O texto ser digitado ou manuscrito, mas sem rasuras.5. O texto ser compacto, sem pargrafos ou com pargrafos numerados,

    mas no se far uso de alneas.

    6. No caso de erros constatados no momento de redigi-la, emprega-se apartcula corretiva digo.7. Quando o erro for notado aps a redao de toda a ata, recorre-se expresso:

    em tempo, que colocada aps todo o escrito, seguindo-se ento o textoemendado: Em tempo: na linha em quese l bata, leia data.

    8. Os nmeros so grafados por extenso.9. Quando ocorrem emendas ata ou alguma contestao oportuna, a ata s

    ser assinada aps aprovadas as correes.

    10. H um tipo de ata que se refere a atos rotineiros e cuja redaotem procedimento padronizado. Neste caso h um formulrio a serpreenchido.

    11. A ata redigida por um secretrio efetivo. No caso de sua ausncia,nomeia-se outro secretrio (ad hoc) designado para esta ocasio.

    Deve constar numa ata:1. Dia, ms, ano e hora da reunio (por extenso);2. Local da reunio;3. Pessoas presentes (com suas respectivas qualicaes);4. Declarao do presidente e secretrio;5. Ordem do dia;6. Fecho;7. Assinaturas de presidente, secretrio e participantes.

    ATESTADODocumento rmado por uma ou mais pessoas a favor de outra,declarando a veracidade de um fato do qual tenha conhecimento, ouquando requerido. Esse fato pode armar a existncia ou inexistncia deuma situao de direito.

    CERTIDODocumento especco de declarao legal calcada em livros e papis

    ociais. Pode ser:a) em relatrio, quando transcreve ou narra, resumidamente, os pontos

    indicados pela parte;

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    b) integral, em teor, quando se reproduz por inteiro e com delidade o textoou documento;

    c) negativa, quando rma a inexistncia de ato ou fato cujo conhecimento

    interessa parte;d) parcial, se apenas transcreve parte da pea judicial, do ato, ou documento.

    DECLARAOMuito semelhante ao atestado, dele difere apenas quanto ao objeto;

    enquanto aquele expedido em relao a algum, a declarao semprefeita em relao a algum quanto a um fato ou direito; pode ser umdepoimento, explicao em que se manifestam opinio, conceito, resoluo

    ou observao.

    MEMORANDOCorrespondncia interna usada por todas as pessoas de um mesmo

    local de trabalho.

    OFCIO

    Correspondncia usada pelas autoridades pblicas para tratar deassuntos entre subalternos e superiores nos rgos da administrao pblica.Os destinatrios podem ser particulares com os quais se queira tratarassuntos de carter ocial.

    PORTARIAAto escrito pelo qual o Ministro de Estado ou outro agente graduado

    do poder pblico determina providncias de carter administrativo, d

    instrues sobre a execuo de lei e servio, nomeia funcionrios e aplicamedidas de ordem disciplinar a subordinados que incidem em falta. deliberao administrativa e pode emanar de chefe ou subchefe derepartio.

    PROCURAO um documento que autoriza uma pessoa a realizar negcios em

    nome de outra.

    REQUERIMENTOPedido dirigido, geralmente, a uma pessoa de hierarquia superior ou

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    PORTUGUSAO ALCANCEDE TODOS GRAMTICAE REDAO COMERCIALSEM MISTRIOS

    autoridade. Abre-se com a indicao do cargo ocupado pelo destinatrio. Ocorpo do texto deve conter:

    os dados pessoais do requerente; pedido propriamente dito (introduzido pelos verbos solicitar ourequerer);

    a justicativa; fecho, composto pelas expresses: Nestes termos, pede deferimento; local e a data; a assinatura do requerente.

    O fornecimento de modelos no soluciona o problema dos que nosabem redigir. engano pensar que se aprende muito, copiando tudo.

    MODELOS DE CORRESPONDNCIA OFICIAL

    ABAIXO-ASSINADO

    Ilmo Sr. Deputado Jos Wilker,

    Os abaixo-assinados, advogados e mestres em Direito Penal,solicitam de V.S. a excluso dos funcionrios Mauro Mendona eCassiano Gabus Mendes por motivos j, anteriormente, expostos eimpossveis de serem detalhados, pois envolvem palavras, gestos e aesde baixo calo, os quais somente nos mostram a impossibilidade de tais

    pessoas continuarem a trabalhar no convvio social que nos cerca.

    So Paulo, 02 de fevereiro de 2002.

    (assinaturas)

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    ATA

    TERRAFORTE - MADEIREIRA RIOSUL S.A.CGC MF No 78.234.192/0001-15 - COMPANHIA ABERTAAta da Reunio Extraordinria do Conselho de Administrao

    REALIZADA EM 07 DE AGOSTO DE 2000.Data, hora e local: 07 de agosto de 2000, s 13 horas na

    sede social, Alameda dos Anapurus, 679 - 5o andar - So Paulo - SP.Presenas:A totalidade dos membros de Conselho de Administrao da

    Sociedade, regularmente convocados na forma do pargrafo 1o do Art.19 do Estatuto Social. Mesa da Sesso: Presidente: Fernando Collorde Mello e Secretrio: Paulo Csar Farias, Ordem do Dia: a) Apreciaro pedido de renncia de membro do Conselho de Administrao,solicitado por carta pela Sra. Zlia Cardoso de Mello; b) Deliberar sobre adesignao de seu substituto, nos termos do pargrafo 4o do Art. 18 doEstatuto Social ......................................................................................................................... .....................................................................................................................................................................................Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Sessocom a lavratura da presente ATA que, aps lida e achada de acordo,segueassinada pelos presentes, tendo o Sr. Juca de Oliveira declaradono estar incurso em nenhum dos crimes previstos em Lei que o impeade exercer atividades mercantis. So Paulo, 07 de agosto de 2000. PauloMaluf - Presidente da Mesa e do Conselho; Pitta - Secretrio da Mesa

    e Conselheiro ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    Publicado no jornal Folha de So Paulo de 1/9/1995Adaptado pelas autoras deste livro.

