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GROUPAMA SEGUROS, SA
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
EXERCÍCIO DE 2016
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração
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I. SITUAÇÃO ECONÓMICA INTERNACIONAL
O ano de 2016 termina com uma nota positiva, facto que é evidente em vários indicadores de confiança e de
actividade nas economias desenvolvidas e mesmo no comportamento de alguns activos financeiros (US
Treasuries e acções norte-americanas, por exemplo).
Contudo em termos do binómio crescimento/inflação, o ano 2016 desiludiu uma vez mais: o crescimento
mundial pouco se afastou do patamar de anos anteriores, cerca de 3%, desta forma as perspectivas de
crescimento foram gradualmente ajustadas em baixa, o mundo continua numa armadilha de baixo
crescimento.
O cenário consensual entre os analistas e as principais entidades de pesquisa económica, aponta para que
2017 se afirme um ano de maior crescimento, não obstante os riscos potenciais que se adivinham. O maior
dinamismo deverá decorrer nas economias desenvolvidas, mas também nos mercados emergentes, ainda
que estes possam ter um comportamento heterogéneo fruto do ambiente financeiro mais restritivo (subidas
de taxas nos EUA) e de um eventual maior grau de proteccionismo pela Administração Trump,
Em termos globais, as perspectivas para 2017 são elevadas, na medida em que se está a incorporar o
regresso a tendências de uma maior normalidade: lenta elevação da inflação, inversão do ciclo das
commodities, taxa de juro mais elevadas,
Dado o contexto, o potencial de desilusão poderá também ser significativo.
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II. SITUAÇÃO ECONÓMICA NACIONAL
A economia portuguesa registou um crescimento de cerca de 1,4% em 2016, registando menos 2 décimas
que no ano anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE),
Esta redução verificou-se no primeiro semestre devido a uma fragilidade no comércio internacional.
A economia terá crescido graças a um aumento da procura interna, que contribuiu para o crescimento do
PIB. Este aumento da procura interna vem do investimento, e não do consumo privado como a época
poderia sugerir. No entanto, o aumento das importações fez com que o contributo da procura externa líquida
para o PIB fosse negativo, impedindo assim a economia de crescer mais.
No que concerne às exportações de bens e serviços, verificou-se uma desaceleração face ao ano anterior
de 3,0%, esta desaceleração está associada a um menor crescimento da procura externa, refletindo as
vendas para alguns mercados extracomunitários, destacando-se Angola e a China.
O indicador económico aumentou entre Novembro e Dezembro, após ter estado em queda nos meses
anteriores, refletindo assim, desenvolvimentos positivos em todos os sectores (Indústria, Construção,
Vendas e Serviços e Setor Público), tendo o sector da Indústria alcançado o maior indicador de confiança
desde Março de 2008.
No que diz respeito à taxa de desemprego, verificou-se um decréscimo de 0.3 p.p. tendo obtido um valor de
11.1%, este nível de desemprego, corresponde ao mais baixo valor desde Março de 2009.
O diferencial de inflação entre Portugal e a área do euro deverá manter-se positivo e próximo do observado
no ano anterior, sendo que este diferencial positivo reflete, uma queda de preços dos bens energéticos mais
acentuada na área do euro do que em Portugal.
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III. O MERCADO SEGURADOR
A evolução do mercado segurador português em 2016 confirmou as tendências já verificadas em 2015 com
uma evolução muito negativa do ramo Vida, e uma evolução positiva nos ramos Não Vida. Em Não Vida, em
linha com o que já tinha sido constatado em 2015, a recuperação económica e a correcção de preços em
alguns ramos importantes continua a suportar os crescimentos observados. Em contrapartida, o ramo Vida
apresenta um novo decrescimento sobretudo ao nível dos produtos financeiros, originado primeiramente
pela redução da própria oferta, por parte das seguradoras, de produtos atractivos. As exigências do novo
regime de Solvência, quer em termos da mitigação de riscos financeiros, quer em termos de exigência de
Capital, associadas à manutenção de baixas taxas de rentabilidade dos ativos observadas novamente no
ano de 2016, limitam fortemente a venda ativa dos produtos financeiros.
Com um montante total de 10.7 mil milhões de euros em 2016, o mercado segurador português apresenta,
depois da redução de 11,6% verificada em 2015, um novo decréscimo de 13,9% em 2016, correspondendo
a uma redução de produção de 1,7 mil milhões de euros.
Em Vida, o mercado apresentou um volume de produção de 6.6 mil milhões de euros, que representou um
decréscimo de 22,7% face a 2015, e em Não Vida um volume de produção de 4.1 mil milhões de euros, que
representou um aumento de 5.9% comparativamente com o ano anterior.
O ramo Vida, suportado historicamente pela venda dos produtos de poupança, reflecte novamente em 2016
a redução significativa dessa actividade, quer nos produtos financeiros, com um decréscimo de 31,1%, quer
nos produtos ligados à reforma com uma redução de 9,4%. Por outro lado, os produtos de risco e rendas
registam um crescimento de 1,3% que, embora inferior ao verificado em 2015 (de 5,2%) confirma o interesse
por parte do mercado nestas linhas de negócio.
O ramo Não Vida prospera em 2016 com crescimentos superiores aos registados em 2015, nos ramos
importantes, nomeadamente graças à nova melhoria das condições económicas e correcção de preços. Os
ramos Acidentes de Trabalho, com +12,4% de crescimento (2015: +7,7%), Doença, com +10,0% (2015:
+6,7%) e Automóvel, com +4,5% (2015: +2,1%), são os principais alicerces do crescimento alcançado.
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Mercado Segurador Não Vida
O ano 2016 confirma os sinais de recuperação do mercado no sector Não Vida, já constatados no ano
anterior, com um aumento da produção de 5,9% (tendo registado em 2015 um crescimento de 3,5% face a
2014). Tal como em 2015, o crescimento é transversal a todas as linhas de negócio.
O ramo Automóvel, que mantém o peso de 40% dos negócios Não Vida em Portugal, apresenta um
crescimento de 4,5% em 2016 (depois de ter aumentado 2,1% em 2015), como reflexo da estabilização
recente da economia portuguesa, que deverá ser consolidada nos próximos anos.
Nos Seguros de pessoas, destacam-se as evoluções dos ramos Acidentes de Trabalho (+12,4%) e Doença
(10,0%), tendo superado os crescimentos registados já em 2015 de respectivamente de 6,7% e 7,7%.
Relativamente ao rácio de sinistralidade (sobre prémios adquiridos, líquidos de resseguro) do mercado
segurador, este rácio atinge em 2016 76,6% representando um acréscimo face a 2015 (75,2%).
No ramo Automóvel, verifica-se um agravamento do rácio de 75,3% em 2015 para 77,1% em 2016. Em
contrapartida o Ramo Acidentes e Doença apresenta uma redução do rácio de sinistralidade de 90,2% em
2015 para 89,2% em 2016, destacando-se comportamentos contrários dos ramos aqui incluídos: Acidentes
de trabalho apresenta um agravamento do rácio de sinistralidade (de 108,3% em 2015 para 110,3% em
2016) e Doença regista uma redução do rácio de 80,4% em 2015 param 77,8% em 2016). Finalmente o
rácio de sinistralidade de Incêndio e outros danos evolui de 49,8% em 2015 para 53,0% em 2016.
