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GROUPAMA SEGUROS, SA RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXERCÍCIO DE 2015

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    RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

    EXERCÍCIO DE 2015

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração

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    I. SITUAÇÃO ECONÓMICA INTERNACIONAL

    O ano de 2015, sobretudo a partir do segundo semestre, foi um período de abrandamento do crescimento e

    da recuperação económica mundial que se vinha verificando desde 2009, o ano da Grande Recessão. Este

    abrandamento deveu-se em grande parte aos problemas e desequilíbrios que se começaram a notar nas

    principais economias emergentes.

    A par dos desequilíbrios que persistem no mundo desenvolvido, o esgotamento dos instrumentos de política

    económica, coadjuvada pela fraca performance de grandes economias emergentes, levou a um

    condicionamento da economia e do sistema financeiro global, apontando a maior parte dos fatores de risco

    no sentido negativo. Na atual situação económica global, a persistente baixa dos preços das principais

    “commodities” parece intensificar um abrandamento da generalidade dos preços, levando com isso a uma

    estagnação e a um consequente ciclo depressivo.

    O mercado da dívida pública da zona euro permanece protegido pela política do Banco Central Europeu,

    que continua a atuar como um comprador dessa dívida. Esta política tem beneficiado os Estados da EU,

    pois influencia e condiciona em baixa os prémios de risco dos diversos Governos, mas que resulta sempre

    como um fator temporário. Desta forma, suportados por esta política, os Estados deverão seguir uma atitude

    responsável e uma rigorosa disciplina orçamental por forma a não gerar danos maiores no período seguinte

    ao fim da implementação do QE (Quantitative Easing).

    As políticas monetárias mantiveram-se acomodatícias, mesmo nos EUA, onde a taxa de juro já foi revista em

    alta por parte do FED. A garantia de estabilização dos balanços dos bancos centrais após o período de

    implementação do QE leva a um certo conforto aos mercados de dívida. Na zona euro, o BCE poderá ser

    levado a aumentar as suas medidas de apoio aos Estados, com o aumento da intervenção ou da compra de

    ativos, face ao cenário depressivo / de estagnação que está a ser vivido..

    O ano de 2016 deverá ser ainda um período de fracos crescimentos, mas ainda assim, de recuperação.

    Existirão certamente medidas de apoio ao crescimento das diversas economias, que passarão pela

    continuidade das medidas de QE, na Europa, nas subidas das taxas de juro diretoras, nos EUA, mas

    também no ajuste das políticas fiscais dos diversos países, por forma a permitir um certo pendor

    expansionista. Finalmente, espera-se um início de tendência de aumento das taxas de juro, que têm

    permanecido historicamente baixas.

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    II. SITUAÇÃO ECONÓMICA NACIONAL

    O ano de 2015 ficou marcado por um crescimento ligeiro da economia portuguesa, ainda assim

    representativo de uma recuperação dos fatores económicos, em 1,5%. Esta retoma suportou-se, em grande

    parte, pelo bom comportamento das exportações.

    No entanto, existem desde já alguns riscos imediatos associados à recuperação, que importam reter. A

    evolução dos preços do petróleo e o aumento da procura interna, sobretudo de bens duradouros não

    fabricados em Portugal, constituem os principais fatores de risco incorporados na economia portuguesa.

    2015 ficou igualmente marcado pela manutenção da capacidade de financiamento da economia portuguesa.

    O setor corporativo registou um aumento significativo da sua poupança corrente, contribuindo de forma

    significativa para uma taxa de poupança da economia de cerca de 15% do PIB. Por outro lado, a queda dos

    preços do petróleo provocou igualmente efeitos positivos no saldo externo da nossa economia, o que se

    reflete diretamente, e de forma visível, na melhoria do comportamento da economia e do seu principal

    indicador, o PIB.

    2016 será ainda um ano difícil e de alguns desafios para a economia portuguesa. Embora todos os cenários

    apontem para um ritmo de expansão em torno dos 1,8% para o final do ano, este crescimento deverá

    resultar agora do crescimento da procura interna e do regresso de contributos favoráveis da procura externa

    líquida.

    Antecipam-se assim alguns fatores que poderão marcar o ano de 2016 na economia portuguesa: uma mais

    contida expansão do consumo privado, com uma estabilização do mercado de trabalho; uma evolução

    favorável do investimento; e um aumento do rendimento disponível, resultante de diversos fatores dos quais

    se destacam a redução da carga fiscal, a devolução faseada dos cortes salariais, a redução da Contribuição

    Extraordinária de Solidariedade, a atualização das pensões e o aumento do salário mínimo. No crescimento

    equilibrado da economia portuguesa não poderão ser dissociados alguns riscos que poderão travar uma

    certa e aguardada expansão, como sejam os desequilíbrios das contas externas, pois agravaria ainda mais

    o registo histórico de contas devedoras de Portugal, que terá de ser invertido nos próximos anos, para bem

    da nossa economia.

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    III. O MERCADO SEGURADOR

    O mercado segurador português apresentou, em 2015, ao inverso do que tinha sido constatado nos anos

    anteriores, uma evolução muito negativa do ramo Vida, e uma retoma do ciclo positivo nos ramos Não Vida.

    Se os ramos Não Vida já estão a refletir alguma recuperação económica, bem como alguma correção de

    preços em ramos importantes, no ramo Vida verificou-se uma alteração de comportamento de vendas no

    mercado segurador. Esta redução constatada neste ramo não pode ficar dissociada da diminuição, pelo

    menos aparente, da venda ativa de produtos financeiros por parte das seguradoras, cuja causa estará

    certamente ligada às importantes reduções de rentabilidade dos ativos observadas no ano de 2015,

    provindas da diminuição das taxas de juro de mercado. Por outro lado, as fortes implicações nos capitais

    que o novo regime de Solvência traz às seguradoras quando da assunção de maiores riscos financeiros,

    condicionam igualmente a estrutura de investimentos destes atores financeiros.

    No total, o mercado segurador português alcançou um montante de 12,5 mil milhões de euros, o que

    representou um decréscimo de 11,6% face ao ano anterior, correspondendo a uma diminuição na produção

    de 1,6 mil milhões de euros.

    Em Vida, o mercado apresentou um volume de produção de 8,6 mil milhões de euros, que representou um

    decréscimo de 17,0% face a 2014, e em Não Vida um volume de produção de 3,9 mil milhões de euros, que

    representou um aumento de 3,5% comparativamente com o ano anterior.

    A redução das vendas dos produtos de poupança levou a que o ramo Vida, essencialmente suportado no

    passado por essa atividade, viesse a registar o decréscimo significativo, já referido. Os produtos financeiros,

    com um decréscimo de 18,2%, e os produtos ligados à reforma, com uma diminuição de 21,7%, foram os

    principais responsáveis pela quebra de produção do mercado Vida. No entanto, há a salientar a recentragem

    da indústria seguradora sobre as vendas de produtos de risco e rendas, que levou a um importante

    crescimento de 5,2%, em 2015, nestas linhas de negócio.

    O ténue restabelecimento das condições económicas positivas, permitiu ainda assim que as seguradoras,

    através dos seus ramos Não Vida, atingissem desde já crescimentos nestas atividades, em 2015. Destacam-

    se, por essa via, os crescimentos nas linhas relativas aos seguros de pessoas (Acidentes de Trabalho,

    +7,7%, Acidentes Pessoais, +4,4% e Acidentes e Doença, +6,7%) e aos seguros de bens e

    responsabilidades (Automóvel, +2,1% e Incêndio e Outros Danos, +2,0%).

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    Mercado Segurador Não Vida

    Em 2015 assistimos já a um retomar do mercado no sector Não Vida, com um aumento da produção em

    3,5% face a 2014, crescimento esse resultante de importantes recuperações em quase todas as linhas de

    negócio.

    O ramo Automóvel, que representa 40% dos negócios Não Vida em Portugal, apresenta um crescimento de

    2,1% em 2015. Este aumento já deverá ser um reflexo da estabilização da economia portuguesa, que terá

    de ser confirmado nos próximos anos.

    Ao contrário de anos anteriores, em que apenas houve evolução positiva nos ramos de pessoas (incluindo

    Acidentes de Trabalho), o ano de 2015 ficou marcado pela recuperação de todas as outras linhas de

    negócio, mas também pelo reforço daquelas. Assim, após diversos anos com crescimentos negativos, todas

    as linhas referentes aos ramos de bens e responsabilidades apresentaram já evoluções positivas, das quais

    se destacam o Automóvel, com +2,1% e o Incêndio e Outros Danos, com +2,0%. Relativamente aos seguros

    de pessoas, sobretudo Doença e Acidentes de Trabalho, a tendência de aumento dos portefólios veio a

    confirmar-se, tendo-se obtido crescimentos importantes no ano de 2015, com aumentos de 6,7% e 7,7%,

    respetivamente.

