Portugues ao alcance de todos Gramatica e Redação

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PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS Gramtica e Redao Comercial sem Mistriosportugu.indd 31/10/2002, 22:24 1Todos os direitos desta edio reservados ao autor.Publicado por Editico Comercial Ltda.Av. Paulista 2073 - Conjunto Nacional - Ed. Horsa I - cj. 222Cerqueira Csar Cep:01310-940 So Paulo/SPTel: (11) 3179-0082 Fax: (11) 3179-0081e-mail:[email protected] internet, publicao exclusiva da iEditora:www.ieditora.com.brportugu.indd 31/10/2002, 22:24 2PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS Gramtica e Redao Comercial sem MistriosCLUDIA SILVA FERNANDES MARISA DOS SANTOS DOURADOSo Paulo - 2002portugu.indd 31/10/2002, 22:24 3 2002 de Cludia Silva Fernandes e Marisa dos Santos DouradoTtulo Original em Portugus:Portugus ao alcance de todos: gramtica e redao comercial sem mistriosReviso:Elina MiottoCapa:Vivian ValliEditorao Eletrnica:Vivian ValliPROIBIDA A REPRODUONenhumapartedestaobrapoderserreproduzida,copiada,transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrnicos ou gravaes, assim como traduzida,semapermisso,porescritodoautor.Osinfratoressero punidos pela Lei n 9.610/98.Impresso no Brasil / Printed in BrazilISBN: 85-87916-62-9portugu.indd 31/10/2002, 22:24 4AGRADECIMENTOSAgradecemos aos nossos pais e flhos quenosajudaramnaconquistade mais um sonho em nossas vidas.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 5portugu.indd 31/10/2002, 22:24 6APRESENTAOFeliz o homem que acha sabedoria, e o homem queadquireconhecimento;porquemelhoro lucro que ela d do que o da prata, e melhor sua renda do que o ouro mais fno.Provrbios 3,13Esta obra o resultado de experincias e vivncias adquiridas em vrioscursosministradosporns,cujosobjetivoseramreverconceitos gramaticaiseaplic-losnodia-a-dia,modernizar,demodoprtico eefciente,diferentestipostextuais,capacitando,dessamaneira,os profssionaisadesempenharemcomseguranaeagilidadetarefasque envolvessem a comunicao escrita.Comoobjetivodealcanarumpblicoheterogneo,porm, comosmesmosanseios:solucionardvidasfreqentesnousoefetivo dalngua,informamosquenotemosa lmpadamgicaequeno poderemos resolver seus problemas lingsticos num piscar de olhos. Isso iluso!Entretanto,sevocassumirumaposturacrticadiantedas diversas modalidades textuais que se apresentam no cotidiano, dominar alguns recursos lingsticos e refetir sobre a realidade, com certeza, voc produzir textos mais efcientes.A fm de orient-lo nessa sua jornada, elaboramos, reformulamos eorganizamosestemanual,paraquevoctenhauminstrumento facilitadordodesenvolvimentodessahabilidadetoindispensvel: escrever.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 7portugu.indd 31/10/2002, 22:24 8SUMRIO1.QUALIDADES DA COMUNICAO ESCRITA E TCNICAS PARA SUA OBTENO.............................................................112. OBJETIVOS BSICOS DE UMA REDAO EMPRESARIAL.......................173. O ENFOQUE DAS CARTAS NOS DIFERENTES RECEPTORES ...................194. O TEXTO DA CARTA: PLANEJAMENTO..........................................235. COMPONENTES DE CARTAS COMERCIAIS, ESTTICA, ESTILO E ERROS GERAIS..................................................................276. CARTAS DE COBRANA E OS DIVERSOS GRAUS DE RIGOR..................497. NARRAO, RELATO, DESCRIO E DISSERTAO ...........................558. RELATRIOS........................................................................599. ORTOGRAFIA.......................................................................6710. HFEN ...............................................................................7711. PONTUAO........................................................................8112. PRONOMES .........................................................................8913. ACENTUAO GRFICA.........................................................10114. CRASE.............................................................................10515. CONCORDNCIA NOMINAL E VERBAL.........................................11116. REGNCIA NOMINAL E VERBAL ................................................121BIBLIOGRAFIA ....................................................................127portugu.indd 31/10/2002, 22:24 911portugu.indd 31/10/2002, 22:24 10111QUALIDADES DA COMUNICAO ESCRITA E TCNICAS PARA SUA OBTENOSoqualidadesquevocdevecultivaraoredigir:aconciso,a clareza, a coerncia, a coeso, a correo e a elegncia.CONCISO O que ?Serconcisoserexato,noabusardaspalavras.Deve-seirdireto aoassunto.Umtextoconsideradoconcisoquandoeliminatudo aquilo que desnecessrio. Para que serve? Serve para o leitor chegar informao o mais rpido possvel, ou seja, para atingir o objetivo da sua redao (informar, solicitar, relatar etc.). Como obter? V direto ao assunto;Mantenha-sedentrodoassunto,tema,matria.Redatores distradoscostumamdesviar-separaassuntossecundriosno decorrer do texto, fugindo daquilo que interessa; Evite palavras ou frases desnecessrias. Veja alguns exemplos: evidente que....................................em geral, quando evidente no precisamosdizere,quandono , mentira dizer.a fnalidade desta ............................por que no apresentar direto?portugu.indd 31/10/2002, 22:24 11PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS12CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO13 desnecessrio dizer que.....................se desnecessrio, no diga.Emnomedaconciso,claro,nosedevemsacrifcarasidias importantesnemeliminarasconsideraespertinentes.Oidealestno perfeito equilbrio entre os dados que se pediram e aqueles que se oferecem.Compare os textos abaixo: TEXTO PROLIXO TEXTO CONCISOAgradeoimensamentesuacartae seuinteresseempublicarconosco seusmaravilhososebemredigidos trabalhos.Nossadiretrizeditorial, contudo,estsendogeridapelas atuaisecatastrfcasdifculdadespor queatravessaopas,nopodendo, porisso,aempresainvestirem novoseatraentesttulosnopresente momento. Fossem outras as condies domomento,certamenteteramos amaiorsatisfaoempublicar suainsigneobra.Comnossos melhoresagradecimentospelaoferta, manifestamosaoensejoasexpresses denossaelevadaconsideraoe apreo. Sem mais para o momento.Atenciosamente, Fulano de tal.Agradeosuacartaeseuinteresse empublicarconoscosuaobra. Lamentamosinforma-lhequea empresa no est investindo em novas publicaesnomomento,embora reconheamostratar-sedeobracom apurocientfco.Manifestamosnossa considerao pela oferta.Atenciosamente,Fulano de tal. CLAREZA O que ?Ser claro tornar o seu pensamento comum aos leitores. Para que serve?Serveparasercompreendidorapidamenteeparanoconfundiro leitor. Como obter?Usepalavrasconhecidasdetodos.Comsimplicidadepossvel portugu.indd 31/10/2002, 22:24 12PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS12CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO13escrever de maneira original e criativa e produzir frases elegantes e variadas;Escolhabemaspalavras.Evitetermosestrangeiros,termos tcnicos, termos difceis, enfm, palavras ambguas ou com sentido vago;Tomecuidadocomosadjetivoseadvrbios,poiselesrefetem seujulgamentoarespeitodaqualidadeounaturezadascoisas, objetoseprocessos;tambmfcaremosemdvidaquanto interpretao do leitor. Ex:Asmquinasseroinstaladasrapidamente.(oquerpido para mim pode no ser para voc);Sejapreciso:aprecisoexigequevocentendatudooquevai transmitir ao leitor;Eviteperodosmuitolongos,vdiretoaoassunto,adote,como norma,aORDEMDIRETA(sujeito-verbo-complemento-adjunto),poisconduzmaisfacilmenteoleitoressnciado assunto;Pontue adequadamente.No existem tcnicas que nos tornem claros se estamos perdidos em nosso prprio pensamento. No devemos pensar que os leitores devem descobrir o que queremos dizer. Clareza , antes de mais nada, uma questo de atitude.Devemos raciocinar, pensar como o leitor. Se for vendedor, pense como vendedor; se for adolescente, pense como adolescente; e assim por diante.LEMBRE-SE de que para o leitor que devemos ser claros.COERNCIA O que ? ter lgica, ligao, nexo entre palavras e idias. Para que serve?Serve para evitar contradies.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 13PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS14CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO15Exemplo de um pargrafo incoerente: No h nenhuma suspeita sobre o comportamento dessa gerncia, mas a empresa solicitou que se realize uma auditoria completa, para que... Como obter? Planeje: No se esquea do objetivo da redao; Verifque se as informaes relevantes encontram-se presentes. A ausncia de alguma informao d a impresso de descuido ou de m f na pior das hipteses; No misture fatos e opinies. FATO o que realmente aconteceu. OPINIO a interpretao dos fatos; Justifque as concluses. Elas precisam ter uma origem, uma razo. Precisa fcar bem claro para o leitor que a sua concluso tem um fundamento lgico; No misture assuntos. Cada assunto em um pargrafo. Em qualquer meio de comunicao existem trs interpretaes:A. O que o autor ou orador quis dizer.B. O que ele realmente disse.C. O que a pessoa que recebe a mensagem acha que foi dito.Deveramos todos procurar assegurar que A e C sejam idnticos.R.T. Chapell & W.L. ReadCOESO O que ? a relao que as partes da mensagem devem guardar entre si. Para que serve?Serve para o leitor entender melhor a mensagem e sentir-se levado pela mo, atravs dos diversos pargrafos, at o fnal do texto. Como obter?Aconexoentreosdiversospargrafosfcamaisntidaatravsde palavras e expresses de transio.Elaboramosumquadroauxiliarcomalgumasdessasexpresses. Veja-o na pgina seguinte.