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Grupo Espírita Francisco de Assis – GEFA DCSE - Departamento de Comunicação Social Espírita =Equipe Organizadora de Cursos

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Grupo Espírita Francisco de Assis – GEFA DCSE - Departamento de Comunicação Social Espírita

=Equipe Organizadora de Cursos

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO 1 – A TAREFA 01 2 – NORMATIZAÇÃO 01 3 – PREPARAÇÃO PARA O ATENDIMENTO FRATERNO 02 3,1 – Informações Necessárias à Equipe 02 3.2 – Requisitos para Membros da Equipe 02 3.3 – Hierarquia das Necessidades Humanas 02 4 – ETAPAS DO ATENDIMENTO 04 5 – A EQUIPE DE TRABALHO 04 5.1 – Composição 04 5.2 – Coordenador 04 5.3 – Recepcionista 05 5.3.1 – Conceito de Recepção 05 5.3.2 – Procedimentos do Recepcionista 06 5.3.3 – Conversação 06 5.3.4 – Recomendações aos Recepcionistas 06 5.3.5 – Características do Recepcionista 06 5.4 – Entrevistadores 07 5.4.1 – Entrevistas: Conceito e Tipos 07 5.4.2 – A Entrevista no Atendimento Fraterno 07 Empatia 08 Procedimentos 08 5.4.3 – Recomendações ao Entrevistador 10 a – Seleção de Informações 10 b – Discrição 10 c – Triagem 10 d – Saber Ouvir 10 e – Aceitação 11 f – Harmonia 11

Orientações para o Entrevistador 11 5.4.4 – Critérios para Encaminhamento 13 Lembretes Importantes 14 5.4.5 – Entrevistas Complementares 15 5.4.6 – Resultados da Entrevista 15 5.4.7 – Condições de Trabalho 15 5.4.8 – O Atendido 16 6 – ACOMPANHAMENTO 18 6.1 – Recomendações 18 6.2 – Avaliações 18 7 – INTEGRAÇÃO 17 8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 17

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1 - A TAREFA

No desempenho de suas finalidades de ESCLARECER e CONSOLAR, Cen-tro Espírita é, ao mesmo tempo, uma escola e um núcleo de serviço, onde a aqui-sição de conhecimentos superiores e o trabalho em benefício do próximo se con-jugam, sob inspiração dos preceitos do Evangelho do Mestre. Afluem ao Centro Espírita pessoas impulsionadas pelos mais variados mo-tivos: desejo de conhecer o Espiritismo, curiosidade sobre os fenômenos mediúni-cos, necessidades de ordem material, revolta em razão da desencarnação de um ente querido, envolvimento com vícios de toda a ordem, problemas obsessivos, etc. Muitas dessas criaturas, após esgotados outros recursos, buscam a Casa Espírita para expor suas aflições, dificuldades e anseios. Na verdade, necessi-tam da própria Doutrina Espírita, que, com seus princípios renovadores, é capaz de viabilizar o processo de reforma íntima, objetivo de responsabilidade de cada um. Para o atendimento das criaturas que se aproximam do Centro Espírita – que, didaticamente, passaremos a denominar de visitantes ou assistidos – é necessária a formação de uma EQUIPE DE TRABALHADORES ESPÍRITAS, espe-cificamente treinados para essa tarefa – intitulada ATENDIMENTO FRATERNO ATRAVÉS DO DIÁLOGO ( AFAD ). Essa importante tarefa consiste em: a) receber fraternalmente a pessoa que busca o Centro Espírita, proporcionando-

lhe a oportunidade de expor livremente, em caráter privativo, suas dificulda-des;

b) Conceder-lhe, após isso, orientações e estímulos de que esteja necessitando, oferecendo-lhe, conforme o caso, noções doutrinárias espíritas que a faça me-lhor compreender suas dificuldades;

c) Encaminhá-la, posteriormente, às atividades do Centro Espírita mais adequa-das a suprir as suas necessidades.

“A palavra é vigoroso fio da sugestão”.

( PALAVRAS DE VIDA ETERNA – Emmanuel – Cap. 52 )

2 - NORMATIZAÇÃO

Toda tarefa do Centro Espírita deve obedecer a determinadas regras, a fim de que esteja em consonância com seus princípios administrativos-doutrinários e alcance objetivos específicos. No caso do ATENDIMENTO FRATERNO, é também fundamental que a sua normatização conste no Regimento Interno da Casa Espírita, devendo estar sob a direção ou coordenação de um Departamento ou Setor, conforme a estrutura administrativa adotada. O regimento e controle da atividade evitará situações desagradáveis e im-produtivas como: - criação de um trabalho autônomo ou paralelo; - desenvolvimento de uma tarefa em dissonância com os princípios administra-

tivos e doutrinários adotados pela Casa.

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É importante salientar que o ATENDIMENTO FRATERNO deverá ser apoiado e complementado por serviços prestados pelos diferentes Departamentos do Centro Espírita, exigindo um esforço de ampla integração. Essa integração terá como resultados positivos:

- uma maior união entre os trabalhadores em torno das finalidades do Centro Espírita;

- um atendimento mais global à criatura, considerada no seu todo como um ser bio-psico-sócio-espiritual.

“Quem se ilumina, recebe a responsabilidade de preservar a luz”.

( CONDUTA ESPÍRITA – André Luiz – Cap. 11 )

3 - PREPARAÇÃO PARA O ATENDIMENTO 3.1 – Informações Necessárias à Equipe As pessoas interessadas em desenvolver as atividades do ATENDI-MENTO FRATERNO no Centro Espírita comporão uma EQUIPE DE TRABALHO, sendo imprescindível a cada um de seus integrantes possuir básico conhecimento evangélico-doutrinário¸ além de receber informações quanto: 1. às normas do Centro Espírita em que atua; 2. à estrutura administrativa e funcional da Instituição; 3. aos procedimentos básicos referentes ao Serviço de Atendimento Fraterno; 4. à importância e a adequação da tarefa das finalidades da Casa Espírita; 5. a conhecimentos específicos que auxiliem no desempenho da tarefa, tais como

técnicas de recepção, práticas de entrevista e hierarquia das necessidades humanas;

6. à necessidade de uniformidade no atendimento, mediante o conhecimento e aplicação das diferentes ETAPAS da tarefa a ser desenvolvida ( Cap. 4 );

7. à necessidade de preparação da equipe, através da prece e leitura de um tre-cho evangélico antes do início dos trabalhos do dia.

O conjunto dessas informações constituirão, em sua essência, o treinamento prévio para a tarefa do ATENDIMENTO FRATERNO. 3.2 – Requisitos gerais para Membros da Equipe

1) Possuir básico conhecimento doutrinário complementado por vivências de TRABALHO EM GRUPO, adquiridas em participações efetivas nos Es-tudos da Doutrina Espírita.

