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Gabarito Comentado – CFOE 2015 – Gramática e Interpretação de Texto – Versão A - 1 - GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Texto para responder às questões de 01 a 15 . Para ler depois Aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo ajudam a dar ordem no mar de informações da era digital. Por incrível que pareça, num mundo saturado de informações como o nosso, é comum ouvir alguém reclamar da falta de tempo para ler. Na época das mídias sociais e do compartilhamento massivo de conteúdos – principalmente sob a forma escrita – é praticamente impossível digerir tudo o que a vida digital nos oferece. Uma simples conferida no Twitter ou no Facebook, por exemplo – seja no computador, tablet ou smartphone – já é suficiente para descobrirmos dúzias de links com leituras de cuja existência não suspeitávamos até outro dia, tamanha é a circulação de textos a que a internet dá vazão. As pessoas não vão mais atrás de informações, é a informação que vai atrás delas. Você determina centros de interesse, aquilo que você realmente quer ver, e essas informações chegam conforme vão sendo produzidas – explica Thales Schmalz Toniolo, pós-graduado em Engenharia de Software e professor dos cursos de MBA da Fiap em São Paulo. Para que essa avalanche textual não nos sufoque, aplicativos de leitura e “agregadores de informação”, em geral, como o Instapaper, Readability, Feedly, Flipboard, só para citar os mais populares, que têm investido em interfaces e mecanismos capazes de tornar a experiência do leitor/internauta menos caótica e mais confortável, refinando a captação e a organização dos conteúdos e aumentando nossa capacidade de lidar com grande volume de textos. Esses programas, em linhas gerais, convertem as informações que chegam de forma crua – via redes sociais, feed de notícias etc.. – numa interface inteligível, coesa e agradável à leitura. (Língua Portuguesa, nº 101, março de 2014. Adaptado.) 01) A expressão “mar de informações” no subtítulo do texto é usada no sentido a) conotativo, demonstrando a quantidade de informações. b) denotativo, demonstrando a importância das informações. c) denotativo, tendo em vista que seu objetivo é fornecer uma informação. d) conotativo, atribuindo a “informações” um sentido que extrapola o usual. JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA : (LETRA A) Por mais que variados sejam, os sentidos das palavras situam-se em dois níveis ou planos: denotação e conotação. Para a semântica estrutural, denotação é aquela parte do significado de uma palavra que corresponde aos semas específicos e genéricos, aos traços semânticos mais constantes e estáveis, ao passo que conotação é aquela parte do significado constituída pelos semas virtuais, só atualizados em determinado contexto. Deste modo, entende-se que a palavra “mar” foi utilizada no sentido conotativo, já que a especificação “de informações” confirma tal entendimento. Além disso, “mar” indica algo grandioso (imenso volume de água), demonstrando o grande número de informações a que a expressão se refere. Fontes : O próprio texto. GARCIA, Moacyr Otton et al. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 548p. 02) De acordo com o conteúdo apresentado, é correto afirmar que o texto tem como principal assunto: a) os avanços da era da informática. b) a importância da leitura nos dias atuais. c) as novas formas de leitura diante de novas necessidades. d) o adiamento da leitura vista como fator de extrema importância. JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA : (LETRA C) “A matéria do enredo é o tema, que, por sua vez, resulta do tratamento dado pelo autor a determinado assunto”. Em “Para ler depois”, o assunto: as “novas formas de leitura diante de novas necessidades” é anunciado pelo subtítulo “Aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo ajudam a dar ordem no mar de informações da era digital” em que novas formas de leitura refere-se a aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo, e novas necessidades refere-se a era digital. Fontes : O próprio texto. GARCIA, Moacyr Otton et al. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 548p.

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Gabarito Comentado – CFOE 2015 – Gramática e Interpretação de Texto – Versão A - 1 -

GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Texto para responder às questões de 01 a 15.

Para ler depois

Aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo ajudam a dar ordem no mar de informações da era digital.

Por incrível que pareça, num mundo saturado de informações como o nosso, é comum ouvir alguém reclamar da falta de tempo para ler. Na época das mídias sociais e do compartilhamento massivo de conteúdos – principalmente sob a forma escrita – é praticamente impossível digerir tudo o que a vida digital nos oferece. Uma simples conferida no Twitter ou no Facebook, por exemplo – seja no computador, tablet ou smartphone – já é suficiente para descobrirmos dúzias de links com leituras de cuja existência não suspeitávamos até outro dia, tamanha é a circulação de textos a que a internet dá vazão.