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 14PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS14CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO15QUADRO AUXILIAR DE PALAVRAS E EXPRESSES DE TRANSIOPARA ENUMERAR Ainda Alm do mais Antes de tudo Em primeiro lugar Inicialmente Por outro lado Principalmente SobretudoPARA EXPLICAR, EXEMPLIFICAR, CORRIGIRAlisIsto Ou melhor Por exemplo Quer dizer PARA INDICAR LUGARAdiante Ali Ao lado AondeAqui Dentro Em frente a L Longe de Onde Perto dePARA INDICAR TEMPOA seguirAfnalAgoraAmanhAo mesmo tempoAtualmenteBreve Com freqncia Constantemente Costumeiramente Desde que Em seguida Enquanto Hoje Imediatamente Ocasionalmente Simultaneamente Sucessivamente PARA INDICAR CONDIOCaso Contanto que Desde que Mediante Se Sem que Uma vez quePARA INDICAR OPOSIO, CONCESSOAinda que Ao contrrio Apesar de Contra Contudo Embora Entretanto No obstante Pelo contrrio PormPARA INDICAR CONSEQNCIA, FIM,CONCLUSOCom issoConseqentemente De modo que Em conseqncia disso Por conseguinte Por isso Com o propsito de De maneira a Para que Portanto Por isso Como resultado Em resumo Enfm PARA INDICAR CAUSAComo Devido a Em conseqncia Em virtude de Em vista de Por falta de Por isso Por motivo de Por razes de Porque Razo por que Uma vez que Visto queportugu.indd 31/10/2002, 22:24 15PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS16 17CORREO O que ?obedecergramtica,ouseja,eliminarerros,inadequaesde concordncia, acentuao, crase etc. Para que serve?Serveparaacomunicaoescritaocorrerdeformaclara,concisa, coerente, elegante etc. Como obter?Consulte sempre um bom livro de gramtica, dicionrios, livros de redao e estilo, livros como tira dvidas etc;Pea para outra pessoa ler o texto. ELEGNCIA (OU CORTESIA) O que ? tornar a leitura do texto agradvel ao leitor. Para que serve?Serve para motivar, provocar a simpatia dos leitores, estimulando-os a produzirem respostas. Como obter? Varie o vocabulrio; Evite amabilidades ilgicas, frias e convencionais lanadas no papel; Seja claro, conciso, coerente;Corrija,confra:nomes,cargos,nmeros,datas,horrios, regncias, acentuaes etc; Evite palavras de sentido negativo, tais como: negligncia, esqueci-mento, erro, culpa etc.Acortesiaeasboasmaneirassemprepagambonsdividendos,abrandandoa oposioeoantagonismo.Atapessoamaisobstinadaedemaisdifciltrato amansa um pouco sob o impacto constante de uma sincera cortesia.Grace Stuart Nutley - adaptaoportugu.indd 31/10/2002, 22:24 16PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS16 172OBJETIVOS BSICOS DE UMA REDAOEMPRESARIALFicamos conhecendo as qualidades da comunicao escrita: conciso, clareza, coerncia, coeso, correo e elegncia. Analisando-as, poderamos afrmarqueacomunicaoescritaefcazestapoiadanumtrip,comose pode ver no quadro abaixo:COMUNICAO ESCRITA EFICAZ TORNAR O PENSAMENTO COMUMPERSUADIR PRODUZIR RESPOSTAS Tornar o pensamento comum ser claro.Persuadiratrair,motivaroleitoracrerouaaceitardeterminada informao, respondendo-nos favoravelmente.Produzir respostas fazer com que o leitor nos responda.Naprtica,entretanto,ocorrerosempreinterfernciasque podero nos atrapalhar, prejudicando, assim, a produo do texto. So essas as interferncias: Fsica: difculdade visual, m grafa, cansao etc.Cultural:palavrasoufrasesambguase/oucomplicadas,diferenasde nvel social etc. Psicolgicas: agressividade, aspereza, antipatia (falta de expresses persuasivas).portugu.indd 31/10/2002, 22:24 17PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS18 19Como evitar essas interferncias? Conhecendoasseispeasdaestruturadacomunicao.Asaber: remetente, destinatrio, cdigo, repertrio, mensagem e veculo. 1)Remetente, emissor ou locutor: quem envia a mensagem.2)Destinatrio, receptor ou alocutrio: quem recebe a mensagem e deve produzir uma resposta para o remetente.3)Cdigo: Lngua Portuguesa. Usam-se palavras claras, objetivas para obter respostas rpidas e uniformes.4)Repertrio:valores,conhecimentosculturais,geogrfcoseafetivos presentes em cada indivduo. 5)Mensagem: contedo enviado de forma atraente ao destinatrio a fm de estimul-lo a produzir uma resposta.6)Veculo:omodopeloqualoremetenteirconduzira mensagem, atravs de relatrios, CI, fax, bilhete etc.Um texto tem como objetivo transmitir uma informao do redator ao leitor e, para que esse objetivo seja conseguido, a tcnica de comunicao deve ser efciente.Veja agora os objetivos bsicos da redao empresarial:SOLICITAR INFORMAR DOCUMENTARrequisitar, requerer, pedir, rogar, rogar com insistncia, com urgnciaavisar, instruir, confrmar, dar parecer sobre o assuntojuntar documentos a, provar determinado fato com documentosParaqueseuobjetivosejaalcanado,verifqueseasseispeasda estrutura da comunicao esto presentes em seu texto, a fm de tornar sua redao efciente.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 18PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS18 193O ENFOQUE DAS CARTAS NOS DIFERENTES RECEPTORESVimos que para escrever bem necessrio:Conheceraestruturadacomunicao(remetente,destinatrio,cdigo, repertrio, mensagem e veculo); Tornar o pensamento comum; Persuadir; Produzir uma resposta.Ocomportamentohumanocomplexoe,parausufruirpositiva-mentedele,precisamosimaginardequeformanossamensagemser recebida e qual ser a ao ou reao do receptor.Dessaforma,seoenfoquedamensagemdecunhoempresarial, deveremos nos ater a uma linguagem condizente com esta situao, ou seja, com objetividade.Aosetratardecartersocial,propriamentedito,ostermos empregadosdeveroserelacionarcomocotidianopormeiodeuma linguagem simples e breve.MECANISMOS DO COMPORTAMENTOO comportamento humano normal possui trs caractersticas:1) Causa: no ocorre ao acaso.2) Meta: desejo na obteno de algo.3) Motivao: impulso prprio ou de outros.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 19PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS20CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO21Quando o comportamento parece inconveniente, as pessoas passam a agir de maneira diferente. Por isso, para sabermos em que circunstncia o comportamento de algum capaz de modifcar-se, essencial procurarmos compreender sua maneira de ser.Considereosaspectosfsicoehumano,lembrando-sedequeas pessoasso,porvezes,demasiadamentesensveis,daaimportnciada linguagem utilizada.Antes de comear a produzir a mensagem, pergunte-se: A quem estou escrevendo? Qualorepertriodapessoaaquemestouenviandoa mensagem?Voc deve estar se perguntando: Por que devo pensar em tudo isso?RESPOSTA: Para no correr o risco de atirar a sua mensagem no lixo e para voc obter a to esperada resposta.Porm, tome cuidado com o esteretipo, que tem como defnio: tornar algo fxo ou inaltervel. Muitas vezes temos uma idia padronizada dos indivduos.Ex: Portugus burro.Mineiro devagar.Ele estudado, por isso entender.Paraorelatrio,CI,cartainformativaeoutrosmeiosde comunicao atingirem os objetivos esperados, so necessrios:Tomarcuidadocomaautomaomental:temosdeteruma atenoconstanteparanocairnopilotoautomtico.Quando issoacontece,voccomeaafcarcadavezmaisparecidocom uma gravao (e talvez menos efciente). As pessoas so diferentes, cadasituaonicaearespostaautomatizadasempresoa artifcial;Conhecerorepertriodoleitor,optandoporumvocabulrio adequado, pois devemos v-lo como determinante da forma e do contedo de nossa mensagem;portugu.indd 31/10/2002, 22:24 20PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS20CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO21Ter empatia, que signifca a capacidade de se colocar no lugar da pessoa. Aartedaempatia,maisdoqueasimpatia,ograndesegredo deumaefetivacomunicao.Alis,acomunicaonooquese transmite ou o que se fala. A comunicao o que chega ao ouvinte ou interlocutor. o que interpretado, o estmulo que d no outro, a partir do que escrevemos, dissemos ou fzemos. (Reinaldo Passadori - O Estado de So Paulo 31-12-96)O GUARDADOR DE REBANHOSO meu olhar ntido como um girassol.Tenho o costume de andar pelas estradasOlhando para a direita e para a esquerda,E de vez em quando olhando para trs...E o que vejo a cada momento aquilo que nunca eu tinha visto,E eu sei dar por isso muito bem...Sei ter o pasmo essencialQue tem uma criana se, ao nascer,Reparasse que nascera deveras...Sinto-me nascido a cada momentoPara a eterna novidade do Mundo...Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)portugu.indd 31/10/2002, 22:24 2123portugu.indd 31/10/2002, 22:24 22234O TEXTO DA CARTA: PLANEJAMENTOPara o planejamento de uma carta devemos:1) Conhecer o assunto a ser exposto;2) Levantar dados importantes sobre o assunto da carta. a fase de procura e pesquisa;3) Selecionar os dados mais relevantes que devem chegar ao conhecimento dodestinatrio.Oquedeterminaesteaproveitamentooobjetivoda correspondncia;4)Ordenarosdados,ouseja,coloca-secadacoisaemseulugar,em seqncia. Este trabalho possibilita uma exposio mais lgica e coerente do assunto, alm de oferecer a vantagem de j preparar a diviso da carta em seus diversos pargrafos, dessa maneira, o leitor compreender mais facilmente a mensagem da carta;5) Rascunhar o assunto. o momento de transformar o esquema inicial num texto organizado, estruturando idias em frases e pargrafos. No se deve esquecer de relacionar os diversos pargrafos entre si, atravs de palavras e expresses conectivas adequadas (veja quadro auxiliar no captulo 1) e ver se as qualidades da redao comercial esto presentes em seu rascunho;6) Digitar e formatar o texto; e7) Revisar e corrigir os erros. Quemseorgulhadostextosqueelaboradeverev-loscomcuidado, procurandocertifcar-sedequesuaspalavrastraduzemefetivamenteseus pensamentos e de que o leitor os apreender sem distores. Jos Roberto Whitakerportugu.indd 31/10/2002, 22:24 23PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS24CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO25 necessrio falar do PARGRAFO, pois ser ele que conduzir sua mensagem e atrair a ateno do leitor.PARGRAFO O que ? uma parte do texto que representa as articulaes do raciocnio. Para que serve?Serve para expressar as etapas do raciocnio. Como construir um pargrafo?Estruturando-o atravs de trs etapas:1)Introduo:anuncia-seoquesequerdizeratravsdefrase(s) inicial(is), tambm chamada tpico frasal ou frase-ncleo, que resumetodoopensamentoqueserdesenvolvidonocorpodo pargrafo.2) Desenvolvimento: desenvolve-se a idia anunciada.3) Concluso: dar-se- um fecho idia explanada.OBS:amudanadeumpargrafomarcaofmdeumaetapaeo comeo de outra.Se cada pargrafo for bem estruturado e houver coerncia e coeso entresuasidiaseentreumeoutro,oresultadoserumtextodeboa qualidade.VINTE LEMBRETES PARA O REDATOR DE CARTAS COMERCIAIS1.Trate o leitor com a mxima cortesia.2.Responda sem demora as cartas recebidas.3.Antes de escrever, rena todos os dados necessrios.4.V diretamente ao assunto, pois os leitores so pessoas ocupadas.5.Seja claro, conciso, pois assim economizar o tempo do leitor e o seu.6.Quandotiverderedigir,eviteonervosismoeapreocupao;sem serenidade, difcil reunir idias apropriadas.7.Seja original.8.No empregue grias nem use, desnecessariamente, termos tcnicos.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 24PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS24CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO259.Evite as controvrsias e os antagonismos.10.Seforprecisoapresentarqueixas,eviteotomofensivo:Comvinagre no se apanham moscas.11.Em vez de censurar, pea explicaes.12.Consulte o dicionrio sempre que estiver com dvidas.13.Escreva para expressar-se, no para impressionar.14.Aquemvocestescrevendo?Sepossvel,formeumaidiado destinatrio (sem esteriotip-lo, claro!).15.Suas cartas tm de refetir esprito de cooperao; interesse sincero em ajudar, pois cativa os leitores.16.Vejaseasqualidadesdacomunicaoescritaestopresentesemseus textos.17.Nunca se desvie do objetivo da carta.18.Se possvel, pea para um colega ler seus textos, analisando-os e dando algumas sugestes.19.Uma boa esttica complementa a qualidade de seu texto.20.Lembre-se de que uma carta bem redigida assegura bons negcios.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 2527portugu.indd 31/10/2002, 22:24 26275COMPONENTES DE CARTAS COMERCIAIS,ESTTICA, ESTILO E ERROS GERAISCORRESPONDNCIA O que ? a ao ou estado de corresponder, adaptar, relatar. um meio de comunicao escrita entre pessoas que se efetiva por meio de papis, cartas, e-mails, documentos. Para que serve?Serve para iniciar, manter ou encerrar transaes. Como obter? Evite as adjetivaes abundantes e divagaes inteis;Utilizeumalinguagemclaraesimples,objetiva,concreta(no podeservaga)ecorreta,comnormasquearegulam,como: vocativo, fecho etc. que sero vistos neste captulo. Veja o que diz o Sistema de Consulta Interativa, Help, Estado, sobre as vantagens do texto bem estruturado: Ostextosproduzidosnasempresasgeralmentetmumaestrutura padronizada. Quem conhece as possveis estruturas de texto se adapta facilmente a qualquer tipo de texto que precise produzir, seja uma anlise de um produto, sejaumaexplanaodemetas,sejaumrelatrio.Oquesedeveevitaro condicionamentoaumaestruturanica,paraquenosepercaanoode alcance do texto. Em outras palavras, para no fcar bitolado.