2) Estar efetivamente integrado nas atividades da Casa Espírita. 3) Possuir conduta moral-evangélica que inspire confiança e respeito. 4) Demonstrar senso de responsabilidade ( assiduidade, pontualidade e

senso do dever ). 5) Ser solidário para com as pessoas. 6) Vivenciar paciência, ponderação, equilíbrio e trato fraterno. 7) Possuir capacidade de ouvir e de dialogar.

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8) Abster-se do álcool e fumo. 9) Ter participado do TREINAMENTO PRÉVIO. 10) Ter conhecimento da tese da hierarquia das necessidades humanas.

3.3 - Hierarquia das Necessidades Humanas O Espiritismo, Consolador Prometido por Jesus, sustenta a primazia da re-forma moral do homem. Contudo, considerando a sua condição de ESPÍRITO ENCARNADO, reconhece que não pode fugir das contingências do ambiente físico e social em que vive, por necessidades evolutivas. Abraham Maslow, conceituado psicólogo humanista, em seu livro “Motivation and Personality”, formulou sua conhecida tese da hierarquia de necessidades huma-nas. Essas necessidades seriam desdobradas em cinco níveis, da seguinte for-ma: 1) necessidades fisiológicas – ( ar, comida, repouso, vestuários, etc... ); 2) necessidade de segurança – ( moradia, proteção contra o perigo ou privação ); 3) necessidades sociais – ( amizades, inclusão em grupos, etc... ); 4) necessidade de estima – ( amor, reconhecimento, auto-respeito, etc... ); 5) necessidades de auto-realização - ( realização do potencial, utilização plena dos talentos individuais, etc... )

Os três primeiros níveis resumem-se nas denominadas NECESSIDADES PRI-MÁRIAS do homem. Os níveis mais altos constituem suas NECESSIDADES SECUNDÁRIAS.

Auto-Realização Secundárias

Estima Primárias

Necessidades Sociais

Necessidades de Segurança

Necessidades Fisiológicas

Pirâmide da Hierarquia das Necessidades Humanas

A Instituição Espírita, como escola de aperfeiçoamento espiritual e moral, deve atender às necessidades ( dentro de sua realidade ) das pessoas que buscam orientação e amparo. Pergunta reflexão: A Casa Espírita deve atender às necessidades primárias ou secundárias

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A resposta é óbvia: as NECESSIDADES SECUNDÁRIAS, em particular as de auto-realização que, segundo Maslow, produzem resultados subjetivos mais de-sejáveis, isto é, serenidade e riqueza de vida interior. Considerando as péssimas condições sócio-econômicas de expressivos con-tingentes de brasileiros, o Centro Espírita não poderá desprezar as necessidades primárias, ainda que atendê-las não seja a sua finalidade básica. Isto porque, conforme Maslow expressa de maneira adequada e simples, “quando as necessi-dades primárias ( alimento, repouso, moradia ) são atendidas, necessidades mais elevadas como auto-estima e auto-realização surgem em seu lugar”. O membro da Equipe do ATENDIMENTO FRATERNO não pode prescindir dessa visão, para poder avaliar corretamente o nível de necessidades apresentado pelo visitante ou assistido que busca a Casa Espírita.

“Dar atenção e carinho aos corações angustiados e sofredores, sem falar ou agir de modo a humilhá-los em

suas posições e convicções, buscando atender-lhe às necessidades físicas e morais dentro dos recursos ao nosso alcance”.

4 – ETAPAS DO ATENDIMENTO

Cada Centro Espírita, conforme as disponibilidades de horários, os espaços físicos, a quantidade de trabalhadores predispostos à tarefa e o número de pes-soas ( interessadas em serem atendidas ), sempre por livre e espontânea vontade, deverá definir, para cada atendido, as diferentes ETAPAS DO ATENDIMENTO FRATERNO. Basicamente são quatro as ETAPAS DO ATENDIMENTO: 1 ) Recepção 2 ) Entrevista Inicial 3 ) Acompanhamento – Entrevistas complementares 4 ) Integração. Resumindo, temos: O Atendimento Fraterno Através de Diálogo ( AFAD ), é um serviço pres-tado pela Instituição Espírita, POR ETAPAS, sempre com o consentimento do a-tendido, com o objetivo de ESCLARECER e CONSOLAR as pessoas que o buscam, procurando solucionar dúvidas, anseios ou aflições, em nome do amor fraternal e segundo as disponibilidades de horários, espaços físicos e recursos huma-nos.

“A fraternidade pura é o

mais sublime dos sistemas de relações entre as almas”.

( Pão Nosso – Emmanuel – Cap. 141 ).

“Quanto mais luz, mais possibilidades de iluminação”.

( CONDUTA ESPÍRITA – André Luiz – Cap. 24 ).

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5 – A EQUIPE DE TRABALHO

5.1 – Composição

A Equipe de Trabalho do ATENDIMENTO FRATERNO é composta pelo seu COORDENADOR, RECEPCIONISTAS E ENTREVISTADORES.

Coordenador Equipe de Trabalho Recepcionistas

Entrevistadores 5.2 – Coordenador

Atribuições do Coordenador: 1) Organizar a tarefa, estabelecendo dias, horários e locais de atendi-

mento. 2) Definir e distribuir tarefas aos membros da Equipe, assessorando nas

eventuais dificuldades surgidas. 3) Acompanhar e avaliar o trabalho desenvolvido, mantendo a direção

do Departamento ou Setor a que estiver vinculado o serviço de A-TENDIMENTO FRATERNO devidamente informado do curso das ati-vidades.

5.3 - Recepcionistas 5.3.1 – Conceito de recepção RECEPÇÃO é o ato ou efeito de receber ou acolher pessoas.

A boa recepção consiste na valorização integral de quem chega, medi-ante fraterna acolhida.

Nesse sentido: Recepcionar é acolher com atenção e carinho. 5.3.2. – Procedimentos do Recepcionista

O Recepcionista, após fraterna apresentação, estabelecerá uma conversação com o visitante, objetivando conhecer o motivo da visi-ta, o que consiste, em última análise, num levantamento das neces-sidades da pessoa que chega à Casa Espírita. Nesse contato inicial será fundamental transmitir ao visitante que o Centro Espírita é um núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita. Igualmente, é importante informar-lhe os objetivos e dinâmica do ser-viço do ATENDIMENTO FRATERNO, enfatizando que a livre vontade do visitante sempre será preservada. Conhecidas as necessidades do visitante, o Recepcionista, no proces-so do encaminhamento da pessoa, terá duas opções:

1) apurada a necessidade de assistência espiritual, a pessoa terá

agendada uma entrevista inicial;

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2) não constatada a necessidade de assistência espiritual, o visitante, se assim o desejar, será encaminhado para a participação em Grupo de Estudo-Sistematizado da Doutrina e/ou para outro setor específico da Casa Espírita em que possa comprovadamente cola-borar.