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IV. GROUPAMA (Vida e Não Vida)
As evoluções nas estruturas comerciais e operativas da GROUPAMA iniciadas em 2013 levaram a aumentos
significativos das vendas em 2015 e 2016, provocando uma recuperação de vários pontos na quota de
mercado da Companhia.
No seguimento das linhas estratégicas já evidenciadas em 2015, o ano de 2016 consolida o crescimento
importante em diversas linhas de negócios, Vida e Não Vida. Esta consolidação resulta da adaptação da
estrutura comercial e produtos da Companhia às necessidades e realidade do mercado, com os mercados
financeiros a continuarem em níveis historicamente baixos no que respeita a taxas de remuneração de
obrigações e de outros instrumentos financeiros, por contrapartida à recuperação visível da economia
portuguesa.
Os crescimentos conseguidos em 2016 resultam da boa performance das vendas, no ramo Vida, quer no
segmento de clientes individuais através da oferta de produtos financeiros de capital garantido e de reforma
individuais (PPR), quer no segmento das Empresas, nomeadamente nas áreas de “employee benefits”,
como resposta ativa às necessidades específicas de cada segmento.
Adicionalmente a progressão registada nos produtos de poupança e reforma resulta também, tal como já
verificado em 2015, de uma reciclagem de produtos que permitirá reduzir os riscos futuros em conformidade
com as exigências do novo regime solvência II (De-risking de passivos).
Adicionalmente a progressão registada nos produtos de poupança e reforma resulta também, tal como já
verificado em 2015, de uma reciclagem de produtos que permitirá reduzir os riscos futuros em conformidade
com as exigências do novo regime solvência II (De-risking de passivos).
No que diz respeito aos produtos Não Vida, muito ligados à atividade económica, o crescimento alcançado
em 2016 confirma o plano de negócios já implementado em 2015. Nos seguros de pessoas, a presença da
Companhia no mercado dos “employee benefits” é reforçada também em Não Vida e novamente em 2016,
através do ramo Doença. Nos seguros de bens, os crescimentos importantes alcançados nos ramos
Automóvel e o Incêndio e Outros Danos, confirmam a convicção da Companhia de entrada nos mercados de
risco mais comuns da atividade seguradora.
2016 2015 Var. Quota
Groupama Vida 100.209 95.652 4,8% 80%
Groupama Não Vida 25.115 21.764 15,4% 20%
Total 125.324 117.416 6,7% 100%
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V. GROUPAMA SEGUROS
V.1. PRODUÇÃO
Com um volume de 25.1 milhões de euros, a produção Não Vida registou em 2016 um crescimento de
15,4%.
Na sequência da estratégia seguida já em 2015 (tendo permitido alcançar nesse ano um crescimento de
16,8% com ganhos de quota de mercado), o ano de 2016 consolida os objetivos de desenvolvimento
orgânico para a GROUPAMA SEGUROS, com uma forte progressão nos ramos reias de +19,1% e um
crescimento sustentado nos ramos de pessoas de +12,9%.
O ramo principal da GROUPAMA SEGUROS continua a ser Doença, com 48% da produção total Não Vida,
tendo registado em 2016 um crescimento de 10,1%. Porém, na sequência da estratégia visada, os ramos
reais, ganham progressivamente peso na carteira da Companhia.
O Automóvel com um peso total de 26% no total da GROUPAMA SEGUROS (quando em 2015 representava
23%) registou em 2016 um crescimento de 27,9%.
O terceiro ramo da atividade da GROUPAMA SEGUROS é o Incêndio e Outros Danos, com um crescimento de
7,6%, representa 15% do total da carteira.
Todos os outros ramos apresentam apenas pequenas percentagens da atividade total Não Vida da
Companhia, inferiores a 11%, funcionando apenas como seguros complementares à atual estratégia da
Companhia.
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Evolução dos Prémios Não Vida
Estrutura dos Prémios Não Vida (2016)
Durante o exercício de 2016 a Companhia continuou a consolidar as plataformas informáticas de apoio à
venda, com a continuação dos investimentos na “webização” dos nossos produtos “core”, fazendo crer que a
estratégia traçada para o desenvolvimento dessas atividades se fará através da redução do “time-to-market”
entre o pedido de cotação de um produto até a sua subscrição efetiva. De igual forma, a Companhia
redesenhou os seus processos internos, facultando, sobretudo aos clientes empresas, um melhor e mais
efetivo apoio à venda nas áreas ligadas aos “employee benefits”.
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V.2. ACTIVIDADE FINANCEIRA
Gestão de Ativos
Registamos uma significativa alteração na estrutura dos ativos em 2016 devido ao reinvestimento do
montante da venda do imóvel, que a GROUPAMA SEGUROS detinha (edifício Av. Berna 24), privilegiando os
activos “Corporate” e Financeiros Senior.
Estratégia de investimento
Relativamente à gestão dos investimentos, a Companhia continua a promover comités financeiros e de
riscos financeiros que são efetuados de uma forma regular e organizada, os quais permitiram um
acompanhamento do desempenho do gestor de ativos.
2016 2015 2014
712 2.718 2.305
3.658 0
14.324 11.394 11.669
Investimentos a deter até à maturidade 0 0
0 0 11.609
238 9.205 581
650 0
19.582 23.316 26.164
Caixa e seus equivalentes Depósitos à Ordem
Empréstimos e Contas a Receber
Total
Activos Financeiros Detidos para Negociação
Activos Financeiros Reconhecidos ao Justo Valor através de Ganhos e Perdas
Activos Financeiros Disponíveis para Venda
Terrenos e Edifícios
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Carteira de títulos
Composição da carteira de títulos (2016)
A segurança e estabilidade dos rendimentos da GROUPAMA SEGUROS permitem obter proveitos financeiros
consentâneos com a atividade e fluxos financeiros gerados.
Valores em milhares de euros
2016 2015
Obrigações 14.914 11.382
Dívida Pública 4.260 5.197
OT's 3.502 3.999
Outra Div. Pública 758 1.198
Empresas 10.654 6.185
Acções 11 11
Unidades de Participação 3.768 2.718
Mobiliárias 3.768 2.718
Imobiliárias 0 0
Total 18.694 14.111
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V.3. GARANTIAS FINANCEIRAS
Margem de Solvência
Tendo em conta a aplicação obrigatória do regime de Solvência II desde 1 de janeiro de 2016, conforme
Diretiva 2009/138/CE e Diretiva 2013/58/EU, e face ao agravamento das condições económicas e
financeiras verificadas ao longo de 2016, a Companhia decidiu, de forma prudente no mês de Dezembro no
valor de 700K€, subscrito pelo único acionista, Groupama Seguros de Vida, S.A; Este aumento de capital
garantirá, junto da ASF, atingir um rácio SCR mínimo de 110%;
Conforme previsto no Artigo 300.º do Regulamento Delegado e Anexo IV da Norma Regulamentar nº
8/2016-R, de 16 de Agosto, será emitido um Relatório sobre a Solvência II e situação financeira até 20
semanas após o final do exercício (até 19 de Maio de 2017).
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V.4. GASTOS GERAIS POR NATUREZA
Graças à política de rigor e controlo de custos implementado na Companhia desde há alguns exercícios, os
gastos gerais apresentam uma evolução sustentada de 1,4% representando assim uma melhoria do rácio de
despesas sobre prémios.