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    ATESTADO

    ...................................................................................(rgo)

    ...................................................................................(Unidade)

    ATESTADO|| 3 espaos|

    11 espaos para iniciar pargrafoAtesto, para ns de prova junto ............que o senhor

    ........................, ocupante do cargo .............................., para oqual foi nomeado por Decreto ................. de ................. noresponde a processo administrativo.

    || 2 espaosBraslia, ..... de ........................ 20 ......

    || 3 espaos|(assinatura)

    12 espaos

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    DECLARAO

    TIMBRE

    DECLARAO

    11 espaos para iniciar pargrafo

    Declaramos sob as penas de leis, que sociedade constitudade acordo com as leis de Nova Yorque, Estados Unidos da Amricado Norte, com sede em ...........................................................continua proprietria de .................................... aes nominativas,representando R$ ................................................. do capital socialdessa sociedade. (escrever por extenso)

    Estas aes esto representadas pelas seguintes caractersticas:

    No de Aes Ordinrias No das Aes Valor das aes

    No de Aes Ordinrias No das Aes Valor das aesl

    l 2 espaosMaranho, ..... de ......................... 20 ......|| 3 espaos|(assinatura do representante legal)|| 3 espaos

    |(assinatura do contador - CRC no)

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    OFCIO

    Exemplo de ofcio

    fornecido na IN 04/92 (anexo V)

    Ofcio no 524/SG-PR

    Braslia, 27 de abril de 1991.

    Senhor Deputado:

    Em complemento s observaes transmitidas pelo telegrama no 154, de24 de abril de 1991, informo Vossa Excelncia de que as medidas mencionadas

    em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da Repblica, esto

    amparadas pelo procedimento administrativo de demarcao de terras indgenas

    institudo pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cpia anexa).

    Em sua comunicao, Vossa Excelncia ressaltava a necessidade de

    que na denio e demarcao das terras indgenas fossem levadas em

    considerao as caractersticas scio-econmicas regionais.

    Nos termos do Decreto no 22, a demarcao de terras indgenas

    dever ser precedida de estudos e levantamentos tcnicos que atendam ao

    disposto no art. 231, 1o , da Constituio Federal. Os estudos devero incluir

    os aspectos etno-histricos, sociolgicos, cartogrcos e fundirios. O exame

    deste ltimo aspecto dever ser feito conjuntamente com o rgo federal ou

    estadual competente.

    Os rgos pblicos federais, estaduais e municipais devero

    encaminhar as informaes que julgarem pertinentes sobre a rea em estudo.

    igualmente assegurada a manifestao de entidades representativas da

    sociedade civil.

    A Sua Excelncia o Senhor

    Deputado (Nome)Cmara dos Deputados

    70160 Braslia DF

    5,5 cm

    10 cm

    1,5 cm

    5 cm

    2,5 cm

    6,5 cm

    1,5 cm

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    CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISADOS SANTOS DOURADO

    REQUERIMENTO

    Ilmo Sr. Presidente da ...

    7 espaos, no mnimo

    Solicita a Vossa Senhoria inscrio no concurso a ser realizadopor essa fundao, para peenchimento da vaga de ................................................... Sra. Judite Nunes, brasileira, casada, mdica, residente1na2 rua Mare Soares de Oliveira, 2020, portadora da Carteira deIdentidade no ......................................... da Secretaria da SeguranaPblica de So Paulo.

    Anexa, documentao comprobatria para a concesso dainscrio.

    Nestes termos,

    pede deferimento.

    So Paulo, 1o de janeiro de 2002.

    (assinatura)

    1 Cuidado com expresses como domiciliado e residente. No so vocbulos sinnimos.Residncia indica onde uma pessoa mora, permanece, e domiclio refere-se ao centro ousede de atividades de algum.2 No use estabelecido ou residente ou sito . A regncia, na linguagem culta formal,a preposio em: residente em a (na) rua tal, no tal.

    2 cm 2 cm

    4 cm

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    6 CARTASDE COBRANAEOSDIVERSOS GRAUSDE RIGOR

    Ao redator de carta de cobrana, recomenda-se prudncia e tato emrelao s palavras com que ir compor o texto de sua carta. Evite o mauhumor, a grosseria, a ofensa.

    Inicialmente, aps o vencimento da duplicata ou de umadvida qualquer, ser prefervel uma carta de aviso (em que se admite oesquecimento) a uma carta de cobrana direta.

    Em seguida, se o pagamento no foi realizado, busca-se redigir umacarta em que se estampa preocupao pelo silncio da empresa em relao carta de aviso e ao atraso no pagamento da dvida.

    Numa terceira oportunidade, se as duas correspondncias anteri-ores no surtirem efeito, pode-se falar da importncia do crdito e dapossibilidade de ao judicial.

    Finalmente, caso nada tenha conseguido, aciona-se o cliente como expostona carta anterior, comunicando-lhe que foram acionados os meios legais.

    EXEMPLODECARTADECOBRANA(1OAVISO)

    So Paulo, 09 de maro de 2002.

    Sr. Jos de Aquino:

    Nosso controle de pagamento acusa, em sua conta, prestao

    vencida h mais de 10 dias, motivo pelo qual pedimos a V. Sa. suaimediata regularizao. Tendo em vista que a emisso deste aviso automtica, por computador, caso V. Sa. j tenha pago at a data da

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    entrega do mesmo, solicitamos inutiliz-lo.Atenciosamente,

    J Soares,Gerente de Cobrana.

    EXEMPLODECARTADECOBRANA(2OAVISO)

    So Paulo, 29 de maro de 2002.

