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GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA.

NOTAS AO BALANÇO E CONTA DE GANHOS E PERDAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

(Valores expressos em euros)

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas para as empresas

de seguros, aprovado pela Norma Regulamentar nº 4/2007-R, de 27 de Abril, com as alterações

introduzidas pela Norma Regulamentar nº 20/2007-R, de 31 de Dezembro. As notas cuja numeração se

encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das

demonstrações financeiras anexas.

NOTA 1. Informações gerais

A GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA, (doravante Groupama Vida ou Companhia) foi constituída em

1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de desenvolver a actividade do ramo Vida

em Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661313 e matriculada na

Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

A Groupama Vida dedica-se ao exercício da actividade de seguros do ramo Vida, para o qual obteve a

devida autorização junto do Instituto de Seguros de Portugal (ISP). A sua actividade é exercida em Portugal.

A Groupama Vida enquadra-se concorrencialmente no mercado segurador português de produtos Vida, cuja

produção atingiu os 12,1 mil milhões de euros, valor este que apresentou, em 2010, uma evolução positiva

face ao ano anterior, em 17,2%. Os produtos financeiros foram os que mais contribuíram para o crescimento

do ramo vida, apresentando uma variação positiva de 27% face ao ano anterior.

NOTA 2. Informação por segmentos

A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio, dividindo entre produtos de

poupança, previdência e reforma. Para esta divisão foram consideradas as seguintes noções:

• Produtos de poupança - Produtos que preenchem as necessidades de investimento dos

tomadores de seguro;

• Produtos de previdência - Protegem o tomador de seguro contra os riscos de morte, invalidez,

doença grave e outros. Todos os contratos aqui incluídos garantem benefícios ao tomador de

seguro;

• Produtos de reforma - Destinam-se aos clientes que pretendam assegurar um complemento de

reforma individual.

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No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal, pelo que a

Companhia apenas efectuará a decomposição por segmento de negócio, como se segue:

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Os activos e passivos da Groupama Vida distribuem-se da seguinte forma:

No sentido de uma melhor apresentação das responsabilidades da Companhia, no ano de 2010, foi

efectuada uma desagregação dos passivos financeiros.

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NOTA 3. Base de preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas

3.1. Descrição da(s) base(s) de mensuração usada(s) na preparação das demonstrações financeiras

e das políticas contabilísticas, aplicáveis aos diversos activos, passivos e rubricas de capital

próprio, relevantes para uma compreensão das demonstrações financeiras.

Até 31 de Dezembro de 2007, inclusive, as demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas

com base nos livros e registos contabilísticos da Companhia, mantidos de acordo com os princípios

definidos no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, publicado no Diário da República n.º 127/94,

IIº Suplemento, 3ª Série, de 1 de Junho de 1994, e com base na Norma n.º 14/95-R e outras normas

específicas emanadas pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP).

No âmbito do disposto no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela Norma

Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma n.º 20/2007-R, de 31

de Dezembro, a Companhia adoptou na preparação das demonstrações financeiras, a partir de 2008, as

Normas Internacionais de Contabilidade (NIC, ou IFRS), nos termos do Artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º

1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, com excepção da IFRS 4 em que

apenas são adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de

seguros.

Bases de mensuração:

• Demonstrações Financeiras expressas em euros;

• Demonstrações Financeiras preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com

excepção dos activos e passivos registados ao justo valor, nomeadamente activos financeiros ao

justo valor através de resultados, de negociação e disponíveis para venda;

• A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e

estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os

montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças

destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas

que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos

e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontram-

se analisadas na Nota 3.3.

Políticas contabilísticas:

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são as

seguintes:

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a) Princípio da especialização de exercícios

Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data

do seu pagamento ou recebimento.

Uma vez que os prémios de seguro directo são reconhecidos como proveitos na data do processamento ou

renovação da respectiva apólice e os sinistros são registados aquando da participação, a Companhia

realiza no final de cada exercício determinadas especializações contabilísticas de custos e proveitos, como

se segue:

i) Provisão matemática

As provisões matemáticas do Ramo Vida têm como objectivo registar o valor actual das

responsabilidades futuras da Companhia, relativamente às apólices emitidas, e são calculadas

mediante tabelas e fórmulas plenamente enquadradas no normativo do ISP. As provisões

matemáticas são zillmerizadas e o respectivo efeito é abatido às mesmas. Em 31 de Dezembro de

2010 o montante da zillmerização ascendia a 326.768 euros (2009: 360.694 euros).

ii) Provisão para sinistros

A provisão para sinistros corresponde ao valor previsível dos encargos com sinistros ainda não

regularizados ou já regularizados mas ainda não liquidados no final do exercício. Esta provisão foi

determinada como segue:

• A partir da análise dos sinistros pendentes no final do exercício e da consequente estimativa

da responsabilidade existente nessa data; e

• Pela provisão fundamentada em bases estatísticas sobre o valor dos custos com sinistros

do exercício, exceptuando vencimentos e resgates, por forma a fazer face à

responsabilidade com sinistros declarados após o fecho do exercício (IBNR).

iii) Provisão para participação nos resultados

Provisão para participação nos resultados a atribuir:

A provisão para participação nos resultados a atribuir corresponde ao valor líquido dos

ajustamentos de justo valor relativos aos investimentos afectos a seguros de vida com

participação nos resultados, na parte estimada dos tomadores de seguro, tendo por base a

expectativa de que estes irão participar nesses ganhos e perdas não realizadas, quando se

realizarem, de acordo com as condições contratuais e regulamentares aplicáveis.

Provisão para participação nos resultados atribuída:

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A provisão para participação nos resultados atribuída corresponde aos montantes atribuídos

aos tomadores de seguro ou aos beneficiários dos contratos, a título de participação nos

resultados, que ainda não tenham sido distribuídos mas que já lhes foram atribuídos.

iv) Provisões técnicas de resseguro cedido

As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos critérios

acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de cessão, bem

como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.

v) Comissões de mediação

As comissões de mediação são representadas pela remuneração contratualmente atribuída aos

mediadores pela angariação de contratos de seguro e de investimento. As comissões

contratadas são registadas como custos no momento de emissão dos respectivos prémios ou

renovação das respectivas apólices.

b) Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa

Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em cobrança ao

seu valor estimado de realização. O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base nos valores dos

prémios por cobrar, aplicando os critérios definidos pelo ISP.

Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos saldos a

receber resultantes de operações de seguro directo, de resseguro ou outras, à excepção dos recibos por

cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculada em função da antiguidade dos referidos

saldos, de acordo com o normativo definido pelo ISP.

c) Investimentos em filiais

São classificadas como filiais as empresas sobre as quais a Companhia exerce controlo. Controlo

normalmente é presumido quando a Companhia detém o poder de exercer a maioria dos direitos de

voto. Poderá ainda existir controlo quando a Companhia detém o poder, directa ou indirectamente, de

gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios da sua

actividade, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.

Nas demonstrações financeiras individuais da Companhia, os investimentos em filiais, estão registados

ao custo de aquisição deduzidos de perdas por imparidade quando determinadas.

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d) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date)

pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é

reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados

directamente em resultados do período.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.

Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo valor.

Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base

regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em

resultados do período.

O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e na ausência de

cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de

transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em

metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de

fluxos de caixa futuros descontados, considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a

curva de rentabilidade e factores de volatilidade.

e) Outros activos financeiros

i) Classificação

A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a

intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

• Activos financeiros detidos para negociação - Activos adquiridos com o objectivo principal de

gerarem valias no curto prazo.

• Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas - Esta categoria inclui os

derivados embutidos, designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor,

com as variações subsequentes reconhecidas em resultados.

• Activos financeiros disponíveis para venda - Os activos disponíveis para venda são activos

financeiros não derivados que (i) a Companhia tem intenção de manter por tempo

indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu

reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.

• Investimentos a deter até à maturidade - São os activos financeiros sobre os quais exista a

intenção e a capacidade de detenção até à maturidade, apresentando uma maturidade e fluxos

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de caixa fixos ou determináveis. Em caso de venda antecipada, a classe considera-se

contaminada e todos os activos da classe têm de ser reclassificados para a classe disponíveis

para venda. A Companhia não dispõe de activos classificados nesta categoria.

ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento

Aquisições e alienações: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) activos

financeiros detidos para negociação, (iii) activos financeiros disponíveis para venda e (iv)

investimentos a deter até à maturidade, são reconhecidos na data da negociação (“trade date”), ou

seja, na data em que a Companhia se compromete a adquirir ou a alienar o activo. Os activos

financeiros referidos acima são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos

de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados e de

negociação, caso em que estes custos de transacção são directamente registados em resultados.

Os activos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da

Companhia quando do recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido

substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante

retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a

Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos.

iii) Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em

ganhos e perdas e os activos financeiros detidos para negociação são valorizados ao justo valor,

sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.

Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as

respectivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao accionista, até que os

investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma perda por imparidade, momento

em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido

para resultados. No caso dos produtos com participação nos resultados, as variações do justo valor

são reconhecidas inicialmente em reservas (capital próprio) e posteriormente transferidas para a

conta de participação nos resultados a atribuir, na proporção da percentagem da participação a

atribuir ao tomador de seguro.

Ainda relativamente aos activos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor de

balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii) as

variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por contrapartida de

resultados e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial) – conforme descrito acima.

Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo amortizado, de

acordo com o método da taxa efectiva, com as amortizações (juros, valores incrementais e prémios

e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.

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O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”). Na

ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais

como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de

mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções

parametrizados de modo a reflectir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii)

pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor,

bem como as acções não cotadas, são registados ao custo de aquisição.

iv) Imparidade

A Companhia avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou

grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que

apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas

por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas.

A Companhia considera que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, se encontra em

imparidade, após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pelo Grupo

Groupama.

O activo financeiro é objecto de imparidade, se:

a) Já tiver sido objecto de imparidade em exercícios anteriores;

b) A cotação de bolsa esteve em permanência, nos últimos 36 meses, inferior ao valor de

custo (declínio prolongado);

c) A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta

percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio significativo de

50%).

O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos e resulta da diferença entre o Valor

de Custo e o Valor de Cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de imparidade, no

activo, anteriormente reconhecida em resultados.

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f) Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da

sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro,

independentemente da sua forma legal.

A Companhia tem registado como passivos financeiros os passivos resultantes de contratos de

investimento (operações de capitalização com taxa garantida e sem participação nos resultados) e

os passivos referentes à componente de depósito dos contratos em que o risco de investimento é

suportado pelo tomador de seguro.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos

de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com a excepção dos

passivos por contratos em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro, os

quais são registados ao justo valor por contrapartida da conta de ganhos e perdas.

