10

Click here to load reader

GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Uma das Prime

Citation preview

Page 1: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

PREFÁCIO

Em um atual cenário de cultura de massa, as línguas estrangeiras,

especialmente o inglês, exerce uma poderosa má influência sobre outras nações, ao qual

não estamos imunes.

Uma língua que não se adapta a uma nova realidade, esta fadada ao

desaparecimento. É bem verdade haver outros fatores mais importantes do que

propriamente a gramática, fatores sobretudo políticos. Contudo, no campo gramatical é

imperioso realizar os mecanismos que possibilite a defesa da língua, de modo a facilitar

seu aprendizado propiciar suadifusão.

É nesse sentido que clamamos uma maior simplificação gramatical,

afim de facilitar o ensino e difusão da Língua Brasílica de matiz Tupi, segundo os

seguintes princípios:

1. Tornar o Brasílico uma Língua Fonética, ou seja, escrever tal qual se fala. Esse princípio além de

facilitar enormemente a escrita, elimina as diferenças dialetais, uniformizando de forma consistente

a língua. É um fator poderoso sobre o inglês que diverge muito na sua forma escrita da sua língua

falada.

1.2. Uso de sinais gráficos do português. Adotar sinais gráficos que não existam no português seria criar

empecilhos, principalmente na digitação dos teclados em português. O caso é que não existe alguns

fonemas em Tupi similares no português, tal como o /ɨ/ (símbolo fonético i-bar), mas, que por

tradição alguns gramáticos vem adotando o (Y) como sinal caracterizador desse fonema.mas

2. Eliminar exceções. A gramática em sua essência visa a padronização, estabelecimento de regras,

exceções são aberrações dentro da língua que devem ser extirpadas.

3. Tornar o Brasilico uma língua científica a exemplo do Latim e do Grego, com a criação de

conselhos técnicos na criação de neologismos nas diversas áreas científicas(novas tecnologias

eletrônicas, civil, jurídicas, etc... ou seja, não apenas na taxionomia de algumas áreas como esta

adstrita o latim). Embora embrionária(advém de uma civilização que se encontrava no Palioceno), o

Tupi é comparado ao latim e o grego por ser uma língua que ao unir radicais diferentes formam

novas palavras, o português não herdou essa característica do latim, uma única palavra encerra uma

verdadeira frase, exemplo sempre citado: “Paranapiacaba = lugar de onde se avista o mar”. É

notável observar a precisão dos toponômios de origem Tupi e sua descrição fidedigna aos sítios que

Page 2: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

nomeiam. O Tupi também leva vantagem sobre o latim e o grego porque em muitos aspectos tem

uma estrutura gramatical mais simples, portanto de aprendizado mais fácil.

4. Tomar o “Tupi Antigo”, entendido como o antigo idioma Tupinambá do Séc. XVI, como base e

fonte perene da Língua Brasílica.

Nessa edição estabelecemos a padronização das regras gramaticais da língua tupi,

eliminando exceções e variações pouco usuais, bem como o emprego da grafia fonética

em oposição a etimológica, como implemento da nossa filosofia de racionalização

gramatical.

Page 3: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

“Pelo lado da perfeição, ela é admirável; suas formas

gramaticais, embora em mais de um ponto

embrionárias, são, contudo, tão engenhosas que, na

opinião de quantos a estudaram, pode ser comparada

às mais célebres. Esta proposição parecerá estranha a

muita gente, mas o curso que começo agora a publicar

e que, com o favor de Deus, espero levar a cabo de um

modo completo, o deixará demonstrado. Muitas

questões hoje obscuras em filologia e linguística

encontrarão no estudo desta, que constitui uma nova

família, a sua decifração.” - Gal. José Vieira Couto de

Magalhães.

Língua Brasílica

https://www.facebook.com/groups/linguabrasilica/

Page 4: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

ALFABETO BRASÍLICO

Letras:

A, B, Ç, D, E, F, G, H, I, J, L, F, G, M, N, NH, O, P, R, S, T, U, V, X, Z

Exclui-se o “H” e o “Q”, acresce-se o “Ç” e o “NH”.

Vogais:

A, E, I, O, U e Y com suas respectivas variantes nasais.

EeO, pronuncia-se de forma aberta: E /ɛ/: (é); O /ɔ/: (ó).

A, I, U, tal como no português.

O som do Y /ɨ/, tal como utilizado na língua tupi não existe no português, se pronuncia

“áspero com a garganta”. Deve-se contrair a língua para dentro, posicionar os lábios

como na pronuncia do “i” – apenas a posição labial, a língua fica contraída e então

entona-se o som com a garganta.

Consoantes:

B, Ç, D, F, G, H, J, L, M, N, NH, O, P, R, S, T, U, V, X, Z.