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 27PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS28CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO29Nacorrespondnciamodernanecessriodeixardeladochaves, palavrasredundantes,repetiesincmodas,elogiosexageradosefalsos, introdues e fechos que nada transmitem.Ser colocado aqui, um modelo de carta comercial atualizada, para que voc possa verifcar o que est certo, errado e aceitvel. Mas, antes de qualquer coisa, necessrio ter bom senso. Saiba que voc dono de seu texto e responsvel por ele. Elaborando-o bem, usando bem as palavras e tendo esttica, voc no precisa ter medo de nada, apenas... escreva!Os tipos de correspondncias so: Ofcial Comercial ParticularSoinmerosostiposdecorrespondncia,entretanto,iremos trabalharasparticularidadesdacorrespondnciacomercialutilizadana indstriaecomrciocomseusclientesevice-versa,acondicionadaem envelopes. Nofnaldestecaptulo,seguemalgumasdefniesemodelosde cartas ofciais.portugu.indd 31/10/2002, 22:24 28PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS28CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO29MODELO DE CARTA COMERCIALVERBUM Assessoria Ltda.LP/33-02 2- NDICE E NMERO3 espaos (3x1)So Paulo, 22 de agosto de 2002. 3 - LOCAL E DATA5 espaos (5x1)Participantes do Curso de Redao 4 - DESTINATRIO2 espaos (2x1)Ref.: Curso de Tcnicas de Redao 5 - REFERNCIA3 espaos (3x1)Srs. Alunos: 6 - INVOCAO3 espaos (3x1)7- TEXTOAo conhecermos as difculdades existentes na redao de um simples bilhete aumcomplicadssimorelatrio,elaboramosumcursocujoobjetivoapresentar tcnicasparaaobteno deumbom texto, exercitandoassima estruturaodos tipos de documentos mais comuns e recordar as regras gramaticais.Aabordagemdessecursovalorizaabuscadaprticaargumentativa,do raciocnio, da refexo e da criatividade.1 - TIMBRE5 espaos (5x1)portugu.indd 31/10/2002, 22:24 29PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS30CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO31LP/33-02Fl. 2-2Vale ressaltar que no nos preocupamos exclusivamente com as difculdades do redator, mas tambm com o receptor, pois atravs dele que a comunicao escrita ser realizada.Sabemos que tcnicas no trazem benefcios a curto prazo, mas proporcionam coragem de mudar o que consideramos difcil. Relembramos aqui os versos de Carlos Drummond de Andrade: Lutar com palavras a luta mais v. 2 espaos (2x1)Atenciosamente, 8 - FECHO E ASSINATURA3 espaos (3x1)Cludia Silva Fernandes, 3 espaos (3x1)Marisa dos Santos Dourado. 4 espaos (4x1)Anexos: Envelopes e folha de atividades 9 - ANEXOS3 espaos (3x1)MSD/CLF 10 - INICIAIS3 espaos (3x1)c/c: Participantes do curso 11 - CPIAportugu.indd 31/10/2002, 22:24 30PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS30CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO31COMPONENTES DE UMA CARTA COMERCIAL:1.Timbre:apareceimpressonopapel,contendoosdadosdaempresa: nome, endereo, fax, e-mail, CGC etc.2.ndice/no: iniciais do departamento expedidor e nmero da carta, seguido de trao (hfen) e dos dois algarismos fnais do ano. colocado antes da data, ou na mesma linha da data. Ele recomendvel desde que se valha dele e a ele se faa referncia quando da resposta a uma carta da qual consta um prefxo. Ganha-se tempo e a linguagem torna-se mais precisa.Substitua: Na ltima carta que lhe escrevi, pedi...Por: Na ltima carta DRH-27, pedi-lhe...3.Localidade/data:arefernciadoseuleitor.Podesercolocadana mesma linha do ndice. Indique sempre a localidade e a data assim:So Paulo, 22 de agosto de 2002.OBS: Aps a data, coloca-se ponto fnal (.), porque se subentende um verbo oculto. Carta que foi escrita em So Paulo, 22 de agosto de 2002.Outras informaes:Nos nmeros cardinais, quando designam ano, so escritos sem ponto e sem espao: 1998, 1999 e no 1.998, 1.999;Use:02-3-98,coloca-sehfenparasepararelementodeumadata,pois proporciona clareza grfca e economia de tempo;Nmeros indicativos de dias usa-se um zero para evitar fraude;Para os meses, basta colocar zero antes de 1 e 2; para os demais meses no h necessidade, pois nenhuma falsifcao possvel.4. Destinatrio/endereo: basta colocar o nome da empresa e/ou pessoa a que a carta se destina:F.Lenza e Cia Ltda. ateno deou... AtenoWanderley Luxemburgoou... At.ou... Em ateno deportugu.indd 31/10/2002, 22:24 31PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS32CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO33F.Lenza e Cia Ltda.Sr. Wanderley Luxemburgoou... Srta. Adriane GalisteuOBS: No necessrio colocar o endereo no cabealho.5. Referncia ou Ref.: trata-se do assunto da carta. OBS: Usa-se em cartas longas, pois em cartas curtas pode ser dispensada. 6. Vocativo/invocao/saudao: se for a primeira vez que escrevemos para algum,devemosusarapenasSenhorouSenhores;casojexistaum relacionamentocomodestinatrio,podemosusarPrezadoSenhorou Prezados Senhores.Aps essas expresses, deve-se usar dois pontos, pois no se inicia texto de carta com letra minscula.7.Texto/corpodacarta:oassuntodacarta,quedeverserexpostode maneira clara, objetiva e precisa, em pargrafos. A carta tem em mdia trs pargrafos:1o Pargrafo: informao2o Pargrafo: desenvolvimento do tema3o Pargrafo: concluso OBS:Seacartaformuitoextensaeultrapassarumafolha,nosedeve usar a palavra continuao na folha seguinte, mas repete-se a referncia numrica. (Veja modelo de carta LP/33-02 na pgina 30)8.Despedida/fecho/assinatura:deve-se,depreferncia,ocuparumnovo pargrafo.Osfechostm-sereduzidoa:Atenciosamente,Cordialmentee Respeitosamentequesoseguidosdevrgulaporseremadvrbiose por algumas vezes o verbo estar subentendido:Atenciosamente, (subscreve-se) - Nem toda carta precisa de fecho.Para economizar tempo e aumentar a produtividade, devemos evitar formas complexas e fechos antiquados:portugu.indd 31/10/2002, 22:24 32PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS32CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO33Forma complexa: ...subscrevo-me,Atenciosamente.Fechos antiquados: Sendo o que se apresenta para o momento...Despedimo-nos.Sem mais para o momentoNo aguardo de suas breves notcias.OBS: Voc colocar uma despedida mais elaborada quando quiser enfatizar algo que disse no decorrer da carta.Ofechocompostodadespedidaedaassinatura.Naassinatura, dispensa-se, em qualquer documento, o uso do trao para a assinatura:Atenciosamente,Chico Bento,Diretor de Vendas.Restringe-se,atualmente,ousodocarimbonaassinatura,prefere-se, por ser mais esttico, digitar o nome e/ou cargo, funo de quem deve assinarodocumento.Hcasos,porm,emquenecessrioousodo carimbo, por exigncia de reparties pblicas.Coloca-se o cargo sob o nome de quem assina. Se voc quiser que saibam que o remetente advogado, coloque seu registro da OAB; se quiser que saibam que ele engenheiro, coloque o CREA. Assim:Cordialmente,Tio Patinhas,Assessor Jurdico.OAB no 0011portugu.indd 31/10/2002, 22:25 33PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS34CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO35Caso a secretria assine a correspondncia por seu executivo, dever fazer isso de modo que seu nome seja legvel. Coloca-se P/ antes do nome do executivo o que signifca por Fulano de Tal. Assim:Respeitosamente,P/Tio Patinhas,Assessor Jurdico.OAB no 00119. Anexos: So documentos que acompanham a correspondncia. Observe as seguintes possibilidades no uso da palavra:a) Se o anexo for nico: Anexo nico.b) Se forem vrios anexos, no primeiro escreve-se:Anexo no 1.E no ltimo:Anexo no X e ltimo.c) Quando se faz referncia a alguma pgina de um anexo, procede-se assim:Anexo 1/2 (que signifca anexo no 1, pgina 2).Anexo 9/13 (que signifca anexo no 9, pgina 13).Anexo no X e ltimo/5 (que signifca anexo no X e ltimo, pgina 5).d)Quandosovriosanexos,nacorrespondncia(notextodacarta), coloca-se:Anexos 6 (o que indica que os anexos so seis).e) Caso tenha um ou mais anexos, escreve-se antes das iniciais do redator e do digitador:Anexo - e o nome do anexo.Respeitosamente,Fulano de Tal,Gerente de Vendas.Anexos: Recibo e nota promissria.FL/MSportugu.indd 31/10/2002, 22:25 34PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS34CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO35Observe rigorosamente a concordncia nominal:Anexo: pedido assinado por V.Sa.Anexos: documentos assinados.Anexa: guia de recolhimento.Anexas: notas promissrias.Deve-se evitar a expresso em anexo (alguns gramticos consideram essa expresso errada).10. Iniciais: As iniciais do redator so colocadas no rodap, esquerda, sob a assinatura. MD/CF=MarisaDourado(Digitadora)eCludiaFernandes (Redatora) As iniciais tambm podem ser em letras minsculas: md/cfSe o redator e digitador forem os mesmos, coloca-se barra diagonal e, em seguida, as iniciais. Veja:/MD ou /md11. Cpias: Usam-se aps as iniciais do redator/digitador, nos casos em que haja interesse que a correspondncia seja lida por mais de uma pessoa (ou departamento). Assim:c/c: Departamento JurdicoRecursos HumanosSe no quiser colocar em ordem alfabtica, faa-o em ordem hierrquica.ENVELOPE E ENDEREAMENTO POSTALNo use: ponto fnal; formas de tratamento: Ilmo., Sr. etc; Para a, , Ao etc; Nesta cidade; No digite a palavra CEP, apenas coloque os nmeros sem ponto, abaixo do endereo; No grife ou sublinhe a cidade.Preste ateno: O nome deve ser escrito corretamente e com a acentuao correta;portugu.indd 31/10/2002, 22:25 35PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS36CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO37 Coloca-se o cargo do destinatrio; Rua e nmero ou caixa postal; Deve-se abreviar o estado; Caso a carta seja confdencial, escreva abaixo do selo. ATENO DE Usa-se quando se deseja que a correspondncia seja vista por algum em particular. No envelope:EDITORA ATLAS S.A.Rua Gabriel Monteiro da Silva, 1301 01221-020 So Paulo - SP - BrasilFone: (011) 3221-9144 (PABX) Fax: (011) 3221-9150/3221-9151Verbum Assessoria e Treinamento Ltda. ateno de Marisa dos Santos Dourado Rua do Sucesso, 107 - cj. 74 01128-010 So Paulo SPModelo comum:Cludia Silva FernandesR. Paraso, 87404144-010So Paulo - SPDeixar espao de seis toques (computador)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 36PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS36CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO37MODELOS DE ENVELOPES COM OITO QUADRCULASCludia Silva FernandesRua Paraso, 874 So Paulo - SPCludia Silva FernandesRua Paraso, 874 So Paulo - SP 04144-010Manuscrito DigitadoMODELOS DE ENVELOPES COM CINCO QUADRCULASMarisa dos Santos Dourado Rua Bom Sucesso, 107 cj.74 So Paulo - SP Marisa dos Santos Dourado Rua Bom Sucesso, 107 cj. 74 So Paulo - SP 01128-010Manuscrito DigitadoDEFEITOS NA CARTA COMERCIALH na correspondncia comercial uma srie de enganos que podem ser evitados, porm, no devemos nos prender em pormenores insignifcantes quepodemprovocaradesatenoquantoaerrosmaiores.Paratanto, precisamosnosatentar,emprimeirolugar,aocontedodotextoe deixar, para segundo lugar, questes presas esttica, gramtica