    Sr. Jos de Aquino:

    Nosso controle de pagamento continua acusando, em sua conta,prestao vencida h mais de 30 dias. Pedimos a V. Sa. que regularizeurgentemente essa situao.

    Atenciosamente,

    J Soares,Gerente de Cobrana.

    EXEMPLODECARTADECOBRANA(3OAVISO)

    So Paulo, 30 de abril de 2002.

    Sr. Jos de Aquino:

    Solicitamos seu comparecimento at 20-5-02 em nossosescritrios, localizados na Avenida da Liberdade, no X, conjunto Y, am de efetuar pagamento da duplicata no 691, de seu aceite, comvencimento em 25-2-02, em favor de Famlia Busca P Ltda. Seu no-comparecimento nos obrigar a tomar medidas judiciais.

    Atenciosamente,

    Eustquio Pinheiro,Gerente do Departamento Jurdico.

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    EXEMPLODECARTADECOBRANA(4OAVISO)

    So Paulo, 30 de maio de 2002.

    Sr. Jos de Aquino:

    Ao ter em vista que V. Sa. no nos procurou no prazo estipuladoem nossa carta de 30-4-02, comunicamos que a duplicata em questofoi levada a protesto, medida inicial no Processo de Execuo queiremos intentar contra V. Sa., caso o pagamento no seja efetuado no 3o

    Cartrio de Protesto de Letras e Ttulos.Atenciosamente,

    Eustquio Pinheiro,Gerente do Departamento Jurdico.

    COBRANA- RECEBIMENTOEESCUSAS

    So Paulo, 15 de agosto de 2002.

    Senhores:

    Recebemos sua carta acompanhada do cheque no0000 contra oBanco D, na importncia de R$8.000,00, para pagamento da duplicata

    no

    2.234. Esclarecemos que V. Sas. sempre mereceram nossa conana,conforme atestam os fornecimentos e as condies de pagamento,indicadoras de seu bom crdito junto nossa empresa. Embora naquelacircunstncia tivssemos necessidade de pedir sua ateno para opagamento da duplicata, tal foi feito sob constrangimento.

    Atenciosamente,

    Caldas Andrade,Gerente de Crdito.

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    CARTAQUEINFORMAONOPAGAMENTODEUMADVIDA

    So Paulo, 24 de agosto de 2002.

    Senhores:

    Recebi a carta de 15 de agosto ltimo, reclamando o pagamentodo cheque no0000 contra o Banco D, na importncia de R$8.000,00,para pagamento da duplicata no 2.234, sob pena de ser enviada paraprotesto em cartrio. Solicito-lhes que me concedam um aumento no

    prazo de pagamento da referida duplicata. Gostaria, porm, que V.Sas.atentassem para o seguinte:

    Estou desempregado h oito meses, passando por sriasdiculdades nanceiras, no dispondo, no momento, de nenhum bemque possa ser vendido para o pagamento da referida dvida.

    Dessa maneira, ca evidente que o protesto ameaado porV.Sas., serviria a um nico propsito: manchar o meu crdito junto sinstituies nanceiras, tornando ainda mais difcil a minha recuperaoe, em conseqncia, retardando ainda mais o pagamento da dvida.

    Atenciosamente,

    Rubens de Souza.

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    Quando a situao exigir objetividade, ateno rigorosa do receptore voc perceber que necessrio inuenci-lo a tomar uma deciso, usea funo conativa. Esta a funo centrada no destinatrio; tem como

    objetivo inuenciar o comportamento e representada pelo imperativodo verbo e vocativo. Ela se desvencilha da linguagem doce. Em vez de:seria interessante que V.Sa. providenciasse, use: insistimos que V.Sa. deve

    providenciar, ouprovidencie V.Sa. os documentos necessrios para astransaes que temos em vista.

    Com o uso continuado, as palavras vo, por assim dizer, descolorindo-se, delapida-se-lhes o brilho, desgastam-se as metforas, esquece-se do sentido

    etimolgico, e o hbito torna corriqueiro e indiferente o que, a princpio, eracaracterstico e expressivo. As palavras, vestimenta das nossas idias, gastam-se,como se gasta tudo o que se move, tudo quanto na vida sofre choques ou atritos,como as pedras das ruas ou os seixos da praia. As palavras sofrem constantementeuma desvalorizao de sentido. Nem conseguem escapar a essa lei comum asexpresses mais enrgicas, as quais, com o andar do tempo, se acabam.

    (Mrio Barreto. Novssimos estudos da lngua portuguesa. p. 301.)

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    7 NARRAO, RELATO, DESCRIOEDISSERTAO

    NARRAO

    O que ? o ato de contar um fato real ou no atravs de palavras transmitidasoralmente ou por escrito. H transformao na histria. Trata-se deum texto seqencial.

    Para que serve?Serve para recriar ou inventar os fatos vividos atravs da imaginao.

    Quais so os tipos?Crnica, conto e fbula so chamados de gneros curtos; novela eromance so chamados de gneros longos.

    Como obter?De modo geral h um roteiro em que podemos inserir um fato a sernarrado:

    QUEM? serve para apresentar os personagens que vivero os fatos.QU? introduz a histria propriamente dita. Consiste em umlevantamento de fatos, eventos. o enredo da narrao.QUANDO? ONDE? envolvem tempo e espao, essenciais para o

    desenvolvimento do enredo.COMO? modo como se desenvolvem os acontecimentos. Deve serrespondido de maneira lgica e direta.POR QU? se houver, indica causa do fato relatado

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    Para narrar, necessrio conhecer sucientemente bem a histria que vaiser contada. Deve-se esboar, rascunhar, sintetizar as idias centrais, o foco deinteresse, o eixo de compreenso da histria.

    RELATO

    O que ? contar experincias reais vividas por algum.

    Para que serve?Serve para registrar um fato real.