Adicionalmente a Companhia tem registado nesta rubrica os passivos financeiros relativos à:

exposição a derivados de negociação (ver nota 3.1 a))

g) Activos fixos tangíveis e intangíveis

i) Activos fixos tangíveis

Os activos tangíveis da Companhia estão contabilizados ao custo histórico de aquisição, sendo as

depreciações calculadas por duodécimos, de forma a que os bens estejam totalmente reintegrados

no fim da vida útil estimada, tendo em conta as seguintes taxas anuais de depreciação:

Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que

deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as despesas com

manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da

especialização dos exercícios.

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ii) Activos intangíveis

Estes bens intangíveis estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição e as suas

amortizações são calculadas tendo por base o período em que se estima que tais bens vão produzir

benefícios económicos para a Companhia, por duodécimos, com base nas seguinte taxas anuais

que reflectem, de forma razoável, a vida útil estimadas dos bens:

iii) Imparidade de activos não financeiros

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, de acordo com a IAS 36, é

estimado o seu valor recuperável, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor

líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na

conta de ganhos e perdas para os activos registados ao custo.

h) Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre

lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com items que são

reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos

capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de

investimentos disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que

forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado

de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente

aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos

activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas, ou substancialmente

aprovadas, à data de balanço em cada jurisdição, e que se espera virem a ser aplicadas quando as

diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, com

excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem, quer

o lucro contabilístico, quer o fiscal, e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias, na

medida em que provavelmente não serão revertidas no futuro.

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Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, apenas na

medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as referidas

diferenças.

i) Responsabilidades por férias e subsídios de férias

Este passivo corresponde a cerca de dois meses de remunerações e respectivos encargos, baseados nos

valores do exercício, e destinam-se a reconhecer as responsabilidades legais existentes no final de cada

período perante os empregados, pelos serviços prestados até aquela data, a pagar posteriormente.

j) Benefícios aos empregados

Nos termos do estabelecido no Contrato Colectivo dos Trabalhadores de Seguros, a Companhia assumiu a

responsabilidade de pagar aos seus empregados pensões de reforma por velhice e por invalidez,

encontrando-se essa responsabilidade coberta e financiada a 96%, em 31 de Dezembro de 2010, pelo

respectivo Fundo de Pensões.

O plano de pensões existente na Companhia corresponde a um plano de benefícios definidos, uma vez que

define os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma,

usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição.

A Companhia contabiliza os ganhos e perdas actuariais de acordo com o método do SORIE, ou seja, os

ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio.

k) Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii)

seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável

do valor dessa obrigação.

l) Reconhecimento de juros e dividendos

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda são

reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos

activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e

proveitos similares.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a

vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido

actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

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Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando

recebidos.

m) Reporte por segmentos

Ver Nota 2.

n) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes englobam os valores

registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, prontamente

convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de valor onde se incluem a caixa e as

disponibilidades em instituições de crédito.

o) Terrenos e edifícios

Ver Nota 9.

p) Classificação de Contratos de seguro e Contratos de investimento

A Companhia, em conformidade com o previsto na IFRS 4, tem os seus contratos classificados como:

i) Contratos de seguro: Contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro

significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro

incerto especificado o afectar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4

(seguros de vida puros);

ii) Contratos de investimento: Contratos que envolvem exclusivamente risco financeiro. Estes

contratos podem ainda ser diferenciados entre contratos puramente financeiros e aqueles que

possuem uma característica de participação discricionária. Se os contratos de investimento

forem puros caem no âmbito da IAS 39 (é o caso das operações de capitalização

comercializadas pela Companhia), enquanto os contratos com a característica de participação

discricionária se inserem na IFRS 4 (Produtos de capitalização com participação nos

resultados).

q) Transacções em moeda estrangeira

As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio em vigor na

data em que ocorrem.

Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica Europeia

(UEM) são convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado pelo Banco de Portugal.

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As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data de balanço

são contabilizadas na conta de ganhos e perdas do exercício.

r) Activos Contingentes, Passivos Contingentes e Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou implícita)

resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída

de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato

dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os

riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectirem a melhor estimativa a

essa data.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre

que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando

for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

s) Locações

A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em

função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à

propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são

classificadas como locações operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efectuados pela Companhia à luz dos contratos de locação operacional são registados em

custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo

de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As

rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii) pela amortização

financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao

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longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo

remanescente do passivo em cada período.

3.3. Descrição das principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na

elaboração das demonstrações financeiras, com indicação dos principais pressupostos relativos

aos exercícios seguintes, e outras principais fontes de incerteza das estimativas à data do balanço,

que apresentem um risco significativo de provocar um ajustamento material nas quantias escrituradas de activos e passivos durante os próximos exercícios financeiros.

As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos,

são analisadas como segue:

a) Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

A Companhia determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando existe uma

desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma

desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a

Companhia avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços dos activos. Adicionalmente, as

avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais requerem a

utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível

diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da

Companhia.

No exercício de 2010, a Companhia procedeu à alteração dos indicadores de imparidade dos seus activos

financeiros ou grupos de activos financeiros no que respeita ao reconhecimento do declínio prolongado ou

significativo no seu justo valor, redefinindo os indicadores objectivos para determinação da imparidade, nos

termos indicados na IAS 39 e nas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretation Committe (“IFRIC”). A revisão dos indicadores seguiu as instruções do Grupo onde a

Companhia está inserida.

Em 2009 a Groupama Vida determinou a existência da imparidade nos seus activos financeiros de acordo

com os seguintes critérios, no caso dos instrumentos de capital: a) a cotação na data de fecho é inferior a

60% do valor de custo (declínio significativo de 40%); b) a cotação de bolsa esteve em permanência, nos

últimos 24 meses, inferior ao custo de aquisição.

Para o exercício de 2010, com a redefinição dos pressupostos de imparidade dos seus activos financeiros,

a Companhia determina a existência de imparidade se cumpridos os seguintes pressupostos no caso dos

instrumentos de capital: sempre que exista declínio significativo, isto é, ocorra uma desvalorização superior

a 50% face ao custo de aquisição de um instrumento de capital ou se verifique o declínio prolongado, isto é,

ocorra uma desvalorização do justo valor abaixo do custo de aquisição no período de 36 meses.

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O impacto da alteração dos indicadores de imparidade encontra-se mencionado na nota 6.17 c).

b) Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e

estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e

outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

c) Provisões técnicas e passivos financeiros relativos a contratos de seguro e de investimento,

respectivamente.

Ver Nota 4.1.b).

3.4. Alterações relevantes relativamente ao exercício anterior, designadamente na fase de transição

para o novo regime contabilístico.

Ver alteração dos indicadores de imparidade na Nota 3.3.a) e respectivo impacto na Nota 6.17 c).

Em 2010 foi realizada uma reclassificação dos swaps de activos detidos para negociação para passivos

financeiros, em virtude do valor dos mesmos serem negativos, e pelo facto da Companhia entender que

esta reclassificação é mais apropriada. O impacto desta alteração é de 1.026.835 euros (2009: 917.511

euros).

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NOTA 4. Natureza e extensão das rubricas e dos riscos resultantes de contratos de seguro e

activos de resseguro

4.1. Prestação de informação que permita identificar e explicar as quantias indicadas nas

demonstrações financeiras resultantes de contratos de seguro, incluindo, nomeadamente:

a) Informação acerca das políticas contabilísticas adoptadas relativamente a contratos de

seguro e a activos, passivos, rendimentos e custos ou gastos relacionados;

Ver Nota 3.1.

b) Processo usado para determinar os pressupostos que têm maior efeito na mensuração

dessas quantias, incluindo um resumo das principais hipóteses consideradas no cálculo da

provisão matemática relativa ao seguro de vida (quantificação de todos os pressupostos

quando praticável);

PROVISÕES MATEMÁTICAS

Provisões Matemáticas Aniversárias:

As Provisões Matemáticas Aniversárias são calculadas contrato a contrato e de acordo com o

método actuarial prospectivo, correspondendo este ao valor actual das responsabilidades da

Companhia de Seguros, deduzido do valor actual dos prémios futuros.

Considerando o princípio da suficiência da provisão para encargos futuros, os encargos de gestão

continuam a estar previstos nas Provisões Matemáticas calculadas a prémio de inventário.

Cálculo das Provisões Matemáticas:

• Produtos Clássicos (Vida Inteira; Rendas; Temporários; Mistos; etc.): O cálculo é

efectuado por interpolação linear das provisões matemáticas aniversárias, considerando

que os contratos, em média, são efectuados a meio do ano, deduzidas do valor

correspondente ao fraccionamento do prémio de inventário não recebido no exercício e

dos custos de aquisição não amortizados, para as apólices emitidas a partir de

01.01.1984. Numa parte dos Contratos de Rendas Grupo, o cálculo é feito considerando a

data de adesão das pessoas seguras (pro-rata temporis).

• Produtos de Capitalização, Reforma e Operações de Capitalização: O cálculo é

efectuado considerando o tempo decorrido no exercício em relação a cada contrato (pro-

rata temporis).

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• Produtos Ligados a Fundos de Investimento: O cálculo é efectuado considerando o

número e o valor da unidade de participação, à data do cálculo, pelos “Fundos” que

constituem a apólice, e por apólice.

• Coberturas Complementares: O cálculo é efectuado considerando que os contratos em

média são efectuados a meio do ano.

A Provisão Matemática de Inventário dos contratos de produtos financeiros, corresponde à conta

poupança adquirida à data de 31.12.n, calculada depois da incorporação da participação nos

resultados e acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.

No produto Unit Link, corresponde ao total dos valores de cada Fundo que compõem a apólice,

acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.

A informação sobre as tábuas de mortalidade e as taxas utilizadas para o cálculo das provisões

matemáticas encontram-se descritas na nota 4.1.c).

PROVISÃO PARA PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

Ver nota 3.1 c).

PROVISÃO PARA SINISTROS

A provisão para sinistros corresponde aos custos com sinistros ocorridos e ainda por liquidar, à

responsabilidade estimada para os sinistros ocorridos e ainda não participados (“IBNR”) e aos

custos directos e indirectos associados à sua regularização.

c) Informação acerca das metodologias de cálculo das estimativas dos montantes a atribuir aos

tomadores de seguros ou beneficiários e dos montantes efectivamente atribuídos como

participação nos resultados (quantificação de todos os pressupostos quando praticável);

PROVISÃO PARA PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

Os critérios utilizados no cálculo da Participação nos Resultados das modalidades que a prevêem, assim

como o método de atribuição e distribuição, estão de conformidade com o estabelecido no plano de

participação nos resultados das respectivas modalidades em vigor na Companhia, não se tendo verificado

alterações, nem em relação ao aprovado pelo Instituto de Seguros de Portugal aquando da sua autorização

ou comunicação, nem aos cálculos efectuados em 2009.

A Companhia continua a dar cumprimento ao previsto no seu Plano de Participação nos Resultados.

O montante da Provisão para Participação nos Resultados corresponde à soma das provisões para

participação nos resultados dos vários “Fundos Autónomos” constituídos à data de 31.12.2010.