etc.Noseesqueadequeacorrespondnciacomercialtemcomo objetivo transmitir uma mensagem clara que seja compreendida pelo leitor.Enumeramos uma lista de palavras e expresses que devem ser evitadas, ou por serem inteis, ou redundantes, ou gramaticalmente incorretas.EVITE:pleonasmos,estrangeirismos,expressesantiquadas, tautologias(dizeramesmacoisa,duasvezes,compalavrasdiferentes)e falhas gramaticais.0 4 1 4 4 0 1 00 1 1 2 8 - 010portugu.indd 31/10/2002, 22:25 37PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS38CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO39EVITE PREFIRAa razo para isso porque a respeito acima citado acusamos o recebimento agradecemos antecipadamente anexo a presente anexo segue anteriormente aperfeioar apesar do fato de que apoiamento aproveitamos a oportunidadeat o dia 29-8-02capacidade carta datada decom o propsito decompatibilizarconforme assunto em refernciadespendere etcele pediu que fzesse a cartaem anexoempregarencaminhamos em anexoenviandoestruturalizarevidenciarfnalizarininterruptamentelevamos ao seu conhecimentolimitados ao expostomobilidademodifcaona prxima segunda-feira, 28-8-02numerosoo corrente msoutrossimpasso s suas mosa razo para isso a esse respeitocitadorecebemosagradecemoss pode estar anexo a presenteanexo ou seguedetermine o tempomelhorarem virtude de ou devido aapoiousesomenteestaexpressopara cumprimentarseuleitorporalgum evento oupromooat 29-8-02podercarta de para ou a fm deconciliarem referncia acimagastaretc. signifca: e outras coisasquem pede, pede algo para algum, portanto,pediuparavocfazera cartaanexo(s) ou anexa(s)usarencaminhamos ou anexamos enviamosorganizarmostrarconcluircontinuamentecomunicamos ou informamosatenciosamente ou cordialmentemovimentomudanause um ou outromuitouse o nome do msainda ou tambmuso desnecessrioportugu.indd 31/10/2002, 22:25 38PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS38CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO39EVITE PREFIRApedimosrealizarseguem anexossem mais/sem mais para o momentoservimo-nos da presentetem a presente fnalidadetemos em mos sua cartatomamos a liberdadeum cheque no valor de R$5,00utilizaovimos pela presentevisualizarsolicitamos ( mais expressivo)fazerseguem ou anexamosatenciosamentes pode ser com a presentepara ou a fm deuso desnecessriouso desnecessrioelimine o termo: no valoruso v direto ao assuntoverCORRESPONDNCIA OFICIALAcorrespondnciaofcialestabelecerelaesdeserviona administrao pblica; relaes que seguem normas de linguagem e padro-nizao no uso de frmulas e estticas, por exemplo: ABAIXO-ASSINADODocumento particular, assinado por vrias pessoas e que, em geral, contm reivindicao, pedido, manifestao de protesto ou de solidariedade etc. ATADocumento de valor jurdico, em que se registram fatos, ocorrncias, resolues e decises de uma assemblia, sesso ou reunio. Sua fnalidade divulgada, normalmente, pelo edital de convocao publicado no Dirio Ofcial do Estado e em jornais de grande circulao.Ela deve ser assinada pelos participantes da reunio em alguns casos (conformeoestatutodaempresa),pelopresidenteousecretrio,sempre. Para sua lavratura, devem ser observadas as seguintes normas:1. Lavrar a ata em livro prprio ou folhas soltas, de tal modo que impos-sibilite a introduo de modifcaes.2. Sintetizar de maneira clara e precisa as ocorrncias verifcadas.3. Consignar as retifcaes feitas anterior.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 39PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS40CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO414. O texto ser digitado ou manuscrito, mas sem rasuras.5.Otextosercompacto,sempargrafosoucompargrafosnumerados, mas no se far uso de alneas.6.Nocasodeerrosconstatadosnomomentoderedigi-la,emprega-sea partcula corretiva digo.7. Quando o erro for notado aps a redao de toda a ata, recorre-se expresso: em tempo, que colocada aps todo o escrito, seguindo-se ento o texto emendado: Em tempo: na linha em que se l bata, leia data.8. Os nmeros so grafados por extenso.9. Quando ocorrem emendas ata ou alguma contestao oportuna, a ata s ser assinada aps aprovadas as correes.10.Humtipodeataqueserefereaatosrotineirosecujaredao temprocedimentopadronizado.Nestecasohumformulrioaser preenchido.11.Aataredigidaporumsecretrioefetivo.Nocasodesuaausncia, nomeia-se outro secretrio (ad hoc) designado para esta ocasio.Deve constar numa ata:1. Dia, ms, ano e hora da reunio (por extenso);2. Local da reunio;3. Pessoas presentes (com suas respectivas qualifcaes);4. Declarao do presidente e secretrio;5. Ordem do dia;6. Fecho;7. Assinaturas de presidente, secretrio e participantes.ATESTADODocumentofrmadoporumaoumaispessoasafavordeoutra, declarandoaveracidadedeumfatodoqualtenhaconhecimento,ou quandorequerido.Essefatopodeafrmaraexistnciaouinexistnciade uma situao de direito.CERTIDODocumento especfco de declarao legal calcada em livros e papis ofciais. Pode ser:a)emrelatrio,quandotranscreveounarra,resumidamente,ospontos indicados pela parte;portugu.indd 31/10/2002, 22:25 40PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS40CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO41b) integral, em teor, quando se reproduz por inteiro e com fdelidade o texto ou documento;c) negativa, quando frma a inexistncia de ato ou fato cujo conhecimento interessa parte; d) parcial, se apenas transcreve parte da pea judicial, do ato, ou documento.DECLARAOMuito semelhante ao atestado, dele difere apenas quanto ao objeto; enquantoaqueleexpedidoemrelaoaalgum,adeclaraosempre feitaemrelaoaalgumquantoaumfatooudireito;podeserum depoimento, explicao em que se manifestam opinio, conceito, resoluo ou observao.MEMORANDO Correspondncia interna usada por todas as pessoas de um mesmo local de trabalho.OFCIOCorrespondnciausadapelasautoridadespblicasparatratarde assuntos entre subalternos e superiores nos rgos da administrao pblica. Osdestinatriospodemserparticularescomosquaissequeiratratar assuntos de carter ofcial.PORTARIAAto escrito pelo qual o Ministro de Estado ou outro agente graduado dopoderpblicodeterminaprovidnciasdecarteradministrativo,d instruessobreaexecuodeleieservio,nomeiafuncionrioseaplica medidasdeordemdisciplinarasubordinadosqueincidememfalta. deliberaoadministrativaepodeemanardechefeousubchefede repartio.PROCURAOumdocumentoqueautorizaumapessoaarealizarnegciosem nome de outra.REQUERIMENTOPedido dirigido, geralmente, a uma pessoa de hierarquia superior ou portugu.indd 31/10/2002, 22:25 41PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS42CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO43autoridade. Abre-se com a indicao do cargo ocupado pelo destinatrio. O corpo do texto deve conter: os dados pessoais do requerente; pedidopropriamentedito(introduzidopelosverbossolicitarou requerer); a justifcativa; fecho, composto pelas expresses: Nestes termos, pede deferimento; local e a data; a assinatura do requerente.Ofornecimentodemodelosnosolucionaoproblemadosqueno sabem redigir. engano pensar que se aprende muito, copiando tudo.MODELOS DE CORRESPONDNCIA OFICIALABAIXO-ASSINADOIlmo Sr. Deputado Jos Wilker, Osabaixo-assinados,advogadosemestresemDireitoPenal, solicitamdeV.S.aexclusodosfuncionriosMauroMendonae CassianoGabusMendespormotivosj,anteriormente,expostose impossveis de serem detalhados, pois envolvem palavras, gestos e aes de baixo calo, os quais somente nos mostram a impossibilidade de tais pessoas continuarem a trabalhar no convvio social que nos cerca. So Paulo, 02 de fevereiro de 2002. (assinaturas)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 42PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS42CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO43ATATERRAFORTE - MADEIREIRA RIOSUL S.A. CGC MF No 78.234.192/0001-15 - COMPANHIA ABERTA Ata da Reunio Extraordinria do Conselho de Administrao REALIZADA EM 07 DE AGOSTO DE 2000. Data,horaelocal:07deagostode2000,s13horasna sede social, Alameda dos Anapurus, 679 - 5o andar - So Paulo - SP. Presenas: A totalidade dos membros de Conselho de Administrao da Sociedade, regularmente convocados na forma do pargrafo 1o do Art. 19doEstatutoSocial.MesadaSesso:Presidente:FernandoCollor de Mello e Secretrio: Paulo Csar Farias, Ordem do Dia: a) Apreciar opedidoderennciademembrodoConselhodeAdministrao, solicitado por carta pela Sra. Zlia Cardoso de Mello; b) Deliberar sobre a designao de seu substituto, nos termos do pargrafo 4o do Art. 18 do Estatuto Social ......................................................................................................................... .....................................................................................................................................................................................Encerramento:Nadamaishavendoatratar,foiencerradaaSesso comalavraturadapresente ATAque,apslidaeachadadeacordo, segueassinadapelospresentes,tendooSr.JucadeOliveiradeclarado no estar incurso em nenhum dos crimes previstos em Lei que o impea de exercer atividades mercantis. So Paulo, 07 de agosto de 2000. Paulo Maluf - Presidente da Mesa e do Conselho; Pitta - Secretrio da Mesa eConselheiro........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Publicado no jornal Folha de So Paulo de 1/9/1995Adaptado pelas autoras deste livro.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 43PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS44CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO45ATESTADO...................................................................................(rgo)................................................................................... (Unidade)ATESTADO || 3 espaos| 11 espaos para iniciar pargrafo Atesto, para fns de prova junto ............queo senhor........................, ocupante do cargo .............................., paraoqualfoinomeadoporDecreto ................. de ................. noresponde a processo administrativo.| | 2 espaos Braslia, ..... de ........................ 20 ...... | | 3 espaos | (assinatura) 12 espaosportugu.indd 31/10/2002, 22:25 44PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS44CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO45DECLARAOTIMBRE DECLARAO

11 espaos para iniciar pargrafo Declaramossobaspenasdeleis,quesociedadeconstituda deacordocomasleisdeNovaYorque,EstadosUnidosdaAmrica doNorte,comsedeem........................................................... continuaproprietriade....................................aesnominativas, representandoR$.................................................docapitalsocial dessa sociedade. (escrever por extenso) Estas aes esto representadas pelas seguintes caractersticas:No de Aes OrdinriasNo das Aes Valor das aesNo de Aes OrdinriasNo das Aes Valor das aesl l 2 espaos Maranho, ..... de ......................... 20 ...... | | 3 espaos | (assinatura do representante legal) | | 3 espaos |(assinatura do contador - CRC no) portugu.indd 31/10/2002, 22:25 45PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS46CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO47OFCIOExemplo de ofciofornecido na IN 04/92 (anexo V)Ofcio no 524/SG-PR Braslia, 27 de abril de 1991.