    Por fim, destaca-se no mercado segurador um decréscimo no rácio de sinistralidade (sobre prémios

    adquiridos, líquidos de resseguro), em 2015, para 74,2% (76,4% em 2014). No entanto, esta dimuinuição foi

    representada por comportamentos distintos entre os diversos ramos Não Vida. Assim, enquanto que no

    ramo Automóvel a evolução foi negativa, com importante agravamento do rácios de sinistralidade, atingindo

    74,4%, quase mais 4 p.p. que no ano anterior, no ramo Incêndio e Outros Danos teve uma forte

    recuperação, passando para 45,5%, depois de ter atingido 65,3% em 2014, o que representa um decréscimo

    de quase 20 p.p. O ramo Acidentes e Doença manteve uma certa estabilização deste indicador, atingindo

    ainda assim uma taxa de sinistralidade muito elevada, de 91,0%.

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    IV. GROUPAMA (Vida e Não Vida)

    Depois das convulsões trazidas pela alteração estratégica iniciada em 2013, que se prolongaram pelo seu

    primeiro ano completo, 2014, o ano de 2015 registou já evoluções significativas nas estruturas comerciais e

    operativas da GROUPAMA que levaram a aumentos significativos das vendas, provocando uma recuperação

    de vários pontos na quota de mercado da Companhia.

    Com os mercados financeiros a continuarem em níveis historicamente baixos no que respeita a taxas de

    remuneração de obrigações e de outros instrumentos financeiros, cenário contraposto pela já visível

    recuperação da economia portuguesa, a GROUPAMA procurou adaptar a sua estrutura comercial e os seus

    produtos a esta nova realidade por forma a dar resposta às novas necessidades do mercado. Assim, ao

    longo do ano de 2015 foram já visíveis e encorajadores os sinais da recuperação e da adaptação da

    estratégia da GROUPAMA que levou já, no conjunto do ano, a crescimentos importantes em diversas linhas de

    negócios, Vida e Não Vida.

    A base destes crescimentos de 2015 resultou essencialmente da boa performance das vendas, no ramo

    Vida, em produtos financeiros de capital garantido para clientes individuais. Por outro lado, os produtos de

    reforma individuais (PPR) contribuíram da mesma forma para uma boa performance da GROUPAMA VIDA,

    indo de encontro às crescentes preocupações existentes na população nestas matérias. Por fim, a

    GROUPAMA VIDA continua com boas performances nas áreas de “employee benefits”, o que tem ajudado ao

    crescimento dos produtos ligados às empresas.

    No que diz respeito aos produtos Não Vida, muito ligados à atividade económica, o crescimento é muito

    significativo. Do lado dos seguros de pessoas, há a destacar o ramo Doença que, tal como os produtos de

    reforma em Vida, reforça a presença da Companhia no mercado dos “employee benefits”. Nos seguros de

    bens, destaca-se os ramos Automóvel e o Incêndio e Outros Danos, cujos crescimentos, dentro do que

    estava previsto no novo plano de negócios, são significativas e sublinham a vontade da Companhia em

    entrar nos mercados de risco mais comuns da atividade seguradora.

    Mercado 2015 2014 Var. Quota

    Vida 8.615 10.380 -17,0% 69%

    Não Vida 3.857 3.728 3,5% 31%

    Total 12.472 14.108 -11,6% 100%

    Fonte: APS

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    V. GROUPAMA SEGUROS

    V.1. PRODUÇÃO

    O volume de prémios dos ramos Não Vida alcançou um montante de 21,8 milhões de euros,

    correspondendo a um crescimento de 16,8%.

    Com importantes objetivos de desenvolvimento orgânico para a GROUPAMA SEGUROS, 2015 ficou marcado

    por um forte crescimento, revelador da nova estratégia da Companhia. Os problemas de crescimento

    apresentados pela Companhia ao longo dos últimos anos - à semelhança do que se tem verificado também

    no mercado segurador português - foram, de algum modo, corrigidos neste ano de 2015, pelo que o ano

    2015 já foi de ganho de quota de mercado.

    O ramo principal da GROUPAMA SEGUROS continua a ser Doença, com metade da produção total Não Vida. O

    ano de 2015 foi marcado pelo elevado crescimento deste ramo de atividade (aumento de 14,6%), depois de

    em anos anteriores terem sido tomadas medidas internas de rentabilização da carteira, levando à saída de

    alguns contratos, nomeadamente de empresas com forte sinistralidade. Nesta atividade continua-se a

    destacar a importância dos seguros coletivos, naturalmente associados à nossa presença no mercado das

    empresas e que aparecem, muitas vezes, em complementaridade com seguros coletivos de Vida ou

    Reforma (“employee benefits”).

    Em segundo lugar, situa-se já o ramo Automóvel, com um peso no total da atividade Não Vida de 23%,

    apresentando agora um volume de prémios de 5,0 milhões de euros, com um acréscimo de 33,0% face ao

    ano anterior.

    O terceiro ramo da atividade da GROUPAMA SEGUROS é o Incêndio e Outros Danos, com um montante de

    prémios de 3,5 milhões de euros, apresentando uma parte importante no total da carteira (de 16%),

    apresentando um interessante crescimento de 5,8%.

    Todos os outros ramos apresentam apenas pequenas percentagens da atividade total Não Vida da

    Companhia, inferiores a 10%, funcionando apenas como seguros complementares à atual estratégia da

    Companhia.

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    Evolução dos Prémios Não Vida

    Estrutura dos Prémios Não Vida (2015)

    Durante o exercício de 2015 consolidámos as plataformas informáticas de apoio à venda, com a continuação

    dos investimentos na “webização” dos nossos produtos “core”, fazendo crer que a estratégia traçada para o

    desenvolvimento dessas atividades se fará através da redução do “time-to-market” entre o pedido de

    cotação de um produto até a sua subscrição efetiva. De igual forma, a Companhia redesenhou os seus

    processos internos, facultando, sobretudo aos clientes empresas, um melhor e mais efetivo apoio à venda

    nas áreas ligadas aos “employee benefits”.

    Valores em milhares de euros

    2015 2014 Var.

    Acidentes Trabalho 1.581 1.282 23,4%

    Acidentes Pessoais 535 548 -2,4%

    Doença 10.905 9.512 14,6%

    Incêndio 3.526 3.333 5,8%

    Automóvel 5.035 3.785 33,0%

    Outros 181 181 0,0%

    Total 21.764 18.640 16,8%

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    V.2. ACTIVIDADE FINANCEIRA

    Gestão de Ativos

    A mais significativa alteração na estrutura de ativos ficou a dever-se à venda do único imóvel, mas

    representativo, que a GROUPAMA SEGUROS detinha (edifício Av. Berna 24), e que representava em 2014

    cerca de 45% do total dos ativos. O aumento da liquidez verificada no quadro anterior deve-se à venda

    desse imóvel, efetuada nos últimos dias do ano de 2015, que não permitiu o reinvestimento total em tempo

    do fecho do ano.

    Estratégia de investimento

    Relativamente à gestão dos investimentos, a Companhia continua a promover comités financeiros e de

    riscos financeiros que são efetuados de uma forma regular e organizada, os quais permitiram um

    acompanhamento do desempenho do gestor de ativos.

    Valores em milhares de euros

    2015 2014

    2.718 2.305

    0

    11.394 11.669

    Investimentos a deter até à maturidade 0

    0 11.609

    9.205 581

    0

    23.316 26.164

    Caixa e seus equivalentes Depósitos à Ordem

    Outros

    Total

    Activos Financeiros Detidos para Negociação

    Activos Financeiros Reconhecidos ao Justo Valor através de Ganhos e Perdas

    Activos Financeiros Disponíveis para Venda

    Terrenos e Edifícios

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    Carteira de títulos

    Composição da carteira de títulos (2015)

    A segurança e estabilidade dos rendimentos da GROUPAMA SEGUROS permitem obter proveitos financeiros

    consentâneos com a atividade e fluxos financeiros gerados.