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Ver nota 4.1. e) relativamente aos montantes a atribuir aos tomadores de seguros ou beneficiários e os

montantes efectivamente atribuídos como participação nos resultados.

d) Efeito de alterações nos pressupostos usados para mensurar activos e passivos por contrato

de seguro, mostrando separadamente o efeito de cada alteração que tenha um efeito material

nas demonstrações financeiras;

As taxas técnicas de juro utilizadas no cálculo das Provisões Matemáticas foram as que ao longo dos anos

se adoptaram no cálculo dos respectivos prémios e foram fixadas de acordo com a regulamentação em

vigor na época, com excepção das carteiras de rendas, em que se tem vindo a recomendar uma atenção

especial, quer à tábua de mortalidade, quer à taxa técnica de juro garantida.

Relativamente à Carteira de Rendas, a Companhia continua a fazer o cálculo das suas Provisões

Matemáticas com uma tábua de mortalidade mais recente que a utilizada na tarifa, para fazer face ao risco

de longevidade. Também por prudência, considera no cálculo uma taxa técnica mais baixa que a

inicialmente utilizada aquando do lançamento do produto.

Desta forma, à data de 31-12-2010, a Groupama Vida tem 74% das Provisões Matemáticas da Carteira de

Rendas calculadas com uma taxa de 2,5% e o restante calculado a uma taxa de 3%. Relativamente às

tábuas de mortalidade, 7,2% das Provisões Matemáticas desta carteira foi calculado com a tábua TV 73/77

e 89,9% com a tábua TV 88/90

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Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas:

I – Seguros em caso de morte e mistos

II – Seguros em caso de vida

III – Seguros de rendas

IV – Seguros em caso de morte

SEGUROS MISTOS

e) Reconciliações de alterações nos passivos resultantes de contratos de seguro, nos activos

resultantes de contratos de resseguro e nos custos de aquisição diferidos relacionados,

incluindo:

i) Com relação à provisão para sinistros: explicitação dos reajustamentos (correcções

apresentados que se assumam relevantes (Anexo 2);

Ver Anexo 2

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ii) Descrição, com relação à provisão para participação nos resultados, dos movimentos

efectuados:

iii) Componente de depósito dos contratos em que o risco de investimento é do tomador

de seguro:

Em 31 de Dezembro de 2010, a Companhia tinha registado no seu Passivo os seguintes montantes

relativos a contratos em que o risco de investimento é do tomador de seguro (Unit link).

a) Quantia escriturada no início e fim do período;

b) Montantes pagos

c) Rendimentos e gastos incluídos na conta de ganhos e perdas;

iv) Evolução dos custos de aquisição diferidos

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4.2. Prestação de informação que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos específicos de

seguros, nomeadamente:

a) Objectivos, políticas e processos de gestão dos riscos resultantes de contratos de seguro e

os métodos usados para gerir esses riscos, incluindo uma descrição do processo de aceitação, avaliação, monitorização e controlo desses riscos;

As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de seguros, os quais classificamos na

categoria do Risco Específico de Seguros.

Os riscos específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de seguro,

associados ao desenho de produtos e respectiva tarifação, ao processo de subscrição e de provisionamento

das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de

actividade e podem subdividir-se em diferentes sub-riscos:

• Risco de Desenho dos Produtos: risco de a empresa de seguros assumir exposições de risco

decorrentes de características dos produtos não antecipadas na fase de desenho e de definição do

preço do contrato.

• Risco de Prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices actualmente em

vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O risco é o de os prémios cobrados ou já

fixados poderem vir a revelar-se insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras

resultantes desses contratos (subtarifação).

• Risco de Subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas com a selecção e

aprovação dos riscos a segurar.

• Risco de Provisionamento: é o risco de as provisões para sinistros constituídas se venham a

revelar insuficientes para fazer face aos custos com sinistros já ocorridos.

• Risco de Sinistralidade: é o risco de que possam ocorrer mais sinistros do que o esperado, ou

de que alguns sinistros tenham custos muito superiores ao esperado, resultando em perdas

inesperadas.

• Risco de Retenção: é o risco de uma maior retenção de riscos (menor protecção de resseguro)

poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos catastróficos ou a uma sinistralidade mais

elevada.

O Risco Específico de Seguros tem origem na definição da estratégia da Empresa.

A estratégia da filial é definida na Sede em conjunto com a Administração local da Companhia, é de referir

que esta está em consonância com a estratégia do grupo.

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No capítulo da definição dos objectivos anuais para a Companhia, a Groupama Vida orçamenta o volume

de prémios, provisões de sinistros, gastos gerais e outros, por forma a obter o Resultado do Exercício.

Para formalizar o Risco Específico de Seguros a abordagem adoptada pela Companhia foi processual, no

sentido em que, para avaliar qualitativamente a nossa exposição a este risco, foram mapeados os

processos de negócio seguintes:

• Processo de desenho de produtos e tarifação - Os produtos antes de serem lançados são

discutidos entre a Administração e as várias Direcções. Os preços são testados antes do

lançamento de produtos financeiros através de profit tests. No que concerne aos novos

produtos de risco, pela experiência obtida dos produtos já existentes e pela análise dos

vários indicadores tais como a taxa de sinistralidade em relação aos prémios, a tarifa é

idêntica aos antigos;

• Processo de revisão actuarial de produtos - A revisão actuarial é efectuada anualmente e

formalizada no relatório do actuário responsável, o qual certifica a adequacidade do cálculo

das Provisões Técnicas e a metodologia utilizada;

• Processo de aceitação e avaliação do risco - Para mitigar o risco de subscrição seguimos

as regras de subscrição definidas;

• Processo de gestão de sinistros - No que concerne ao provisionamento, calculamos a

Provisão Matemática considerando uma tábua de mortalidade e taxa técnica prudentes. É de

referir que para as rendas, calculamos uma provisão matemática adicional (ver nota 4.1.d);

• Processo de cedência ao ressegurador - A Groupama Vida transfere parte do risco para

os resseguradores, por forma a limitar a sua exposição ao risco.

A Direcção Técnica é responsável por avaliar e gerir este risco, bem como partilhar com a Direcção

Financeira a responsabilidade da avaliação e gestão do Risco ALM (Asset Liability Management).

Importa referir que o risco de longevidade na Groupama Vida não é considerado crítico, pois as Provisões

Matemáticas das Rendas representam apenas 4% do total das Provisões.

b) Sobre o risco específico de seguros (antes e após resseguro), incluindo informações acerca

das análises de sensibilidade efectuadas, concentrações de risco e sinistros efectivos

comparados com estimativas anteriores.

Os riscos específicos dos seguros de vida contemplam, entre outros, os riscos biométricos (longevidade e

invalidez).

1. Risco de longevidade

Tal como em anos anteriores, a Companhia realizou vários estudos de sensibilidade às Carteiras de

Rendas, efectuando o cálculo das provisões matemáticas com tábuas de mortalidade e taxas técnicas de

juro mais prudentes que as das bases técnicas aquando da criação dos produtos.

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A 1ª análise comparativa teve como objectivo quantificar a alteração somente nas tábuas de

mortalidade (cenário A) e a mudança nas tábuas e taxas técnicas (cenário B), sendo este último cenário

o já adoptado pela Companhia há alguns anos.

Provisões Matemáticas 31-12-2010

Cenário A

Cenário Central

Cenário B

15.708.341 +10,8% 14.180.639 17.820.029 +25,7%

Cenário Central - tábuas de mortalidade e taxas técnicas originais

(Anexo II (1))

Cenário A - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77 e

TV88/90) e mantendo as taxas técnicas originais (Anexo II (1))

Cenário B - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77 e

TV88/90) e taxas técnicas (Anexo II (2))

A 2ª análise comparativa teve por base a provisão matemática prudencial que a Companhia já constitui,

e realizaram-se 2 estudos, com taxas e tábuas ainda mais prudentes.

Provisões Matemáticas 31-12-2010

Cenário C

Cenário B

Cenário D

18.166.700 +1,9% 17.820.029 20.999.712 +17,8%

Cenário B - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV73/77 e

TV88/90) e taxas técnicas (Anexo II (2))

Cenário C - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TV88/90) e

taxas técnicas (para 2,5%)

Cenário D - impacto na alteração das tábuas de mortalidade (para TPRV/93) e

taxas técnicas (para 2,5%)

A particularidade entre os cenários B e C é que no 1º toda a carteira Grupo já é calculada com essa

tábua e taxa, e no cenário C considerou-se o similar para a carteira Individual.

Após a avaliação do impacto da utilização de tábuas de mortalidade mais recentes e taxas técnicas mais

baixas, a Companhia decide que provisão matemática constituir.

Desta forma, à data de 31-12-2010, 74% das Provisões Matemáticas da Carteira de Rendas são

calculadas com uma taxa de 2,5% e o restante calculado a uma taxa de 3%.

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Relativamente às tábuas de mortalidade, 7% das Provisões Matemáticas desta carteira foi calculado com

a tábua TV 73/77 e 90% com a tábua TV 88/90. Os restantes 3% referem-se a produtos criados já com a

tábua TPRV93 e taxa técnica de 2,5%.

2. Risco de mortalidade

Foi efectuada uma análise comparativa, mortalidade real vs mortalidade esperada (considerando a tábua

de mortalidade utilizada na provisão matemática). Como resultado deste estudo verificou-se que, em

2010, a mortalidade real nos seguros em caso de morte foi de 71 óbitos, enquanto que a mortalidade

prevista era de 329.

3. Risco de concentração de capitais seguros

A Companhia tem os seus riscos protegidos por Tratados de Resseguro e continua a adoptar uma

política de prudência, que se manteve na renovação destes Tratados para o exercício de 2010.

A Companhia continua a estar atenta, quer às condições, quer aos tipos de Tratados que negoceia, de

forma que estejam de acordo com as responsabilidades assumidas para com os seus clientes, à

especificidade dos riscos seguros, bem como à idoneidade dos Resseguradores.

Para riscos específicos e/ou capitais elevados os Tratados em vigor são de Quota-parte.

Os riscos catastróficos estão cobertos por Tratados específicos para o efeito, prevenindo assim a

acumulação dos riscos em caso de acontecimento catastrófico

Stress test

Em 2010 a companhia participou no exercício de Estudo de Impacto Quantitativo (futuramente designado

por, QIS5), o que lhe permitiu avaliar os seus níveis de solvência.

O QIS5 enquadra-se no âmbito do projecto Solvência II, e tem como objectivo fazer uma avaliação

quantitativa do impacto que a introdução de novos métodos para o calculo dos requisitos de capital irá ter

nas companhias de seguros.

O QIS5 assenta num regime de avaliação dos activos e das responsabilidades baseado em princípios

económicos, de modo a determinar os requisitos de capital, sendo estes obtidos após a agregação dos

vários riscos individuais (Nota 4.3) e posteriormente ajustado pela componente de mitigação de risco.

De acordo com o exercício efectuado, a Companhia apresenta um grau de cobertura da margem de

solvência de 129%.

