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FICHA DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA GRUAS MÓVEIS ID: FPS 56 Edição: 01 Data: 2007-10-19 FPS 56 - Gruas Móveis Ed01 1/6 1 CARACTERIZAÇÃO Este procedimento fornece informações gerais sobre medidas de prevenção a adoptar na utilização de gruas do tipo móvel. No entanto, a generalidade das regras básicas de segu- rança adiante apontadas são comuns aos equipamentos móveis de elevação de cargas, quer tenham ou não lança telescópica e se movam sobre lagartas ou pneus. 2 RISCOS MAIS FREQUENTES Tombo e Capotamento: O tombo da máquina, pode ser considerado como sendo o risco a merecer a maior atenção por parte dos manobradores e responsáveis da operação de movimentação das cargas. São apresentadas algumas das situações que podem provocar este risco: A grua deverá estar nivelada e sempre que possível localizada em plano horizon- tal. O controlo do nivelamento pode ser efectuado com um nível, e com a lança orientada nos dois sentidos. O diagrama de cargas da grua considera a máquina nivelada. Com efeito, se a grua não se encontrar instalada num plano horizontal, o alcance altera-se em função do declive da superfície de apoio, deturpando as condições previstas de utilização do diagrama de cargas.

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FICHA DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA

GRUAS MÓVEIS

ID: FPS 56

Edição: 01

Data: 2007-10-19

FPS 56 - Gruas Móveis Ed01 1/6

1 CARACTERIZAÇÃO

Este procedimento fornece informações gerais sobre medidas de prevenção a adoptar na utilização de gruas do tipo móvel. No entanto, a generalidade das regras básicas de segu-rança adiante apontadas são comuns aos equipamentos móveis de elevação de cargas, quer tenham ou não lança telescópica e se movam sobre lagartas ou pneus.

2 RISCOS MAIS FREQUENTES

− Tombo e Capotamento:

O tombo da máquina, pode ser considerado como sendo o risco a merecer a maior atenção por parte dos manobradores e responsáveis da operação de movimentação das cargas. São apresentadas algumas das situações que podem provocar este risco:

• A grua deverá estar nivelada e sempre que possível localizada em plano horizon-tal. O controlo do nivelamento pode ser efectuado com um nível, e com a lança orientada nos dois sentidos.

• O diagrama de cargas da grua considera a máquina nivelada. Com efeito, se a grua não se encontrar instalada num plano horizontal, o alcance altera-se em função do declive da superfície de apoio, deturpando as condições previstas de utilização do diagrama de cargas.

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• Alteração gravosa das condições de estabilidade durante a movimentação da car-ga, quer concorram individual ou cumulativamente, por exemplo:

− Por aumento da extensão da lança, diminuindo a sua capacidade de car-ga.

− Por rotação para o sentido transver-sal de uma carga elevada no sentido longitudinal, se a tabela de carga da grua for diferente nas duas direc-ções.

− Por não nivelamento adequado da máquina.

− Por inoperacionalidade dos disposi-tivos de limitação de carga.

− Esmagamento;

− Entaladela;

− Cortes;

− Atropelamento;

− Queda de objectos

− Colisão;

− Incêndio;

− Queda em Altura;

− Electrocussão;

− Ruptura / desprendimento dos cabos ou condutores a traccionar:

− Afogamento (no caso de travessias de vias fluviais);

3 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

3.1 Medidas de carácter geral

− Efectuar uma verificação do estado dos órgãos de segurança da grua antes da sua entrada em funcionamento na obra.

− Diariamente o manobrador deverá também efectuar verificações dos elementos dos sistemas de elevação da carga, da suspensão da lança, da giratória, assim como do estado geral do equipamento.

− O manobrador manterá os vidros da cabine sempre limpos e desembaciados de modo a ter a melhor visibilidade possível. Pelo mesmo motivo se desaconselha a coloca-ção nas superfícies transparentes da cabine de autocolantes ou outros elementos que originem "ângulos mortos" de visão.

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− Antes da movimentação consultar o diagrama de cargas específico do equipamento tendo em conta o ponto mais desfavorável da movi-mentação.

− A generalidade dos diagramas toma como peso próprio o equipamento simples da lança, isto é, conside-ram incluídos no peso a elevar os eventuais ganchos adicionais, os estropos, os balancés, as pinças de movimentação dos perfis, etc. Quando se trabalha nos limites do equipamento, nomeadamente com o "gibb" montado, deve-se ter mui-ta atenção a estas sobrecargas, que embora relativamente peque-nas em valor absoluto podem ser suficientes para desequilibrar a grua.

− Na maior parte das gruas e nomeadamente nas gruas de lança telescópica, o que vulgarmente condiciona a carga não é a estabilidade do equipamento mas sim a resistência dos materiais. Avaliar a carga "pesando-a" com a grua é, pois, além de tudo, uma manobra que pode induzir em erro.

− Instalar as gruas de modo a reduzir os riscos de as cargas colidirem com os traba-lhadores, balançarem perigosamente, caírem ou soltarem-se inadvertidamente;

− Implantar a grua respeitando os seguintes requisitos: • estabilidade do terreno (os mate-

riais utilizados para aumentar a superfície de apoio no solo deve-rão, eles mesmo, ser suficiente-mente resistentes para suportarem a solicitação feita pela "sapata");

• visibilidade dos locais de operação;

− Os estabilizadores devem estar totalmente desenvolvidos e com os rodados no ar. As sapatas devem apoiar horizontalmente.