APRESENTAÇÃO

ENCAMINHAMENTO

ENTREVISTA INICIAL SETOR DE ESTUDO E/OU TRABALHO

Carências materiais, serão atendidas pelos setores específicos da Casa Es-pírita, como a sopa fraterna, o serviço de roupeiro, assistência à família carente, mutirões, creches, oficinas de trabalho, agenciamento médico, odontológico e de empregos, etc. Se a Casa Espírita não dispuser de tais atividades, deverá encaminhar o necessitado para outras instituições especializadas, com as quais mantenha ou possa manter convênios. 5.3.3 – Conversação

A conversação é o instrumento de trabalho do Recepcionista. Por is-so, teceremos algumas considerações sobre sua dinâmica.

A palavra falada faculta a compreensão entre as pessoas e transmis-são, uns aos outros, de uma série de idéias, sentimentos e intenções que informam, ajudam, esclarecem e consolam. Isto é tão importante na vida cotidiana, que Jonathan Swift, o autor da conhecida obra “Viagens de Gul-liver”, relacionou os onze quesitos que dificultam a arte de bem conversar: 1) a desatenção de quem ouve; 2) o mau hábito de interromper e de falar no mesmo tempo; 3) a precipitação de mostrar que se tem espírito ou cultura; 4) o egoísmo; 5) a vontade de querer dominar a conversa e o assunto; 6) o modo pretensioso ou vaidoso no falar; 7) a falta de seguimento na conversa; 8) o vício de sempre querer fazer graça; 9) o espírito de contradição; 10) a falta de calma na apresentação de argumentos, 11) trazer à baila assuntos pessoais em detrimento dos da ordem geral.

Se o Recepcionista conseguir superar essas imperfeições, já é um fato

importante no ato de bem acolher. O não saber ouvir é um defeito gravís-

CONVERSAÇÃO - conhecer o verdadeiro motivo da visita

( levantamento de necessidades )

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simo. Saber ouvir talvez seja mesmo mais difícil do que saber dizer. O simples fato de ouvir concede ao interlocutor força e estímulo para que ele, por sua vez, exponha com mais facilidade os motivos que tenha em mente.

É necessário lembrar ainda que o visitante precisa de um tempo psico-lógico para superar naturais retratações e constrangimentos. Quem o re-cebe deve se dispor a conversar com ele, de maneira informal e esclarece-dora, superando o momento inicial.

5.3.4. – Recomendações aos Recepcionistas

1) É importante que o Recepcionista esteja identificado por meio de um crachá e se localize nas proximidades da porta principal da Casa Espíri-ta.

2) Todo aquele que chega à Instituição Espírita, ainda que motivado por necessidades primárias, conscientes ou não, deve ser recebido tal como se apresenta.

3) Preparado e atencioso, o Recepcionista será a pessoa sensível e benevo-lente para com todos, que não se compraz em descobrir os defeitos dos outros ou pô-los em evidência.

4) O Recepcionista será solícito para ajudar sempre, tendo uma nítida vi-são sistêmica do serviço de ATENDIMENTO FRATERNO, dos objetivos da Casa Espírita e da Doutrina Espírita.

“No teu atendimento fraternal, jamais olvides de

que é em nome de JESUS que socorres os padecentes do caminho, razão para que não te vincules à desatenção,

à negligência ou à soberba, quando a SEU serviço”. ( CORRENTEZA DE LUZ – Espírito Camilo – Cap. 26 )

5.3.5 – Características do Recepcionista

Do exposto acima, depreende-se basicamente, que o recepcionista de-ve procurar esforçar-se em: a) ESTAR BEM INFORMADO para que possa encaminhar as situações que

se apresentam da melhor forma possível; b) SER GENTIL, já que a educação é uma das conseqüências do conheci-

mento espírita, para aquele que se esforça em praticá-lo; c) TER SEGURANÇA E TRANQUILIDADE pois muitos chegam aflitos e ca-

rentes de paz; d) SER ATENCIOSO E INTERESSADO a fim de detectar, de forma geral, as

reais necessidades para melhor encaminhamento; e) SER CLARO E OBJETIVO para que o recém-chegado compreenda as in-

formações; f) TER BOA APRESENTAÇÃO, procurando simplicidade no vestir, higiene

pessoal, etc... 5.4 - Entrevistadores 5.4.1 – Entrevistas: conceito e tipos

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A entrevista, genericamente considerada, é um diálogo entre duas ou mais pessoas, em local predeterminado. A pessoa atendente denomina-se Entrevistador, e a pessoa atendida En-trevistado.

O Entrevistado comparece à entrevista movido por sua própria von-tade, ou, em alguns casos, por imposição de vontade alheia, reagindo com aceitação ou não, sempre na dependência da natureza da imposição exerci-da.

Logo temos: Consentida Entrevista (Entrevistado é movido por sua vontade)

com acei-tação Por imposição de vontade alheia sem acei-tação São os seguintes os tipos de entrevistas: 1) Entrevistador necessita de ajuda do Entrevistado:

São as entrevistas concedidas para obtenção de informações de interesse do Entrevistador, que poderá ser, por exemplo, um jornalista, um historiador, um pesquisador, etc.

2) Entrevistado necessita de ajuda do Entrevistador:

Nestes casos, o entrevistado necessita de ajuda, de auxílio, de orientação para si próprio.

5.4.2 – A entrevista no Atendimento Fraterno Características

A entrevista neste Atendimento é um diálogo fraterno e se caracte-riza por ser um instrumento de ajuda ao Entrevistado. Constitui-se na etapa subseqüente para aqueles casos agendados e enca-minhados pela Recepção e nos quais foi detectada a necessidade de Assis-tência.

Em face de inúmeras significações, é imprescindível definir o alcance do termo “ajuda” nesse diálogo fraterno:

- “Ajuda” é o fato de o Entrevistador capacitar o Entrevistado a sentir, reco-nhecer e decidir sobre a mudança de seu comportamento, sua concepção da vida, passando a adotar os princípios da filosofia espírita e, em conse-qüência, melhorando seu modo de viver.