    Valores em milhares de euros

    2015 2014

    Obrigações 11.382 11.658

    Dívida Pública 5.197 5.731

    OT's 3.999 4.971

    Outra Div. Pública 1.198 760

    Empresas 6.185 5.927

    Acções 11 11

    Unidades de Participação 2.718 2.305

    Mobiliárias 2.718 2.305

    Imobiliárias 0

    Total 14.111 13.975

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    V.3. GARANTIAS FINANCEIRAS

    Margem de Solvência

    Evolução da Margem de Solvência

    (valores em milhares de euros)

    Os elementos de cobertura da margem de solvência apresentam uma taxa de cobertura de 202,6%,

    caracterizadora da excelente solidez financeira da GROUPAMA SEGUROS. A redução do rácio em 2015

    deveu-se à integração dos resultados da atividade de 2015 nos capitais próprios.

    Valores em milhares de euros

    2013 2014 2015

    Margem disponível 10.711 12.155 7.502

    Margem exigida 3.819 3.700 3.702

    Excedente 6.892 8.455 3.799

    % 280,5% 328,5% 202,6%

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    Provisões técnicas e investimentos

    Evolução da cobertura das provisões técnicas

    (valores em milhares de euros)

    O grau de cobertura das provisões técnicas pelos investimentos, incluindo neste contexto os ativos livres,

    continua a ser muito significativo, sendo suficiente para cobrir quaisquer responsabilidades inerentes à

    atividade da GROUPAMA SEGUROS.

    Valores em milhares de euros

    2013 2014 2015

    Provisão para Prémios Não Adquiridos 3.672 3.668 4.403

    Provisão para Sinistros 11.673 9.238 11.045

    Provisão para Part. Resultados 0 0

    Provisão para Desvios de Sinistralidade 665 739 813

    Provisão para Riscos em Curso 1.087 571 1.174

    Prov. Técnicas 17.096 14.216 17.435

    Investimentos 24.221 26.164 23.316

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    V.4. GASTOS GERAIS POR NATUREZA

    A política de rigor e o controlo de custos implementado na Companhia desde há alguns exercícios tem vindo

    a ter um reflexo importante nos gastos gerais. O ano de 2015 não foi exceção.

    No entanto, neste mesmo ano, as alterações estratégicas na estrutura de despesas foram caracterizadas

    por um aumento controlado dos investimentos informáticos no apoio à venda e ao desenvolvimento dos

    negócios, refletidos na rubrica de “Depreciações e Amortizações do Exercício”. A variabilização da estrutura

    de custos, inscritos em “Fornecimentos e Serviços Externos”, teve igualmente um papel relevante para o

    crescimento desta rubrica, dado que a crescente utilização de serviços externos especializados, pagos à

    tarefa, aumentam na proporção dos crescimentos da produção e dos sinistros. Por fim, a rubrica “Impostos e

    Taxas” teve igualmente um crescimento importante, pois está diretamente ligada ao forte aumento da

    produção da GROUPAMA SEGUROS.

    V.5. COBRANÇAS

    Em 2015 foi mantido um prazo médio de cobranças muito aceitável, tendo havido um continuado esforço da

    Companhia em garantir, de forma antecipada, o pagamento dos prémios, implementando medidas concretas

    que permitem a prossecução desse objetivo. Embora estejamos conscientes das dificuldades que os nossos

    clientes, por vezes, apresentam para o pagamento atempado dos seus prémios de seguros, a Companhia

    tem sabido efetuar, através de diversos desenvolvimentos informáticos e de alteração de procedimentos

    nesta área, uma maior adaptação às crescentes preocupações do nosso mercado.

    2013 2014 2015

    Prémios em Cobrança / Receita 4,13% 4,67% 5,24%

    Prazo Médio de Cobrança 15 dias 17 dias 19 dias

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    Prémios em cobrança

    As medidas implementadas permitiram assim que o prazo médio de cobrança na atividade Não Vida da

    GROUPAMA SEGUROS se situasse em valores aceitáveis, numa média de 19 dias para cobrança, mesmo

    considerando que boa parte dos fluxos financeiros é efetuada pelos canais de Agentes e Corretores.

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    V.6. RESULTADO E CAPITAL PRÓPRIO

    Resultado Os prémios adquiridos de seguro direto, líquidos de resseguro, processados em 2015 totalizaram 18.950

    milhares de euros, apresentando um valor superior em 11,1% quando comparado com 2014 (17.061

    milhares de euros).

    O total dos custos com sinistros líquidos de resseguro atingiu o montante de 15.765 milhares de euros em

    2015, apresentando a taxa de sinistralidade um aumento em 8,7 p.p. face ao ano anterior, devido sobretudo

    ao aumento dos sinistros dos ramos Automóvel e Doença.

    Os custos de exploração líquidos de resseguro, que totalizaram 5.852 milhares de euros, apresentaram uma

    evolução quando comparada com o ano anterior, de +584 milhares de euros. No entanto, verificou-se a

    manutenção do rácio de despesas face a 2014, que atingiu os 30,9%.

    A gestão dos investimentos em 2015 resultou num ganho de 298 milhares de euros, valor que contrasta com

    o ganho de 1.461 milhares de euros. Esta diferença justifica-se pela valorização, em 2014, do imóvel da Av.

    Berna 24.

    O resultado líquido de 2015 atingiu assim um prejuízo de 4.021 milhares de euros, que compara com o lucro

    obtido no ano anterior, de 1.120 milhares de euros.

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    Capital Próprio

    Indicadores de gestão

    O aumento de sinistralidade do ano de 2015 provocou uma degradação dos rácios da Companhia nesse

    ano, situação que se reflete nos rácios ligados à rentabilidade da GROUPAMA SEGUROS, acima expostos.

    Valores em milhares de euros

    2013 2014 2015

    Capital 7.500 7.500 7.500

    Outros instrumentos de capital 7.180 7.180 7.180

    Reservas de Reavaliação 571 763 338

    Reserva por impostos diferidos -140 -170 -75

    Outras reservas 566 572 684

    Resultados transitados -3.143 -4.294 -3.285

    Resultado do exercício -1.151 1.120 -4.021

    Total Capital Próprio 11.383 12.671 8.321

    2013 2014 2015

    Resultado líquido / Capitais próprios -10,1% 8,8% -48,3%

    Rendimento dos investimentos / Prémios Adq. líq. Resseguro 5,7% 6,2% 5,7%

    Rendimento dos investimentos / Provisões Técnicas 5,9% 7,4% 4,9%

    Custos com sinistros líq. Resseguro / Prémios Adq. líq. Resseguro 76,6% 74,5% 83,2%

    Custos de exploração líquidos / Prémios Adq. líq. Resseguro 32,8% 30,9% 30,9%

    Número de empregados 44 43 41

    Prémios brutos / Nº empregados (€) 397.112 433.499 530.828

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    VI. GESTÃO DE RISCOS

    Risco Específico de Seguros

    O Risco Especifico de Seguros é o risco inerente à comercialização de contratos de seguro e pode ser

    subdividido no Risco de Desenho de Produtos, Risco de Prémios, Risco de Subscrição, Risco de

    Provisionamento, Risco de Sinistralidade e Risco de Retenção.

    De modo a avaliar a exposição aos riscos acima mencionados, foi adotada uma abordagem processual,

    tendo sido mapeados e revistos os processos de desenho e tarifação, de revisão atuarial de produtos, de

    aceitação e avaliação do risco, de gestão de sinistros e de cedência ao ressegurador.

    Riscos Financeiros

    A política de investimentos é definida com base nas disposições legais e regulamentares, e assenta em

    princípios de prudência, tentando mitigar os efeitos nos ativos sob gestão, provenientes dos riscos

    financeiros, nomeadamente o risco de mercado, o risco de liquidez e o risco de crédito.

    O Risco de Mercado está diretamente relacionado com a volatilidade a que os mercados financeiros se

    encontram expostos. De modo a mitigar este efeito, são efetuados acompanhamentos das carteiras,

    permitindo assim otimizar a adequação entre os ativos e as responsabilidades, sobretudo para com os

    sinistrados. São também realizados regularmente comités financeiros cujo objetivo é definir, controlar e

    monitorizar as estratégias de investimentos adotadas. Este procedimento permite que se verifique uma

    maior conformidade entre as estratégias de investimento em vigor e as condições de mercado em cada

    momento do tempo.

    De modo a atenuar possíveis impactos decorrentes do Risco de Liquidez, é feito um estudo sobre as

    disponibilidades existentes a curto, médio e longo prazo, de modo a garantir a existência de uma margem

    satisfatória face às necessidades de liquidez previstas.