Senhor Deputado: Em complemento s observaes transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril de 1991, informo Vossa Excelncia de que as medidas mencionadas emsuacartano6708,dirigidaaoSenhorPresidentedaRepblica,esto amparadas pelo procedimento administrativo de demarcao de terras indgenas institudo pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cpia anexa).Em sua comunicao, Vossa Excelncia ressaltava a necessidade de que na defnio e demarcao das terras indgenas fossem levadas em considerao as caractersticas scio-econmicas regionais.NostermosdoDecretono22,ademarcaodeterrasindgenas deverserprecedidadeestudoselevantamentostcnicosqueatendamao disposto no art. 231, 1o , da Constituio Federal. Os estudos devero incluir os aspectos etno-histricos, sociolgicos, cartogrfcos e fundirios. O exame deste ltimo aspecto dever ser feito conjuntamente com o rgo federal ou estadual competente.Osrgospblicosfederais,estaduaisemunicipaisdevero encaminhar as informaes que julgarem pertinentes sobre a rea em estudo. igualmenteasseguradaamanifestaodeentidadesrepresentativasda sociedade civil.A Sua Excelncia o SenhorDeputado (Nome)Cmara dos Deputados70160 Braslia DF5,5 cm10 cm1,5 cm5 cm2,5 cm6,5 cm1,5 cmportugu.indd 31/10/2002, 22:25 46PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS46CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO47REQUERIMENTOIlmo Sr. Presidente da ...7 espaos, no mnimoSolicita a Vossa Senhoria inscrio no concurso a ser realizado por essa fundao, para peenchimento da vaga de ................................ ................... Sra. Judite Nunes, brasileira, casada, mdica, residente1 na2ruaMareSoaresdeOliveira,2020,portadoradaCarteirade Identidadeno .........................................daSecretariadaSegurana Pblica de So Paulo. Anexa,documentaocomprobatriaparaaconcessoda inscrio.Nestes termos,pede deferimento.So Paulo, 1o de janeiro de 2002.(assinatura)1Cuidadocomexpressescomodomiciliadoeresidente.Nosovocbulossinnimos. Residncia indica onde uma pessoa mora, permanece, e domiclio refere-se ao centro ou sede de atividades de algum.2 No use estabelecido ou residente ou sito . A regncia, na linguagem culta formal, a preposio em: residente em a (na) rua tal, no tal.2 cm2 cm4 cmportugu.indd 31/10/2002, 22:25 4749portugu.indd 31/10/2002, 22:25 48496CARTAS DE COBRANA E OS DIVERSOS GRAUS DE RIGORAo redator de carta de cobrana, recomenda-se prudncia e tato em relaospalavrascomqueircomporotextodesuacarta.Eviteomau humor, a grosseria, a ofensa.Inicialmente,apsovencimentodaduplicataoudeuma dvidaqualquer,serprefervelumacartadeaviso(emqueseadmiteo esquecimento) a uma carta de cobrana direta.Em seguida, se o pagamento no foi realizado, busca-se redigir uma carta em que se estampa preocupao pelo silncio da empresa em relao carta de aviso e ao atraso no pagamento da dvida.Numaterceiraoportunidade,seasduascorrespondnciasanteri-oresnosurtiremefeito,pode-sefalardaimportnciadocrditoeda possibilidade de ao judicial.Finalmente, caso nada tenha conseguido, aciona-se o cliente como exposto na carta anterior, comunicando-lhe que foram acionados os meios legais.EXEMPLO DE CARTA DE COBRANA (1O AVISO)So Paulo, 09 de maro de 2002. Sr. Jos de Aquino:Nossocontroledepagamentoacusa,emsuaconta,prestao vencidahmaisde10dias,motivopeloqualpedimosaV.Sa.sua imediataregularizao.Tendoemvistaqueaemissodesteaviso automtica,porcomputador,caso V.Sa.jtenhapagoatadatada portugu.indd 31/10/2002, 22:25 49PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS50CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO51entrega do mesmo, solicitamos inutiliz-lo. Atenciosamente,J Soares,Gerente de Cobrana. EXEMPLO DE CARTA DE COBRANA (2 O AVISO)So Paulo, 29 de maro de 2002. Sr. Jos de Aquino:Nosso controle de pagamento continua acusando, em sua conta, prestao vencida h mais de 30 dias. Pedimos a V. Sa. que regularize urgentemente essa situao. Atenciosamente,J Soares, Gerente de Cobrana. EXEMPLO DE CARTA DE COBRANA (3O AVISO)So Paulo, 30 de abril de 2002.Sr. Jos de Aquino:Solicitamosseucomparecimentoat20-5-02emnossos escritrios,localizadosnaAvenidadaLiberdade,noX,conjuntoY,a fmdeefetuarpagamentodaduplicatano691,deseuaceite,com vencimento em 25-2-02, em favor de Famlia Busca P Ltda. Seu no-comparecimento nos obrigar a tomar medidas judiciais. Atenciosamente,Eustquio Pinheiro, Gerente do Departamento Jurdico. portugu.indd 31/10/2002, 22:25 50PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS50CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO51EXEMPLO DE CARTA DE COBRANA (4 O AVISO)So Paulo, 30 de maio de 2002. Sr. Jos de Aquino:Ao ter em vista que V. Sa. no nos procurou no prazo estipulado em nossa carta de 30-4-02, comunicamos que a duplicata em questo foilevadaaprotesto,medidainicialnoProcessodeExecuoque iremos intentar contra V. Sa., caso o pagamento no seja efetuado no 3o Cartrio de Protesto de Letras e Ttulos.Atenciosamente,Eustquio Pinheiro, Gerente do Departamento Jurdico.COBRANA - RECEBIMENTO E ESCUSASSo Paulo, 15 de agosto de 2002. Senhores:Recebemos sua cartaacompanhada do cheque no0000 contra o Banco D, na importncia de R$8.000,00, para pagamento da duplicata no 2.234. Esclarecemos que V. Sas. sempre mereceram nossa confana, conformeatestamosfornecimentoseascondiesdepagamento, indicadoras de seu bom crdito junto nossa empresa. Embora naquela circunstnciativssemosnecessidadedepedirsuaatenoparao pagamento da duplicata, tal foi feito sob constrangimento.Atenciosamente, Caldas Andrade, Gerente de Crdito. portugu.indd 31/10/2002, 22:25 51PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS52CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO53CARTA QUE INFORMA O NO PAGAMENTO DE UMA DVIDASo Paulo, 24 de agosto de 2002. Senhores: Recebi a carta de 15 de agosto ltimo, reclamando o pagamento dochequeno0000contraoBancoD,naimportnciadeR$8.000,00, parapagamentodaduplicatano2.234,sobpenadeserenviadapara protestoemcartrio.Solicito-lhesquemeconcedamumaumentono prazo de pagamento da referida duplicata. Gostaria, porm, que V.Sas. atentassem para o seguinte: Estoudesempregadohoitomeses,passandoporsrias difculdadesfnanceiras,nodispondo,nomomento,denenhumbem que possa ser vendido para o pagamento da referida dvida. Dessamaneira,fcaevidentequeoprotestoameaadopor V.Sas.,serviriaaumnicopropsito:mancharomeucrditojuntos instituies fnanceiras, tornando ainda mais difcil a minha recuperao e, em conseqncia, retardando ainda mais o pagamento da dvida. Atenciosamente, Rubens de Souza. portugu.indd 31/10/2002, 22:25 52PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS52CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO53Quando a situao exigir objetividade, ateno rigorosa do receptor evocperceberquenecessrioinfuenci-loatomarumadeciso,use afunoconativa.Estaafunocentradanodestinatrio;temcomo objetivoinfuenciarocomportamentoerepresentadapeloimperativo doverboevocativo.Elasedesvencilhadalinguagemdoce.Emvezde: seria interessante que V.Sa. providenciasse, use: insistimos que V.Sa. deve providenciar,ouprovidencieV.Sa.osdocumentosnecessriosparaas transaes que temos em vista.Com o uso continuado, as palavras vo, por assim dizer, descolorindo-se,delapida-se-lhesobrilho,desgastam-seasmetforas,esquece-sedosentido etimolgico,eohbitotornacorriqueiroeindiferenteoque,aprincpio,era caracterstico e expressivo. As palavras, vestimenta das nossas idias, gastam-se, como se gasta tudo o que se move, tudo quanto na vida sofre choques ou atritos, como as pedras das ruas ou os seixos da praia. As palavras sofrem constantemente umadesvalorizaodesentido.Nemconseguemescaparaessaleicomumas expresses mais enrgicas, as quais, com o andar do tempo, se acabam. (Mrio Barreto. Novssimos estudos da lngua portuguesa. p. 301.)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 5355portugu.indd 31/10/2002, 22:25 54557NARRAO, RELATO, DESCRIO E DISSERTAONARRAO O que ? o ato de contar um fato real ou no atravs de palavras transmitidas oralmenteouporescrito.Htransformaonahistria. Trata-sede um texto seqencial. Para que serve?Serve para recriar ou inventar os fatos vividos atravs da imaginao. Quais so os tipos? Crnica,contoefbulasochamadosdegneroscurtos;novelae romance so chamados de gneros longos. Como obter?De modo geral h um roteiro em que podemos inserir um fato a ser narrado: QUEM? serve para apresentar os personagens que vivero os fatos. QU?introduzahistriapropriamentedita.Consisteemum levantamento de fatos, eventos. o enredo da narrao. QUANDO?ONDE?envolvemtempoeespao,essenciaisparao desenvolvimento do enredo. COMO? modo como se desenvolvem os acontecimentos. Deve ser respondido de maneira lgica e direta. POR QU? se houver, indica causa do fato relatado. portugu.indd 31/10/2002, 22:25 55PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS56CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO57Para narrar, necessrio conhecer sufcientemente bem a histria que vai sercontada.Deve-seesboar,rascunhar,sintetizarasidiascentrais,ofocode interesse, o eixo de compreenso da histria.RELATO O que ? contar experincias reais vividas por algum. Para que serve?Serve para registrar um fato real. Como obter?Conforme quadro da pgina anterior.DESCRIO O que ?representarumapessoa,animal,objeto,lugar,mediante indicao de seus aspectos caractersticos. Deve ser feita a partir de cuidadosa observao de modo a captar traos capazes de transmitir impressesautnticas.Oessencialdadescrioapresentaralgum traodistintivo,individualizante,necessrioparticularizar.H simultaneidadedefatos.Trata-sedeumtextofgurativosendo, portanto, destitudo de ao, ou seja, esttico. Para que serve?Serveparadetalhar,mostrarosfatosdemaneiramaisprxima. Colocar o leitor prximo ao objeto. Quais so os tipos? Descrio de qualquer objeto, pessoa, lugar, animal etc. Geralmente vem acompanhada com a narrao. Como obter?Obtm-se contando ou redigindo com detalhes o objeto em questo.Amaiorpartedadocumentaotcnicadecarterdescritivo. portugu.indd 31/10/2002, 22:25 56PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS56CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO57Porexemplo,descrevemascaractersticasefuncionamentode equipamentosoudescrevemprocedimentosadministrativos, econmicos ou fnanceiros.DISSERTAO O que ? apresentar idias, desenvolver raciocnios, emitir juzos ou opinies a respeito de determinado assunto e chegar a uma concluso.Trata-se de um texto temtico. Para que serve?Serve para a elaborao de idias, para a capacidade de raciocnio e exposio lgica, ou seja, para a construo do conhecimento e do pensamento crtico e criativo. Quais so os tipos? Dissertao argumentativa e dissertao expositiva. Como obter?Seexpositiva,atravsdecomentrios,conhecimentoprvio, pesquisasobreoassuntoe,conformeograudedifculdadeeo pblico a que se destina a dissertao, envolve tambm a consulta a uma bibliografa especializada sobre o tema.Se argumentativa, trat-las como verdadeiras, se o autor consider-lascomotal.Fazerumlevantamentolgicodeidias,levando-se em considerao a coerncia do expositor, seu conhecimento sobre oassunto,suaforaderaciocnio,suacapacidadedepersuaso. Oleitorououvintedeverserconvencidoaparticipar,nofnal daexposio,depensamentosafns,partilhardepontosdevista semelhantes aos do expositor.Anarraocomumenteempregadanosrelatriosdeocorrncia, enquantoadissertaoempregadanospareceresjurdicos,nasanlises deresultadoseemmemorandosemqueseanalisamfatos.comum, entretanto, que num mesmo texto haja uma mistura entre esses gneros, por exemplo, um relatrio em que se descrevem e se narram fatos.