O crescimento de 13% registado na rubrica “Fornecimentos e Serviços Externos” está relacionado com a
viabilização da estrutura de custos introduzida em anos anteriores dado que a crescente utilização de
serviços externos especializados, pagos à tarefa, aumentam na proporção dos crescimentos da produção e
dos sinistros.
V.5. COBRANÇAS
Em 2016 foi mantido um prazo médio de cobranças muito aceitável, tendo havido um continuado esforço da
Companhia em garantir, de forma antecipada, o pagamento dos prémios, implementando medidas concretas
que permitem a prossecução desse objetivo. Embora estejamos conscientes das dificuldades que os nossos
clientes, por vezes, apresentam para o pagamento atempado dos seus prémios de seguros, a Companhia
tem sabido efetuar, através de diversos desenvolvimentos informáticos e de alteração de procedimentos
nesta área, uma maior adaptação às crescentes preocupações do nosso mercado.
Valores em milhares de euros
2016 2015 Var.
Gastos com pessoal 1839 2.108 -12,8%
Fornecimentos e Serviços Externos 2893 2.560 13,0%
Impostos e Taxas 105 112 -6,1%
Depreciações e Amortizações do Exercício 447 433 3,3%
Outras Provisões -
Juros suportados -
Comissões 23 22 5,5%
Custos e gastos por natureza a imputar 5308 5.235 1,4%
2014 2015 2016
Prémios em Cobrança / Receita 4,67% 5,24% 5,32%
Prazo Médio de Cobrança 17 dias 19 dias 19 dias
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Prémios em cobrança
As medidas implementadas permitiram assim que o prazo médio de cobrança na atividade Não Vida da
GROUPAMA SEGUROS se situasse em valores aceitáveis, numa média de 19 dias para cobrança, mesmo
considerando que boa parte dos fluxos financeiros é efetuada pelos canais de Agentes e Corretores.
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V.6. RESULTADO E CAPITAL PRÓPRIO
Resultado Os prémios adquiridos de seguro direto, líquidos de resseguro, processados em 2016 totalizaram 21.871
milhares de euros, correspondendo a um aumento de 15,4% comparativamente a 2015 (18.950 milhares de
euros).
O total dos custos com sinistros líquidos de resseguro atingiu o montante de 18.024 milhares de euros em
2016, tendo a taxa de sinistralidade registado uma recuperação de 0,8 p.p. face ao ano anterior.
Os custos de exploração líquidos de resseguro, que totalizaram 6.369 milhares de euros, correspondendo a
uma evolução de 8,8% inferior ao crescimento da produção o que permitiu uma melhoria do rácio de
despesas de 1,8 p.p. que atingiu em 2016 os 29,1%.
A gestão dos investimentos em 2016 resultou num ganho de 222 milhares de euros, correspondendo a uma
redução de 25% face a 2015 na sequência da evolução dos activos financeiros.
O resultado líquido de 2016 atingiu um lucro de 666 milhares de euros, que compara com o prejuízo obtido
no ano anterior, de 4.021 milhares de euros.
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Capital Próprio
Indicadores de gestão
Valores em milhares de euros
2014 2015 2016
Capital 7.500 7.500 8.200
Outros instrumentos de capital 7.180 7.180 7.180
Reservas de Reavaliação 763 338 301
Reserva por impostos diferidos -170 -75 -66
Outras reservas 572 684 684
Resultados transitados -4.294 -3.285 -7.306
Resultado do exercício 1.120 -4.021 666
Total Capital Próprio 12.671 8.321 9.658
2014 2015 2016
Resultado líquido / Capitais próprios 8,8% -48,3% 6,9%
Rendimento dos investimentos / Prémios Adq. líq. Resseguro 6,2% 5,7% 1,6%
Rendimento dos investimentos / Provisões Técnicas 7,4% 4,9% 1,9%
Custos com sinistros líq. Resseguro / Prémios Adq. líq. Resseguro 74,5% 83,2% 82,4%
Custos de exploração líquidos / Prémios Adq. líq. Resseguro 30,9% 30,9% 29,1%
Número de empregados 43 41 41
Prémios brutos / Nº empregados (€) 433.499 530.828 612.552
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VI. GESTÃO DE RISCOS
Risco Específico de Seguros
O Risco Especifico de Seguros é o risco inerente à comercialização de contratos de seguro e pode ser
subdividido no Risco de Desenho de Produtos, Risco de Prémios, Risco de Subscrição, Risco de
Provisionamento, Risco de Sinistralidade e Risco de Retenção.
De modo a avaliar a exposição aos riscos acima mencionados, foi adotada uma abordagem processual,
tendo sido mapeados e revistos os processos de desenho e tarifação, de revisão atuarial de produtos, de
aceitação e avaliação do risco, de gestão de sinistros e de cedência ao ressegurador.
As linhas orientadoras na gestão/mitigação dos riscos específicos de seguro encontram-se formalizadas na
política de subscrição, provisionamento, conceção e aprovação dos produtos de seguros, sendo igualmente
relevantes a política de gestão de riscos e a política de gestão de riscos operacionais, no que a este tema
diz respeito.
No âmbito do sistema de governação, a Companhia realiza periodicamente Comités Técnicos e Comités de
Risco onde é feito o acompanhamento/monitorização dos Riscos Específicos de Seguros.
Riscos Financeiros
A política de gestão ativo-passivo, risco de investimento, de concentração e de liquidez é definida com base
nas disposições legais e regulamentares, e assenta em princípios de prudência, tentando mitigar os efeitos
nos ativos sob gestão, provenientes dos riscos financeiros, nomeadamente o risco de mercado, o risco de
liquidez e o risco de crédito.
O Risco de Mercado está diretamente relacionado com a volatilidade a que os mercados financeiros se
encontram expostos. São realizados regularmente comités financeiros cujo objetivo é definir, controlar e
monitorizar as estratégias de investimentos adotadas. Este procedimento permite que se verifique uma
maior conformidade entre as estratégias de investimento em vigor e as condições de mercado em cada
momento do tempo.
De modo a atenuar possíveis impactos decorrentes do Risco de Liquidez, é feito um estudo sobre as
disponibilidades existentes a curto, médio e longo prazo, de modo a garantir a existência de uma margem
satisfatória face às necessidades de liquidez previstas.
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No que se refere ao Risco de Crédito, tem vindo a ser feita uma continuada aposta no desenvolvimento e
utilização de ferramentas de avaliação, bem como na melhoria ao nível dos procedimentos e circuitos de
decisão. Por outro lado, a política de investimentos da Companhia apenas permite a compra de ativos com
qualidade de crédito aceitável face ao risco.
Adicionalmente, os Riscos Financeiros são alvo de análise ao nível do Comité de Riscos Financeiros e do
Comité de Gestão de Riscos, com especial incidência no acompanhamento dos Riscos Financeiros
considerados riscos críticos.
Detalhe maior encontra-se nas Notas ao Balanço e Contas de Ganhos e Perdas.
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VII. RECURSOS HUMANOS
Não obstante algumas alterações ao nível organizacional, os quadros da Groupama Seguros foram
globalmente mantidos, comparativamente ao ano anterior. Com uma idade média relativamente baixa, e um
perfil de qualificações elevado, a Companhia está a seguir uma política para os seus colaboradores assente
no desenvolvimento futuro das suas operações.