    No que se refere ao Risco de Crédito, tem vindo a ser feita uma continuada aposta no desenvolvimento e

    utilização de ferramentas de avaliação, bem como na melhoria ao nível dos procedimentos e circuitos de

    decisão. Por outro lado, a política de investimentos apenas permite a compra de ativos com qualidade de

    crédito aceitável face ao risco.

    Detalhe maior encontra-se nas Notas ao Balanço e Contas de Ganhos e Perdas.

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração

    Página 18 de 22

    VII. RECURSOS HUMANOS

    Em 2015 a Groupama Seguros reduziu os seus quadros em 2 colaboradores, quando comparado com o ano

    anterior. Com uma idade média relativamente baixa, e um perfil de qualificações elevado, a Companhia está

    a seguir uma política para os seus colaboradores assente no desenvolvimento futuro das suas operações.

    Habilitações Literárias

    Categorias Profissionais

    TOTAL Mest. Licenc. Bac. Ens. Secund.

    Administração e Direcção 2 - 1 - 1

    Comerciais 4 - 3 - 1

    Técnicos e Administrativos 35 1 18 2 14

    Total 41 1 22 2 16

    Categoria profissional 2015 2014

    Director de Serviços 2 2

    Chefe de Serviços 3 3

    Coordenador de Zona 2 2

    Chefe de Secção 3 3

    Programador 2 3

    Técnico Grau II 1 1

    Técnico Grau I 6 6

    Secretário 2 2

    Subchefe de Secção 4 5

    Ass is tente Comercia l 2 2

    Escri turário 14 13

    Escri turário Estagiário 0 1

    TOTAL 41 43

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração

    Página 19 de 22

    VIII. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

    Dos resultados líquidos obtidos, um prejuízo de 4.021.078,65 €, propomos a seguinte aplicação:

    Resultados Transitados: - 4.021.078,65 €

    Com este movimento, a conta de Resultados Transitados passará a apresentar um saldo devedor de

    7.306.407,14 €

    IX. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Após o termo do exercício, e até à presente data, não ocorreu nenhum facto relevante que altere

    substancialmente a situação patrimonial da sociedade.

    Durante o exercício, a sociedade não adquiriu nem alienou ações próprias, nem foram concedidas

    autorizações para a efetivação de negócios entre a sociedade e os membros do Conselho de Administração.

    Na observância do disposto no nº 1 do Artº 22º do Decreto-Lei nº 411/91 de 17 de Outubro, informamos que

    esta sociedade não tem qualquer dívida à Segurança Social.

    X. CONCLUSÃO

    Após um final de ano de 2014 com indicadores a apresentarem já ligeiras recuperações, o ano de 2015

    apresentou-se como o primeiro ano completo de uma certa retoma da atividade económica e comercial, com

    maiores níveis de investimento e de consumo, o que levou a que a atividade seguradora tenha começado a

    sentir algum desse reflexo positivo. Assim, com indicadores a apresentarem visíveis recuperações, a

    atividade Não Vida em Portugal começou a ressentir-se dessa retoma, tendo apresentado já evoluções

    animadoras que permitem desde já perspetivar o futuro com algum otimismo moderado. Esta melhoria dos

    negócios influenciou, naturalmente, a GROUPAMA, permitindo melhores performances comerciais que as

    verificadas em anos anteriores.

    A GROUPAMA SEGUROS apresentou, no final de 2015, ativos de 34,6 milhões de euros e capitais próprios de

    8,3 milhões de euros, com um volume de provisões técnicas de 17,4 milhões de euros. Juntando ambas as

    atividades, Vida e Não Vida, e descontando devidamente a participação que a GROUPAMA VIDA tem na

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração

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    GROUPAMA SEGUROS, os capitais próprios das duas Companhias elevam-se a 46,1 milhões de euros, com

    um volume de reservas técnicas de 411,0 milhões de euros (incluindo passivos financeiros) e ativos de

    482,7 milhões de euros.

    Há a destacar os níveis de sinistralidade da Companhia Não Vida, cujo rácio agravou-se em 8,7 p.p em face,

    sobretudo, do aumento da frequência do ramo Automóvel.

    No que respeita aos custos de exploração, os mesmos aumentaram, em 2015, em cerca de 0,6 milhões de

    euros, alinhados com os investimentos informáticos e os custos associados ao aumento da carteira.

    Comercialmente, continuámos o apoio ao desenvolvimento das nossas redes de venda através de

    recrutamento, formação e profissionalização, que são as bases da nossa estratégia, a fim de aumentar a

    nossa presença e a eficácia da Rede Comercial, dando-lhe os meios e recursos necessários para alcançar

    os objetivos ambiciosos que temos para os próximos anos. Em 2015 continuámos também o ciclo de

    desenvolvimentos informáticos que certamente ajudarão a potenciar as vendas dos canais tradicionais.

    Cabe-nos salientar, neste momento, a excelente colaboração que tivemos da parte dos principais Agentes e

    Mediadores, bem como das Sociedades de Mediação nossos parceiros, que continuam a dar fortes

    contributos para o desenvolvimento da Companhia.

    Em paralelo com as Redes tradicionais do segmento de particulares, devemos referir a manutenção da

    excelente relação com os principais Corretores de Lisboa e Porto, especialmente na área dos “employee

    benefits”.

    Durante o exercício de 2015 foram atingidos os objetivos propostos no projeto de Controlo de Riscos e

    Auditoria Interna, quer a nível regulamentar, quer a nível de solicitações específicas e pontuais da

    Empresa/Grupo. Destacamos o continuado aprofundamento dos projetos da revisão global ao Sistema de

    Gestão de Riscos.

    Continua a ser nossa convicção que o “Corporate Governance” é uma condição indispensável para o

    sucesso da gestão da GROUPAMA. De facto, esta é uma ferramenta essencial da nossa Companhia, sendo

    por isso, nossa estratégia continuar a apostar no seu desenvolvimento.

    Para o ano 2015, continuámos a centrar a nossa estratégia na rentabilização e a sustentabilidade de longo

    prazo da nossa operação, tendo sido possível contar com todos – quadros, colaboradores internos, redes

    comerciais e parceiros de negócios – para o alcançar dos objetivos que traçámos neste difícil ano que agora

    terminou, e que tinha começado cheio de incertezas, desafios, dificuldades e muitas incógnitas.

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração

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    XI. PERSPECTIVAS PARA 2016

    O ano de 2016, naturalmente, vai ser um ano de muitos desafios. As adaptações efetuadas na estrutura da

    Companhia, com a requalificação dos custos, reduzindo fortemente o headcount e aumentando a

    importância dos serviços externos especializados e qualificados, permitiu acelerar os processos de

    otimização de toda a operação, o que levará a GROUPAMA a posicionar-se num patamar mais elevado de

    competitividade.

    As recentes transformações estratégica e operacional operadas pela GROUPAMA tiveram como objetivo a

    sustentabilidade no longo prazo das suas atividades. Desta forma, 2016 é claramente o ano de estabilização

    das medidas tomadas, estando previsto a potenciação ainda maior de plataformas informáticas que

    entretanto foram sendo implementadas, bem como do reforço da atividade comercial, que permitirá

    aumentar a competitividade e o crescimento, e assim a quota de mercado da GROUPAMA em Portugal.

    Embora exista um certo otimismo no que diz respeito aos crescimentos para a GROUPAMA, as perspetivas de

    crescimento do mercado segurador em Portugal continuam a níveis relativamente baixos, sobretudo em Não

    Vida, pelo que poderão condicionar, de certa forma, um maior desenvolvimento da atividade da Companhia.

    No ramo Vida, as baixas taxas de juro recentemente praticadas nos mercados, bem como a legislação

    associada ao novo regime de Solvência, estão a condicionar as políticas de investimentos das Seguradoras,

    obrigando a reduzirem a sua exposição a produtos com taxas garantidas, optando pela venda de produtos

    apenas de capital garantido, menos atrativos. Da mesma forma, a alteração das políticas fiscais em vigor,

    para auxílio à recuperação macroeconómica do país, irão igualmente condicionar as políticas de

    investimento, pelo que as Seguradoras Vida continuarão a condicionar a sua atividade e a sua política de

    investimentos por forma a proteger todos os “stake-holders”, quer sejam clientes, fornecedores, parceiros,

    acionistas e até mesmo colaboradores.