    Como obter?Conforme quadro da pgina anterior.

    DESCRIO

    O que ? representar uma pessoa, animal, objeto, lugar, medianteindicao de seus aspectos caractersticos. Deve ser feita a partir decuidadosa observao de modo a captar traos capazes de transmitirimpresses autnticas. O essencial da descrio apresentar algumtrao distintivo, individualizante, necessrio particularizar. Hsimultaneidade de fatos. Trata-se de um texto gurativo sendo,portanto, destitudo de ao, ou seja, esttico.

    Para que serve?Serve para detalhar, mostrar os fatos de maneira mais prxima.Colocar o leitor prximo ao objeto.

    Quais so os tipos?Descrio de qualquer objeto, pessoa, lugar, animal etc. Geralmentevem acompanhada com anarrao.

    Como obter?Obtm-se contando ou redigindo com detalhes o objeto em questo.A maior parte da documentao tcnica de carter descritivo.

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    Por exemplo, descrevem as caractersticas e funcionamento deequipamentos ou descrevem procedimentos administrativos,econmicos ou nanceiros.

    DISSERTAO

    O que ? apresentar idias, desenvolver raciocnios, emitir juzos ou opiniesa respeito de determinado assunto e chegar a uma concluso. Trata-se de um texto temtico.

    Para que serve?Serve para a elaborao de idias, para a capacidade de raciocnio eexposio lgica, ou seja, para a construo do conhecimento e dopensamento crtico e criativo.

    Quais so os tipos?Dissertao argumentativa e dissertao expositiva.

    Como obter?Se expositiva, atravs de comentrios, conhecimento prvio,pesquisa sobre o assunto e, conforme o grau de diculdade e opblico a que se destina a dissertao, envolve tambm a consulta auma bibliograa especializada sobre o tema.Se argumentativa, trat-las como verdadeiras, se o autor consider-las como tal. Fazer um levantamento lgico de idias, levando-se

    em considerao a coerncia do expositor, seu conhecimento sobreo assunto, sua fora de raciocnio, sua capacidade de persuaso.O leitor ou ouvinte dever ser convencido a participar, no nalda exposio, de pensamentos ans, partilhar de pontos de vistasemelhantes aos do expositor.

    A narrao comumente empregada nos relatrios de ocorrncia,enquanto a dissertao empregada nos pareceres jurdicos, nas anlisesde resultados e em memorandos em que se analisam fatos. comum,entretanto, que num mesmo texto haja uma mistura entre esses gneros, porexemplo, um relatrio em que se descrevem e se narram fatos.

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    8 RELATRIOS

    RELATRIO

    O que ? um texto minucioso dos fatos colhidos por uma comisso oupessoa encarregada de esclarecer determinados fatos. Em outraspalavras: a comunicao de ocorrncias a algum que deseja serinformado. Quando comunicamos, relatamos.

    Para que serve? Em geral, serve para a tomada de decises; Como elo entre pessoas que trabalham em situao de inter-dependncia; Para registrar fatos relevantes.

    Como obter? preciso ter em mente o objetivo do relatrio e aquem se destina.

    OSTIPOSDERELATRIOSSO:

    1. INTERNOOUEXTERNOO relatrio externo deve ser feito com maior cuidado, visto que

    fora da empresa, do departamento ou do setor, ele pode ser entendido de

    maneira diferente da esperada.

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    2. FORMALOUINFORMALO relatrio solicitado por rgos do governo (executivo, legislativo e

    judicirio) e nas instituies e fundaes mais burocratizadas, como grandes

    universidades, bancos de grande porte etc, exige formalidade, isto , aobedincia a praxes ou regras estabelecidas.Naempresa privadaa tendncia para a maior informalidade,

    no apelando a formas criativas, que podem tirar a credibilidade dotexto.

    3. OPINATIVOOUINFORMATIVONo primeiro caso, o redator solicitado anarrarum acontecimento,

    analisar um fato, descrever algo e dar um parecer sobre o assunto. Nosegundo caso, registram-se os fatos, sem emitiropinio.

    Os relatrios podem ser classicados, tambm, pela funo: relatriocontbil, de inspeo cientca, administrativo, relatrio-roteiro (aquele emque s se responde a um formulrio) etc.

    TCNICAS PARA ESCREVER RELATRIOS

    Aprender a escrever relatrios exige constncia, exerccio contnuo,senso de observao e gosto para esta atividade.

    O processo de elaborao para qualquer tipo de relatrio implica aobservao de algumas etapas:

    1. denio de objetivos2. plano de texto e roteiro de trabalho

    3. elaborao de texto4. reviso

    1. DEFINIODEOBJETIVOSUsualmente so denidos pelo leitore no pelo redator. O leitor,

    geralmente pessoa muito ocupada, d informaes iniciais superciaise espera que o redator adivinhe o resto, gerando assim um servio dequalidade inferior.

    Por isso, elaboramos perguntas que devem ser usadas nesta primeiraetapa do relatrio, mesmo quando julgamos que h clareza sobre o que sequer dizer.

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    Qual o objetivo geraldo relatrio? O que se pretende com ele? Qual o nvel de profundidade esperado das informaes? Pergunte-se sempre: Como? Por qu?

    Que informaes so mais relevantes? Deve-se relatar os fatos, opinar, sugerir, recomendar ou solucionar

    problemas? Quem ir ler e com que nalidade? possvel fazer um resumo geralsobre o assunto de que o relatrio

    tratar? Qual ser a provvel concluso do relatrio?

    NO PERCA O OBJETIVO DE VISTA!!!

    2. PLANODETEXTO O que ?

    uma espcie de ndice, que mostrar a seqncia do assunto, ostpicos a serem includos (quanto mais detalhado, melhor).

    Para que serve?Serve para auxiliar a selecionar os fatos importantes e a descartar osirrelevantes, tornando as informaes mais claras, sucintas, precisas epara facilitar a hierarquia das idias, as inter-relaes.