Habilitações Literárias
Categorias Profissionais
TOTAL Dout. Mest. Licenc. Bac. Ens. Secund. Ens. Técnico 3º Ciclo 2º Ciclo 1º Ciclo
Administração e Direcção 2 - - 1 - 1 - - - -
Comerciais 4 - - 3 - 1 - - - -
Técnicos e Administrativos 35 - 1 18 2 14 - - - -
Total 41 0 1 22 2 16 0 0 0 0
Categoria profissional 2016 2015
Director 2 2
Gestor Comercia l 0 0
Gestor Técnico 5 5
Gestor Operacional 0 0
Técnico 9 9
Coordenador Operacional 7 7
Especia is ta Operacional 17 18
Ass is tente Operacional 1 0
Auxi l iar Gera l 0 0
TOTAL 41 41
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VIII. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS
Dos resultados líquidos obtidos, um lucro de 666.079,80 €, propomos a seguinte aplicação:
Reserva legal: 66.607,98€
Resultados Transitados: 599.471,82 €
Com este movimento, a conta de Resultados Transitados passará a apresentar um saldo devedor de
6.706.935,32 €.
IX. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o termo do exercício, e até à presente data, não ocorreu nenhum facto relevante que altere
substancialmente a situação patrimonial da sociedade.
Durante o exercício, a sociedade não adquiriu nem alienou ações próprias, nem foram concedidas
autorizações para a efetivação de negócios entre a sociedade e os membros do Conselho de Administração.
Na observância do disposto no nº 1 do Artº 22º do Decreto-Lei nº 110/2009 de 16 de Setembro, informamos
que esta sociedade não tem quaisquer dívidas à Segurança Social e à Autoridade Tributária.
X. CONCLUSÃO
O ano de 2016 confirma os sinais de retoma da actividade económica e comerciais já constatados no ano de
2015 com um crescimento sustentado dos níveis de investimento e de consumo, a suportar a actividade Não
Vida. No mesmo contexto e atendendo, quer à manutenção de taxas muito baixas, quer às exigências
trazidas pelo novo regime Solvência II, a actividade Vida ressente-se novamente em 2016, registando uma
quebra importante na produção.
A GROUPAMA SEGUROS apresentou, no final de 2016, ativos de 31,1 milhões de euros e capitais próprios de
9,6 milhões de euros, com um volume de provisões técnicas de 18,7 milhões de euros. Juntando ambas as
atividades, Vida e Não Vida, e descontando devidamente a participação que a GROUPAMA VIDA tem na
GROUPAMA SEGUROS, os capitais próprios das duas Companhias elevam-se a 90,4 milhões de euros, com
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um volume de reservas técnicas de 377,8 milhões de euros (incluindo passivos financeiros) e ativos de
488,9 milhões de euros.
Comercialmente, mantivemos as práticas de apoio ao desenvolvimento das nossas redes de venda através
de recrutamento, formação e profissionalização, que são as bases da nossa estratégia, a fim de aumentar a
nossa presença e a eficácia da Rede Comercial, dando-lhe os meios e recursos necessários para alcançar
os objetivos ambiciosos que temos para os próximos anos. Em 2016 reforçámos também o ciclo de
desenvolvimentos informáticos que potenciarão as vendas dos canais tradicionais.
Mais uma vez salientamos a excelente colaboração que tivemos da parte dos principais Agentes e
Mediadores, bem como das Sociedades de Mediação nossos parceiros, que continuam a dar fortes
contributos para o desenvolvimento da Companhia.
A excelente relação com os principais Corretores de Lisboa e Porto, especialmente na área dos “employee
benefits” é também, em paralelo com as Redes tradicionais do segmento de particulares, um pilar
fundamental do nosso desenvolvimento.
Durante o exercício de 2016 foram atingidos os objetivos propostos no projeto de Controlo de Riscos e
Auditoria Interna, quer a nível regulamentar, quer a nível de solicitações específicas e pontuais da
Empresa/Grupo. Destacamos o continuado aprofundamento dos projetos da revisão global ao Sistema de
Gestão de Riscos.
Mantemos a nossa convicção de que o “Corporate Governance” é uma condição indispensável para o
sucesso da gestão da GROUPAMA. De facto, esta é uma ferramenta essencial da nossa Companhia, sendo
por isso, nossa estratégia continuar a apostar no seu desenvolvimento.
Para o sucesso do ano de 2016 foi fundamental a centralização da nossa estratégia na rentabilização e a
sustentabilidade de longo prazo da nossa operação, tendo sido possível contar com todos – quadros,
colaboradores internos, redes comerciais e parceiros de negócios – para o alcançar dos objetivos traçados.
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XI. PERSPECTIVAS PARA 2017
Para o ano de 2017, pretende dar-se continuidade ao plano praticado no exercício anterior, onde a
companhia se irá continuar a adaptar às alterações efetuadas nas estruturas, no que concerne à
requalificação dos custos e na continuação de implementação de políticas de parceria com serviços externos
devidamente qualificados e especializados, permitindo assim, desta forma, melhorar o posicionamento da
Groupama a nível competitivo.
As transformações estratégica e operacional operadas pela GROUPAMA, nos últimos anos, tiveram como
objetivo a sustentabilidade no longo prazo das suas atividades. A estabilização já alcançada deverá ser
sustentada em 2017 com a potenciação ainda maior de plataformas informáticas que entretanto foram sendo
implementadas, bem como do reforço da atividade comercial, que permitirá aumentar a competitividade e o
crescimento, e assim a quota de mercado da GROUPAMA em Portugal.
As perspectivas de crescimento de um mercado segurador em Portugal, mantêm-se em níveis relativamente
baixos, pelo que poderão condicionar, de certa forma, um maior desenvolvimento da atividade da
Companhia.
No ramo Vida, as baixas taxas de juro recentemente praticadas nos mercados, bem como a legislação
associada ao novo regime de Solvência, continuam a condicionar as políticas de investimentos das
Seguradoras, obrigando a reduzirem a sua exposição a produtos com taxas garantidas, optando pela venda
de produtos apenas de capital garantido, menos atrativos.
No ramo Não Vida, a retorna do mercado a crescimentos visíveis, nos últimos dois anos, permite já ter
alguma visibilidade sobre os impactos da recuperação económica do país, que necessita porém de uma
maior estabilização do poder de compra para permitir o crescimento célere dos ramos reais. Os seguros de
pessoas, por outro lado estão fortemente condicionados por factores como o desemprego, a evolução da
massa salarial, e a evolução da população.
No ano de 2017 serão ainda de especial atenção os impactos efectivos da entrada em vigor do regime de
Solvência II.
Num acompanhamento ativo de todas estes factores, a GROUPAMA em Portugal continuará a adaptar a sua
estrutura operacional, com atuais sistemas informáticos que criem valor acrescentado às estruturas internas
e comerciais da Companhia, permitindo-se estar preparada para os todos os desafios.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração
Página 22 de 22
Para terminar, resta-nos agradecer aos nossos Auditores e Conselho Fiscal a excelente colaboração que
nos prestaram relativa ao exercício que agora finda.