    No ramo Não Vida, a retorna do mercado a crescimentos visíveis, em 2015, permitem já ter alguma

    visibilidade sobre os impactos da recuperação económica do país. No entanto, falta ainda uma certa

    capacidade dos portugueses retomarem a aquisição de bens duradouros de forma consolidada, sobretudo

    viaturas e habitações. Só com essa retoma efetiva e persistente, a atividade dos seguros de bens poderá

    retomar de forma continuada e consistente. Por outro lado, a manutenção de elevados níveis de

    desemprego, a contínua redução da massa salarial, e ainda a redução da população total (movimentos

    demográficos e migratórios importantes e impactantes) contribuem para a incerteza dos montantes gerados

    em prémios de algumas das linhas mais importantes da indústria seguradora nacional.

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Relatório do Conselho de Administração

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    Para o ano de 2016 há ainda a destacar o novo regime de Solvência II, cujo início se deu no passado dia 1

    de janeiro, e que trará significativas e importantes alterações na indústria seguradora nacional e europeia.

    Para enfrentar todas estas dificuldades, a GROUPAMA em Portugal continuará a adaptar a sua estrutura

    operacional, agora com significativos investimentos informáticos que criem valor acrescentado às estruturas

    internas e comerciais da Companhia, permitindo-se estar melhor preparada para os desafios futuros.

    Para terminar, resta-nos agradecer aos nossos Auditores e Conselho Fiscal a excelente colaboração que

    nos prestaram relativa ao exercício que agora finda.

    Lisboa, 10 de março de 2016

    O CONSELHO DE A DMINISTRAÇÃO

    ___________________________________________________ Charles Marie Philippe de Tinguy de la Girouliere - Presidente ______________________________________________________ João Maria Azevedo de Quintanilha e Mendonça - Administrador-Delegado ______________________________________________________ David Jean-Marie Robert Lecomte - Administrador

  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

    Valores em

    euros

    Notas do Anexo Demonstração da Posição Financeira

    Exercício

    Exercício anterior Valor bruto

    Imparidade, depreciações /

    amortizações ou ajustamentos

    Valor Líquido

    ACTIVO

    19 Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 9.204.603 0 9.204.603 580.962

    Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0 0 0 0

    20 Activos financeiros detidos para negociação 2.717.551 0 2.717.551 2.305.117

    Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas

    0 0 0 0

    Derivados de cobertura 0 0 0 0

    22 Activos disponíveis para venda 11.393.667 0 11.393.667 11.669.466

    Empréstimos e contas a receber 0 0 0 0

    Depósitos junto de empresas cedentes 0 0 0 0

    Outros depósitos 0 0 0 0

    Empréstimos concedidos 0 0 0 0

    Contas a receber 0 0 0 0

    Outros 0 0 0 0

    21 Investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0

    23 Terrenos e edíficios 0 0 0 11.608.860

    Terrenos e edíficios de uso próprio 0 478.860

    Terrenos e edifícios de rendimento 0 11.130.000

    24 Outros activos tangíveis 1.643.794 1.351.174 292.620 385.931

    Inventários 0 0 0 0

    Goodwill 0 0 0 0

    25 Outros activos intangíveis 6.934.815 6.115.329 819.486 606.731

    26 Provisões técnicas de resseguro cedido 1.708.780 0 1.708.780 1.006.194

    Provisão para prémios não adquiridos 24.861 0 24.861 12.275

    Provisão matemática do ramo vida 0 0 0 0

    Provisão para sinistros 1.683.919 0 1.683.919 993.919

    Provisão para participação nos resultados 0 0 0 0

    Provisão para compromissos de taxa 0 0 0 0

    Provisão para estabilização de carteira 0 0 0 0

    Outras provisões técnicas 0 0 0 0

    12 Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 55.744 0 55.744 54.183

    27 Outros devedores por operações de seguros e outras operações 4.873.857 223.832 4.650.025 1.523.267

    Contas a receber por operações de seguro directo 1.584.145 169.106 1.415.039 1.214.944

    Contas a receber por outras operações de resseguro 0 434

    Contas a receber por outras operações 3.289.712 54.725 3.234.986 307.889

    28 Activos por impostos 924.658 0 924.658 1.806.587

    Activos por impostos correntes 143.915 0 143.915 138.027

    Activos por impostos diferidos 780.743 0 780.743 1.668.561

    29 Acréscimos e diferimentos 101.592 0 101.592 65.036

    Outros elementos do activo 0 0 0 0

    Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

    0 0 0 0

    TOTAL ACTIVO 39.559.062 7.690.334 31.868.728 31.612.335

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

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  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

    Valores em euros

    Notas do Anexo Demonstração da Posição Financeira Exercício Exercício anterior

    PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO

    PASSIVO 26 Provisões técnicas 17.435.254 14.216.401 Provisão para prémios não adquiridos 4.402.787 3.668.404 Provisão matemática do ramo vida 0 0 Provisão para sinistros 11.044.873 9.238.114 De vida 0 0 De acidentes de trabalho 2.257.756 1.822.371

    De outros ramos 8.787.118 7.415.743 Provisão para participação nos resultados 0 0

    Provisão para compromissos de taxa 0 0 Provisão para estabilização de carteira 0 0

    Provisão para desvios de sinistralidade 813.208 738.751 Provisão para riscos em curso 1.174.386 571.132

    Outras provisões técnicas 0 0

    Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento

    0 0

    31 Outros passivos financeiros 106.105 71.105

    Derivados de cobertura 0 0 Passivos subordinados 0 0 Depósitos recebidos de resseguradores 106.105 71.105 Outros 0 0

    12 Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 0 0 32 Outros credores por operações de seguros e outras operações 4.062.201 3.129.414

    Contas a pagar por operações de seguro directo 536.120 672.176 Contas a pagar por outras operações de resseguro 263.690 163.135 Contas a pagar por outras operações 3.262.390 2.294.102

    28 Passivos por impostos 386.623 512.455 Passivos por impostos correntes 297.935 328.697

    Passivos por impostos diferidos 88.688 183.758 29 Acréscimos e diferimentos 1.557.481 1.012.141 Outras Provisões 0 0 Outros Passivos 0 0

    Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda 0 0

    TOTAL PASSIVO 23.547.664 18.941.515 CAPITAL PRÓPRIO

    33 Capital 7.500.000 7.500.000 (Acções Próprias) 0 0

    Outros instrumentos de capital 7.179.771 7.179.771 33 Reservas de reavaliação 338.424 762.520 Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros 338.424 762.520 Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0 0

    Por revalorização de activos intangíveis 0 0

    Por revalorização de outros activos tangíveis 0 0 Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa 0 0

    Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira 0 0 De diferenças de câmbio 0 0

    33 Reserva por impostos diferidos -74.754 -170.173 33 Outras reservas 684.031 571.987

    33 Resultados transitados -3.285.328 -4.293.728 Resultado do exercício -4.021.079 1.120.444

    TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 8.321.064 12.670.820 TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 31.868.728 31.612.335

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  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    CONTA DE GANHOS E PERDAS DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

    Valores em euros

    Notas do Anexo Conta de Ganhos e Perdas

    Exercício Exercício Anterior

    Técnica Não-Vida Não

    Técnica Total Total

    5 Prémios adquiridos líquidos de resseguro 18.949.828 18.949.828 17.061.407

    Prémios brutos emitidos 21.763.945 21.763.945 18.640.441

    Prémios de resseguro cedido -2.006.620 -2.006.620 -1.570.920

    Provisão para prémios não adquiridos (variação) 820.083 820.083 -1.461

    Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) 12.586 12.586 -9.575

    Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de prestação de serviços

    0 0 0

    6, 11 Custos com sinistros, líquidos de resseguro 15.765.115 15.765.115 12.707.834

    Montantes pagos 14.735.707 14.735.707 13.188.611

    Montantes brutos 14.953.827 14.953.827 15.356.960

    Parte dos resseguradores 218.121 218.121 2.168.348

    Provisão para sinistros (variação) 1.029.408 1.029.408 -480.777

    Montante bruto 1.719.408 1.719.408 -2.364.760

    Parte dos resseguradores 690.000 690.000 -1.883.983

    7 Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 677.711 677.711 -441.673

    Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 0 0 0

    Montante bruto 0 0 0

    Parte dos resseguradores 0 0 0

    Participação nos resultados, líquida de resseguro 0 0 0

    8, 11 Custos e gastos de exploração líquidos 5.852.044 5.852.044 5.268.425

    Custos de aquisição 4.307.237 4.307.237 3.827.439

    Custos de aquisição diferidos (variação) -85.701 -85.701 -1.960

    Gastos administrativos 1.654.016 1.654.016 1.466.405

    Comissões e participação nos resultados de resseguro 23.509 23.509 23.459

    9 Rendimentos 1.061.168 11.048 1.072.216 1.051.761

    De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

    391.460 391.460 444.630

    De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

    0 0 0

    Outros 669.709 11.048 680.756 607.131

    10, 11 Gastos financeiros 435.793 18.269 454.061 438.156

    De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

    0 0 0 0

    De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

    0 0 0 0

    Outros 435.793 18.269 454.061 438.156

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

    AV. DE BERNA, 24 - D 1069-170 LISBOA - TEL. (+351) 217 923 100 | www.groupama.pt

  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    CONTA DE GANHOS E PERDAS DA GROUPAMA SEGUROS, SA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