A “ajuda” também se caracteriza como tomada de providências reais no sentido de conceder auxílios materiais ao necessitado, o que será realizado pelos serviços de ação social alternativamente sustentados pela Casa Espí-rita. Outro aspecto a ser considerado é evitar a palavra “problema”, principal-mente na entrevista inicial. O termo não deve ser usado porque:

- o Entrevistado pode não ter um problema;

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- o Entrevistado ainda não pensou “nisso” como um problema, chocando-se; - a palavra em si é “pesada”, gerando estigmas no seu efeito psicológico.

Empatia é a capacidade mental de vivenciar os pensamentos e sentimentos de outra pessoa, como se em seu lugar estivesse. No ATENDIMENTO FRATERNO, o Entrevistador possuindo essa capacida-de, tenta captar o material psíquico do Entrevistado, bem como sua filosofia de vida. Procurará pensar e sentir como o Entrevistado, repelindo qualquer tipo de censura, pois somente assim poderá compreendê-lo e ajudá-lo. Nas entrevistas do ATENDIMENTO FRATERNO, o comportamento do En-trevistador deverá criar uma atmosfera de confiança, onde o assistido se sinta respeitado, podendo efetivamente defrontar-se consigo mesmo, sentir valorizados seus pensamentos e sentimentos. Em hipótese nenhuma, o Entrevistador agirá com imposição de idéias ou práticas de vida. O verdadeiro interesse pelo atendido deve manifestar-se a favor dele, condição básica para que ele perceba a ajuda que lhe é ofertada. Por outro lado, o Entrevistador não poderá esquecer que o exemplo digno será a base para consolidar a confiança na tarefa de assistên-cia espiritual. Pela ação recíproca da confiança e da empatia no binômio Entrevista-dor/Entrevistado, esse último se sente compreendido e estimulado suficiente-mente a mudar seus referenciais íntimos. Procedimentos O Entrevistador Espírita, ouvindo o Atendido, deverá obter informações acer-ca de suas aflições, carências ou aspirações. Essas informações serão fundamen-tais para que o Entrevistador adquira uma percepção da realidade, e, em retor-no, preste esclarecimentos, consolo e orientação ao Entrevistado. Para atingir seu objetivo, o Entrevistado terá que compreender o interlocu-tor, como este pensa, sente e vê o mundo ao seu redor. Obterá informações que comporão a realidade do atendido e as conseqüentes necessidades a serem aten-didas. A entrevista de ajuda promovida pelo Serviço de Atendimento Fraterno prio-riza o fato e a necessidade de que a percepção da realidade também seja obtida pelo atendido, a propósito, um tipo de procedimento significativo e difícil, porém, fundamental.

PERCEPÇÃO DA REALIDADE ( identificar aflições, carências, aspirações )

“A paciência vive na base de todas as boas obras”.

(PALAVRAS DE VIDA ETERNA – Emmanuel – Cap. 77)

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OBTER INFORMAÇÕES ESCLARECER, CONSO-

LAR,

(ouvir o Entrevistado) ORIENTAR (Evangelho de

Je-

sus à luz da Doutrina Es-

pírita). Entrevistado ou Atendido ) Adquirida a percepção da realidade pelos participantes do diálogo fraterno, o passo seguinte será prestar informações que esclareçam, consolem e orientem o Atendido, em resumo, o procedimento da assistência espiritual. Tais informações estarão baseadas nos princípios fundamentais da Doutri-na Espírita, fazendo com que o Entrevistado compreenda a necessidade de uma mudança de comportamento ético-moral e anteveja uma nova filosofia de vida que estará fundamentada na necessidade imperiosa da educação, decorrente do processo gradativo de auto-iluminação e que terá, como conseqüência a felicidade da criatura. Além do esclarecimento, diante dos quadros de sofrimento apresentados, na maioria das vezes será necessário consolar, compreendendo-se que toda a consolação deverá ser ministrada com base no Evangelho de Jesus e jamais fun-damentada em concepções de ordem pessoal. Após esclarecer e consolar, será procedida a orientação. Será caracterizada por aconselhamento, elementos fundamentados na filosofia espírita que o Entrevistado não possui ainda, mas que deles necessita. Segue-se o encami-nhamento do Atendido a um ou mais setores de trabalho da Casa Espírita, con-forme as peculiaridades de cada caso, onde, por exemplo, serão ministrados pas-ses, vivenciados procedimentos de desobsessão ou providenciada sua integração ao estudo sistematizado da Doutrina Espírita, sempre respeitando o livre-arbítrio da pessoa, que poderá aceitar ou não os diversos procedimentos de ajuda.

ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL:

ESCLARECIMENTO CONSOLAÇÃO ACONSELHAMENTOS ORIENTAÇÃO

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ENCAMINHAMENTO 5.4.3. – Recomendações ao Entrevistador

a) Seleção de informações: No Processo da entrevista, em que um volume expressivo de informações pode ocorrer, torna-se necessário selecionar apenas as mais importantes, para que o resultado da entrevista seja eficiente.

b) Discrição: A discrição é fator importante no Atendimento Fraterno. É necessário evitar que o Atendido se sinta constrangido a revelar situações que pretenda ocul-tar, todo o “desabafo” deverá acontecer de forma espontânea. Por outro la-do, o Entrevistador terá que proceder de forma reservada e prudente, evi-tando curiosidades.

c) Triagem: Durante a entrevista será feita uma triagem, pois, pelo contato pessoal, se-param-se os casos que demandam assistência espiritual das questões fúteis ou, principalmente, daquelas que impõem prioritariamente pro-cedimentos médicos.

d) Saber ouvir: A capacidade de ouvir resume-se em manter atenção plena. Ouvir efetiva-mente o que está sendo dito pelo Entrevistado. Devem ser considerados o tom de voz usado, os gestos empregados e até o que se diz implicitamente. Ouvir, pois, não só com os ouvidos, mas também com os olhos, com o coração e com a mente.

A predisposição para ouvir alguém dependerá de fatores físicos e de fato-res mentais.

Consideram-se fatores físicos: a temperatura; os ruídos; a iluminação; o meio ambiente; as condições de saúde; as deficiências auditivas; outros.

Consideram-se fatores mentais: As influências espirituais; A indiferença

Quando o Entrevistador conseguir repetir com suas palavras o que disse o Entrevistado e, descrever os senti-mentos expressos, então, efetivamente, existe uma grande probabilidade de que o Entrevistador tenha ouvido e com- preendido o Entrevistado.

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A impaciência; O preconceito; A preocupação; A soberba; Outros.