As pessoas não vão mais atrás de informações, é a informação que vai atrás delas. Você determina centros de interesse, aquilo que você realmente quer ver, e essas informações chegam conforme vão sendo produzidas – explica Thales Schmalz Toniolo, pós-graduado em Engenharia de Software e professor dos cursos de MBA da Fiap em São Paulo.

Para que essa avalanche textual não nos sufoque, aplicativos de leitura e “agregadores de informação”, em geral, como o Instapaper, Readability, Feedly, Flipboard, só para citar os mais populares, que têm investido em interfaces e mecanismos capazes de tornar a experiência do leitor/internauta menos caótica e mais confortável, refinando a captação e a organização dos conteúdos e aumentando nossa capacidade de lidar com grande volume de textos. Esses programas, em linhas gerais, convertem as informações que chegam de forma crua – via redes sociais, feed de notícias etc.. – numa interface inteligível, coesa e agradável à leitura.

(Língua Portuguesa, nº 101, março de 2014. Adaptado.)

01) A expressão “mar de informações” no subtítulo do texto é usada no sentido

a) conotativo, demonstrando a quantidade de informações. b) denotativo, demonstrando a importância das informações. c) denotativo, tendo em vista que seu objetivo é fornecer uma informação. d) conotativo, atribuindo a “informações” um sentido que extrapola o usual.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) Por mais que variados sejam, os sentidos das palavras situam-se em dois níveis ou planos: denotação e conotação. Para a semântica estrutural, denotação é aquela parte do significado de uma palavra que corresponde aos semas específicos e genéricos, aos traços semânticos mais constantes e estáveis, ao passo que conotação é aquela parte do significado constituída pelos semas virtuais, só atualizados em determinado contexto. Deste modo, entende-se que a palavra “mar” foi utilizada no sentido conotativo, já que a especificação “de informações” confirma tal entendimento. Além disso, “mar” indica algo grandioso (imenso volume de água), demonstrando o grande número de informações a que a expressão se refere. Fontes: O próprio texto. GARCIA, Moacyr Otton et al. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27.

ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 548p. 02) De acordo com o conteúdo apresentado, é correto afirmar que o texto tem como principal assunto:

a) os avanços da era da informática. b) a importância da leitura nos dias atuais. c) as novas formas de leitura diante de novas necessidades. d) o adiamento da leitura vista como fator de extrema importância.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) “A matéria do enredo é o tema, que, por sua vez, resulta do tratamento dado pelo autor a determinado assunto”. Em “Para ler depois”, o assunto: as “novas formas de leitura diante de novas necessidades” é anunciado pelo subtítulo “Aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo ajudam a dar ordem no mar de informações da era digital” em que novas formas de leitura refere-se a aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo, e novas necessidades refere-se a era digital. Fontes: O próprio texto. GARCIA, Moacyr Otton et al. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27.

ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 548p.

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03) A expressão “ajudam a dar ordem” no subtítulo, poderia ser substituída preservando-se a correção gramatical e semântica por

a) ajudam a ordenar. b) ajudariam a dar ordem. c) podem ajudar a dar ordem. d) ajudam a preservar a ordem.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) A expressão destacada está inserida em “Aplicativos de leitura e agregadores de conteúdo ajudam a dar ordem no mar de informações da era digital”. Para que a correção gramatical e semântica sejam preservadas, é necessário que o tempo verbal seja preservado (presente do indicativo), assim como a certeza da afirmação, o que não ocorre em “podem ajudar”, indicando uma ideia de probabilidade. A expressão “dar ordem” tem seu sentido preservado em “ordenar” (colocar em ordem). Fonte: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Novo acordo ortográfico. 48. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2010. 696p. 04) Em “Por incrível que pareça, num mundo saturado de informações como o nosso, é comum ouvir alguém

reclamar da falta de tempo para ler.”, pode-se inferir que a expressão “por incrível que pareça” expressa