Lisboa, 02 de Março de 2017
O CONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO
___________________________________________________ Charles Marie Philippe de Tinguy de la Girouliere – Presidente
___________________________________________________ Philippe-Henri BURLISSON, Vogal ______________________________________________________ João Maria Azevedo de Quintanilha e Mendonça - Administrador-Delegado
Valores em euros
Exercício
Valor bruto
Imparidade,
depreciações /
amortizações ou
ajustamentos
Valor Líquido
ACTIVO
19 Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 238.151 0 238.151 9.204.603
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0 0 0 0
20 Activos financeiros detidos para negociação 711.548 0 711.548 2.717.551
21Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas3.657.769 0 3.657.769 0
Derivados de cobertura 0 0 0 0
22 Activos disponíveis para venda 14.324.414 0 14.324.414 11.393.667
Empréstimos e contas a receber 650.000 0 650.000 0
Depósitos junto de empresas cedentes 0 0 0 0
Outros depósitos 650.000 0 650.000 0
Empréstimos concedidos 0 0 0 0
Contas a receber 0 0 0 0
Outros 0 0 0 0
Investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0
23 Terrenos e edíficios 0 0 0 0
Terrenos e edíficios de uso próprio 0 0
Terrenos e edifícios de rendimento 0 0
24 Outros activos tangíveis 1.460.098 1.245.462 214.636 292.620
Inventários 0 0 0 0
Goodwill 0 0 0 0
25 Outros activos intangíveis 7.284.524 6.491.856 792.668 819.486
26 Provisões técnicas de resseguro cedido 1.541.051 0 1.541.051 1.708.780
Provisão para prémios não adquiridos 54.186 0 54.186 24.861
Provisão matemática do ramo vida 0 0 0
Provisão para sinistros 1.486.865 0 1.486.865 1.683.919
Provisão para participação nos resultados 0 0 0 0
Provisão para compromissos de taxa 0 0 0 0
Provisão para estabilização de carteira 0 0 0 0
Outras provisões técnicas 0 0 0 0
12 Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 56.629 0 56.629 55.744
27 Outros devedores por operações de seguros e outras operações 5.076.625 235.502 4.841.123 4.650.025
Contas a receber por operações de seguro directo 2.069.670 180.777 1.888.893 1.415.039
Contas a receber por outras operações de resseguro 330 330 0
Contas a receber por outras operações 3.006.625 54.725 2.951.900 3.234.986
28 Activos por impostos 4.023.340 0 4.023.340 924.658
Activos por impostos correntes 4.548 0 4.548 143.915
Activos por impostos diferidos 4.018.792 0 4.018.792 780.743
29 Acréscimos e diferimentos 81.437 0 81.437 101.592
Outros elementos do activo 0 0 0 0
Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 0 0 0 0
TOTAL ACTIVO 39.105.586 7.972.820 31.132.765 31.868.728
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Notas do
Anexo
Exercício
anteriorDemonstração da Posição Financeira
Valores em euros
Notas do
AnexoDemonstração da Posição Financeira Exercício Exercício anterior
PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
26 Provisões técnicas 18.739.482 17.435.254
Provisão para prémios não adquiridos 4.927.665 4.402.787
Provisão matemática do ramo vida 0 0
Provisão para sinistros 11.444.926 11.044.873
De vida 0 0
De acidentes de trabalho 3.064.345 2.257.756
De outros ramos 8.380.581 8.787.118
Provisão para participação nos resultados 0 0
Provisão para compromissos de taxa 0 0
Provisão para estabilização de carteira 0 0
Provisão para desvios de sinistralidade 907.089 813.208
Provisão para riscos em curso 1.459.802 1.174.386
Outras provisões técnicas 0 0
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e
operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento0 0
31 Outros passivos financeiros 106.105 106.105
Derivados de cobertura 0 0
Passivos subordinados 0 0
Depósitos recebidos de resseguradores 106.105 106.105
Outros 0 0
12 Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 0 0
32 Outros credores por operações de seguros e outras operações 1.308.950 4.062.201
Contas a pagar por operações de seguro directo 671.052 536.120
Contas a pagar por outras operações de resseguro 376.617 263.690
Contas a pagar por outras operações 261.281 3.262.390
28 Passivos por impostos 518.550 386.623
Passivos por impostos correntes 438.178 297.935
Passivos por impostos diferidos 80.373 88.688
29 Acréscimos e diferimentos 801.860 1.557.481
Outras Provisões 0 0
Outros Passivos 0 0
Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda 0 0
TOTAL PASSIVO 21.474.949 23.547.664
CAPITAL PRÓPRIO
33 Capital 8.200.000 7.500.000
(Acções Próprias) 0
Outros instrumentos de capital 7.179.771 7.179.771
33 Reservas de reavaliação 300.582 338.424
Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros 300.582 338.424
Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0 0
Por revalorização de activos intangíveis 0 0
Por revalorização de outros activos tangíveis 0 0
Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa 0 0
Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira 0 0
De diferenças de câmbio 0 0
33 Reserva por impostos diferidos -66.240 -74.754
33 Outras reservas 684.031 684.031
33 Resultados transitados -7.306.407 -3.285.328
Resultado do exercício 666.080 -4.021.079
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 9.657.817 8.321.064
TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 31.132.765 31.868.728
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Valores em euros
Exercício Exercício Anterior
Técnica Não-Vida Não Técnica Total Total
5 Prémios adquiridos líquidos de resseguro 21.871.198 21.871.198 18.949.828
Prémios brutos emitidos 25.114.641 25.114.641 21.763.945
Prémios de resseguro cedido -2.656.993 -2.656.993 -2.006.620
Provisão para prémios não adquiridos (variação) 615.775 615.775 820.083
Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) 29.325 29.325 12.586
Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de
investimento ou como contratos de prestação de serviços0 0 0
6, 11 Custos com sinistros, líquidos de resseguro 18.024.294 18.024.294 15.765.115
Montantes pagos 17.736.796 17.736.796 14.735.707
Montantes brutos 17.940.454 17.940.454 14.953.827
Parte dos resseguradores 203.658 203.658 218.121
Provisão para sinistros (variação) 287.498 287.498 1.029.408
Montante bruto 90.443 90.443 1.719.408
Parte dos resseguradores -197.055 -197.055 690.000
7 Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 379.297 379.297 677.711
Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 0 0 0
Montante bruto 0 0 0
Parte dos resseguradores 0 0 0
Participação nos resultados, líquida de resseguro 0 0 0
8, 11 Custos e gastos de exploração líquidos 6.369.487 6.369.487 5.852.044
Custos de aquisição 4.815.513 4.815.513 4.307.237
Custos de aquisição diferidos (variação) -90.897 -90.897 -85.701
Gastos administrativos 1.700.515 1.700.515 1.654.016
Comissões e participação nos resultados de resseguro 55.644 55.644 23.509
9 Rendimentos 359.679 0 359.679 1.072.216
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 356.259 356.259 391.460
De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0
Outros 3.420 3.420 680.756
10, 11 Gastos financeiros 263.054 4.871 267.925 454.061
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0
De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0
Outros 263.054 4.871 267.925 454.061
CONTA DE GANHOS E PERDAS DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Notas do
AnexoConta de Ganhos e Perdas
Valores em euros
Exercício Exercício Anterior
Técnica Não-Vida Não Técnica Total Total
13 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 57.926 0 57.926 36.532
De activos disponíveis para venda 57.926 0 57.926 36.532
De empréstimos e contas a receber 0 0 0 0
De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0
De passivos financeiros valorizados a custo amortizado 0 0 0 0
De outros 0 0 0 0
14 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas 72.285 0 72.285 1.516