É importante que os fatores que dificultam o ato de ouvir alguém sejam e-liminados, ou, pelo menos, reduzidos ao máximo.

e) Aceitação

O Entrevistador deve desenvolver a capacidade de aceitação. Re-sume-se em tratar o Entrevistado como um igual, considerando seus pen-samentos e sentimentos com sincero respeito, o que não significa valorizar o que ele valoriza. Também não significa concordar ou discordar dele. O Entrevistador não julga o Entrevistado, muito menos solicita que ele pen-se ou se comporte segundo um paradigma por ele projetado. Viabilizamos um erro de comunicação ao definirmos as pessoas conforme um modelo in-dividual. É preciso compreender que todos somos diferentes uns dos outros e que todos somos Espíritos em diferentes graus de evolução.

f) Harmonia

E verdade, o papel do Entrevistador é funcionar de forma semelhante

a um espelho, ou seja, mostrar ao Entrevistado exatamente o que ele lhe revelou. Para que isso seja viável, é necessário desenvolver uma habili-dade para entrar no mundo íntimo de alguém e criar um vínculo de rela-cionamento fácil – a harmonia. PARA CONSEGUIR-SE HARMONIA É IMPORTANTE COMUNICAR-SE. A essência da comunicação bem sucedida é o grau de harmonia que se consegue atingir no processo comunicativo.

“A Seara de Jesus pede trabalhadores decididos a auxiliar”.

(CONDUTA ESPÍRITA – André Luiz – Cap. 20 )

Orientações para o Entrevistador I) Falar sobre a necessidade da disciplina mental e da prece como forças posi-

tivas que protegem a saúde. O Entrevistador deve lembrar-se sempre que o Atendimento Fraterno não é doutrinação e por isso não deve provocar cons-trangimento ao Entrevistado.

II) Responder com segurança doutrinária e sem vacilações, dando a cada caso a orientação inicial que for adequada, à luz do Espiritismo e do Evangelho.

III) Fazer colocações simples e ligeira de postulados espíritas no que for neces-sário.

IV) Auxiliar com simplicidade, sem demonstrações de personalismo, de preten-sa superioridade e sem a presunção de tudo resolver.

V) Evitar comparações descaridosas ou entrar no terreno meramente pessoal.

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VI) Não trazer à tona falhas, vícios ou problemas de sexo dos Entrevistados. VII) Nunca entrar no campo de discussões estéreis ou em contendas política,

religiosa, doutrinária, esportiva, racial. VIII) Não fazer, de modo algum, revelações, expondo o Entrevistado a graves

preocupações desnecessárias e extemporâneas. IX) Não dar ciência ao Entrevistado: a) de informações obtidas nas reuniões

mediúnicas; b) de percepção ou vidência de espíritos junto a ele.

X) Não pedir ao Entrevistado qualquer cooperação financeira ou donativos em espécie para a Casa Espírita ou suas obras assistenciais e, muito menos, para outras instituições.

XI) Não decidir pelo Entrevistado, nas suas questões pessoais ou íntimas. XII) Não prometer curas nem soluções miraculosas para os problemas físicos

ou espirituais, mas despertar e encorajar a fé no amor de Deus, no Cristo, na ajuda dos Bons Espíritos e em si mesmo.

XIII) Não interferir em decisões médicas ou troca de facultativos, caso o Entre-vistado esteja em tratamento médico; se não estiver e houver problema físi-co, sugerir que procure o médico da confiança do Entrevistado.

XIV) Nunca sugerir remédios, mesmo caseiros, ou chás de ervas e também a medicina alternativa a exemplo da homeopatia. Devemos sempre lembrar que o trabalho é de “assistência espiritual”.

XV) Assegurar ao Entrevistado de que a disposição da Casa é prestar-lhe o au-xílio espiritual fraterno possível. Explicar que, atendendo à orientação espi-ritual e se esforçando na direção do bem, conseguirá entender a causa de seus problemas e superá-los ou, ao menos, encontrar alívio ou forças para suportá-los.

XVI) Explicar que a caridade deve começar no lar. Esclarecer que os desajustes familiares deverão ser corrigidos com amor e perdão.

XVII) Dialogar sobre o motivo da harmonia através de pequenas coisas, tais como o cumprimento das obrigações diárias com alegria e otimismo. Recordar que um sorriso e uma palavra amiga não custam nada a ninguém. Estimu-lar sempre o otimismo para despertar o potencial psicológico do Entrevista-do.

XVIII) Esclarecer que a fé racional remove montanhas de dificuldades. Mostrar que todas as pessoas são iguais perante Deus e se houver confiança nas próprias forças o rumo dos acontecimentos poderá mudar.

XIX) Recomendar ao Entrevistado para simultaneamente com o trabalho espiri-tual, através dos Passes, fazer o exercício de “higiene mental” através de passeios em lugares onde haja contato com a natureza, procurando sentir Deus na criação e valorizar sua bondade.

XX) Conserva-se neutro na orientação sobre problemas sentimentais. Deverá, contudo, orientar ao Entrevistado para a necessidade de confiar em Deus, para decidir entre o coração e a razão.

XXI) Esclarecer que a freqüência regular à Casa Espírita é uma força de manu-tenção do benefício recebido do mundo espiritual, no entanto, evitar o pro-selitismo.

XXII) Lembrar sempre que o “trabalho de recuperação do corpo fundamenta-se na reabilitação do espírito”. Os Bons Espíritos realizam trabalhos de natu-reza científica, no campo da medicina espiritual, onde não há lugar para “milagres”.

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XXIII) O Entrevistador deve se conscientizar que muitas pessoas têm “mania de doença”, e através de formas-pensamentos negativos, cultivam as enfermi-dades e jamais encontrarão solução para o problema. Na realidade, trata-se de fenômenos psicológicos que poderão transformar-se em problemas fisio-lógicos. Geralmente essas pessoas promovem a automedicação por influên-cia de propaganda comercial, ou receita de leigos, trazendo mais desequilí-brios para a área psíquica com conseqüências graves para a economia or-gânica.

XXIV) Mesmo que existam sinais evidentes de mediunidade ostensiva ou dinâmi-ca, jamais dar orientação que, pelo seu caráter imprudente, incoerente ou comprometedor, só poderá aumentar o quadro de perturbação. Reservar para o futuro o estágio em grupos de estudos sobre a mediunidade, com os exercícios metódicos dirigidos por pessoa competente.

XXV) Evidentemente que o Entrevistador não irá manter um diálogo com a crian-ça; são os pais e/ou responsáveis que respondem pelas crianças. Reco-mendar aos adultos para que tenham atitudes otimistas e palavras ao bem perto da criança. Explicar sobre a necessidade do diálogo amorável e o e-xercício da paciência construtiva.

XXVI) Nunca subestimar a medicina convencional, considerando a medicina espi-ritual superior. O intercâmbio científico entre os dois mundos é programa divino, existindo uma solidariedade magnífica entre os médicos da terra e os médicos do além, através dos recursos telepáticos, mesmo que inconsci-entes para os humanos.