    Como obter?O ideal seria discutir com o solicitante.

    2.1. Roteiro de trabalho

    Com o plano do texto pronto, faz-se um roteiro para o levantamentode informaes.

    Exemplo de plano de idias de estilo decimal:1. Ttulo1.1 Item1.1.1 Subitem2. Ttulo

    2.1 Item2.1.1 Subitem3. Ttulo

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    3.1 Item3.1.1 Subitem

    Lembramos que cada subdiviso corresponde a um ttulo, que deverocupar um ou mais pargrafos. Feito o planejamento das idias, a parte maiscomplexa do relatrio j estar pronta. Exemplo:

    1. DESEMPENHO DA ADMINISTRAO1.1 Introduo1.2 Gastos Gerais1.2.1 Iluminao

    1.2.2 Obras1.2.3 Educao1.3 Concluso

    Dividir o relatrio em sees e subdivises ou itens e subitens fazrealaras idias e mantm o leitor atento. Para escrever os ttulos observe que importante mant-losto curtos quanto possvel. E no se esquea de que osttulos devem serescritos de modo semelhante.

    Quando usar um substantivo terminado em O para um ttulo,dever us-lo em todos os itens. Suponhamos:

    2.1 Denio de campo de venda2.2 Interagindo clientes/vendedores

    Observe que no primeiro ttulo usamos um substantivo (denio)

    e no segundo o gerndio (interagindo). Com a uniformidade, o textocaria mais coeso e muito mais claro:2.1 Denio de campo de venda2.2 Interao entre clientes/vendedores

    Tambm no se pode esquecer de que se usarmos letras mais-culas no primeiro ttulo, tambm deveremos us-las nos demais.

    3. ELABORAODOTEXTOAs estratgias seguintes podem favorecer a prtica de elaborao de

    relatrios:

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    1. Estabelecer claramente no incio do texto a origem, o objetivo do relatrioe a metodologia empregada.

    2. Delimitar a extenso do relatrio (atravs de adjuntos adnominais e

    adverbiais): Relatrio de contagem de estoque de livros em 20-3-02.3. Se o relatrio for extenso, elaborar um sumrio da matria.4. Estabelecer os problemas que devem ser resolvidos e dar as solues

    possveis (verique, anteriormente, se possvel esta hiptese).5. Apresentar esteticamente o contedo do relatrio, valendo-se de agradvel

    disposio do texto na folha de papel (diagramao), negrito (bold),itlico, sublinhado, maisculas.

    6. Utilizao de ilustraes: grcos, guras, quadros, tabelas diretamente

    ligados ao texto.7. Conceituar claramente os termos tcnicos utilizados e sua extenso.8. Esclarecer os benefcios que podem ser esperados.9. Sugestes.10. Concluso.

    Cuidado:

    para no se desviar do assunto, leia constantemente aquilo que j foiescrito;

    com o excesso, mantenha o equilbrio, no se entusiasme, no se excedanum determinado tpico;

    com a sntese imprpria que ocorre quando o redator est cansado ouquando no gosta do assunto. Por isso, descanse, relaxe um pouco.

    4. REVISOA credibilidade do relatrio comprometida quando h erros.

    CONSTAM DO RELATRIO:

    1. Ttulo: Relatrio2. Invocao: frmula de tratamento, cargo ou funo da autoridade a

    quem dirigido. Exemplos: Sr. Presidente: ou Exmo Sr. Governador:

    3.Texto: exposio do assunto.4.Fecho: frmula de cortesia.5.Local e data.

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    6.Assinatura: nome, cargo ou funo da autoridade ou servidor queapresenta o relatrio.

    MODELOS DE RELATRIOS

    Administrativo

    Neste tipo de relatrio temos a exposio pormenorizada de fatos ouocorrncias de ordem administrativa. Compreende:

    1.Abertura

    2. Introduo (que inclui a indicao do fato investigado, da autoridade quedeterminou a investigao e do funcionrio disso incumbido; enuncia,portanto, o propsito do relatrio)

    3. Desenvolvimento (relato pormenorizado dos fatos apurados, com data,local, mtodo adotado na apurao e discusso)

    4. Concluso e recomendaes de providncias cabveis

    Cientfico

    Ele composto de:

    1. Sumrio2. Introduo3. Desenvolvimento ou corpo do relatrio4. Concluso

    5. Recomendaes6.Anexos e apndices

    Veja ainda:

    1. Uma pgina dedicada s informaes como: ttulo do relatrio, nome daentidade, data, nome do autor, nome do destinatrio.

    2. Sumrio: nele so indicadas as principais subdivises e a numerao das

    pginas.3. Introduo: apresentar o objeto e o objetivo do relatrio e suas

    circunstncias de composio.

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    4. Desenvolvimento: parte dedicada descrio do contedo.5. Concluso: manifestar o resultado do estudo apresentado.6. Anexos: englobam grcos, tabelas, desenhos, quadros, ilustraes.

    O que deve constar da introduo?

    1. Exposio: dene o assunto a que o relatrio se refere.2. Finalidade: quais metas o relatrio pretende alcanar?3. Mtodo: como foram coletadas as informaes? Explique os

    procedimentos adotados.4. Justicao: por que o relatrio foi escrito? Quem autorizou a execuo?

    5. Denio dos termos: as palavras especcas devem ser denidas paraevitar qualquer dvida.

    A introduo pode conter um, dois ou mesmo todos esses itens e emqualquer ordem.

    Em particular, o texto tcnico trata de um assunto especial, relativo aum ramo particular do conhecimento cientco, normalmente empregandoum linguajar especializado, pertinente ao ramo em questo. Entretanto, acaracterstica essencial desse tipo textual consiste em utilizar a lngua escritado modo mais racional possvel e de forma precisa, clara, concisa e objetiva(sem termos ou expresses prolixas).