Ç /t͡ s/.pronuncia-se como o ç do esperanto e tal como era no português arcaico, como

“ts”, ex: açu [atsu].

J /ʤ/.pronuncia-se como o y castelhano “ya”, pondo-se a ponta da língua na gengiva do

dente superior.

K. como“qu”, ex: akaju [aquaʤu].

M. há variações: conjugando com vogal (ma, me, etc...), pronuncia-se talcomo no

português, quando seguido por “b” (mb) o “m” é mudo, nasal tendo o “b” em seguida

seu som característico.

N. também há variações: conjugando com vogal (na, ne, etc...), pronuncia-se tal como

no português, quando seguido de consoante toma forma de “n” mudo, nasal.

NH. pronuncia-se como no português: ganhar, banha, rainha, kunhã.

R. é brando, nunca dobrado “rr”.

V. é um intervocálico próximo do B galego e mesmo do português arcaico, muito

similar ao V do atual português, que por razões de simplicidade grafaremos como tal.

X.pronuncia-se como “ch”, como “chácara”, “chapéu”.

Page 5: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

ACENTUAÇÃO

Regra geral as palavras em Tupi são oxítonas, não se acentuam. Somente as

Paroxítonas, Proparoxítonas e Preproparoxítonas.

O (a) das paroxítonas é sufixo.

Na gramática fonética, que adotamos, importa mais a prosódia, daí indicaremos as

paroxítonas, proparoxítonas e preproparoxítonas, sublinhando suas respectivas sílabas

tônicas: peba, uuba, iyra.

METAPLASMA

1. Paroxítonas diante de consoante, perde a última sílaba, diante de vogal perde a

última vogal:

Yvaka + Piranga = Yvapiranga.

Yvaka + Una = Yvakuna.

2. Nas sílabas mb, nd, ng, elas caem, mas a vogal que as antecede ficam sendo nasal.

Nheenga + Poranga = Nheenporanga.

Akanga + Juva = Akãjuva.

3. Quando se encontram 2 vogais iguais, uma tônica no fim da primeira palavra e

outra átona no começo da segunda. Elimina-se a átona da segunda:

Ava + Asab = Avasab.

Akã + Apyra = Akãpyra.

Obs: sendo a segunda vogal i ou u, fora de sílaba tônica, costuma haver ditongação:

Xe api + u = Xeapiu.

4. Não se escreve J junto de nasal,nh sim.

Nhan: correr

nhandé: nós, nosso

nhakumã: estaca de canoa.

nhundiá: espécie de peixe.

Page 6: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

5. S antecedido de i muda-se em x:

I+supé = i xupé

I+sy= ixy

I+subam = ixuban.

6. Entre a consoante final de uma palavra e a inicial da outra (sobretudo se há ênclise),

ouve-se y.

a-pab-ne = a-páb(y)-ne;

ok-pe = ók(y)-pe;

pytun-me = pytún(y)-me;

i xok-pyra = i xok(y)-pyra;

7.P, m e mb se permutam. As vezes também b:

a) P inicial, não antecedido de genitivo nem complemento, torna-se mb:

abapyá: entranhas de homem; mbyá: entranhas (de gente).

Xe pó: minha mão;mbó: mão.

b) Mb inicial = m: às vezes só se escreve b.

c) M final, seguido de vogal tônica, muda-se para mb:

tym+ara = tymb-ara ou tym-ara: o que enterra.

Sem+ é = semb-é:sair à parte

Nhauma + oka = nhaumb-oka: casa de barro

Kama + y = kamby: leite(seio+líquido).

d) B de sílaba final átona passa a p no gerúndio e nos verbais (s)ara e (s)aba:

ausub: amar,

ausup-a: amando, (gerúndio)

ausup-ara: o que ama, (verbal)

ausup-aba: lugar, tempo, modo, etc. de amar. (verbal)

Page 7: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

8. d, n e nd se permutam as vezes em d:

a) nd inicial = n: às vezes só se escreve d.

b) n final, seguido de vogal tônica, muda-se em nd:

Nhan+ara = nhand-ara: o que ocorre;

nhan+aba = nhand-aba: o modo de correr;

nhan+é = nhand-é: correr à parte;

amana+y = amand-y: água da chuva.

9. Pe Miniciais podem converter-se em Vquando se encontram com o Vfinal da sílaba

anterior, com que se compõem:

s-ova+peva= s-ó'-veva: folha larga ou chata;

kabureyva + potyra= kaburej'-votyra: flor de cabreúva;

ava+ puku= a-vuku: ?

10. Justapondo-se duas consoantes homorgânicas, a primeira cai:

Epiak + Katu = Epiákatu: Ver bem.