    Valores em euros

    Notas do Anexo Conta de Ganhos e Perdas Exercício Exercício Anterior

    Técnica Não-Vida Não Técnica Total Total

    13 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através ganhos e perdas

    36.532 0 36.532 -81.330

    De activos disponíveis para venda 36.532 0 36.532 -81.330

    De empréstimos e contas a receber 0 0 0 0

    De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0

    De passivos financeiros valorizados a custo amortizado 0 0 0 0

    De outros 0 0 0 0

    14 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através ganhos e perdas

    1.516 0 1.516 2.877

    Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação 1.516 1.516 2.890

    Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas

    0 0 0 -13

    Diferenças de câmbio 0 0 0 0

    15 Ganhos líquidos de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

    -131.030 -227.520 -358.550 926.284

    16 Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 0 0 0

    De activos disponíveis para venda 0 0 0 0

    De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado 0 0 0 0

    De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0

    De outros 0 0 0 0

    17 Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro -31.727 0 -31.727 28.672

    Outras provisões (variação) 0 0 0 0

    18 Outros rendimentos/gastos 0 -29.029 -29.029 137.323

    Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas 0 0 0 0

    Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial

    0 0 0 0

    Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda

    0 0 0 0

    RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -2.844.375 -263.770 -3.108.145 1.154.254

    28 Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos correntes 0 0 24.764 69.406

    28 Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos diferidos 0 0 888.169 -35.596

    RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -4.021.079 1.120.444

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

    AV. DE BERNA, 24 - D 1069-170 LISBOA - TEL. (+351) 217 923 100 | www.groupama.pt

  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    Valores em euros

    Notas do Anexo 2015

    Capital Social

    Outros instrumentos

    de capital

    Reservas de Reavaliação

    Reserva por impostos diferidos

    Outras reservas

    Resultados transitados

    Resultado do exercício

    TOTAL Prestações

    suplementares

    Por ajustamento

    s no justo valor de activos

    financeiros disponíveis para venda

    Reserva legal

    Outras reservas

    Balanço a 31 de Dezembro 2014 7.500.000 7.179.771 762.520 -170.173 513.147 58.840 -4.293.728 1.120.444 12.670.820

    Correcções de erros (IAS 8) 0

    Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0

    Balanço de abertura alterado 7.500.000 7.179.771 762.520 -170.173 513.147 58.840 -4.293.728 1.120.444 12.670.820

    33 Aumento de reservas por aplicação de resultados (1) 112.044 1.008.400 -1.120.444 0

    Resultado líquido do período (2) -4.021.079 -4.021.079

    Outro rendimento integral do período (3) 0 0 -424.096 95.419 0 0 0 0 -328.677

    Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

    0

    33 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda

    -424.096 95.419 -328.677

    Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edíficios de uso próprio

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira

    0

    Ganhos liquídos por diferenças por taxa de câmbio 0

    12 Reconhecimento de ganhos e perdas actuariais (IAS19) 0

    Outros ganhos/ perdas reconhecidos directamente no capital próprio 0

    Total do rendimento integral do período (4) = (2) + (3) 0 0 -424.096 95.419 0 0 0 -4.021.079 -4.349.756

    Operações com detentores de capital (5) 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Aumentos/reduções de capital 0

    Transacção de acções próprias 0

    Distribuição de reservas 0

    Distribuição de lucros/prejuízos 0

    Distribuição antecipada de lucros 0

    Total das variações do capital próprio (1) + (4) + (5) 0 0 -424.096 95.419 112.044 0 1.008.400 -5.141.523 -4.349.756

    Balanço a 31 de Dezembro 2015 7.500.000 7.179.771 338.424 -74.754 625.191 58.840 -3.285.328 -4.021.079 8.321.064

    DEMONSTRAÇÃO DE VARIAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

    AV. DE BERNA, 24 - D 1069-170 LISBOA - TEL. (+351) 217 923 100 | www.groupama.pt

  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    DEMONSTRAÇÃO DE VARIAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

    Valores em euros

    Notas do Anexo 2014

    Capital Social

    Outros instrumentos

    de capital

    Reservas de Reavaliação

    Reserva por impostos diferidos

    Outras reservas

    Resultados transitados

    Resultado do exercício

    TOTAL Prestações

    suplementares

    Por ajustamento

    s no justo valor de activos

    financeiros disponíveis para venda

    Reserva legal

    Outras reservas

    Balanço a 31 de Dezembro 2013 7.500.000 7.179.771 570.863 -139.520 513.147 52.602 -3.142.852 -1.150.876 11.383.134 Correcções de erros (IAS 8) 0 Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0 Balanço de abertura alterado 7.500.000 7.179.771 570.863 -139.520 513.147 52.602 -3.142.852 -1.150.876 11.383.134 0 Aumento de reservas por aplicação de resultados (1) -1.150.876 1.150.876 0 Resultado líquido do período (2) 1.120.444 1.120.444 Outro rendimento integral do período (3) 0 0 191.657 -30.653 0 6.238 0 0 167.242

    Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

    0

    0 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda

    191.657 -30.653 161.004

    Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edíficios de uso próprio

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa

    0

    Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira

    0

    Ganhos liquídos por diferenças por taxa de câmbio 0 0 Reconhecimento de ganhos e perdas actuariais (IAS19) 6.238 6.238 Outros ganhos/ perdas reconhecidos directamente no capital próprio 0 Total do rendimento integral do período (4) = (2) + (3) 0 0 191.657 -30.653 0 6.238 0 1.120.444 1.287.686 Operações com detentores de capital (5) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Aumentos/reduções de capital 0 Transacção de acções próprias 0 Distribuição de reservas 0 Distribuição de lucros/prejuízos 0 Distribuição antecipada de lucros 0 Total das variações do capital próprio (1) + (4) + (5) 0 0 191.657 -30.653 0 6.238 -1.150.876 2.271.320 1.287.686 Balanço a 31 de Dezembro 2014 7.500.000 7.179.771 762.520 -170.173 513.147 58.840 -4.293.728 1.120.444 12.670.820

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

    AV. DE BERNA, 24 - D 1069-170 LISBOA - TEL. (+351) 217 923 100 | www.groupama.pt

  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 Valores em euros

    2015 2014

    ACTIVIDADES OPERACIONAIS Resultado líquido do exercicio (+/-) -4.021.079 1.120.444

    AJUSTAMENTOS: Depreciações/Amortizações/Imparidade de Tangíveis e Intangíveis (+) 432.930 383.880 Provisões (+/-) 2.428.916 -916.296

    De seguro directo 3.217.202 -2.807.895 De resseguro -702.586 1.893.558 Outras -85.701 -1.960

    Resultados financeiros operacionais (juros e proveitos similares) (+/-) -751.714 -1.899.593 Juros e dividendos -429.881 -467.215 Custo amortizado 27.374 12.634 Valias potenciais e realizadas 320.502 -847.832 Rendimentos de Imóveis -669.709 -597.180

    Impacto de impostos diferidos no resultado liquido do exercicio 792.748 335.022 Aumento das dividas de terceiros (-) -323.593 -142.569

    De seguro directo -273.103 0 Pessoal / Fornecedores -48.929 0 Estados e Outros 0 -138.027

    IRC 0 -138.027 Outras -1.561 -4.542

    Diminuição das dividas de terceiros (+) 434 337.373 De seguro directo 0 138.636 De resseguro 434 89.104 Pessoal / Fornecedores 0 109.632

    Aumento das dividas a terceiros (+) 1.068.853 1.064.321 De seguro directo 0 122.397 De resseguro 100.555 10.177 Pessoal / Fornecedores 968.297 931.748

    Diminuição das dividas a terceiros (-) -163.906 -186.312 De seguro directo -127.256 Estados e Outros -36.650 -150.382