a) que as informações posteriores são indissociáveis. b) uma oposição constatada pelas informações que se seguem. c) uma situação preocupante indicada pelas informações do período. d) a importância das informações presentes no cotidiano das pessoas.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B) Em “Por incrível que pareça, num mundo saturado de informações como o nosso, é comum ouvir alguém reclamar da falta de tempo para ler. Na época das mídias sociais e do compartilhamento massivo de conteúdos – principalmente sob a forma escrita – é praticamente impossível digerir tudo o que a vida digital nos oferece. Uma simples conferida no Twitter ou no Facebook, por exemplo – seja no computador, tablete ou smartphone – já é suficiente para descobrirmos dúzias de links com leituras de cuja existência não suspeitávamos até outro dia, tamanha é a circulação de textos a que a internet dá vazão. As pessoas não vão mais atrás de informações, é a informação que vai atrás delas.” há uma oposição pré-anunciada pela expressão “por incrível que pareça” já que parece impossível que alguém não consiga ler por falta de tempo, já que – como afirma o texto – “As pessoas não vão mais atrás de informações, é a informação que vai atrás delas”. Fontes: O próprio texto. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação.

Ensino Médio. Integrado. Conforme nova ortografia. 3. ed. São Paulo: Atual, 2009. 448p. 05) Em “[...] numa interface inteligível, coesa e agradável à leitura.”, o acento grave indica

a) uma relação de causa e efeito entre “agradável” e “leitura”. b) a exigência do artigo feminino “a” diante da palavra “leitura”. c) a determinação da palavra “leitura” através do artigo feminino “a”. d) a exigência da preposição acrescida da presença do artigo feminino “a”.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D) O termo regente “agradável” exige o uso da preposição “a”, agradável a algo. Tal exigência proveniente da regência nominal associada à admissão do artigo “a” diante da palavra feminina “leitura” resulta na ocorrência do fenômeno da crase, sinalizado na escrita pelo acento grave. Fonte: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011. 592p.

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06) Considerando o trecho: “[...] com leituras de cuja existência não suspeitávamos [...]”, indique a relação estabelecida pelo elemento de coesão textual destacado.

a) Posse. b) Relevância. c) Detalhamento. d) Particularização.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) O pronome relativo “cuja” sempre exprime posse e se refere a um nome antecedente (ser possuidor) e a um nome consequente (ser possuído, com o qual concorda em gênero e número). No caso em análise, o nome antecedente é “leituras” e o nome consequente, existência. Fonte: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011. 592p.

07) De acordo com a estrutura textual e os recursos de linguagem utilizados, é correto afirmar que o texto tem como principal objetivo

a) discutir o importante papel da mídia no estímulo à leitura, através de recursos inovadores da era digital. b) expor os pontos positivos e negativos no processo da aquisição do hábito da leitura e a continuidade de tal

hábito através da internet. c) informar acerca das novidades tecnológicas que podem contribuir para o melhor aproveitamento de conteúdos

que são oferecidos atualmente. d) persuadir o leitor a aceitar que não há outro modo pelo qual a leitura seja processada atualmente, a não ser

através de recursos da era digital. JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) O texto em análise tem por principal objetivo apresentar informações acerca de novas modalidades de leitura da era digital. Não há argumentação, tese, de modo que predomine no texto a argumentação. Não há pontos negativos no processo de aquisição do hábito da leitura. Portanto, a estrutura textual em questão apresenta, através uma linguagem precisa e objetiva, tais fatos mencionados anteriormente. Fontes: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de textos: construindo

competências e habilidades em leitura. Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: Atual Editora, 2012. 304p. SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São Paulo:

Editora Ática, 2007. 431p.

08) Considere as assertivas acerca das informações apresentadas no texto e informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) A grande quantidade de informações da atualidade tem sido prejudicial ao processo de aquisição da leitura. ( ) Aplicativos de leitura tais como “agregadores de informação” são capazes de contribuir com o novo tipo de

leitura apresentado no texto. ( ) O leitor da atualidade está submetido às informações da era digital de modo que, apenas através do suporte

a ela relacionado é que a comunicação se faz possível. a) V – V – V b) V – F – V c) F – V – V d) F – V – F

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA D) A primeira afirmativa é falsa, pois no texto não há qualquer referência ao “processo de aquisição da leitura”, mas, sim, à leitura já estabelecida. A segunda afirmativa é verdadeira, pois, de acordo com o texto, “aplicativos de leitura e “agregadores de informação” em geral – como o Instapaper, Readability, Feedly, Flipboard, só para citar os mais populares. – têm investido em interfaces e mecanismos capazes de tornar a experiência do leitor/internauta menos caótica e mais confortável, refinando a captação e a organização dos conteúdos e aumentando nossa capacidade de lidar com grande volume de textos. A terceira afirmativas é falsa, pois o texto aborda novos instrumentos que favorecem a leitura da era digital, mas não limita a comunicação apenas a tais meios.