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 5759portugu.indd 31/10/2002, 22:25 58598RELATRIOSRELATRIO O que ? umtextominuciosodosfatoscolhidosporumacomissoou pessoaencarregadadeesclarecerdeterminadosfatos.Emoutras palavras:acomunicaodeocorrnciasaalgumquedesejaser informado. Quando comunicamos, relatamos. Para que serve? Em geral, serve para a tomada de decises;Comoeloentrepessoasquetrabalhamemsituaodeinter-dependncia; Para registrar fatos relevantes. Como obter? preciso ter em mente o objetivo do relatrio e a quem se destina.OS TIPOS DE RELATRIOS SO:1. INTERNO OU EXTERNOOrelatrioexternodeveserfeitocommaiorcuidado,vistoque foradaempresa,dodepartamentooudosetor,elepodeserentendidode maneira diferente da esperada.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 59PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS60CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO612. FORMAL OU INFORMALO relatrio solicitado por rgos do governo (executivo, legislativo e judicirio) e nas instituies e fundaes mais burocratizadas, como grandes universidades,bancosdegrandeporteetc,exigeformalidade,isto,a obedincia a praxes ou regras estabelecidas.Na empresa privada a tendncia para a maior informalidade, no apelando a formas criativas, que podem tirar a credibilidade do texto.3. OPINATIVO OU INFORMATIVONo primeiro caso, o redator solicitado a narrar um acontecimento, analisarumfato,descreveralgoedarumparecersobreoassunto.No segundo caso, registram-se os fatos, sem emitir opinio.Os relatrios podem ser classifcados, tambm, pela funo: relatrio contbil, de inspeo cientfca, administrativo, relatrio-roteiro (aquele em que s se responde a um formulrio) etc.TCNICAS PARA ESCREVER RELATRIOSAprender a escrever relatrios exige constncia, exerccio contnuo, senso de observao e gosto para esta atividade.O processo de elaborao para qualquer tipo de relatrio implica a observao de algumas etapas:1. defnio de objetivos2. plano de texto e roteiro de trabalho3. elaborao de texto4. reviso1. DEFINIO DE OBJETIVOSUsualmentesodefnidospeloleitorenopeloredator.Oleitor, geralmentepessoamuitoocupada,dinformaesiniciaissuperfciais eesperaqueoredatoradivinheoresto,gerandoassimumserviode qualidade inferior.Por isso, elaboramos perguntas que devem ser usadas nesta primeira etapa do relatrio, mesmo quando julgamos que h clareza sobre o que se quer dizer.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 60PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS60CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO61Qual o objetivo geral do relatrio? O que se pretende com ele?Qual o nvel de profundidade esperado das informaes?Pergunte-se sempre: Como? Por qu?Que informaes so mais relevantes?Deve-se relatar os fatos, opinar, sugerir, recomendar ou solucionar problemas?Quem ir ler e com que fnalidade? possvel fazer um resumo geral sobre o assunto de que o relatrio tratar? Qual ser a provvel concluso do relatrio? NO PERCA O OBJETIVO DE VISTA!!!2. PLANO DE TEXTO O que ?umaespciedendice,quemostraraseqnciadoassunto,os tpicos a serem includos (quanto mais detalhado, melhor). Para que serve?Serve para auxiliar a selecionar os fatos importantes e a descartar os irrelevantes, tornando as informaes mais claras, sucintas, precisas e para facilitar a hierarquia das idias, as inter-relaes. Como obter?O ideal seria discutir com o solicitante.2.1. Roteiro de trabalhoCom o plano do texto pronto, faz-se um roteiro para o levantamento de informaes.Exemplo de plano de idias de estilo decimal:1. Ttulo1.1 Item1.1.1 Subitem2. Ttulo2.1 Item2.1.1 Subitem3. Ttuloportugu.indd 31/10/2002, 22:25 61PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS62CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO633.1 Item3.1.1 SubitemLembramos que cada subdiviso corresponde a um ttulo, que dever ocupar um ou mais pargrafos. Feito o planejamento das idias, a parte mais complexa do relatrio j estar pronta. Exemplo:1. DESEMPENHO DA ADMINISTRAO1.1 Introduo1.2 Gastos Gerais1.2.1 Iluminao1.2.2 Obras1.2.3 Educao1.3 ConclusoDividir o relatrio em sees e subdivises ou itens e subitens faz realar asidiasemantmoleitoratento.Paraescreverosttulosobserveque importante mant-los to curtos quanto possvel. E no se esquea de que os ttulos devem ser escritos de modo semelhante. QuandousarumsubstantivoterminadoemOparaumttulo, dever us-lo em todos os itens. Suponhamos:2.1 Defnio de campo de venda 2.2 Interagindo clientes/vendedoresObserve que no primeiro ttulo usamos um substantivo (defnio) enosegundoogerndio(interagindo).Comauniformidade,otexto fcaria mais coeso e muito mais claro:2.1 Defnio de campo de venda 2.2 Interao entre clientes/vendedoresTambm no se pode esquecer de que se usarmos letras mais-culas no primeiro ttulo, tambm deveremos us-las nos demais.3. ELABORAO DO TEXTOAs estratgias seguintes podem favorecer a prtica de elaborao de relatrios:portugu.indd 31/10/2002, 22:25 62PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS62CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO631. Estabelecer claramente no incio do texto a origem, o objetivo do relatrio e a metodologia empregada.2.Delimitaraextensodorelatrio(atravsdeadjuntosadnominaise adverbiais): Relatrio de contagem de estoque de livros em 20-3-02.3. Se o relatrio for extenso, elaborar um sumrio da matria.4.Estabelecerosproblemasquedevemserresolvidosedarassolues possveis (verifque, anteriormente, se possvel esta hiptese).5. Apresentar esteticamente o contedo do relatrio, valendo-se de agradvel disposiodotextonafolhadepapel(diagramao),negrito(bold), itlico, sublinhado, maisculas.6.Utilizaodeilustraes:grfcos,fguras,quadros,tabelasdiretamente ligados ao texto.7. Conceituar claramente os termos tcnicos utilizados e sua extenso.8. Esclarecer os benefcios que podem ser esperados.9. Sugestes.10. Concluso.Cuidado:paranosedesviardoassunto,leiaconstantementeaquiloquejfoi escrito;com o excesso, mantenha o equilbrio, no se entusiasme, no se exceda num determinado tpico;comasnteseimprpriaqueocorrequandooredatorestcansadoou quando no gosta do assunto. Por isso, descanse, relaxe um pouco.4. REVISOA credibilidade do relatrio comprometida quando h erros.CONSTAM DO RELATRIO: 1. Ttulo: Relatrio2.Invocao:frmuladetratamento,cargooufunodaautoridadea quem dirigido. Exemplos: Sr. Presidente: ou Exmo Sr. Governador:3. Texto: exposio do assunto.4. Fecho: frmula de cortesia. 5. Local e data.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 63PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS64CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO656.Assinatura:nome,cargooufunodaautoridadeouservidorque apresenta o relatrio.MODELOS DE RELATRIOSAdministrativoNeste tipo de relatrio temos a exposio pormenorizada de fatos ou ocorrncias de ordem administrativa. Compreende:1. Abertura2. Introduo (que inclui a indicao do fato investigado, da autoridade que determinou a investigao e do funcionrio disso incumbido; enuncia, portanto, o propsito do relatrio)3. Desenvolvimento (relato pormenorizado dos fatos apurados, com data, local, mtodo adotado na apurao e discusso)4. Concluso e recomendaes de providncias cabveisCientficoEle composto de:1. Sumrio2. Introduo3. Desenvolvimento ou corpo do relatrio4. Concluso5. Recomendaes6. Anexos e apndicesVeja ainda:1. Uma pgina dedicada s informaes como: ttulo do relatrio, nome da entidade, data, nome do autor, nome do destinatrio.2. Sumrio: nele so indicadas as principais subdivises e a numerao das pginas.3.Introduo:apresentaroobjetoeoobjetivodorelatrioesuas circunstncias de composio.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 64PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS64CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO654. Desenvolvimento: parte dedicada descrio do contedo.5. Concluso: manifestar o resultado do estudo apresentado.6. Anexos: englobam grfcos, tabelas, desenhos, quadros, ilustraes.O que deve constar da introduo?1. Exposio: defne o assunto a que o relatrio se refere.2. Finalidade: quais metas o relatrio pretende alcanar?3.Mtodo:comoforamcoletadasasinformaes?Expliqueos procedimentos adotados.4. Justifcao: por que o relatrio foi escrito? Quem autorizou a execuo?5.Defniodostermos:aspalavrasespecfcasdevemserdefnidaspara evitar qualquer dvida.A introduo pode conter um, dois ou mesmo todos esses itens e em qualquer ordem.Em particular, o texto tcnico trata de um assunto especial, relativo a um ramo particular do conhecimento cientfco, normalmente empregando umlinguajarespecializado,pertinenteaoramoemquesto.Entretanto,a caracterstica essencial desse tipo textual consiste em utilizar a lngua escrita do modo mais racional possvel e de forma precisa, clara, concisa e objetiva (sem termos ou expresses prolixas). O principal esforo do redator consiste em informar o caminho, de tal modo que reproduza com facilidade ao leitor, aquela idia que se tinha ao escrever o texto.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 65PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS66 67RELATRIO SIMPLESDataI. Cabealho Origem(servio)DestinatrioII. Objeto Exposio Resumida dos FatosCorpo1. Fatos Descrio e relato do assunto.A. o momento em que se pode e se deve formular um julgamento pessoal que, sem dvida, os elementos de fato descritos ho de ter sugerido.2. Demonstrao Explicao e concluso respectivas: a fm de convencer o leitor.III. Concluso GeralDeve-sededuzirlogicamenteda argumentaoqueaprecede, enoacrescentarmaisnada quenotenhasidomencionado anteriormente.