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4.3. Prestação de informação quantitativa e qualitativa acerca do risco de mercado, risco de crédito,

risco de liquidez e risco operacional. A informação qualitativa deve incluir, nomeadamente, a

exposição ao risco e a origem dos riscos, objectivos, políticas e procedimentos de gestão de riscos

e os métodos utilizados para mensurar os riscos, assim como, alterações face ao período anterior.

A generalidade dos riscos a que uma Companhia se encontra exposta resultam em perdas económicas e

produzem um impacto negativo nos níveis de solvência, pelo que podemos classificá-los como sendo riscos

financeiros. No entanto, existe um conjunto de riscos directamente relacionados com a gestão financeira da

Companhia, abrangendo as funções investimento, financiamento e a gestão integrada dos activos e

passivos financeiros, e não directamente relacionados com a gestão dos contratos de seguro ou dos

sinistros, e incluem, entre outros, os riscos de mercado, de crédito e de liquidez.

Risco de Mercado

O Risco de Mercado está estritamente relacionado com a volatilidade dos mercados financeiros e resulta de

movimentos adversos nas taxas de juro, taxas de câmbio, no valor do imobiliário, no preço das acções ou

no preço das commodities. É ainda necessário incluir o risco inerente aos produtos derivados e

consequente exposição às variações do preço do activo subjacente. Deste modo, podemos decompor o

risco de mercado no risco de taxa de juro, risco de spread, risco de acções, risco cambial, risco imobiliário e

risco de concentração.

O risco de Mercado apresenta uma forte relação com o mismatching entre os activos e os passivos. Dado o

horizonte temporal de grande parte dos seguros do ramo vida, é de extrema importância que os activos

afectos às responsabilidades se assemelhem a estas o mais possível, quer em termos de valor, quer em

termos de responsabilidade. De forma a minimizar os riscos e optimizar a adequação entre os activos e os

passivos, é realizado anualmente um estudo ALM (Asset Liability Management), em colaboração com as

equipas da casa-mãe em Paris.

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No final de Dezembro de 2010, a carteira de investimentos apresentava a seguinte composição (incluindo

os juros decorridos):

(unidade: milhares de euros)

* Inclui imóveis classificados na rubrica de “Activos não correntes detidos para venda” no montante de 6.572 milhares de

euros.

1. Risco de Taxa de Juro

O Risco de Taxa de Juro está presente nos activos de rendimento fixo e nos passivos, na medida em que

existe um desfasamento no seu valor e maturidade. Reflecte o risco associado às perdas resultantes de

movimentos adversos na curva de taxa de juro.

O controlo e monitorização deste risco são efectuados pela Direcção Financeira e pelo Departamento

Actuarial.

No final de 2010, o montante investido no mercado obrigacionista representava 82,4% dos activos da

Companhia, ou seja, 431.531 milhares de euros e a duração média da carteira (sensibilidade de McCaulay)

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era de 4,65. A sensibilidade da carteira de activos às variações da curva de taxa de juro encontra-se no

quadro abaixo. (unidade: milhares de euros)

2. Risco de Spread

O Risco de Spread resulta de uma variação desfavorável no valor de uma obrigação devido ao alargamento

do spread de crédito face à curva de taxa de juro sem risco.

Esta situação é mais proeminente nas obrigações emitidas por emissores privados. A exposição a este tipo

de obrigações representa cerca de 48% da carteira obrigacionista, mas cujo rating mínimo aceite é BBB.

A política de investimentos definida tem como objectivo minimizar o efeito deste risco na carteira

obrigacionista, através do estabelecimento de apertados critérios de selecção relativamente aos

investimentos a efectuar.

No quadro seguinte encontra-se a análise de sensibilidade efectuada.

(unidade: milhares de euros)

3. Risco de Acções

O Risco de Acções decorre da possibilidade de se verificarem perdas mediante movimentos desfavoráveis

no preço de mercado das acções.

No final de 2010, o montante investido no mercado accionista representava 6,6% dos activos da

Companhia, o que equivale a 34.899 milhares de euros. A exposição ao mercado accionista inclui não

apenas o investimento directo, mas também a exposição através fundos de investimento compostos

maioritariamente por acções.

No quadro seguinte encontra-se a análise de sensibilidade efectuada.

(unidade: milhares de euros)

4. Risco Cambial

Não aplicável.

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5. Risco Imobiliário

O Risco Imobiliário reflecte as variações adversas dos preços no mercado imobiliário. Encontram-se

expostos a este risco os imóveis e os fundos de investimento detidos, que representam 3,1% da totalidade

de carteira de activos (16.661 milhares de euros)

Foi efectuada a seguinte análise de sensibilidade:

(unidade:milhares de euros)

Mais informamos que os imóveis da Groupama Vida foram avaliados no decorrer do ano de 2009, por

avaliador independente e em 2010 por modelos internos (ver Nota1).

No ano de 2010 foi registado um montante de 283.700 euros relativo a imparidade dos imóveis.

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6. Risco de Concentração

O Risco de Concentração representa o risco adicional de uma carteira devido à elevada exposição a um

emissor, sobre o qual existe um risco de incumprimento. A exposição aos diversos sectores de actividade

encontra-se distribuída do seguinte modo:

(unidade: milhares de euros)

Foi efectuada a seguinte análise de sensibilidade:

(unidade: milhares de euros)

7. Risco de Crédito

O Risco de Crédito corresponde à possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do

incumprimento do cliente, ou contraparte, relativamente às obrigações contratuais. O Risco de Crédito

encontra-se essencialmente presente na carteira de investimentos. No entanto, as dívidas a receber

resultantes de cobranças e resseguro também estão expostas a este tipo de risco.

A política de investimentos estabelece critérios de rating de elevada qualidade, de modo a mitigar este risco.

Por outro lado, é efectuada uma gestão permanente das carteiras de títulos, existindo uma grande

interacção entre a Direcção Financeira e os gestores dos activos financeiros. De modo a intensificar o

controlo e monitorização deste risco, tem-se verificado uma melhoria contínua ao nível de desenvolvimento

e utilização de ferramentas de avaliação e também ao nível dos procedimentos e circuitos de decisão.

O quadro seguinte apresenta a qualidade do crédito detido em carteira no final de Dezembro de 2010:

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(unidade: milhares de euros)

8. Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez resulta na possibilidade de ocorrência de custos adicionais, motivadas quer pela falta

de liquidez para fazer às responsabilidades para com os tomadores de seguros e outras contrapartes, quer

pela dificuldade de alienação de investimentos ou outros activos.

A gestão de liquidez efectuada tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para

fazer face às suas necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo.

O gráfico seguinte demonstra que o valor dos prémios futuros (incluindo produção nova), adicionado dos

cupões e reembolsos das obrigações é suficiente para fazer face aos custos e prestações sem existir

necessidade de vender activos. (unidade: milhares de euros)

Os riscos de mercado, em 2010, foram apurados com base no QIS5, enquanto que em 2009 foram feitos

testes de sensibilidade isolados por cada classe de activos, pelo que os valores das analises de

sensibilidade obtidos não são comparáveis.

9. Risco Operacional

O Risco Operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas resultantes da inadequação ou

falha nos procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a eventos como

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fraudes, falhas de sistemas, e ao não cumprimento de normas e regras estabelecidas. Inclui ainda o risco

resultante de falhas no governo da sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em

outsourcing e no plano de continuidade do negócio.

A Groupama Vida, por questões práticas, decidiu abordar este risco por sub-riscos. Apresentamos de

seguida os que para nós são mais relevantes:

Risco de fraude interna;

Risco de fraude externa;

Risco de branqueamento de capitais;

Risco de má conduta profissional perante o cliente;

Risco de falha dos sistemas.

Quando os procedimentos falham, os riscos operacionais podem resultar em risco legal (não cumprimento

das obrigações legais), risco financeiro, ou até mesmo risco de reputação.

Para gerir o Risco Operacional, a Groupama Vida definiu os processos operacionais significativos sugerindo

melhorias, tais como a eliminação de actividades redundantes, segregação de funções, controlo de

acessos, responsabilização e motivação dos colaboradores, entre outros, com o objectivo de tornar os

processos mais eficazes através do aumento de confiança pelo sistema de controlo interno e consequente

mitigação do risco operacional.

Como actualmente não dispomos de meios apropriados para registar quantitativamente os eventos que

resultam em perdas financeiras, a nossa quantificação para o risco operacional será o resultado obtido no

QIS 5.

Usando a fórmula do CEIOPS para o QIS 5, no final de 2009 o risco inerente ao negócio vida representava

10,8 % do total dos riscos.

4.4. Indicação da quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade revertida durante o período relativamente a activos de resseguro e das razões que

suportam essa imparidade.

Não existem indícios de activos de resseguro em imparidade.

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4.5. Prestação de informação qualitativa relativamente à adequação dos prémios e à adequação das

provisões.

Adequação e suficiência dos prémios

As tarifas comercializadas pela Companhia nos Seguros de Vida ligados, ou não ligados, a Fundos de

Investimento, são calculadas de acordo com os formulários apresentados nas respectivas “Notas Técnicas”

e de acordo com as Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas de Juro, indicadas no Relatório do Actuário

Responsável.

Adequação e suficiência das provisões técnicas

Ver Nota 4.1. d)

4.6. Informação qualitativa e quantitativa acerca dos rácios de sinistralidade, rácios de despesas,

rácios combinados de sinistros e despesas e rácio operacional (resultante da consideração dos

rendimentos obtidos com investimentos afectos aos vários segmentos), calculados sem dedução do

resseguro cedido.

O rácio de sinistralidade é obtido dividindo os custos com sinistros pelos prémios brutos emitidos.

O rácio de sinistralidade reduziu no exercício 6 pontos percentuais, atingindo o valor de 56% (2009: 62%),

devido essencialmente ao aumento dos prémios brutos emitidos.

Sinistros por tipo / Total de sinistros:

(unidade: euros)

O rácio de sinistralidade do resseguro cedido é obtido dividindo os custos com sinistros de resseguro pelos

prémios cedidos, tendo atingido em 2010 o valor de 19,60% (2009: 23,64%).

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Outros rácios:

NOTA 5. Passivos Financeiros

Indicação, por modalidade e tipo de contratos de seguro e operações classificados para efeitos

contabilísticos como contratos de investimento, de:

Em 31 de Dezembro de 2010, a Companhia tinha registado no seu Passivo Financeiro os seguintes

montantes relativos a produtos de capitalização com taxa fixa garantida, e sem participação nos resultados,

os quais, segundo a IFRS4, são contabilizados como contratos de investimento:

a) Quantia escriturada no início e fim do período;

(unidade: euros)

c) Montantes pagos

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d) Rendimentos e gastos incluídos na conta de ganhos e perdas;

Na rubrica de “Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de

seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento” a Companhia

tem registado o montante de 1.601.958 euros (2009: 1.577.461 euros) referente à componente de depósito

de contratos unit linked com risco de seguro (ver nota 4.1 d) iii).