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Gabarito Comentado – CFOE 2015 – Gramática e Interpretação de Texto – Versão A - 4 -

Fontes: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de textos: construindo

competências e habilidades em leitura. Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: Atual Editora, 2012. 304p. SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São Paulo:

Editora Ática, 2007. 431p. O próprio texto. 09) No trecho “Na época das mídias sociais e do compartilhamento massivo de conteúdos – principalmente sob a

forma escrita – é praticamente impossível digerir tudo o que a vida digital nos oferece.”, quanto ao uso de travessões, é correto afirmar que

a) poderiam ser substituídos por vírgulas. b) separam oração coordenada conclusiva. c) poderiam ser retirados sem qualquer tipo de prejuízo. d) sua função é indicar a importância de uma informação.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) O trecho separado por travessões poderia ser separado também por vírgulas, pois, entre os seus variados empregos, está o de separar termos ou orações que, deslocados, quebram uma sequência sintática. Fontes: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de textos: construindo

competências e habilidades em leitura. Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: Atual Editora, 2012. 304p. SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011.

592p. 10) Releia: “[...] com leituras de cuja existência não suspeitávamos [...]”, atente para as possibilidades indicadas e

assinale a(s) correta(s) de acordo com a norma padrão.

I. A expressão “cuja existência” pode ser substituída pelo termo “que”. II. Ao substituir “suspeitávamos” por “conhecíamos”, o termo “de” é eliminado. III. É possível eliminar o termo “de” substituindo “cuja existência” por “cujas existências”.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)

a) I. b) II. c) I e II. d) I e III.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) A afirmativa “I” está correta, pois o “cuja existência” em “[...] com leituras de cuja existência não suspeitávamos [...]” poderia ser substituído por “que” – “com leituras de que não suspeitávamos”. Cuja existência = existência das leituras, que = leituras. Considerando o contexto, não há prejuízo na omissão do termo “existência”. A afirmativa “II” está correta, pois ao substituir “suspeitávamos” por “conhecíamos”, o termo “de” é eliminado.”. Em “[...] com leituras de cuja existência não suspeitávamos [...]” substituindo por “[...] com leituras cuja existência não conhecíamos [...]”, a preposição “de” é eliminada, já que o verbo regente “conhecer” não exige seu uso diante do complemento. A afirmativa “III” está incorreta, pois não é possível eliminar o termo “de” ao substituir “cuja existência” por ‘cujas existências’.”. O que torna obrigatório o uso da preposição “de” é a regência de “suspeitar”, ou seja, o termo regente, e não o termo regido. Fontes: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CILEY, Cleto. Interpretação de textos: construindo

competências e habilidades em leitura. Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: Atual Editora, 2012. 304p. SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011.

592p.

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11) Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.

Pode-se afirmar que o período composto “[...] é comum ouvir alguém reclamar da falta de tempo para ler.” possui em sua composição uma oração subordinada substantiva _______________________ que produz um efeito de ___________________.

a) predicativa / explicação b) subjetiva / impessoalidade c) objetiva direta / determinação d) completiva nominal / formalidade

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B) Em “[...] é comum ouvir alguém reclamar da falta de tempo para ler.” tem-se uma oração subordinada substantiva subjetiva, pois funciona como sujeito. “O que é comum?” Ouvir alguém reclamar da falta de tempo para ler (sujeito). Neste tipo de oração, o autor tira o foco de si mesmo e o dirige para a própria informação, permitindo tornar impessoal o conteúdo. Fontes: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011.

592p. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

672p.