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 66PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS66 679ORTOGRAFIAALGUMAS PALAVRAS CUJA GRAFIA CAUSA DVIDASAcender (pr fogo)Ascender (subir)Adivinhar (e no: advinhar)Afm (afnidade, semelhana)A fm de (fnalidade) medida queou na medida em que (e no: a medida em que)Anexo(dolatimannexu)adj.1.ligado,junto,contguo:carta anexa.2.Incorporado,apenso:documentoanexo.3.Dependente, subordinado (...) cf. Aurlio. (e no: em anexo)A ponto de (e no: ao ponto de)Aprear (ver o preo)Apressar (tornar rpido)Asterisco (e no asterstico)Aterrissar (e no aterrisar)Bandeja (e no: bandeija)Berruga - verruga (as duas)Benefcncia (e no benefcincia)Cabealho (e no: caberio)Caar (matar animal)Cassar (tornar nulo, sem efeito)Cedilha (e no cecidilha)Censo (recenseamento)Senso (juzo)Comprido (longo)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 67PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS68CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO69Cumprido (executado)Conserto (remendar)Concerto (musical)Coser (costurar)Cozer (cozinhar)Deferimento (aprovao) Diferimento (adiamento)Delatar (denunciar)Dilatar (retardar, aumentar o prazo)Descrio (enumerao)Discrio (sensatez, modstia, reserva)Descriminar (inocentar) descriminaoDiscriminar (distinguir) discriminaoDignitrio (e no: dignatrio) proibida a entrada/ proibido entrarEmergir (vir tona)Imergir (mergulhar)Empecilho (e no: impecilho)Espirar (soprar)Expirar (morrer)Esterno (osso do peito)Externo (o que est fora)Espectador (o que assiste)Expectador (o que espera)Eminncia (altura)Iminncia (proximidade)EntretenimentoEstadia (para navios e seres inanimados) Estada (para pessoas)Estria (fco)Histria (acontecimentos reais)Estar ao telefone (e no: estar no telefone)Exceo (e no: excesso)Experto (aquele que tem experincia) Esperto (inteligente)Expiar (pagar pena)Espiar (espreitar)Fluido (sem acento)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 68PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS68CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO69Fruir (usufruir)Fragrante (perfumado, aromtico)Flagrante (manifesto, momento, evidente)H (verbo haver: passado). H cinco anos que no o vejo.A (futuro). Estarei ai daqui a pouco.Haja (verbo haver)Aja (verbo agir)Imigrante ( quem entra em um pas)Emigrante ( quem sai de um pas para outro)Incluso ou includo (ambas esto corretas)Infringir (transgredir)Infigir (aplicar pena, castigo)Infra-estrutura (e no: infraestrutura)Insipiente (ignorante)Incipiente (que est no comeo; principiante)Mau/bom: adjetivoMal/bem: advrbioMatria-prima (e no: matria prima) Precursor/precursora (pioneiro(a))Ptio (e no: pteo)Perda (e no: perca)Predeterminado (e no: pr-determinado) Preexistente (e no: pr-existente)Prevenir (e no: previnir)Prescrever (determinar)Proscrever (proibir)Privilgio (e no: previlgio)Ratifcar (confrmar)Retifcar (corrigir)Recorde (e no: rcorde)Reivindicao/Reivindicar (e no: reinvindicao/reinvindicar)Somos trs (e no: somos em trs)Sortir (abastecer)Surtir (originar)Subtendida (estendida por baixo)Subentendida (o que est na mente e no foi expresso)Sucinta (resumida)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 69PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS70CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO71Suscitar (causar, provocar)Tataraneto - tetraneto (as duas)Trfego (circulao de veculos)Trfco (comrcio ilcito)Viagem (substantivo)Viajem (verbo)EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS E EXPRESSESCesso/Sesso/Seo (ou Seco)Cesso o ato de ceder.A cesso do terreno para a construo de uma creche agradou a todos. Ele fez a cesso de seus direitos autorais quela instituio.Sesso o intervalo de tempo que dura uma reunio, uma assemblia.A Cmara reuniu-se em sesso extraordinria.Assistimos a uma sesso de cinema.Seo (ou seco) signifca parte de um todo, corte, subdiviso.Compramos os presentes na seo de brinquedos.Lemos na seo de Economia que a gasolina vai aumentar.Porqu/Porque/Por qu/Por queEscreve-se porqu:Quando for um substantivo. Equivale a causa, motivo, razo. Vem precedido dos artigos o (os), um (uns). No me interessa o porqu de sua ausncia.Escreve-se porque:Quando se introduz uma explicao. Equivale a pois.Carlos, venha porque preciso de voc. Escreve-se por qu:No fnal de perguntas.Ademar no veio por qu?portugu.indd 31/10/2002, 22:25 70PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS70CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO71Escreve-se por que:a) Na interrogativa direta:Por que voc no veio?b) Quando equivale a pelo qual e suas fexes. Essa a rua por que meu flho e eu passamos.c) Na construo igual anterior. No entanto, fca subentendido o antecedente do pronome relativo (razo, motivo, causa...) Eis (a razo, o motivo) por que no te amo mais. OBS:Lembre-se de que a palavra QUE, em fnal de frase, deve ser acentuada por ser monosslabo tnico terminado em E. Ex.: Voc vive de qu?Onde/AondeEmprega-seaondecomosverbosquedoidiademovimento. Equivale sempre a para onde.Aonde voc nos leva com tal rapidez?Aonde voc vai com tanta pressa?Caso o verbo no d idia de movimento, emprega-se onde.Onde voc mora?No sei onde encontr-lo.Mal/MauMau sempre um adjetivo (seu antnimo bom); refere-se, portanto, a um substantivo. Faz o plural maus, e a forma feminina m.Escolheu um mau momento para sair.O senhor no mau aluno.Mal pode ser:a) advrbio de modo. (seu antnimo bem)Essa carta est mal redigida.Na festa, ele se comportou mal.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 71PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS72CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO73b) conjuno temporal. (equivale a assim que)Mal comeou a cantar, todos vaiaram.Mal ela chegou, o casal foi embora.c)substantivo(nessecaso,virprecedidodeartigoououtro determinante); faz-se o plural males.Era um mal para o qual no havia remdio.Estava acometida de um mal incurvel.H/ANa indicao de tempo, emprega-se:a) H para signifcar tempo transcorrido. (equivale a faz)H dois anos que ela no aparece por aqui.Luciana formou-se em Psicologia h quatro anos.b) A para indicar futuro.A formatura ser daqui a duas semanas.Daqui a um ms devo tirar frias.Seno/Se noa) Seno equivale a caso contrrio.Devemos entregar o trabalho no prazo, seno o contrato ser cancelado.Esperoquefaabomtempoamanh,senono poderemos ir praia.b) Existe tambm o substantivo seno, que signifca mcula, defeito. Nesse caso, vem precedido de artigo ou outro determinante.Ele s tem um seno: no gosta de trabalhar.c)Senoequivaleacasono,seporacasono:iniciaoraes adverbiais condicionais.Afestaseramanhnoite,senoocorrernenhum imprevisto. Se no chover amanh, poderemos ir praia.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 72PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS72CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO73Ao invs de/Em vez deAo invs de signifca ao contrrio de.Ao invs do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.Em vez de signifca no lugar de.Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema.Ao encontro de/De encontro aAoencontroregeapreposiodeesignifcaestarafavorde, caminhar para.Aquelas atitudes iam ao encontro do que eles pregavam.De encontro rege a preposio a e signifca em sentido oposto, contra.Suaatitudeveiodeencontroaoqueeudesejava:meus planos foram por gua abaixo.Acerca de/H cerca deAcerca de uma locuo prepositiva, que equivale a respeito de.Discutimos acerca da melhor sada para o caso.Hcercadeumaexpressoemqueoverbohaverindicatempo transcorrido; equivale a faz.H cerca de uma semana, discutamos a melhor deciso a tomar.A fm de/AfmA fm de uma locuo prepositiva que indica fnalidade.Ele saiu cedo a fm de no perder a carona.Afm adjetivo e signifca semelhante, que apresenta afnidade. O genro um parente afm. Tratava-se de idias afns.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 73PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS74CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO75Demais/De maisDemais advrbio de intensidade e equivale a muito.Elas falam demais.Demais tambm pode ser usado como substantivo (vir precedido de artigo, ou outro determinante), signifcando os restantes.Chamaram onze jogadores para jogar; os demais fcaram no banco.De mais locuo prepositiva e possui sentido oposto a de menos.No haviam feito nada de mais.-toa/ toa-toaumadjetivo(refere-se,pois,aumsubstantivo)esignifca impensado, intil, desprezvel.Ningum lhe dava valor, era considerada uma pessoa -toa.toaumadvrbiodemodo,signifcaaesmo,semrazo, inutilmente.Andavam toa pelas ruas.Dia-a-dia/Dia a diaDia-a-dia um substantivo e signifca cotidiano.O dia-a-dia do trabalhador extremamente montono.Dia a dia expresso adverbial e signifca todos os dias, cotidianamente.Os preos das mercadorias aumentam dia a dia.Mas/MaisMasumaconjunoqueintroduzumacontrariedade,uma adversidade.Na dvida, substitua a conjuno mas pelas conjunes equivalentes porm, contudo, todavia, entretanto.Tivemos um aumento salarial, mas a infao foi maior.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 74PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS74CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO75Mais , na maioria das vezes, um advrbio (o contrrio de menos).Hoje comemos mais verduras e menos carne.A par/Ao parA par usado, normalmente, com o sentido de estar bem informado, ter conhecimento,Aps a confsso, fcamos a par de tudo.Ao par usado para indicar equivalncia cambial.Odlareomarcoestoaopar(isto,tmomesmo valor).Tampouco/To poucoTampouco advrbio e signifca tambm no.Norealizouatarefa,tampoucoapresentouqualquer justifcativa.Emtopouco,temosoadvrbiodeintensidadetomodifcando pouco, que pode ser advrbio ou pronome indefnido.Estudamostopoucoestasemana!(tomodifcao advrbio pouco).Tenho to pouco entusiasmo pelo trabalho! (to modifca o pronome indefnido pouco).Ter de/Ter queTer de indica obrigatoriedade:Para ser aprovado, tenho de fazer o teste.Ter que indica permissividade:Tenhoquesereleitoparaserrespeitado(uma probabilidade, no uma imposio). portugu.indd 31/10/2002, 22:25 7577portugu.indd 31/10/2002, 22:25 767710HFENOs casos que mais trazem dvidas quanto ao uso do hfen so aqueles em que os vocbulos aparecem precedidos de prefxos de uso freqente na lngua escrita.Observe o quadro:HFENPRIMEIRO ELEMENTOSEGUNDO ELEMENTO EXEMPLOS OBSERVAESPREFIXOS VG H R S QLAuto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra auto-educao,contra-ordem,infra-estrutura,semi-selvagem.Exceo:extraordinrioAnte, anti, sobre,arqui ante-histrico,anti-higinico,sobre-saiaExcees:antissptico,sobressair,sobressalente,sobressaltoHiper,inter, super hiper-realismo,inter-regional,super-homemportugu.indd 31/10/2002, 22:25 77PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS78CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO79HFENPRIMEIRO ELEMENTOSEGUNDO ELEMENTO EXEMPLOS OBSERVAESPREFIXOS VG H R S QLCircum, mal, pan circum-adjacente,mal-humoradopan-asiticoAb, sob,sub,ad, obab-rogar, sob-roda,sub-reinoCaso particular:Separa-se o SUB tambm antes de palavras iniciadas por B: sub-bosqueAlm, aqum, recmalm-mar,aqum-tmulorecm-casadoPs, pr, pr (tnicos)ps-meridiano,pr-escolar,pr-britnicoCaso particular:Quando os tonos aglutinam-se:pospor, procnsul, preanunciarEx (cessamento ou estado anterior), sem, sota, soto, vice,vizoex-diretor,sem-cerimnia,sota-piloto,soto-ministro,vice-reitor,vizo-reiVG = VOGALQL = QUALQUERBem: exige hfen quando o vocbulo que segue tem vida autnoma na lngua ou a pronncia o requer.bem-apessoadobem-estarportugu.indd 31/10/2002, 22:25 78PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS78CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO79bem-me-querbem-vindobem-dizerbem-quererMas temos tambm:bendizer benquerena benditoBenfcaQuando reunimos dois vocbulos que j existem, resulta-se um novo e nico conjunto de sentido:mo-de-obraano-base sul-rio-grandensediretor-geralprocuradoria-geral scio-polticoabaixo-assinadoOS PREFIXOS E O HFENOs prefxos e elementos prefxados adiante nunca vm seguidos de hfen, ou seja, so ligados diretamente ao vocbulo a que se referem.Exemplo:aeroespacial,hidreltrica,termodinmico,bicampeo, radiopatrulha, macrorregio etc.aer(o)agro = agrcolaambianfudiobibiocardiocatacisde(s)di(s)ele(c) trofl (o)fsi (o)fon (o)fot (o)gastr (o)portugu.indd 31/10/2002, 22:25 79PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS80 81ge (o)hemi heptahexahidr (o)hipohomoinintrojustamacromaximicr (o)minimonomotomultipara(comsignifcadodeao lado de: paraestatal)octapentaperpolipreterpsic (o)radi (o)reretroteletertermotetratranstri uniportugu.indd 31/10/2002, 22:25 80PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS80 8111PONTUAOObserve a importncia da pontuao e da entonao no texto abaixo:O TESTAMENTOUm homem rico, sentindo que estava morrendo, pediu o papel e a caneta e escreveu:Deixoosmeusbensminhairmnoaomeusobrinhojamaisser paga a conta ao alfaiate nada aos pobres.No teve tempo de pontuar e morreu.Eram