XXVII) Os problemas sociais geram muitos necessitados que procuram ori-entações espirituais nas Casas Espirituais, o desemprego é problema social que provoca desequilíbrios emocionais e nervosismo. Neste caso o passe se destina a tranqüilizar o assistido e o diálogo fraterno tem o objetivo de ori-entar a pessoa. Existem outros problemas sociais como o homossexualis-mo, adultérios, aborto, desajustes familiares, que geram enfermidades psí-quicas, espirituais e físicas – a assistência espiritual tem o objetivo de pro-mover o reequilibro através de sua mensagem edificante.

XXVIII) O Entrevistador deverá orientar o entrevistado a iniciar com o esforço próprio, no sentido de melhorar seus pensamentos e atitudes, saindo do negativismo para o positivismo, alternando seu padrão vibratório, criando condições para resultados mais satisfatórios na assistência espiritual. – “A-juda-te a ti mesmo e o céu te ajudará”.

XXIX) Esclarecer o Entrevistado da importância e mecanismo do passe, em que ele é elemento participativo. Da mesma forma esclarecer à respeito do uso da água magnetizada.

XXX) Aconselhar que o Entrevistado faça a leitura das obras básicas do Espiri-tismo que, juntamente com o “Evangelho no Lar”, são complementos es-senciais e indispensáveis à assistência espiritual.

Divaldo, respondendo sobre o papel do Espiritismo

No mundo, nos esclarece que “o Espiritismo é a Melhor metodologia comportamental de que se

Tem notícia. Como visa, principal e objetivamente, a Transformação da comunidade onde ele se encontra situado a

Viver e, consequentemente, de toda a humanidade”.

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( DIÁLOGO – 1º. Diálogo – 1.1 Importância do Espiritismo ). 5.4.4 – Critérios para encaminhamento

“A maioria das pessoas que procura o Centro Espírita apresenta pro-blemas de saúde física, mental e desajustamento de ordem psíquica e emo-cional”. “Existem interesses e uma grande curiosidade para o campo da mediuni-dade. Mas, é necessário estar alerta para as pessoas que têm imaginação fértil, demonstrando tendências e fixação mental de superexcitação, cuja natureza reflete incompatibilidade para o processo de desenvolvimento me-diúnico". As pessoas portadores da faculdade mediúnica ( ostensiva ) deverão ser en-viadas ao Departamento Espiritual, que examinará, caso a caso, procuran-do detectar se realmente há condições, para serem encaminhadas aos gru-pos de estudo e educação da mediunidade. Os entrevistados, em geral, serão encaminhados às palestras públicas doutrinárias, ao estudo sistematizado da Doutrinado Espírita, às ses-sões de passes, a cursos, enfim, às atividades da Casa Espírita que lhes forem apropriadas. No entanto, há que se observar os seguintes procedimentos:

1) será necessário explicar ao entrevistado como se desenvolvem as ativida-des; indicar, por escrito, dia e horário e setor a que se deve dirigir;

2) explicar em que consiste o passe espírita, a participação efetiva do entre-vistado no fenômeno da receptividade e os benefícios que proporciona;

3) sugerir o “O Evangelho no Lar”, esclarecendo o valor e os efeitos de sua rea-lização;

4) aconselhar a leitura das obras básicas do Espiritismo; 5) sugerir o uso constante do recurso da prece; 6) não encaminhar o entrevistado para outra Casa Espírita, a não ser quando

resida em outra cidade ou more em bairro distante e lá se localize Institui-ção Espírita federada;

7) manter sigilo sobre a entrevista e seus resultados; 8) recorrer ao Coordenador nos casos que reclamam uma orientação mais

prolongada ou quando reconhecer o Entrevistador não estar em condições de orientar;

9) jamais prometer “curas” para os problemas físicos ou espirituais; contudo, asseverar que o “trabalho de recuperação do corpo fundamenta-se na rea-bilitação do Espírito”;

10) assegurar ao entrevistado que o funcionamento do Serviço de Atendimento Fraterno objetiva prestar-lhe o possível auxílio espiritual, explicando que, a-tendendo à orientação espírita e se esforçando nos procedimentos do bem, a pessoa conseguirá entender a causa de suas dificuldades e superá-las ou, pelo menos, encontrar alívio ou forças para suportá-las;

11) é aconselhável que os horários das entrevistas não coincidam com as Ses-sões Públicas Doutrinárias, a fim de que os entrevistados não fiquem impe-didos de assistir as palestras, importantíssimas por suas características de esclarecimento, consolação e até de assistência fluidoterápica;

12) esclarecer que a freqüência regular ao Centro Espírita é uma forma de ma-nutenção do benefício da Assistência Espiritual e que são fundamentais o es-

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tudo do Espiritismo e a prática do bem, porque só o conhecimento e o amor esclarecem e consolam.

“Espíritas! Amai-vos, este o

primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”. (O ESPÍRITO DE VERDADE – O EVANGELHO SEGUNDO

O ESPIRITISMO – Allan Kardec – ap. VI – item 5).

Lembretes Importantes Na entrevista, que será sempre facultativa, isto é, jamais obrigatória:

- Não dever ocorrer qualquer conotação de “tratamento” e sim de assistência espiritual.

- É importante não esbarrar em delitos tipificados no Código Penal Brasileiro: Art. 283 – Charlatanismo – Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalí-vel: Pena – detenção de três meses a um ano, e multa. Art. 284 – Curandeirismo – Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer subs-tância; II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;

III- fazendo diagnósticos: Pena – detenção de seis meses a dois anos. ( Explicar sempre como é o tratamento na Casa: Passes e Água Fluída, sem

confirmar qualquer idéia de cura ou melhora ). Tendo aptidão mediúnica, o Entrevistador não deve dar orientações me-

diunizado, embora tenha a certeza de que conta com a constante proteção e inspiração dos Bons Espíritos.

( Manter o pensamento ligado à proteção dentro da Casa Espírita, confiante ).

É importante lembrar que a proteção e a inspiração encontram tanto maior

apoio, na medida em que a Equipe do Atendimento Fraterno se harmonize, re-nunciando aos pontos de vista pessoais e fixando-se nos objetivos gerais da Doutrina Espírita e nos objetivos instrumentais que são a tarefa em si.

5.4.5 - Entrevistas complementares

O Coordenador da Equipe do Atendimento Fraterno e os Entrevistadores

devem conscientizarem-se de que uma simples entrevista, na maioria dos casos, terá pouco ou nenhum resultado prático e não trará alívio significativo nos sin-tomas apresentados pelo entrevistado.