Além dos valores acima mencionados, faziam também parte dos passivos financeiros da empresa os

seguintes contratos de derivados: (unidade: euros)

Em 2010 a Companhia procedeu à reclassificação dos contratos de derivados no montante de -1.026.835

euros para a rubrica de passivo financeiro. No ano de 2009 este instrumento financeiro encontrava-se

classificado como activo financeiro e apresentava um valor de -917.511 euros.

NOTA 6. Instrumentos financeiros (que não sejam contratos de investimento)

Rubricas de balanço

6.1. Inventário de participações e instrumentos financeiros, de acordo com o modelo apresentado no

Anexo 1.

Ver Anexo 1.

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6.4. Prestação de informação acerca de reclassificações, incluindo o impacto e a razão da

reclassificação.

De acordo com o especificado na nota explicativa sobre as políticas contabilísticas seguidas pela

Companhia, procedemos à reclassificação dos swaps de activos detidos para negociação para passivos

financeiros.

6.7. Prestação de informação relativa à utilização de produtos derivados e à utilização de operações

de reporte e de empréstimo de valores, tal como definido no normativo aplicável.

À data de 31 de Dezembro de 2010, a Companhia tinha em vigor três contratos de swaps de taxa de juro,

em duas carteiras, de acordo com o mapa seguinte:

O Justo Valor dos swaps, à data de 31 de Dezembro de 2010 era o seguinte:

(unidade: euros)

Em 2010 foi realizada uma reclassificação dos swaps de activos detidos para negociação para passivos

financeiros, em virtude do valor dos mesmos ser negativo, e pelo facto da Companhia entender que esta

reclassificação é mais apropriada.

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Justo Valor

6.11. Descrição relativa ao apuramento do justo valor, designadamente:

a) Dos métodos e, quando for usado um método de avaliação, dos pressupostos aplicados na

determinação do justo valor de cada classe de activos financeiros e de passivos financeiros;

Activos financeiros

O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis e, quando na ausência de

cotação (inexistência de mercado activo), é determinado com base na utilização de preços de transacções

recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação

disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros

descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores

de volatilidade.

Passivos financeiros

Os passivos financeiros que se encontram apresentados nas demonstrações financeiras da Companhia

dizem respeito a operações de capitalização (valorizadas ao custo amortizado), à componente de depósito

do produto unit linked comercializado pela Companhia (valorizado ao justo valor por ganhos e perdas) e por

passivos financeiros relativos a produtos derivados. O método de determinação do justo valor encontra-se já

acima descrito (Activos Financeiros).

6.12. Para as classes de activos financeiros e de passivos financeiros não valorizados a justo valor:

a) Nos casos em que não podem ser mensurados com fiabilidade, indicação da sua não

divulgação, referindo a causa;

A Companhia tem na sua carteira de activos o título “Sociedade Franco-Portuguesa Comunicação”, o qual

se encontra valorizado, de acordo com a IAS 39, ao valor de aquisição (50 euros), atendendo a que o

mesmo não se encontra cotado no mercado de capitais.

A participação que a Groupama Vida tem na Groupama Seguros, de 24,6 milhões de euros, encontra-se

também valorizada ao custo de aquisição, com base em avaliação efectuada na altura da aquisição dessa

participação financeira.

Os capitais próprios da Groupama Seguros não registaram alterações significativas a 31 de Dezembro de

2010, quando comparados com o ano anterior, pelo que não existe indícios que esta participação tenha

imparidade.

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b) Descrição dos instrumentos financeiros e das quantias escrituradas, bem como uma

explicação da razão pela qual o seu justo valor não pôde ser mensurado com fiabilidade;

Ver alínea a).

c) Informação sobre o mercado existente para esses instrumentos e indicação sobre se e como

a empresa de seguros pretende alienar os instrumentos financeiros;

A Companhia não pretende alienar os instrumentos financeiros referidos na alínea a) a curto prazo.

Natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros

6.16. Prestação de informação qualitativa que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos

resultantes de instrumentos financeiros, nomeadamente:

a) Exposição ao risco e a origem dos riscos e quaisquer alterações referentes ao período;

Ver Nota 4.3.

b) Objectivos, políticas e procedimentos de gestão de risco, os métodos usados para gerir

esses riscos e quaisquer alterações referentes ao período.

Ver Nota 4.3.

6.17. Prestação de informação quantitativa que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos

resultantes de instrumentos financeiros por cada tipo de risco.

a) A exposição ao risco e a origem dos riscos e quaisquer alterações referentes ao período;

Ver Nota 4.3.

b) A quantia que melhor representa a exposição máxima ao risco de crédito à data de relato sem ter

em consideração quaisquer garantias detidas ou outras melhorias da qualidade de crédito, assim

como, descrição das garantias colaterais detidas a título de caução e outras melhorias da qualidade

de crédito, informação acerca da qualidade de crédito de activos financeiros que não estejam

vencidos nem em imparidade e a quantia escriturada de activos financeiros cujos termos foram

renegociados e que, caso contrário, estariam vencidos ou em imparidade;

Ver Nota 4.3. – ponto 7.

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c) Análise da maturidade dos activos financeiros vencidos à data de relato mas não em imparidade,

assim como, dos activos financeiros individualmente considerados em imparidade à data de relato,

descrevendo designadamente os factores que a entidade tomou em linha de conta na determinação

dessa imparidade e descrição das garantias colaterais detidas pela entidade a título de caução e

outras melhorias da qualidade de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor;

Os factores que a Companhia tomou em linha de conta na determinação da imparidade encontram-se

definidos na Nota 3.1.e) iv.

Os activos em imparidade à data de relato, decompõem-se da seguinte forma:

Caso os critérios de imparidade não tivessem sido alterados, verificar-se-ia uma imparidade adicional de

3.220.550 euros.

e) Análise da maturidade dos passivos financeiros que indique as maturidades contratuais restantes

e uma descrição da forma como a empresa gere o correspondente risco de liquidez;

A política de investimentos das Operações de Capitalização tem por objectivo mitigar os riscos inerentes a

este tipo de produtos, optimizando a adequação entre a estrutura do activo e a estrutura do passivo. Deste

modo, no final de 2010, a carteira de investimentos dos produtos de capitalização tinha um valor de 7.336

milhares de euros, apresentando o mesmo horizonte temporal que as responsabilidades, avaliadas em

6.503 milhares de euros.

Os passivos financeiros estão detalhados nas Notas 4.e 5.

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f) Uma análise de sensibilidade para cada tipo de risco de mercado ao qual a empresa está exposta à

data de relato que mostre a forma como os ganhos e perdas e o capital próprio teriam sido afectados

por alterações, razoavelmente possíveis àquela data, na variável em questão, assim como, os

métodos e pressupostos utilizados na elaboração da análise de sensibilidade e as alterações

introduzidas nos métodos e pressupostos utilizados face ao período anterior, bem como as razões

dessas alterações;

De modo a avaliar os impactos na carteira de investimentos, devido a eventuais flutuações nos

mercados financeiros, foram realizados testes de sensibilidade aos activos detidos em carteira. Esta

análise foi realizada de acordo com os parâmetros do QIS5, tendo sido utilizados os valores do final de

2009.

De modo a complementar a análise acima referida, foi também efectuada uma decomposição dos títulos

detidos por rating e por sector de actividade.

Ver resultados dos testes de sensibilidade efectuados na Nota 4.3.

A Companhia alterou as analises de sensibilidade utilizadas face ao exercício anterior, optando por

reportar as analises de sensibilidades efectuadas ao abrigo do QIS5. No exercício anterior foram

utilizados cenários de subida/descida do nível da taxa de juro de 1%, e foi considerado uma queda dos

mercados accionistas de 10%.

NOTA 7. Investimentos em filiais e associadas

7.1. Informação acerca da empresa-mãe e investimentos significativos em filiais

A empresa-mãe de topo do grupo é a Groupama, SA, com sede em Paris – França, a qual detém a

totalidade do capital social da Companhia.

Nas demonstrações financeiras individuais da Companhia está registado o montante de 24.600.000 euros,

relativo à participação a 100% na Groupama Seguros, SA, encontrando-se a mesma registada ao custo de

aquisição. A Groupama Seguros, SA foi constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima,

com o objectivo de desenvolver a actividade dos ramos Não Vida em Portugal. A Companhia encontra-se

registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial. A sua

sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.

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7.4. Análise da posição financeira da Groupama Seguros

A Groupama Seguros fechou o exercício de 2010 com um montante de capitais próprios de 18.266.707

euros, valor superior ao registado em 2009, de 17.932.096 euros. Esta evolução positiva é explicada

essencialmente pelo resultado positivo do exercício de 266.683 euros.

De acordo com os valores obtidos no exercício do QIS5, a margem de solvência da Companhia é de 357%,

o que comprova a excelente solidez financeira da Groupama Seguros.

NOTA 8. Caixa e equivalentes e depósitos à ordem

8.1. Descrição dos componentes de caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem, e reconciliação

das quantias incluídas na demonstração de fluxos de caixa com os itens equivalentes relatados no balanço.

NOTA 9. Terrenos e edifícios

9.1. Identificação do modelo de valorização aplicado.

Para os terrenos e edifícios de uso próprio é utilizado como modelo de valorização o Custo Amortizado,

sendo utilizado o modelo de Justo Valor para os terrenos e edifícios de rendimento.

9.2. Descrição dos critérios utilizados para distinguir terrenos e edifícios de rendimento de terrenos

e edifícios de uso próprio.

Na distinção entre terrenos e edifícios de rendimento e terrenos e edifícios de uso próprio, a Companhia

apela aos critérios de classificação que constam, respectivamente, nas IAS 40 e 16. Assim, para tal

distinção entre uso próprio e rendimento no que diz respeito à classe de terrenos e edifícios, a Companhia

adopta o princípio da recuperabilidade do activo. Deste modo, e para os imóveis cuja recuperabilidade seja

por via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, a Companhia classifica-os como imóveis de

rendimento, utilizando os critérios de mensuração da IAS 40. Por sua vez, para os imóveis cujo principal fim

seja o seu uso continuado, a Companhia classifica-os como imóveis de uso próprio, aplicando nesse caso,

os critérios de mensuração subsequente que constam da IAS 16.

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Modelo de justo valor

9.3. Indicar em que medida o justo valor do terreno e edifício de rendimento se baseia numa

valorização de um avaliador independente que possua uma qualificação profissional reconhecida e

relevante e que tenha experiência recente na localização e na categoria da propriedade que está a

ser valorizada.

A avaliação dos terrenos e edifícios foi efectuada em 2009 por uma empresa especializada, registada na

CMVM, de acordo com as exigências do Regulamento nº 01/05 da CMVM, o qual rege os critérios de

avaliação e peritos avaliadores de imóveis de Fundos de Investimento, e de acordo com a Norma

Regulamentar nº 16/99-R do I.S.P.