    Impostos e taxas -36.650 -150.382 Outras 0 -35.930

    Diminuição dos proveitos diferidos (-) -66.929 0 Aumento dos custos diferidos (-) -36.556 -16.645 Aumento dos acréscimos de custos (+) 612.270 26.044 Aumento dos proveitos diferidos (+) 0 30.589 Outros (+/-) -212.346 -100.667

    Fluxo das actividades operacionais (1) -239.973 35.591 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

    RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: Investimentos 26.635.664 18.777.120

    Rendimentos 411.688 486.216 Dividendos 10.878 8.921 Juros e proveitos similares 400.809 477.295

    Alienações 13.206.518 16.688.724 Reembolsos 3.359.000 1.005.000 Terrenos e edificios 9.658.459 597.180

    Total de Recebimentos 26.635.664 18.777.120 PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

    Investimentos 17.182.579 18.061.336 Compras 17.182.579 18.061.336

    Aquisição de imobilizações corpóreas e incorpóreas 504.593 154.205 Imobilizações em curso 84.878 271.223

    Total de Pagamentos 17.772.050 18.486.764 Fluxo das actividades de investimento (2) 8.863.614 290.356

    ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Fluxo das actividades de financiamento (3) 0 0

    Variações de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] 8.623.641 325.948 Caixa e seus equivalentes no início do período 580.962 255.015 Caixa e seus equivalentes no fim do período 9.204.603 580.962 Variações de caixa e seus equivalentes (Saldo final-Saldo inicial) 8.623.641 325.948

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

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  • RELATÓRIO E CONTAS 2015 | GROUPAMA SEGUROS, SA

    DEMONSTRAÇÃO DE RENDIMENTO INTEGRAL DA GROUPAMA SEGUROS, SA, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

    Valores em euros

    Notas do Anexo

    Demonstração do rendimento integral Exercício Exercício anterior

    Resultado líquido do exercício -4.021.079 1.120.444

    Outro rendimento integral do exercício -328.677 167.242

    Itens que não reclassificam por resultados 0 6.238

    Ganhos de revalorização de ativos tangíveis 0 0

    12 Remensurações de planos de benefícios definidos 0 6.238

    Impostos relacionados com itens que não reclassificam por resultados 0 0

    Itens que reclassificam por resultados -328.677 161.004

    33 Ativos financeiros disponíveis para venda -424.096 191.657

    Ganhos e perdas líquidos -387.564 110.327

    Reclassificação de ganhos e perdas em resultados do exercício -36.532 81.330

    16 Imparidade 0 0

    13 Alienação -36.532 81.330

    Ganhos e perdas líquidas em diferenças cambiais

    33 Impostos relacionados com itens que reclassificam por resultados 95.419 -30.653

    TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL LÍQUIDO DE IMPOSTOS -4.349.756 1.287.686

    GROUPAMA SEGUROS S.A.

    MATRICULADO NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE LISBOA SECÇÃO 2, Nº 2675 | CONTRIBUINTE Nº 502 661 321 | CAPITAL SOCIAL € 7.500.000,00

    AV. DE BERNA, 24 - D 1069-170 LISBOA - TEL. (+351) 217 923 100 | www.groupama.pt

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

    1

    Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

    GROUPAMA SEGUROS, SA (Montantes expressos em euros, excepto quando indicado)

    1. Informações Gerais

    A Groupama Seguros, S.A. (adiante designada por Groupama Seguros ou Companhia) foi

    constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de

    desenvolver a actividades dos ramos reais (Não Vida) em Portugal.

    A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na

    Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

    A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para os ramos Não Vida para o

    qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de

    Pensões (ASF). A sua actividade é exercida em Portugal.

    Situação económica internacional

    O ano de 2015, sobretudo a partir do segundo semestre, foi um período de abrandamento do

    crescimento e da recuperação económica mundial que se vinha verificando desde 2009, o ano

    da Grande Recessão. Este abrandamento deveu-se em grande parte aos problemas e

    desequilíbrios que se começaram a notar nas principais economias emergentes.

    A par dos desequilíbrios que persistem no mundo desenvolvido, o esgotamento dos

    instrumentos de política económica, coadjuvada pela fraca performance de grandes economias

    emergentes, levou a um condicionamento da economia e do sistema financeiro global,

    apontando a maior parte dos fatores de risco no sentido negativo. Na atual situação económica

    global, a persistente baixa dos preços das principais “commodities” parece intensificar um

    abrandamento da generalidade dos preços, levando com isso a uma estagnação e a um

    consequente ciclo depressivo.

    O mercado da dívida pública da zona euro permanece protegido pela política do Banco Central

    Europeu, que continua a atuar como um comprador dessa dívida. Esta política tem beneficiado

    os Estados da EU, pois influencia e condiciona em baixa os prémios de risco dos diversos

    Governos, mas que resulta sempre como um fator temporário. Desta forma, suportados por

    esta política, os Estados deverão seguir uma atitude responsável e uma rigorosa disciplina

    orçamental por forma a não gerar danos maiores no período seguinte ao fim da implementação

    do QE (Quantitative Easing).

    As políticas monetárias mantiveram-se acomodatícias, mesmo nos EUA, onde os juros já foram

    sendo elevados por parte do FED. A garantia de estabilização dos balanços dos bancos

    centrais após o período de implementação do QE leva a um certo conforto aos mercados de

    dívida. Na zona euro, o BCE poderá ser levado a aumentar as suas medidas de apoio aos

    Estados, com o aumento da intervenção ou da compra de ativos, face ao cenário depressivo /

    de estagnação que está a ser vivido.

    O ano de 2016 deverá ser ainda um período de fracos crescimentos, mas ainda assim, de

    recuperação. Existirão certamente medidas de apoio ao crescimento das diversas economias,

    que passarão pela continuidade das medidas de QE, na Europa, nas subidas das taxas de juro

    diretoras, nos EUA, mas também no ajuste das políticas fiscais dos diversos países, por forma

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

    2

    a permitir um certo pendor expansionista. Finalmente, espera-se um início de tendência de

    aumento das taxas de juro, que têm permanecido historicamente baixas.

    Situação económica nacional

    O ano de 2015 ficou marcado por um crescimento ligeiro da economia portuguesa, ainda assim

    representativo de uma recuperação dos fatores económicos, em 1,5%. Esta retoma suportou-

    se, em grande parte, pelo bom comportamento das exportações.

    No entanto, existem desde já alguns riscos imediatos associados à recuperação, que importam

    reter. A evolução dos preços do petróleo e o aumento da procura interna, sobretudo de bens

    duradouros não fabricados em Portugal, constituem os principais fatores de risco incorporados

    na economia portuguesa.

    2015 ficou igualmente marcado pela manutenção da capacidade de financiamento da economia

    portuguesa. O setor corporativo registou um aumento significativo da sua poupança corrente,

    contribuindo de forma significativa para uma taxa de poupança da economia de cerca de 15%

    do PIB. Por outro lado, a queda dos preços do petróleo provocou igualmente efeitos positivos

    no saldo externo da nossa economia, o que se reflete diretamente, e de forma visível, na

    melhoria do comportamento da economia e do seu principal indicador, o PIB.

    2016 será ainda um ano difícil e de alguns desafios para a economia portuguesa. Embora todos

    os cenários apontem para um ritmo de expansão em torno dos 1,8% para o final do ano, este

    crescimento deverá resultar agora do crescimento da procura interna e do regresso de

    contributos favoráveis da procura externa líquida.

    Antecipam-se assim alguns fatores que poderão marcar o ano de 2016 na economia

    portuguesa: uma mais contida expansão do consumo privado, com uma estabilização do

    mercado de trabalho; uma evolução favorável do investimento; e um aumento do rendimento

    disponível, resultante de diversos fatores dos quais se destacam a redução da carga fiscal, a

    devolução faseada dos cortes salariais, a redução da Contribuição Extraordinária de

    Solidariedade, a atualização das pensões e o aumento do salário mínimo. No crescimento

    equilibrado da economia portuguesa não poderão ser dissociados alguns riscos que poderão

    travar uma certa e aguardada expansão, como sejam os desequilíbrios das contas externas,

    pois agravaria ainda mais o registo histórico de contas devedoras de Portugal, que terá de ser

    invertido nos próximos anos, para bem da nossa economia.