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação -3.291 -3.291 1.516
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas75.576 0 75.576 0
Diferenças de câmbio 0 0 0 0
15Ganhos líquidos de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para
venda e unidades operacionais descontinuadas0 0 0 -358.550
16 Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 0 0 0
De activos disponíveis para venda 0 0 0 0
De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado 0 0 0 0
De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0
De outros 0 0 0 0
17 Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro 10.067 0 10.067 -31.727
Outras provisões (variação) 0 0 0 0
18 Outros rendimentos/gastos 0 121.783 121.783 -29.029
Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas 0 0 0 0
Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial 0 0 0 0
Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda 0 0 0 0
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -2.664.979 116.912 -2.548.066 -3.108.145
28 Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos correntes 0 0 23.704 24.764
28 Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos diferidos 0 0 -3.237.850 888.169
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 666.080 -4.021.079
CONTA DE GANHOS E PERDAS DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Conta de Ganhos e PerdasNotas do
Anexo
Valores em euros
Prestações
suplementares
Por ajustamentos no
justo valor de activos
financeiros
disponíveis para
venda
Reserva legal Outras reservas
Balanço a 31 de Dezembro 2015 7.500.000 7.179.771 338.424 -74.754 625.191 58.840 -3.285.328 -4.021.079 8.321.064
Correcções de erros (IAS 8) 0
Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0
Balanço de abertura alterado 7.500.000 7.179.771 338.424 -74.754 625.191 58.840 -3.285.328 -4.021.079 8.321.064
33 Aumento de reservas por aplicação de resultados (1) -4.021.079 4.021.079 0
Resultado líquido do período (2) 666.080 666.080
Outro rendimento integral do período (3) 0 0 -37.842 8.514 0 0 0 0 -29.327
Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0
33 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda -37.842 8.514 -29.327
Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edíficios de uso próprio 0
Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis 0
Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis 0
Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa 0
Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira 0
Ganhos liquídos por diferenças por taxa de câmbio 0
12 Reconhecimento de ganhos e perdas actuariais (IAS19) 0
Outros ganhos/ perdas reconhecidos directamente no capital próprio 0
Total do rendimento integral do período (4) = (2) + (3) 0 0 -37.842 8.514 0 0 0 666.080 636.753
Operações com detentores de capital (5) 700.000 0 0 0 0 0 0 0 700.000
Aumentos/reduções de capital 700.000 700.000
Transacção de acções próprias 0
Distribuição de reservas 0
Distribuição de lucros/prejuízos 0
Distribuição antecipada de lucros 0
Total das variações do capital próprio (1) + (4) + (5) 700.000 0 -37.842 8.514 0 0 -4.021.079 4.687.158 1.336.753
Balanço a 31 de Dezembro 2016 8.200.000 7.179.771 300.582 -66.240 625.191 58.840 -7.306.407 666.080 9.657.817
Notas do Anexo Capital Social
Outros instrumentos
de capital
DEMONSTRAÇÃO DE VARIAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Reservas de
Reavaliação
Reserva por
impostos diferidos
Outras reservas
Resultados transitados2016 Resultado do exercício TOTAL
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
,
Valores em euros
2016 2015
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Resultado líquido do exercicio (+/-) 666.080 -4.021.079
AJUSTAMENTOS:
Depreciações/Amortizações/Imparidade de Tangíveis e Intangíveis (+) 447.162 432.930
Provisões (+/-) 1.162.348 2.428.916
De seguro directo 1.085.516 3.217.202
De resseguro 167.730 -702.586
Outras -90.897 -85.701
Resultados financeiros operacionais (juros e proveitos similares) (+/-) -474.262 -751.714
Juros e dividendos -359.679 -429.881
Custo amortizado 19.048 27.374
Valias potenciais e realizadas -130.210 320.502
Rendimentos de Imóveis -3.420 -669.709
Impacto de impostos diferidos no resultado liquido do exercicio -3.246.365 792.748
Aumento das dividas de terceiros (-) -474.184 -323.593
De seguro directo -473.854 -273.103
De resseguro -330 0
Pessoal / Fornecedores 0 -48.929
Outras 0 -1.561
Diminuição das dividas de terceiros (+) 422.453 434
De resseguro 0 434
Pessoal / Fornecedores 283.086 0
Estados e Outros 139.367 0
Impostos e taxas 139.367 0
Aumento das dividas a terceiros (+) 388.101 1.068.853
De seguro directo 134.932 0
De resseguro 112.926 100.555
Pessoal / Fornecedores 968.297
Estados e Outros 140.243 0
Impostos e taxas 140.243 0
Diminuição das dividas a terceiros (-) -3.001.109 -163.906
De seguro directo -127.256
Pessoal / Fornecedores -3.001.109
Estados e Outros 0 -36.650
Impostos e taxas -36.650
Diminuição dos proveitos diferidos (-) 0 -66.929
Diminuição dos acréscimos de custos (-) -755.621 0
Aumento dos acréscimos de proveitos (-) 0 0
Aumento dos custos diferidos (-) 0 -36.556
Diminuição dos custos diferidos (+) 20.156 0
Diminuição dos acréscimos de proveitos (+) 0 0
Aumento dos acréscimos de custos (+) 0 612.270
Aumento dos proveitos diferidos (+) 0 0
Outros (+/-) 398.830 -212.346
Fluxo das actividades operacionais (1) -4.446.409 -239.973
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:
Investimentos 22.550.346 26.635.664
Rendimentos 377.055 411.688
Dividendos 3.103 10.878
Juros e proveitos similares 373.952 400.809
Alienações 20.123.291 13.206.518
Reembolsos 2.050.000 3.359.000
Terrenos e edificios 9.658.459
Subsídios de investimento 0 0
Alienação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 0 0
Total de Recebimentos 22.550.346 26.635.664
PAGAMENTOS RESPEITANTES A:
Investimentos 27.384.231 17.182.579
Compras 27.384.231 17.182.579
Terrenos e edificios 0 0
Aquisição de imobilizações corpóreas e incorpóreas 248.495 504.593
Imobilizações em curso 137.663 84.878
Total de Pagamentos 27.770.390 17.772.050
Fluxo das actividades de investimento (2) -5.220.043 8.863.614
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 700.000 0
Total de Recebimentos 700.000 0
Fluxo das actividades de financiamento (3) 700.000 0
Variações de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] -8.966.452 8.623.641
Efeito das diferenças de câmbio (+/-) 0 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 9.204.603 580.962
Caixa e seus equivalentes no fim do período 238.151 9.204.603
Variações de caixa e seus equivalentes (Saldo final-Saldo inicial) -8.966.452 8.623.641
DEMONSTRAÇÃO DE RENDIMENTO INTEGRAL DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Valores em euros
Não Técnica Total
Resultado líquido do exercício 666.080 666.080 -4.021.079
Outro rendimento integral do exercício -29.327 -29.327 -328.677
Activos financeiros disponíveis para venda -37.842 -115.851 0
33 Reclassificação de ganhos e perdas em resultados do exercício -57.926 -57.926 0
16 Imparidade 0 0 0
13 Alienação -57.926 -57.926 0
33 Impostos 8.514 8.514 -328.677
Ganhos e perdas líquidas em diferenças cambiais 0 0 -387.564
Benefícios pós-emprego 0 0 -36.532
Outros movimentos 0 0 0
TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL LÍQUIDO DE IMPOSTOS 636.753 636.753 -4.349.756
Notas do
AnexoDemonstração do rendimento integral Exercício anterior
Valor de balanço
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
1
Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
GROUPAMA SEGUROS, SA (Montantes expressos em euros, excepto quando indicado)
1. Informações Gerais
A Groupama Seguros, S.A. (adiante designada por Groupama Seguros ou Companhia) foi
constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de
desenvolver a actividades dos ramos reais (Não Vida) em Portugal.