    O principal esforo do redator consiste em informar o caminho, detal modo que reproduza com facilidade ao leitor, aquela idia que se tinhaao escrever o texto.

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    RELATRIO SIMPLES

    Data

    I. Cabealho Origem(servio)Destinatrio

    II. Objeto Exposio Resumida dos Fatos

    Corpo

    1. Fatos Descrio e relato do assunto.

    A. o momento em que sepode e se deve formular umjulgamento pessoal que, semdvida, os elementos de fatodescritos ho de ter sugerido.

    2. Demonstrao Explicao e conclusorespectivas: a m de convencero leitor.

    III. ConclusoGeral Deve-se deduzir logicamente daargumentao que a precede,e no acrescentar mais nadaque no tenha sido mencionadoanteriormente.

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    9 ORTOGRAFIA

    ALGUMAS PALAVRAS CUJA GRAFIA CAUSA DVIDAS

    Acender (pr fogo)Ascender (subir)Adivinhar (e no: advinhar)Am (anidade, semelhana)A m de (nalidade)

    medida que ou na medida em que (e no: a medida em que)Anexo (do latim annexu) adj. 1. ligado, junto, contguo: cartaanexa. 2. Incorporado, apenso: documento anexo. 3. Dependente,subordinado (...) cf. Aurlio. (e no: em anexo)A ponto de (e no: ao ponto de)Aprear (ver o preo)Apressar (tornar rpido)Asterisco (e no asterstico)

    Aterrissar (e no aterrisar)Bandeja (e no: bandeija)Berruga - verruga (as duas)Benecncia (e no benecincia)Cabealho (e no: caberio)Caar (matar animal)Cassar (tornar nulo, sem efeito)

    Cedilha (e no cecidilha)Censo (recenseamento)Senso (juzo)Comprido (longo)

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    Cumprido (executado)Conserto (remendar)Concerto (musical)

    Coser (costurar)Cozer (cozinhar)Deferimento (aprovao)Diferimento (adiamento)Delatar (denunciar)Dilatar (retardar, aumentar o prazo)Descrio (enumerao)Discrio (sensatez, modstia, reserva)

    Descriminar (inocentar) descriminaoDiscriminar (distinguir) discriminaoDignitrio (e no: dignatrio) proibida a entrada/ proibido entrarEmergir (vir tona)Imergir (mergulhar)Empecilho (e no: impecilho)Espirar (soprar)Expirar (morrer)Esterno (osso do peito)Externo (o que est fora)Espectador (o que assiste)Expectador (o que espera)Eminncia (altura)Iminncia (proximidade)

    EntretenimentoEstadia (para navios e seres inanimados)Estada (para pessoas)Estria (co)Histria (acontecimentos reais)Estar ao telefone (e no: estar no telefone)Exceo (e no: excesso)Experto (aquele que tem experincia)

    Esperto (inteligente)Expiar (pagar pena)Espiar (espreitar)Fluido (sem acento)

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    Fruir (usufruir)Fragrante (perfumado, aromtico)Flagrante (manifesto, momento, evidente)

    H (verbo haver: passado). H cinco anos que no o vejo.A (futuro). Estarei ai daqui a pouco.Haja (verbo haver)Aja (verbo agir)Imigrante ( quem entra em um pas)Emigrante ( quem sai de um pas para outro)Incluso ou includo (ambas esto corretas)Infringir (transgredir)

    Inigir (aplicar pena, castigo)Infra-estrutura (e no: infraestrutura)Insipiente (ignorante)Incipiente (que est no comeo; principiante)Mau/bom: adjetivoMal/bem: advrbioMatria-prima (e no: matria prima)Precursor/precursora (pioneiro(a))Ptio (e no: pteo)Perda (e no: perca)Predeterminado (e no: pr-determinado)Preexistente (e no: pr-existente)Prevenir (e no: previnir)Prescrever (determinar)

    Proscrever (proibir)

    Privilgio (e no: previlgio)Raticar (conrmar)Reticar (corrigir)Recorde (e no: rcorde)Reivindicao/Reivindicar (e no: reinvindicao/reinvindicar)Somos trs (e no: somos em trs)Sortir (abastecer)Surtir (originar)

    Subtendida (estendida por baixo)Subentendida (o que est na mente e no foi expresso)Sucinta (resumida)

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    Suscitar (causar, provocar)Tataraneto - tetraneto (as duas)Trfego (circulao de veculos)

    Trco (comrcio ilcito)Viagem (substantivo)Viajem (verbo)

    EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS E EXPRESSES

    Cesso/Sesso/Seo (ou Seco)

    Cesso o ato de ceder.Acesso do terreno para a construo de uma creche agradou a todos.Ele fez acesso de seus direitos autorais quela instituio.

    Sesso o intervalo de tempo que dura uma reunio, uma assemblia.A Cmara reuniu-se em sesso extraordinria.Assistimos a umasesso de cinema.

    Seo (ou seco) signicaparte de um todo, corte, subdiviso.Compramos os presentes naseo de brinquedos.Lemos naseo de Economia que a gasolina vai aumentar.

    Porqu/Porque/Por qu/Por que

    Escreve-se porqu:

    Quando for um substantivo. Equivale acausa, motivo, razo. Vemprecedido dos artigos o (os), um (uns).No me interessa oporqude sua ausncia.

    Escreve-se porque:Quando se introduz uma explicao. Equivale apois.

    Carlos, venhaporquepreciso de voc.

    Escreve-se por qu:No nal de perguntas.

    Ademar no veiopor qu?

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    Escreve-se por que:a) Na interrogativa direta:

    Por quevoc no veio?

    b) Quando equivale apelo qual e suas exes.Essa a ruapor quemeu lho e eu passamos.

    c) Na construo igual anterior. No entanto, ca subentendido oantecedente do pronome relativo (razo, motivo, causa...)