O valor dos terrenos e edifícios avaliados de acordo com o critério utilizado pela empresa independente,

consiste no estado actual e considera os actuais contratos de arrendamento. No ano de 2010 foi utilizado

um modelo interno de modo a demonstrar que os valores obtidos na avaliação independente ainda se

encontram adequados face às actuais condições de mercado.

9.4. Descrição dos métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do justo valor

dos terrenos e edifícios, incluindo uma declaração sobre se a determinação do justo valor foi

suportada por evidências do mercado ou foi essencialmente ponderada por outros factores por

força da natureza da propriedade e da falta de dados de mercado comparáveis, indicando, nesse

caso, esses mesmos factores.

1. Método de Capitalização de Rendas – Imóveis de rendimento:

Este método visa determinar o valor de um Imóvel (urbano ou rústico), em função da sua capacidade de

produzir rendimentos. Relaciona o rendimento futuro, num pressuposto de optimização e em atenção ao

tempo de vida económica, com o seu valor presente e de forma a obter-se o valor de mercado (numa óptica

de continuidade da utilização).

Este Método vocaciona-se para a determinação do valor presente de rendimentos futuros, segundo o valor

e o estado actuais. Pela Capitalização de Rendas, os rendimentos presentes e futuros são capitalizados

através de uma taxa de aplicação de capital no mercado imobiliário.

O valor inclui o interesse no investimento, traduzido nos benefícios obtidos pela compra do bem imobiliário

quando comparado com aplicações do capital em outro sector produtivo.

As taxas de capitalização são determinadas em função da relação entre os valores de renda e venda

verificados nos mercados imobiliários em que os imóveis se inserem. O valor final é determinado pelo valor

presente, descontando o valor das obras considerado para beneficiação e reabilitação de forma a repor a

qualidade física e ambiental das instalações.

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2. Método de Comparação de Mercado:

O método de comparação de mercado consiste em relacionar um valor de um imóvel com os dados

relativos à transacção de propriedades com características semelhantes ou comparáveis. O uso deste

método serve como parâmetro referencial para utilizar os dados directamente recolhidos do mercado,

proporcionando um carácter objectivo e indicador dos valores de avaliação.

O método de comparação efectua uma estratificação dos dados recolhidos, segundo critérios de

homogeneidade, de modo a permitir a comparação e determinar as características mais relevantes.

9.5. Reconciliação entre as quantias escrituradas do terreno e edifício no início e no fim do período,

evidenciando:

a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de

dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo;

O valor correspondente a 6.751.713 euros refere-se a uma reclassificação de dois imóveis que se

encontram em processo de alienação. Esta reclassificação resulta do disposto em IFRS 5, encontrando-se

os imóveis classificados no Balanço como activos não correntes detidos para venda.

Modelo do custo

9.6. Indicação dos critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta, dos

métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis ou das taxas de depreciação usadas.

No reconhecimento inicial dos valores dos terrenos e edifícios de serviço próprio, a Companhia utilizou o

custo de aquisição original, atribuindo aos terrenos 25% do valor, ficando o edifício com os restantes 75%.

Adicionalmente, consideraram-se todas as benfeitorias efectuadas até à data de transição. Ao nível da

mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de

espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período.

Os terrenos não são sujeitos a depreciação. As beneficiações que vão ocorrendo, são adicionadas ao valor

de custo do activo e depreciada desde a data que foram efectuadas até ao final da vida útil estimada para o

edifício. A vida útil de cada bem é revisto a cada data de relato financeiro.

No que respeita ao método de depreciação, a Companhia utiliza o método linear, dado que é o que melhor

reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado

consistentemente, a toda a classe de activos.

A Companhia realiza ainda, sempre que existam indícios de tal, testes de imparidade para averiguar se o

valor escriturado do activo excede o seu valor realizável líquido. No caso de a diferença entre o valor

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recuperável e o valor escriturado do activo ser negativa, é reconhecida uma perda por imparidade nesse

montante. Na aplicação deste procedimento, a Companhia aplica a metodologia constante da IAS 36 em

articulação com a IAS 16. No ano corrente não se verificam indícios de imparidade.

9.7. Indicação da quantia escriturada bruta e da depreciação acumulada (agregada com as perdas

por imparidade acumuladas) no início e no fim do período.

A amortização do ano de 2010 atingiu o valor de 2.229 euros.

9.8. Reconciliação entre as quantias escrituradas do terreno e edifício no início e no fim do período, evidenciando:

a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de

dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo;

Ver nota 9.7

e) Depreciações;

Ver alínea a).

f) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade

revertida durante o período de acordo com a IAS 36;

Foi registada uma perda por imparidade no exercício no montante total de 283.700 euros.

g) Transferências; e

Ver alínea a).

h) Outras alterações.

Ver alínea a).

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9.9. Indicação do justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento, sem prejuízo dos casos

específicos considerados na nota 9.19.

Ver justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento na Nota 9.5 a)

Modelo de revalorização

Terrenos e edifícios de rendimento

9.17. Identificação das quantias reconhecidas em ganhos e perdas relativas a:

a) Rendimentos de rendas de terrenos e edifícios de rendimento;

A Groupama Vida obteve no exercício de 2010, um valor total de rendas de imóveis de 475.775 euros

(2009: 449.695 euros), tendo, no entanto, registado custos de conservação com os mesmos no montante de

51.128 euros (2009: 14.459 euros).

b) Gastos operacionais directos (incluindo reparações e manutenção) separados por terrenos e

edifícios de rendimento que geraram rendimentos de rendas durante o período e terrenos e

edifícios de rendimento que não geraram rendimentos de rendas durante o período;

Ver alínea a).

NOTA 10. Outros activos fixos tangíveis (excepto terrenos e edifícios)

Prestação da informação exigida nas notas 9.20 a 9.23 e a associada ao correspondente modelo de

valorização utilizado.

A informação constante nas notas 9.20 a 9.23 não é aplicável aos activos fixos tangíveis da Companhia.

Os activos tangíveis da Companhia encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas

amortizações acumuladas e perdas de imparidade.

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Modelo do custo

10.1. Indicação dos critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta, dos

métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis ou das taxas de depreciação usadas.

No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o valor de

aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correcto de um dado activo,

de acordo com o disposto na IAS 16. Ao nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo

estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios

económicos, depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato

financeiro.

Sempre que haja evidência objectiva que o valor escriturado dos activos tangíveis excede o seu valor de

mercado, é reconhecida uma perda por imparidade pela diferença, de acordo com a metodologia proposta

pela IAS 36 em articulação com a IAS 16. Não se verificaram indícios de imparidade em 2010.

No que respeita ao método de depreciação, a Companhia utiliza o método linear, dado que é o que melhor

reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado

consistentemente, a toda a classe de activos.

10.2. Indicação da quantia escriturada bruta e da depreciação acumulada (agregada com as perdas

por imparidade acumuladas) no início e no fim do período.

A Companhia procedeu, no início do exercício de 2010, à transferência de activos da rubrica imobilizações

em curso para a rubrica instalações de interiores, resultante desta nova alocação o valor das transferências

e abates não se compensa entre si.

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10.3. Reconciliação entre as quantias escrituradas dos activos tangíveis no início e no fim do

período, evidenciando:

a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de

dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo;

Ver Nota 10.2.

d) Depreciações;

Ver Nota 10.2.

e) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade

revertida durante o período de acordo com a IAS 36;

Não foram registadas perdas por imparidade no exercício.

g) Transferências; e

Ver Nota 10.2.

h) Outras alterações.

Ver Nota 10.2.

10.4. Indicação do justo valor dos activos tangíveis, sem prejuízo dos casos específicos

considerados na nota 9.19.

Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor de realização dos

activos tangíveis detidos.

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NOTA 11. Afectação dos investimentos e outros activos

Indicação dos investimentos e outros activos segundo a sua afectação, de acordo com o seguinte quadro:

Em 31 de Dezembro de 2010, os activos apresentavam a seguinte composição de acordo com a respectiva

afectação:

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NOTA 12. Activos intangíveis

12.1. Identificação do modelo de valorização aplicado.

Os activos intangíveis da Companhia encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas

amortizações acumuladas e perdas de imparidade.

12.3. Prestação da seguinte informação, para cada classe de activo intangível, distinguindo entre os

activos intangíveis gerados internamente e outros activos intangíveis:

a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas;

b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas;

As amortizações são calculadas tendo por base o período em que se estima que tais bens vão produzir

benefícios económicos para a Companhia, através da aplicação do método de quotas constantes, para

aquisições até 31 de Dezembro de 2007, e por duodécimos para aquisições posteriores a essa data, com

base nas taxas anuais indicadas na nota 12.3 a).

c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por

imparidade acumuladas) no início e no fim do período;

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d) Os itens de cada linha da conta de ganhos e perdas em que qualquer amortização de activos

intangíveis esteja incluída;

As amortizações dos activos intangíveis (despesas em edifícios arrendados e programas de computador),

no montante de 495.712 euros, estão contabilizadas na rubrica 6830 – Amortização de activos intangíveis,

tendo sido imputadas de acordo com o quadro seguinte:

e) A quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer activo intangível

individual que seja material.

Ver comentário na Nota 12.3 c).

f) Informação exigida nas notas 9.7, 9.8 (excepto alínea g)), 9.11, 9.13, 9.14 e 9.15.

Ver quadro da Nota 12.3. c)

12.5. Indicação da quantia escriturada e do período de amortização restante de qualquer activo

intangível individual que seja material para as demonstrações financeiras da empresa de seguros.

Ver quadro da Nota 12.3. c)

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NOTA 13. Outras provisões e ajustamentos de contas do activo

13.1. Desdobramento das contas de ajustamentos e outras provisões pelas respectivas subcontas, conforme quadro seguinte:

13.2. Descrição da natureza da obrigação e do momento de ocorrência esperado de quaisquer

exfluxos de benefícios económicos resultantes dos ajustamentos e provisões constituídos e

indicação da incerteza acerca da quantia e/ou do momento de ocorrência desses exfluxos, assim

como, a quantia de qualquer reembolso esperado com referência a qualquer activo que tenha sido

reconhecido no âmbito desse reembolso.

Relativamente aos ajustamentos de recibos por cobrar, ver Nota 3.1.b).

Na rubrica 491 – Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa, estão incluídos os seguintes montantes:

NOTA 14. Prémios de contratos de seguro

14.1. Indicação dos prémios reconhecidos resultantes de contratos de seguro.

Em 31 de Dezembro de 2010 a Companhia reconheceu, no Ganhos e Perdas, prémios resultantes de

contratos de seguro, no montante de 109.483 mil euros (2009: 88.132 euros), excluindo operações de

capitalização.

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14.2. Indicação de alguns valores relativos ao seguro de vida, de acordo com o seguinte quadro:

NOTA 16. Rendimentos / réditos de investimentos

16.1. Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento dos réditos.