À medida que a ajuda ao Entrevistado se aprofunda, os fatos e motivos re-calcados são atingidos. É por isso que a atividade de assistência espiritual de-manda tempo, paciência, solidariedade e tolerância. Por essas razões, ao encerrar-se a entrevista inicial, o entrevistado deverá ser informado que poderá retornar outras vezes e que será sempre recebido com o

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carinho e atenção da primeira vez. Essas possíveis entrevistas complementares devem ser inseridas na etapa de acompanhamento. 5.4.6 – Resultados da entrevista Resultado desejável:

Com base nas informações fornecidas pelo Entrevistador, que deixará e-vidente a filosofia de vida proposta pela Doutrina Espírita, o Entrevistado deverá ficar estimulado para empreender a modificação de seu comporta-mento, nas formas de pensar, sentir ou agir.

À luz daqueles esclarecimentos, deverá concluir sobre:

- a necessidade de mudar; - a melhoria de sua qualidade de vida, decorrente da mudança.

Resultado não desejável: Haverá casos em que o Entrevistado não revelará o mínimo propósito de modificar-se, desprezando a oportunidade de participar no processo de ajuda a si próprio. Talvez fique, no íntimo do Entrevistador, uma frustração, a sen-sação de inutilidade ou mágoa pela impossibilidade de ajudar de forma efetiva. No entanto, tais emoções devem ser afastadas, considerando que a reflexão e a vontade de modificar-se pertencem ao entrevistado que, muitas vezes, ainda necessita dos benditos mecanismos da dor para despertar para as realida-des espirituais.

Por isso, lembra o Espírito Camilo:

“Não de esqueças de que, em muitas circunstâncias, nada lograrás externamente, senão a honra de atuares no bem, tendo em conta fatores que independem de ti. Não te desalentes, contudo. Serás intermediário, mas o Divino Médico e Conse-

lheiro é Jesus”. ( CORRENTEZA DE LUZ – Cap. 26 ).

5.4.7 – Condições de trabalho

1. Ambiente – o ideal é que a entrevista se realize em uma sala, cujo requisito fundamental é ser silenciosa, impedindo interferências na execução da ta-refa. É importante a privacidade no trabalho, uma vez que interrupções no processo da entrevista podem destruir em um segundo o que se construiu em um tempo considerável.

2. Tempo – é fundamental controlar o tempo concedido a cada Entrevistado. Os Entrevistadores, considerando o tempo disponível, a demanda de pesso-as e a complexidade dos casos, farão uma divisão proporcional do tempo, que será o da duração de cada entrevista. O tempo de cada entrevista não deverá ultrapassar trinta minutos.

3. Número de Entrevistadores – no que se refere ao número de Entrevistado-res para cada atendimento há duas modalidades: a) dois Entrevistadores por atendimento – cabendo a um deles a titula-

ridade do trabalho e, ao outro, a observação; Há companheiros que entendem que essa modalidade apresenta como vantagens o entendimento completo e seguro do motivo exposto pelo en-trevistado, assim como a possibilidade do amparo mútuo em situações difíceis ou constrangedoras.

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b) um Entrevistador por atendimento – outros confrades sustentam que

a presença de um único Entrevistador faculta a maior desinibição do en-trevistado, que se veria tolhido em sua privacidade, com a presença de uma terceira pessoa.

A Casa Espírita poderá escolher a modalidade que entenda ser a mais conve-niente.

“A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos”. (CONDUTA ESPÍRITA – André Luiz – Cap. 11 )

“É necessário meditar no bem; todavia é imprescindível executá-lo”. ( PÃO NOSSO – EMMANUEL – Cap. 86 )

5.4.8 – O ATENDIDO Quem é o Atendido Uma pessoa a quem faltam algumas habilidades de vida. A ausência dessas habilidades levam essas pessoas a entrar em crises su-cessivas de insatisfação consigo mesma com os outros com o mundo. A estas habilidades denominamos de HABILIDADES INTERPESSOAIS ( ha-bilidades entre pessoas habilidades que nos permitem um relacionamento in-tegral e construtivo com o outro ). E com certeza ao faltarem habilidades para estabelecer uma relação saudá-vel e construtiva dentre elas destacamos: AMOR INCONDICIONAL. Quem não viveu o amor incondicional não conquista para si a AUTO ESTI-MA é aquele que acredita que só poderá ser amado, ser aceito, se preencher determinadas condições impostas pelos outros:

“Se você fizer isso...” AMOR “Se você fizer aquilo...” CONDICIONAL “Se você não fizer aquilo outro...” Para ser amado, é necessário que faça determinadas coisas. Seu valor não está simplesmente “Ser quem é” mas em “fazer o que esperam que faça” neces-sita atender às expectativas dos outros. Um sentimento de que “deve” fazer isso ou aquilo, causa-lhe tensão em de-sajuste. Essas tensões são provocadas pelas múltiplas experiências novas que vivenciam os em cada dia de nossa vida.

TENSÕES = EXPERIÊNCIAS NOVAS

Assim a personalidade não é estática, pois está sempre em contínua muta-ção, devido ao ajustar destas novas experiências ou seja, destas tensões. Quando não há ajustamento das tensões isto pode ocasionar conflitos que se apresentam de diversas formas e sintomas que se revelam desde os mais sim-ples como:

timidez excessivo acanhamento medo de relacionar-se angústias, fobias, depressão, etc.

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atingindo às vezes estágios mais complicados de transtornos psíquicos co-mo:

NEUROSES, ou casos mais graves como: ESQUIZOFRENIAS, PSICOSES, etc. Nos transtornos neuróticos, quando os conflitos não podem ser trabalhados ou seja, existe a incapacidade do indivíduo em lidar com eles, surgem os meca-nismos de defesa neuróticos situações engendradas que tentam disfarçar ou fugir de seus problemas interiores. Esta fuga leva a uma gama de subterfúgios:

vícios ( supostas válvulas de escape ) fechar-se em si mesmo ( tentativa de evitar o confronto com as tensões (

experiências novas, naturais da vida ).

Aí se tornam ou excessivamente agressivos ou se apresenta com extrema passivi-

dade . Ainda podem enveredar pelos desvios da sexualidade, buscar o alcoolismo, as drogas, etc.