    Eis (a razo, o motivo)por queno te amo mais.

    OBS: Lembre-se de que a palavra QUE, em nal de frase, deve ser acentuadapor ser monosslabo tnico terminado em E.Ex.: Voc vive de qu?

    Onde/Aonde

    Emprega-se aonde com os verbos que do idia de movimento.

    Equivale sempre apara onde.Aondevoc nos leva com tal rapidez?Aondevoc vai com tanta pressa?

    Caso o verbo no d idia de movimento, emprega-se onde.Ondevoc mora?No sei ondeencontr-lo.

    Mal/Mau

    Mau sempre um adjetivo (seu antnimo bom); refere-se, portanto,a um substantivo. Faz o plural maus, e a forma feminina m.

    Escolheu um maumomento para sair.O senhor no maualuno.

    Mal pode ser:a) advrbio de modo. (seu antnimo bem)

    Essa carta estmalredigida.Na festa, ele se comportou mal.

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    b) conjuno temporal. (equivale aassim que)Malcomeou a cantar, todos vaiaram.Malela chegou, o casal foi embora.

    c) substantivo (nesse caso, vir precedido de artigo ou outrodeterminante); faz-se o plural males.

    Era um malpara o qual no havia remdio.Estava acometida de um malincurvel.

    H/A

    Na indicao de tempo, emprega-se:a) Hpara signicar tempo transcorrido. (equivale afaz)

    Hdois anos que ela no aparece por aqui.Luciana formou-se em Psicologiahquatro anos.

    b)Apara indicar futuro.A formatura ser daqui aduas semanas.Daqui aum ms devo tirar frias.

    Seno/Se no

    a) Seno equivale acaso contrrio.Devemos entregar o trabalho no prazo, seno o contratoser cancelado.Espero que faa bom tempo amanh, seno no

    poderemos ir praia.

    b) Existe tambm o substantivo seno, que signicamcula, defeito.Nesse caso, vem precedido de artigo ou outro determinante.

    Ele s tem um seno: no gosta de trabalhar.

    c) Se no equivale a caso no, se por acaso no: inicia oraesadverbiais condicionais.

    A festa ser amanh noite, se no ocorrer nenhumimprevisto.Se no chover amanh, poderemos ir praia.

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    Ao invs de/Em vez de

    Ao invs de signicaao contrrio de.

    Ao invs do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.

    Em vez de signicano lugar de.Em vez dejogar futebol, preferimos ir ao cinema.

    Ao encontro de/De encontro a

    Ao encontro rege a preposio de e signica estar a favor de,

    caminhar para.Aquelas atitudes iam ao encontro do que eles pregavam.

    De encontro rege a preposio ae signicaem sentido oposto, contra.Sua atitude veio de encontro ao que eu desejava: meusplanos foram por gua abaixo.

    Acerca de/H cerca de

    Acerca de uma locuo prepositiva, que equivale a respeito de.Discutimos acerca damelhor sada para o caso.

    H cerca de uma expresso em que o verbo haver indica tempotranscorrido; equivale afaz.

    H cerca deuma semana, discutamos a melhor deciso

    a tomar.

    A m de/Am

    A m de uma locuo prepositiva que indicanalidade.Ele saiu cedo a m deno perder a carona.

    Am adjetivo e signicasemelhante, que apresenta anidade.O genro um parente am.Tratava-se de idias ans.

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    Demais/De mais

    Demais advrbio de intensidade e equivale amuito.

    Elas falam demais.Demais tambm pode ser usado como substantivo (vir precedidode artigo, ou outro determinante), signicando os restantes.

    Chamaram onze jogadores para jogar; os demaiscaramno banco.

    De mais locuo prepositiva e possui sentido oposto ade menos.No haviam feito nadade mais.

    -toa/ toa

    -toa um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e signicaimpensado, intil, desprezvel.

    Ningum lhe dava valor, era considerada uma pessoa-toa.

    toa um advrbio de modo, signica a esmo, sem razo,inutilmente.

    Andavam toapelas ruas.

    Dia-a-dia/Dia a dia

    Dia-a-dia um substantivo e signicacotidiano.O dia-a-diado trabalhador extremamente montono.

    Dia a dia expresso adverbial e signicatodos os dias, cotidianamente.Os preos das mercadorias aumentam dia a dia.

    Mas/Mais

    Mas uma conjuno que introduz uma contrariedade, umaadversidade.

    Na dvida, substitua a conjuno mas pelas conjunes equivalentesporm, contudo, todavia, entretanto.

    Tivemos um aumento salarial, masa inao foi maior.

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    Mais , na maioria das vezes, um advrbio (o contrrio de menos).Hoje comemos maisverduras e menos carne.

    A par/Ao par

    A par usado, normalmente, com o sentido de estar bem informado,ter conhecimento,

    Aps a consso, camos a parde tudo.

    Ao par usado para indicar equivalncia cambial.O dlar e o marco esto ao par (isto , tm o mesmo

    valor).

    Tampouco/To pouco

    Tampouco advrbio e signicatambm no.No realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquerjusticativa.

    Em to pouco, temos o advrbio de intensidade to modicandopouco, que pode ser advrbio ou pronome indenido.

    Estudamos to pouco esta semana! (to modica oadvrbio pouco).Tenho to pouco entusiasmo pelo trabalho! (to modicao pronome indenido pouco).

    Ter de/Ter que

    Ter de indica obrigatoriedade:Para ser aprovado, tenho de fazer o teste.

    Ter que indica permissividade:Tenho que ser eleito para ser respeitado ( umaprobabilidade, no uma imposio).

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    10 HFEN

    Os casos que mais trazem dvidas quanto ao uso do hfen so aquelesem que os vocbulos aparecem precedidos de prexos de uso freqente nalngua escrita.