Ver Nota 3.1 j)

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16.2. Indicação, por categoria de investimento, da quantia de cada categoria significativa de rédito

reconhecida durante o período incluindo o proveniente, nomeadamente, de juros, royalties e

dividendos.

A decomposição dos rendimentos de investimentos é a seguinte:

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NOTA 17. Ganhos e perdas realizados em investimentos

Indicação, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas realizados por via da

respectiva alienação.

A decomposição dos ganhos e perdas realizados em investimentos por alienação, é a seguinte:

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NOTA 18. Ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor em investimentos

Indicação, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor.

A decomposição dos ganhos e perdas realizados em investimentos por ajustamentos de justo valor, é a

seguinte:

NOTA 19. Ganhos e perdas em diferenças de câmbio

Indicação da quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados excepto as que

resultem de instrumentos financeiros valorizados pelo justo valor através dos resultados.

Em 31 de Dezembro de 2010, a Companhia não tinha qualquer saldo expresso em moeda estrangeira.

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NOTA 21. Gastos diversos por função e natureza

21.1. Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua função, nomeadamente, para aquisição de contratos de seguro e investimento (aquisição e administrativos), custos com sinistros

e custos com investimentos.

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21.2. Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua natureza (e.g. depreciações,

imparidade, benefícios de empregados).

A rubrica de trabalhos especializados é composta essencialmente pelos preços de transferência (a

Companhia, desde 2007, tem instituído o procedimento de debitar gastos com pessoal e outros à Groupama

Seguros, SA, tendo por base as horas dispendidas pelo seu pessoal, afecto integral ou parcialmente àquela

entidade), comissões de gestão de carteira e por custos relacionados com trabalhos na área de informática.

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NOTA 22. Gastos com pessoal

22.1. Indicação do número médio de trabalhadores ao serviço no exercício, ventilado por categorias profissionais.

Durante o exercício de 2010 a Companhia teve, em média, 70 trabalhadores ao seu serviço, distribuídos

pelas seguintes categorias profissionais:

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22.2. Indicação do montante das despesas com o pessoal referentes ao exercício, assim

discriminadas:

22.3. Informação relativa aos órgãos sociais (pensões de reforma, adiantamentos ou créditos concedidos, etc.)

Existe um empréstimo concedido a um membro do Conselho de Administração, cujo capital em dívida a

31/12/2010 é de 5.054 euros. A taxa de juro associada é a Euribor a um ano e o empréstimo é amortizado

mensalmente.

Ver Nota 29.3.

NOTA 23. Obrigações com benefícios dos empregados

23.2. Para cada plano de benefício definido, prestação de informação considerada relevante para a

compreensão quer do plano, quer da evolução das quantias registadas nas contas face a exercícios

anteriores, nomeadamente:

a) A política contabilística da entidade para reconhecer ganhos e perdas actuariais, bem como

o custo corrigido de serviços passados;

Para efeito de aplicação da IAS 19 – Benefícios aos empregados, o custo associado a planos de benefícios

atribuídos aos empregados deve ser reconhecido quando o respectivo benefício é auferido, ou seja, à

medida que o empregado vai prestando serviços, sendo que o diferencial entre o valor das

responsabilidades assumidas e os activos adquiridos para cobrir essa responsabilidade deverá estar

relevado no balanço da Companhia.

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Note-se que o custo, para efeito da IAS 19, não corresponde necessariamente ao valor que a Companhia

entrega anualmente ao Fundo, é antes dado pelo somatório do custo dos serviços correntes, com o custo

dos juros e com o resultado esperado dos activos.

Para reconhecer os ganhos/perdas actuariais a Companhia optou pelo método do “SORIE”, em que os

ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio.

b) Uma descrição geral do plano, com indicação dos benefícios assegurados, do prazo

esperado de liquidação dos compromissos assumidos e do grupo de pessoas abrangidas;

Nos termos do estabelecido no Contrato Colectivo dos Trabalhadores de Seguros, a Companhia assumiu a

responsabilidade de pagar aos seus empregados pensões de reforma por velhice e por invalidez,

encontrando-se essa responsabilidade coberta e financiada a 98%, em 31 de Dezembro de 2010, pelo

Fundo de Pensões.

O plano de pensões existente na Companhia corresponde a um plano de benefícios definidos, uma vez que

define os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma,

usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição.

Descrição geral do plano e grupo de pessoas abrangidas:

O Fundo de Pensões é suportado por um Plano de Benefício Definido abrangido pelo Contrato Colectivo de

Trabalho da Actividade Seguradora em vigor, relativo a todos os trabalhadores que compõem o quadro de

pessoal permanente da Companhia, bem como todos os trabalhadores pré-reformados que se encontrem a

receber uma pensão de pré-reforma.

Indicação dos benefícios assegurados:

A Companhia assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias para o

complemento de reformas atribuídas pela Segurança Social. Estes benefícios assumem a forma de:

- Pensão de velhice

- Pensão de invalidez

- Pensão de pré-reforma

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Prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos:

A Companhia espera liquidar os compromissos assumidos quando os trabalhadores atingirem a idade

normal da reforma, ou seja, aos 65 anos. Considerando que a idade média dos participantes do Fundo é de

50 anos, as responsabilidades em causa virão a ser liquidadas, em média, dentro de 15 anos.

c) O veículo de financiamento utilizado;

As responsabilidades da Companhia estão 96% financiadas por um Fundo de Pensões, existindo uma

provisão para o valor remanescente no montante de 34.557 euros.

d) O valor e a taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano;

(unidade: euros)

e) A responsabilidade passada com benefícios pós-emprego, separadamente entre o valor actual da responsabilidade por serviços passados e o valor actual dos benefícios já em

pagamento;

Adicionalmente foram adquiridas no passado rendas pelo Fundo à Companhia, para suportar a liquidação

de benefícios em pagamento. As provisões matemáticas da Companhia relativas a essas rendas ascendem

em 31 de Dezembro de 2010 a 177.256 euros (2009: 175.153 euros).

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f) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de

benefícios definidos mostrando separadamente, se aplicável, os efeitos durante o período:

g) Análise da obrigação de benefícios definidos em quantias resultantes de planos que não têm

qualquer financiamento e em quantias resultantes de planos que estão total ou parcialmente financiados.

A obrigação de benefícios definidos, a qual em 31 de Dezembro de 2010 ascende a 2.049.885 euros,

encontra-se financiada por um Fundo de Pensões no montante de 2.015.328 euros, o que representa um

nível de financiamento de 98%.

h) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano e dos saldos de abertura e de fecho de qualquer direito de reembolso reconhecido como activo,

mostrando separadamente, se aplicável, os efeitos durante o período:

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i) Reconciliação do valor presente da obrigação de benefícios definidos da alínea f) e do justo

valor dos activos do plano da alínea h) com os activos e passivos reconhecidos no balanço.

j) Indicação do gasto total reconhecido na Conta de Ganhos e Perdas do exercício corrente.

(*) Decorrentes dos saldos iniciais de 2009 divulgados nas alíneas f) e h), apesar de correctos, não

corresponderem aos saldos considerados no balanço a 31/12/2008.

k) As quantias reconhecidas no exercício corrente, na Conta de Ganhos e Perdas ou em rubrica

específica de capital próprio, relativamente aos ganhos ou perdas actuariais e do limite

estabelecido na IAS 19;

Relativamente aos ganhos e perdas actuariais do ano, reconheceu-se, em 2010, em rubrica específica do

capital próprio, uma perda actuarial de 160.512 euros (bruto de imposto diferido), tendo-se no ano anterior

verificado um ganho actuarial de 12.280 euros.

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l) A quantia cumulativa de ganhos e perdas actuariais reconhecidos em rubrica específica de

capital próprio no caso de adoptada esta opção;

Em 31 de Dezembro de 2010, a Companhia tinha reconhecido, em rubrica específica de capital próprio,

uma perda actuarial acumulada de 537.330 euros (bruto de imposto diferido), tendo-se no ano anterior

verificado uma perda actuarial acumulada de 366.684 euros.

m) A percentagem e quantia de cada categoria principal dos investimentos do plano e outros

activos, que constituem o justo valor do total dos activos do plano;

A carteira de activos do Fundo Pensões da Groupama Vida é composta da seguinte forma (por classe de

activos):

(unidade: euros)

n) As quantias incluídas no justo valor dos activos do plano relativas a instrumentos

financeiros da entidade e qualquer terreno e edifício ocupado, ou outros activos utilizados, pela empresa de seguros;

Os activos do plano não incluem instrumentos financeiros da entidade e a Companhia não utiliza activos do

Fundo de Pensões. Contudo, os activos do Plano incluem unidades de participação do grupo (Groupama)

no valor de 27.601 euros (2009: 15.002 euros).

o) Descrição da base usada para determinar a taxa esperada global de retorno dos activos,

incluindo o efeito das principais categorias de activos do plano;

Tendo por base a politica de investimentos decorrente do Fundo de Pensões, foi determinada a taxa

esperada global de retorno dos activos tendo por base os ganhos expectáveis dos activos contratados.

As taxas yields relativas aos juros dos títulos de rendimento fixo foram determinadas através do reembolso

bruto das taxas yields à data de fecho do Balanço.

No futuro, são esperados ganhos em acções e investimentos imobiliários reflectindo taxas de retorno de

longo prazo bastante atractivas nos mercados respectivos.

p) Indicação do retorno real dos activos do plano, bem como o retorno real sobre qualquer

direito de reembolso reconhecido como um activo;

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O retorno real dos activos do plano foi negativo em 89.687 euros. Em 2009, verificou-se um retorno real dos

activos do plano positivo de 146.781 euros.

q) Descrição dos principais pressupostos actuariais (em termos absolutos) usados:

t) Indicação das quantias do período anual corrente e dos quatro períodos anuais anteriores

quando aplicável de:

i. Valor presente da obrigação de benefícios definidos, o justo valor dos activos do plano e o excedente ou défice do plano; e

ii. Os ajustamentos de experiência resultantes dos passivos do plano expressos quer

como uma quantia, quer como uma percentagem dos passivos do plano à data do

balanço, e os activos do plano expressos quer como uma quantia, quer como uma

percentagem dos activos do plano à data do balanço.

v. Descrição da melhor estimativa da empresa de seguros, assim que possa ser

razoavelmente determinada, das contribuições que se espera que sejam efectuadas

durante o período anual que começa após a data de balanço.

A contribuição prevista para 2011 é de 100.000 euros.

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NOTA 24. Imposto sobre o rendimento

24.1. Os principais componentes de gasto (rendimento) de impostos devem ser divulgados

separadamente, devendo incluir nomeadamente:

a) Gastos (rendimento) por impostos correntes;

Em 31 de Dezembro de 2010, estima-se um imposto corrente sobre o rendimento do exercício no montante

de 474.048 euros (2009: 68.138 euros). A carga total de imposto do ano (corrente + diferido) foi de 96.634

euros (2009: 96.634 euros), a que corresponde uma taxa efectiva de imposto estimada de 7,16% (2009:

27,31%).

b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos

anteriores;

No exercício de 2010 não foi efectuado qualquer ajustamento relativo a impostos correntes de anos

anteriores.