Estas pessoas acham que a culpa de tais reações se encontra no meio em que vi-

vem, não percebendo que tudo parte delas mesmas. Nos demais processos ou seja, nas dificuldades de relacionamento, nos me-dos,

nas angústias, nas depressões, etc., detecta-se que estes representam o fruto de uma vazio, a falta de alguma coisa. Frente a esta insatisfação, ele, o Atendido, decide pedir ajuda. PEDIR AJUDA = PREDISPOSIÇÃO INTERNA PARA SER AJUDADO. Então o Atendido é também “aquele que admite que realmente necessita ser ajudado”. Isto porque, percebe na confusão e na ansiedade não saber o que lhe falta, ou onde está refletindo esta falta, se é na área física, emocional e afetiva, profissional, intelectual ou espiritual. Pode ser um destes itens ou mais de um, ou ainda, em todos eles. Ele ape-nas percebe: 1. Seu déficit físico

não está bem suprido de sono e descanso; que sua alimentação não é saudável; que sua resistência física está baixa; que o seu vigor para o trabalho está pequeno; está doente, etc.

2. Seu déficit emocional e afetivo

se encontra sempre ansioso e angustiado sem saber porquê; percebe uma desarmonia com o mundo que o cerca, onde não consegue

ajustar-se às situações do dia-a-dia; seu relacionamento consigo mesmo e com os outros não está satisfató-

rio; convive mal com a família, no trabalho, com os amigos, que o leva a se

sentir sozinho; vive mal com o(a) parceiro(a), incapacitado de melhorar a relação; não consegue dominar as más inclinações do(s) filho(s).

3. Seu déficit profissional se encontra insatisfeito com o trabalho;

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com a própria profissão; com o lugar onde trabalha; com a forma que está exercendo sua profissão; com a sua remuneração, que acha pequena; está desempregado.

4. Seu déficit intelectual

pode estar tendo dificuldades de aprendizado; de aquisição de conhecimentos e informações importantes para viver

uma vidas melhor; pode estar sendo muito cobrado pela família ( pais ).

5. Seu déficit espiritual

pode estar se sentindo vazio; não está encontrando um sentido maior para a própria vida; perdeu a fé.

É aí que vamos ver que esta pessoa precisa de alguém que a ajude. Ajudar em

que sentido Ajudá-lo a se encontrar, a descobrir seus valores, a reformular seus con-ceitos

sobre o seu próprio potencial. Alguém que o ajude a compreender sua própria contribuição a seus pro-blemas e a

identificar onde quer chegar, onde leva-o a descobrir a melhor maneira de se che-gar lá.

Deve ser alguém que ESCLAREÇA, mas que também CONSOLE, que ORI-ENTE.

ORIENTAR = ACONSELHAR, ENCAMINHAR Estes, com certeza serão os Atendidos.

6 – ACOMPANHAMENTO

6.1 - Recomendações

É fundamental no serviço de ATENDIMENTO FRATERNO realizar o acom-panhamento individual dos esforços, atos e realizações de cada atendido. Dentro de uma visão sistêmica do Centro Espírita, é necessário que a Equi-pe do Atendimento Fraterno mantenha contatos com o responsável pelo Depar-tamento ou Setor da Instituição Espírita ao qual foi encaminhado o atendi-do, viabilizando, dessa forma, o acompanhamento dos progressos ou das dificul-dades que ele enfrenta. Será esse mesmo acompanhamento que gerenciará as entrevistas comple-mentares necessárias para cada atendido. Verifica-se, pois, que o ATENDIMENTO FRATERNO ATRAVÉS DO DIÁLOGO exige para o seu bom funcionamento e sucesso, uma ampla integração de todas as áreas de atividade na Casa Espírita, o que se conseguirá apenas com uma “maneira de pensar” eminentemente sistêmica.

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6.2 – Avaliações É fundamental a Avaliação do Desempenho, de forma habitual, na Equipe do Atendimento Fraterno. Será de iniciativa do seu Coordenador. Essa avaliação poderá ser em termos quantitativos, como por exemplo. O número de atendimentos por mês, mas principalmente em termos qualitativos, em razão da qualidade dos atendimentos e dos resultados obtidos. Caracterizando-se como um meio de aprimoramento, integração e ajuda nos procedimentos vivenciados pelos membros da equipe, as avaliações pos-sibilitam ainda o aperfeiçoamento do trabalho como um todo e sua integração com os vários Departamentos da Casa Espírita. “A instrução espírita não abrange apenas o ensinamento moral que os Espíritos dão, mas também o estudo dos fatos. Incumbe-lhe a teoria de todos os fenômenos, a pesquisa das causas, a comprovação de que é possível e do que não o é; em su-ma, a observação de tudo o que possa contribuir para o avanço da ciência”. ( O LIVRO DOS MÉDIUNS, item 328 ).

7 – INTEGRAÇÃO

Atendidas, parcial ou integralmente as necessidades do entrevistado, de conformidade com os princípios da Doutrina Espírita, poderá ele, se assim o de-sejar e, uma vez que se prepare ao longo do tempo para tal, fundamentalmente obtendo conhecimentos doutrinários, tornar-se futuramente um trabalhador, em condições de prestar sua colaboração nas várias atividades da Instituição Es-pírita. É importante que o iniciante nas tarefas do Centro Espírita, assim como as demais, jamais se deixem descuidar do permanente estudo da Doutrina Espírita e da vivência dos princípios evangélicos-doutrinários, na tarefa fundamental de realização de sua reforma íntima. “A alma poder-se-á elevar para Deus tão somente com o progresso moral, sem os valores intelectivos - O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para

a perfeição infinita”. ( O CONSOLADOR – Emmanuel – Questão 204 ).

8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em toda essa rotina que direciona o Atendimento Fraterno Através do Diálogo, percorrendo as diversas estações, da recepção à integração, esclarecen-do e consolando pessoas, respeitando o livre-arbítrio de cada uma, a Instituição Espírita oportuniza para muitos a opção de uma nova filosofia de vida, multipli-cando alegrias, vitórias pessoais e significativas realizações espirituais, à luz do Evangelho do Mestre Jesus. “Por isso, agradece a Deus o frutuoso ensejo de atender ao bem, que te é concedido, e unge-te de amor e prepara-te, pelo estudo e pela meditação, para

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que, a cada dia, dispenses o melhor de ti aos que te chegam buscando, em verda-de, a orientação e os braços amoráveis de Jesus”.

( CORRENTEZA DE LUZ – cap. 26 )

BIBLIOGRAFIA

Associação Espírita Célia Xavier – APOSTILA ATENDIMENTO FRATERNO – AME – BH

Atendimento Fraterno – PROJETO MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA Atendimento Fraterno – FED. ESP. DO RIO GRANDE DO SUL – CENTRO DE TREINAMENTO E ESTUDO

Confraternização dos Espíritas do Leste de Minas ( Xª. ) - “O DIÁLOGO E A

FRATERNIDADE NA SOCIEDADE ESPÍRITA” – apostila