    Observe o quadro:

    HFEN

    PRIMEIROELEMENTO SEGUNDO ELEMENTO EXEMPLOS OBSERVAES

    PREFIXOS VG H R S QL

    Auto, contra,extra, infra,intra, neo,proto,pseudo,

    semi, supra,ultra

    auto-educao,contra-ordem,infra-estrutura,semi-selvagem.

    Exceo:extraordinrio

    Ante,anti,sobre,arqui

    ante-histrico,anti-higinico,sobre-saia

    Excees:antissptico,sobressair,sobressalente,sobressalto

    Hiper,inter,super

    hiper-realismo,inter-regional,super-homem

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    HFENPRIMEIROELEMENTO

    SEGUNDO ELEMENTO EXEMPLOS OBSERVAES

    PREFIXOS VG H R S QL

    Circum,mal,pan

    circum-adjacente,mal-humoradopan-asitico

    Ab,sob,sub,ad,ob

    ab-rogar,sob-roda,sub-reino

    Casoparticular:Separa-se o SUBtambm antesde palavrasiniciadas por B:sub-bosque

    Alm,aqum,recm

    alm-mar,aqum-tmulorecm-casado

    Ps,

    pr,pr(tnicos)

    ps-meridiano,

    pr-escolar,pr-britnico

    Caso

    particular:Quandoos tonosaglutinam-se:pospor,procnsul,preanunciar

    Ex (cessamentoou estado

    anterior), sem,sota, soto,vice,vizo

    ex-diretor,sem-cerimnia,

    sota-piloto,soto-ministro,vice-reitor,vizo-rei

    VG = VOGAL QL= QUALQUER

    Bem: exige hfen quando o vocbulo que segue tem vida autnoma

    na lngua ou a pronncia o requer.bem-apessoadobem-estar

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    bem-me-querbem-vindobem-dizer

    bem-querer

    Mas temos tambm:bendizerbenquerenabenditoBenca

    Quando reunimos dois vocbulos que j existem, resulta-se um novoe nico conjunto de sentido:

    mo-de-obraano-basesul-rio-grandensediretor-geralprocuradoria-geralscio-polticoabaixo-assinado

    OS PREFIXOS E O HFEN

    Os prexos e elementos prexados adiante nunca vm seguidos dehfen, ou seja, so ligados diretamente ao vocbulo a que se referem.

    Exemplo: aeroespacial, hidreltrica, termodinmico, bicampeo,

    radiopatrulha, macrorregio etc.

    aer(o)agro = agrcolaambianudiobi

    biocardiocata

    cisde(s)di(s)ele(c) trol (o)si (o)

    fon (o)fot (o)gastr (o)

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    ge (o)hemihepta

    hexahidr (o)hipohomoinintrojustamacro

    maximicr (o)minimonomotomultipara (com signicado de aolado de: paraestatal)

    octapentaper

    polipreterpsic (o)radi (o)reretroteleter

    termotetratranstriuni

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    11 PONTUAO

    Observe a importncia da pontuao e da entonao no texto abaixo:

    O TESTAMENTO

    Um homem rico, sentindo que estava morrendo, pediu o papel e acaneta e escreveu:

    Deixo os meus bens minha irm no ao meu sobrinho jamais serpaga a conta ao alfaiate nada aos pobres.

    No teve tempo de pontuar e morreu.Eram quatro os herdeiros.Chegou o sobrinho e fez estas pontuaes na cpia do bilhete:Deixo os meus bens minha irm? No! Ao meu sobrinho. Jamais

    ser paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.A irm do morto chegou em seguida, com outra cpia do escrito,

    pontuada deste modo:Deixo os meus bens minha irm. No ao meu sobrinho. Jamaisser paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.

    Surgiu o alfaiate que, pedindo a cpia do original, fez estaspontuaes:

    Deixo os meus bens minha irm? No. Ao meu sobrinho?Jamais!Ser paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.

    O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; um

    deles mais sabido, tomando outra cpia, pontuou assim:Deixo os meus bens minha irm? No!Ao meu sobrinho? Jamais!

    Ser paga a conta ao alfaiate? Nada! Aos pobres!

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    Como ser que foi resolvida a questo?

    PONTUAO

    Para reproduzir na linguagem escrita os inumerveis recursos dafala, contamos com uma srie de sinais grcos denominados sinais depontuao. So eles:

    1 - ASASPAS ( )2 - OSDOISPONTOS ( : )3 - O PONTO-E-VRGULA( ; )

    4 - AVRGULA( , )5 - O PONTODEINTERROGAO ( ? )6 - O PONTODEEXCLAMAO ( ! )7 - O PONTOFINAL( . )8 - O TRAVESSO ( )9 - ASRETICNCIAS ( ... )10 - OSPARNTESES ( )

    Alguns sinais de pontuao servem, fundamentalmente, para marcarpausas (o ponto, a vrgula, o ponto-e-vrgula). Outros tm a funo demarcar a melodia, a entonao da fala (o ponto de exclamao, o ponto deinterrogao etc.)

    No fcil xar regras para o emprego correto dos sinais depontuao, uma vez que, alm dos casos em que o uso dos sinais obrigatrio(determinado pela sintaxe), existem tambm razes de ordem subjetiva (a

    busca da melhor expresso, que se transforma numa questo de estilstica).A seguir, passaremos a expor algumas regras de pontuao.

    1. ASPASEmpregam-se as aspas para:a) Isolar palavras ou expresses estranhas lngua culta, tais como:

    grias, expresses populares, estrangeirismos, neologismos,

    arcasmos etc.Ele estavanuma boa.Ele the best.

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    Palavras estrangeiras tambm podem ser grafadas em caracteresdiferentes daqueles do texto.b) Mostrar que uma palavra est sendo utilizada em sentido diferente

    do habitu