    2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas

    contabilísticas adoptadas

    2.1. Bases de apresentação

    As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de

    Dezembro de 2015 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas

    de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de

    Abril, e subsequentemente alterado pelas Normas n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro e n.º

    22/2010-R de 16 de Dezembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização

    das operações das empresas de seguros estabelecidas pela ASF.

    Este plano de contas, actualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de

    Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adoptados na União

  • GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras

    3

    Europeia, excepto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adoptados

    os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As

    IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards

    Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation

    Committee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

    Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adoptou na preparação destas

    demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações do

    IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2015. Esta adopção teve impacto em

    termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no

    entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afectando a posição financeira da

    Companhia.

    As demonstrações financeiras estão expressas em euros (excepto, quando indicado) e estão

    preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos registados

    ao justo valor, nomeadamente, activos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes

    activos e passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.

    A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e

    estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os

    montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou

    diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e

    julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde

    são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações

    financeiras encontram-se analisadas na nota 3.

    As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 7 de

    Março de 2016.

    2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

    Existem as seguintes novas normas adotadas pela União Europeia que são de aplicação

    obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2015.

    Normas

    IFRS 1, ’Adoção pela primeira vez das IFRS’. A melhoria à IFRS 1 clarifica que um

    adotante pela primeira vez pode usar quer a versão anterior, quer a nova versão de um

    normativo que, apesar de ainda não ser de aplicação obrigatória, está disponível para

    adoção antecipada.

    IFRS 3, ‘Concentrações de atividades empresariais’. A melhoria à IFRS 3 clarifica que a

    norma não é aplicável à contabilização da constituição de qualquer acordo conjunto

    segundo a IFRS 11, nas demonstrações financeiras do acordo conjunto.

    IFRS 13, ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A melhoria clarifica que a exceção à

    mensuração ao justo valor de um portefólio numa base líquida, é aplicável a todos os

    géneros de contratos (incluindo contratos não-financeiros) no âmbito da IAS 39.

    IAS 40, ‘Propriedades de investimento’ (a aplicar na União Europeia nos exercícios que

    se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015). Esta melhoria clarifica que a IAS 40 e a

    IFRS 3 não são mutuamente exclusivas. É necessário recorrer à IFRS 3 sempre que

    uma propriedade de investimento é adquirida, para determinar se a aquisição

    corresponde, ou não, a uma concentração de atividades empresariais.

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    Interpretações

    IFRIC 21 (nova), ‘Taxas’. A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao

    reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta

    numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o

    rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga

    ao pagamento. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras

    da Companhia.

    2.3. Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e

    cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de julho

    de 2015, ou em data posterior, e que a Companhia decidiu não adotar antecipadamente:

    IFRS 2, ‘Pagamento com base em ações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). A melhoria à IFRS 2 altera a definição de “condições

    de aquisição” (“vesting conditions”), passando a prever apenas dois tipos de condições

    de aquisição: “condições de serviço” e “condições de performance”. A nova definição de

    “condições de performance” prevê que apenas condições relacionadas com a entidade

    são consideradas.

    IFRS 3, ‘Concentrações de atividades empresariais’ (a aplicar nos exercícios que se

    iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). Esta melhoria clarifica que uma obrigação

    de pagar um valor de compra contingente, é classificada de acordo com a IAS 32,

    como um passivo, ou como um instrumento de capital próprio, caso cumpra com a

    definição de instrumento financeiro. Os pagamentos contingentes classificados como

    passivos serão mensurados ao justo valor através de resultados do exercício.

    IFRS 8, ‘Segmentos operacionais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após

    1 de fevereiro de 2015). Esta melhoria altera a IFRS 8 que passa a exigir a divulgação

    dos julgamentos efetuados pela Gestão para a agregação de segmentos operacionais,

    passando ainda a ser exigida a reconciliação entre os ativos por segmento e os ativos

    globais da Entidade, quando esta informação é reportada.

    IFRS 13, ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se

    iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). A melhoria à IFRS 13 clarifica que a norma

    não remove a possibilidade de mensuração de contas a receber e a pagar correntes

    com base nos valores faturados, quando o efeito de desconto não é material.

    IAS 16, ‘Ativos fixos tangíveis’ e IAS 38 ‘Ativos intangíveis’ (a aplicar nos exercícios que

    se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). A melhoria à IAS 16 e à IAS 38 clarifica

    o tratamento a dar aos valores brutos contabilísticos e às depreciações/ amortizações

    acumuladas, quando uma Entidade adote o modelo da revalorização na mensuração

    subsequente dos ativos fixos tangíveis e/ ou intangíveis, prevendo 2 métodos. Esta

    clarificação é significativa quando, quer as vidas úteis, quer os métodos de

    depreciação/amortização, são revistos durante o período de revalorização.

    IAS 24, ‘Divulgações de partes relacionadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

    em ou após 1 de fevereiro de 2015). Esta melhoria à IAS 24 altera a definição de parte

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    relacionada, passando a incluir as Entidades que prestam serviços de gestão à

    Entidade que reporta, ou à Entidade-mãe da Entidade que reporta.

    IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a

    aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). A alteração à

    IAS 19 aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de

    benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as

    contribuições não estão associadas ao número de anos de serviço. A adoção desta

    norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). A alteração dá indicações relativamente à materialidade e agregação, à apresentação de subtotais, à estrutura das demonstrações financeiras, à divulgação das políticas contabilísticas, e à apresentação dos itens de Outros rendimentos integrais gerados por investimentos mensurado pelo método de equivalência patrimonial. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração clarifica que a utilização de métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra consideradas adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo. É de aplicação prospetiva. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IAS 16 e IAS 41 (alteração), ‘Agricultura: plantas que produzem ativos biológicos consumíveis’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração define o conceito de uma planta que produz ativos biológicos consumíveis, e retira este tipo de ativos do âmbito da aplicação da IAS 41 – Agricultura para o âmbito da IAS 16 – Ativos tangíveis, com o consequente impacto na mensuração. Contudo, os ativos biológicos produzidos por estas plantas, mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração permite que uma entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é de aplicação retrospetiva. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à obrigação de consolidar de uma “Entidade de Investimento” se aplica a uma empresa holding intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que é uma “Entidade de investimento”. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração introduz orientação acerca da contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo aplicáveis os princípios

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    da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IFRS 5, ‘ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). A melhoria clarifica que quando um ativo (ou grupo para alienação) é reclassificado de “detido para venda” para “detido para distribuição” ou vice-versa, tal não constitui uma alteração ao plano de vender ou distribuir.

    IFRS 7, ‘Instrumentos financeiros: divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta melhoria inclui informação adicional sobre o significado de envolvimento continuado na transferência (desreconhecimento) de ativos financeiros, para efeitos de cumprimento das obrigações de divulgação.

    IAS 19, ‘Benefícios aos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta melhoria clarifica que na determinação da taxa de desconto das responsabilidades com planos de benefícios definidos pós emprego, esta tem de corresponder a obrigações de elevada qualidade da mesma moeda em que as responsabilidades são calculadas.

    IAS 34, ‘Relato intercalar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta melhoria clarifica o significado de “informação divulgada em outra área das demonstrações financeiras intercalares, e exige a inclusão de referências cruzadas para essa informação.

    IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos

    requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. A adoção desta norma não teve impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

    2.4. Principais políticas contabilísticas adoptadas

    As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

    são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados

    nas demonstrações financeiras.

    2.4.1. Reporte por segmentos

    Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e

    proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.

    Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente

    económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros

    segmentos que operam em outros ambientes económicos.

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    2.4.2. Especialização de exercícios

    Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,

    independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas

    demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.

    2.4.3. Transacções em moeda estrangeira

    As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio

    em vigor na data em que ocorrem.

    Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica

    Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado

    pelo Banco de Portugal.

    As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data

    de balanço, relativas aos activos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e

    perdas do exercício.

    Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda

    estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transacção. Activos e passivos não

    monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa

    de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais

    resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças

    relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as

    quais são registadas em reservas.

    2.4.4. Activos tangíveis

    Estes bens estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição sujeito a

    depreciação e testes de imparidade.

    Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes activos tangíveis foram

    calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base

    nas seguintes taxas anuais, as quais reflectem, de forma razoável, a vida útil estimada dos

    bens:

    No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o

    valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento

    correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16 `Activos Fixos Tangíveis’. Ao

    nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil

    que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos,

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    depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato

    financeiro.

    Os gastos subsequentes com os activos tangíveis são capitalizados no activo apenas se for

    provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as

    despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gas