A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na
Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.
A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para os ramos Não Vida para o
qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões (ASF). A sua actividade é exercida em Portugal.
Situação económica internacional
O ano de 2016 termina com uma nota positiva, facto que é evidente em vários indicadores de
confiança e de actividade nas economias desenvolvidas e mesmo no comportamento de alguns
activos financeiros (US Treasuries e acções norte-americanas, por exemplo).
Contudo em termos do binómio crescimento/inflação, o ano 2016 desiludiu uma vez mais: o
crescimento mundial pouco se afastou do patamar de anos anteriores, cerca de 3%, desta
forma as perspectivas de crescimento foram gradualmente ajustadas em baixa, o mundo
continua numa armadilha de baixo crescimento.
O cenário consensual entre os analistas e as principais entidades de pesquisa económica,
aponta para que 2017 se afirme um ano de maior crescimento, não obstante os riscos
potenciais que se adivinham. O maior dinamismo deverá decorrer nas economias
desenvolvidas, mas também nos mercados emergentes, ainda que estes possam ter um
comportamento heterogéneo fruto do ambiente financeiro mais restritivo (subidas de taxas nos
EUA) e de um eventual maior grau de proteccionismo pela Administração Trump.
Em termos globais, as perspectivas para 2017 são elevadas, na medida em que se está a
incorporar o regresso a tendências de uma maior normalidade: lenta elevação da inflação,
inversão do ciclo das commodities, taxa de juro mais elevadas,
Dado o contexto, o potencial de desilusão poderá também ser significado.
Situação económica nacional
A economia portuguesa registou um crescimento de cerca de 1,4% em 2016, registando menos
2 décimas que no ano anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Esta redução verificou-se no primeiro semestre devido a uma fragilidade no comércio
internacional.
A economia terá crescido graças a um aumento da procura interna, que contribuiu para o
crescimento do PIB. Este aumento da procura interna vem do investimento, e não do consumo
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
2
privado como a época poderia sugerir. No entanto, o aumento das importações fez com que o
contributo da procura externa líquida para o PIB fosse negativo, impedindo assim a economia
de crescer mais.
No que concerne às exportações de bens e serviços, verificou-se uma desaceleração face ao
ano anterior de 3,0%, esta desaceleração está associada a um menor crescimento da procura
externa, refletindo as vendas para alguns mercados extracomunitários, destacando-se Angola e
a China.
O indicador económico aumentou entre Novembro e Dezembro, após ter estado em queda nos
meses anteriores, refletindo assim, desenvolvimentos positivos em todos os sectores (Indústria,
Construção, Vendas e Serviços e Setor Público), tendo o sector da Indústria alcançado o maior
indicador de confiança desde Março de 2008.
No que diz respeito à taxa de desemprego, verificou-se um decréscimo de 0.3 p.p. tendo obtido
um valor de 10.2%, este nível de desemprego, corresponde ao mais baixo valor desde Março
de 2009.
O diferencial de inflação entre Portugal e a área do euro deverá manter-se positivo e próximo
do observado no ano anterior, sendo que este diferencial positivo reflete, uma queda de preços
dos bens energéticos mais acentuada na área do euro do que em Portugal.
2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas
contabilísticas adoptadas
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2016 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas
de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 10/2016 – R de 15 de
Setembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização das operações das
empresas de seguros estabelecidas pela ASF.
Este plano de contas, actualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de
Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adoptados na União
Europeia, excepto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adoptados
os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As
IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards
Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation
Committee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.
Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adoptou na preparação destas
demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações do
IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2015. Esta adopção teve impacto em
termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no
entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afectando a posição financeira da
Companhia.
As demonstrações financeiras estão expressas em euros (excepto, quando indicado) e estão
preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos registados
ao justo valor, nomeadamente, activos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes
activos e passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
3
A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e
estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os
montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou
diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e
julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde
são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações
financeiras encontram-se analisadas na nota 3.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 02 de
Março de 2017.
2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas e/ou alteradas:
No decorrer do período de 2016 foram efetuadas alterações em determinadas normas
contabilísticas, nomeadamente:
IFRS 9 – “Instrumentos Financeiros” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2018): A alteração desta norma está estipulada no Regulamento
(UE) 2016/2067 da Comissão de 22 de novembro de 2016. A IFRS 9 substitui a IAS 39
– ‘Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração’ e introduz algumas
alterações, entre outras, como a:
a) Classificação e mensuração dos ativos financeiros, introduzindo uma
simplificação na classificação com base no modelo de negócio definido pela
gestão;
b) Reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber, com base no
modelo de perdas estimadas em substituição do modelo de perdas
incorridas;
c) Regras da contabilidade de cobertura, que se pretende que estejam mais
alinhadas com o racional económico da cobertura de riscos definido pela
Gestão.
IFRS 15 – “Rédito de contratos com clientes” (a aplicar nos exercícios que se iniciem
em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de
endosso pela União Europeia. Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a
entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o
rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita
e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme
previsto na “metodologia das 5 etapas”. A adoção desta norma não teve impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia.
IFRS 10 - “Demonstrações Financeiras Consolidadas”, IFRS 12 - “Divulgação de
Interesses Noutras Entidades” e IAS 28 - “Investimentos em Associadas e
Empreendimentos Conjuntos”. Alterações reguladas no Regulamento (UE) 2016/1703
da Comissão de 22 de setembro de 2016. As alterações às normas surgem no âmbito
de clarificação quanto à isenção de obrigação de consolidação, que só se aplica a uma
empresa-mãe intermédia que constitua uma subsidiária de uma Entidade de
investimento. Adicionalmente, clarifica que a opção de aplicar o método da equivalência
patrimonial, é extensível a uma entidade que não é uma entidade de investimento, mas
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4
que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que é uma
entidade de investimento.
2.3. Principais políticas contabilísticas adoptadas
As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados
nas demonstrações financeiras.
2.4. Reporte por segmentos
Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e
proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.
Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente
económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros
segmentos que operam em outros ambientes económicos.
2.4.1. Especialização de exercícios
Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,
independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas
demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.
2.4.2. Transacções em moeda estrangeira
As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio
em vigor na data em que ocorrem.
Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica
Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado
pelo Banco de Portugal.
As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data
de balanço, relativas aos activos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e
perdas do exercício.
Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda
estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transacção. Activos e passivos não
monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa
de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais
resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças
relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as
quais são registadas em reservas.