Não são esperados ajustamentos significativos às declarações de rendimentos respeitantes ao exercício.

c) Quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com a origem e reversão

de diferenças temporárias;

No exercício de 2010 foram reconhecidos os seguintes gastos/rendimentos relacionados com a origem e

reversão de diferenças temporárias:

No exercício de 2009 foi reconhecido um gasto por impostos diferidos de 942.584 euros, relacionado

essencialmente com a reversão de prejuízos fiscais.

g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma redução, ou reversão de uma diminuição

de um activo por impostos diferidos;

Ver Nota 24.1.c)

24.2. Indicação separada do imposto diferido e corrente agregado relacionado com itens que sejam

debitados ou creditados ao capital próprio.

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O imposto diferido e corrente relacionado com itens do capital próprio (5.461.332 euros) tem a seguinte

descrição:

O valor de imposto diferido relacionado com o ajustamento do justo valor de investimentos financeiros

ascende a 306.341 euros (2009: 456.426 euros).

24.3. Explicitação do relacionamento entre gasto (rendimento) de impostos e lucro contabilístico.

O quadro seguinte evidencia a reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a taxa efectiva, no exercício

de 2010.

(unidade: euros)

* Esta rubrica inclui o montante de 2.141.715 euros (2009: 1.646.141 euros) de impostos diferidos por prejuízos fiscais, que resultam da variação negativa das carteiras afectas a contratos de seguros com participação nos resultados.

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24.7. Indicação para cada tipo de diferença temporária e com respeito a cada tipo de perdas por

impostos não usadas e créditos por impostos não usados da:

a) Quantia de activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada

período apresentado;

b) Quantia de rendimentos ou gastos por impostos diferidos reconhecidos na conta de ganhos

e perdas.

Ver Nota 24.1.c)

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NOTA 25. Capital

25.1. Indicação dos objectivos, políticas da gestão do capital da empresa de seguros, descrevendo os respectivos processos implementados.

A Groupama Vida fechou o exercício de 2010 com um montante de capitais próprios de 49.918.017 euros,

valor inferior ao registado em 2009, de 52.675.297. Esta evolução negativa é explicada essencialmente pela

variação da Reserva de Reavaliação de -1.991.153 euros, bem como pelo resultado líquido do exercício de

2010 (inferior ao obtido no ano anterior)

A margem de solvência da Groupama Vida, de acordo com os cálculos efectuados para o QIS5, apresenta

um rácio de cobertura das responsabilidades de 129%, de acordo com os critérios actuais da Solvência I, o

rácio de cobertura das responsabilidades é de 246%.

25.2. Indicação para cada classe de capital em acções:

a) Quantidade de acções autorizadas;

Em 31 de Dezembro de 2010 a totalidade do capital da Companhia está representado por 3.000.000 de

acções nominativas de valor nominal de 5 euros.

b) Quantidade de acções emitidas e inteiramente pagas, e emitidas mas não inteiramente pagas

Como descrito em a) acima, o capital social da Companhia em 31 de Dezembro de 2010, era de 15.000.000

euros, integralmente realizado e representado por 3.000.000 de acções nominativas com o valor nominal de

5 euros cada. Todas as acções emitidas estão inteiramente pagas.

c) Valor ao par por acção, ou que as acções não têm valor ao par

Em 31 de Dezembro de 2010, o valor nominal de cada acção é de 5 euros.

d) Reconciliação da quantidade de acções em circulação no início e no fim do período

25.3. Identificação das quantias transaccionadas com os detentores de capital próprio, com

divulgação separada das distribuições a esses detentores de capital próprio.

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A legislação portuguesa aplicável ao sector segurador exige que a Reserva Legal, que não é passível de

distribuição, seja reforçada em pelo menos 10% do lucro liquido anual, até à concorrência do capital social.

O resultado líquido do exercício de 2009 foi de 2.690.865 euros, desse montante foram distribuídos

dividendos que ascenderam ao valor de 2.421.778 euros, tendo o remanescente sido incorporado na

reserva legal.

NOTA 26. Reservas

26.1. Descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do capital próprio.

Reservas de reavaliação

As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de activos financeiros representam as mais e

menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da imparidade

reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores.

Reservas por impostos diferidos

Os impostos diferidos, calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos

activos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados

com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados

por contrapartida dos capitais próprios, nesta rubrica. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais

próprios decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda são posteriormente

reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas

que lhes deram origem.

Adicionalmente, esta rubrica engloba ainda os impostos correntes resultantes do reconhecimento de 40%

do imposto calculado, à data da transição para o novo plano de contas, sobre as valias não realizadas das

carteiras afectas com participação nos resultados, bem como o imposto sobre a variação do ano das

referidas valias das mesmas carteiras.

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Outras Reservas

Incluída na rubrica “Outras Reservas” temos a Reserva Legal que só pode ser utilizada para cobrir prejuízos

acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação Portuguesa, a reserva legal deve ser

anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital emitido.

Finalmente temos a Reserva SORIE onde estão contabilizados os ganhos e perdas actuariais relativos ao

Plano de Pensões da Companhia, em conformidade com a IAS 19.

Esta rubrica inclui ainda os prémios de emissão, de 10,6 milhões de euros, resultantes do aumento de

capital efectuado em 2009.

26.2. Descrição dos movimentos de cada reserva dentro do capital próprio de acordo com o modelo

de Demonstração de variações no capital próprio.

Ver mapa de demonstração de variações no capital próprio.

NOTA 27. Resultados por acção

27.1. Indicação das quantias usadas como numeradores no cálculo dos resultados por acção

básicos e diluídos e uma reconciliação dessas quantias com o lucro ou perda atribuível à entidade-

mãe para o período em questão.

O resultado por acção em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foi o seguinte:

(unidade: euros)

Pelo facto de não existirem situações que originam diluição, o resultado líquido por acção diluído é igual ao

resultado líquido por acção básico.

27.2. Indicação do número médio ponderado de acções ordinárias usado como denominador no

cálculo dos resultados por acção básicos e diluídos e uma reconciliação destes denominadores.

Ver nota 27.1.

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NOTA 28. Dividendos por acção

28.1. Indicação da quantia de dividendos reconhecida como distribuições aos detentores de capital

próprio durante período, e a quantia relacionada por acção.

No exercício de 2010, procedeu-se ao pagamento de dividendos de 436.653,27 euros, o que corresponde a

um dividendo bruto por acção de € 0,15.

28.2. Indicação da quantia de dividendos proposta ou declarada antes de as demonstrações

financeiras serem aprovadas mas não reconhecida como distribuição aos detentores de capital próprio durante o período, a quantia relacionada por acção, e a quantia de qualquer dividendo

preferencial cumulativo não reconhecido.

Relativamente aos resultados líquidos obtidos no exercício, no montante de 1.253.925,66 euros, o Conselho

de Administração propôs à Assembleia-Geral, a seguinte distribuição:

• Reserva Legal: € 125.392,57

• Distribuição de Dividendos: € 436.653,27

• Resultados Transitados: € 691.879,82

O Dividendo bruto por acção será de € 0,15.

NOTA 29. Transacções entre partes relacionadas

29.1. Indicação do nome da empresa-mãe e da empresa-mãe do topo da Companhia

A empresa mãe do topo da Companhia é a Groupama, SA, com sede em França, a qual detém 100% do

capital social da Companhia.

29.2. Descrição do relacionamento entre empresas-mãe e filiais

Ver nota 7.

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29.3. Indicação da remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo

planeamento, direcção e controlo, de forma directa ou indirecta, incluindo qualquer administrador

(executivo ou outro), no total e para cada uma das categorias de benefícios de empregados de curto

prazo, benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo prazo, benefícios de cessação de

emprego e pagamento com base em acções.

Os montantes acima indicados incluem as seguintes verbas relativas ao Administrador-Delegado da

Companhia:

• Remunerações: 176.023 euros (2009: 152.996 euros)

• Responsabilidades por serviços passados Fundo de Pensões: 113.312 euros (2009: 103.310

euros).

Existe também um empréstimo concedido a um membro do Concelho de Administração, no montante de

5.054 euros.

Encontra-se registado nas contas um proveito de 2.328 euros relativo a rendas de um imóvel alugado a um

Administrador.

A remuneração do Revisor Oficial de Contas em 2010 foi de 61.945 euros (valor sem IVA), sendo este

montante referente à emissão da Certificação Legal das Contas, emissão de relatórios prudenciais exigidos

pelo ISP e emissão de inter- Office para a consolidação com a Casa-mãe.

29.4. Indicação, no caso de ter havido transacções entre partes relacionadas, da natureza do

relacionamento existente, assim como, relativamente às transacções e saldos pendentes, a

informação necessária para a compreensão do respectivo efeito potencial nas demonstrações

financeiras:

As operações intra-grupo desenvolvidas durante o exercício de 2010, foram-no com a Groupama, SA, a

Groupama Seguros, SA e o Groupama Asset Management.

Com a Groupama SA temos as operações de resseguro, com a Groupama Seguros, SA as operações

internas relacionadas com a utilização comum de espaço, de meios humanos e materiais, nomeadamente

rendas dos imóveis ocupados pela Companhia.

Por outro lado a gestão de investimentos é feita em França, numa empresa do grupo, a Groupama Asset

Management.

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Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o montante global dos activos e passivos da Companhia que se

referem a operações com partes relacionadas, resume-se como segue:

A diferença de custos com a Groupama SA refere-se à existência, apenas em 2009, de juros pagos de

empréstimos subordinados, liquidados ainda nesse ano.

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NOTA 30. Demonstração de fluxos de caixa

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NOTA 31. Compromissos

31.2. Descrição geral dos acordos de locação significativos do locatário incluindo:

Viaturas:

Em 31 de Dezembro de 2010 estavam em vigor diversos contratos de locação operacional de viaturas,

tendo total de rendas pagas ascendido a 77.818 euros (2009: 48.466 euros).

Equipamento informático:

O total de rendas no exercício de 2010 relativo a contratos de locação operacional para fornecimento de

equipamento informático, com e sem assistência técnica, atingiu os 126.789 euros (2009: 110.653 euros).

No exercício de 2010 estava ainda em vigor um contrato de prestação de serviços de cópia destinado a

equipar a Sede e as agências, de impressoras a laser, sendo o montante total das rendas de 51.595 euros

(2009: 41.058 euros).

a) A existência e termos de renovação ou de opções de compra e cláusulas de escalonamento;

Não existem cláusulas de renovação ou opções de compra.

34. Elementos extra-patrimoniais

34.3. Valor dos activos dos fundos de pensões geridos pela empresa de seguros explicitando os

relativos aos fundos em que se garante um rendimento mínimo.