− Garantir que o gancho de içar e arrear materiais terá obrigatoriamente patilha de segurança;

− Vigiar permanentemente as operações de elevação de cargas suspensas, a não ser que seja impedido o acesso à zona de perigo e a carga esteja fixada e conservada em suspensão com total segurança;

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− Garantir que as gruas apenas icem ou arrolem cargas exclusivamente na vertical;

− Quando a estabilização for feita junto de um talude não entivado guardar uma dis-tância conveniente ao coroamento do talude de modo a que a sobrecarga adicional não provoque o aluimento do terreno;

− Gerir o programa de trabalhos de modo que a generalidade da exploração das gruas, seja feita com estas colocadas em zona de não interferência. Sempre que as gruas se situam em rota de colisão, tem prioridade na continuação da manobra:

• a grua já em circulação; • a grua que transporta a carga.

− Executar e manter actualizada a ficha de verificação/manutenção da grua;

− Garantir que as gruas apenas sejam manobradas por operadores especializados (terão que ser apresentados certificados dos manobradores);

− Em caso de vento forte, que faça perigar a estabilidade da grua ou da carga, arrear de imediato, desengatar a carga e recolher a lança;

− Assegurar-se que todas as pessoas que acedem à plataforma da grua ou à sua cabina o fazem pelas escadas de acesso e não por outro lado;

− Garantir que os cabos, correntes, lingas ou estropos e outros acessórios estão e manter-se-ão em bom estado;

Exemplos de acessórios de elevação de cargas em mau estado

− Garantir que, caso seja necessária sinalização de manobra, esta será efectuada com auxílio de um "sinaleiro" que, através de gestos convencionais ou por via rádio, dará as indicações precisas ao manobrador (ver FPS 47 – Sinalização Gestual).

− Usar os EPIs determinados para o condutor/manobrador;

− Manter um extintor de pó seco na cabina.

− O deslocamento da grua deverá ser sempre feito com a lança recolhida e baixa e ainda com o gancho do cadernal engatado no olhal próprio.

− No trabalho nocturno, todo o percurso da carga deverá estar iluminado, assim como deverá existir na ponta da lança um indicador luminoso de posição com caracterís-ticas tais que não se confunda com outro tipo de iluminação.

− Na montagem de iluminação dever-se-á ter o cuidado de não criar pontos de luz que possam ofuscar o manobrador. Nomeadamente, em edifícios em altura, o bordo da cobertura ou lage superior deverá estar bem iluminado, mas com iluminação tangencial, de modo a que, em caso algum, provoque o ofuscamento, mesmo que momentâneo, do manobrador.

− Periodicamente e após acidente ou reparação que envolva elementos estruturais ou de segurança, a grua deverá ser alvo de uma verificação profunda para avaliar o seu estado de conservação e funcionamento.

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3.2 Protecção de Obstáculos com auxílio a gruas móveis

− Com a antecedência necessária em relação ao início dos trabalhos, serão levanta-das travessias e cruzamentos sobre os diferentes obstáculos a transpor ao longo do traçado da linha onde se preveja a utilização de gruas móveis em detrimento de estruturas metálicas.

− Por razões em que se preveja a utilização de gruas móveis em detrimento de estru-turas metálicas como:

• Cruzamento com linhas aéreas • Cruzamento com linhas com de caminho de ferro • Travessia de Estradas • Travessia de Edifícios • Travessias de terrenos privados cultivados ou com passagem frequente de

pessoas deverão aplicar-se todas as medidas de segurança referidas na IO-149 EQCT e na FPS05 – Trabalhos próximos de instalações em tensão.

− As gruas móveis utilizadas como protecções serão devidamente dimensionadas e ficarão estacionadas num ou nos dois lados do obstáculo a proteger, sendo que sempre que se necessite de mais do que uma grua móvel, as mesmas deverão ser colocadas em lados opostos ao obstáculo. As lanças da grua ou das gruas serão iça-das de forma a ficarem por cima do obstáculo a proteger, servindo de ponto de apoio às cordas e posteriormente aos cabos, garantindo assim a distância de segu-rança.

Exemplos de utilização de gruas móveis para protecção de obstáculos

− As protecções com recursos a gruas móveis, serão providas de um bailéu, onde se encontrará uma pessoa e uma roldana semelhante à que é colocada no poste, mon-tada da parte de fora do bailéu;

− A pessoa colocada dentro do bailéu terá obrigatoriamente de estar munida de um sistema anti-quedas que se fixe ao gancho da grua;

− A pessoa colocada dentro do bailéu terá como funções orientar o manobrador da grua de forma a garantir que a distância das cordas / tensores se encontrem garan-tidas e verificar a passagem dos cabos na roldana. Encontrar-se-á munida de rádio de forma a contactar directamente com os operadores de Freio / Guincho ou Encar-regado, quando necessário .

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4 EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

− Capacete de protecção (fora da cabina de condução);

− Luvas de protecção mecânica (esporádicas);

− Botas de protecção mecânica

− Colete reflector