2.4.3. Activos tangíveis
Estes bens estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição sujeito a
depreciação e testes de imparidade.
Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes activos tangíveis foram
calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
5
nas seguintes taxas anuais, as quais reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos
bens:
No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o
valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento
correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16 `Activos Fixos Tangíveis’. Ao
nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil
que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos,
depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato
financeiro.
Os gastos subsequentes com os activos tangíveis são capitalizados no activo apenas se for
provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as
despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios.
Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é
estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de
um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em
resultados para os activos registados ao custo.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o
seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados
futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da
sua vida útil.
2.4.4. Propriedades de investimento
A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por
via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de
mensuração da IAS 40.
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo
os custos de transacção directamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor.
Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em resultados.
As propriedades de investimento não são depreciadas.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a Companhia
venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho inicialmente
estimado.
O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efectuada por
um avaliador independente.
Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional
reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das
quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de
empreendimentos, o ensino e a investigação.
A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes,
é baseada nos seguintes métodos:
Método comparativo:
Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de transações
e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que possuam idênticas
características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma área do mercado
imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra representativa e
credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que não se apresentem
desfasadas relativamente ao momento de avaliação.
Método dos múltiplos do Rendimento:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda
anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção, e
uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do
investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.
Método de atualização de rendas futuras:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos
financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de
investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações
com perfil de risco semelhante.
Ver adicionalmente a Nota 23.
2.4.5. Activos intangíveis
Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como activos intangíveis,
assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua
implementação.
Os gastos directamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia,
relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como activos
intangíveis, de acordo com a IAS 38 `Activos Intangíveis’:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
7
a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível
para utilização;
b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;
c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;
d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;
e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para
concluir o desenvolvimento e usar o software, e
f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu
desenvolvimento podem ser mensuradas.
Os activos intangíveis estão mensurados ao respectivo custo histórico de aquisição, sendo
sujeitos a amortizações e testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através
de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3
anos, período que reflecte de forma razoável a vida útil estimada dos activos intangíveis.
Taxa anual
Aplicações informáticas 33,33%
Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a
manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.
2.4.6. Activos financeiros
i) Classificação
A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição
considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:
Activos financeiros detidos para negociação
Adquiridos com o principal objectivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui
também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.
Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
Esta categoria inclui os activos com derivados embutidos, designados no momento do
seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo valor
reconhecidas em resultados.
Activos financeiros a deter até à maturidade
Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma
maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e
capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes activos financeiros encontram-se
registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento
financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de
reembolsos de capital efectuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização
com base no método da taxa efectiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o
valor de reembolso.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
8
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular
o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa
efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros
estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao
valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
Empréstimos concedidos e contas a receber
Os empréstimos e contas a receber incluem os activos financeiros não derivados com
pagamentos fixado ou determinável, não admitidos à cotação num mercado activo. São
registados neste elemento do activo os depósitos a prazo em instituições de crédito.
Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que (i) a
Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados
como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que
não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.
ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento
Aquisições e alienações: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii)
activos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são
reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se
compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros referidos acima são
inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto
nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes
custos de transacção são directamente registados em resultados.
Os activos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da
Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido
substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não
obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados
à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos.
iii) Mensuração subsequente
Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros detidos para negociação e os
activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados
ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.
Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no
entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao
accionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma
perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais
registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com
participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em
Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos
resultados a atribuir’.
Ainda relativamente aos activos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor
de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii)
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
9
as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por
contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial),
conforme descrito acima.
Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo
amortizado, de acordo com o método da taxa efectiva, com as amortizações (juros, valores
incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.
O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”).
Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de
avaliação, tais como, a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e
realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos
de avaliação de opções parametrizados de modo a reflectir as particularidades e
circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações
de mercado.
Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo
valor, bem como as acções não cotadas, são registados ao custo de aquisição.
iv) Transferências entre categorias de activos financeiros
Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de
instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and
Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir que
uma entidade transfira activos financeiros detidos para negociação para as carteiras de
activos financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou
para activos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses activos financeiros
obedeçam às características de cada categoria.
As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de
empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade são
também permitidas.
v) Imparidade
Imparidade de títulos
A Companhia avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro,
ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros
que apresentem sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo
as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas.
Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre
que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que
ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital
cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para
títulos de divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos
fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser
estimado com razoabilidade.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
10
A Companhia considera que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, se
encontra em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas
pela ASF:
Assim, o activo financeiro é objecto de imparidade, se:
a. Já tiver sido objecto de imparidade em exercícios anteriores; ou
b. A cotação de bolsa esteve em permanência, nos últimos 24 meses, inferior ao
valor de custo (declínio prolongado); ou
c. A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta
percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio
significativo de 50%).
O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos, e resulta da diferença entre o
valor de custo e o valor de cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de
imparidade, no activo, anteriormente reconhecida em resultados.
Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a
perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de
aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo
anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período
subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade
anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à
reposição do custo de aquisição. Esta situação acontece se o aumento for objectivamente
relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade,
excepto no caso da acções ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível
reconhecer qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de acções e
outros instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.
No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade
correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de
caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de
juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no activo, líquidos
de imparidade. Caso estejamos perante um activo com taxa de juro variável, a taxa de juro a
utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva
actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos
detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade
diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu
após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do
exercício.
Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa
Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em
cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final
do exercício são reflectidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro directo’.
O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base nos valores dos prémios por cobrar,
aplicando os critérios definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões, de base económica.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
11
Para a constituição do ajustamento foi, em primeiro lugar, determinado qual o rácio de
anulação de recibos pendentes. Este rácio permite-nos ter uma estimativa aproximada da
probabilidade de anulação de um recibo que esteja em cobrança.
Em simultâneo foi determinada uma aproximação da margem de lucro que cada prémio em
cobrança dá à Groupama Seguros.
Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos
saldos a receber resultantes de operações de seguro directo, de resseguro ou outras, à
excepção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em
função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.
A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através
da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial.
2.4.7. Outros activos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros
derivados
Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade
date) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros
derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa
reavaliação registados directamente em resultados do período.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.
Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo
valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado
numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados
directamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente
relacionado com o activo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.
O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência
de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de
transacções recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em
metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em
técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o
efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade.
2.4.8. Passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual
da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro,
independentemente da sua forma legal.
Os passivos financeiros incluem os depósitos recebidos de resseguradores e são registados (i)
inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii)
subsequentemente pelo maior valor entre a quantia determinada segundo a IAS 37 e a quantia
inicialmente reconhecida.
2.4.9. Caixa e equivalentes de caixa
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
12
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes
englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da
data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de
valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.
2.4.10. Capital social
As acções são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir
dinheiro ou outros activos. Os custos incrementais directamente atribuíveis à emissão de
instrumentos de capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos,
líquida de imposto.
2.4.11. Contratos de seguro
Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro
significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro
incerto especificado o afectar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4;
Os contratos de seguro são reconhecidos e mensurados como segue:
i) Prémios
Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam,
da mesma forma que os prémios brutos emitidos.
ii) Custos de aquisição
Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração
contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de
investimento.
As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos
respectivos prémios ou renovação das respectivas apólices.