Grande Soba de Luanda

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  • 8/18/2019 Grande Soba de Luanda

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    18/03/2016 (1) Facebook

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    O "Soba grande" Minguito na ilha de Luanda, Angola.

    O Soba (régulo/autoridade tradicional/rei de pequeno território), de 75 anos, da ilha do Cabo (Luanda)é o único soba sobrevivente dos quatro do município da Ingombota.

    Ilha do Cabo é um dos cartões-de-visita da cidade. Mas é pelo período do Carnaval que mais se agita. As tradições são mais visíveis, apesar de serem permanentes no modo de vida especial dos ilhéus.Kianda, mabangas, calundus, xinguilamentos nos óbitos são algumas delas.

    O posto de soba passa de geração em geração e só o neto ou sobrinho tem o direito de herdar otrono. Para chegar a soba, Minguito teve de acompanhar o que o avô lhe ensinou:

    Kianda: palavra Kimbundu que significa 'sereia', é definida na cultura angolana como um ser mítico,chamada ‘deusa das águas’. Todos anos, em Novembro, é-lhe dedicada uma cerimónia, com umaprocissão de veneração ao mar, em que é espalhada a comida servida à mesa.

    Mabangas: Quarta-feira das mabangas é tradicionalmente conhecida como uma das festas do povoilhéu. A data, uma quarta-feira, assinala o final das festas de Carnaval. Lança-se comida e bebida aomar, respeitando uma velha tradição e como forma de agradecimento ao desumano, “porque ninguémconhece Deus”. Tudo o que a gente come e faz na área marítima tem de se oferecer a Deus

    ‘kutelequela o ngana’, justifica a tradição. As mabangas são ascontribuições das casas onde se dança,que tem de ser o local de concentração. Confere-se tudo o que se tem e comemora-se com familiarese amigos.

    Calundus e xinguilamentos: O kalundu é um "encanto" muito valorizado na Ilha. É ancestral e baseia-senum ritual ou doença “muito perigosa”, porque, onde quer que a pessoa esteja, o kalundu pode‘atingir’. “Se o kalundu pertence à mãe e quer que ela te chame, ele vem e, enquanto não se fizer otratamento tradicional ou a dança do xinguilamento, ele não passa”, explica o soba da ilha. Oxinguilamento é um ritual em que as mulheres, vestidas de vermelho e preto e com missangas,dançam à volta do doente, no areal ou no carnaval. Já há gente preparada para fazer esse tratamento.O tempo de tratamento varia entre a oito e 10 dias. Quem trata é a maestra conhecida também comocurandeira.(Fonte: Amélia Santos para Nova Gazeta/Foto Mário Mujetes)

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