12) No 2º§ parágrafo do texto, o redator utiliza o verbo de elocução “explica” ao final da citação, demonstrando que Thales Schmalz Toniolo

a) dirige-se diretamente ao leitor. b) domina o assunto abordado no texto. c) demonstra fragilidade diante da questão analisada. d) mostra preocupação acerca do problema abordado.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B) No discurso indireto, os verbos que constituem o núcleo da oração principal são chamados de verbos de “elocução”, dicendi ou declarandi, e, a muitos dos seus vicários, sentiendi. Os verbos dicendi pertencem, grosso modo, a nove áreas semânticas, cada uma das quais inclui vários de sentido geral e muitos de sentido específico. Entre eles está “explicar”. A explicação deverá provir de alguém que domine o assunto abordado, do contrário, não poderia haver tal abordagem. Fontes: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

672p. GARCIA, Moacyr Otton et al. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27.

ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 548p.

13) O trecho “[...] não nos sufoque [...]” confirma o uso predominante da linguagem formal no texto, em que a correção de acordo com a norma padrão é observada. O mesmo não ocorre em:

a) Me ajudem, por favor! b) Aqui se trabalha muito. c) Sempre me lembro dele. d) Tenho me deliciado com Machado de Assis.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA A) Quanto à colocação dos pronomes pessoais átonos, não se inicia período com pronome oblíquo átono como ocorre em “Me ajudem, por favor!”. Na norma padrão usa-se apenas: Ajudem-me, por favor! Fonte: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011. 592p.

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14) Preencha os parênteses com a numeração indicada a seguir, considerando a justificativa quanto à acentuação gráfica. A seguir, indique a opção que apresenta a sequência correta.

“Por incrível ( ) que pareça, num mundo saturado de informações como o nosso, é comum ouvir alguém ( ) reclamar da falta de tempo para ler. Na época ( ) das mídias sociais e do compartilhamento massivo de conteúdos ( ) – principalmente sob a forma escrita – é praticamente impossível ( ) digerir tudo o que a vida digital nos oferece.”

(1) Acentuam-se todas as proparoxítonas. (2) Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em -a, -e, -o, -em (seguidas ou não de s). (3) Acentuam-se todas as paroxítonas que trazem qualquer outra terminação, menos -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens). (4) Acentuam-se o “u” e o “i” tônicos de um encontro vocálico quando isolados na sílaba (ou junto de s),

formando hiato com a vogal anterior.

a) 1 – 2 – 2 – 3 – 4. b) 3 – 1 – 3 – 4 – 2. c) 3 – 2 – 1 – 4 – 3. d) 4 – 1 – 1 – 2 – 3.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA C) As palavras foram acentuadas pelos seguintes motivos: incrível: paroxítonas que trazem qualquer outra terminação, menos –a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).; alguém: oxítonas terminadas em –a, -e, -o, -em (seguidos ou não de s); época: proparoxítona; conteúdos: acentuam-se o “u” e o “i” tônicos de um encontro vocálico quando isolados na sílaba (ou junto de s),

formando hiato com a vogal anterior; e, impossível: paroxítonas que trazem qualquer outra terminação, menos –a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens). Ressalta-se que: Proparoxítona: a sílaba tônica é a antepenúltima. Paroxítona: a sílaba tônica é a penúltima. Hiato: é a sequência imediata de vogal + vogal.

Fonte: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. Teoria e prática. 31. ed. São Paulo: Nova Geração. 2011. 592p. 15) Considerando as características do texto apresentadas, infere-se que o título do texto “Para ler depois” tem por

objetivo

a) dar uma ordem. b) despertar a atenção do leitor. c) apresentar um ponto de vista. d) apresentar, objetivamente, o assunto do texto.

JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA CORRETA: (LETRA B) O advérbio de tempo “depois” associado à expressão “para ler” provoca no leitor um efeito que provoca o desejo pela leitura do texto, associando a ideia de que o título não revela de forma imediata e objetiva sobre o assunto específico que será tratado no texto. Tal recurso é adequado para que o objetivo de chamar a atenção do leitor, estimulando sua curiosidade acerca do conteúdo textual, seja atingido. Fontes: PIMENTEL, Carlos. Redação Descomplicada. 2. ed. São Paulo: Saraiva Editora, 2012. 192p. GARCIA, Moacyr Otton et al. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever aprendendo a pensar. 27.

ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 548p. SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São Paulo:

Editora Ática, 2007. 431p.