quatro os herdeiros.Chegou o sobrinho e fez estas pontuaes na cpia do bilhete:Deixo os meus bens minha irm? No! Ao meu sobrinho. Jamais ser paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.Airmdomortochegouemseguida,comoutracpiadoescrito, pontuada deste modo:Deixo os meus bens minha irm. No ao meu sobrinho. Jamais ser paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.Surgiuoalfaiateque,pedindoacpiadooriginal,fezestas pontuaes: Deixo os meus bens minha irm? No. Ao meu sobrinho? Jamais! Ser paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; um deles mais sabido, tomando outra cpia, pontuou assim:Deixo os meus bens minha irm? No! Ao meu sobrinho? Jamais! Ser paga a conta ao alfaiate? Nada! Aos pobres!portugu.indd 31/10/2002, 22:25 81PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS82CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO83Como ser que foi resolvida a questo?PONTUAOParareproduzirnalinguagemescritaosinumerveisrecursosda fala,contamoscomumasriedesinaisgrfcosdenominadossinaisde pontuao. So eles:1 - AS ASPAS( )2 - OS DOIS PONTOS ( : )3 - O PONTO-E-VRGULA ( ; ) 4 - A VRGULA ( , )5 - O PONTO DE INTERROGAO ( ? )6 - O PONTO DE EXCLAMAO( ! )7 - O PONTO FINAL ( . )8 - O TRAVESSO ( )9 - AS RETICNCIAS( ... )10 - OS PARNTESES ()Alguns sinais de pontuao servem, fundamentalmente, para marcar pausas(oponto,avrgula,oponto-e-vrgula).Outrostmafunode marcar a melodia, a entonao da fala (o ponto de exclamao, o ponto de interrogao etc.)Nofcilfxarregrasparaoempregocorretodossinaisde pontuao, uma vez que, alm dos casos em que o uso dos sinais obrigatrio (determinadopelasintaxe),existemtambmrazesdeordemsubjetiva(a busca da melhor expresso, que se transforma numa questo de estilstica).A seguir, passaremos a expor algumas regras de pontuao. 1. ASPAS

Empregam-se as aspaspara:a) Isolar palavras ou expresses estranhas lngua culta, tais como: grias,expressespopulares,estrangeirismos,neologismos, arcasmos etc.Ele estava numa boa.Ele the best.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 82PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS82CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO83Palavrasestrangeirastambmpodemsergrafadasemcaracteres diferentes daqueles do texto.b) Mostrar que uma palavra est sendo utilizada em sentido diferente do habitual (geralmente em sentido irnico).Fez excelente servio!Sua idia foi mesmo fantstica.c) Reescrever frases j existentes.As feias que me desculpem, mas beleza fundamental.(Vincius de Moraes) 2. DOIS PONTOS

Os dois pontos marcam a suspenso da melodia de uma frase e so utilizados principalmente:a) Para dar incio citao textual de outrem.O Ministro do trabalho promete: Os salrios, neste ano, ganharo da infao.b) Para dar incio a uma seqncia que explica, esclarece, identifca, desenvolve ou discrimina uma idia anterior.Previsodosdeputados:arecessoserpiorqueade 1981.J se sabe: faltar cerveja.O governo reage: Cdigo Penal para os agressores.c) Nos vocativos que encabeam cartas, requerimentos e ofcios.Prezado Senhor:Ilmo Sr.:3. PONTO E VRGULASinal intermedirio entre a vrgula e o ponto fnal. Existem algumas normas para sua utilizao. Veja:a)Separaroraescoordenadasquesecontrabalanamemfora expressiva formando anttese (idias opostas).Muitos se esforam; poucos conseguem.Uns trabalham; outros descansam.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 83PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS84CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO85b) Separar oraes coordenadas de certa extenso.Os jogadores de futebol olmpico reclamaram com razo das constantes crticas ao tcnico; porm o teimoso tcnico fcou completamente indiferente aos apelos dos atletas.c)Separaroraescoordenadasquejvenhamquebradasnoseu interior por vrgula.Osindignadosrusmostravamsuasrazesparaas autoridades de forma frme; alguns, no entanto, por receio de punies, escondiam detalhes aos policiais.Ela prefere cinema; eu, teatro.No esperava outra coisa; afnal, eu j havia sido avisado.Osindignadosrusprotestaram;osseverosjuzes,no entanto, no cederam.d) Separar os diversos itens de uma enumerao.Considere:a) A alta taxa de desemprego no pas;b) A excessiva infao;c) A recesso econmica.Art. 92 So rgos do poder Judicirio:I. o Supremo Tribunal Federal;II. o Superior Tribunal de Justia;III. os Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais;IV. os Tribunais e Juzes do Trabalho;V. os Tribunais e Juzes Eleitorais;VI. os Tribunais e Juzes Militares;VII. os Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios (Constituio Federal). 4. VRGULAIndicaumapausaounfasedecurtadurao,quenomarcao fm do enunciado. Pode ser empregada para separar termos de uma orao (vrgulanointeriordaorao),ouparasepararoraesdeumperodo (vrgula entre oraes).portugu.indd 31/10/2002, 22:25 84PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS84CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO851 - A vrgula no interior da oraoEm portugus, a ordem normal dos termos na frase a seguinte: Sujeito + verbo + complemento do verbo + adjuntos adverbiais.

Quando os termos das oraes se dispem nessa ordem, dizemos que esto na ordem direta (ou ordem lgica).Sujeito Verbo Obj. Direto Adj. AdverbialMuitos alunos estudaram a matria da prova com afnco.Quando ocorre qualquer alterao na seqncia lgica dos termos, temos a ordem indireta. Com afnco, muitos alunos estudaram a matria da prova.Quandoaoraosedispeemordemdireta,noseseparampor vrgulas seus termos imediatos. Assim, no se usa vrgula entre o sujeito e o predicado; entre o verbo e o seu complemento ou adjunto e entre o nome e seu complemento ou adjunto. Veja: Sujeito Predicadoa) O Presidente atacou a oposio.Adj. Adn. VerboComplementob) Os Sindicatos apresentaram uma lista de 15 reinvindicaes.Adj. Adn.c) A spera resposta do candidato deixou-o magoado. A vrgula utilizada nos seguintes casos: 1. Para indicar inverses:No inverno, as folhas caem.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 85PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS86CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO87Detodososencarregadosdaempresa,vocomais competente.Quandoosporteirossaem,oestacionamentofca fechado.2. Para separar termos coordenados:A poesia, a dana, a escultura e a msica so formas de expresso.3. Para separar oraes sem conjuno:Os supervisores escolhem os projetos, os gerentes analisam as situaes, os coordenadores executam os programas.4.Parasepararaposto(esclarecimentodeumtermoanterior)e vocativo (chamamento):Anderson, o chefe do grupo, adiou a deciso. (aposto)Pedro, no se atrase para a reunio. (vocativo)5.Parasepararoraesadjetivasexplicativas(asqueapresentam explicao sobre um termo anterior):Ohomem,queumserracional,vivepouco.(or. adjetiva explicativa)Ateno quanto ao sentido das oraes:Opresidentequeamaseupovoestpreocupadocoma distribuio de renda.O presidente, que ama seu povo, est preocupado com a distribuio de renda.Observe que, no primeiro caso, a orao que ama refere-se a todo e qualquer presidente. J no segundo, traz uma explicao a respeito de um determinado presidente.6. Para indicar intercalaes:Quero que voc saia, ou melhor, suma daqui.Voc poderia, por exemplo, criar o seu prprio projeto.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 86PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS86CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO877. Para separar todas as oraes coordenadas, exceto as iniciadas por e:Esperava a visita, mas ningum chegou.Duvido, logo penso.OBS:asoraesintroduzidasporepodemseparar-seporvrgulasno seguinte caso:Se os sujeitos das oraes forem diferentes: Os culpados foram eles, e ns fomos punidos.8. Para separar oraes reduzidas:Findas as lies, deitou-se na cama.9. Para separar oraes subordinadas adverbiais:Elesforamaocongresso,emboraotempoestivesse pssimo.10. Para mostrar que o verbo foi eliminado por ser idntico ao que j apareceu:Maria estuda francs, e Joo, ingls.11. Para separar sim e no em respostas:Sim, vou a p.No, preciso descansar.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 8789portugu.indd 31/10/2002, 22:25 888912PRONOMESO pronome a palavra que sem signifcado prprio, refere-se a uma das trs pessoas gramaticais, admite fexo de gnero e nmero em algumas de suas formas e desempenha as funes tpicas de substantivos ou adjetivos.PRONOMES SUBSTANTIVOS E ADJETIVOSPronomes substantivos so os que substituem um nome: Gabriela uma criana educada. Ela uma criana educada.Pronomes adjetivos so aqueles que acompanham um nome: Meu irmo viajou.CLASSIFICAOOspronomesclassifcam-seem:pessoais,possessivos,demons-trativos, indefnidos, relativos e interrogativos.PESSOAISSo pronomes que substituem as trs pessoas gramaticais:1 - pessoa: quem fala (eu, ns)2 - pessoa: com quem se fala (tu, vs)3 - pessoa: de que ou de quem se fala (ele, ela, eles, elas)Para indicar a pessoa com quem se fala (2 pessoa), alm do pronome tu, tambm se usa voc.portugu.indd 31/10/2002, 22:25 89PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS90CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO91Observa-se contudo que voc, por ser um pronome de tratamento, exige o emprego do verbo na 3 pessoa. Observe:Tu s meu melhor amigo. Voc meu melhor amigo.Os pronomes pessoais so: retos, oblquos e de tratamento.A) RETOS E OBLQUOSPRONOMES PESSOAIS RETOS(Funcionam como sujeito)PRONOMES PESSOAIS OBLQUOSTONOS(usam-se com verbos)TNICOS(usam-se com preposies*)eu me mim, comigotu te ti, contigoele, ela se, o, a, lhe si, consigo, ele, elans nos ns, conoscovs vos vs, convoscoeles, elas se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas* Preposies: para, entre, contra, sob, sem, aps, desde, sobre, por, at etc.B) DE TRATAMENTOSo pronomes que indicam a pessoa com quem se fala (2 pessoa), num tratamento cerimonioso ou familiar. Exigem a concordncia com a 3 pessoa.Eis alguns pronomes de tratamento:PRONOMES E EXPRESSES DE TRATAMENTO (Quadro sinptico das formas de tratamento)PERSONALIDADES TRATAMENTO ABREVIATURA NO ENVELOPE VOCATIVOPresidente da RepblicaExcelncia,Vossa ExcelnciaUsado por extensoExcelentssimoSenhorSenhorPresidenteportugu.indd 31/10/2002, 22:25 90PORTUGUS AO ALCANCE DE TODOS GRAMTICA E REDAO COMERCIAL SEM MISTRIOS90CLUDIA SILVA FERNANDES & MARISA DOS SANTOS DOURADO91PERSONALIDADES TRATAMENTO ABREVIATURA NO ENVELOPE VOCATIVOPresidente do Supremo Tribunal Federal e do Congresso NacionalExcelncia,Vossa ExcelnciaUsado por extensoExcelentssimoSenhorSenhorPresidenteDeputados, Senadores, Governadores, Embaixadores, Ministros, Ofciais, Generais, Prefeitos.Excelncia,Vossa Excelncia, Sua ExcelnciaV.Ex.aV.Exa. V.Ex.asS. Ex.a S.Exa. S.Ex.asExmo. Sr.Exmos. Srs.Senhor (mais ttulo)Ofciais superiores e subalternos, Diretores de reparties e empresas, chefes de servio, pessoas de cerimniaSenhor, Vossa Senhoria,Sua SenhoriaV.S.a V.Sa.V.S.asS.S.a S.Sa.S.S.asIlmo. Sr.Ilmos. Srs.Senhor (mais ttulo)Reitor de UniversidadeMagnifcncia,Vossa MagnifcnciaV.Mag.a V.Maga.V.Mag.asExmo. Sr.Exmos. Srs.Magnfco ReitorPapa Santidade, Vossa Santidade, Sua SantidadeV.S.S.S.SS.SS.Sua Santidade Santssimo PadreJuzes de Direito Meritssimo, Vossa Excelncia, Sua ExcelnciaUsado por extensoV.Ex.aS. Ex.aExmo. Sr.Exmos. Srs.MeritssimoJuizCardeais Eminncia,Vossa/Sua EminnciaV.Em.a (s)

V.Ema. S.Em.aSua EminnciaReverendssimaEminentssimoReverendssimo Bispos Excelncia, Vos