11. A apócope é menos taxativa, se as duas consoantes são heterogânicas:

Epîak+pab = epîak-pab: ver tudo;

Nheeng+porang =nheeng-porang: falar bonito.

12. As sílabas átonas finais –ma e –na, ao se comporem com uma vogal tônica, podem

se transformarem-se em –mb e –nd:

Kama+y = kamb-y: líquido do seio = leite;

Kama+ú = kamb-ú: beber (d) o seio = mamar;

Amana+y= amand-y: água da chuva;

Mena + uva = menduva: pai do marido = sogro.

Page 8: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

13. Um som nasal no fim da palavra, ou mesmo na penúltima. sílaba, pode alterar a

sílaba inicial da palavra ou partícula seguinte, com que se compõe:

a)Be pmudam-se em mb:

gerúndio: nupã + bo = nupã-bo: açoutando; (o til(~) sobre o a(ã) se faz de m)

parto passivo adj. : nupã + pyra = nupã-byra: açoutado;

parto passivo subst.: mi + puaîa = mi-mbuaîa: mandado

verbais (se perdem o s): nupã + (s) aba = nupã-ma: açoute

passado: nhu + puera = nhu-buera: o que foi campo

prepos. -pe: paranã + -pe = paranã-me: no mar

pref. causativo: mo + pab = mo-mbab: acabar, destruir

compostos: mina + puku = mi' -mbuku: lança

b) K muda-se em “ng”:

parto passivo subst.: mi + kaú= mi-ngaú: feito papas; mingau

pref. causativo: mo+ ker= mo-nger: despertar

compostos: akanga+ ká= akan -gá: quebrar a cabeça

poranga+ katu= poran' -gatu: muito bonito

b) T, S e X mudam-se em “nd” :

part. passivo subst.: mi + typyrõ = mi-ndypyrõ: ensopado, pirão

pref. causativo: mo + tykyr = mo-ndykyr: distilar

compostos: takûar-eẽ + tyva = takûar-eẽ-dyva: canavial

pref.causatívo: mo + syk = mo-ndyk: fazer chegar; mo + syryk= mo-ndyryk: fazer

deslisar.

Part. passivo subst.: mi + (suú) xuú= mi-nduú: mordido

compostos: mena + sy = mendy: sogra (da mulher)

e) R muda-se em n:

partícula-reme: nupã-neme: quando açoutar

partícula-ramo: iru-namo: como companheiro

Page 9: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

verbal(s) ara: arõ-ana,ofut. arõ-an-ama: futuro salvador

OBS. : .1) mo- e mi- não soem alterar as sílabas que já são nasais: mo-sem, mo-pym, mo-

sam, mo-sãi, mo-sym, mo-ting, mo-kong, mi-tyma, mi-pana.

2) Mbo- e mbi-, variantes de mo- e mi-, não ocasionam metaplasmos.Como nos autores

antigos havia certo descuido quanto ao grupo mb, que às vezesse escrevia só b ou só m

(como n ou d, em lugar de nd), fica incerto em. quecasos mo- se deva pronunciar mo- e

em que outros se deva pronunciar mbo-.

3) Não se usa mbi- e mbo- antes de nasal: mi-mbo-é "discípulo" (nuncambi-mb-o-é), mi-

.tyma"enterrado, plantado" (não mbi-tyma); mo-kuí,

14. Um fonema nasal nasaliza levemente as sílabas vizinhas:

kurumĩ: menino (pron. kũrũmĩ)

O prefixo ro- torna-se no-, seguido de nasal:

ro-tĩ ou no-tĩ; ro-sem ou no-sem

15. Unindo-se duas palavras, das quais a primeira acabe e a segunda comece por i ou y,

grafa-se entre ela i:

compostos: syry+ y = syry-i-y: rio do siri

avati+ y = avati-i-y: rio do milho

possessivo: i + itá= i-iitá: a pedra dêle

i + ypy= i-iypy: o princípio dêle

pron. objetivo: i + ybõ= i-iybõ: frechá-Io

16. Na união da semivogal i com uma vogal(a, e ou o), põe-se J.

i + aeté= i-J aeté: êle é finíssimo

17. Acontece de dar-se a assimilação do i pelo Î: Na união da semi-vogal i, vindo em

primeiro, com a consoante J, o i é suprimido.

*a-i-juká= a-juká: eu o matei

Na proximidade de um som nasal, o J é substituído pornh(n. 18):

Page 10: GRAMÁTICA PADRONIZADA DA LÍNGUA BRASÍLICA

a-j-ybõou a-nh-ybõ: eu o frecho aiybõ

a-j-ami ou a-nh-arni: eu o espremo